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O método do caso no ensino de administração pública : um exercicio prático

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(1)

ESCOLA BRASILEIRA DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

SETEMBRO DE 1995

o

_tTODO DO CASO 110 ERSIIIO DE ADMllllSTltltÇItO

PÚSUCA: UM uERcfclO PRÁTICO

Cecilia Ve!covi de Araglo

*

Maria da Conceiçlo de

A.lmeid4

Sango

*

r>

Matraadu ela EBAP/FGV

CADERNOS EBAP

. 7 7

(2)

Publicação da ESCOLA BRASILEIRA DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA da FUNDAÇÃO GETULIO VARGAS para diwlgação, em caráter preliminar, de trabalhos acadêmicos e de consultoria sobre Administraçio Pública.

DIRETOR DA EBAP

Armando S. Moreira da Cunha

CHEFE DO DEPT- DE PESQUISA E PUBUCAÇOES

Fernando Guilherme Tenório

EDITORA RESPONSÁVEL

Deborah Moraes Zouain

COM~ EDITORIAL

Corpo docente da EBAP

EDITORAÇÃO

Grupo Editorial da EBAP

o

texto ora diwlgado é de responsabilidade exclusiva do(s) autor( es), sendo pennitida a sua

reprodução total ou parcial, desde que citada a fonte .

CORRESPOND~NCIA:

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Praia de Botafogo, 190, sala 508 Botafogo - Rio de Janeiro -RJ CEP 22.253-900

(3)

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da F1mdaçio Getulio Vargas

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(5)

APRESEN'T AÇÃO ... .

1 - O ENSINO DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ... .

2 -

O MÉTOOO

00

CASO ... .

2.1 - Conceim ... .

2.2 - OriSep.s ... .

2.3 - Oijet:i'vos ... .

2.4 - Tipc:>loP. ...

~

... .

2.S - OS

J)8,tb.C1pa.n.tes e seus pa.JJélS .•••...•.•.••...••.•...•.•..•..•..••••••..•••••••.•

2.6 - Van __ ens e desvan'ta,gens ... .

2.7 - O métõdo do caso e outras té<micas de ensino-aprendizagem ... .

2.8 - A

~

do método do caso na formaçlo de

a.dminis'frac:lores públicos ... .

3.1.

3.2.

3.3.

Form.u1ac1o do

Ca,so ... .

~Ii~ões do Ca,so ... .

Sõl uç.lO do

Ca,so ... .

4 -

CONCLUSÃO ... .

5 - BIBLIOORAFIA ... .

ANEXO - PROJETO NUTRICIONAL DE EBAPIANO ... .

In'tt()(luçlo ... .

ObjC'tivos ... .

Beõ.eficiários ... .

Justifica.tiva ... .

MetOOologia

})8lll

Implantaçlo ... .

Cronogr-am,a ... .

Gerenctamen"to ... .

(lrçam.en'to ... .

Acõmpao

bam.en'to ... .

Biblio8rafia ... .

(6)

o

trabalho ora apresentado foi elaborado para atender aos requisitos

das disciplinas "Gest60 de Programas e Projetos" e "Métodos e Técnicas

de Ensino em Administraç80" do Curso de Mestrado em Administraç80

Pública da Escola Brasileira de Administraç80 Pública - Fundaç80

Getulio Vargas, ministradas respectivamente pelos Professores

Fernando Guilherme Tenório e Paulo Reis neira, visando fixar o

conteúdo da disciplina Gest60 de Programas e Projetos, bem como

aprofundar os conhecimentos sobre método do caso, técnica também utilizada no ensino de Administraç80.

A importância do trabalho reside no fato de, através dele, ser mostrado que é possivel a criaç80 de elos entre disciplinas. Observando-se alguns dos objetivos de cada uma das disciplinas acima referidas, conclui-se que

os mesmos se complementam no sentido de dar a conhecer e exercitar

técnicas e instrumentos gerenciais de programas e/ou projetos

implementados pelo setor público, identificando, descrevendo e

vfvenciando os principais métodos e técnicas de ensino em

AdministraçlIo .

A escolha da criaç80 de um caso para a disciplina GestlIo de Programas

e Projetos deveu-se à intenç60 de introduzir algumas modificaçlJes nos

padrlJes tradicionais de ensino, contribuindo para a diminuiçlIo do hiato

entre teoria e prática. Alia-se a isto o fato de haver uma certa

diminuiç80 da produç80 de casos para o ensino da Administraç80, sendo

um dos objetivos deste trabalho incentivar a produç80 e divulgaçl10 dos

mesmos por mestrandos e pessoas que se interessem pela AdministraçlIo

Pública.

o

presente trabalho está estruturado da seguinte forma: em primeiro

lugar, apresentamos algumas considerações acerca do ensino de Administraç80 Pública, como pano de fundo. Após discutirmos o método do caso, sua origem, objetivos, tipologia, utilizaç80 na formaçl1o de administradores públicos etc, especificamos a metodologia utilizada para a elaboraçl1o do caso do municipio Ebapiano. A seguir, apresentamos o

caso propriamente dito, suas possiveis aplicações e uma proposta de

soluç80 para o mesmo. Ao ftna~ indicamos a bibliografia utilizada para

a elaboraç80 do trabalho.

Agradecemos a colaboraç80 das pessoas que, gentilmente, nos

forneceram informações para o desenvolvimento do trabalho e

(7)

de Pediatria da Universidade de Brasília e mestranda da Escola Nacional de Saúde Pública, a técnica Janete Rodrigues Salgueiro e a Sr· Nilta dos Santos, ambas da Cáritas Arquidiocesana do Rio de Janeiro.

Agradecemos, também, a prestimosa colaboraç60 da economista Clarisse Martins pelo apoio na elaboraç60 das tabelas e mapas e revis60 dos dados, e ainda a Mauro Baltar Martins pela leitura do caso e sugestões oferecidas.

Finalmente, agradecemos aos professores Fernando Tenório e Paulo Reis Vieira pela oportunidade deste aprendizado.

1. O ENSINO DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

As organizações enfrentam, atualmente, momentos de turbulência devido às constantes mudanças que O mundo está sujeito. Esta situação de relativa instabilidade é inerente

tanto às organizações privadas quanto às públicas. Assim, têm sido cada vez mais

complexas as exigências feitas aos gerentes, de forma que possam lidar com essas situações, caracterizadas por ambientes organizacionais complexos e instáveis.

Nossa ênfase, todavia, estará nas organizações públicas que, por um lado, sofrem com a crise e, por outro, geram essas mesmas crises (pela forma como estio estruturadas e pela fonnação de seus administradores). Junte-se a isto as limitações de natureza polftica a que estio submetidas. Isto acarreta uma crise de credibilidade do gestor público.

Um dos principais pilares de sustentaçio desse ponto de vista é a fonnação dos administradores públicos, que discutiremos neste capitulo.

Em nossa apreciaçio, a fonnação do gestor público tem sido promovida de maneira inflexível, formando, por conseqQência, administradores com perfis rigidos, com certa dificuldade em aceitar a diversidade e a criatividade.

(8)

A formação de administradores (para atuação em organizações públicas e privadas) deve ter como cerne sua adaptação à realidade que se apresenta. Da fonnação de gerentes com pensamento rigido, deve-se passar à fonnação de gestores públicos com pensamento estratégico e capacidade criativa.

Segundo Bernardo

KliksbeJi,

"formar hoje um administrador ou um gerente público nio

é treiná-lo em modelos baseados na previsibilidade, na possibilidade de apontar detaministicamente a médio e longo prazos. Deve-se prepará-lo para mover-se adaptativamente à realidade cotidiana, inventando em muitos casos soluções; para estimular esforços concertados e organizados, para somar percepções e idéias até obter

visões compartilhadas a respeito do se faz e do que deve ser feito nas organizações públicas".

2. O MÉTODO DO CASO

1.1 - Conceito

Um caso constitui um problema ou questio interessante que serve de ponto de partida para o ensino e a pesquisa. Entretanto, cremos pertinente estabelecer a diferença entre estudo de caso e método do caso, pois são matérias suscetiveis de confusio, já que a diferença entre ambas é bastante tênue.

Segundo Robert Yin2, "o estudo de casos é uma forma de se fazer pesquisa social empírica

ao investigar-se um fenômeno atual dentro de seu contexto de vida real, onde as fronteiras

1 Repensando las relaciones sector púbJico-univemidad: notas pua uma política de CIDlbio. In: . . . PáItIko ., Ulllftnl .... BoIetin InfOrmativo número 2. Buenos Aires, Instituto Nac:ional de la Administración Pública. 1990. pp. 19-60. apud Tesoro. José Luis. P ... para ""'nd6a., ... de CUOI . . . panlldlYldadel

. . , . ... _ . . . pábllca. Caracas, RIGEP. 1992, p. 6 (traduçio noua).

2 Cale ...., ... _d ... Apud. Campomar. Marcos Cortez. Do uso de Estudo de Caso em

(9)

entre O fenômeno e o contexto não são claramente definidas e na situação em que

múltiplas fontes de evidências são usadas".

Contudo, enfatizaremos o método do caso, que é um instrumento de ensino que serve fundamentalmente para exercitar a dualidade teoria-prática nas diversas áreas de estudo e, na situaçlo em concreto, a Administraçio. Consistindo na descriçlo de uma determinada situaçlo que se interrompe propositalmente no momento da tomada de deci.sIo ou de

adoçIo de uma soluçlo, é poaivel, através deste método, 1razer ao educando uma situaçlo concreta para análise.

1.1 - Origens

As origaJI da aplicaçlo do método o caso remontam ao ensino das Ciências Jurídicas na

Harvard Law School, no final do século passado. Rapidamente difundiu-ee para ou1ras áreas de estudo como Medicina, Serviço Social, etc. Seu uso excessivo levou à saturação do mesmo.

Na situaçlo especifica da AdministraçIo, o método do caso CODlC9OU a ser utilizado em tomo de 1920 na Harvard Business School, a precursora da aplicaçlo desse método em escolas de AdministraçIo. Seu uso difundiu-ee largamente após o término da Segunda Guerra Mundial, com a implementação do Plano Marsball.

Foram precursoras deste método no Brasil a Escola Brasileira de AdministraçIo Pública -EBAP e a Escola de Administraçio de Empresas de São Paulo - EAESP, ambas da Fundação Getulio

varga; .

Segundo Marilia Costa e Dicléia Barroso" , "logo que foi instituído, o método de casos foi aplicado de fonna exagerada e rígida. Ao longo do tempo, sua aplicaçio evoluiu do realismo exagerado para uma significaçio social", atingindo O equilfbrio.

, Costa. MarlIia Mapdo &; BmoIo, Dic1éia. O M ... ea.. DO . . . A ... TrabaIbo final da

disciplina Técnicu de Ensino. Rio de Janeiro, EBAPIFGV. 1992, p.4 (srifo nouo).

.. Op. cit. p.4.

(10)

1

Não tem havido, entretanto, grande produção de casos para utilização nos cursos de Administraçio. Segundo Marília Costa e Dicléia BarrosoS, em pesquisa realizada junto a professores universitários, os obstáculos para a produção de casos nacionais têm sido: "preguiça institucional", extensio de tempo necessário para e1aboraçio de um. caso, alto custo de e1aboraçio, ausência de remuneraçio para quem produz o caso e dificuldade de acesso às informações das empresas.

2.3 - Objetivos

o

método do caso tem por objetivos:

• desenvolver a capacidade de análise e síntese do educando, bem oomo a sua capacidade

de expresslo esaita e oral através de relatórios, tendo como conseqQência a flexibiJizaçio do raciocinio e a formulaçio de juízos de valor,

• relacionar um. corpo teórico com situações reais (ou quase reais);

• desenvolver a capacidade de decidir de acordo com a realidade que se lhe apresenta,

levando em conta os conhecimentos, experiências e motivações do educando.

2.4 - Tipologia

Estudos teóricos sobre tal método estabelecem as seguintes tipologias de casos:6

a) Quanto ao propósito:

a.I) caso-problema, que tenta fazer uma síntese para chegar à melhor solução possível de acordo com os dados apresentados, visando desenvolver a capacidade de decidir, tomar uma atitude, propor e analisar várias alternativas;

5 00. cito p.16.

(11)

a2) caso-aná1ise, que desenvolve a capacidade analítica dos educandos por meio da distinção entre observação, inferência e juízo de valor, visando detectar a relaçio entre variáveis.

a.3) caso-ilustraçlo, utilizado para ilustrar situações de forma individual ou comparativa.

o

caso criado e apresentado neste trabalho enquadra-se, segundo este critério, no

denominado caso-problema.

b) Quanto à complexidade:

b.l) caso tipo problema, que apresenta uma única soluçio, que é a melhor, funcionando como um exercício mais simples para dar confiança aos educandos e levá-los a enfrentar

casos

mais árduos;

b.2) caso tipo MIT, que recebeu este nome por ter sido no Massachusets Institute of TecImology onde teve seu uso mais difundido. Apresenta mais de uma soluçio aceitável para uma situaçio relativamente complexa. Normalmente as soluções estio dentro de opções pré-estabelecidas e situadas em extremos (por exemplo, comp!ar ou nio comprar);

b.3) caso tipo Harvard, que é uma descrição de determinada situação, em que o diagnóstico é muito mais importante, permitindo ao educando identificar problemas,

estabelecer opções de solução, ponderar as vantagens de cada uma, analisar a viabilidade, estabelecer relações de causa-efeito, etc. Neste tipo, fica clara a troca de experiências entre os participantes que, de acordo com suas percepções, podem chegar a conclusões diferentes acerca da melhor alternativa.

(12)

c) Quanto à sua origem

c.I) caso real, que parte de uma situação verdadeira ocorrida;

c.2) caso artificial, que é criado a partir dos objetivos da disciplina a ser ministrada, com

dados fictícios.

o

caso formulado neste 1rabalho, segundo esta tipologia, enquadra-se no denominado caso artificial, embora sido a-iado a partir de dados reais modificados.

2.5 - Os partidpantes e seus papéis

Para a aplicação do método, de fundamental importincia é a interaçIo dos docentes e dos

educandos, como participantes que do. Necessária também é a adaptação do conteúdo do caso aos objetivos da disciplina que está sendo ministrada.

o

docente possui seus valores, experiências e motivações em relaçio ao método e ao oonteúdo programático da disciplina sob sua respoosabilidade. Por outro lado, também os educandos possuem experiências diversas, traços pessoais, valores e motivações que os levam a interpretar situações a eles apresentadas de maneira muito particular, valorizando • alguns aspectos e desprezando outros.

Assim, cabe ao docente captar as diferenças individuais dos educandos e fazê-Ias convergir para objetivo comum, ou seja, a resolução do caso. Atua, dessa forma, como orientador, moderador ou observador, usando o método da melhor maneira possfvel, de modo a desenvolver nos educandos os conhecimentos, capacidadts e habilidades necessárias.

(13)

resolução de cada fase. Deve, ainda, como tarefa inerente ao oficio de professor, tratar as dúvidas que surjam. antes ou depois da execução de cada tarefa, incentivando o questionamento e desenvolvendo nos educandos um perfil analítico, orientando-os para

que evitem extrair do caso informações ou questões irrelevantes ou simplistas, que podem impedir o alcance dos objetivos do caso.

É iDteressante, na aplicaçlo do método, que o docente fOJDeDte a disalssio e a 1roca de opiniões, integrando as diferentes conIribuições, recuperando conoeitos e introduzjndo

cocrincia e solidez oonceitual à discusslo e resoluçlo. Deve ter o cuidado de enfatizar os aspectos que sirvam à aprendizagem e à fixaçio dos conoeitos que o caso 1raz em seu bojo.

Os eduamdos, por sua vez, só têm a ganhar com a aplicaçlo do método, na medida em que asml1JUUD uma postura critica e aiativa, tirando proveito de suas experieoclas acumuladas, mas nIo perdendo de vista a uecessidade de oonhecer o referencial teórico apresentado pelo docente e a ser fixado pelo uso do caso.

Assim, podemos dizer que o processo de análise de um caso assume dinâmica própria em funçIo das caraderisticas do docente e dos educandos, devendo, para lograr êxito, existir a convergência dessas caracteristicas a um mesmo objetivo.

2.6 - Vantagens e desvantagens

Não obstante a relevância de sua utilização, cabe-nos ressaltar que esta nio é uma técnica de ensino exclusiva, devendo ser vista sempre no sentido de oomplementariedade. Isto é: nIo é um fim em si mesma, mas uma modalidade de ensino, nio esgotando todas as possibilidades de aprendizagem, mas indicando um caminho a utilizar.

o

método prevê, tanto no que diz respeito à construçIo quanto à resolução do caso, a interaçIo e a participaçlo ativa do grupo, aguçando o espfrito aitico e analítico. Permite ao educando a oportunidade de raciocinar e analisar criticamente as

situa9ões

(14)

"

apresentadas, além de desenvolver a capacidade para trabalhar em equipes, contribuindo

para sua fonnação profissional e acadêmica.

Apresenta, entretanto, na perspectiva de alguns estudiosos, algumas desvaDtagens. Em primeiro lugar, argumentam que, em algumas situações, a aplieaçio do método leva à dispersIo do grupo no sentido de que só alguns tomam a palavra enquanto outros

obsenram, havendo uma monopoJ;zaçio da disclJsslo por um pequeno pólo ativo, desinteressando o restante do grupo. Todavia, em nossa pen:epçio, tal situaçlo só ocorre quando a discussão é mal-orientada

Apontam, também, como desvantagens da aplieaçio do método do caso o fato de o mesmo prejudicar

a absorçIo

de conceitos teóricos, bem como estimular somente a discussão e nIo a aprendizagem Um terceiro argumento para sua nIo utiJizaçlo diz respeito ao desperdicio de tempo para a leitura, entendimento e ordenaçlo do caso.

Aa'editamos, contudo, que as razões subjacentes a essas desvantagens do outras. Quando se aponta o fator perda de tempo como desvantagem do método, cremos que se esteja a referir à extenslo do caso. O problema apontado nIo se verifica quando do casos pequenos ou de média extenslo, em que a leitura e ordenaçio podem ser feitos em tempo breve e na própria sala de aula. Note-se, ademais, que qualquer estudo requer tempo para leitura e compreensIo de conceitos.

Como o caso é uma aplicaçio prática em sala de aula, a absorção dos conceitos teóricos dá-se, parciaJmeut.e, de forma inversa à habitualmente conhecida. Tem-se, a priori, a compreensIo da realidade estudada e, a partir dai, o educando formula seus conceitos.

(15)

Quanto ao fato de estimular somente a discussão e não a aprendizagem, verificou-se que o mesmo reforça a aprendizagem, no sentido de que possibilita, através da discussão, o COohecimento de várias opiniões e tomadas de posição sobre O mesmo assunto, emiquecendo O conhecimento que cada educando possui individualmente, na perspectiva

de que a educaçlo é um processo paulatino de absorçIo de oonhecimeDto.

Em

suma, permite que o educando vivencie posturas diferentes da sua. O excrcfcio da prática permite a fixaçIo do referencial teórico. Esta é a vantagem do método que, por ser relativamente flexfvel, permite que a teoria possa ser ministrada durante a 00DSb'uçI0 e a aplicaçlo do caso.

Segundo Tesoro 7 , "a técnica de casos, adequadamente utilizada., constitui um inestimável

nfvel que vincula a experiência dos administradores que tenham proporcionado os dados, os conhecimentos daqueles que tiveram a seu cargo a redaçlo do caso, as reflexões dos

CUl"S8IIt.es ao anaJjSJll' o caso individualmente, em grupos e em plenário, e a capacidade do

docente encarregado da aplicação. Mas DIo é a única técnica que permite vincular a prática à teoria".

2.7 - O método do caso e outras técnicas de ensino-aprendizagem

Procurou-se privilegiar, neste trabalho, um dos métodos de ensino-aprendizagem em Administraçio conhecido como método do caso. Tal método, reconhecido como um valioso recurso didático, é classificado como ativo, por possuir uma natureza participativa, que supera os chamados ~'métodos tradicionais", caracterizados pela comunicação unidirecional do docente ao educando.

É importante tomar o ensino da Administraçio mais aplicativo, utilizando metodologias mais ativas, de modo a se estabelecer um estudo integrado em termos interdisciplinares,

7 00. cit. p. 9 (1raduçio noua)

(16)

como por exemplo Polfticas 'Públicas e Gestão de Programas e Projetos, esta última e Métodos e Técnicas de Ensino, etc. Além disto, há que se dissemirw' a formulação de casos que possam ser utilizados adaptados às circunstâncias sem cootudo ser obsoletos, isto é, estarem sempre ligados aos objetivos docentes, discentes e dos conteúdos cunicu1ares.

Nio se 1rata da utilizaçlo de método exclusivo, mas sim de v6rios métodos, já que oferecem aWm de vantagens, lirn

ita9"'eL

Para ilustrar, utiIizaremoI a comparaçio criada por Bohdan Hawrylshyn e apresentada por José Luis Tesoro'. O estudo apresenta a efetividade de t6aü.cas de ensino-aprendiz consideradas ativas, tais como: práticas, desempenho de papéis (dramatizações), método do caso, simulações decisórias (jogos), técnica do incidente e projetos grupais. Tais técnicas foram analisadas levando« em CODSideraçio: a) desenvolvimeDto da capacidade de observaçIo; b) desenvolvimento da capacidade para seleçlo de dados pertinentes; c) deaenvolvimeDto da capacidade para o diagnóstico de problemas; d) desenvolvimento da capacidade para a formulaçio de soluções; e) desenvoMmento da capacidade para a adoçio de solu9ÕeS; f)

desenvolvimento da capacidade de oomunicaçlo; g) desenvolvimeDto da capacidade de motivaçlo.

O método do caso encontra-se na mais alta escala de efetividade no que diz respeito aos quesitos diagnóstico de problemas e formulaçlo de soluções, que constituem sua essência.

Com relaçio aos quesitos capacidade de observação e de seleção de dados, o método do caso encontra-se no nivel mais baixo, já que tais aspectos já foram cumpridos pelo redator do caso, nIo mais cabendo aos educandos tais tarefas.

Encontra-se, por outro lado, em grau médio quando do coosiderados os aspectos adoçA0 de soluções, oomunicaçlo e motivaçlo.

(17)

Com relação às outras técnicas consideradas no estudo, temos que, por exemplo, os jogos estão em alto nível quando se considera a adoção de decisões; o desempenho de papéis, no que respeita à comunicação; e a técnica do incidente em relação à capacidade de seleção de dados.

2.8 - A utilização do método do caso na formação de administradores

públicos

As considerações a seguir apresentadas são válidas para o ensino de Administraçio em geral. Porém, destacamos o ensino de Administraçio Pública.

No caso da utilização do método do caso para a fonnação de administradores públicos, pode-se apomar que tal método pennite que estes se habituem a trabalhar com diversas opções para a resolução de determinados problemas, contribuindo para deixar para trás a crença na exclusividade de decisões, na exigência de uma só maneira de se fazer as coisas. Isto lhes dará maleabilidade no tratamento das questões, já que atua em um ambiente em que existe, por um lado, pressões de natureza politica e, por outro, pressões provenientes da opinião pública. Não podemos, entretanto, ignorar as limitações da própria estrutura a que está submetido.

o

método contribui, ainda, para desenvolver nos administradores públicos as habilidades de escutar e comunicar-se com outras pessoas, tendo em atenção as colaborações, o que é muito importante em um contexto de mutabilidade, em que devem ser consideradas as dimensões políticas, econômicas, sociais, culturais, organizacionais, tecnológicas, etc.

o

método do caso pennite aproximar os administradores públicos da realidade. Tanto é assim, que o estudo e a fonnulação de casos possibilita a estes visualizar uma série de

aspectos interdependentes da mesma realidade, o que significa que, ao decidir, terão que

(18)

Para José Luis Tesor09 , o método do caso na formação de administradores públicos pode

ser usado em três momentos:

a) como incentivo inicial, já que apresenta dificuldades e desafios que levam os educandos a investigar e encontrar soluções para os problemas;

b) no momento da aprendizagem, sendo aplicado para que os educandos redescubram, por si mesmos, princípios, conceitos, modelos para discriminar os fatores e variáveis que intervêm numa dada situação, para que melhor enfrentem determinada realidade;

c) no momento da avaliação, observando-se o grau em que os educandos apreenderam o conteúdo da disciplina.

3 -

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

PARA A

ELABORAÇÃO

DO

CASO

DO

MUNIdPIO

EBAPIANO

Para a construção do caso apresentado, alguns passos foram seguidos, tomando-se por base os textos de referência sobre o assunto. Em primeiro lugar, identificou-se um problema de política pública que seria objeto da formulação de um projeto, tendo sido escolhida a área social, por tratar-se de um campo que, reconhecidamente, debate-se com sérias dificuldades, necessitando de adequada formação e capacitação de gestores para atuação em organizações governamentais e não governamentais. Constituiu, também, incentivo para a escolha desta área a existência do Programa de Estudos em Gestão Social da EBAPIFGV, que está voltado para o gerenciamento de políticas na área social, tendo sido o presente trabalho elaborado em consonância com suas diretrizes.

(19)

Após a escolha do tema, pretendendo criar uma ficção que permitisse às pessoas em contato com o caso uma percepçIo de realidade, procedeu-se à pesquisa de dados que guardassem certa aproximação com o cotidiano brasileiro, utilizando, para o efeito, dados contidos em anuário estatistico do IBGE e outras obras de referência. Ressalte-se a

dificuldade para encontrar um municipio cujos dados se adequassem ao pretendido. Tais dados foram 1ratados e analisados, transfonnando-se nas informações contidas no caso.

Também houve necessidade de checar os dados levantados, já que, mesmo contidos em

publi~ oficiais, poderiam nio se adequar ao caso em comtruçio. Assim, para garantir sua consistência, foram necessárias algumas adaptações, já que a qualidade do caso estaria ligada à precisio das informações nele apresentadas.

A

medida que se construfa o caso, várias incongruências surgiam, sendo superadas à custa de pesquisa e análise aitica. Na formulaçio deste foi de grande valia a vivência e experiência de cada um dos integrantes do grupo, além de consultas a obras e a especialistas no assunto. Sublinba-se este aspecto pois sempre esteve em pauta o cuidado para nio incorrer na sobreposição de questões que pudessem dificultar a compreendo e soluçio do mesmo.

Para a redação de casos é importante que o autor se coloque no lugar dos leitores, perguntando-se sempre o que desejariam saber. Deve, também, colocar-se na posiçio do docente, avaliando o que os alunos devem extrair da situação apresentada, levando-se em conta os objetivos da disciplina. Em nosso caso especifico, éramos alunas da disciplina Gestão e Programas e Projetos e futuras usuárias do caso para a elaboraçio de um projeto como 1rabaIho final; mas também éramos alunas da disciplina Métodos e Técnicas de Ensino em Administraçio e, por conseguinte, teriamos que nos colocar na posiçlo de docentes, procurando construir um caso que bem se adequasse ao uso de nossos futuros alunos. Assim, consistiu a metodologia de formulaçlo do caso em encontrar a melhor maneira de tirar proveito dessa via de mio dupla.

(20)

Após a -redação, solicitamos a contribuição de alguns de nossos colegas mestrandos, para leitura e apreciação do caso, nIo com o intuito de aplicá-lo, mas para colher opiniões aiticas a respeito de sua formulaçio e apresentaçio.

A seguir, dando continuidade à metodologia de ensino, utilizou..: o mesmo para a c1aboraçio de um projeto visando a implemmtaçio de uma po1ftica p6blica.

É importante fixar que a metodologia envolveu dois momentos distintos, a saber:

a) a criaçIo do caso; b) a soluçA0 do caso.

Esta úItjma ressalta a soluça0 encontrada pelo grupo e constnúda a partir dos conceitos

apreendidos ao longo do curso. Cabe referir que nIo há soluçA0 definitiva, devendo ficar o exercfcio em aberto para outras possíveis que, na ótica do leitor, se acharem pertinentes,

garantindo, ioclusive, a atualidade do trabalho.

Apresentamos, a seguir, o caso do muuicfpio Ebapiano, elaborado com o propósito de conciliar 08 conhecimentos teóricos ao exercfcio prático. Após, indicamos poasfveis

apliC89ÕeS para o mesmo, bem como a soluçio encontrada pelo grupo quando da utilização do instrumeDta1 da disciplina GestIo de Programas e Projetos.

3.1 -

FORMULAÇAo

DO

CASO

Numa tentativa de evitar coincidências com qualquer municipio brasileiro, denominou-se

Ebapiano o municfpio em que o caso está contextuaJjzado. Tal nome provém de EBAP

-Escola Brasileira de AdministraçIo Pública, onde estudam as autoras do 1rabalho.

(21)

I -Situação

A Prefeitura de Ebapiano criou uma Comissão de Estudos para apurar as cansas do aumento dos índices de morbidade e moralidade infantis verificados no município. Tal comissão apurou que as enfennidades e as mortes eram devidas à deficiência nutricional e às condições de saúde pública., e que ocorreram, fundamenta1mente, em crianças pertencentes às famílias que moravam na periferia urbana e às dos trabalhadores sem-terra do município.

Cabe referir que a má nutrição, associada â falta de água potável e canalizada, â falta de fossas sépticas, ao destino inadequado dos dejetos e detritos, ao alto índice de aglomeração humana (grande número de pessoas na mesma casa, dividindo os mesmos cômodos) e à deficiente higiene pessoal e alimentar, grava o quadro de mortalidade e morbidade infantis, manifestadas fundamenta1mente por afecções peri-natais, doenças diarréicas e infecções respiratórias.

A Comissão apurou, também, que houve tentativas, em anos anteriores, de fazer uma complementação alimentar através da distribuição de leite de soja, mas com resultados inócuos, visto que tal prática não se coadunava com os hábitos alimentares da população, sendo por ela rejeitada. Com relação à saúde pública., as campanhas de vacinação realizadas no município não foram suficientes para debelar as enfennidades oriundas da falta de saneamento básico.

A Comissão, como resultado do estudo efetuado, apresentou relatório ao Prefeito com as seguintes alternativas para solução do problema:

(22)

• Conscientização da populaÇão para a importância e necessidade do aleitamento matemo e acompanhamento do desenvolvimento e aescimento da criança.

• Aumento da renda da população que ganha até 01 salário-mfnjmo.

• Reforço da merenda escolar.

• Uso de alimentação altemativa e educaçlo das mies para melhor aproveitamento dos produtos da regiIo.

• Distribuição de "ticket-refeiçio". • Preveoçio sanitária (vacinaçIo).

• RefOf'9O vitamínico (medicamentoso) a ser administrado nas crianças na faixa etária de zero a cinco anos.

• Melhoria das condi9ÕC=S de saúde pública. • Melhoria das condi9ÕC=S de saneameuto básico.

Coincidentemente, na mesma época, o Governo Estadual1ançou o Programa Estadual de Complementação Alimentar (pECA), com o objetivo de melhorar as condições nutricionais da populaçIo. Em vista do fato, o Prefeito de Ebapiano solicitou a iDtroduçlo do PECA no municfpio. Para operacionalizar tais recursos, determinou que a Divido de Programas Sociais (DPS) implemeutasse um projeto para atacar tais problemas, selecionando, dentre as altemativas apresentadas, aquela ou aquelas que melhor se

adequassem à situaçio. Determinou, ainda, que o projeto fosse apresentado em 30 dias.

A meta é atingir uma populaçlo em torno de 1.220 crianças que freqOentam as escolas de

primeiro grau da rede pública estadual e municipal e 96 crianças que fteqOentam o pré-escolar, além de SOO faromas de baixa renda da periferia urbana e de trabalhadores

sem-taTa do municfpio. As crianças desnutridas que porventura nIo fteqOentan a rede escolar

(23)

11 -/n(tn7nIIC4a sobre o MuiJicípio

Ebapiano é um dos 80 municípios de um estado do sudeste brasileiro. Situa-se na região ceutra1 do estado~ ocupando uma área de 440 km2, a uma altitude de 52Om. Possui quatro

disIritos e densidade demográfica de 14,75, hablkm1. Em seu relevo podem ser destacadas

as serras de Trindade (82Om) e Santa Isabel (784m). Ê banhado pelos rios Claro, Santa Bárbara e Boa Espc:raoça.

De acordo com o último ceuso realizado no município, sua popu1açlo tota1 é de 6.490 babitaotes, sendo 3.370 do sexo masculino e 3.120 do sexo feminino. O mimero de eleitores do município é de 4200.

Ebapiano foi elevado à categoria de município em 1891. Suas terras, CIIIretaDto, já eram oonhecidas desde a segunda metade do século XVI. Desenvolveu-se no auge da economia cafeeira por ser passagem obrigatória na região, além de possuir solo fértil para tal cultura. Com a libertaçio dos e&a1lVOS e a não introdução do'trabalho assalariado na região, a agricultura entrou em decadência, com as terras transformando-se em pastagens. Atualmente, suas terras v6m sendo utilizadas para cultivo e pecuária.

As principais atividades econômicas do município são, portanto, a agricultura e a

pecuária, especialmente a leiteira, que participam com 46% do pm municipal, seguindo-se comércio e seguindo-serviços com 42%, e indústria, com 12%. Sua participaçio no pm estadual é de 0,02"'0, a menor entre os municípios. Os principais produtos agrioolas são o café, cuja produção é exportada, a cana-de-açúcar, absorvida pelas usinas de açúcar e álcool do estado, e o milho, utilizado como a1imentaçio animal Com um rebanho bovino de 19 mil

cabeças, e produção de leite em tomo de 9 milhões de li1rosIano, o município pode sei"

(24)

A receita média anual do município (receitas correntes, de capital e tributárias) é de aproximadamente RS 167.777;33, sendo RS 2.020,03 correspondente à arrecadaçlo

tributária. As despesas do município correspondem a RS 149.S4S, S3.

A estrutura organizacional do governo municipal é formada pelo Gabinete do Prefeito,

Divido de Programas Sociais (DPS), Divido de Administraçio e Finançu (DAF),

Divido de Agricultura, Comércio e Indústria (DACI) e Divido de Obras e Servip (008). O responsável pela Divido de Programas Sociais é o próprio Prefeito, eleito por uma coligaçio de três partidos polfticos. A Divido de Administraçio e Finanças está sob a responsabilidade do Vioe-Prefeito, com a supervislo direta do Prefeito. O responsável pela Divido de Agricultura, Comércio. e Indústria está ligado a outro partido polftico,

eoqwmIo a Divido de Obras e Servip está sob a responsabilidade de profissionais da área de engenharia.

A Cimara Municipal conta com nove vereadores, possuindo a seguinte composição polftica: seis vereadores pertencem aos partidos no poder e três pertencem ao partido de oposiçlo.

A execuçlo de algumas polfticas públicas é terceirizada, estando a cargo de empresas prestadoras de serviço con1ratadas por licitaçlo pública. NIo estio terceirizadas as áreas de limpeza urbana, servip de água e esgoto, saúde e educaçIo de 10 grau.

Ebapiano conta com Vara Única da Justiça Estadual, possuindo um juiz e um promotor de justiça, cuja atuaçlo restringe o abuso aos direitos civis dos cidadãos.

Em reIaçlo à infra-estrutura, a taxa de urbanizaçio (percentual da popuIaçlo total que vive na área urbana) é de 380/0, podendo-se acrescaJtar que 42% dos domicilios &lo

servidos por rede urbana de abastecimento de água, eoqwmIo 38OA» sIo abrangidos pela rede pública de esgotamento sanitário e 71%&10 servidos por rede de ihmUnaçlo pública.

(25)

No último censo apurou-se que foi de 84 o total anual de nascidos vivos e de 63 o total anual de óbitos registrados no município, dos quais sete referiram-se a óbitos fetais e 38 a óbitos decorrentes de deficiência nutricional em menores de cinco anos (13 óbitos por doenças diarréicas e parasitárias, 15 por afecções originadas no período peri-natal e 10 por

infecções respiratórias). O restante dos óbitos ocorreu devido a causas variadas e em diversas faixas etárias.

No que diz respeito à educação, a taxa de alfabetização apurada no último censo foi de 70,60/0, possuindo o município um estabelecimento de ensino pré-escolar (escola urbana estadual) e 15 estabelecimentos de ensino público de 10 grau. Foi de 96 o número de matriculas anuais no pré-escolar, enquanto que no 10 grau foi de 1220. Ebapiano possui quatro docentes do pré escolar e 67 de 10 grau.

O sistema de saúde do município é formado por quatro centros de saúde estaduais e um hospital particular, este último com 38 leitos. Não se verificam leitos nos centros de saúde estaduais porque os mesmos só oferecem serviços de ambulatório. No último censo foram levantados os seguintes dados acerca do atendimento ambulatorial anual a crianças:

a) menores de um ano: 588 consultas médicas e 656 atendimentos de enfermagem b) um a quatro anos: 418 consultas médicas e 386 atendimentos de enfermagem c) cinco a 11 anos: 546 consultas médicas e 306 atendimentos de enfermagem.

Com relação às gestantes foram realizadas 30 consultas médicas e 54 atendimentos de enfermagem. Não houve atendimento à puérpera.

DADOSDEMOG~COS

POPULAÇAO AREA DENSIDADE

TOTAL

I

SEXO

I

SEXO

I

ELEITORES DEMOGRÁFICA

MASCULINO FEMININO . (Km2) O1ablKm2)

(26)

~

arn:s

FET~ t.BCRES[E OJTR:S lOf,tL

(!)NCB

84 7 3B 18 83

OBITOS DE MENORES DE 05 ANOS

CAUSAS N-DECASOS

Doenças diarréicas e parasitárias 13

~

..

, originadas no periodo peri..natal 15

I" RHPiratórias 10

TOTAL 38

INFRA-ESTRUI1JRA

SERVIços POPULAÇÃO ATENDIDA

Taxa de Urbanizac;lo 3M(.

Áaua 42'Mt

3M(.

lIuminaçlo 71"

EDUCAÇÃO

SAÚDE

(27)

3.2 - APLICAÇOES DO CASO

o

caso do municfpio Ebapiano foi construido com o intuito de servir de instrumento para o ensino de disciplinas como Elaboraçio, Análise e Gesti.o de Projetos e outras afins a

Planejamento, além de Polfticas Públicas, devendo SCI" visto na perspectiva do gestor

público.

Objetiva foroecer aos educandos dados para elaboraçio de projetos relacionados com polfticas sociais, de forma que possam perceber uma perspectiva integradora entre wn problema real de um dado município/estado e a resolução deste problema através da gestão de um programa/projeto.

Concretamente, e visando a nwriminçio de seu uso, ressaltamos que o caso elaborado pode ser utilindo para introduzir em sala de aula discussões acerca da participação da comunidade na e1aboraçlo e implementaçlo de programas e projetos, nas questões relacionadas a escolhas coletivas e na elaboraçio de projetos propriamente ditos, já que fornece dados e alternativas para tal efeito.

3.3 - SOLUÇÃO DO CASO

o

Projeto Nutricional de Ebapiano, anexo a este 1rabaIho, é uma das soluções encontradas para o caso apresentado. Não é a única possivel, refletindo a peroepçIo das autoras acerca da implementaçlo de polfticas sociais. Destina-se a mostrar a utilização do instrumental oferecido pela disciplina Gesti.o de Programas e Projetos.

(28)

de saneamento básico e que sua implementação no município seria a melhor forma de

atacar e solucionar o problema, optamos por elaborar um projeto mais consentâneo com os elementos que estavam ao nosso alcance, por ser o mesmo apenas um exercfcio acadêmico.

4 -

CONCLUSÃO

Procuramos com este trabalho fixar a importância da utilização do método do caso na formação de administradores públicos, contribuindo com a formulação de um caso especffico da área.

o

exposto vem também mostrar que é possfvel apreseutar-ae como trabalho final de disciplinas, além das 1radicionais resenhas ou desenvolvimentos de temas propostos pelo professor, a formulaçlo de casos, dando vazio ao espfrito criativo dos alunos. É de se notar que a CXJDStruçIo do caso resultou em uma tarefa bastante fatigante, porém atraente e

estUnuJante,

já que, após cada obstáculo 1raDsposto, novos conhecimentos foram sendo agregados.

Esta metodologia de ensino permite aumentar o número de casos formulados, colocando-os disponíveis para uso, trazendo como conseqQência a melhoria da formaçlo dos administradores.

Constatamos que o uso do método do caso, ao contrário do que se prega, nIo leva à dispersio de idéias e sim à sedimentaçIo das mesmas, através da fixaçIo de conceitos teóricos. Em suma, é um bom método para conciIiaçio entre teoria e prática. Tomemos como exemplo o trabalho ora apresentado: temos um caso fommJado que foi usado para

fixaçlo de conceitos e elaboraçlo de um projeto para implemeutaçlo de uma polftica

(29)

5 - BIBLIOGRAFIA

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WOILER, SansIo &, MATHIAS, Washington Franco. Proj«tn: plJmejtJmmto,

(31)
(32)

INTRODUÇÃO

A Divido de Programas Sociais da Prefeitura Municipal de Ebapiano apresenta à Divido Estadllal de Programas Sociais este projeto, que tem por finalidade a melhoria das

condi9Oes

nutricionais e de saúde preventiva da populaçlo de baixa renda que habita a periferia do IIlUDicipio.

Possui o municipio uma populaçIo de 6.490 habitaDles, com apro,mw.cfamente 300 famOias de baixa renda.

Os principais produtos do IIlUDicfpio &lo café, milho, cana-de-acúcar e leite. Possui um estabelecimento de ensino pré escolar e IS de ensino de primeiro grau, qua1ro cerdlos de saúde e um hospital particular.

Como causa da deficiência nutricional e das precárias condições de saúde preventiva, o

municfpio Ebapiano apresentou, no último ano, an sua periferia e em &mOias de baixa

renda, um alimento da morbidade infantil, O que ocasiooou 38 óbitos de crianças na faixa etária de zero a cinco anos. A morbimortalidade marUfestou-ee através de

afec9lSes

pai-natais, doenças diarréicas e infecções respiratórias.

A prefeitura, através da Divido de Programas Sociais, concluiu que a soluçA0 do problema estaria na .coqjugaçlo de esforços entre esta e a comunidade local.

OBJETIVOS

Objetivo Gerlll

(33)

Objetivos Espectjicos

• Distribuir complementaçlo alimentar para as famflias que tenham crianças na faixa etária de zero a cinco anos e que ganhem até um salário-minitm.

• IDMOtivar a aiaçio de hortas oomunitárias para reforço alimentar da popu1açIo acima

citada.

• Reforçar a merenda escolar disbibuida aos alunos matriculados na rede pública estadual e municipal nas séries do pré-escolar e do primeiro grau.

• Promover campanhas de saúde preventiva para as populações de baixa renda.

BENEFICIÁRIOS

Populaçlo urbana pobre de áreas periféricas, populaçio rural (010 proprietários ou minifundistas) e famílias sob chefia feminjna,

JUSTIFICATIVA

A implementaçlo do projeto trará como impacto principal a melhoria das coodiçôes de vida da populaçlo do municfpio nas áreas acima estabelecidas.

Esta terá os seguintes efeitos:

• desenvolvimento de consciSncia oomunitária e polftica, bem como a solidariedade entre

os manbros da comunidade;

(34)

• disseminação de tecnologias de horticultura;

• aumento das áreas verdes do municipio contribuindo para a introduçlo de uma

consciência ecológica;

• resguardo dos direitos da aiança;

• aumento da mIo-de-obra disponivel e da produtividade dos pais, que poderio estar

mais dedicados à produçlo, visto que os filhos adoeceria menos;

• aiaçio de valores culturais comunitários como conseqOancia dos efeitos acima listados.

Existe viabilidade iDstitucional para implementaçlo do projeto, tanto em nfvel estadual, pela existência do Programa Estadual de Complementaçlo Alimentar - PECA, qwmto municipal, através da Divido de Programas Sociais - DPS, bem como do Sistema único de SaúdelConseIho Municipal de Saúde.

METODOLOGIA PARA IMPLANTAÇÃO

A elaboraçio ~ projeto foi feita por uma equipe da Divislo de Programas Sociais da Prefeitura, tendo sido o mesmo referendado pela comunidade.

(35)

Dada a exigOidade do prazo para entrega do projeto, a Divisão de Programas Sociais (DPS) propôs o seguinte modelo de participação da comunidade, representada pelos movimentos acima citados:

a) di.scusslo com a comunidade das alternativas apontadas pela Comisslo de Estudos; b) elaboraçlo do projeto pela DPS;

c) encaminbamcmto do projeto à comunidade para referendo;

d) execuçlo do projeto;

(36)

CRONOGRAMA

PROJETO: PRONUTRI - Projeto Nutricional de Ebapiano Periodo : 021011 a 31/121

CRONOGRAMA GERAL

ATIVIDADES MESES

J

F M A M

J J

A S O N

D

Formar Equipe T6cnica X

Firmar CODveniO com o SUS X

Firmar COIlvenio com a EMA TER X

Prepmll local para lI'III8ZleD88em dos produtos X

Formar equipes de distribuiçlo dos produtos X

Diwlgar o projeto X

Formar equipes de saúde para treinar a populaçlo X X

Da mmutençlo da saúde preventiva

Comprar os produtos a serem distribufdos atrav6s X X X X

do sistema de merenda escolar

Comprar os produtos a serem distribufdos para a X X X X

complementlÇlo alimentar

Distribuir os produtos da merenda escolar X X X X X X X X X

Distribuir os produtos da complementaçlo X X X X X X X X X

alimentar

Promover treinamento da popuIaçIo em saúde X X X X

preventiva

Criar hortas comunitárias para reforço alimentar X

Cuidar da mmutençlo das hortas comunitárias X X X X X X

Elaborar sistema para mmutençlo dos objetivos X

do Projeto

Elaborar relatórios parciais do projeto X X X X X

Acompanhar o projeto X X X X X X X X X X X X

Elaborar relatório final do projeto X

(37)

CRONOGRAMA PARCIAL

ATIVIDADES

RESPONSÁVEL JAN FEV MAR ABR MAl JUN

15

15

15

15

15

15

Formar Equipe T6cnica Chefe DivisA0 X

Progr. Sociais Firmar convenio com o SUS Equipe T~nica X

Prefeito

Firmar convbio com a EMA TER Equipe T6cnica X

Prefeito

Preparar local para armazenagem dos Div.deAdm. X

produtos e Finanças

Formar equipes de distribuiçlo dos Equipe T6cnica X

produtos

Divulgar o projeto Equipe T6cniea X

Formar equipes de saúde para treinar a SUS X X

populaçlo na manutençlo da saúde preventiva

Comprar os produtos a serem distribufdos Div.deAdm. X X

atrav~s do sistema de merenda escolar e Finanças

Comprar os produtos a serem distribufdos Div.deAdm. X X

para a complementaçlo alimentar e Finanças

Distribuir os produtos da merenda escolar Div.deAdm. X X X

e Finanças

Distribuir os produtos da complementaçlo Div.deAdm. X X X

alimentar e Finanças

Promover treinamento em saúde SUS X X X X X X X

preventiva

Criar hortas comunitárias para reforço Div. Agr.,Com. X X

alimentar IndJEMA TER!

Comunidade

Acompanhar o projeto Equipe T6cnica X X X X X X X X X X X X

-I

I I

I

I

I

1.1.1

(38)

CRONOGRAMAPARC~

ATIVIDADES

RESPONSÁVEL JUL AGO SET OUT NOV DEZ

15

15

15

15

15

15

Comprar os produtos a serem distribufdos Div. de Adro. X X X X

atrav~ da merenda escolar e Finanças

Comprar os produtos a serem distribufdos Div. de Adro. X X X X atrav6s da complementaçlo alimentar e Finanças

Distribuir os produtos da merenda escolar Div. de Adro. X X X X X X e Finanças

Distribuir os produtos da complementaçlo Div. de Adro. X X X X X X

alimentar e Finanças

Cuidar da manutençlo das hortas Div.Agr.,Com., X X X X X X X X X X X X comunit4rias IndJEMA TER!

Comunidade

Elaborar sistema para manutençlo dos Equipe T6cnica X objetivos

Elaborar relatórios parciais do projeto Equipe T6cnica X X

Acompanhar o projeto Equipe T6cnica X X X X X X X X X X X X Elaborar relatório fmal do projeto Equipe T6cnica X

Legenda: 'Xl -tempo programado para execuçlo da atividade em quinzenas

(39)

A TIVIDADESrr AREF AS

RESPONSÁVEL

I 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11

Formar Equipe T&Dlca Chefe DivisA0 X X X X X

Progr. Sociais

Convocar pessoal da DivisA0 Chefe DivisA0 li:

Convocar pessoal Escolas Chefe DivisA0 li:

Escolher gerente do projeto Prefeito li:

Mobilizar a sociedade civil Gerente Projeto li: li: li:

Firmar cODvlDlo com EMATER Equipe T6cnica X X X X X

Elaborar as cláusulas do convenio Equipe T6cnica li: li: li: li: li:

Revisar convenio Equipe T6cnica

Assinar convenio Prefeito

Firmar cODvlnlo com SUS Equipe T6cnica X X X X X

Elaborar as cláusulas do convenio Equipe T6cnica li: li: li: li: li:

Revisar convenio Equipe T6cnica

Assinar convenio Prefeito Preparar local para armazeDagem dos Div.deAdm.

produtos e Finanças

Providenciar limpeza, pintura Div.deAdm. e dedetizaçlo e Finanças Formar equipes de dlstribulçlo Equipe T6cnica

DIAGRAMA

JANEIRO

12 13 14 15 16 17 18

X X X X

li:

li: li: li:

X X X X

li:

li: li: li:

X X X X

li: li: li: li:

X X

-

-19 20 21 22 23 24

X X X X X X

li: li: li: li: li: li:

25 26 27

X X X

li: li: li:

28 X li: 29 X ][

' j )

(40)

DIAGRAMA

A TIVIDADESrr AREF AS

RESPONSÁVEL JANEIRO

I 2 3 4 S 6 7 I 9 10 11 12 13 14 as 16 17

Divulgar o projeto Equipe T~ica X X X

Preparar material de diwlgaçlo Equipe T~ica ][ ][ ][

Diwlgar o projeto Equipe T~ica

Formar equipes de .. ide para SUS X X X

treinar a populaçlo na lDanutençlo da .. ide preventiva

Convocar pessoal SUS ][

Elaborar conteúdos programáticos SUS ][ ][

AcolDpanhar Projeto Equipe T~ica X X X X X X X X X X X X X X X X X

-Legenda: 'x' - tempo programado para execuçlo da atividade

1i 19 20 21 22 23 24

X X X X X X X

][ ][ ][ ][ ][

][ ][

X X X X X X X

][ ][ ][ ][ ][ ][ ][

X X X X X X X

L

-25 26 27

X X X

][ ][ I

X X X

x x x X X X

(41)

ATnnDADES~AREFAS RESPONSÁVEL

I 2 3 4 S 6 7 I 9 10 11

Formar equipes de sa6de para SUS

treinar a popu.açAo na manutençAo da sa6de preventiva

Convocar pessoal SUS

Elaborar conte6dos programáticos SUS

Comprar produtos a serem Div.deAdm. X X X X X X X X X X X

dlstrlbafdos atrav& do sistema e Finanças de merenda escolar (DAFI)

Preparar edital para licitaçlo DAFI x x x x

Diwlgar edital DAFI x

Abrir propostas DAFI

Comprar prodatos a serem Div.deAdm. X X X X X X X X X X X

dlstrlbufdos atrav& do sistema e Finanças de complementaçAo alimentar (DAFI)

Preparar edital para licitaçlo DAFI x x x x

Diwlgar edital DAFI x

Abrir propostas DAFI

Promover treinamento da SUS

popalaçlo em sa6de preventiva

Acompanhar Projeto Equipe X X X X X X X X X X X

Tknica

' - - - -~ -

-Legenda: 'x' - tempo programado para execuçlo da atividade

DIAGRAMA

FEVEREIRO

12 13 14 IS 16 17 II 19 20

X X X X X X

x

x x x x x X X X X X X X X X

x X X X X X X X X X

x

X X X

X X X X X X X X X

21 22 23 24

X X X X

x x x x X X X X

X X X X

X X

X X X X

2S 26

X X

x x X X

X X

X

X X

(42)

A TIVIDADESrrAREFAS

RESPONSÁVEL

I 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11

Comprar produtos a serem Div.deAdm. dlstribufdos atravá do sistema e Finanças de merenda escolar

Div. deAdm.

Receber produtos e Finanças

Comprar produtos a serem Div.deAdm. dlstribufdos atravá do sistema e Finanças

de complementaçlo alimentar

Receber produtos Div. deAdm. e Finanças

Promover treinamento da SUS X X X X X X

populaçlo em sa6de preventiva

Acompanhar Projeto Equipe X X X X X X X X X X X

Tbica

Legenda: 'x' - tempo programado para execução da atividade

DIAGRAMA

MARÇO

12 13 1.4 15 16 17 18 19 20 21

X X X X X

X X X X X X X X X X

-22 23 24 25

X

x

X X

X X X X

26 27

X

X X

28

X

29

X

X

VJ

-.J

(43)

A TIVIDADESrr AREF AS

RESPONSÁVEL

I 2 3 4 S 6 7 8 9 10

Distribuir produtos da merenda Div. de A!bn. X X X X X X X X X X

eseolar e Finanças

Distribuir produtos da Div. de Adro. X X X X X X X X X X

eomplementaçlo e Finanças

Promover treinamento da SUS X X X X X

populaçlo em .. 6de preventiva

Elaborar relatórios parciais do Equipe X

projeto T6c:nica

Acompanhar Projeto Equipe X X X X X X X X X X

T6c:nica

Legenda: 'x' - tempo programado para execução da atividade

DIAGRAMA

ABRIL

11 12 13 14 lS 16 17 18

X X X X X

X X X X

X X X X X X X X

-19 20 21 22 23 24

X X X

X X X X X X

2S 26 27

X X

X X X

28

X

29 1

I

X I

j

X I

loIJ 00

(44)

A TIVIDADESrr AREF AS

RESPONSÁVEL

I 2 3 4 5 6 7 I 9 10 11 12

Distribuir produtos da merenda Div.deAdm. X X X X X X X X X X

escolar e Finanças

Distribuir produtos da Div. deAdm. X X X X X X X X X X X X

complementaçlo e Finanças

Promover treinamento da SUS X X X X X X

populaçlo em .. 6de preventiva

Acompanhar Projeto Equipe X X X X X X X X X X X X

T6cnica

-Legenda: 'x' - tempo programado para execuçlo da atividade

DIAGRAMA

MAIO

13 14 15 16 17 11 19 20

X X X

X X X X

X X X X X X X X

21 22 23 24 25

X X X

X X X X X

26

X

27 28 29

X· X

X X X

L - L - .

~

'o

(45)

DIAGRAMA

A TIVIDADESrr AREF AS

RESPONSÁVEL JUNHO

1 2 3 4 5 6 7 I 9 10 11 12 13 14 15 16 17 11 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29

1

Distribuir produtos da merenda Div. deAdm. X X X X X X X X X X

escolar e Finanças

Distribuir produtos da Div.deAdm. X X X X X X X X X X X X X X X I

complementaçlo e Finanças I

Criar hortas comunldrlu para DACII X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X XI

reforço alimentar EMATERI Comunidade

Elaborar relat6r1o parelal do Equipe X

projeto Tknica

Acompanhar Projeto Equipe X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X

Tknica

- '---~ ~

Legenda: 'x' - tempo programado para execução da atividade

(46)

DIAGRAMA

A TIVIDADESrr AREF AS

RESPONSÁVEL JULHO

I 2 3 4 5 6 7 I 9 10 11 12 13 14 15 16 17 1i 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29

Distribuir produtos da merenda Div. deAdm. X X X X X X X X X X

escolar e Finanças

Distribuir produtos da Div.deAdm. X X X X X X X X X X X X X X X

complementaçlo e Finanças

Cuidar da manutençlo da DACII X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X

hortas comunlÜrlal EMATERI Comunidade

Acompanhar Projeto Equipe X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X

T6cnica

-Legeada: 'x' - tempo programado para execuçlo da atividade

(47)

A TIVIDADESrr AREF AS

RESPONSÁVEL

I 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11

Distribuir produtos da merenda Div. deAdm. X X X X X X X X X X

escolar e Finanças

Distribuir produtos da Div. deAdm. X X X X X X X X X X X

eomplementaçlo e Finanças

Cuidar da manutençlo das DACII X X X X X X X X X X X

hortas eomunlt6rias EMATERI Comunidade

Elaborar sistema para Equipe X X X X X X

manutençlo T6enica

dos objetivos do projeto

Elaborar relat6rios parciais Equipe X

do projeto T6enica

Acompanhar Projeto Equipe X X X X X X X X X X X T6enica

Legenda: 'x' - tempo programado para execuçlo da atividade

DIAGRAMA

AGOSTO

12 13 14 15 16 17 18 19

X X X X

X X X X X X X X

X X X X X X X X

20 21 22 23 24

X X X X X

X X X X X

" - - -

-25 26 27

X X X

X X X

(48)

A TIVIDADESrr AREF AS

RESPONSÁVEL

I 2 3 4 S 6 7 I 9 10 11

Distribuir produtos da mereDda Div.deAdm. X X X X X X X X X X

eseolar e Finanças

Distribuir produtos da Div.deAdm. X X X X X X X X X X X

complemeDtaçlo e Finanças

Cuidar da maDuteDçlo da. DACII X X X X X X X X X X X

hortas comuDltjrla. EMATER/

Comunidade

AcompaDhar Projeto Equipe X X X X X X X X X X X

T~nica

- - - - _ ... __ ..

_-LegeDda: 'x' -tempo programado para execuçlo da atividade

DIAGRAMA

SETEMBRO

12 13 14 IS 16 17 1I 19

X X X X

X X X X X X X X

X X X X X X X X

-

-20 21 22 23 24 2S

X X X X X X

X X X X X X

26 27

X X

X X

28

X

X

29

X

X

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'

..

)

(49)

A TIVIDADESrr AREF AS

RESPONSÁVEL

I 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11

Distribuir produtos da merenda Div. deAdm. X X X X X X X X X X

escolar e Finanças

Distribuir produtos da Div. deAdm. X X X X X X X X X X X

complementaçlo e Finanças

Cuidar da manutençlo da. DACU X X X X X X X X X X X

horta. comuniürla. EMATERI

Comunidade

Elaborar relatório parcial do Equipe X

projeto Tbica

Acompanhar Projeto Equipe X X X X X X X X X X X

Tbica

Legenda: 'x' - tempo programado para execuçlo da atividade

DIAGRAMA

OUTUBRO

12 13 14 15 16 17 18 19

X X X X

X X X X X X X X

X X X X X X X X

20 21 22 23 24

X X X X X

X X X X X

~ -~~

-25 26 27

X X X

X X X

28

X

X

29

I I

I

I

XI

X

~

~

(50)

PROJETO: PRONUTRI - Projeto Nutricional de Ebapiano

DIAGRAMA

A TIVIDADESrr AREF AS

RESPONSÁVEL NOVEMBRO

I 2 3 4 S 6 7 I 9 10 11 12 13 14 lS 16 17 II 19 20 21 22 23 24 2S 26 27 28 29

Distribuir produtos da mennda Div. de Adro. X X X X X X X X X X

escolar e Finanças

Distribuir produtos da Div. de Adro. X X X X X X X X X X X X X X X

complementaçlo e Finanças

Cuidar da manutençlo da DACII X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X

hortas comunitirlas EMATERI Comunidade

Acompanhar Projeto Equipe X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X

T~nica

Legenda: 'x' - tempo programado para execuçlo da atividade

.,.

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(51)

A TIVIDADESrr AREF AS

RESPONSÁVEL

I 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

Distribuir produtos da merenda Div.deAdm. X X X X X X X X X X

escolar e Finanças

Distribuir produtos da Div.deAdm. X X X X X X X X X X X X

complementaçlo e Finanças

Caldar da manatençlo das DACII X X X X X X X X X X X X

hortas comanltirlas EMATERI

Comunidade

Acompanhar projeto Equipe X X X X X X X X X X X X

T6alica Elaborar relatório final do Equipe

projeto T6cnica

Legenda: 'x' - tempo programado para execução da atividade

DIAGRAMA

DEZEMBRO

13 14 15 16 17 18 19 20

X X X

X X X X X X X X

X X X X X X X X X X X X X X

21 22 23 24 25

X X X X X

X X X X X X X X X X

-26 27

X X

X X X X

28

X

X X

29

X

X X

~

Referências

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