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Mudanças nos compostos bioativos e atividade antioxidante de pimentas da região amazônica.

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Academic year: 2017

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Mudanças nos compostos bioativos e

atividade antioxidante de pimentas da região amazônica

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Ana Vânia Carvalho2, Rafaella de Andrade Mattietto2, Alessandro de Oliveira Rios3, Karla Suzana Moresco3

INTRODUÇÃO

As espécies do gênero Capsicum L. são popu-larmente conhecidas como pimentas e pimentões. Esse gênero, originário do continente americano, pertence à família Solanaceae e apresenta ampla diversidade de espécies, incluindo quatro espécies domesticadas:

C. annuum var. annuum, C. baccatum var. pendulum,

ABSTRACT

RESUMO

C. chinense e C. frutescens (Reifschneider 2000, Carvalho & Bianchetti 2004).

As pimentas, além de micro e macronutrientes, possuem uma série de substâncias com propriedades antioxidantes, que podem ter impacto signiicativo na prevenção de doenças degenerativas, incluindo cân-cer, doenças cardiovasculares, cataratas e o funcio-namento do sistema imune. Dentre tais substâncias,

1. Trabalho recebido em jan./2014 e aceito para publicação em nov./2014 (nº registro: PAT 28056). 2. Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa Amazônia Oriental), Belém, PA, Brasil.

E-mails: ana-vania.carvalho@embrapa.br, rafaella.mattietto@embrapa.br.

3. Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Instituto de Ciência e Tecnologia de Alimentos, Porto Alegre, RS, A Embrapa Amazônia Oriental possui um Banco Ativo de Pimenteira com diferentes genótipos do gênero Capsicum, os quais ainda não foram analisados, quanto às suas características funcionais e capacidade antioxidante. Este estudo objetivou determinar os teores de ácido ascórbico, compostos fenólicos, carotenoides totais e a atividade antioxidante total, em frutos imaturos e maduros de genótipos de pimentas Capsicum spp. As concentrações de vitamina C (100,76-361,65 mg 100 g-1 nos frutos imaturos e 36,70-157,76 mg 100 g-1 nos maduros) decresceram com a maturação dos frutos. Carotenoides totais não foram detectados nos frutos imaturos, porém, nos frutos maduros, observaram-se valores de 73,80-1349,97 mg g-1, em função do genótipo. Os teores de compostos fenólicos aumentaram nos frutos maduros (147,40-718,64 mg GAE 100 g-1), para oito dos nove genótipos avaliados. Os frutos de pimenteira apresentaram

signiicativa atividade antioxidante (55,02-92,03 mM trolox g-1 nos frutos imaturos e 39,60-113,08 mM trolox g- 1 nos maduros).

Concluiu-se que o grau de maturação dos frutos inluenciou

nos teores de compostos bioativos dos genótipos estudados. Destacaram-se, como genótipos promissores com potencial para serem utilizados em programas de melhoramento genético, IAN-186301 e IAN-186324, pelos altos teores de carotenoides totais; IAN-186301, IAN-186311, IAN-186312 e IAN-186313, com relação às altas concentrações de ácido ascórbico; IAN-186304 e IAN-186311, pelos altos teores de compostos fenólicos; e IAN-186311, para atividade antioxidante.

PALAVRAS-CHAVE: Capsicum L.; ácido ascórbico; carotenoides; fenóis.

Changes in bioactive compounds and antioxidant activity of peppers from the Amazon region

Embrapa Amazônia Oriental owns and active bank of peppers with different genotypes of the genus Capsicum, which have not been analyzed for their functional characteristics and antioxidant capacity yet. This study aimed to determine the contents of ascorbic acid, phenolic compounds, total carotenoids and total antioxidant activity in immature and mature fruits of

Capsicum peppers genotypes. The levels of vitamin C (100.76-361.65 mg 100 g-1 in immature fruits and 36.70-157.76 mg 100 g-1 in mature fruits) decreased with fruit maturity. Total carotenoids were not detected in immature fruits, however, values of 73.80-1349.97 mg g-1 were observed for mature fruits, according to the genotype. The contents of phenolic compounds increased in mature fruits (147.40-718.64 mg GAE 100 g-1) for eight out of

nine genotypes evaluated. The pepper fruits showed signiicant

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destacam-se os compostos fenólicos, ácido ascórbico e carotenoides, constituintes cujos níveis podem variar de acordo com a espécie, genótipo e grau de maturação das pimentas (Howard et al. 2000, Marín et al. 2004, Davis et al. 2007, Ogiso et al. 2008).

Nos últimos anos, os compostos fenólicos têm atraído o interesse de pesquisadores, devido ao fato de mostrarem resultados promissores como podero-sos antioxidantes, os quais podem proteger o corpo humano de radicais livres, cuja formação é associada ao metabolismo normal das células aeróbicas. A atividade antirradical livre dos compostos fenólicos é principalmente baseada nas propriedades redox de seus grupos hidroxilas e no relacionamento estrutural entre as diferentes partes de sua estrutura química (Burda & Oleszek 2001, Materska & Perucka 2005). Além disso, agem fortalecendo o sistema imunoló-gico, regulando a expressão do gene, sinalização celular e metabolismo dos hormônios, inluenciando na proliferação celular e apoptose (Finco et al. 2012).

O ácido ascórbico é uma vitamina hidrossolú-vel e um importante antioxidante, que reage direta-mente com o oxigênio simples, radical hidroxila e radical superóxido, além de regenerar a vitamina E (Carr & Frei 1999). Segundo Reifschneider (2000), o gênero Capsicum é considerado boa fonte de ácido ascórbico. O conteúdo de ácido ascórbico encontrado nas pimentas brasileiras é de 52-134 mg 100 g-1, em

frutos frescos. A pimenta Capsicum chinense (biqui-nho) contém 99 mg de ácido ascórbico 100 g-1 de

produto fresco, quantidade superior à necessidade diária de um indivíduo (60 mg dia-1) (Lutz & Freitas

2008).

Os carotenoides constituem uma classe de pigmentos naturais responsáveis pela diversidade de cor em frutas e hortaliças e podem ser encontrados em abundância nas pimentas. Tais compostos são antioxidantes (violaxantina, neoxantina e luteína), sendo que alguns também são pró-vitamínicos A (α-, β- e g-caroteno, β-criptoxantina). Seus níveis podem variar entre genótipos e grau de maturidade e são inluenciados pelas condições de cultivo e pelo processamento (Chuah et al. 2008, Menichini et al. 2009).

Nesse contexto, é importante conhecer como a maturação afeta a composição nutritiva e funcional dos frutos, pois sabe-se que há profunda mudança durante essa fase, ocorrendo a conversão de diversos pigmentos e constituintes existentes. Howard et al. (2000) estudaram os efeitos da maturação no teor

de antioxidantes, em diferentes tipos de pimentas (C. annuum, C. frutescens e C. chinense), e constata-ram que a concentração de antioxidantes tende a au-mentar, quando as pimentas alcançam a maturidade. Embora alguns estudos tenham demonstrado que as pimentas possuem uma variedade de com-postos bioativos (Howard et al. 2000, Deepa et al. 2007, Chuah et al. 2008, Alvarez-Parrilla et al. 2011, Zhuang et al. 2012), poucas espécies têm sido anali-sadas, com relação a esses importantes constituintes. Para a C. chinense, cujo centro de diversidade é a região amazônica, os estudos para identiicação e quantiicação de substâncias bioativas são ainda mui -to incipientes e praticamente inexistentes. Por mui-tos anos, as espécies amazônicas foram negligenciadas e, por isso, o seu conhecimento ainda é rudimentar. Além disso, as mudanças que ocorrem nos compostos bioativos durante a maturação e o efeito resultante na atividade antioxidante são informações que podem contribuir para uma melhor utilização e aproveita-mento de diferentes tipos de pimenta.

A Embrapa Amazônia Oriental possui um Banco Ativo de Pimenteira com diferentes genóti-pos do gênero Capsicum, os quais ainda não foram analisados quanto às suas características funcionais e capacidade antioxidante. Assim, este estudo objetivou determinar os teores de ácido ascórbico, compostos fenólicos e carotenoides totais e a atividade antioxi-dante, em frutos imaturos e maduros de diferentes genótipos de pimentas Capsicum spp., bem como avaliar como as mudanças desses constituintes quími-cos inluenciam na atividade antioxidante dos frutos.

MATERIAL E MÉTODOS

Pimentas de nove genótipos de Capsicum, pro-venientes do Banco Ativo de Germoplasma (BAG) da Embrapa Amazônia Oriental, em Belém (PA), foram colhidas no estádio imaturo (frutos isiologicamente desenvolvidos, porém, sem mudança na cor da casca) e quando completamente maduras (frutos completa-mente desenvolvidos, com coloração da casca sem pontos verdes), de janeiro a dezembro de 2011.

(3)

vasos foi do tipo Latossolo Franco-Arenoso distrói -co, adicionando-se cerca de 10% do total do vaso com esterco bovino. Foi realizada adubação, por ocasião do plantio e a cada 60 dias, com ureia, superfosfato triplo e cloreto de potássio (12,3 g, 4,8 g e 7,7 g por planta, respectivamente). A cada 30 dias, realizou--se adubação foliar à base de cálcio e boro (produto CalBor da Sanfol - Fortiplant; 2,5 mL L-1 de água).

O plantio foi feito em delineamento em blocos casualizados, com três repetições, sendo cada bloco (repetição) composto por quatro plantas de cada genótipo. A identiicação dos genótipos, bem como a coloração dos frutos quando imaturos e maduros, são apresentadas na Tabela 1.

Os frutos colhidos foram embalados em sacos de polietileno e armazenados em freezer (-18ºC). Para a realização das análises químicas dos frutos inteiros (casca, polpa e sementes), foi utilizado cerca de 1 kg de material. As amostras foram desintegradas em triturador de tecidos Turratec (TE-102, Tecnal, Pira-cicaba, Brasil), sendo todos os ensaios realizados em triplicata. A determinação da umidade foi realizada pela secagem do material em estufa, a 105ºC, até peso constante (AOAC 1997).

A extração e quantiicação dos carotenoides totais foram realizadas segundo Godoy & Rodriguez--Amaya (1994). As amostras foram misturadas com celite, com a inalidade de facilitar o rompimento das estruturas celulares e liberação dos carotenoides, e, em seguida, submetidas à extração com acetona P.A. O extrato foi transferido para um funil de separação contendo éter de petróleo (aproximadamente 50 ml) e a mistura lavada cinco vezes, com água destilada, para remoção da acetona. O extrato obtido foi iltrado em papel iltro contendo sulfato de sódio, para remoção da água, e, em seguida, transferido para um balão

volu-métrico (100 ml), cujo volume foi ajustado com éter de petróleo. A solução foi analisada em espectrofotômetro (Thermo Scientiic, modelo Evolution 300, EUA) por varredura, entre 350-700 nm, para cada amostra.

O cálculo do teor de carotenoides totais foi realizado utilizando-se o valor de leitura no com-primento de onda que apresentou o maior pico, ou seja, para as pimentas IAN-186313, IAN-186335 e IAN-186304, a leitura foi efetuada no comprimento de onda de 470 nm, que corresponde ao licopeno. Já para as demais amostras, o maior pico foi observado no comprimento de onda de 444 nm, que corresponde ao a-caroteno.

Os coeicientes de absorção para o licopeno e a-caroteno em éter de petróleo são 3420 e 2800, respectivamente (Godoy & Rodriguez-Amaya 1994). A fórmula utilizada para o cálculo foi CT (μg g-1) =

104.abs.vol/ 1%E

1cm.m, em que CT = carotenoides

to-tais; Abs = absorbância no maior pico detectado; Vol = volume do balão utilizado na diluição (ml);

1%E

1cm = valores tabelados (absortividade em função

do carotenoide predominante na amostra); m = massa da amostra (g).

O teor de ácido ascórbico foi determinado mediante titulação com 2,6-dicloroindofenol (DFI) (0,02%) (AOAC 1984), substituindo-se o solvente extrator ácido metafosfórico por ácido oxálico. Os resultados foram expressos como mg de ácido ascórbico por 100 g de amostra, de acordo com a seguinte fórmula:

ácido ascórbico (mg 100 g-1) =

m P

T

×

) 3 /

( x 100

em que T = volume de DCFI gasto na titulação da amostra (ml); P = volume de DCFI gasto na padro-nização (ml); m = quantidade de amostra (g).

Código Espécie Nome popular Coloração do fruto

Imaturo Maduro

IAN-186301 Capsicum annuum L. Pimenta PMO Verde Vermelha

IAN-186304 C. annuum L. var. annuum Pimenta Carajás Vermelha Verde Vermelha

IAN-186309 C. chinense Jacq. Pimenta Curuçazinho Verde Amarela

IAN-186310 C. chinense Jacq. Pimenta Cumari do Pará Verde Amarela

IAN-186311 C. chinense Jacq. Pimenta Murupi Verde Amarela

IAN-186312 C. annuum L. Pimenta Amarela Verde Amarela

IAN-186313 C. chinense Jacq. Pimenta Biquinho Verde Vermelho-alaranjada

IAN-186324 Capsicum sp. Pimenta Olho-de-mutum Roxa Vermelha

IAN-186335 Capsicum sp. Pimenta de Bico Verde Vermelho-alaranjada

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A quantiicação de compostos fenólicos foi realizada por meio do reagente Folin-Ciocalteau, segundo metodologia de Singleton & Rossi (1965) modiicada por Georgé et al. (2005), na qual acetona 70% foi utilizada como solvente extrator. Diluiu-se a amostra em 25 ml da solução extratora, agitou-se por 30 minutos e iltrou-se, recolhendo-se o iltrado. Adicionou-se 2,5 ml de solução de Folin-Ciocalteau a 10%, em 0,5 ml do extrato iltrado, e, após 2 minutos, adicionou-se 2 ml de solução de carbonato de sódio 7,5%. Após agitação em vortex, levou-se ao banho--maria a 50ºC, por 15 minutos, e, a seguir, a mistura foi imersa em banho de gelo, por 30 segundos.

A absorbância foi determinada utilizando--se espectrofotômetro (Thermo Scientiic, modelo Evolution 300, EUA) regulado a um comprimento de onda de 760 nm. Em paralelo, uma curva padrão de ácido gálico (GAE) foi elaborada com as seguin-tes concentrações: 20 mg L-1, 40 mg L-1, 60 mg L-1,

80 mg L-1 e 100 mg L-1, sendo que todos os pontos

da curva passaram pelas mesmas etapas descritas para os extratos. Os resultados foram expressos em equivalentes de ácido gálico (gallic acid equiva-lents - GAE) por 100 g de amostra, de acordo com a equação FT = CEB x (DEB/m) x 100, em que CEBé a concentração de ácido gálico na solução de amostra (mg L-1) referente ao Extrato Bruto (EB); D

EBa

dilui-ção da amostra, em litros, referente ao Extrato Bruto (EB); e m a massa da amostra utilizada na extração, expressa em gramas.

Para a determinação da atividade antioxidante total (AAT), inicialmente, procedeu-se à extração de antioxidantes (Larrauri et al. 1997, com algumas modiicações): a amostra fresca foi pesada (10 g) em tubos de centrífuga e extraída, sequencialmente, com 40 ml de metanol/água (50:50, v v-1), à temperatura

ambiente, por 1 hora. Os tubos foram centrifugados a 20.000 xg por 20 minutos e o sobrenadante recolhido. Adicionou-se 40 ml de acetona/água (70:30, v v-1) ao

resíduo, em temperatura ambiente, por 1 hora, e, a seguir, centrifugou-se a amostra nas mesmas condi-ções citadas anteriormente. Os extratos de metanol e acetona foram combinados e ajustados para 100 ml, com água destilada, e usados para determinar a ati-vidade antioxidante, a qual foi baseada no método desenvolvido por Re et al. (1999), com modiicações de acordo com Ruino et al. (2007).

O radical ABTS+ foi produzido pela reação, no

escuro e em temperatura ambiente, de 7 mM de solu-ção estoque de ABTS+ com 145 mM de perssulfato de

potássio, com a reação sendo realizada 12-16 horas antes do uso. A solução ABTS+ foi diluída com etanol

até obter-se absorbância de 0,70 ± 0,02, a 734 nm. Após pipetar 30 µL de amostra ou do padrão trolox, adicionou-se 3 ml de solução diluída de ABTS+, e as

absorbâncias foram lidas após 6 minutos da mistura da reação, a 734 nm. Soluções etanólicas com con-centrações conhecidas de trolox foram usadas para a calibração e os resultados foram expressos em µM trolox g-1 fruto.

Os resultados foram submetidos à análise de variância e a comparação das médias efetuada pelo teste de Scott-Knott, a 5%, utilizando-se o programa GENES (Cruz 2006). As análises de correlação de Pearson foram realizadas por meio do programa SigmaPlot versão 11.0.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

As características químicas dos frutos de pimenteira foram inluenciadas pelas variações in -trínsecas do material genético, bem como pelo grau de maturação dos frutos (Tabela 2). Para a umida-de (Tabela 3), observaram-se valores variando umida-de 81,46% a 91,42%, para as pimentas imaturas, e de 78,19% a 89,39%, para as maduras. Com a matura-ção dos frutos, os valores de umidade decresceram, veriicando-se diferença signiicativa entre os dois estádios de maturação, ou seja, para um mesmo genótipo, os frutos perderam umidade com o ama-durecimento, à exceção do genótipo IAN-186312, devido, provavelmente, à ocorrência de transpiração, processo isiológico normal, em que os frutos perdem água na forma de vapor (Chitarra & Chitarra 2005). Menichini et al. (2009), em estudo sobre a inluência do amadurecimento no conteúdo de caro -tenoides totais de frutos de Capsicum chinense Jacq. cv. Habanero, relataram teores de 62,7 mg 100 g-1 e

362 mg 100 g-1 de material fresco,

(5)

Tabela 2. Comparação de médias entre nove genótipos e dois graus de maturação e desdobramentos da interação entre esses dois fatores nas variáveis umidade, carotenoides totais, ácido ascórbico, fenóis totais e atividade antioxidante total (AAT), em frutos de pimenteira (Capsicum spp.) (Belém, PA, 2012).

Tratamento Umidade (g 100 g-1)

Carotenoides totais (mg g-1)

Ácido ascórbico (mg 100 g-1)

Fenóis totais (mg GAE 100 g-1)

AAT (mM trolox g-1)

Genótipo

IAN-186301 79,90 f 532,18 b 168,52 b 493,32 b 80,28 b

IAN-186304 83,06 e 248,52 c 119,46 c 463,16 c 74,73 c

IAN-186309 84,43 d 36,90 f 94,41 d 414,34 d 56,69 d

IAN-186310 85,03 d 29,93 g 100,47 d 304,01 f 49,76 d

IAN-186311 86,59 c 39,78 f 177,92 b 819,79 a 99,63 a

IAN-186312 89,81 a 45,63 f 167,19 b 382,09 e 59,29 d

IAN-186313 87,81 b 104,23 d 231,52 a 202,21 g 55,61 d

IAN-186324 87,24 b 674,99 a 110,66 c 382,46 e 72,96 c

IAN-186335 85,98 c 90,96 e 101,82 d 123,44 h 54,45 d

Teste F 78,64** 1.405,80** 219,63** 967,69** 173,04**

Grau de maturação

Imaturo 87,60 0,00 181,02 312,48 68,85

Maduro 83,47 400,69 101,64 484,14 65,23

Teste F 360,60** 27.780,61** 1.404,64** 1.631,65** 17,02*

Médias seguidas das mesmas letras, na coluna, constituem grupo estatisticamente homogêneo, a 5%, pelo teste de Scott-Knott. * e **: signiicativo a 5% e a 1%,

respectivamente.

Tabela 3. Comparação entre médias nos desdobramentos de genótipos, dentro de graus de maturação e graus de maturação dentro de genótipos, nas variáveis umidade, atividade antioxidante total (AAT), ácido ascórbico, fenóis totais e carotenoides totais, em frutos de pimenteira (Capsicum spp.) (Belém, PA, 2012).

Resultados apresentados em base seca (média ± desvio-padrão). Médias seguidas de mesma letra minúscula (efeito dos genótipos), nas colunas, e letra maiúscula (efeito dos estádios de maturação), nas linhas, para cada característica avaliada, constituem grupo estatisticamente homogêneo, pelo Teste de Scott-Knott, a 5%. AAT = atividade antioxidante total; ND = não detectado pela metodologia empregada.

Genótipo Umidade (g 100 g

-1) AAT (mM trolox g-1)

Imaturo Maduro Imaturo Maduro

IAN-186301 81,46 ± 1,49 e A 78,19 ± 1,55 d B 76,97 ± 1,34 c B 83,59 ± 0,73 b A IAN-186304 84,66 ± 0,98 d A 81,47 ± 1,20 c B 92,03 ± 1,11 a A 57,42 ± 2,71 d B IAN-186309 87,09 ± 0,08 b A 81,77 ± 0,14 c B 55,02 ± 2,34 e A 58,36 ± 2,85 d A IAN-186310 86,37 ± 0,67 c A 83,70 ± 0,76 b B 55,22 ± 1,65 e A 44,29 ± 2,76 e B IAN-186311 88,38 ± 0,23 b A 84,79 ± 0,06 b B 86,17 ± 1,99 b B 113,08 ± 4,01 a A IAN-186312 90,38 ± 0,41 a A 89,39 ± 0,54 a A 56,18 ± 2,13 e B 62,39 ± 1,41 d A IAN-186313 91,42 ± 0,51 a A 84,20 ± 0,78 b B 60,85 ± 3,96 e A 50,36 ± 1,08 e B IAN-186324 90,47 ± 0,59 a A 84,01 ± 0,34 b B 67,93 ± 4,08 d B 77,99 ± 1,00 c A IAN-186335 88,24 ± 0,34 b A 83,72 ± 1,45 b B 69,30 ± 1,39 d A 39,60 ± 2,25 f B

Genótipo Ácido ascórbico (mg 100g

-1) Fenóis totais (mg GAE 100g-1) Carotenoides totais (mg g-1)

Imaturo Maduro Imaturo Maduro Imaturo Maduro

(6)

maturação dos mesmos, o que corrobora o observado no presente estudo.

Em relação aos carotenoides totais, para os genótipos de pimenta maduros avaliados, observou-se alta variabilidade, com valores de 59,86-1349,97 mg g-1 (Tabela 3). As pimentas

IAN-186324 (1349,97mg g-1), IAN-186301 (1064,35mg g-1)

e IAN-186304 (497,04 mg g-1) se destacaram por

apre-sentarem os maiores valores, o que indica tais genótipos como potenciais para serem selecionados em trabalhos de melhoramento genético, para obtenção de varieda-des com alto conteúdo de carotenoivarieda-des totais. Já para a pimenta IAN-186310, observou-se o menor valor.

Topuz & Ozdemir (2007), avaliando cinco cultivares de C. annuum L., determinaram carote-noides totais na faixa de 1440-2390 µg g-1, valores

superiores aos veriicados para as pimentas avaliadas neste trabalho. Collera-Zúñiga et al. (2005), em estu-do comparativo da composição de carotenoides em três variedades de pimentas mexicanas C. annuum L., veriicaram, para carotenoides totais, valores de 67,6-75,2 µg g-1. Em estudo sobre a caracterização

e quantiicação de constituintes antioxidantes de pi -menta doce (C. annuum L.), os autores veriicaram

455,9 µg g-1 de carotenoides totais, para as pimentas

maduras in natura (Marín et al. 2004), valor dentro da faixa observada neste estudo. Já em trabalho reali-zado por Zhuang et al. (2012), sobre as características bioativas e atividade antioxidante de nove pimentas, observou-se variação de carotenoides totais de 85,32-1414,78 µg g-1 de peso fresco.

Em relação aos valores encontrados para ácido ascórbico, constatou-se variação entre os ge-nótipos de pimenta imaturos de 100,76 mg 100g-1 a

361,65 mg 100 g-1 (base seca), correspondendo aos

genótipos IAN-186309 e IAN-186313, respectiva-mente. Para os frutos maduros, essa faixa variou de 36,70 mg 100g-1 a 157,76 mg 100g-1 (base seca),

referentes aos genótipos IAN-186304 e IAN-186311, respectivamente.

Constatou-se que o processo de amadureci-mento das pimentas contribuiu para o decréscimo nos níveis de ácido ascórbico, comportamento ob-servado em todos os genótipos estudados, sendo as diferenças encontradas signiicativas (Tabelas 2 e 3). A mesma observação foi evidenciada por Deepa et al. (2007), estudando dez genótipos de Capsicum

provenientes da Índia, que, igualmente, expressaram seus resultados em base seca, com valores para o estádio imaturo de 58,8-200 mg 100 g-1 e maduro de

64-220 mg 100 g-1. Entretanto, Howard et al. (2000)

e Zhuang et al. (2012), estudando variedades de

C. frutescens, C. annuum e C. chinense, concluíram que os teores de vitamina C, em pimentas maduras, podem ser maiores ou permanecerem constantes, em relação às pimentas imaturas, fato inverso ao observado neste trabalho.

Durante o amadurecimento, o teor de ácido ascórbico aumenta nos estádios iniciais de desen-volvimento, até a maturação total, mas, quando excessivamente maduro, esse conteúdo diminui signiicativamente. Esse fato ocorre em função da desorganização da parede celular, levando à oxidação do ácido ascórbico, provavelmente devido à ação das enzimas polifenoloxidase e ácido ascórbico oxidase (Vazquez-Ochoa & Colinas-Leon 1990).

Quanto aos compostos fenólicos, observou--se, para os genótipos de pimenta no estágio ima-turo, faixa de 99,48 mg 100g-1 a 570,70 mg 100g-1

(base seca), referente aos genótipos IAN-186335 e IAN-186309, respectivamente. Houve diferença signiicativa (p ≤ 0,05) entre todos os genótipos de pimenta madura estudados, constatando-se valores de 147,40 mg 100 g-1 a 1.103,50 mg 100 g-1, obtidos

para os genótipos IAN-186335 e IAN-186311, res-pectivamente.

Em relação ao comportamento frente ao ama-durecimento, constatou-se que todos os genótipos apresentaram aumento signiicativo (p ≤ 0,05) de compostos fenólicos, quando maduros, exceto o genótipo IAN-186309, que apresentou decréscimo de 54,79% no teor, quando comparado ao estádio imaturo. Possivelmente, esse aumento nos teores de compostos fenólicos nos frutos maduros seja devido ao fato de que esses compostos são, em grande parte, responsáveis pela coloração e sabor da grande maio-ria dos frutos (Kays 1991). Assim, os fenóis e seus derivados são componentes signiicativos do gosto e odor, estando envolvidos, também, nas reações de escurecimento. Segundo Chitarra (1997), os com-postos fenólicos são inluenciados por fatores como variedade, maturação, nutrição mineral e condições edafoclimáticas, desempenhando importante papel na determinação do sabor dos frutos.

Howard et al. (2000), avaliando compostos fenólicos em pimentas C. annuum, C. frutescens e

(7)

Assim como neste trabalho, os autores concluíram que apenas para uma cultivar (C.annuum - Yellow Bell) o teor de compostos fenólicos decresceu com a maturação. Segundo os autores, o teor mais baixo de compostos fenólicos observado para a citada cultivar, com a maturação dos frutos, foi atribuído à remoção das sementes antes da extração, o que pode ter ocorrido também no presente estudo, embora não tenha sido intencional. Ainda, segundo os autores, as sementes de várias plantas são ricas em fenólicos, o que contribui signiicativamente para a sua atividade antioxidante.

Deepa et al. (2007) encontraram faixa de compostos fenólicos em pimentas verdes de 186-1.122 mg 100 g-1 (base seca) e em pimentas

maduras de 323-852 mg 100 g-1 (base seca), para

genótipos de Capsicum provenientes da Índia. Os au-tores igualmente relataram tendência de aumento de compostos fenólicos ao longo do amadurecimento, para a maioria dos genótipos estudados, à exceção de quatro amostras que apresentaram tendência de queda, com o amadurecimento. Já Conforti et al. (2007), avaliando fenólicos em C. annuum var.

acuminatum, observaram teores similares nos dois

primeiros estádios de maturação, porém, veriicou --se queda significativa, quando as pimentas se mostraram totalmente vermelhas (amadurecidas). No presente estudo, de maneira geral, as pimentas estudadas apresentaram teores significativos de compostos fenólicos, sendo esses teores superiores nas pimentas maduras.

Entre os métodos utilizados para determinar a capacidade de um antioxidante para capturar radi-cais livres, os radiradi-cais ABTS+ e DPPH• são os mais

aplicados, por apresentarem elevada sensibilidade, serem práticos, rápidos e muito estáveis (Arnao 2000, Kuskoski et al. 2005).

Observou-se que os nove genótipos de frutos de pimenteira (Tabela 2) mostraram-se eicientes em sequestrar o radical ABTS+, porém, essa ação é

diferenciada entre os diferentes genótipos estudados e variou em 55,02-92,03 μM de trolox g-1, para os

frutos imaturos, e 46,79-113,06 μM de trolox g-1,

para os maduros (Tabela 3). A maior atividade antio-xidante foi veriicada para o genótipo IAN-186304, no estádio imaturo, e para o genótipo IAN-186311, no estádio maduro. Com relação à comparação entre os estádios de maturação de um mesmo genótipo, diferenças foram observadas entre todos os genóti-pos, à exceção de IAN-186310 e IAN-186313, com

destaque para as pimentas IAN-186304 (92,03 μM de Trolox g-1), no estádio verde, e IAN-186311

(113,08 μM de Trolox g-1), para os frutos maduros.

Alvarez-Parrilla et al. (2011), estudando a capacidade antioxidante de pimentas C. annuum

frescas e processadas, relataram que as pimentas apresentaram alta atividade antioxidante, com valo-res de 27,76-55,41 μM de Trolox g-1 e destaque para

as pimentas frescas, as quais apresentaram valores superiores. Esses resultados estão próximos aos ob-servados para as pimentas IAN-186309, IAN-186312 e 186310 imaturas e para as pimentas IAN-186313, IAN-186309, IAN-1863010, IAN-186335 e IAN-186304 maduras. Já para as demais pimen-tas do presente trabalho, os valores da capacidade antioxidante foram superiores aos encontrados por Alvarez-Parrilla et al. (2011).

Em estudo realizado por Menichini et al. (2009), com pimentas C. chinense cv. Habanero, os autores observaram maior atividade antioxidante para os frutos no estádio de maturação verde, ao contrário dos frutos completamente maduros. Já Deepa et al. (2007), avaliando a atividade antioxidante de dez ge-nótipos de pimenta C. annuum, veriicaram aumento

marcante, com o avanço da maturação. Os autores concluíram que ocorrem variações signiicativas na atividade antioxidante entre diferentes genótipos e estádios de maturação das pimentas. O mesmo foi observado no presente estudo.

A correlação de Pearson, entre cada composto bioativo e sua atividade antioxidante, demonstrou correlação signiicativa somente entre os compostos fenólicos e a atividade antioxidante pelo método ABTS. Para as análises entre ácido ascórbico e ati-vidade antioxidante e carotenoides totais e atiati-vidade antioxidante, as correlações não foram signiicativas. Para os compostos fenólicos e a atividade antioxi-dante, a correlação foi alta para os nove genótipos de pimenta estudados, nos dois estádios de matura-ção, com coeicientes de correlação de 0,86 e 0,95 (p < 0,05), respectivamente para os frutos imaturos (Figura 1a) e maduros (Figura 1b).

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maturação, também encontraram correlação positiva (r = 0,863) para todos os extratos analisados.

A correlação existente entre os compostos fenólicos e a atividade antioxidante sugere que os compostos fenólicos seriam os principais compos-tos responsáveis pela capacidade antioxidante em pimentas, como relatado por Menichini et al. (2009), que veriicaram o mesmo comportamento. No entan -to, é importante considerar que, muitas vezes, não só um composto isolado, mas o sinergismo desses compostos naturais presentes nas pimentas, é que proporciona tal potencial antioxidante.

CONCLUSÕES

1. O grau de maturação inluenciou no teor de com -postos bioativos dos genótipos de pimenteiras estudados, uma vez que frutos imaturos continham maiores teores de ácido ascórbico e compostos fe-nólicos, e frutos maduros apresentaram maiores te-ores de carotenoides totais que os frutos imaturos. 2. Houve forte correlação entre a capacidade

antio-xidante e o conteúdo de compostos fenólicos, nos genótipos de pimenteira estudados.

3. Destacaram-se como promissores, com potencial para serem utilizados em programas de melhora-mento genético, os genótipos 186301 e IAN-186324, com relação a altos teores de carotenoides totais; IAN-186301, IAN-186311, IAN-186312 e IAN-186313, com relação a frutos com altos teores de ácido ascórbico; IAN-186304 e IAN-186311, para altos teores de compostos fenólicos; e IAN-186311, para atividade antioxidante.

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Imagem

Tabela 1. Identiicação de nove genótipos de Capsicum spp. provenientes do Banco Ativo de Germoplasma da Embrapa Amazônia  Oriental (Belém, PA, 2012).
Tabela 2. Comparação de médias entre nove genótipos e dois graus de maturação e desdobramentos da interação entre esses dois  fatores nas variáveis umidade, carotenoides totais, ácido ascórbico, fenóis totais e atividade antioxidante total (AAT), em  fruto
Figura 1. Correlação entre atividade antioxidante e teor de compostos fenólicos totais, em frutos imaturos (a) e maduros (b) de  genótipos de pimentas Capsicum spp

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