• Nenhum resultado encontrado

Avaliação ultra-sonográfica de eniscos caninos: ex vivo e incluso em gelatina

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2017

Share "Avaliação ultra-sonográfica de eniscos caninos: ex vivo e incluso em gelatina"

Copied!
81
0
0

Texto

(1)

UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA

FACULDADE DE MEDICINA VETERINÁRIA E ZOOTECNIA

AVALIAÇÃO ULTRA-SONOGRÁFICA DE MENISCOS

CANINOS: EX VIVO E INCLUSO EM GELATINA

PRISCILLA MACEDO DE SOUZA

BOTUCATU-SP

(2)

UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA

FACULDADE DE MEDICINA VETERINÁRIA E ZOOTECNIA

AVALIAÇÃO ULTRA-SONOGRÁFICA DE MENISCOS

CANINOS: EX VIVO E INCLUSO EM GELATINA

PRISCILLA MACEDO DE SOUZA

Dissertação apresentada junto ao Programa de Pós-Graduação em Medicina Veterinária para obtenção do título de Mestre.

Orientadora: Profa. Ass. Dra. Maria Jaqueline Mamprim

BOTUCATU-SP

(3)

FICHA CATALOGRÁFICA ELABORADA PELA SEÇÃO TÉC. AQUIS. E TRAT. DA INFORMAÇÃO DIVISÃO TÉCNICA DE BIBLIOTECA E DOCUMENTAÇÃO - CAMPUS DE BOTUCATU - UNESP

BIBLIOTECÁRIA RESPONSÁVEL: ROSEMEIRE APARECIDA VICENTE

Souza, Priscilla Macedo.

Avaliação ultra-sonográfica de meniscos caninos: ex vivo e incluso em gelatina/ Priscilla Macedo Souza. – Botucatu : [s.n.], 2008.

Dissertação (mestrado) – Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade Estadual Paulista, 2008.

Orientador: Prof. Dr. Maria Jaqueline Mamprim Assunto CAPES:

1. Radiologia veterinária. 2. Cão. 3. Meniscos (Anatomia).

CDD 636.08960757

(4)

i

Composição da Banca Examinadora de Dissertação de autoria de Priscilla Macedo

de Souza apresentada à Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da

Universidade Estadual Paulista-UNESP, Campus de Botucatu, da data de 31 de

janeiro de 2008, para obtenção do título de Mestre em Medicina Veterinária.

___________________________________

Profa. Assistente Dra. Maria Jaqueline Mamprim

___________________________________

Profa. Assistente Dra.Sheila Canavese Rahal

___________________________________

(5)

Dedico este trabalho aos meus pais queridos, a meu marido Leandro, a meus filhos

que tanto amo João Vitor e Enzo (in memorian), por me apoiarem e incentivarem

(6)

iii

Essa dissertação é dedicada...

A DEUS por mais um dia estar aqui e poder desfrutar da companhia de todos vocês.

A vocês, amados pais, que sempre dedicaram da vida os melhores momentos, para

tornar possível mais este passo de minha vida. Obrigada pelo incentivo, pelas

palavras de conforto, frente a nosso desanimo!

Vocês resgataram em mim a força, fazendo com eu acreditasse que seria capaz de

vencer. Essa vitória pertence a vocês também. Minha eterna gratidão.

A meu filho João Vitor que me ajudou muito por sempre desligar o computador

quando eu escrevia e esquecia de salvar, mas que encheu meu coração de muita

felicidade e que me trouxe muita paz. A meu querido filho Enzo (in memorian) que

apesar de não estar presente de corpo sempre estará em meu coração, com isso me

fez lutar para que essa tese fosse feita com muito amor. Eu amo vocês.

Ao Leandro, meu esposo, que me apoiou muito nesta trajetória, apesar de todos os

entretenimentos ocorridos, o seu estímulo e carinho foram às armas desta vitória. A

você meu querido esposo com todo meu amor, obrigada!

A meu querido irmão, que compartilho das dificuldades e das alegrias e sempre

incentivou o desenvolvimento desta dissertação.

As minhas queridas avós que sempre preocupadas, proporcionaram grande carinho

para que a dissertação fosse elaborada.

À minha sogra Marina e meu sogro Aparecido, pelo carinho, incentivo e apoio na

(7)

A minha orientadora Profa. Maria Jaqueline Mamprim que acreditou em mim,

mostrando a sua confiança para a elaboração deste trabalho. Mostrou-se amiga e

preocupada com meus interesses. Sua simplicidade e sabedoria tornaram um

(8)

v

AGRADECIMENTOS

Ao curso de Pós-graduação da Faculdade de Medicina Veterinária e

Zootecnia do Departamento de Reprodução Animal e Radiologia Veterinária – FMVZ

–RARV UNESP- Botucatu-SP pela oportunidade oferecida para a realização deste

experimento.

À seção de Pós-graduação FMVZ- UNESP- Botucatu-SP, Denise

Fioravante Garcia, Maria Aparecida Manoel, Maria Regina Forlin e José Roberto de

Lalla Junior pela simpatia com que sempre me atenderam.

A orientadora do curso de Residência Professora Luciana Del Rio Pinoti

Ciarlini por ter dado a oportunidade em conhecer a Profa. Jaqueline e pelo

companheirismo desde a residência da UNESP de Araçatuba até os dias de hoje.

Ao Professor César Taconeli do Departamento de Bioestatística, Instituto

de Biocências, UNESP- Botucatu-SP, pelas orientações e análises estatísticas.

Ao Funcionário Departamento de Reprodução Animal e Radiologia

Veterinária Marcos Antonio Fumis Pellici (Marquinho), Benedito Favan (Dito) e Wilma

de Castro (Da. Vilma), pela ajuda que me deram, por sempre serem gentis e por

estarem prontos a atender meus pedidos.

Aos residentes da Radiologia Veterinária, pelo carinho e atenção que

recebi.

Aos meus colegas da pós-graduação, pela conversa, amizade e troca de

experiência.

Aos docentes do Departamento de Reprodução Animal e Radiologia

Veterinária, professoras Lucy Marie Ribeiro Muniz, Vânia Maira Machado e professor

Luis Carlos Vulcano pelo incentivo, confiança e ensinamento durante o período de

mestrado.

Ao funcionário da Patologia Veterinária Amauri, pela ajuda e a paciência

com o experimento.

A docente do Departamento de Clínica Veterinária Profa.Dra. Noeme

Souza Rocha por permitir minha passagem pela patologia.

Aos Médicos Veterinários responsáveis pelo Centro de Zoonose, Cassiano

Victoria e André Peres Barbosa de Castro pela ajuda e intensa colaboração, pois

sem ele o experimento não poderia ser realizado.

A todos que de forma direta ou indireta que contribuíram para a execução

(9)

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 Recipiente de plástico e gelatina com os meniscos inclusos... 19

Figura 2 Classificação das lesões macroscópicas do menisco de acordo

com Koneberg e Edinger (2007). A - Ruptura Radial; B -

Horizontal; C – Ruptura em “alça de balde”; D - Ruptura

Longitudinal; Ruptura em “flap”. ... 20

Figura 3 Sonogramas da articulação femorotibiopatelar de um cão ex

vivo com menisco intra-articular e incluso em gelatina: A - plano

longitudinal articular verificando estrutura homogênea com

ecogenicidade média de formato triangular; B - plano

longitudinal em gelatina verificando estrutura homogênea com

ecogenicidade média de formato triangular; C – plano

transversal articular verificando estrutura linear espessa e

hiperecogênica dorsal ao côndilo lateral da tíbia; D - plano

transversal em gelatina verificando estrutura linear espessa e

hiperecogênica dorsal ao côndilo lateral da tíbia. ... 24

Figura 4 Sonogramas da articulação femorotibiopatelar de um cão ex

vivo com menisco intra-articular e incluso em gelatina: A - plano

longitudinal caudal articular verificando estrutura homogênea

com ecogenicidade média de formato triangular; B - plano

longitudinal caudal em gelatina verificando estrutura

homogênea com ecogenicidade média de formato triangular; C

plano transversal caudal articular verificando estrutura linear

espessa e hiperecogênica dorsal ao côndilo lateral da tíbia; D

-plano dorsal em gelatina verificando estrutura homogênea com

ecogenicidade média apresentando a porção lateral (L), medial

(10)

vii

Figura 5 Sonogramas da articulação femorotibiopatelar de um cão ex

vivo com: A lesão meniscal intra-articular - plano transversal

articular verificando estrutura linear espessa e hiperecogênica

dorsal ao côndilo lateral da tíbia, porém com uma linha

hipoecogênica (seta), B sonograma de um cão normal - plano

transversal articular verificando estrutura linear espessa e

hiperecogênica dorsal ao côndilo lateral da tíbia, C - lesão

meniscal intra-articular - plano longitudinal articular verificando

estrutura homogênea com ecogenicidade média de formato

triangular, porém com uma linha hipoecogênica (seta), D -

sonograma de um cão normal - plano longitudinal articular

verificando estrutura homogênea com ecogenicidade média de

formato triangular. ... 27

Figura 6 Radiografia da articulação femorotibiopatelar de um cão ex

vivo: A e B: canino, Fêmea, SRD, 5anos, 20 kg, sem alterações

radiográficas; A - projeção mediolateral em posição anatômica;

B - projeção craniocaudal em posição anatômica. C e D:

canino, Fêmea, Akita, 12anos, 29 kg com alterações

radiográficas: diminuição do espaço articular, osteólise; C

-projeção médio-lateral em posição anatômica, D: projeção

(11)

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 Dados dos cães em relação à raça, ao sexo, a idade e ao peso. . 21

Tabela 2 Mensurações em centímetros dos meniscos direitos, realizada

nos planos transversal e longitudinal pelo exame

ultra-sonográfico articular. US-MMT – Ultra-som – Menisco medial

transverso; US-MLT - Ultra-som – Menisco lateral transverso;

US- MML- Ultra-som - Menisco medial longitudinal; US- MLL

Ultra-som -. Menisco lateral longitudinal; US –MMTC – Ultra-som

– Menisco medial transverso caudal; US-MLTC - Ultra-som –

Menisco lateral transverso caudal; US- MMLC- Ultra-som -

Menisco medial longitudinal caudal; US- MLLC– Ultra-som -.

Menisco lateral longitudinal caudal. ... 30

Tabela 3 Mensuração em centímetros dos meniscos esquerdos, realizada

nos planos transversal e longitudinal pelo exame

ultra-sonográfico articular. US-MMT – Ultra-som – Menisco medial

transverso; US-MLT - Ultra-som – Menisco lateral transverso;

US- MML- Ultra-som - Menisco medial longitudinal; US- MLL

Ultra-som -. Menisco lateral longitudinal; US –MMTC – Ultra-som

– Menisco medial transverso caudal; US-MLTC - Ultra-som –

Menisco lateral transverso caudal; US- MMLC- Ultra-som -

Menisco medial longitudinal caudal; US- MLLC– Ultra-som -.

Menisco lateral longitudinal caudal. ... 31

Tabela 4 Mensuração em centímetros dos meniscos direitos inclusos em

gelatina, realizada nos planos transversal e longitudinal pelo

exame ultra-sonográfico. GEL-MMT – Gelatina – Menisco medial

transverso; GEL-MLT - Gelatina – Menisco lateral transverso;

GEL- MML- Gelatina - Menisco medial longitudinal; GEL- MLL

Gelatina -. Menisco lateral longitudinal. ... 32

Tabela 5 Mensuração em centímetros dos meniscos direitos inclusos em

gelatina, realizada nos planos transversal, longitudinal e dorsal

pelo exame ultra-sonográfico. GEL-MMTC – Gelatina – Menisco

(12)

ix

lateral transverso caudal; GEL- MLLC - Gelatina – Menisco

lateral longitudinal caudal; GEL-MMD – Gelatina- Menisco medial

dorsal; GEL-MLD – Gelatina - Menisco lateral dorsal. ... 33

Tabela 6 Mensuração em centímetros dos meniscos esquerdos inclusos

em gelatina, realizada nos planos transversal e longitudinal pelo

exame ultra-sonográfico. GEL-MMT – Gelatina – Menisco medial

transverso; GEL-MLT - Gelatina – Menisco lateral transverso;

GEL- MML- Gelatina - Menisco medial longitudinal; GEL- MLL

Gelatina -. Menisco lateral longitudinal. ... 34

Tabela 7 Mensuração em centímetros dos meniscos esquerdos inclusos

em gelatina, realizada nos planos transversal, longitudinal e

dorsal pelo exame ultra-sonográfico. GEL-MMTC – Gelatina –

Menisco medial transverso caudal; GEL-MLTC - Gelatina –

Menisco lateral transverso caudal; GEL- MLLC - Gelatina –

Menisco lateral longitudinal caudal; GEL-MMD – Gelatina-

Menisco medial dorsal; GEL- MLD – Gelatina - Menisco lateral

dorsal. ... 35

Tabela 8 Índice de concordância das medidas dos meniscos através do

exame ultra-sonográfico e da gelatina do membro pélvico

esquerdo. . MMT – Menisco medial transverso; MLT - Menisco

lateral transverso; MML - Menisco medial longitudinal; MLL

Menisco lateral longitudinal; MMTC - Menisco medial transverso

caudal; MLTC - Menisco lateral transverso caudal; MMLC -

Menisco medial longitudinal caudal; MLLC - Menisco lateral

longitudinal caudal. ... 38

Tabela 9 Índice de concordância das medidas dos meniscos através do

exame ultra-sonográfico e da gelatina do membro direito. MMT

Menisco medial transverso; MLT - Menisco lateral transverso;

MML - Menisco medial longitudinal; MLL - Menisco lateral

longitudinal; MMTC - Menisco medial transverso caudal; MLTC -

Menisco lateral transverso caudal; MMLC - Menisco medial

longitudinal caudal; MLLC - Menisco lateral longitudinal caudal. ..

(13)

LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 Correlação das medidas dos meniscos através do exame

ultra-sonográfico articular (ultra-som) e do menisco incluso em gelatina

(gelatina) do membro direito. MMT – Menisco medial transverso;

MLT - Menisco lateral transverso; MML - Menisco medial

longitudinal; MLL – Menisco lateral longitudinal; MMTC - Menisco

medial transverso caudal; MLTC - Menisco lateral transverso

caudal; MMLC - Menisco medial longitudinal caudal; MLLC -

Menisco lateral longitudinal caudal.

...

36

Gráfico 2 Correlação das medidas dos meniscos através do exame

ultra-sonográfico articular (ultra-som) e do menisco incluso em gelatina

(gelatina) do membro esquerdo. MMT – Menisco medial

transverso; MLT - Menisco lateral transverso; MML - Menisco

medial longitudinal; MLL – Menisco lateral longitudinal; MMTC -

Menisco medial transverso caudal; MLTC - Menisco lateral

transverso caudal; MMLC - Menisco medial longitudinal caudal;

(14)

xi

RESUMO

SOUZA, P.M. Avaliação ultra-sonográfica de meniscos caninos: ex vivo e incluso em

gelatina. Botucatu, 2008, 70p. Dissertação de Mestrado – Faculdade de Medicina

Veterinária e Zootecnia, Campus de Botucatu, Universidade Estadual Paulista “Júlio

de Mesquita Filho” - UNESP.

O exame ultra-sonográfico fornece informações sobre os aspectos

sonográficos normais e das principais afecções que acometem o sistema articular

dos animais. Ainda são escassas as informações sobre a utilização do exame

ultra-sonográfico para a visibilização e diagnóstico das alterações dos meniscos caninos.

O objetivo deste trabalho foi estabelecer as imagens ultra-sonográficas normais dos

meniscos ex - vivo e inclusos em gelatina na e detectar possíveis alterações,

tomando como “padrão ouro” a macroscopia. Exames radiográficos da articulação do

joelho foram realizados para fornecer dados sobre alterações articulares.

Desenvolveu-se uma técnica para incluir os meniscos em gelatina a fim de

analisá-los ultra-sonograficamente. Após a inclusão, imagens ultra-sonográficas foram

realizadas dos meniscos para se comparar com as imagens intra-articulares. Nesse

experimento foram utilizados 15 cães, machos ou fêmeas, com idade de 8 meses a

192 meses (16 anos), sem histórico clínico. No exame ultra-sonográfico da

articulação foi possível observar no plano transversal craniocaudal e caudocranial

uma estrutura linear espessa e hiperecogênica dorsal ao côndilo medial, sendo que

nesse caso o menisco apresentou 0,48 x 1,25cm e uma dorsal ao côndilo lateral

(0,51 x 1,90cm) da tíbia, imagem essa que representou a região central do menisco

medial e lateral. Constatou-se que a imagem ultra-sonográfica do plano longitudinal

do menisco medial é mais facilmente acessada, do que a do lateral, pois se

visibilizou ruptura no menisco medial. Os planos intra-articulares longitudinal caudal

e transversal caudal apresentaram melhor visibilização dos meniscos e maior índice

de correlação e concordância com as imagens dos meniscos inclusos.

Os meniscos dos cães com peso maior do que 20 kg foram mais facilmente

visibilizados, embora tenha sido possível também visibilizar os meniscos dos cães

com menos de 20 kg. As medidas ultra-sonográficas dos meniscos inclusos em

(15)

correlação positiva, o que indica o grau de acurácia da técnica ultra-sonográfica em

visibilizar o menisco normal bem como diagnosticar suas lesões.

Palavras-chave: cães, diagnóstico por imagem, menisco, radiologia,

(16)

xiii

ABSTRACT

SOUZA, P.M.Ultrasound evaluation of canine menisci: ex-vivo and inserted in gelatin.

Botucatu, 2008. 70p. Dissertation in the Masters – College of Veterinary Medicine

and Animal Science, Botucatu Campus , Sao Paulo State University “ Julio de

Mesquita Filho “ – UNESP.

The ultrasound examination provides information about normal sonographic

aspects and main affections that attack the articular system of animals. Information

about the use of the ultrasound examination to view and diagnose alterations in

canine menisci is still scarce. The objective of this work was to establish normal

ultrasound images of ex-vivo menisci and menisci inserted in gelatin and detect

possible alterations, taking macroscopy as “gold standard”. Radiographic

examinations of the articulation of the knee were performed to provide data about

articular alterations. A technique was developed to insert menisci in gelatin in order to

analyze them by means of ultrasound examination. After insertion, ultrasound images

of the menisci were obtained to make a comparison with intra-articular images. In this

experiment, 15 male or female dogs were used, with ages from 8 to 192 months old

(16 years old), without clinical history. In the ultrasound examination of the

articulation, it was possible to observe a thick and hyperechogenic linear structure in

the cranial-caudal and caudal-cranial transversal plan, dorsal to the medial condyle,

being that, in this case, the meniscus presented 0,48 x 1,25cm, and another one,

dorsal to the lateral condyle (0,51 x 1,90cm) of the tibia, representing the central

region of the medial and lateral meniscus. It was verified that the ultrasound image of

the longitudinal plan of the medial meniscus is more easily accessed than the lateral

one, because a rupture in the medial meniscus was possible to be viewed.

Longitudinal caudal and transversal caudal intra-articular plans presented better

viewing of the menisci and higher correlation index and consonance with the images

of the inserted menisci.

The menisci of dogs heavier than 20 kg were more easily viewed, although

menisci of dogs lighter than 20 kg were also possible to be viewed. Ultrasound

measurements of the articular menisci and menisci inserted in gelatin, obtained in

(17)

accuracy degree of the ultrasound technique in viewing the normal meniscus, as well

as diagnosing its lesions.

(18)

xvi

SUMÁRIO

LISTA DE FIGURAS... vi

LISTA DE TABELAS... viii

LISTA DE GRÁFICOS... x

RESUMO... xi

ABSTRACT... xiii

1 INTRODUÇÃO... 2

2 REVISÃO DE LITERATURA... 5

2.1 Anatomia... 5

2.2 Fisiopatogenia... 6

2.3 Diagnóstico... 8

2.3.1 Histórico/Exame físico... 8

2.3.2 Exame radiográfico... 9

2.3.3 Exame ultra-sonográfico... 9

3 OBJETIVO... 14

4 MATERIAL E MÉTODOS... 16

4.1 Local do experimento... 16

4.2 Animais... 16

4.3 Equipamentos... 16

4.4 Exame radiográfico... 17

4.5 Exame ultra-sonográfico... 17

4.6 Análise estatística... 20

5 RESULTADOS ... 23

6 DISCUSSÃO... 40

7 CONCLUSÕES... 44

8 REFERÊNCIAS... 46

9 ARTIGO CIENTÍFICO... 51

10 ANEXO I... 70

(19)

1 INTRODUÇÃO

Com o desenvolvimento tecnológico dos aparelhos ultra-sonográfico a

imagem teve melhoria em sua resolução.Como resultado desses fatos, no mercado

ocorreu um grande aumento do número de profissionais trabalhando com esse meio

de diagnóstico, portanto o ultra-som tem hoje um papel fundamental na rotina da

clínica de pequenos e de grandes animais.

Nas enfermidades da articulação do joelho, o diagnóstico geralmente é

baseado na história clínica de claudicação, no exame físico, ortopédico e

radiográfico, e para avaliação das estruturas intra-articulares utiliza-se a artrografia,

artrocentese, artroscopia e ressonância magnética. Esses procedimentos, com

exceção da ressonância magnética e da radiografia, são meios invasivos de

diagnóstico das alterações intra-articulares (REED et al., 1995; DUNCAN et al.,

1995). Para evitar essa forma invasiva tem-se utilizado a ultra-sonografia como uma

opção para avaliar as estruturas em relação a sua forma, tamanho e ecogenicidade

(COOK et al., 1999).

O exame ultra-sonográfico é utilizado há anos como exame de rotina na

avaliação de problemas articulares em pacientes humanos. Na medicina veterinária,

especificamente na área de animais de companhia, a ultra-sonografia articular é um

método de diagnóstico ainda pouco utilizado (KRAMER et al., 1999). Esta técnica

tem por objetivo avaliar os tecidos moles do sistema locomotor (músculos, tendões e

ligamentos) (CARVALHO, 2004), permitindo ainda estudar as estruturas normais e

as alterações dos meniscos, cartilagens e espaço articular (REED et al., 1995;

COOK et al., 1999; MAHN et al., 2005) e do contorno ósseo, complementando assim

a avaliação radiográfica, que fornece informações morfológicas e estruturais dos

componentes anatômicos. (CARVALHO, 2004).

O exame radiográfico tem grande contribuição diagnóstica para

visibilização da DDA, possibilitando assim maior número de informações em

conjunto com a ultra-sonografia. Porém o exame radiográfico não diagnostica as

lesões meniscais.

A vantagem do exame ultra-sonográfico é a não utilização de radiação

(20)

Introdução 3

experiência do operador e a necessidade de transdutores específicos são fatores

limitantes. (MUZZI et al., 2001)

Os achados ultra-sonográficos mais comum são: a presença de efusão

articular, estrutura de formato triangular com ecogenicidade média e homogênea

(meniscos), em alguns casos podem-se verificar a presença de uma estrutura

hiperecogênica e irregular no local de inserção do ligamento cruzado cranial,

compatível com a ruptura do mesmo (MAHN et al., 2005). No entanto, essa ruptura é

uma das principais doenças articulares responsável pela lesão meniscal, quando se

torna crônica (KEENE et al., 1993).

A imagem ultra-sonográfica articular em humanos e em eqüinos

apresenta uma alta correlação quando comparada à imagem ultra-sonográfica

articular do cão (REED et al., 1995; MAHN et al., 2005; KONEBERG e EDINGER,

2007). O exame ultra-sonográfico fornece informações sobre os aspectos

sonográficos normais e das principais afecções que acometem o sistema articular

dos animais (CARVALHO, 2004; MAHN et al., 2005).

O presente trabalho utiliza a ultra-sonografia como ferramenta que

possibilita examinar os aspectos sonográficos normais e as alterações dos meniscos

(21)

2 REVISÃO DE LITERATURA

2.1 ANATOMIA

Dentro da sindesmologia, que é a área da anatomia responsável pelo

estudo das articulações, podemos classificar a articulação femorotibial como sinovial

ou diartrodial do tipo gínglimo e uniaxial, o que confere a capacidade de flexão e

extensão, além de movimentos axiais e laterais (SISSON et al.,1986; PAYNEY e

CONSTANTINESCU, 1993). Esta composta por uma cavidade articular, cápsula,

líquido sinovial, cartilagem articular, osso subcondral, ligamentos intra-articulares e

por dois meniscos, denominados de medial e lateral (PIERMATTEI, 1999).

Os meniscos são estruturas bicôncavas, fibrocartilaginosas e em formato

de "C", localizados entre os côndilos femoral e tibial. No plano transversal, os

meniscos têm forma de cunha, a borda central é delgada e côncava e a borda

periférica mais espessa (6-8 mm em cães de raça de grande porte) (VASSEUR,

1998). O menisco lateral é maior e mais espesso que o menisco medial

(ARNOCZKY e WARREN, 1983; NEWTON e NUNAMAKER, 1985; CARPENTER e

COOPER, 2000). Sua composição tem 64% de água e grande quantidade de

colágeno e proteoglicanas (ARNOCZKY e WARREN, 1983; NEWTON e

NUNAMAKER, 1985; CARPENTER e COOPER, 2000). Os meniscos são fixos por

ligamentos, o que lhes proporciona estabilidade na movimentação do joelho durante

a flexão, extensão e rotação (NEWTON e NUNAMAKER, 1985).

As extremidades dos meniscos são chamadas de cornos e o segmento

que se estende entre os cornos é denominado corpo. Estruturalmente os cornos e o

corpo se diferem. Os cornos dos meniscos possuem grande quantidade de vasos

sangüíneos e fibras nervosas, ao passo que o corpo não possui vasos sangüíneos

nem fibras nervosas. A irrigação sangüínea dos meniscos origina-se dos ramos das

artérias geniculadas medial e lateral. (ARNOCZKY e WARREN,1983; VASSEUR,

(22)

Revisão de Literatura 6

2.2 FISIOPATOGENIA

Os meniscos atuam na proteção das superfícies articulares opostas, pois

agem como elementos de transmissão de cargas e de absorção de energias de

impacto; contribuem para estabilidade durante a flexão e extensão do joelho,

prevenindo movimentos de rotação e promovendo estabilidade varo e valgo da

articulação; e por atuarem como estruturas móveis, elásticas e periféricas, auxiliam

na lubrificação da articulação, prevenindo o atrito entre as superfícies articulares do

fêmur e da tíbia (ARNOCZKY e WARREN,1983). Na posição de estação, os

meniscos suportam e absorvem 65% da carga de sustentação do peso corpóreo. A

inervação dos cornos faz com que os meniscos tenham função sensitiva de auxiliar

na propriocepção do membro, protegendo a articulação de carga em excesso (como

o sobrepeso), por meio de arco reflexo envolvendo a musculatura regional

(ARNOCZKY e WARREN,1983; VASSEUR, 1998).

As lesões dos meniscos ocorrem quando sua fibrocartilagem fica sujeita à

pressão anormal ou tensão. A região do menisco lesionado depende do grau de

flexão da articulação do joelho ao ser imposta a força rotacional. Quando em

extensão a porção cranial do menisco é acometida e, quando em flexão, a parte

caudal. A direção da rotação geralmente determina qual o menisco lesionado

(ARNOCZKY,1996).

As lesões meniscais isoladas sem lesão ligamentar concomitante não são

comuns em cães, embora lesões envolvendo o corpo do menisco lateral tenham sido

relatadas em quedas na qual a articulação sofre compressão excessiva (HULSE,

1995).

A lesão do menisco lateral é rara nos cães e está associada a um trauma

articular, já o menisco medial que possue menor mobilidade, e provavelmente por ter

na sua composição menor quantidade de água e glicosaminoglicanas fica mais

susceptível ao dano durante a instabilidade, que geralmente ocorre nas rupturas do

ligamento cruzado cranial (ARNOCZKY,1985).

Conforme descrito por Arnoczky (1985), as lesões nos meniscos podem

ocorrer em conjunto com a ruptura aguda do ligamento cruzado cranial ou associado

com a instabilidade crônica da articulação, onde esta instabilidade produzirá

movimentos que poderão comprimir os meniscos entre o fêmur e a tíbia, causando

(23)

vulneráveis às lesões e poderão sofrer lacerações diante de traumatismos mínimos

(NEWTON e NUNAMAKER, 1985; KEENE et al., 1993).

As alterações degenerativas nos meniscos estão associadas a doenças

articulares degenerativas, que resultam em instabilidade articular (COOK et al.,

1999; TIENEN et al., 2003).

A calcificação dos meniscos pode ser uma alteração degenerativa primária

ou secundária as doenças crônicas articulares (osteoartrite) (WEBER, 1998). A

idade também afeta as propriedades meniscais, pois cães com três anos de idade

ou mais apresentam uma menor celularidade na superfície do menisco quando

comparada aqueles com tempo de vida inferior a três anos. Com o aumento da

idade, o menisco torna-se mais rígido e sua elasticidade fica reduzida (JACKSON,

2001).

Segundo Keene et al. (1993), Hulse (1995) e Moore e Read (1996) os

tipos de lesões mais comuns do menisco medial são: lesão transversal na região

caudal do corpo do menisco medial – que se estende de medial para lateral e “lesão

em alça de balde”, a qual ocorre em sentido longitudinal do corpo do menisco, com o

deslocamento da porção medial para o centro da articulação interferindo com a

extensão e a flexão completa do joelho. A lesão transversa tende a ocorrer quando o

menisco estira-se, e a lesão longitudinal quando o menisco é comprimido entre o

fêmur e a tíbia durante a rotação.

Podem ocorrer outros tipos de lesões no menisco medial tais como: a

separação da sua porção caudal quando a articulação do joelho é posicionada em

extrema flexão, o corno caudal do menisco medial pode se deslocar para o interior

da articulação e dobrarem sobre-si, durante o movimento de deslizamento anormal

da articulação instável (ARNOCZKY,1996).

A ruptura dos meniscos é denominada de acordo com sua localização e

posição, como: ruptura longitudinal, ruptura transversal, ruptura em prega caudal,

ruptura em "forma de chifre" ou “alça de balde” (ARNOCZKY e WARREN, 1983;

NEWTON e NUNAMAKER, 1985; TIENEN et al., 2003) e segundo a classificação

humana pode ser: longitudinal simples, dupla e tripla; ruptura em "flap", radial e

(24)

Revisão de Literatura 8

2.3 DIAGNÓSTICO

Cães de ambos os sexos e de qualquer idade ou raça estão susceptíveis a

possíveis lesões nos meniscos. Nos cães de grande porte a predisposição à esta

lesão é maior quando ocorre a instabilidade articular (HULSE e JOHNSON, 1997).

O diagnóstico da lesão do menisco é realizado por meio do histórico

clínico e do exame físico. O exame ortopédico também oferece dados a respeito da

inspeção, avaliação da marcha, realização dos movimentos normais e manobras

ortopédicas específicas. A maioria das lesões meniscais resultam em claudicação e,

geralmente, estão associadas à ruptura do ligamento cruzado cranial. Estudos

recentes indicam que 61% dos cães apresentam ruptura do ligamento cruzado

cranial e lesão dos meniscos e somente 21% dos cães com ruptura parcial têm

lesões meniscais (HULSE e JOHNSON, 1997; BUQUERA et al., 2002).

2.3.1 HISTÓRICO CLÍNICO/EXAME FÍSICO

O histórico clínico de claudicação crônica que evolui para a incapacidade

funcional do membro é o relato mais comum na ruptura do ligamento cruzado

cranial, quando associada à injúria do menisco (HULSE e JOHNSON, 1997).

Durante a manipulação da articulação, um ruído seco pode ser percebido

ao flexionar e estender o joelho, isto ocorre devido ao deslocamento da porção

lesionada do corno caudal do menisco medial ou devido ao movimento da parte livre

da lesão em “alça de balde”. Esse ruído é patognomônico para a lesão de menisco,

mas sua ausência não a exclui (HULSE e JOHNSON, 1997; DEJARDIN et al., 1998).

O menisco lesionado, apreendido entre o fêmur e a tíbia, pode dificultar o

diagnóstico de ruptura do ligamento cruzado cranial, pelo impedimento ou redução

do deslocamento da tíbia no teste do “movimento de gaveta cranial” (DEJARDIN et

(25)

2.3.2 EXAME RADIOGRÁFICO

O exame radiográfico das articulações nos permite avaliar o tecido ósseo, mas não as lesões meniscais. As projeções craniocaudal e mediolateral devem ser

realizadas para detectar alterações articulares degenerativas, embora esses

achados não sejam correlacionados às lesões meniscais. A ruptura do ligamento

cruzado cranial e a diminuição do espaço articular podem ser observadas nas

articulações com lesões meniscais (HULSE e JOHNSON, 1997). Assim como em

várias doenças articulares, os sinais radiográficos podem não ser compatíveis com

os sinais clínicos, o que não descarta a possibilidade da doença (SODERSTROM et

al., 1998).

2.3.3 EXAME ULTRA-SONOGRÁFICO

Há muito tempo o exame ultra-sonográfico vem sendo utilizado como uma

alternativa de avaliação articular. Na medicina veterinária, principalmente na área de

animais de companhia, é um método de diagnóstico pouco utilizado (KRAMER et al.,

1999), provavelmente por desconhecimento da técnica. Essa modalidade de imagem

apresenta vantagens e desvantagens como toda técnica. Como vantagens pode-se

citar o fato de ser um método não invasivo comparado com outros tipos de meios de

diagnósticos, como a artroscopia e a artrografia contrastada, não utilizar a radiação

ionizante e permitir a visibilização das estruturas intra-articulares, possibilitar a

avaliação das superfícies articulares do fêmur e da tíbia e, conseqüentemente,

alterações degenerativas. Além disso, o exame ultra-sonográfico é relativamente

barato, comparado a modalidades de imagens como a Ressonância Magnética, e

tem sido utilizado para acrescentar informações importantes ao diagnóstico de

maneira segura (REED et al., 1995; MUZZI et al., 2001).

Como desvantagens a utilização do exame ultra-sonográfico para a

imagem normal da anatomia articular canina, necessita de equipamentos específicos

e especialistas para um diagnóstico correto e decisivo para a cirurgia (MAHN,

2005).

Para a execução do exame ultra-sonográfico na maioria das vezes não há

necessidade de anestesia ou sedação do paciente. Realizar-se a tricotomia da área

(26)

Revisão de Literatura 10

transdutor com a superfície articular. Deve-se colocar o paciente em decúbito dorsal

ou lateral, com o membro a ser examinado voltado para cima e semi-flexionado. O

transdutor localizado na região infrapatelar deve ser rotacionado lateral ou

medialmente cerca de 20O, para se obter a visibilização dos ligamentos (KRAMER et

al., 1999; CARPENTER e COOPER, 2000).

Para se proceder ao exame ultra-sonográfico precisamos de

equipamentos de tempo real e bidimensional (2D), com modo-B e transdutores

lineares cuja freqüência pode variar de 7,5 a 11MHz. As imagens são obtidas com o

membro parcialmente flexionado e em extensão, nos planos sagital e transversal, e

são avaliadas as regiões lateral, medial, suprapatelar e infrapatelar, utilizando cinco

diferentes janelas acústicas: cranial, craniomedial, craniolateral, caudomedial e

caudolateral (KRAMER et al., 1999; MAHN et al., 2005; KONEBERG e EDINGER,

2007).

Em humanos é muito utilizada a técnica caudomedial e caudolateral para

melhor visibilização do corno caudal do menisco, que também pode ser realizado

nos cães e nos eqüinos, e tem a vantagem de quando realizado no cão, o mesmo ira

se apresentar em decúbito lateral o que requer menor contenção, quando

comparado à técnica para abdômen (KRAMER et al., 1999; KONEBERG e

EDINGER, 2007).

Segundo Carvalho (2004) e Mahn et al. (2005), os meniscos são

visibilizados como estruturas de formato triangular, homogênea e com

ecogenicidade média. A superfície óssea e os numerosos artefatos de técnica,

somados ao espaço limitado da articulação, freqüentemente podem levar a falso

diagnóstico.

A imagem radiográfica fornece informações do tecido ósseo, o que

possibilita melhor precisão no diagnóstico, por isso deve ter-la em conjunto com a

imagem ultra-sonográfica intra-articular que possibilita melhor visibilização dos

tecidos moles como informação adicional (REED et al., 1995; COOK et al., 1999).

A ultra-sonografia do joelho é fundamental na avaliação dos tecidos moles

intra-articulares e fornece informações, tais como a presença de lesões articulares

degenerativas, anormalidades da cartilagem articular, ruptura meniscal,

anormalidades do músculo, tendões e ligamentos, e de neoplasias (REED et al.,

1995; CARPENTER e COOPER, 2000; MAHN et al., 2005). Em cães com menos de

(27)

exceção ocorre quando o aspecto anatômico da estrutura favorece a identificação

ultra-sonográfica (KRAMER et al., 1999; MUZZI et al., 2001; MAHN et al., 2005).

O ligamento cruzado cranial e o menisco medial são bem visibilizados no

plano sagital, a partir do acesso cranial, com o joelho em completa flexão. A

hipoecogenicidade é comparada com o ligamento patelar. A gordura infrapatelar é

observada nitidamente entre o ligamento patelar e ligamento cruzado cranial (LCCr)

e apresenta ecogenicidade maior do que a das estruturas ligamentosas regionais.

Por causa da orientação e das características sonográficas do LCCr, é possível

observar as rupturas parciais e completas no exame ultra-sonográfico (NYLAND e

MATTOON, 2005).

Segundo Reed et al. (1995) e Mahn et al. (2005) as estruturas

intra-articulares são homogêneas com baixa a moderada ecogenicidade. As cartilagens

normais são visibilizadas na lateral e medial dos côndilos femorais. Essas

cartilagens produzem distinta imagem hipoecogênica entre a ecogenicidade da

cartilagem do osso femoral e da ecogenicidade da cartilagem da interface.

As estruturas articulares dos cães apresentam-se similares as de eqüinos

e humanos (KONEBERG e EDINGER, 2007). Os meniscos são considerados

normais na imagem ultra-sonográfica, quando sua ecogenicidade média e sua fina

ecotextura são visibilizados na articulação femorotibial com sua superfície

congruente com a margem abaxial do menisco alinhando com a margem abaxial do

côndilo femoral e da tíbia. Pode ser vista uma linha hipoecogênica entre a superfície

do menisco e entre o fêmur e a tíbia, considerada normal no aspecto

ultra-sonográfico (MAHN et al., 2005).

O tecido meniscal é considerado alterado quando está hiperecogênico ou

hipoecogênico e com irregularidades de forma. Essas lesões são clasificadas de

acordo com Konerberg e Edinger (2007) em: ruptura radial, ruptura horizontal,

ruptura em "forma de chifre" ou “alça de balde”, ruptura longitudinal e ruptura em

“flap”. Quando a lesão não se encaixa nessas classificações é denominada como

ruptura complexa do menisco. Segundo Mahn et al. (2005), não se consegue

identificar todas as lesões meniscais através do ultra-som.

A presença de alterações decorrentes da doença degenerativa articular

(DDA) dificulta a visibilização do ligamento por meio da ultra-sonografia. A grande

quantidade de efusão articular e a formação de tecido sinovial reativo intra-articular

(28)

Revisão de Literatura 12

BERTONI, 2001). A análise do líquido sinovial pode ajudar no diagnóstico DDA

(HULSE e JOHNSON, 1997).

Os ligamentos colaterais, os ligamentos meniscais, os ligamentos

intermeniscais, o tendão extensor digital profundo e o tecido sinovial não podem ser

visibilizados ao exame ultra-sonográfico em cães, em eqüinos e humanos também

não está descrito na literatura (REED et al., 1995; MAHN et al., 2005;).

Macrae e Scott, (1999) e Seong et al. (2005), realizaram a avaliação

ultra-sonográfica dinâmica, para a melhor detecção da cápsula articular com

administração de solução salina intra-articular em ovinos e em cães normais e com

ruptura do cruzado cranial. Os autores concluíram que dessa forma puderam

identificar a estrutura dos ligamentos, com mais facilidade, pois a solução salina

(29)

3 OBJETIVO

O presente trabalho teve por objetivo:

- Estabelecer as imagens ultra-sonográficas normais dos meniscos na

articulação do joelho, utilizando a macroscopia como “padrão ouro”;

- Mensurar ultra-sonograficamente os menisco, intra-articular e inclusos,

nos planos longitudinal e transversal e correlacionar esses dados entre si;

- Verificar a ocorrência da lesão do menisco medial e lateral em uma

população de cães sem acesso ao histórico clínico desses animais;

- Realizar o exame radiográfico dos joelhos para detectar lesões

(30)

Material e Métodos 16

4 MATERIAL E MÉTODOS

4.1 LOCAL DO EXPERIMENTO

Os procedimentos in vitro foram conduzidos no setor do serviço de

Radiologia Veterinária, da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ) da

Universidade Estadual Paulista (UNESP) situado no município de Botucatu, estado

de São Paulo. O estudo está de acordo com os Princípios Éticos na Experimentação

Animal (COBEA) e foi aprovada pela Comissão de Ética em Experimentação da

FMVZ-UNESP, Botucatu, SP.

4.2 ANIMAIS

Para o experimento foram utilizados 15 cães, dispondo assim de 30

(trinta) membros pélvicos (direito e esquerdo), totalizando 60 meniscos, de machos

ou fêmeas, com idade variando de 8 meses a 192 meses (Tabela 1), proveniente do

Centro de Zoonose da Prefeitura Municipal de Botucatu-SP, que vieram a óbito por

eutanásia ou morte natural, sem o histórico clínico.

Os membros pélvicos direito e esquerdo foram desarticulados na região

coxo-femoral e encaminhados ao Setor de Radiologia Veterinária da

UNESP-Botucatu, para realização do exame radiográfico e ultra-sonográfico, com 24 horas

(tempo máximo) do óbito foi realizada a coleta para avaliação das articulações

femorotibiopatelar, de possíveis doenças articulares e para padronização e

avaliação dos meniscos ainda nas articulações.

4.3 EQUIPAMENTOS

As radiografias foram realizadas em um aparelho de Raio-X modelo

D8001, com capacidade para 125Kv/500mA, equipado com grade antidifusora de

potter-bucky, com películas radiográficas MXG/PLUS2, de tamanho 30x40cm. As

1TUR-DRESDEN Corporation

2

(31)

películas foram contidas em chassi metálico com écran intensificador LANEX

REGULAR3. Não foi utilizado o potter-bucky durante o procedimento radiográfico.

Após a tomada radiográfica as películas eram identificadas por impressão

luminosa e processadas4 em equipamento automático modelo MX25.

Os exames sonográficos foram realizados com aparelho de

ultra-sonografia marca GE modelo LOGIC 36, no modo B, com transdutor multifreqüencial

microlinear de 7,5MHz a 10MHz. As imagens ultra-sonográficas foram armazenadas

em CDs para posterior análise.

4.4 EXAME RADIOGRÁFICO

Foram realizadas radiografias da articulação femorotibiopatelar, nas

projeções craniocaudal e mediolateral, com a articulação tibiotársica na posição

anatômica.

Os exames radiográficos foram realizados com o auxilio de espuma e saco

de areia para o posicionamento correto das articulações. Após o processamento, as

radiografias foram avaliadas. Os achados radiográficos foram transcritos para fichas

individuais, que continham uma lista de possíveis alterações e suas respectivas

classificações, tais como diminuição do espaço articular, presença de osteófito

medial e/ou lateral na tíbia, áreas de osteólise em côndilo femoral lateral e/ou

medial, área de esclerose em osso subcondral de fêmur e tíbia.

4.5 EXAME ULTRA-SONOGRÁFICO

Posteriormente foram realizados os exames ultra-sonográfico das

articulações femorotibiopatelar (FTP), para padronização e a avaliação dos

meniscos. As peças foram colocadas em mesa própria com auxilio de um estagiário

para o posicionamento correto, procedida à ampla tricotomia na região da

articulação femorotibiopatelar e aplicação de gel acústico7. As peças foram

posicionadas dorsalmente com o membro flexionado, ventralmente com o membro

3KODAK Brasileira Comércio e Indústria LTDA

4

KODAK Brasileira Comércio e Indústria LTDA 5

MACROTEC Comércio e Indústria LTDA 6GE Medical Systems Ultrasound

7

(32)

Material e Métodos 18

estendido e lateralmente com o membro estendido e flexionado e semi-flexionado,

sempre posicionando a peça do lado direito do examinador, paralelo ao aparelho de

ultra-sonografia.

As imagens da articulação FTP foram realizadas nos planos transversal e

longitudinal, onde estes foram realizados: medial, lateral e caudal e avaliada a região

infrapatelar com o membro semi-flexionado e em posição neutra, o transdutor

quando colocado na região infrapatelar deve ter uma angulação de 20o. Os achados

ultra-sonográficos também foram transcritos para fichas individuais, nas quais se

encontrava uma lista de alterações e suas respectivas classificações. Havendo lesão

no menisco, essas foram novamente classificadas (Figura 2).

O exame ultra-sonográfico realizado com os meniscos inclusos em

gelatina, seguiram os planos transversal e longitudinal, porém com adição do plano

dorsal, onde este foi realizado com o transdutor dorsal a gelatina, fazendo com que

toda a superfície do menisco fosse visibilizada e dividida em lateral, central e medial

(LCM). As mensurações dos meniscos realizadas na articulação e quando inclusos

em gelatina, foram comparadas para obterem correlação quando analisadas

estatisticamente, nos planos transversal, longitudinal e caudal obtinham uma medida

lateral e outra medial, embora no plano longitudinal fosse realizada duas

mensurações sendo base e altura, no plano dorsal, esta somente feita quando os

meniscos foram inclusos em gelatina, realizaram três medidas (lateral, central e

medial).

Os achados ultra-sonográficos avaliados na articulação foram:

irregularidade em fêmur, irregularidade em tíbia; presença de imagem

hiperecogênica na inserção do ligamento cruzado cranial (LCCr); no plano

longitudinal imagem de uma estrutura de formato triangular homogênea com

ecogenicidade média (menisco); no plano transversal uma estrutura linear espessa e

hiperecogênica dorsal ao côndilo medial e uma dorsal ao côndilo lateral da tíbia, que

representava a região central do menisco medial e lateral, respectivamente, ruptura

total do menisco ( área hipoecogênica).

Realizados os diagnósticos radiográfico e ultra-sonográfico as peças

(membros pélvicos) foram dissecadas para a retirada dos meniscos. Os mesmos

foram classificados macroscopicamente de acordo com suas lesões (Figura 2).

Posteriormente com auxilio de uma tesoura Metzenbaum foram retiradas às

(33)

inclusos em gelatina. Para incluí-los em gelatina, esta foi preparada com seis

gramas de gelatinaincolor8 (preparado pronto comercial) e diluída em 60ml de água

fervente, colocadas em um recipiente circular9 (dimensões externa: 160 x 67 x

127mm) para esfriar (Figura 1).

Com o preparado da gelatina, os meniscos (lateral e medial) foram

inclusos nestes recipientes e levados à geladeira por três horas e em seguida,

desenformados. Colocados em uma superfície antiderrapante onde foram analisados

pela imagem ultra-sonográfica, e classificados de acordo com sua ecogenicidade e

possíveis lesões (Figura 2).

Figura 1: Recipiente de plástico (A) e gelatina com os meniscos inclusos (B).

8ROYAL – Gelatina Sem Sabor incolor

9

POTES MODULINE ref. 767 - Plasútil

(34)

Material e Métodos 20

Figura 2: Classificação das lesões macroscópicas do menisco de acordo com

Koneberg e Edinger (2007). A - Ruptura Radial; B - Horizontal; C – Ruptura em “alça

de balde”; D - Ruptura Longitudinal; Ruptura em “flap”.

4.6 ANÁLISE ESTATÍSTICA

A análise dos resultados do exame ultra-sonográfico foi realizada através

das correlações entre as medidas fornecidas pelo ultra-som e as obtidas na gelatina.

Essas medidas foram relacionadas quando comparadas com os mesmos planos, e

quantificadas mediante estimativa do coeficiente de correlação linear de Pearson

(Zar, 1999). Valores das estimativas próximos a 1 indicara forte correlação entre os

métodos, enquanto valores próximos a zero indicara ausência de correlação linear.

Além disso, buscou-se avaliar a concordância dos resultados verificados

via ultra-som e no gel por meio da estimativa do coeficiente de concordância (Zar,

1999). Valores próximos a 1, para este coeficiente, indicara alta concordância entre

os valores tomados pelos dois métodos, enquanto valores próximos de zero indicara

resultados discordantes. Todas as análises foram realizadas utilizando o software

(35)

Tabela 1: Dados dos cães em relação à raça, ao sexo, a idade e ao peso.

Animais Raça Sexo Idade Peso (kg)

Paciente 1 Rottweiler Fêmea 120 meses 36,00

Paciente 2 SRD Fêmea 96 meses 20,85

Paciente 3 SRD Fêmea 24 meses 24,65

Paciente 4 SRD Macho 12 meses 12,55

Paciente 5 SRD Fêmea 96 meses 36,00

Paciente 6 SRD Macho 96 meses 49,00

Paciente 7 Labrador Fêmea 8 meses 24,45

Paciente 8 SRD Macho 9 meses 22,00

Paciente 9 Rottweiler Macho 84 meses 32,00

Paciente 10 SRD Fêmea 60 meses 20,00

Paciente 11 PitBull Macho 30 meses 27,00

Paciente 12 PitBull Macho 24 meses 30,00

Paciente 13 Akita Macho 96 meses 40,00

Paciente 14 Akita Fêmea 144 meses 29,00

Paciente 15 SRD Macho 192 meses 17,00

(36)

Resultados 23

5 RESULTADOS

Dos animais pesquisados, 28 (93,33%) articulações eram provenientes de

cães com peso superior a 20 kg, e essas apresentaram a melhor visibilização

ultra-sonográfica dos meniscos. Apenas 2 (6,67%) articulações pertenciam a cães com

peso inferior a 17 kg, mas ainda assim foi possível a visibilização dos meniscos. O

padrão racial da amostragem constituiu-se de 16 articulação (53,34%) de cães sem

raça definida (SRD), quatro articulações (13,33%) cães da raça rottweilers, quatro

articulações (13,33%) pitbulls, quatro articulações (13,33%) akita, duas articulações

(6,67%) labrador. Verificou-se que os cães de médio e grande porte apresentaram

boa visibilização durante o exame ultra-sonográfico.

No diagnóstico radiográfico foram observados em 7 (23,33%) articulações

FTP as seguintes alterações (Figura 6): diminuição do espaço articular em 3

articulações, presença de osteófito medial e/ou lateral na tíbia em 3 articulações,

áreas de osteólise em côndilo femoral lateral e/ou medial em 1 articulação, área de

esclerose em osso subcondral de fêmur e tíbia em 2 articulações. Em 23 (76,33%)

das articulações não foram constatados alterações nos sinais radiográficos (Figura

6).

Com relação ao padrão ultra-sonográfico observou-se no plano

longitudinal e longitudinal caudal uma estrutura homogênea com ecogenicidade

média de formato triangular, compatível com o menisco quando visibilizado na

gelatina. No plano transversal e transversal caudal verificou-se uma estrutura linear

espessa e hiperecogênica dorsal ao côndilo lateral da tíbia, e que também foi

observado na gelatina. No plano dorsal realizado somente em gelatina obteve-se um

padrão homogêneo com ecogenicidade média apresentando a porção lateral (L),

(37)

Figura 3: Sonogramas da articulação femorotibiopatelar de um cão ex vivo com

menisco intra-articular e incluso em gelatina: A - plano longitudinal articular

verificando estrutura homogênea com ecogenicidade média de formato triangular, B

- plano longitudinal em gelatina verificando estrutura homogênea com ecogenicidade

média de formato triangular, C – plano transversal articular verificando estrutura

linear espessa e hiperecogênica dorsal ao côndilo lateral da tíbia, D - plano

transversal em gelatina verificando estrutura linear espessa e hiperecogênica dorsal

ao côndilo lateral da tíbia.

A

B

(38)

Resultados 25

Figura 4: Sonogramas da articulação femorotibiopatelar de um cão ex vivo com

menisco intra-articular e incluso em gelatina: A - plano longitudinal caudal articular

verificando estrutura homogênea com ecogenicidade média de formato triangular,

B-plano longitudinal caudal em gelatina verificando estrutura homogênea com

ecogenicidade média de formato triangular C – plano transversal caudal articular

verificando estrutura linear espessa e hiperecogênica dorsal ao côndilo lateral da

tíbia, D - plano dorsal em gelatina verificando estrutura homogênea com

ecogenicidade média apresentando a porção lateral (L), medial (M) e central (C) do

menisco.

A

B

(39)

Os achados ultra-sonográficos observados no plano longitudinal dos

meniscos foram: como uma estrutura homogênea com ecogenicidade média de

formato triangular, irregularidade em fêmur e tíbia, estrutura hiperecogênica na

inserção do ligamento cruzado cranial (LCCr), compatível com a ruptura do

ligamento cruzado cranial e confirmada após a dissecação do membro. No plano

transversal uma estrutura linear espessa e hiperecogênica dorsal ao côndilo medial

e uma dorsal ao côndilo lateral da tíbia, que representa a região central do menisco

medial e lateral e nesta mesma região também pode ser visibilizada área

hipoecogênica compatível com a ruptura total do menisco.

Por meio do exame ultra-sonográfico foi possível constatar no plano

longitudinal que o menisco medial foi mais facilmente acessado, quando comparado

com o menisco lateral. O único menisco com ruptura encontrada foi o menisco

medial.

O animal (5) apresentou lesão no menisco medial ao exame

ultra-sonográfico (Figura 5), porém nesse caso não foram observadas alterações

radiográficas. Das sete articulações com sinais radiográficos de DDA, quatro

(40)

Resultados 27

Figura 5: Sonogramas da articulação femorotibiopatelar de um cão ex vivo com: A

lesão meniscal intra-articular - plano transversal articular verificando estrutura linear

espessa e hiperecogênica dorsal ao côndilo lateral da tíbia, porém com uma linha

hipoecogênica (seta), B sonograma de um cão normal - plano transversal articular

verificando estrutura linear espessa e hiperecogênica dorsal ao côndilo lateral da

tíbia, C - lesão meniscal intra-articular - plano longitudinal articular verificando

estrutura homogênea com ecogenicidade média de formato triangular, porém com

uma linha hipoecogênica (seta), D - sonograma de um cão normal - plano

longitudinal articular verificando estrutura homogênea com ecogenicidade média de

formato triangular.

C

D

(41)

Figura 6: Radiografia da articulação femorotibiopatelar de um cão ex vivo: A e B:

canino, Fêmea, SRD, 5anos, 20 kg, sem alterações radiográficas; A - projeção

mediolateral em posição anatômica; B - projeção craniocaudal em posição

anatômica. C e D: canino, Fêmea, Akita, 12anos, 29 kg com alterações

radiográficas: diminuição do espaço articular, osteólise; C - projeção

médio-lateral em posição anatômica, D: projeção craniocaudal em posição anatômica.

SOUZA, 2008 SOUZA, 2008

SOUZA, 2008 SOUZA, 2008

A

B

(42)

Resultados 29

As medidas dos meniscos fornecidas pelo exame ultra-sonográfico

(Tabelas 2 e 3), comparadas as medidas dos meniscos inclusos em gelatina

(Tabelas 4 a 7) obtiveram correlação (Gráficos 1 e 2) e bom índice de concordância

(Tabelas 8 e 9), indicando o grau de acurácia da técnica ultra-sonográfica.

De acordo com os resultados obtidos a correlação linear e concordância

para cada variável, calculados entre as medidas tomadas no exame

ultra-sonográfico e na gelatina, foram todos positivos, embora muitas vezes apresentadas

pequenas magnitudes. As maiores correlações e concordâncias foram verificadas na

avaliação do MMLC (menisco medial-longitudinal caudal) no membro pélvico

esquerdo (r=0,88;rc =0,85, respectivamente) e na avaliação do MLTC (menisco

lateral-transversal caudal) no membro pélvico direito (r=0,94;rc =0,67) (tabelas 8 e

9). Pode-se destacar, no entanto, boa correlação entre as medidas tomadas pelas

(43)

Tabela 2: Mensurações em centímetros dos meniscos direitos, realizada nos planos

transversal e longitudinal pelo exame ultra-sonográfico articular. US-MMT

– Ultra-som – Menisco medial transverso; US-MLT - Ultra-som – Menisco

lateral transverso; US- MML- Ultra-som - Menisco medial longitudinal;

US-MLL– Ultra-som - Menisco lateral longitudinal; US – MMTC – Ultra-som –

Menisco medial transverso caudal; US-MLTC - Ultra-som – Menisco

lateral transverso caudal; US- MMLC- Ultra-som - Menisco medial

longitudinal caudal; US- MLLC– Ultra-som -. Menisco lateral longitudinal

caudal.

Animal US-MMT US-MLT US-MML US-MLL

US-MMTC US-MLTC

US-MMLC US-MLLC

1 0,70 0,72 0,87x0,35 0,9x0,45 0,4 0,41 0,5x0,35 0,52x0,38

2 0,84 0,6 0,7x0,6 0,63x0,52 0,42 0,44 0,5x0,35 0,56x0,41

3 0,66 0,57 0,98x0,64 0,93x0,69 0,58 0,59 0,62x0,48 0,65x0,5

4 0,62 0,78 0,53x0,47 0,55x0,5 0,43 0,43 0,5x0,42 0,5x0,43

5 0,63 0,72 1,04x0,61 1,16x0,65 0,5 0,55 0,83x0,51 0,79x0,61

6 1,24 1,3 0,79x0,26 0,81x0,38 0,6 0,63 0,68x0,51 0,7x0,58

7 1,2 1,23 1,0x0,77 0,91x0,78 0,6 0,61 0,84x0,75 0,83x0,75

8 0,48 0,64 0,84x0,47 1,06x0,53 0,5 0,52 0,52x0,22 0,53x0,20

9 0,75 0,86 0,73x0,44 0,84x0,52 0,47 0,56 0,97x0,74 0,7x0,67

10 0,82 0,76 1,12x0,63 0,68x0,5 0,4 0,46 0,68x0,47 0,77x0,57

11 0,68 0,82 0,82x0,62 1,0x0,55 0,55 0,6 0,67x0,48 0,7x0,58

12 0,71 0,8 0,65x0,63 0,66x0,63 0,92 1,05 0,85x0,8 1,07x0,74

13 0,76 0,86 1,03x0,68 1,39x0,74 0,54 0,76 0,73x0,63 1,24x0,74

14 0,65 0,86 0,65x0,56 0,8x0,61 0,58 0,67 0,79x0,38 1,4x0,6

(44)

Resultados 31

Tabela 3: Mensuração em centímetros dos meniscos esquerdos, realizada nos

planos transversal e longitudinal pelo exame ultra-sonográfico articular.

US-MMT – Ultra-som – Menisco medial transverso; US-MLT - Ultra-som

– Menisco lateral transverso; US- MML- Ultra-som - Menisco medial

longitudinal; US- MLL– Ultra-som -. Menisco lateral longitudinal; US –

MMTC - Ultra-som – Menisco medial transverso caudal; US-MLTC -

Ultra-som – Menisco lateral transverso caudal; US- MMLC- Ultra-som -

Menisco medial longitudinal caudal; US- MLLC– Ultra-som -. Menisco

lateral longitudinal caudal.

Animal US-MMT US-MLT US-MML US-MLL US-MMTC US-MLTC

US-MMLC US-MLLC

1 0,74 0,75 0,78x0,4 0,8x0,42 0,43 0,42 0,52x0,37 0,56x0,36

2 0,5 0,6 0,84x0,68 0,7x0,66 0,42 0,43 0,53x0,38 0,58x0,4

3 0,52 0,57 0,85x0,68 1,24x0,84 0,58 0,6 0,67x0,51 0,68x0,5

4 0,77 0,83 0,54x0,39 0,57x0,46 0,4 0,4 0,53x0,38 0,51x0,4

5 0,87 0,98 1,09x0,32 1,19x0,32 0,54 0,56 0,8x0,59 0,82x0,6

6 1,25 1,55 0,7x0,36 0,75x0,3 0,55 0,58 0,67x0,55 0,7x0,55

7 1,87 1,90 0,80x0,56 0,87x0,57 0,54 0,7 0,47x0,26 0,50x0,28

8 0,7 0,54 0,71x0,59 0,83x0,63 0,47 0,47 0,70x0,35 0,54x0,20

9 0,67 0,97 0,69x0,57 1,18x0,57 0,47 0,49 0,55x0,45 0,82x0,43

10 0,66 0,51 0,75x0,6 0,74x0,57 1,05 0,88 0,95x0,46 0,96x0,58

11 0,83 0,95 0,99x0,78 1,03x0,68 0,55 0,59 0,6x0,57 0,7x0,55

12 0,69 0,71 0,98x0,88 1,36x1,0 0,58 0,69 0,89x0,71 1,3x0,79

13 0,79 0,83 0,99x0,62 1,24x0,74 0,56 0,72 0,63x0,54 0,91x0,66

14 0,8 0,87 0,87x0,75 1,25x0,74 0,61 0,77 0,78x0,68 1,31x0,74

(45)

Tabela 4: Mensuração em centímetros dos meniscos direitos inclusos em gelatina,

realizada nos planos transversal e longitudinal pelo exame

ultra-sonográfico. GEL-MMT – Gelatina – Menisco medial transverso;

GEL-MLT - Gelatina – Menisco lateral transverso; GEL- MML- Gelatina -

Menisco medial longitudinal; GEL- MLL– Gelatina -. Menisco lateral

longitudinal.

Animal GEL-MMT GEL-MLT GEL-MML GEL-MLL

1 0,4 0,55 0,78x0,36 0,8x0,4

2 0,62 0,63 0,58x0,34 0,76x0,36

3 0,67 0,73 0,7x0,61 0,76x0,63

4 0,5 0,6 0,41x0,39 0,51x0,4

5 0,73 0,75 1,04x0,85 1,06x0,85

6 1,80 1,90 0,79x0,26 0,80x0,42

7 0,48 0,64 0,84x0,47 1,06x0,53

8 1,09 1,44 0,78x0,57 0,81x0,57

9 0,67 0,97 0,69x0,57 1,18x0,57

10 1,21 1,81 0,79x0,78 0,81x0,73

11 0,7 1,03 0,99x0,77 1,02x0,6

12 1,5 1,76 0,75x0,71 1,06x0,57

13 1,32 1,73 0,72x0,62 0,93x0,73

14 1,24 1,3 0,96x0,88 1,02x0,79

(46)

Resultados 33

Tabela 5: Mensuração em centímetros dos meniscos direitos inclusos em gelatina,

realizada nos planos transversal, longitudinal e dorsal pelo exame

ultra-sonográfico. GEL-MMTC – Gelatina – Menisco medial transverso caudal;

GEL-MLTC - Gelatina – Menisco lateral transverso caudal; GEL- MLLC -

Gelatina – Menisco lateral longitudinal caudal; GEL-MMD – Gelatina-

Menisco medial dorsal; GEL-MLD – Gelatina - Menisco lateral dorsal.

Animal GEL-MMTC GEL-MLTC GEL-MMLC GEL-MLLC GEL-MMD GEL-MLD

1 0,38 0,39 0,56x0,38 0,57x0,39 0,52x0,22x0,76 0,63x0,36x0,42

2 0,54 0,55 0,53x0,32 0,55x0,4 0,52x0,19x0.,2 0,53x0,2x0,6

3 0,55 0,56 0,6x0,5 0,62x0,51 0,61x0,13x0,45 0,61x0,13x0,45

4 0,4 0,41 0,51x0,39 0,53x0,4 0,34x0,09x0,45 0,47x0,06x0,46

5 0,49 0,52 0,79x0,5 0,81x0,6 0,61x0,34x0,74 0,64x0,3x0,68

6 0,55 0,56 0,57x0,48 0,68x0,5 0,58x0,18x0,61 0,70x0,12x0,52

7 0,48 0,73 0,68x0,52 0,88x0,74 0,63x0,13x0,42 0,66x0,09x0,83

8 0,61 0,63 0,7x0,24 0,7x0,52 0,6x0,25x0,73 0,54x0,17x0,61

9 0,47 0,49 0,55x0,45 0,82x0,43 0,8x0,15x0,74 0,85x0,16x0,54

10 0,4 0,45 0,51x0,29 0,55x0,36 0,39x0,09x0,59 0,6x0,12x0,58

11 0,57 0,61 0,68x0,57 0,73x0,61 0,56x0,21x0,47 0,63x0,18x0,77

12 1,06 1,74 0,7x0,58 0,71x0,65 0,44x0,13x0,63 0,50x0,15x0,65

13 1,23 1,23 0,54x0,42 1,0x0,99 0,38x0,15x0,61 0,61x0,19x0,78

14 0,68 0,72 0,52x0,34 0,61x0,52 0,64x0,12x0,35 0,67x0,12x0,57

(47)

Tabela 6: Mensuração em centímetros dos meniscos esquerdos inclusos em

gelatina, realizada nos planos transversal e longitudinal pelo exame

ultra-sonográfico. GEL-MMT – Gelatina – Menisco medial transverso;

GEL-MLT - Gelatina – Menisco lateral transverso; GEL- MML- Gelatina

- Menisco medial longitudinal; GEL- MLL– Gelatina -. Menisco lateral

longitudinal.

Animal GEL-MMT GEL-MLT GEL-MML GEL-MLL

1 0,6 0,6 0,77x0,36 0,79x0,41

2 0,65 0,67 0,76x0,2 0,8x0,48

3 0,73 0,74 0,73x0,55 0,76x0,57

4 0,50 0,6 0,51x 0,4 0,55x0,42

5 0,73 0,75 1,04x0,85 1,06x0,85

6 1,14 1,87 0,67x0,37 0,74x0,46

7 1,87 1,90 0,8x0,56 0,87x0,57

8 1,07 1,56 0,82x0,76 1,06x0,58

9 1,43 1,94 0,93x0,57 0,94x0,81

10 1,38 1,11 1,0x0,71 0,9x0,34

11 0,82 1,12 1,0x0,82 1,05x0,7

12 1,46 1,96 0,63x0,58 0,93x0,84

13 0,72 0,86 0,86x0,5 1,04x0,65

14 1,19 1,32 0,79x0,62 1,04x0,99

(48)

Resultados 35

Tabela 7: Mensuração em centímetros dos meniscos esquerdos inclusos em

gelatina, realizada nos planos transversal, longitudinal e dorsal pelo

exame ultra-sonográfico. GEL-MMTC – Gelatina – Menisco medial

transverso caudal; GEL-MLTC - Gelatina – Menisco lateral transverso

caudal; GEL- MLLC - Gelatina – Menisco lateral longitudinal caudal;

GEL-MMD – Gelatina- Menisco medial dorsal; GEL- MLD – Gelatina -

Menisco lateral dorsal.

Animal GEL-MMTC GEL-MLTC GEL-MMLC GEL-MLLC GEL-MMD GEL-MLD

1 0,36 0,38 0,55x0,4 0,57x0,38 0,3x0,19x0,45 0,35x0,25x0,45

2 0,54 0,56 0,6x0,4 0,63x0,45 0,63x0,21x0,61 0,45x0,13x0,58

3 0,54 0,61 0,65x0,52 0,65x0,54 0,55x0,14x0,42 0,56x0,19x0,45

4 0,4 0,4 0,53x0,4 0,55x0,39 0,28x0,06x0,45 0,38x0,14x0,52

5 0,49 0,52 0,79x0,5 0,81x0,6 0,61x0,34x0,74 0,64x0,3x0,68

6 0,5 0,55 0,63x0,5 0,65x0,53 0,46x0,09x0,7 0,55x0,1x0,63

7 0,54 0,7 0,47x0,24 0,50x0,25 0,46x0,08x0,8 0,54x0,1x0,64

8 1,08 1,24 0,54x0,48 0,72x0,65 0,45x0,12x0,63 0,62x0,19x0,73

9 0,63 0,65 0,74x0,55 0,82x0,43 0,82x0,8x0,66 1,18x0,17x0,56

10 0,52 0,51 0,84x0,44 0,7x0,48 0,44x0,15x0,42 0,55x0,06x0,51

11 0,55 0,61 0,62x0,6 0,73x0,61 0,65x0,18x0,53 0,76x0,18x0,56

12 0,96 1,09 0,78x0,65 0,78x0,53 0,46x0,18x0,63 0,66x0,16x0,73

13 1,3 1,41 0,8x0,51 0,8x0,64 0,65x0,18x0,53 0,68x0,19x0,56

14 0,9 0,92 0,79x0,63 0,8x0,77 0,55x0,12x0,44 0,64x0,13x0,56

(49)

0.5 1.0 1.5 0. 5 1. 0 1. 5 MMT Ultra-som Ge la ti n a

0.5 1.0 1.5 2.0

0.5 1.0 1.5 2.0 MLT Ultra-som Ge la ti n a

0.0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5

0. 0 0 .1 0. 2 0. 3 0.4 0 .5 MML Ultra-som Ge la ti n a

0.0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6

0. 0 0. 1 0. 2 0. 3 0 .4 0 .5 0.6 MLL Ultra-som Ge la ti n a

0.4 0.6 0.8 1.0 1.2

0 .4 0.6 0. 8 1. 0 1.2 MMTC Ultra-som Gel a ti na

0.5 1.0 1.5

0. 5 1 .0 1 .5 MLTC Ultra-som Gel a ti na

0.0 0.1 0.2 0.3 0.4

0 .0 0 .1 0. 2 0 .3 0 .4 MMLC Ultra-som Gel a ti na

0.0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6

0. 0 0 .1 0. 2 0. 3 0.4 0 .5 0. 6 MLLC Ultra-som Gel a ti na

Gráfico 1: Correlação das medidas dos meniscos através do exame

ultra-sonográfico articular (ultra-som) e do menisco incluso em gelatina (gelatina) do

membro pélvico direito. MMT – Menisco medial transverso; MLT - Menisco lateral

transverso; MML - Menisco medial longitudinal; MLL - Menisco lateral longitudinal;

MMTC - Menisco medial transverso caudal; MLTC - Menisco lateral transverso

caudal; MMLC - Menisco medial longitudinal caudal; MLLC – Menisco lateral

Imagem

Figura 1: Recipiente de plástico (A) e gelatina com os meniscos inclusos (B).
Figura 2: Classificação das lesões macroscópicas do menisco de acordo com  Koneberg e Edinger (2007)
Tabela 1: Dados dos cães em relação à raça, ao sexo, a idade e ao peso.
Figura 3: Sonogramas da articulação femorotibiopatelar de um cão ex vivo com  menisco intra-articular e incluso em gelatina: A - plano longitudinal articular  verificando estrutura homogênea com ecogenicidade média de formato triangular, B  - plano longitu
+7

Referências

Documentos relacionados

(...) Não é correto (...) dizer “suspensão do contrato”, expressão que mantivemos porque assim é na doutrina preponderante. O contrato não se suspende. Suspende-se sempre

Costa (2001) aduz que o Balanced Scorecard pode ser sumariado como um relatório único, contendo medidas de desempenho financeiro e não- financeiro nas quatro perspectivas de

Assim, as empresas necessitam das pessoas para atingir seus objetivos, do mesmo modo que as pessoas necessitam das empresas para satisfazer os seus, advindo daí um conflito

visibilidade, bem como o trabalho de divulgação do periódico na Internet, através de um sistema eletrônico de editoração de revistas. Quadro 5: Dimensões básicas da qualidade de

Por um lado, reforça-se o uso de estratégias de vigilância e securitização por atores privados em espaços públicos, contribuindo para o aumento de segregação espacial, e para a

1 Instituto de Física, Universidade Federal de Alagoas 57072-900 Maceió-AL, Brazil Caminhadas quânticas (CQs) apresentam-se como uma ferramenta avançada para a construção de

Trata-se de estudo epidemiológico descritivo, retrospectivo e quantitativo, de dados secundários, realizado a partir de óbitos maternos por hipertensão ocorridos

Na área da concessão apenas é permitida a pesca desportiva.. b) Do nascer ao pôr do sol e apenas nas margens da Albufeira. c) Aos pescadores que estejam munidos da