ARTIGO DE ATUA LIZAÇÃO
ENVOLVIM ENTO E M OCIONAL DO ACADeMICO DE EN F ERMAGEM COM O PACIENT E
RE FLEXOS DESSA EXPER l eNCIA NA V I DA F UTURA DO PRO F I SS IONAL
Rita dos Santos 1 , Maria Gorett i Ferreira Ayres 1 , Selma de Castro Cardoso 1 e Den ise de Assis Corrêa2
SANTOS, R. et alii. Envolvimento emocional do acadêmi co de enfermagem com o paciente ; reflexos dessa ex periência na vida futura do profissional. R ev. Bras. Enf , Brasília 39 (1 ) : 61-66, jan/mar. , 1 9 86.
R ESUMO. O presente estudo aborda o envolvi mento emocional do acadêmico de enfer magem com o paciente, e seus reflexos na sua vida futura como profissional. Os autores, a partir de suas observações e experiências no ensino cI ínico do Curso de Graduação em Enfermagem e Obstetrícia, discutem a diferença entre o relacionamento do profisSional e do acadêmico de enfermagem com o paciente, analisando também a influência que este exerce em sua recuperação. Inclui reflexões sobre os preju ízos que o desconhecimento dos li mites deste relacionamento acarreta para amos e alguns recursos utilizados para a superação de conflitos.
ABST RACT. This work puts in evidence the emot ional involvi ment between the nurser student and h is pat ient, and yet the consequences of this in his future profes sional life. The authors based in their clinic learn ing of Gradaío em nferagem e b stetrz'ca , debate the difference betwen the professional and the nursery student relatio�ship with the patient, also analysing the influence of this in the recovery. Includes reflexions about the damage caused by non-acquaintance of the relationship limits, what this brings to both and also about the resources used to overcome the conflicts.
I NTRODU ÇÃO
rob lea
No decorrer do ensino clínico, utilizando-se a observação nos contatos do acadêico de enfema gem com o cliente, fomos levados a questionar so bre as influêncis do envolvimento emocionl esta belecido entre ambos, a inlência na recuperação do cliente e quis as conseqüências deste envolvi mento na formação do proissional.
Durante o curso de Graduação em Enfermgem e Obstetrícia, é ministrada ao acadêmico uma série de informações teóricas sobre o relacionamento enfermeiro-paciente , as quais devem ser adiciona das à sua formação proissional, porém não he é transmitido o gra� desse envolvimento.
lguns pacienes que se encontram hospitali zados tendem a desenvolver um alto nível de ca rência afetiva e emocionl, decorente de seu afas tamento fmiiar, de seu contato com pessos
es-1 . Alunas do 5 ? período do Curo de Graduação em Enfemgem e Obstetrícia da Universidade do Rio de Janeiro -UNI- RIO.
2. Enfermeira do Cenro de Aperfeiçoamento' e Pesqui sa em Ciurgi a ardíaca do Hospi tal dos Sevidores do Estado -INAMPS.
trahs e até mesmo pelo aspecto do seu estado . patológico . Essa carência pode ser suplantada atra
vés do seu relacionmento com o enfermeiro . Es te, porém, por encontrar-se muitas vezes envolvi do por tarefas aministrativas, limita suas ações assistenciais. O acaêmico, por ter predominnte mente uma atividade direcionada ao. ato de cuidar, possui mior oportunidade neste relacionamento. N0 entanto, devido à sua inexperiência, poderá as sumir uma postura superprotetora, gerando no pa ciente uma dependência que irá inluir negativa mente em sua recuperação. Ao conscientizar-se dos relexos dessa dependência e ao questionar-se so bre os elementos envolvidos, poderá o acadêmico de enfermagem ultrapassar lguns obstáculos, faci
tuações vivenciadas O motivo pelo qual decidiu
se a investigação do aspecto relacionamento .
O campo de atuação e desenvolvimento da obsevação foi um Hospital Universitário, clssii cado como de médio porte, que para este estudo será denominado como Hospital X, a im de pre
sevar a sua identiicação e manter-se, deste modo, os princípios recomendados ela ética proissional. A população inclui pacientes intenados para tratamento na Clínica Mé dica, sendo utilizado um instrumento para controle da observação do rela cionamento de outros elementos do grupo (acadê micos de enfermagem) com seus pacientes, e expe riências vivenciadas por ocasião da prática .
litando-lhes a compreensão de situações semelhan- DESE NVOLV I M E NTO
tes, caso estas sujm em sua vida como
proissio-nl. Qundo isto não ocorre, tende a afastar-se do Foraão Teório ática do Acadêmiw de paciente , adotando uma postura que com o passar Eferagem
do tempo poderá resultar em indiferença. As disciplinas ministraas durante o curso
bá-Justiicativa e Importância do Esudo
O problema descrito, fundamentado em nossas observações e em estudos e experiências já publicadas , visa levar os proissionais de enferma gem a reletir sobre o envolvimento com o pacien te a im de que sejam criadas mehores condições para este relacionmento possibilitando que, em estudos futuros, sujm contribuições para um melhor desempenho proissional dos mesmos.
bjetios
Analisar lguns aspectos do envolvimento emocional entre o acadêmico de enferma-gem e o paciente .
Carcterizar o tipo de envolvimento que o acadêmico tem com o paciente e a relação deste envolvimento manifesto quando pro issional de enfermagem.
Reletir sobre as conseqüências do não n volvimento do proissional com o cliente durante a fe de recuperação do mesmo.
M ETODO LOG I A UTI L IZADA
O estudo relizou-se concomitantemente o Ensino Clínico do Curso de Graduação em Enfer magem e Obstetrícia, sendo este mais precisamente desenvolvido na disciplina de Enfermagem Geral B,
no período de 1 80 horas, sendo, conforme men cionou-e anteiormente , o questionamento de
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sico visam a transmissão de conhecimento sobre aspectos gerais do funcionamento, natomia e re: lacionamento do indivíduo com o meio ambiente e as inluências destes sobre o seu estado de saúde bem como suas respostas a estas inluências. A partir do início do curso proissionl, o ensino de disciplinas envolvidas diretamente com a proissão de enfermagem torna-se radativamente maior e começando a notar-se uma maior preocupação em posicionar o acadêmico em seu cmpo proissionl, através de conhecimentos ministrados sobre desen volvimento de suas hablidades técnicas e pessoais para atender às necessidades do paciente . Tais ne cessidades são satisfeitas mediante a aplicação de conhecimentos cient íicos, habilidades pessoal e proissional durante sua formação acadêmica.
Nesta fase, o acadêmico começa a ter um conhecimento mas profundo de sua vida proissio nal e , simultaneamente , devido às norms curi culres , é levado a pôr em prática esses conheci mentos à medida que lhe são ministrados, sem ter oportunidades de questionar sobre o tipo de rela cionmento com o paciente e sobre os relexos deste na vida proissional.
formação pessoal do acadêmico. sse fator será de cisivo em sua vida proissional , levando-o a asumir uma postura ou de afastamento, que poderá resul tar no desempenho de tarefas meramente adminis trativs, ou numa aproimação do paciente, aui liando-o na resolução de seus problemas da melhor maneira possível, visto ser este um indivíduo 'ue e encontra em acentuado estado de carência afeti va e emocional .
Aspectos eocionais do paiente
O paciente é um indivíduo que geralmente possui uma carência afetiva muito grande . Por afastar-se de sua fmília e icar em contato com pessoas estranhas, pelo sofrimento imposto por seu estado patolóico ou mesmo pelo fato de ser obri gado a estar em um hospital cujo siniicado possui uma conotação negativa, mnifestará comporta mentos variáveis resultantes da sua própria percep ção e capacidade de adaptação a esse novo meio .
Ao ser admitido em um hospital, começa a existir em seu interior um sentimento de nústia �aracterizado pelo medo e nsiedade . Nesta fase, começa a sentir-se sozinho e deprmido, sendo levado a reletir sobre o tipo de ambiente em que se encontra. ogo, o fato de estar em um hospi
tl, ssociado à carência, gera uma debilidade
emocional muito grande.
O estado de depressão e carência afetiva po derá er agravado se ao paciente são negados os direitos de conhecer a verdade sobre seu estado de saúde , de questionar sobre a teraêutica que he é aplicada ou, como mis comumente ocor re, se for tratado como um número de reistro, leito ou caso da dença X ou Y, onde os pois sionais da equipe deixam e individulizá-lo e o tratam como mis um entre muitos. erá de grnde importância deixar que o paciente expresse seus sentmentos, que, conforme cita STEFANELLI7, é feito através da utilização de técnicas terapêu ticas de comuicação. Para STEFANELLI et li8,
são importantes o ofeecimento de apoio, o esta belecimento de limites e a ajuda na expressão de sentimentos, como medidas para que se processe o relacionamento enfemeiro-paciente .
O entrosamento ao novo ambiente é de grnde importância para que os resultados tera pêuticos ejam favorecidos. Torna-se necessário aaptá-lo ao mbiente hospitalar, fzê-lo perce ber que sua presença é fundamental e que é aceito pelo rupo, caso contrário se sentirá abandonado e desestimulado ao tratamento. Aceitar o
pa-ciente não é somente compreendê-lo, é também considerá-lo como ser humno, com sentimentos e vlores que he são peculiaes. Isto só será pos sível, através da capacidade do proissional em detectar as necessidades afetadas do paciente, o que será conseqüência da forma de relacionamento por ele desenvolvida enquanto acadêmico de enfemgem.
Reaioamento adzio/paiente
O relacionmento acadêmico/pciente pode ser considerado como uma bae para o relaciona mento proissionl/paciente. Através dele, auxilia mos o paciente a comunicar suas necessidades, mntendo com este um lima de atenção e amiza de, a im de lhe trnsmitir segurança e coninça, para que este nos comunique não só suas necessi dades elementares, ms também suas aspirações e problemas mis profundos, que podem inluenciar em seu estado de saúde.
Todo estado de tensão, nústia e carência afetiva experimentado pelo paciente pode ser ate nuado por ocasião do seu relacionamento com o acadêmico de enfemgem, tendo miores possi bilidades de contato com o cliente devido ao me nor número de esponsabilidaes que hes são impostas, qundo comparadas às do enfemeiro. Enquanto acadêmico permnecerá mior temo junto ao paciente e estará diretamente voltado à prestação de cuidados necessários ao seu resta elecimento.
Porém, ao mesmo tempo, toma-se mais fácil o seu envolvimento emocionl, pois, por não saber o mite desse envolvimento, começa a relacionar -se de tl foma que, quando percebe, o envolvi mento emcionl já está instalado. Geralmente prestamos menor atenção a detahes importantes ou não percebemos que o envolvimento emcio nl está em nível não teraêutico. A patir deste ponto e vista e dependendo da formação pessoal do acadêmico, o paciente pode vir a desenvolver um quaro e dependência que o levaá a exiir o tratamento feito somente por aquele cadêmico, retardndo o seu restabelecimento. Desta forma, qundo, por algum motivo, o acadêmico precisa se afstar do cliente, o mesmo poderá ter seu esta do aravado, por acomodação o estado patolóico
ou por revoltar-se, ejeitando a terapêutica. Muitas vezes, o acadêmico, na ânsia de desem penhar bem sus tarefas, acaba desenvolvendo ati tudes mecânicas e, deste modo, a humnização será radativmente esqueida. egundo SARA N06, essa posição consiste em uma atitude de
defesa e não de eiciência, endo-he mis cômodo realizar atitudes mecânicas. Como resultado isto, o paciente criará uma barreira no relacionamento de forma a não transmitir o que sente, diicultando sua recuperação devido à perda e coniança. Portanto, ao eletir-se sobre esses aspectos, pode-se concluir que tanto o envolvimento qunto o não envolvimento ou aienaç,o são prejudiciais para o paciente . Por esses motivos, será impotante saber quais os limites desse relacionmento para que ambas s partes sejam beneiciadas.
O estabeleciménto de limites é um aspecto do elacionamento enfemeiro/paciente que irá ajudar o paciente a diminuir o seu nível de ansiedade , proporcionando-lhe, assim, condições para testar padrões de comportamento · mais adequados (ARANTES et alii
1).
O estabelecimento destes limites contribui, de mneira valiosa, para a criação de um ambiente no qul o paciente se sinta seguro. A criação de tal ambiente será ditada principalmente pela aquisição de m certo grau de empatia que leve o proissio nal de enfemgem a aceitar e compreender as'dife rentes personalidades de seus pacientes e situações por ambos vivenciadas.
Relacionamento proissional paciente
Há componentes fundamentais das essoas que , segundo lguns autores (ARANTES et ii 1 , STEFANELLI et lii8), estimulam o êxito e eicá-cia do relacionamento terapêutico enfermeira/pa iente . Esses componentes são o sentimento de ser amado, sentimento de coninça, de auto-estima, de dependência, de independência, interdependên ia, empatia e envolvimento emocionl.
ara exercer a proissão, o enfemeiro precisa ser atencioso, compreensivo, amoroso , ver o pa ciente como um todo e entre outros atibutos pre isa gostar do que fz. É importante não deixar que os problemas e perturbações interirm nesse elacionamento. A capacidade e ercepção e observação do enfermeiro deve estar em sintoia, para que seja capz de captar, através da comuni cação verbal e não-verbal_ que mntiver com o paci ente , seus verdadeiros sentimentos.
egundo EPSTEIN3, além de percepção são necessárias habilidades para compreender o que o paciente comunica sem plavras e ajudá-lo a comu nicr suas necessidades.
O enfermeiro está em situação privileiada e única, pois pode mnter-se em interação com o paciente em tempo mais prolongado que os
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outros proissionis da equie. ssim sendo, a con tribição mis importante que ele pode oferecer ao paciente é ajudá-lo na sua recuperação por meio do relacionmento que estabelece com ele, demons trando experiência emocionl saudável, em vez de somente nvestigar o processo patológico.
Na realidade, isto não ocorre, pois ao prois sional de enfemgem são impostas não só respon sabilidades ligadas dietamente a coordenação, mas também seviços administrativos, que o impedem de dispensar cuidados ao paciente, fzendo-o assu mir a posição de obsevador e controlador do estado do mesmo, sem no entanto envolver-se dire tmente com seus problemas, deixando que esse aspecto seja visto por suas tarefas para que os outros ealizem.
Um dos instrumentos usados nesse relaciona mento é o diálogo. Falar com o paciente é fácil, quando não há preocupação com os efeitos de nos sas plavras e ações sobre o comportamento do paciente ; interair com este só se tona terapêu tico quando o enfermeiro está consciente de sua
comunicação e assume responsabilidades sobe esta.
Uma das funções mis importantes do enfer meiro é o seu relacionamento com o paciente ; pois ao locaizar os aspectos saudáveis e conscientes do paciente , por meio do relacionamento siniica tivo, podérá ajudá-lo a readquirir sua saúde. Salien ta-se , ainda, a importância da personalidade do en fermeiro para o desenvolvimento do relacionamen to teraêutico .
O enfermero deVe procurar não se envolver emocionalmente ao ponto de prejudicar o pacien te, mas deve ser capz de rir, chorar ou clar-se, sem esquecer que deve trnsmitir-lhe segurança. Daí a impotância qunto à segurança emocionl e proissional.
O relacionamento enfemeiro/paciente é meta a ser atingida, função especica do enfemeiro e não "mero acontecimento" ; é a interação plane jada, com objetivos defmidos, entre duas essoas, na qual ambas modiicm seu comportamento, construtivamente com evolução do processo de relacionamento. Este deve ser solidiicado a cada dia para que o paciente sinta-se fortalecido e alcnce a cura de sua enfermidade, até porque, através do diálgo, pode-se transmitir todo o posi tivismo que lhe) falta em relação a sua saúde. O
ontraste entre relacionamento acadêmico/pacien
te x pr!fis.sional/p�ciente
Entre estes dois elacionamentos, são obser vados randes contrastes, evidenciados prncipal mente pelas diferenças de atribuições e experiên cias do acadêmico e do proissional que fazem com que o pimeiro tenha miores possibilidades de contato com o paciente, não ocorrendo o mesmo com o proissional.
Em relação ao tratamento, o paciente se en contra frente a duas realidades : quando tratado por funcionários; e quando tratado por cadêmico de enfemagem . No primeiro caso, recebe um bom tratamento, mas que não é exclusivo, não suprindo sua carência afetiva, pois os uncionários precisam dividir suas ações entre outros pacientes. Já no segundo caso, recebe um tratamento mis indivi dulizado, pois o acadêmico, lém de ter no máxi mo três pacientes, não possui a mesma quantidade de tarefas que os funcionários, apresentando mior tempo para exercer atividades terapêuticas e psic lóicas, suprindo s necessidades psicobiológicas, psicossociais e talvez até psicoespirituis, podendo deste modo tratar o paciente como um todo, con fome recomen da HORTA4.
O acadêmico possui uma maior possibilidade de dialogar com o paciente e de pemanecer mior tempo ao seu lado . Isso faz com que ele perceba que não é mais um no meio de tantos pacientes. Começa, então, a transmitir os frutos de sua ca ência emocional. Poderá surir uma dependência emocionl progressiva, cabendo ao acadêmico contornar a situação, a m de que a terapêltica
não sofra inluências ,deste relacionamento . Já o enfermeiro encontra miores diiculdades para se dedicar aos pacientes de modo interal, o que não quer dizer que não possa aproxmar-se deles e concliar s tarefas administrativas e práticas . No entanto, se se distanciar do paciente , com o passar do tempo, poderá diminuir a sua coniança e erder a sua identidade .
Conseqtnas deste reaionamnto a da profissonal
É essencial que o enfermeiro esteja conscien te do grau de envolvimento que está ocorrendo
na interação com o paciente , pois que as necessi dades que devem ser satisfeitas são s do paciente
e não as suas; ele deve er capaz e dar alguma coisa de si, deicar um certo tempo ao paciente ,
preocupar-se e demonstrar interesse por ele sem
nada exiir em troca; deve ser capz de peitir
que o paciente necessite cada vez menos dele , à
medida que recupera a saúde, ao invés e mntê-lo dependente.
O envolvimento emocional do acadêmico de enfermagem com o paciente durante o desenvolvi mento do relacionamento pode gerar nele, quando proissional, uma posição de uga de situações semelhantes as que o levaram a envolver-se com o paciente . Isso fz com que se empenhe no desen volvimento de tarefas que o afastam da relação de
ajuda a ser mantida com o paciente, tornando-o, assim, um mero espectador ou até mesmo apenas um ouvinte das condições em que se encontrm os pacientes que deveriam estar sob seus cuidados. Quando o cadêmico consegue detectar, na lisar e questionar os conlitos existentes nesta nte ração, poderá com o passar do tempo delinear os limites deste relacionamento, conseguindo, assim, mnter com seus pacientes uma relação verdadei ramente de ajuda na satisfação de suas necessi dades, de forma harmoniosa e benéica para mbos.
CON C LUSÃO
Tais obsevações, quando detectadas pelo aca dêmico, poderãu ajudá-lo a vencer a falta de expe
riência mpedindo de gerar no paciente uma condi ção de total dependência de seus cuidados. Estas relexões o ajudarão também a detectar e a limitar suas ações, fazendo com que , assim, consiga vencer
as diiculdades que advirão, em vez de afastar-se
de situações semelhantes que , no futuro, irão com prometer a sua formação proissional .
A partir de todas s experiêncis vividas du
rante o desenvolvimento do trabho e relaciona mento com pacientes, podem-se delimitar os graus
do envolvmento, o que é decisivo para alcançar-se um amadurecimento pessoal e proissional. Tal amadurecimento leva-nos gradativamente a deter minar os limites deste relacionamento.
SANTOS, E. et alii . The emotional involvi ment b etween the nursery student and his pat ient - relections of t hat experien( n the future !ife of professionals.
R e v. Bras. En. , Brasília, 39 ( 1 ) : 6 H i 6 , Jan ./Mrs.,.
1 9 86 .
R E F E R ÊN C I AS B I B L I O G R Á F I CAS
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