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Efeito da coesão semântica sobre a discriminação de itens emocionais em testes de memória de reconhecimento de palavras

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Academic year: 2017

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RAPHAEL BENDER CHAGAS LEITE

EFEITO DA COESÃO SEMÂNTICA SOBRE A DISCRIMINAÇÃO DE ITENS EMOCIONAIS EM TESTES DE MEMÓRIA DE RECONHECIMENTO DE PALAVRAS

Dissertação apresentada à Universidade Federal do Rio Grande do Norte, para obtenção do título de Mestre em Psicobiologia.

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RAPHAEL BENDER CHAGAS LEITE

EFEITO DA COESÃO SEMÂNTICA SOBRE A DISCRIMINAÇÃO DE ITENS EMOCIONAIS EM TESTES DE MEMÓRIA DE RECONHECIMENTO DE PALAVRAS

Dissertação apresentada à Universidade Federal do Rio Grande do Norte, para obtenção do título de Mestre em Psicobiologia.

Orientadora: Regina Helena da Silva

Co-Orientadora: Fabíola da Silva Albuquerque

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Título: O EFEITO DA COESÃO SEMÂNTICA SOBRE O RECONHECIMENTO DE PALAVRAS TABUS

Autor: RAPHAEL BENDER CHAGAS LEITE

Data da defesa: 11 de abril de 2011

Banca examinadora:

_________________________________________ Dra. Flávia Heloísa Dos Santos

Universidade Estadual Paulista, UNESP/Assis

_________________________________________ Dr. John Fontenele Araujo

Universidade Federal do Rio Grande do Norte, UFRN

_________________________________________ Dra. Fabíola da Silva Albuquerque

Universidade Federal da Paraíba, UFPB

_________________________________________ Dra. Regina Helena da Silva

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SUMÁRIO

1. RESUMO 5

2. ABSTRACT 6

3. INTRODUÇÃO: BREVE CONTEXTUALIZAÇÃO TEÓRICA DO TEMA 7

4. INTRODUÇÃO AO TEMA DOS EXPERIMENTOS 14

5. OBJETIVO GERAL 21

6. EXPERIMENTO 1 22

6.1. OBJETIVO 22

6.2. METODOLOGIA 22

6.3. RESULTADOS 25

6.3. DISCUSSÃO 26

7. EXPERIMENTO 2 30

7.1. OBJETIVO 30

7.2. METODOLOGIA 30

7.3. RESULTADOS 31

7.3. DISCUSSÃO 32

8. DISCUSSÃO GERAL 35

9. CONCLUSÃO 38

10. REFERÊNCIAS 39

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RESUMO

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ABSTRACT

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INTRODUÇÃO: BREVE CONTEXTUALIZAÇÃO TEÓRICA DO TEMA

A investigação da mente há séculos está no foco da atenção de grande parte dos cientistas e a memória é uma importante chave para a compreensão dos fenômenos produzidos a partir do funcionamento do cérebro, incluindo processos cognitivos como atenção e emoção. O avanço das ciências experimentais na metade do século XIX possibilitou melhorias nos estudos das ciências da mente. Em 1880 o psicólogo alemão Hermann Ebbinghaus desenvolveu o que talvez seja o primeiro experimento quantitativo para o estudo da memória. Ele criou um sistema de sílabas e, utilizando a si próprio como sujeito experimental, testou sua memória em diferentes intervalos de tempo para listas dessas sílabas. Ele ainda testou o número de repetições que era necessário para memorizar as listas. A partir do experimento de Ebbinghaus, foi possível perceber que a memória tem diferentes tempos de duração e que a repetição faz com que ela persista por tempos mais longos. Posteriormente, o americano Willian James apresentou uma distinção entre mecanismos de memória, sendo a memória primária a que representaria os registros que duram de segundos a minutos, enquanto a memória secundária aquela que poderia ser recuperada semanas ou anos depois. (Squire & Kandel, 2003)

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de curta duração em memória de longa duração (amnésia anterógrada). H.M. não conseguia reconhecer seus médicos quando entravam todos os dias no seu quarto para examiná-lo, ou lembrar o que havia comido minutos antes no almoço, porém conservou a capacidade de armazenar novas informações enquanto sua atenção não fosse desviada e também conservou as memórias de longa duração formadas até pouco tempo antes do acidente, porém as memórias mais recentes antes da cirurgia foram esquecidas (amnésia retrógrada). Estudos realizados com esse paciente demonstram que havia um tipo de informação que ele podia aprender e lembrar sem prejuízos: habilidades perceptuais e motoras, como desenhar olhando por um espelho, adquiridas através do treino repetitivo. Seu desempenho nesse tipo de tarefa era equiparável ao de pessoas normais, apesar de ele não se lembrar de ter realizado a tarefa anteriormente. (Corkin, 1968; Corkin, 2002;) Henry Gustav Molaison, o H. M. morreu em 2 dezembro de 2008, aos 82 anos, e deixou-nos uma grande herança de conhecimentos sobre o cérebro.

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sua expressão e que estão relacionados a diferentes estruturas neurais (Tulving, 1995; Squire & Knowlton, 1995; Squire & Zola, 1996; Xavier, 1996).

Na investigação experimental da memória declarativa, freqüentemente são utilizados os testes de recordação livre e o de reconhecimento. Tipicamente, em um teste de reconhecimento, o sparticipante faz um julgamento ao ser confrontado com uma réplica ou uma representação do material previamente estudado (Hintzman, 2000). Em ambos os casos, o teste envolve uma etapa de codificação ou estudo, um intervalo de retenção (ou não, no caso de testes imediatos) e o teste propriamente dito. As manipulações experimentais podem ocorrer nessas diferentes etapas e podem ocorrer em relação às características dos itens como cor, forma, localização e tempo de apresentação (Macken, 2002; MacKey et al. 2004) ou em relação a estratégia utilizada durante a apresentação dos itens, como por exemplo, analisar o valor monetário do item, o tipo de letra em que a palavra estava escrita (Grupusso, Lindsay & Kelley, 1997), entre outros.

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compreensão dos fenômenos de recordação e familiaridade é a consideração de que estes são independentes (Jacoby, 1991), de tal modo que manipulações experimentais podem produzir alterações em um ou no outro, ou em ambos (Yonelinas, 2002; Kelley & Jacoby, 2000). Por exemplo, dividir a atenção durante a codificação da informação reduz a recordação, mantendo a familiaridade inalterada (Jacoby, 1998). Mudar o contexto da apresentação do estímulo (a cor ou a posição em uma tela) também reduz a recordação, pouco alterando a familiaridade (Macken, 2002), enquanto mudar a modalidade de apresentação do estímulo no teste (visual para auditivo, por exemplo) reduz a familiaridade, mas não a recordação (Toth, 1996).

Outro paradigma tem sido utilizado para estudar os fenômenos envolvidos com a memória é denominado de “remembering-knowing” (lembrar-saber) (Tulving, 1985). Trata-se da experiência subjetiva vivenciada durante a recordação em um teste de reconhecimento. O termo “Remembering” é utilizado para designar uma lembrança que remete a uma experiência pessoal do passado, de modo que o evento pode ser identificado em relação ao tempo de sua ocorrência e ao local em que ocorreu. Enquanto a recordação de um evento do passado que se dá de modo impessoal, sem a consciência de detalhes a seu respeito, com um sentimento abstrato de familiaridade, é denominado de “knowing” (Gardiner & Richardson-Klavehn, 2000).

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Manikin). Essa escala permite classificar qualquer estímulo de acordo com o quanto ele é emocional, partindo do ponto de vista subjetivo do participante da pesquisa. A escala SAM divide a emoção em três dimensões principais: ALERTA, o qual varia do relaxante (baixo alerta) ao estimulante (alto alerta); VALÊNCIA, que varia de positiva a negativa e DOMINÂNCIA, que varia do completamente dominante (alta dominância) ao completamente submisso (baixa dominância). Corroborando com a aplicabilidade da escala SAM para avaliar itens, Bradley e Lang (1994) mostraram alta correlação da escala com respostas fisiológicas. Essa Escala foi validada para o Brasil por Ribeiro, Pompéia e Bueno (2004 e 2005).

Entre os estímulos emocionais usado em testes de memória estão as palavras tabus. Essas palavras são referentes a partes e produtos do corpo, ao sexo, insultos étnicos ou raciais, profanidades, vulgaridade e escatologia (Jay, 1998). Palavras tabus são mais recordadas do que neutras quando estudadas em listas mistas (MacKay & Ahmetzanov, 2005; Hadley & MacKay, 2006; Buchanan et al. 2006). As pesquisas realizadas por Mackay e colaboradores (MacKay etal. 2004; MacKay & Ahmetzanov, 2005; Hadley & MacKay, 2006) apontam que estímulos alertantes alavancam reações emocionais que priorizam o processo de ligação desses estímulos com o seu contexto, no que definem como a Teoria do priority-binding. Ou seja, o sistema emocional dá alta prioridade à ligação do evento emocional ao seu contexto. Outras ligações que poderiam ocorrer no mesmo instante são “adiadas” até que a ligação emocional esteja completa. Isto é exemplificado em apresentações rápidas de listas de palavras, nas quais a prioridade dos itens emocionais causa interferência na codificação de itens neutros. Essa teoria é potencialmente consistente com estudos que mostram que pessoas tendem a ter melhor memória para a cor e localização de itens emocionais do que de itens neutros (MacKay et al., 2004)

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argumentaram que a vantagem no desempenho em testes com palavras tabus pode ser fruto da alta coesão semântica inerente a este grupo de palavras, além de despertarem a atenção do participante. Embora a emoção e a coesão semântica produzam melhora no desempenho da memória, paradoxalmente elas também parecem gerar um efeito negativo, ao aumentar a freqüência de falsas memórias (Roediger & McDermott, 1995; Mather, 2006). As falsas memias referem-se ao fato de lembrarmos de eventos que na realidade não ocorreram (Stein & Pergher, 2001).

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INTRODUÇÃO AO TEMA DOS EXPERIMENTOS

Evidências experimentais indicam que estímulos emocionais são mais lembrados do que estímulos neutros, independente se são figuras (Bradley et al., 1992), sons (Bradley & Lang, 2000), experiências autobiográficas (Rubin & Chulkind, 1997) ou palavras (Kleinsmith & Kaplan, 1963; La Bar & Phelps, 1998; Buchanan et al., 2006). Um dos possíveis mecanismos para esse efeito refere-se ao alerta induzido por um estímulo emocional, o qual direcionaria o foco da atenção (Phelps, 2006). Por exemplo, resultados do teste de stroop (MacKey et al., 2004), indicam que o tempo de reação para palavras tabus é maior do que para palavras neutras e que isto se correlaciona com melhor desempenho em testes de memória. Isso aconteceria devido ao alerta emocional que causaria maior captação dos recursos atencionais do indivíduo para os itens emocionais, favorecendo a recordação destes no momento do teste.

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memória por diminuir os parâmetros de busca no momento da recuperação da informação (Tulving & Pearlstone, 1966). Mather (2009) argumenta que, para além da proximidade de significado inerente a um grupo de palavras emocionais, o aspecto emocional poderia se constituir no elemento de categorização, conferindo coesão às palavras emocionais. Por exemplo, no dicionário, a palavra dor pode significar expressão ou manifestação do sofrimento físico ou moral, denunciando a relação semântica entre as palavras dor e sofrimento. Por outro lado, ambas as palavras também desencadeiam reações emocionais, podendo ser este o fator de associação entre elas.

Na tentativa de identificar separadamente a contribuição do efeito do alerta emocional e da coesão semântica sobre o desempenho da memória, Buchanan e colaboradores (2006) realizaram testes de memória com palavras que formavam quatro diferentes grupos. Palavras neutras não relacionadas e pouco alertantes, palavras relacionadas ao tema escolar e pouco alertantes, palavras desagradáveis moderadamente alertantes e palavras tabus altamente alertantes. As palavras do grupo tabu foram significativamente mais recordadas do que todos os demais grupos, enquanto as do grupo escolar foram mais recordadas do que as neutras, levando os autores a sugerir que o alerta emocional e a coesão semântica contribuem aditivamente para o melhor desempenho da memória.

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experimentais demonstram que a dica pode produzir interferência no processo de recuperação. No paradigma da dica de parte da lista ou parte do set (part-list or part-set cuing), um conjunto de itens relacionados semanticamente é apresentado para o estudo e na fase de recordação, um dos itens é utilizado como dica para a recordação dos demais (Roediger,1973). Este fato resulta em piora no desempenho, comparado ao controle, sugerindo que a dica pode inibir a recordação dos demais itens da lista. Grande parte dos estudos nessa área envolve o paradigma do par-associado, no qual um elemento é utilizado como dica para a recordação de seu par (Anderson & Neely, 1996). Por exemplo, no par fruta-laranja, a dica “fruta” elicia a recordação de “laranja”. Anderson e colaboradores (1994) utilizaram listas com pares “categoria-exemplar” e, para algumas das listas, foi realizada uma prática da resposta. Para a lista: fruta-laranja, fruta-banana, fruta-manga, fruta-goiaba, etc., um par foi escolhido para treinar a resposta. Neste treino, foi utilizado o radical do exemplar para servir como dica: fruta-la_____. A recordação propriamente dita era realizada após o treinamento. Nessa fase, em resposta a dica da categoria praticada, os participantes sempre recordavam o exemplar praticado (laranja), mas quase nada dos demais, efeito que não ocorria com as categorias não praticadas, sugerindo que a lembrança durante o treinamento pode ter induzido o esquecimento no teste (retrieval-induced forgetting).

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relacionadas a medo ou diversão (categorização pela condição emocional), enquanto para as demais, a instrução foi de que veriam figuras de animais ou pessoas (categorização pelo ator da ação). Em seguida, os sujeitos foram organizados em vários subgrupos conforme o tipo de dica para a recordação dos itens. A dica foi introduzida por meio de um treinamento para a recordação. Nesse treino, o pesquisador apresentava uma palavra relacionada a um dos grupos de figura (por exemplo, palhaço para a categoria diversão-pessoa) e era solicitado ao sujeito que ele lembrasse mentalmente da imagem. A seguir, a imagem lembrada era apresentada. Dez minutos após esse treino, era solicitado ao sujeito que tentasse recordar os itens estudados. Os resultados indicaram que o efeito da interferência da dica só ocorria se fosse correlacionado ao tipo da instrução recebida. Participantes instruídos a ver o ator da ação (pessoas ou animais), recordavam bem a categoria treinada de pessoa-diversão, mas tinham desempenho ruim na de pessoa-medo, não havendo prejuízo nas outras categorias, sugerindo que a recordação do palhaço durante o treino prejudicou a recordação de outros “atores”, independente de sua emoção. Já aqueles instruídos a ver a condição emocional (medo ou diversão), tiveram prejuízo em recordar a categoria animal-diversão, não havendo prejuízo nas demais categorias. Desse modo, os autores sugerem que o efeito do part-set cuing

depende não somente da relação semântica entre os estímulos, mas também de qual esquema de categorização é mais saliente no contexto da pesquisa, nesse caso, da instrução fornecida ao participante.

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resultando em mais palavras recordadas nessa categoria.

Em testes de reconhecimento de palavras, a reapresentação dos itens constitui-se em uma dica (que pode ser o próprio item). Nesse caso, a questão é discriminar alvos de outros itens distratores. Também aqui o alerta é fundamental, e palavras emocionais são melhor discriminadas do que neutras (Hadley & MacKey, 2006). Entretanto, o efeito da coesão semântica pode ser positivo ou negativo. O reconhecimento de itens alvos (ou velhos) em listas com relação semântica é maior, comparado a uma lista de itens não relacionados (observado pela medida de acerto da lista), ou seja, a coesão semântica estaria favorecendo a memória. Entretanto, há aumento na frequência de ocorrência de alarmes falsos, ao reconhecer itens novos como velhos (Roediger & McDermott, 1998), o que indica prejuízo na discriminação dos alvos.

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tornando mais fácil o acesso aos itens dessa rede. O segundo seria mais controlado e dependente da atenção, podendo influenciar se a ativação resultaria em uma falsa memória ou não.

Nesse sentido, o alerta desencadeado por itens emocionais poderia favorecer a alocação de recursos, permitindo uma codificação elaborada e também o melhor monitoramento atencional durante o reconhecimento dos itens, realizando o controle inibitório de itens distratores, independente do tempo disponível para essas etapas, já que esses recursos poderiam ser retirados dos demais itens (MacKey et al., 2004; Hadley & MacKey, 2006). Contudo, o efeito da coesão semântica sobre o reconhecimento e a discriminação dos itens poderia depender do contexto do teste. Por exemplo, nos casos em que o tempo para codificação seja curto, os processo automáticos podem ser favorecidos e itens associados numa rede semântica poderiam ser ativados.

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OBJETIVO GERAL

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Experimento 1

OBJETIVO

Investigar o efeito da coesão semântica sobre a discriminação das palavras tabus em testes de memória de reconhecimento imediato comparando aquela de palavras de outras duas categorias: com relação semântica e sem relação.

MÉTODOS

Participaram da pesquisa 20 estudantes da Universidade Federal do Rio Grande do

Norte entre 18 e 25 anos (com igual número de homens e mulheres) e que assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido para integrar a pesquisa. Atendendo aos procedimentos éticos, os participantes foram informados de que entre as palavras haveria palavrões. A pesquisa foi avaliada e aprovada pelo Comitê de Ética da UFRN. Todos os participantes tinham boa acuidade auditiva, garantindo a compreensão das palavras reproduzidas pelos fones de ouvido, além disso, todos os voluntários utilizaram a mão dominante para responder os testes no computador.

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(Mattoso, 2005), evitando-se a ocorrência de sinônimos. Para confirmar o caráter tabu das palavras utilizadas na categoria emocional, após o teste de memória, foi solicitado aos participantes que avaliassem cada uma das palavras utilizadas numa escala de crescente de proibição de 1 a 5. Os resultados foram analisados por uma ANOVA para efeito da categoria da palavra e indicaram que as palavras tabus (média: 4,40; desvio padrão 0,32) foram consideradas significativamente mais proibidas do que as demais [F(2,38)=1441,46; p<0,01;

post hoc Bonfferoni p<0,01]. Não houve diferença entre as palavras neutras (média: 1,02; desvio padrão 0,06) e semânticas (média: 1,06; desvio padrão 0,06).

Os testes foram realizados utilizando um computador, por meio do programa SuperLab 4.5, e cada palavra foi apresentada auditivamente aos participantes com o auxílio de fones de ouvido. Na instrução, o participante foi informado de que escutaria uma lista de palavras e deveria prestar bastante atenção, pois em seguida, deveria realizar um teste de reconhecimento de palavras. Cada palavra foi apresentada por cerca de um segundo seguida imediatamente da outra em sequência aleatória. Ao final da reprodução da lista-alvo, foi informado ao participante que ele iria ouvir novamente uma palavra por vez, algumas delas ele acabara de escutar e outras não. Instruiu-se que o sujeito deveria utilizar o teclado do computador e apertar a tecla “V” (velho) quando escutasse palavras que faziam parte da lista ouvida anteriormente, ou então “N” (novo) para as palavras que não haviam sido escutadas anteriormente. Todo o procedimento do teste durou cerca de 20 minutos.

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(responder “sim” para itens apresentados anteriormente), seja com rejeições corretas (responder “não” para itens não apresentados anteriormente). O cálculo do índice Pr envolve o cálculo sobre a probabilidade de ocorrer acertos positivos e falsos positivos (responder “sim” para itens não apresentados previamente).

Pr = [(AL + 0,5)/ (nD) +1] - [(AF + 0,5)/ (nD) +1]

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RESULTADOS

Não houve diferença significativa entre os resultados de homens e mulheres tanto para o índice Pr [F(2,36)=0,181; p=0,83], o AL [F(2,36)=0,366; p=0,69] e o AF [F(2,36)=0,181; p=0,83]. Os dados foram sumarizados na Tabela 1. A análise da taxa de acerto das respostas no teste de reconhecimento indicou um efeito significativo da categoria da palavra [F(2,38)=17,285; p<0,01]. O AL da categoria emocional foi maior do que a da semântica [p=0,02] e da neutra [p<0,01], enquanto o da semântica foi maior do que a neutra [p=0,05]. Também houve efeito da categoria na análise do AF, sendo essa medida maior para as palavras semânticas do que as outras duas categorias [F(2,38)=8,912; p<0,01; Tabu: p<0,01 e Neutra: p=0,04], não havendo diferença entre as outras duas categorias. Por sua vez, a análise do PR refletiu os resultados anteriores, ocorrendo efeito principal da categoria [F(2,38)=13,281; p<0,01], sendo as palavras tabus mais discriminadas do que as demais categorias, [Semântica: p<0,01 e Neutra: p<0,01]. Não houve diferença significativa entre a categoria semântica e a neutra.

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DISCUSSÃO

Para analisar o efeito da coesão semântica sobre a discriminação de palavras tabus em testes de reconhecimento, submetemos os participantes a uma lista com 21 palavras divididas em três categorias (tabus, semânticas e neutras) na expectativa de obter melhor desempenho para as tabus, seguida das semânticas e estas melhores do que as neutras. Isto concordaria com os resultados de Buchanan e colaboradores (2006) que indicaram efeito aditivo do alerta emocional e da coesão das palavras sobre o melhor desempenho da recordação de palavras tabus. Na análise do AL de nossos testes de reconhecimento, este foi exatamente o resultado obtido. Entretanto, a análise do índice de discriminação (PR), indicou que as palavras alvo semânticas e neutras foram igualmente discriminadas e em menor escala do que as tabus. Esse resultado foi devido ao maior número de AF produzido pelas palavras semânticas, em relação às demais categorias.

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Considerando esse raciocínio, quando comparamos nossos resultados aos obtidos por Buchanane colaboradores (2006), podemos cogitar que o maior tempo para ensaio durante a codificação tenha relação com os baixos valores de AF obtidos para a categoria de palavras tabu e de semântica no trabalho citado acima. Além disso, esses autores realizaram dois testes de recordação livre antes do teste de reconhecimento. Esta repetição dos testes pode ter servido como uma nova oportunidade de ensaio dos itens recordados, favorecendo seu reconhecimento posterior. Estudos demonstraram que a reapresentação da lista aumenta o acerto e reduz o alarme falso (Raticlif & Murdock, 1976; McKhone & Murphy, 2000).

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uma codificação mais superficial.

Neste ponto, cabe ressaltar que tanto palavras semânticas quanto neutras sofreram a competição pela codificação, mas é possível que no caso da primeira categoria tenha ocorrido uma interferência da coesão semântica, gerando o aumento do AF. O efeito de listas semânticas sobre a produção de falsas memórias e AF tem sido estudado a partir do paradigma do DRM (Underwood, 1965; Roediger & McDermott, 1995; McDermott & Roediger, 1998; Hicks & Marsh, 1999; Stein & Pergher, 2001). Segundo Hicks e Marsh (1999), a geração de falsas memórias nesse paradigma decorre do uso da similaridade semântica como um atributo de identificação para a fonte de origem do item, ou seja, para a recordação ou reconhecimento do item. No nosso caso específico, acreditamos que os participantes identificaram os nomes das frutas como uma categoria semântica. Contudo, o momento em que ocorreu essa identificação certamente variou de indivíduo a indivíduo. Em alguns casos, ela pode ter ocorrido após a apresentação de vários itens dessa categoria que, por sua vez, não se beneficiaram da identificação dessa relação (o pertencimento a uma categoria) como uma dica para seu reconhecimento. Durante o teste, o fato de ter, em algum momento, identificado a categoria semântica de frutas na lista, pode ter levado os participantes a aceitarem engodos baseados puramente na familiaridade.

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Experimento 2

OBJETIVO

Investigar o efeito da coesão semântica sobre a discriminação das palavras tabus em testes de memória de reconhecimento imediato, explicitamente instruindo os participantes a agruparem as palavras em uma das três categorias semânticas: palavrões, frutas ou objetos.

METODOLOGIA

Participaram da pesquisa 21 estudantes universitários (11 homens) entre 18 e 30 anos e que assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido para integrar a pesquisa. Os participantes desse experimento não haviam participado do experimento 1, nem de nenhuma outra pesquisa realizada em nosso laboratório. O processo de convite dos voluntários foi o mesmo do experimento 1.

O total de palavras nas listas, a divisão de categorias e o balanceamento seguiu os mesmos princípios do experimento 1 (Apêndice A). Quatro palavras foram adicionadas como

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[F(2,40)=105,572; p<0,01; post hoc Bonfferoni p<0,01] e não houve diferença entre as palavras neutras(média: 3,29; desvio padrão: 0,26) e as semânticas(média: 3,05; desvio padrão: 0,26).

O procedimento do teste foi o mesmo do experimento 1, exceto pela instrução. Antes de começar o experimento, o participante foi informado de que escutaria uma lista de palavras e deveria prestar bastante atenção, pois em seguida, deveria realizar um teste de reconhecimento de palavras. Ele foi informado de que escutaria uma lista de palavras que poderiam pertencer a uma das três categorias: palavrões, frutas ou objetos. Antes de iniciar o teste de reconhecimento, as mesmas instruções do experimento 1 foram fornecidas e novamente foi indicado que o participante poderia ouvir palavras pertencentes a uma das três categorias: palavrões, frutas ou objetos. As mesmas medidas de desempenho foram obtidas e também foram realizados os mesmos testes estatísticos do experimento 1. Adicionalmente, realizamos testes T de comparação de médias para amostras independentes para comparar os resultados dos dois experimentos. Devido a uma falha no planejamento do programa utilizado, só foi possível obter o tempo de resposta no teste para nove sujeitos.

RESULTADOS

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foi significativa para a categoria emocional em relação às duas outras [p<0,001 nas duas comparações], não havendo diferença entre a categoria semântica e a neutra. Já os resultados do AF foram semelhantes para todas as categorias (tabela 1).

Considerando os dados de nove dos participantes no experimento 2, o resultado das análises do tempo de resposta foram semelhantes às do experimento 1: os alvos foram respondidos mais rapidamente do que os distratores [F(1,8)=12,615; p=0,01] e houve efeito da categoria [F(2,16)=7,335; p=0,01] (Tabela 1). Entretanto, nos testes confirmatórios, a diferença só foi significativa na comparação da categoria emocional com semântica [p=0,01], sendo o tempo de resposta maior para a primeira.

Comparando os resultados do experimento 1 com os do experimento 2, identificamos diferenças significativas em relação ao AL da categoria semântica, que foi menor no segundo caso [t(39)= 2,16; p=0,04], e ao AF das categorias emocional e neutra, que foram mais elevados no experimento 2 [t(39)= 2,47; p=0,02 e t(39)= 2,03; p=0,05, respectivamente]. Também houve diferença significativa em relação ao tempo de resposta para alvos [t(27)= 2,41; p=0,02], para alvos emocionais [t(27)= 5,48; p<0,01] e para palavras emocionais no conjunto de alvos e distratores [t(27)= 2,37; p=0,03].

DISCUSSÃO

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tratamento das palavras tabus enquanto categoria aumentou significativamente o AF em relação ao experimento 1. É possível que a indicação da categoria tenha induzido aos participantes solucionarem o teste apenas com base na regra de pertencer ou não a uma dada categoria. Dois aspectos, que discutiremos a seguir, apóiam essa ideia: a redução do tempo de resposta para alvos, principalmente da categoria emocional, e o maior número de AF para a categoria objeto, cujas palavras não haviam sido tratadas como categoria no experimento 1.

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No DRM, mesmo quando os participantes são alertados para terem cuidado com a produção da falsa memória, o AF ocorre; se forem informados detalhadamente antes do início do estudo, o AF diminui, mas ainda ocorre (McDermott & Roediger, 1998; Gallo et al., 2004). McDermott e Watson (2001) argumentam que o efeito de ativação da rede semântica pode ocorrer tanto na codificação quanto na recuperação. Desse modo, no teste, palavras associadas poderiam apresentar maior facilidade de processamento e, combinada com a regra da categoria, ser reconhecidas falsamente como pertencentes à lista. Especificamente no DRM, a falsa memória é testada a partir de um único distrator crítico, fortemente associado às palavras alvos. No nosso caso, igual número de alvos e distratores relacionados a uma categoria foram utilizados, tornando a tarefa ainda mais complexa.

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DISCUSSÃO GERAL

Buchanan e colaboradores (2006) sugeriram que o alerta emocional e a coesão semântica atuavam aditivamente para proporcionar melhor desempenho da memória. Contudo, em pesquisas envolvendo listas relacionadas semanticamente, principalmente aquelas com o paradigma DRM (Roediger & McDermott, 1995), essa coesão estava no centro da discussão sobre a geração de falsas memórias. A aparente contradição entre esses dois aspectos levou-nos a repensar a contribuição da coesão semântica para o desempenho da memória em testes de reconhecimento com palavras alertantes.

No primeiro experimento, a partir da análise comparativa com palavras agrupadas em uma categoria semântica não alertante (frutas), observamos que a coesão atuava tanto positivamente (aumentando AL) quanto negativamente (aumentando AF), tanto que a discriminação desse tipo de palavra foi inferior ao daquelas da categoria emocional. Entretanto, Sison e Mather (2007) haviam alertado que efeitos de interferência provenientes do fato de itens emocionais apresentarem coesão semântica só poderiam ser obtidos quando a emoção fosse explicitamente considerada uma categoria. Desse modo, realizamos um novo experimento (2) no qual padronizamos as instruções de modo a garantir que todas as palavras pudessem ser incluídas em uma categoria semântica.

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desses itens tendeu para um índice menor no experimento 2, comparado ao 1. Desse modo, o melhor desempenho para essa categoria comparado as das demais se justifica a partir do efeito do alerta que atrai o foco da atenção permitindo maior codificação daquele item (Mather, 2007).

Para inferir o prejuízo da coesão semântica, tomamos como premissa o fato dos participantes terem considerado as palavras tabus enquanto uma categoria semântica. No paradigma do esquecimento induzido pela recordação, o tratamento de itens emocionais enquanto categoria resultou em prejuízo na recordação de itens relacionados (Sison & Mather, 2007). Um estudo com potencial relacionado a evento (ERP) (Dillon et al., 2006) identificou diferentes padrões de ativação cerebral para a coesão e para o alerta emocional, indicando ser importante controlar a coesão semântica de estímulos emocionais. No nosso caso, utilizando teste de reconhecimento sem nenhum mecanismo de avaliação qualitativa da memória, o parâmetro possível para essa avaliação foi o AF. Tomando como base o experimento 1, interpretamos que o aumento de registros de AF no experimento 2 só poderia ter ocorrido em resposta à manipulação experimental introduzida. Além disso, correspondente aumento foi identificado para a categoria de objetos, tornando mais tácita essa conclusão. O alerta para a existência de categorias semânticas pode ter tornado nosso experimento uma boa condição para a utilização de um esquema durante a codificação ou recuperação dos itens. Em condições assim, o esquema em si pode reduzir a importância de informações que poderiam ajudar a diferenciar um AF de um alvo (Mather, Henkel & Johnson, 1997).

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exemplo, as listas de associados semânticos do paradigma DRM variam conforme sua capacidade para eliciar um distrator crítico (Stadler, Roediger & McDermott, 1999) e Neuschatz, Benoit e Payne (2003) observaram que o efeito da redução do AF a partir do alerta da produção de falsas memórias só ocorre em listas com forte associação ao distrator crítico.

Dentre as teorias que buscam explicar os fenômenos relacionados à memória em um teste de reconhecimento a partir de um processamento duplo (Jacoby, 1998; Yonelinas, 2002; Roediger e McDermott, 1995), há sempre a consideração de um componente automático, rápido de pouco ou nenhum controle consciente, muitas vezes baseado na familiaridade, em oposição a outro mais elaborado, demorado e controlado. O tempo de apresentação dos itens durante a codificação pode favorecer mais um ou outro processo. Falsas memórias estão associadas ao primeiro processo, de tal modo que o aumento do tempo de codificação pode produzir redução na sua ocorrência (McDermott & Watson, 2001). Assim, os resultados aqui relatados também estão estritamente ligados ao fato da estrutura de experimento que desenhamos e a modificação desses parâmetros pode levar a resultados diferentes.

(38)

CONCLUSÃO

Nossos dados sugerem que a coesão semântica tem efeito prejudicial sobre a discriminação de itens emocionais em testes de reconhecimento de palavras, ao invés do efeito aditivo ao alerta emocional identificado por Bucanhan e colaboradores (2006) em testes de recordação livre. Esse prejuízo pôde ser principalmente evidenciado quando essas palavras foram tratadas enquanto uma categoria semântica, seguindo o princípio apontado por Sison e Mather (2007). Observamos que o tratamento das palavras enquanto categorias no teste de reconhecimento pode ter induzido ao uso de uma regra para a solução do teste, baseada no pertencimento ou não do item a uma dada categoria. O critério de pertencer a uma categoria favoreceu o aumento de alarmes falsos, incluindo inesperadamente a categoria neutra pouco relacionada de objetos.

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ANEXOS

Tabela 1

Medidas de reconhecimento e tempo de resposta por categoria de palavras Média (SEM)

Categoria AL AF Pr TRa TRd TRt

Experimento 1 Emocional 0,971 (,05) 0,021 (,05) 0,831 (,06) 1468 (180) 1531 (385) 1499 (250)

Semântica 0,850a

(,15) 0,164a (,14) 0,600a (,21) 1308a (137) 1388 (132) 1348a (125)

Neutra 0,729ab

(,16) 0,036b (,09) 0,606a (,15) 1284a (120) 1367 (216) 1325a (155)

Todas as categorias 1353c

(127)

1428 (184) Experimento 2*

Emocional 0,986 (,04) 0,116d (,16) 0,762 (,16) 1100d (129) 1456 (263) 1278d (181)

Semântica 0,735ad

(,18) 0,143 (,15) 0,518a (,22) 1243 (199) 1298a (192) 1270 (179)

Neutra 0,755a

(,16) 0,116d (,15) 0,560a (,20) 1327a (202) 1395a (283) 1361 (235)

Todas as categorias 1223cd

(174)

1383 (239) TRa – tempo de resposta para alvo

TRd – tempo de resposta para distrator TRt – tempo de resposta total da categoria

a indica diferença significativa em relação a categoria emocional b indica diferença significativa em relação a categoria semântica c indica diferença significativa entre alvo e distrator

(45)

APÊNDICE A

Lista Distratores

Neutras Frutas Tabus Neutras Frutas Tabus

Experimento I

Tomada Pêssego Viado Fogão Mangaba Boquete Martelo Morando Furico Corrente Uva Suruba Rede Limão Cabaço Caixa Banana Escroto Tigela Cereja Pica Caminhão Ameixa Xota Câmera Goiaba Punheta Vassoura Pêra Pinguelo Livro Laranja Chupada Regador Amora Fodido Chaleira Maçã Gala Garrafa Tomate Culhão

Experimento II

Carro Morango Cabaço Livro Pitanga Punheta

Cortiça Açaí Suruba Escada Jaca Buceta

Rede Maçã Puta Fogão Mamão Fodido

Barril Goiaba Boquete Corda Laranja Viado

Piano Limão Furico Martelo Cereja Porra

Estátua Pêssego Pica Tomada Pêra Corno

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