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Análise biomecânica da fixação tibial transversa na reconstrução do ligamento cruzado anterior.

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w w w . r b o . o r g . b r

Artigo

Original

Análise

biomecânica

da

fixac¸ão

tibial

transversa

na

reconstruc¸ão

do

ligamento

cruzado

anterior

Edmar

Stieven

Filho

a,∗

,

Mariane

Henseler

Damaceno

Mendes

b

,

Stephanie

Claudino

b

,

Filipe

Baracho

a

,

Paulo

César

Borges

b

e

Luiz

Antonio

Munhoz

da

Cunha

a

aUniversidadeFederaldoParaná(UFPR),Curitiba,PR,Brasil

bUniversidadeTecnológicaFederaldoParaná(UTFPR),Curitiba,PR,Brasil

informações

sobre

o

artigo

Históricodoartigo:

Recebidoem7denovembrode2013 Aceitoem6dedezembrode2013

On-lineem1deagostode2014

Palavras-chave:

Ligamentocruzadoanterior Fêmur

Dispositivosdefixac¸ãoortopédica Mecânica

Tendões

r

e

s

u

m

o

Objetivo:investigarseafixac¸ãotransversatibialcomparafusofemoralapresentavantagens biomecânicassobreafixac¸ãotransversafemoralcomparafusotibialnareconstruc¸ãodo ligamentocruzadoanterior(LCA).

Método:foramusadoscomomodelosdetestesjoelhossuínosetendõesextensoresdigitais bovinos.Foramsubmetidosàreconstruc¸ãodoLCA28joelhos:14foramfixadoscomparafuso natíbiaeimplantetransversonofêmur(grupopadrão)e14comparafusonofêmurefixac¸ão transversanatíbia(grupoinvertido).Osmodelosforamsubmetidosaostestesdetrac¸ão.

Resultados:nãohouvediferenc¸aestatisticamentesignificantenasobrevivênciadastécnicas noquetangeaforc¸a,forc¸amáximasemfalhaetensão.Houveumasobrevivênciamaiorno grupopadrãonacomparac¸ãodascurvasdetensãodelimiteelástico(p<0,05).

Conclusão:nãohávantagembiomecânicadafixac¸ãotransversatibialcomparafuso femo-ralemrelac¸ãoàfixac¸ãotransversafemoralcomparafusotibial,observadaemtestescom modelosanimais.

©2014SociedadeBrasileiradeOrtopediaeTraumatologia.PublicadoporElsevierEditora Ltda.Todososdireitosreservados.

Biomechanical

analysis

on

transverse

tibial

fixation

in

anterior

cruciate

ligament

reconstructions

Keywords:

Anteriorcruciateligament Femur

a

b

s

t

r

a

c

t

Objective:toverifywhetherthecombinationoftibialcrosspinfixationandfemoralscrew fixationpresentsbiomechanicaladvantageswhencomparedtofemoralcrosspinfixation andtibialscrewfixationforthereconstructionoftheanteriorcruciateligament(ACL).

TrabalhodesenvolvidonaUniversidadeFederaldoParaná,Curitiba,PR,Brasil.ÉpartedodoutoradodeEdmarStievenFilhonoPrograma dePós-Graduac¸ãoemClínicaCirúrgicadaUniversidadeFederaldoParaná(UFPR).

Autorparacorrespondência.

E-mails:filho2000@gmail.com,edmar.filho@ufpr.br(E.S.Filho). http://dx.doi.org/10.1016/j.rbo.2013.12.009

(2)

Orthopedicfixationdevices Mechanics

Tendons

Methods: thirty-eightporcineknees,andbovineextensordigitorumtendons,wereusedas thegraftmaterials.Thetestswereperformedinthreegroups:1)standard,usedfourteen knees,andthegraftswerefixatedwiththecombinationoffemoralcrosspinandatibial screw;2)inverted,usedfourteenkneeswithaninvertedcombinationoftibialcrosspinand afemoralscrew;3)control,tencontroltestsperformedwithintactACL.Afterthegrafts fixation,allthekneesweresubjectedtotensiletestingtodetermineyieldstrengthand ultimatestrength.

Results: therewasnostatisticallysignificantdifferenceinsurvivaltechniquesinregardto strength,yieldloadandtension.Therewasahighersurvivalcomparedinthestandard curvesofyieldstress(p<0.05).

Conclusion: thereisnobiomechanicaladvantage,observedinanimalmodelstesting,inthe combinationoftibialcrosspinfixationandfemoralscrewwhencomparedtofemoralcross pinfixationandtibialscrew.

©2014SociedadeBrasileiradeOrtopediaeTraumatologia.PublishedbyElsevierEditora Ltda.Allrightsreserved.

Introduc¸ão

O tratamento de escolha para pacientes jovens, ativos e sintomáticosque apresentamlesões doligamento cruzado anterior (LCA) éa reconstruc¸ão.Esse fator é determinante paraaobtenc¸ãodemelhoresresultadosnoretornoàprática esportiva.1

Ométododefixac¸ãodoenxertousadonareconstruc¸ãoé quedeterminaaestabilidadenopós-operatórioimediato.A maioriadasfalhascirúrgicasocorrenosprimeirosmeseseo localdafixac¸ãoéopontomaisvulnerável.2

Quandousadoenxertodeflexoresdejoelhoécomumquea fixac¸ãodofêmursejaatransversaoudesuspensãoeadatíbia, parafusodeinterferência.Asfixac¸õestransversasede suspen-sãosãomaisresistentesdoqueoparafusodeinterferência.3–5 Alémdoimplante,aqualidadeósseatambéméfator deter-minantedafixac¸ão.6,7

Afixac¸ãofemoraltemmaiorresistênciadoqueatibialpor causadedoisfatores:ossoesponjosofemoraltemmaior den-sidadedoqueotibialeafixac¸ãonormalmenteusadanofêmur temmaiorresistênciadoqueadatíbia.7,8

Não foi encontrado na literatura trabalhoque avaliasse apossibilidadedecompensarafragilidadeósseatibialcom a melhor qualidade mecânica das fixac¸ões transversais, normalmenteusadasnofêmur.Amaioriadostestes biomecâ-nicosavaliaisoladamenteafixac¸ãotibialoufemoral,poucos avaliamocomplexofêmur-ligamento-tíbia.9–12

Oobjetivodestetrabalhoésaberseafixac¸ãotransversa tibialcomparafusofemoralapresentavantagens biomecâni-cassobreafixac¸ãotransversafemoralcomparafusotibial,em modeloanimal.

Material

e

métodos

O trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética local, sob o número064/09.

Foramadquiridos28tendõesextensoresdigitaisbovinos frescos.Elesforamdissecadosedivididosemdois,paraformar paresesimularostendõesflexoresdejoelhohumano.13

Asextremidadesdecadatendãoforamsuturadascomfio cirúrgicodepoliésterEthibondTMPolyester2(Johnson&

John-son,Piscataway,NJ,EUA).

ApósasuturafoiadquiridaaimpressãoalginatoJeltrade tipoIIdepresanormal(Dentsply,York,PA,EUA).Otendãofoi envolvidoporessapasta,queapósalgunssegundosficacom consistênciaborrachosaeformaummolde.

Nessepontootendãofoiretiradodoalginatoeessemolde foi seccionado transversalmente emblocos com 10mm de espessura.14,15

Assecc¸õesgeradaspelomoldedealginatoforam digitali-zadascomresoluc¸ãode600dpipordigitalizadorHPJ5780®.

Asáreasdesecc¸ãotransversaldosmoldesforammedidaspor meiodoprogramaImage-ProPlus®.

Asecc¸ãotransversalmaisfinadecadaumadas extremi-dadesdotendãofoiselecionadaparacálculodaárea.Comoos paresdetendõessãodobradosaomeioparaformaroenxerto quádruplo,asquatromenoresáreasdecadaumadas extre-midadesdostendõesforamsomadas.

Após a impressãoda área,os tendões foram colocados ladoaladocomseurespectivopar.Osparesforamdobrados aomeioeformaramoenxertoquádruplo.Osenxertos quá-druplosforamsolidarizadoscomfiodepoliéster(EthibondTM

Polyester2)naextremidadeproximal(fig.1).15

Foramdissecadas28pec¸asdejoelhosuíno,darac¸aLarge White.16Foramsubmetidasàreconstruc¸ãocomfixac¸ão trans-versanofêmureparafusonatíbia(grupopadrão)14pec¸ase mais14comparafusonofêmurefixac¸ãotransversanatíbia (grupoinvertido),conformeafigura2.

Foram usados parafusos de interferência metálicos de 9mm de diâmetro e 30mm de comprimento. O implante transversal era umpinoàbasede ácidopolilático (Rigidfix CrossPinSystem,DePuyMitek,Raynham,MA,EUA).

(3)

Figura1–tendõessolidarizados–enxertoquádruplo.

Osjoelhosforamcolocadosemmesaespecíficapara cirur-gianaposic¸ãode90◦.15

Nosgrupospadrãoeinvertidootúneltibialfoideterminado comguiaconvencionalconfiguradocom55◦.Todosostúneis

foramperfuradoscom9mmdediâmetro.

No grupo padrão o túnel femoral foi feito com guia transtibialde7mmdeoffset.Apósaperfurac¸ãofoicolocado o guia em U (DePuyMitek, Raynham, MA, EUA) no fêmur parapreparo da passagem dospinosde fixac¸ão.Oenxerto foipassadodatíbiaparao fêmur.Primeirofez-seafixac¸ão proximal com os pinos transversos e depois na tíbia com parafuso.15,19,20

No grupo invertido o túnel femoral foi confeccionado por guia outside-in (Phusis, Grenoble, France).21 Após as

perfurac¸õesoguiaemUfoiposicionadonatíbiaparapreparo da introduc¸ãodo implante. Apassagem doenxerto foi do fêmurparaatíbia.Primeirofoifeitaafixac¸ãotransversana tíbiae,emseguida,afixac¸ãofemoral.

Paraosgrupospadrãoeinvertidopadronizaram-se30mm deenxertonaporc¸ãointra-articular.

Foramfeitos10ensaios-controle,comoLCAíntegro. Foidesenvolvidoumdispositivometálicoparaposicionar osjoelhosnamáquinadeensaio.Odispositivogaranteo ali-nhamento eumaangulac¸ãode30◦ entreo fêmureatíbia

duranteosensaios.Esseposicionamentovisaasimularuma condic¸ãocríticaparaoLCA(fig.3).22,23

A estabilizac¸ão foi adquirida pela fixac¸ão da diáfise da estruturaósseanodispositivocomporcaeparafuso(fig.4).

Os grupos foram submetidos ao estudo de trac¸ão em máquinauniversaldeensaiosMTS810(MaterialTestSystem Corporation,Minneapolis,MN,EUA),comcéluladecargade capacidadede10quilos/newtonsdaMTS(MaterialTest Sys-temCorporation,Minneapolis,MN,EUA).

Ascondic¸õesdotestedetrac¸ãoforamumapré-tensãode 10newtons(N)eumavelocidadede20mm/min,atéo rompi-mentodotendão.

Asseguintesvariáveisforamdeterminadas:forc¸amáxima (FM); forc¸a máxima sem falha (FMSF), obtida com a carga suportadapelomaterialatéaprimeiramudanc¸asignificativa dacurvacargavsdeslocamento;tensão(T);tensãodelimite elástico(TLE),pontoemqueotendãocomec¸aasofreruma deformac¸ãoplástica(definitiva);erigidez(k).

Osresultados dosensaios foramcargavs deslocamento. Apartirdessacurvaforamdeterminadosasforc¸asmáximas eosseuslimitessemfalhas.

ComosvaloresdeFM,FMSFeaáreadasecc¸ãotransversal dosligamentosdeterminaram-seatensãoeatensãodelimite elástico,pelarazãodiretadasvariáveisdeforc¸aeárea.

Fixação padrão

W

ylliam copini. W

ylliam copini.

Fixação invertida

(4)

Dispositivo femoral

Dispositivo tibial

Figura3–Dispositivosdefixac¸ãofemoraletibial.

Figura4–Posicionamentodasamostrasnamáquina deensaio.

Arigidez dosistema fêmur-ligamento-tíbiafoi determi-nadacomométododasecante.

Para a análise estatística foram usados a análise não paramétricadeconfiabilidade deKaplan-Meier eo testede Log-Rank,oqualcomparaascurvasparaestimarovalordep. AsanálisesforamfeitascomosoftwareR3.0.2.

Resultados

Osresultadosencontradosparaogrupopadrãoestãodescritos natabela1.Amédiadaforc¸amáximafoide528N,enquanto paraaforc¸amáximasemdetecc¸ãodefalhafoide352N.

Osresultados para o grupo invertidoestão descritos na tabela2.Amédiada forc¸amáxima dosistemafoide511N eodaforc¸amáximasemfalhade330N.

Foramconsideradasfalhasoperacionaisasrelacionadasao procedimentocirúrgicoouàacoplagemdomodelonosistema detestes.Tivemosumcasodecadagrupooperadoemqueo fêmurfendeuduranteafixac¸ãodadiáfisenodispositivode testes.Asoutrasquatrofalhasocorreramnogrupoinvertido,

pelaquebradoimplanteduranteafixac¸ãotibial.Nãohouve falhaoperacionalnogrupocontrole.

Osresultados,paraogrupodecontrole,estãorelacionados natabela3.

Para a comparac¸ãodor-resultados aplicou-se o teste de sobrevivênciadeKaplan-MeierparaFM,FMSF,TeTLE.

Notestede sobrevivênciacom os dadosde FM,emum pontodecortedeaproximadamente450Nasobrevivênciado grupopadrãofoide69%eadoinvertidode67%(p>0,05).

Para FMSF,emum pontode cortede aproximadamente 350Nasobrevivênciadogrupopadrãofoide46%eado inver-tidode33%(p>0,05).

Nas cargasde450Npara FMe350NparaFMSF ogrupo controletevesobrevivênciade100%,comsignificância esta-tísticasecomparadocomqualquerumdosdoisoutrosgrupos (p<0,05).

Naanálisedatensão,emumpontodecortede aproxima-damentedezmegapascais,encontrou-seumasobrevivência de69%nogrupopadrãoede67%noinvertido(p>0,05).

Para TLE, em um ponto de corte de aproximadamente setemegapascaishouveumasobrevivênciade62%nogrupo padrãoe22%noinvertido.Esseresultadofoisignificativo esta-tisticamente(p<0,05).

Discussão

Oensaiodetrac¸ãofoifeitopeladeformac¸ãodaamostra sub-metida aumaforc¸agradativamenteaplicadaatéaruptura. O esforc¸o é aplicado ao longo eixo do corpo de prova. A máquinade ensaio medeacarga instantânea aplicada eo deslocamento. O alongamento docorpo de provaé feitoa umataxaconstantepeloequipamento.Otestedetrac¸ãoéum ensaiodestrutivo.15

(5)

Tabela1–Grupopadrão:pinotransversofemoraleparafusodeinterferênciatibial

FMSF(N) FM(N) A(mm2) T(N) TSF(N) k(N/mm) Localdafalha

Transversa Parafuso Operacional

Mediana 350 528 46 11 8 43 0 13 1

Média 352 528 48 11 8 43

DP 108 96 10 3 3 15

FM,forc¸amáxima;FMSF,forc¸amáximasemfalha;T,tensão;TLE,tensãodelimiteelástico;k,rigidez;DP,desviopadrão;N,newtons;A,área.

Tabela2–Grupoinvertido:parafusodeinterferênciafemoralepinotransversotibial

FMSF(N) FM(N) A(mm2) T(N) TSF(N) k(N/mm) Localdafalha

Transversa Parafuso Operacional

Mediana 280 496 46 10 6 45 2 7 5

Média 330 511 49 11 6 47

DP 109 117 11 1 2 14

FM,forc¸amáxima;FMSF,forc¸amáximasemfalha;T,tensão;TLE,tensãodelimiteelástico;k,rigidez;DP,desviopadrão;N,newtons;A,área.

Tabela3–GrupoControle

FMSF(N) FM(N) Localdafalha

Tíbia Fêmur Fratura

Mediana 755 1032 8 1 1

Média 780 986

DP 108 129

FM,forc¸amáxima;FMSF,forc¸amáximasemfalha;DP,desviopadrão;N,newtons.

implantac¸ãodospinosnatíbiaficavaminstáveis,oquelevou àquebradoimplantenomomentodaintroduc¸ão.

Aroturadosenxertosdogrupopadrãoaconteceuno para-fuso.Nogrupoinvertidohouvedoiscasosdefalhanafixac¸ão transversa.Issomostraqueoparafusotemumafragilidade mecânicamaiordoqueafixac¸ãotransversa.

Quantoaosdoiscasosdefalhadafixac¸ãotransversano grupo invertido, pode-se pensar emtrês hipóteses.Uma é queoparafusonoposicionamentooutside-intemumamaior resistência no planode trac¸ão testado, portestar emuma angulac¸ão divergente. A segunda é a qualidade óssea da esponjosadofêmuraumentar aresistência da fixac¸ão.Por último,aquestãodeoguiaparafixac¸ãodoimplante trans-versotibialseradaptadopodetersidoofatordecisivopara essasduasfalhas.

Afixac¸ãotransversaéusadanofêmurporumaquestão detécnica,paraevitarasdificuldadesdecolocarumparafuso nofêmuresuascomplicac¸ões.Esseparafusoentrapelo por-talmedial,atravessaointercôndiloemuitasvezestemdeser colocadoemumtúnelquetemumaangulac¸ãodiferentedo portaldeentradadoimplante.24,25Afixac¸ãotransversa,assim comoas desuspensão,tornouafixac¸ãofemoralumpasso cirúrgicomaissimples.

Apesardeteremumaresistênciamaiordoqueoparafuso, tantoafixac¸ãotransversacomoasuspensóriatêmsuas des-vantagens.Suaaltaresistência mecânicasóéalcanc¸adase usadano loop dotendão quádruplo.Na outra extremidade oseu usoficalimitado. Nessasfixac¸ões temos denos pre-ocuparcom o diâmetro do túnel, pois túneismuito largos

podemdiminuiraresistênciamecânicaeocontato enxerto--osso.26

Natécnicaoutside-in,oparafusofemoralécolocadoporum acessolateralnofêmur,oquetiramuitosfatores complicado-resdafixac¸ãofemoralcomparafuso.21

Aassociac¸ãoda facilidadetécnica defixarofêmurcom parafusooutside-ineavantagemmecânicadafixac¸ão trans-versa na tíbia, para compensar a baixa qualidade do osso esponjoso,pareciapromissora.Opresentetrabalhonão mos-trouessapossívelvantagemmecânicaemmodelosanimais.

Ostestesdesobrevivênciasãoideaisparadecomparac¸ão deanálisesmecânicasdetécnicascirúrgicas.15Elesmostram o quanto podemos confiar em determinado procedimento a cada carga aplicada. Não foi encontrada diferenc¸a esta-tística para os dados de FM, FMSF e T. Porém, na TLE o grupo padrão apresentou umasobrevivência maior. O que mostraquealémdenãohavervantagememusarafixac¸ão transversanatíbia,issopodesignificarumadiminuic¸ão da capacidade de suportar a tensão. Uma hipótese para esse resultadoéousodeguiasadaptadosdaregiãofemoralparaa tibial.

(6)

Conclusão

Não há vantagem biomecânica da fixac¸ão transversa tibial com parafuso femoral em relac¸ão à fixac¸ão trans-versa femoralcom parafuso tibial,observada emtestesde modelosanimaisparareconstruc¸ãodoLCA.Existea possibi-lidadedeumacapacidademenordesuportartensãoparao grupocomfixac¸ãotransversanatíbia.

Conflitos

de

interesse

Osautoresdeclaramnãohaverconflitosdeinteresse.

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