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Envolvimento emocional do acadêmico de enfermagem com o paciente reflexos dessa experiência na vida futura do profissional.

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Academic year: 2017

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ARTIGO DE ATUA LIZAÇÃO

ENVOLVIM ENTO E M OCIONAL DO ACADeMICO DE EN F ERMAGEM COM O PACIENT E

RE FLEXOS DESSA EXPER l eNCIA NA V I DA F UTURA DO PRO F I SS IONAL

Rita dos Santos 1 , Maria Gorett i Ferreira Ayres 1 , Selma de Castro Cardoso 1 e Den ise de Assis Corrêa2

SANTOS, R. et alii. Envolvimento emocional do acadêmi­ co de enfermagem com o paciente ; reflexos dessa ex­ periência na vida futura do profissional. R ev. Bras. Enf , Brasília 39 (1 ) : 61-66, jan/mar. , 1 9 86.

R ESUMO. O presente estudo aborda o envolvi mento emocional do acadêmico de enfer­ magem com o paciente, e seus reflexos na sua vida futura como profissional. Os autores, a partir de suas observações e experiências no ensino cI ínico do Curso de Graduação em Enfermagem e Obstetrícia, discutem a diferença entre o relacionamento do profisSional e do acadêmico de enfermagem com o paciente, analisando também a influência que este exerce em sua recuperação. Inclui reflexões sobre os preju ízos que o desconhecimento dos li mites deste relacionamento acarreta para amos e alguns recursos utilizados para a superação de conflitos.

ABST RACT. This work puts in evidence the emot ional involvi ment between the nurser student and h is pat ient, and yet the consequences of this in his future profes­ sional life. The authors based in their clinic learn ing of Gradaío em nferagem e b stetrz'ca , debate the difference betwen the professional and the nursery student relatio�ship with the patient, also analysing the influence of this in the recovery. Includes reflexions about the damage caused by non-acquaintance of the relationship limits, what this brings to both and also about the resources used to overcome the conflicts.

I NTRODU ÇÃO

rob lea

No decorrer do ensino clínico, utilizando-se a observação nos contatos do acadêico de enfema­ gem com o cliente, fomos levados a questionar so­ bre as influêncis do envolvimento emocionl esta­ belecido entre ambos, a inlência na recuperação do cliente e quis as conseqüências deste envolvi­ mento na formação do proissional.

Durante o curso de Graduação em Enfermgem e Obstetrícia, é ministrada ao acadêmico uma série de informações teóricas sobre o relacionamento enfermeiro-paciente , as quais devem ser adiciona­ das à sua formação proissional, porém não he é transmitido o gra� desse envolvimento.

lguns pacienes que se encontram hospitali­ zados tendem a desenvolver um alto nível de ca­ rência afetiva e emocionl, decorente de seu afas­ tamento fmiiar, de seu contato com pessos

es-1 . Alunas do 5 ? período do Curo de Graduação em Enfemgem e Obstetrícia da Universidade do Rio de Janeiro -UNI- RIO.

2. Enfermeira do Cenro de Aperfeiçoamento' e Pesqui sa em Ciurgi a ardíaca do Hospi tal dos Sevidores do Estado -INAMPS.

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trahs e até mesmo pelo aspecto do seu estado . patológico . Essa carência pode ser suplantada atra­

vés do seu relacionmento com o enfermeiro . Es­ te, porém, por encontrar-se muitas vezes envolvi­ do por tarefas aministrativas, limita suas ações assistenciais. O acaêmico, por ter predominnte­ mente uma atividade direcionada ao. ato de cuidar, possui mior oportunidade neste relacionamento. N0 entanto, devido à sua inexperiência, poderá as­ sumir uma postura superprotetora, gerando no pa­ ciente uma dependência que irá inluir negativa­ mente em sua recuperação. Ao conscientizar-se dos relexos dessa dependência e ao questionar-se so­ bre os elementos envolvidos, poderá o acadêmico de enfermagem ultrapassar lguns obstáculos, faci­

tuações vivenciadas O motivo pelo qual decidiu­

se a investigação do aspecto relacionamento .

O campo de atuação e desenvolvimento da obsevação foi um Hospital Universitário, clssii­ cado como de médio porte, que para este estudo será denominado como Hospital X, a im de pre­

sevar a sua identiicação e manter-se, deste modo, os princípios recomendados ela ética proissional. A população inclui pacientes intenados para tratamento na Clínica Mé dica, sendo utilizado um instrumento para controle da observação do rela­ cionamento de outros elementos do grupo (acadê­ micos de enfermagem) com seus pacientes, e expe­ riências vivenciadas por ocasião da prática .

litando-lhes a compreensão de situações semelhan- DESE NVOLV I M E NTO

tes, caso estas sujm em sua vida como

proissio-nl. Qundo isto não ocorre, tende a afastar-se do Foraão Teório ática do Acadêmiw de paciente , adotando uma postura que com o passar Eferagem

do tempo poderá resultar em indiferença. As disciplinas ministraas durante o curso

bá-Justiicativa e Importância do Esudo

O problema descrito, fundamentado em nossas observações e em estudos e experiências já publicadas , visa levar os proissionais de enferma­ gem a reletir sobre o envolvimento com o pacien­ te a im de que sejam criadas mehores condições para este relacionmento possibilitando que, em estudos futuros, sujm contribuições para um melhor desempenho proissional dos mesmos.

bjetios

Analisar lguns aspectos do envolvimento emocional entre o acadêmico de enferma-gem e o paciente .

Carcterizar o tipo de envolvimento que o acadêmico tem com o paciente e a relação deste envolvimento manifesto quando pro­ issional de enfermagem.

Reletir sobre as conseqüências do não n­ volvimento do proissional com o cliente durante a fe de recuperação do mesmo.

M ETODO LOG I A UTI L IZADA

O estudo relizou-se concomitantemente o Ensino Clínico do Curso de Graduação em Enfer­ magem e Obstetrícia, sendo este mais precisamente desenvolvido na disciplina de Enfermagem Geral B,

no período de 1 80 horas, sendo, conforme men­ cionou-e anteiormente , o questionamento de

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sico visam a transmissão de conhecimento sobre aspectos gerais do funcionamento, natomia e re: lacionamento do indivíduo com o meio ambiente e as inluências destes sobre o seu estado de saúde bem como suas respostas a estas inluências. A partir do início do curso proissionl, o ensino de disciplinas envolvidas diretamente com a proissão de enfermagem torna-se radativamente maior e começando a notar-se uma maior preocupação em posicionar o acadêmico em seu cmpo proissionl, através de conhecimentos ministrados sobre desen­ volvimento de suas hablidades técnicas e pessoais para atender às necessidades do paciente . Tais ne­ cessidades são satisfeitas mediante a aplicação de conhecimentos cient íicos, habilidades pessoal e proissional durante sua formação acadêmica.

Nesta fase, o acadêmico começa a ter um conhecimento mas profundo de sua vida proissio­ nal e , simultaneamente , devido às norms curi­ culres , é levado a pôr em prática esses conheci­ mentos à medida que lhe são ministrados, sem ter oportunidades de questionar sobre o tipo de rela­ cionmento com o paciente e sobre os relexos deste na vida proissional.

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formação pessoal do acadêmico. sse fator será de­ cisivo em sua vida proissional , levando-o a asumir uma postura ou de afastamento, que poderá resul­ tar no desempenho de tarefas meramente adminis­ trativs, ou numa aproimação do paciente, aui­ liando-o na resolução de seus problemas da melhor maneira possível, visto ser este um indivíduo 'ue e encontra em acentuado estado de carência afeti­ va e emocional .

Aspectos eocionais do paiente

O paciente é um indivíduo que geralmente possui uma carência afetiva muito grande . Por afastar-se de sua fmília e icar em contato com pessoas estranhas, pelo sofrimento imposto por seu estado patolóico ou mesmo pelo fato de ser obri­ gado a estar em um hospital cujo siniicado possui uma conotação negativa, mnifestará comporta­ mentos variáveis resultantes da sua própria percep­ ção e capacidade de adaptação a esse novo meio .

Ao ser admitido em um hospital, começa a existir em seu interior um sentimento de nústia �aracterizado pelo medo e nsiedade . Nesta fase, começa a sentir-se sozinho e deprmido, sendo levado a reletir sobre o tipo de ambiente em que se encontra. ogo, o fato de estar em um hospi­

tl, ssociado à carência, gera uma debilidade

emocional muito grande.

O estado de depressão e carência afetiva po­ derá er agravado se ao paciente são negados os direitos de conhecer a verdade sobre seu estado de saúde , de questionar sobre a teraêutica que he é aplicada ou, como mis comumente ocor­ re, se for tratado como um número de reistro, leito ou caso da dença X ou Y, onde os pois­ sionais da equipe deixam e individulizá-lo e o tratam como mis um entre muitos. erá de grnde importância deixar que o paciente expresse seus sentmentos, que, conforme cita STEFANELLI7, é feito através da utilização de técnicas terapêu­ ticas de comuicação. Para STEFANELLI et li8,

são importantes o ofeecimento de apoio, o esta­ belecimento de limites e a ajuda na expressão de sentimentos, como medidas para que se processe o relacionamento enfemeiro-paciente .

O entrosamento ao novo ambiente é de grnde importância para que os resultados tera­ pêuticos ejam favorecidos. Torna-se necessário aaptá-lo ao mbiente hospitalar, fzê-lo perce­ ber que sua presença é fundamental e que é aceito pelo rupo, caso contrário se sentirá abandonado e desestimulado ao tratamento. Aceitar o

pa-ciente não é somente compreendê-lo, é também considerá-lo como ser humno, com sentimentos e vlores que he são peculiaes. Isto só será pos­ sível, através da capacidade do proissional em detectar as necessidades afetadas do paciente, o que será conseqüência da forma de relacionamento por ele desenvolvida enquanto acadêmico de enfemgem.

Reaioamento adzio/paiente

O relacionmento acadêmico/pciente pode ser considerado como uma bae para o relaciona­ mento proissionl/paciente. Através dele, auxilia­ mos o paciente a comunicar suas necessidades, mntendo com este um lima de atenção e amiza­ de, a im de lhe trnsmitir segurança e coninça, para que este nos comunique não só suas necessi­ dades elementares, ms também suas aspirações e problemas mis profundos, que podem inluenciar em seu estado de saúde.

Todo estado de tensão, nústia e carência afetiva experimentado pelo paciente pode ser ate­ nuado por ocasião do seu relacionamento com o acadêmico de enfemgem, tendo miores possi­ bilidades de contato com o cliente devido ao me­ nor número de esponsabilidaes que hes são impostas, qundo comparadas às do enfemeiro. Enquanto acadêmico permnecerá mior temo junto ao paciente e estará diretamente voltado à prestação de cuidados necessários ao seu resta­ elecimento.

Porém, ao mesmo tempo, toma-se mais fácil o seu envolvimento emocionl, pois, por não saber o mite desse envolvimento, começa a relacionar­ -se de tl foma que, quando percebe, o envolvi­ mento emcionl já está instalado. Geralmente prestamos menor atenção a detahes importantes ou não percebemos que o envolvimento emcio­ nl está em nível não teraêutico. A patir deste ponto e vista e dependendo da formação pessoal do acadêmico, o paciente pode vir a desenvolver um quaro e dependência que o levaá a exiir o tratamento feito somente por aquele cadêmico, retardndo o seu restabelecimento. Desta forma, qundo, por algum motivo, o acadêmico precisa se afstar do cliente, o mesmo poderá ter seu esta­ do aravado, por acomodação o estado patolóico

ou por revoltar-se, ejeitando a terapêutica. Muitas vezes, o acadêmico, na ânsia de desem­ penhar bem sus tarefas, acaba desenvolvendo ati­ tudes mecânicas e, deste modo, a humnização será radativmente esqueida. egundo SARA­ N06, essa posição consiste em uma atitude de

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defesa e não de eiciência, endo-he mis cômodo realizar atitudes mecânicas. Como resultado isto, o paciente criará uma barreira no relacionamento de forma a não transmitir o que sente, diicultando sua recuperação devido à perda e coniança. Portanto, ao eletir-se sobre esses aspectos, pode-se concluir que tanto o envolvimento qunto o não envolvimento ou aienaç,o são prejudiciais para o paciente . Por esses motivos, será impotante saber quais os limites desse relacionmento para que ambas s partes sejam beneiciadas.

O estabeleciménto de limites é um aspecto do elacionamento enfemeiro/paciente que irá ajudar o paciente a diminuir o seu nível de ansiedade , proporcionando-lhe, assim, condições para testar padrões de comportamento · mais adequados (ARANTES et alii

1).

O estabelecimento destes limites contribui, de mneira valiosa, para a criação de um ambiente no qul o paciente se sinta seguro. A criação de tal ambiente será ditada principalmente pela aquisição de m certo grau de empatia que leve o proissio­ nal de enfemgem a aceitar e compreender as'dife­ rentes personalidades de seus pacientes e situações por ambos vivenciadas.

Relacionamento proissional paciente

Há componentes fundamentais das essoas que , segundo lguns autores (ARANTES et ii 1 , STEFANELLI et lii8), estimulam o êxito e eicá-cia do relacionamento terapêutico enfermeira/pa­ iente . Esses componentes são o sentimento de ser amado, sentimento de coninça, de auto-estima, de dependência, de independência, interdependên­ ia, empatia e envolvimento emocionl.

ara exercer a proissão, o enfemeiro precisa ser atencioso, compreensivo, amoroso , ver o pa­ ciente como um todo e entre outros atibutos pre­ isa gostar do que fz. É importante não deixar que os problemas e perturbações interirm nesse elacionamento. A capacidade e ercepção e observação do enfermeiro deve estar em sintoia, para que seja capz de captar, através da comuni­ cação verbal e não-verbal_ que mntiver com o paci­ ente , seus verdadeiros sentimentos.

egundo EPSTEIN3, além de percepção são necessárias habilidades para compreender o que o paciente comunica sem plavras e ajudá-lo a comu­ nicr suas necessidades.

O enfermeiro está em situação privileiada e única, pois pode mnter-se em interação com o paciente em tempo mais prolongado que os

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outros proissionis da equie. ssim sendo, a con­ tribição mis importante que ele pode oferecer ao paciente é ajudá-lo na sua recuperação por meio do relacionmento que estabelece com ele, demons­ trando experiência emocionl saudável, em vez de somente nvestigar o processo patológico.

Na realidade, isto não ocorre, pois ao prois­ sional de enfemgem são impostas não só respon­ sabilidades ligadas dietamente a coordenação, mas também seviços administrativos, que o impedem de dispensar cuidados ao paciente, fzendo-o assu­ mir a posição de obsevador e controlador do estado do mesmo, sem no entanto envolver-se dire­ tmente com seus problemas, deixando que esse aspecto seja visto por suas tarefas para que os outros ealizem.

Um dos instrumentos usados nesse relaciona­ mento é o diálogo. Falar com o paciente é fácil, quando não há preocupação com os efeitos de nos­ sas plavras e ações sobre o comportamento do paciente ; interair com este só se tona terapêu­ tico quando o enfermeiro está consciente de sua

comunicação e assume responsabilidades sobe esta.

Uma das funções mis importantes do enfer­ meiro é o seu relacionamento com o paciente ; pois ao locaizar os aspectos saudáveis e conscientes do paciente , por meio do relacionamento siniica­ tivo, podérá ajudá-lo a readquirir sua saúde. Salien­ ta-se , ainda, a importância da personalidade do en­ fermeiro para o desenvolvimento do relacionamen­ to teraêutico .

O enfermero deVe procurar não se envolver emocionalmente ao ponto de prejudicar o pacien­ te, mas deve ser capz de rir, chorar ou clar-se, sem esquecer que deve trnsmitir-lhe segurança. Daí a impotância qunto à segurança emocionl e proissional.

O relacionamento enfemeiro/paciente é meta a ser atingida, função especica do enfemeiro e não "mero acontecimento" ; é a interação plane­ jada, com objetivos defmidos, entre duas essoas, na qual ambas modiicm seu comportamento, construtivamente com evolução do processo de relacionamento. Este deve ser solidiicado a cada dia para que o paciente sinta-se fortalecido e alcnce a cura de sua enfermidade, até porque, através do diálgo, pode-se transmitir todo o posi­ tivismo que lhe) falta em relação a sua saúde. O

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ontraste entre relacionamento acadêmico/pacien­

te x pr!fis.sional/p�ciente

Entre estes dois elacionamentos, são obser­ vados randes contrastes, evidenciados prncipal­ mente pelas diferenças de atribuições e experiên­ cias do acadêmico e do proissional que fazem com que o pimeiro tenha miores possibilidades de contato com o paciente, não ocorrendo o mesmo com o proissional.

Em relação ao tratamento, o paciente se en­ contra frente a duas realidades : quando tratado por funcionários; e quando tratado por cadêmico de enfemagem . No primeiro caso, recebe um bom tratamento, mas que não é exclusivo, não suprindo sua carência afetiva, pois os uncionários precisam dividir suas ações entre outros pacientes. Já no segundo caso, recebe um tratamento mis indivi­ dulizado, pois o acadêmico, lém de ter no máxi­ mo três pacientes, não possui a mesma quantidade de tarefas que os funcionários, apresentando mior tempo para exercer atividades terapêuticas e psic­ lóicas, suprindo s necessidades psicobiológicas, psicossociais e talvez até psicoespirituis, podendo deste modo tratar o paciente como um todo, con­ fome recomen da HORTA4.

O acadêmico possui uma maior possibilidade de dialogar com o paciente e de pemanecer mior tempo ao seu lado . Isso faz com que ele perceba que não é mais um no meio de tantos pacientes. Começa, então, a transmitir os frutos de sua ca­ ência emocional. Poderá surir uma dependência emocionl progressiva, cabendo ao acadêmico contornar a situação, a m de que a terapêltica

não sofra inluências ,deste relacionamento . Já o enfermeiro encontra miores diiculdades para se dedicar aos pacientes de modo interal, o que não quer dizer que não possa aproxmar-se deles e concliar s tarefas administrativas e práticas . No entanto, se se distanciar do paciente , com o passar do tempo, poderá diminuir a sua coniança e erder a sua identidade .

Conseqtnas deste reaionamnto a da profissonal

É essencial que o enfermeiro esteja conscien­ te do grau de envolvimento que está ocorrendo

na interação com o paciente , pois que as necessi­ dades que devem ser satisfeitas são s do paciente

e não as suas; ele deve er capaz e dar alguma coisa de si, deicar um certo tempo ao paciente ,

preocupar-se e demonstrar interesse por ele sem

nada exiir em troca; deve ser capz de peitir

que o paciente necessite cada vez menos dele , à

medida que recupera a saúde, ao invés e mntê-lo dependente.

O envolvimento emocional do acadêmico de enfermagem com o paciente durante o desenvolvi­ mento do relacionamento pode gerar nele, quando proissional, uma posição de uga de situações semelhantes as que o levaram a envolver-se com o paciente . Isso fz com que se empenhe no desen­ volvimento de tarefas que o afastam da relação de

ajuda a ser mantida com o paciente, tornando-o, assim, um mero espectador ou até mesmo apenas um ouvinte das condições em que se encontrm os pacientes que deveriam estar sob seus cuidados. Quando o cadêmico consegue detectar, na­ lisar e questionar os conlitos existentes nesta nte­ ração, poderá com o passar do tempo delinear os limites deste relacionamento, conseguindo, assim, mnter com seus pacientes uma relação verdadei­ ramente de ajuda na satisfação de suas necessi­ dades, de forma harmoniosa e benéica para mbos.

CON C LUSÃO

Tais obsevações, quando detectadas pelo aca­ dêmico, poderãu ajudá-lo a vencer a falta de expe­

riência mpedindo de gerar no paciente uma condi­ ção de total dependência de seus cuidados. Estas relexões o ajudarão também a detectar e a limitar suas ações, fazendo com que , assim, consiga vencer

as diiculdades que advirão, em vez de afastar-se

de situações semelhantes que , no futuro, irão com­ prometer a sua formação proissional .

A partir de todas s experiêncis vividas du­

rante o desenvolvimento do trabho e relaciona­ mento com pacientes, podem-se delimitar os graus

do envolvmento, o que é decisivo para alcançar-se um amadurecimento pessoal e proissional. Tal amadurecimento leva-nos gradativamente a deter­ minar os limites deste relacionamento.

SANTOS, E. et alii . The emotional involvi ment b etween the nursery student and his pat ient - relections of t hat experien( n the future !ife of professionals.

R e v. Bras. En. , Brasília, 39 ( 1 ) : 6 H i 6 , Jan ./Mrs.,.

1 9 86 .

R E F E R ÊN C I AS B I B L I O G R Á F I CAS

1 . AR ANTES, E,C. et alii. Estabelecimento de limites como m edida terapêutica de relacionamento

enfermeiro-paciente. R e v. Esc. En. , USP , São Pau lo , 1 5( 2 ) : 1 5 5 - 60, go. 1 9 8 1 .

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Enf, Brasília, 37( 1 ) :7 2-6, jan./mar. 1 9 84. 6. SARANO, J . O relacionamento om o doente. São

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Referências

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