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População brasileira

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(1)

N9

107

populaᅦセo@

BRASILEIRA

Jessé Monte110

1987

--•• _ --••• NZNセ@ 1 .... 41 "'L •

or.,.

i(.

)

セ@ セGii@

\

('!

ヲ^セ@ セ_jN@

! ) [セN@ I I t

(2)

'.

r

N D I C E

pago

1 - Evolução da População Brasileira •••••.••••••••••••••.•••• 01

2 -

f・」オョ、ゥ、セ、・@

e

セッイエ。ャゥ、セ、・@

••••••.••••••.•••••••••••••••••• 03

3 - Envelhecimento da População ••••••

セ@

••••••••••••••.•••••••• 08

4 - Caracterfsticas Stnico-Culturais e

Mobilidade Espacial da População

bイ。ウゥャ・ゥイセ@

.

.

.

.

.

.

. . . .

.

. . .

5 - População Economicamente Ativa - PEA

...

09

12

6 - Distribuição de Rendimento

、セ@

PEA •.••••..•.•••.••••.•.••. 16

7 - Situação de Inatividade das Pessoas

Que Não

tイ。「。ャィ。イセュ@

em 1980 ••••••.••.••••.••••....••..••. 16

8 - Perspectivas Futuras da População Brasileira

.

.

.

. .

.

. .

. .

. .

.

9 - Conclusão

...

,

... .

17

18

10 - Outras Tabelas Complementares ••••••••••••••••....•••.•••. 19

Apêndice

セ@

I: Taxa Bruta de Mortalidade na

População Estacionária de

t¬「オセ@

de 'Vida •••••••••••••••.••.•••••.••••• 30

(3)

Gセ@

SEMINÂRIO SOBRE "POPULAÇÃO BRASILEIRA", REALIZADO NO CURSO DE

DOUTORADO DA ESCOLA DE PÚS GRADUAÇÃO EM ECONOMIA DA

FUNDAÇÃO

GETÚLIO VARGAS - 08/10/87

1-

EV0LUÇÃO DA POPULAÇÃO BRASILEIRA

A população brasileira vem aumentando sistematicamente desde 1872,

ano da realização do seu primeiro levantamento, atingindo, em

1.

o de setembro

de 1980, a 119 milhões de habitantes. Na época atual, estima-se sua

magnitu-de em cerca magnitu-de 138.6 milhões de pessoas.

A taxa média geométrica do crescimento anual oscilou sensivelmente ao longo dos perrodos intercensitários, decrescendo a partir da década de 1960, quando assumiu o valor de 2,99%, até alcançar 2.48% no último decênio (ta-bela 1).

CENSOS

1872 ...•...•...•... 1890 ...•... 1900 ... . 1920 ...•... 1940 ...•... 1950 ...•... 1960 ... . 1970 ...•..•....•... , 1960 ... , ... ,

TABElA 1

Evolução da População Brasileira

1872

a

1980

POPULAÇÃO

11 000 hab.J

9930 14334 17 438 30636 41165 51942 70070 93139 119003

TAXA MÉDIA GEOMÉTRICA DE CRESCIMENTO

ANUAL (%1

2.01 1.98 2.88 1.49 2.39 2.99 2.89 2.48

fONTE: 18GE - Censos Demográficos de 1872 a 1980.

DENSIDADE DEMOGRÁfiCA

(hab.lkm',

1. 1. 2.1

3.f

TNセ@

6.1 8. II.C 14.C

Analisando-se a distribuição da população brasileira segundo a situação do domidlio, verifica-se um crescimento constante da população urbana que pas-sou, em termos relativos, de 31,24%, em 1940, para 67,59%, em 1980. Es-ses dados refletem o intenso processo de urbanização que se vem processando

no Pars, sobretudo, nos últimos 20 anos (tabela I, do anexo). .

セ@ interessante observar que a taxa de crescimento da população rural, no

último decênio, assumiu valor negativo (- 0,62%), ao contrário do que ocor-reu com a população urbana, que teve um crescimento de 4.44% (tabela 11, do anexo).

Nas tabelas I c /I do anexo, são, ainda, encontrtldas a distribuição relativa

da população por sexo e as respectivas taxas de crescimento, demonstrando a ligeira superioridade numérica do sexo feminino na composição populucional.

A redução das taxas de crescimento da população pode ser explicada pelos

dados constantes da tabela 2, em que se encontra a decomposição dessas

ti'l-xas em suas componentes: natalidade, mortalidade e migração liquida, expres· sas em relação a mil habitantes.

... .J.

(4)

TABELA 2

Docomposlçfto da Taxa Módia do Crosclmonto Anual da Populaçl1o, segundo os intervalos Intercensitãrios -

1940

a

1980

DECOMPOSiÇÃO DA TAXA mセdia@ DE CRESCIMENTO ANUAL f·/ ... I

INTERVALOS Crescimento Migração Crescimento

INTEIlCENSIT ÁRlOS Natalidade Mortalidade

INI IMI IN·· MI Natural líquida Total

111 IN - M + I)

1940-1950 ... 44,4 20,9 23,5 0,4 23,9

1950·1900 ...•... 43,2 14,2 29,0 0,9 29,9

1960-1970 ... 38,7 9.8 28.9 0,0 20,9

19701980 ... 33,0 8.2 24,8 0,0 24,8

FONTE: mGE - Censos Demográficos de 1940 a 1980.

,

A partir de

1940.

as taxas de natalidade e de mortalidade vêm decrescen-do, possibilitando· um declínio na taxa de crescimento natural da população, a

partir da década de sessenta. Esse crescimento é dado, basicamente, pela dife-rença entre aquelas télxas.

As migrações líquidas, que representam o saldo do movimento migratório no Pafs (imigração - emigraçãol. pouca influência tiveram na formação da ta-xa de crescimento total; foram praticamente nulas nos dois últimos decênios. Logo, o incremento populacional nesse período

é

devido, fundamentalmente,

à

diferença entre as taxas de natalidade e de mortalidade. Apesar da redução veri-ficada,

a

taxa de crescimento alcançada em

1980

é, ainda, considerada eleva-da. Observando-se os dados da tabela

3,

constata-se ter o Brasil, entre os setes pafscs mais populosos, a maior taxa de crescimento.

TABELA 3

Taxa Média Geométrica do Crescimento Anual dos Paises mais Populosos

1975-1980

PAisES

CIlINA ... . INOIA ... .

UNI.\O soviセtica@ ... .

TAXA MEDIA GEOMETRICA DE CRESCIMENTO

1%1

I

セイセゥセoBZウ@

••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••.

1.2 2.1 0,6

0.7

2.0 2.5 0.8

t

FONTE: Pop'Jlaticn Referencc [JurcJu Inc. 19B I World Population Data Sheet.

As regiões de menor desenvolvimento econômico, corno o Norte e o Nor-deste, apresentam, nas zonas rurais, taxas de fecundidade total (TFT) ainda bastante elevadas, ou sejam,

8,04

e 7,66, respectivamente, acontecendo o in-verso com イ・ァゥ￵・セ@ de perfil econômico mais desenvolvido, como o Sudeste (5,46) e o Sul (4,55). Vale observar que a menor エセク。@ de fecundidade total rural

é

registrada ni.) Regi50 Sul. Entretanto, é o Sudeste que apresenta, no meio ur-bano, fecundidade mais reduzida.

(5)

Em termos gerais, a fecundidade urbana

é

menor do que a rural em todas as regiões, embora persistam amplas diferenciacões regionais do indicador, tanto entre os grupos urbanos, como entre os rurais.

Analisado sob perspectiva histórica. o fenõmeno da queda da fecundidade no Brasil remonta suas raízes à década de sessenta, como se observa na tClbela 4. Em

'1960,

a taxa de fecundidade total brasileira atingiu seu ponto mais alto, reduzindo-se. substancialmente. a partir de então. A queda mais a.centuada, no entanto, verificou-se na década de setenta, quando a TFT reduziu-se de

5,76

para

4,35.

Sob o ponto de vista regional, a Região Centro-Oeste vem

apresen-tando declínio na fecundidade desde a década de cinqüenta. Já no Nordeste, a TFT oscilou ao longo dos perrodos decenais, com forte redução nos anos seten-ta. Nas demais regiões, a dimunuição do número médio de filhos por mulher acompanhou a tendência ao nível do Brasil.

TABELA 4

Taxa de Fecundidade Total. Segundo as Grandes Regiões Brasil -

1940

a

1980

GRANDES REGIOES 1940 1950 1960 1970

BRASil ... 6,16 6,21 6,28 5,76

Norte ... 7,07 7,80 8,33 8,15

NO/deste ... 7,22 7,60 7,46 7,53

sセG、・ウャ・@ ... 5.9B 5,70 5.83 4,56

Sul ... 5.92 5.90 6,01 5,42

Centlo·Oesle ... 6,31 6,80 6,71 6,42

FONTE: IBGE - Censos Demográficos de 1940 a 1980.

2-.

FECUNDIDADE E MORTALIDADE

1980

4,35 6,45 6,13 3,45 3,63 4.51

A redução 'dà taxa de natalidade é conseqüência do decréscimo da taxa de fecundidade da mulher brasileira. por sua vez atribuídCl. em primeira instância.

à

difusão do uso de métodos anticoncepcionais e. em última instância. ao aumen-to das taxas de urbanização e ao desenvolvimenaumen-to econômico que vem propi-ciando maior ingresso feminino no mercado de trabalho. Essa taxa representa o número médio de filhos tidos por mulher durante todo o período de vida repro-dutiva. considerado dos

15

aos

49

anos de idade.

Na tabela 111 do anexo. são representadas as taxas de fec Indidade total (lFT). referentes aos anos de

1970

e

1980.

para as Grandes rBセャゥ￵・ウ@ e Unida-des da Federação. Como se pode verificar. em

1980.

as t<lxas a:;sumiram valo-res bem inferiovalo-res aos de

1970.

São. ainda. consideradas bastante aitas. mas tendem a diminuir. à medida em que as regiões forem se desenvolvendo.

O grau de desenvolvimento das regiões determina grandes diferenças entre essas taxas. Às mulheres da Região Norte coube o maior número médio de fi-lhos nos dois anos de referêncii3

(8.15.

em

1970,

e

6.45.

em

19801,

ao passo que as mulheres da Região Sudeste, onde o grau de desenvolvimento e urbani-zação

é

mais acentuado

(82,8%1.

tiveram menor número médio de filhos

(4,56

e

3,45.

respectivamente). A taxa alcançada pelo Estado do Acre foi a rmJis

éle-vada, em

1980.

perto de sete filhos, pertencendo ao Estado do Rio de Janeiro a mélis baixa

(2.94).

A influência di3 localização urbana ou rural do clomicílio sobre ü fecundidade

da mulher é demonstrada na tabela 5. Para a residente na zona urbana a taxa.

.03.

(6)

CJ>tofessot Sessé Q)11onld(o

,

em 1980, foi bem inferior

à

encontrada para a moradora da zona rural, ou seja,

exatamente

3,63

para aquela zona e

6.40

para essa última.

TABELA 5

Taxa Específica de Fecundidade por Situação do Domicílio. Segundo Grupos de Idade

Brasil - 1980

TAXA ESPECiFICA DE FECUNDIDADE

f ,

-ESPECIFICAÇÃO Situação do Domicnio

Total

Urbana Rural

TAXA DE FECUNDIDADE TOTAL ITFlI .. """"."""" '15,,9 anos .. " .... """ .... " ... """""""" ... ".""""" .. "

iセセZ@

;: :::: :::::::::::::::::::::::::::: .. :::::::::::::::::::::::::::::::: '

130a 34 anos .. "" .. "" ... " ... """.""."."""":."."."",, 35139 anos " .. """ ... " .. ""." ... " ... "." .. """ .... ".,,.,,".

セo。@ 44 anos """""."".""" ... "."" .. :""""".".""" .. "".

45a 49 anos ""."""""""""" ... "."" ... " .. ".".""".",, ...

4.350 3.630 6.400

0.065 0.056 0.089

0.203 0.177 0.281

0.228 0,201 0.309

0,179 0,150 0,262

0,122 0.093 0,202

0.059 0.040 0.108

0,014 0.009 0,029

FONTE: IBGE - Censo Demográfico de 1980.

Distribuídas por grupos de idade, as taxas específicas de fecundidade (re-lação entre os nascidos vivos durante o <mo anterior ao censo

e

él população de

mulheres) apresentam-se crescentes até aos

29

anos, quando começam a cair, tanto para a zona urbana, quanto para a rural.

Os diferenciais de fecundidade em função da loc<llização urbana ou rural dos domicílios podem ser avaliados, também, numa perspectiva' regional, con-forme se vê na tabela

6:

TABELA 6

Taxa de Fecundidade Total por Situaç50 do Domicilio. SC!Jundo t'S GroJl1des

Regiões

1970-1980

SITUAÇÃO DO DOMiCiliO E IUJOS DF Í>t'H';',:: I

GRANDES R[ GIClES U'uan,l

L--.----..

1970 1980

BRASIL ... .

セサIイエ・@ ... . セッイ、・ウエ・@ ... .

セオ、・ウエ」@ ... ,

セオャ@ ... .

イ」ョZイッᄋoセウエ・@ ... .

4,54

6,62

VGZセ@

3,83 4,06 5,31

foセャt・Z@ IOGE Censos d・BG|jHjイセiLイッウ@ ac 1970 c 1990.

3.63 5.24

4.94

3.17 3,20 3,97

;,,4 '.

l. 1 セエ@

1"Po"

i', li

6,4(,

ZェGoセT@

'16(;

' •. 4

A,5'

5,98

As diferenças qu,:lIlto no nível de rendimento <liJS falllili,I:; tLlllloúm refletem perfis reprodutivos das mulheres elll idade fertil, COIllO 、ャセュャャャャセ[エヲHセ@ a tJb.:la 7.

., __ .=:J

(7)

TABElA 7

Taxa de Fecundidade Total para as Mulheres Urbanas, Segundo as Classes de Rendimento Familiar Por-Capita

'CLASSES DE RENDIMENTO FAMILIAR PERCAPIT A (EM SALÁRIOS MiNIMDSI

Brasil -

1980

TOTAL ... .

セエ←iOT@ ...•...•......

1/4a 1/2 ...•...•.•..•...•...•.

1/2 .1 ... ..

セゥウ、NL@ ... .

FONTE: IBGE - Censo Demográfico de 1980.

TAXA DE FECUNDIDADE TOTAL PARA AS MULHERES URBANAS

3,63

7,43 5,94 3.90 1,95

Observa-se, com clareza, que as mulheres das famílias de mais baixa rCllda têm, em média, um número de filhos significativamente superior ao das mulhe-res inseridas em famflias de "status" sócio-econômico mais elevado. Dessa forma, a TFT das mulheres com renda familiar per-capita maior do que 1 salário mfnimo

é

acima de três vezes inferior à encontrada para aquelas com renda fa-miliar per-capita abaixo de um quarto do salário mínimo. Naturalmente, o nível de rendimento das famnias não é o único fator que determina a dinâmica de fe-cundidade, mas, certamente, uma política social que contemple melhorias nos nfveis de ingresso das famílias constitui ponto nevrálgico para a obtenção de ê'.<ito em qualquer estratégia de planejamento familiar.

a análise da evolução histórica da mortalidade revela diminuição subs· tancial ao longo das últimas décadas, como é visto nas tabelas seguintes.

Essa queda da mortalidade pode ser atribuída, em grande parte, ao progres-so da medicina preventiva, que melhorou as condições de saúde da população, e, principalmente,

à

ampliação das medidas de saneamento e abastecimento d'água, que trouxe melhores condições de higiene. .

Em

1940,

a probabilidade de morte no primeiro ano de vida era de

164

crianças em mil, proporção essa que decresceu para

88,

em

1980.

ANOS

TABElA 8

Taxa de Mortalidade Infantil Brasil -

1940

a

1980

TAXA UE

MORT AlIOADE

INFANTIL (°/",,1

1940... ... 164,

1950... 146

1960... 121

1970... 114

1972 ... _... 112

973... 109

976... セb@ 977... ... 96

980... 88

セMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMセMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMi@

FCNTE: Anais do 2 ..

[nconllo tlaelonJI de Estudos Populacionais. A[lEP; IllGE .. Censo Dcmog.âhco de 1980.

.05.

I

(8)

CJtofessot gessé. Q)l1onle((o

No contexto universal, a mortalidade infantil no Brasil situa-se entre as mais elevadas, conforme se verifica na tabela IV, do anexo.

O.nrvel de mortahJade de uma população é sintetizado por outro importan·

te indicador social, que é a "esperança de vida ao nascimento".

Quando a mortalidade diminui, especialmente a infantil, a vid<1 média da po-pulação aumenta, como vem ocorrendo no Brasil. Em 1940, o brasileiro ao nas-cer tinha urna esperança de vida de 41,53 anos, enquanto, em 1980, ela é esti-mada em 60,08 anos (tabela 9).

ANOS

1940 ... . 19SO ... . 1960 ... . 1970 ... . 1973 ... . 1977 ... . 1980 ... .

TABELA 9

Esporança do Vida ao Nascor. por Soxo Brasil -

1940

a

1980

ESPERANÇA DE VIDA AO NASCER (ANOS)

Ambos os sexos

41,53 45.51 51,64 53.46 54.64 57,90 60,08

Homens

39.02 42,88 48,82 SO,59 51,73 54,87 56,97

Mulheres

FONTE: (BGE - Censos Demográficos de 1940 a 1980; Pesquisa Nacional por Amostra de DomicIlios de 1973 e 1977 ..

44,19 48,30 54,64 56,53 57,75 61,13 63,40

Esse indicador varia, porém, de acordo com o sexo e o estágio de desenvol-vimento das regiões onde vivem os indivíduos, O sexo feminino tem uma vida média, em termos nacionais. cerca de

6,4

anos maior do que a observada pura

o sexo masculino. Em 1980, as estimativas foram de 63.40 anos para as mtl'

Iheres e 56,97 anos para os homens. Para os residentes. nas regiões sócio· econõmicas mais desenvolvidas, a diferença na esperança de vida entre os se· xos

é

ainda mais significativa. Nn Regi50 Sul as mulheres alcançam n 70,92·

anos de vidü média

c

os homens i.I 63,82 i.JIIO:; (T ahcla 101.

lABHA 10

Estimativa da Esperança de Vid<1 ao Nascer por Sexo. St'yurotk .IS i-:tgi5clS

Fisiográficas

GRANDES R(GIOES

BRASIL ... .

セッイQ・@ ... .

セッイ、・ウエ・@ ... ..

セオ、」ウャ・@ ... .

セオャ@ ... .

entro Oeste

FONTE: IOGE·· Censo d」ュッYGセエN」o@ de 1900

Brasil -- 1980

HOMWS

56.97 60.40 48.22 (.1.86 63.8! 1:0.61

---N⦅NセM⦅N⦅セM MセM ._"---.. _-'

63.4C

b7.14

53.9': lS.F, 7Q.9! 67.3/

A tabela 11 mostra a evolução da espclilllça de vidél ao nascer para o Brasil e suas Grandcs Regiões Fisiogr áficils, no'; últimos 40 .:ln05.

-_.]

I

.06.

(9)

TABElA 11

Estimativa da Esperança de Vida ao Nascer para anos Anteriores o Próximos aos Anos Censitários, Segundo as Regiões FisiogrMicas

1940

a

1980·

ESPERANÇA DE VIDA AO NASCER

GRANDES REGiÕES

-

j---I

1940 1950 1960 1970 1980

- - -

---1---BRASil ... 41.53 45.51 51.64 53.46 60.08

セZセZセセセNZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZ@

40.70 44.87 53.56 54.74 63.64

38.76 38.96 41.06 45.55 51.01

セセセNセセセZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZ@

43.58 49:08 56.79 57.38 64.35

49.61 53.47 60.43

I

60.74 67.22

",entro· Oeste ...•...•.•... 48.13 51.19 56.91 58.91 : 63.86

FOfHE: IBGE - Censos Demográficos de 1940 a 1900.

o As estimativas são apoiadJs na convrrsão da méd,a ,Q •• ,q, .• Q" obtida pelo método de 8RASS de Estimar a Mortalidade

InfantO·Juvenil. Correspondem. poaanto. ao nível dJ Vida média do perfodo aproximado de 4 a 5 anos antes das datas dos respecti.

vos censos.

Nota-se que, t:nti-e

1940

e

1980,

todas as regiões ampliaram de 15 a

25

anos a esperança de vida, com exceção do Nordeste onde, apesar do avanço nesse indicador, a vida média, em

1980,

ainda se situava, no mínimo, mais de

10

anos abaixo das outras regiões. Assim, num estudo comparativo, veremos Que a expectativa de vida da Região Sul 167.22 anos I supera a do Nordeste (51,01) em

16

anos. Portanto, políticas sociais destinadas à redução das dispa-ridades regionais, mediante melhorias nas condições sócio-econômicas das áreas mais carentes, podem trazer efeitos positivos no aumento da esperança de vida.

Ao nascer, o brasileiro tem uma expectativa de vida ainda considerada mui-to baixa. À medida, entretanto, em que vai "envelhecendo", tende a viver bem além daquelas idades, como demonstra a tabela

12.

TA8ELA

12

Esperança de Vida em Idados Solocionadas, por Sexo Brusil - 1900

f Sl'fIlANÇA nr VlnA

ANOS Dl IOAUl

aイョセッウ@ os sexus 1I00l""S Mlllllmes

--- - - ._--

--- ---

-_.

---_..:._---o ... .

,

60.08 56.97 63.40

... . 64.83 61.93 67.90

50 ... . 22.84 20.64 25.04

55 ... . 19.13 11.13 21.07

60 ... . 15.72 13.98 17.36

65 ... . 12.57 11.11 13.86

70 ... . 9.69 8.51 10.66

Na idade de 1 ano, a vida média aumenta cerca de 4 anos, passando para 64,83 anos, o que vem comprovar, ainda, o peso da mortalidade infantil no Bra-sil, sobretudo, nos primeiros do:lCs mese.s de vida. Nas idades mais elevadas, a . esperança de vida tende a se aproximar da encontrada nos pa!scs r ais desen-volvidos. Atualmente, os brasileiros com 50 anos tendem a viver LL anos, em

média a mais; com 60 anos, aproximadamente. nwis 15; com 70 anos, por vol-ta de mais 10. Isso pode ser explicado pelo fato de: que, apesar

ua

poplJbção ser submetida (l maior risco de mortalidade, o::; sobreviventes passam por um

.07.

(10)

ァ^エッヲ・セウッエ@

gessé cimonleUo

processo de seleção natural, que acarreta maior resistência

à

mortalidade nas idades mais elevadas.

A implementação de obras de saneamento básico, fundamentalr.._nte vol-tadas ao abastecimento de água e rede de esgotos, assim como campanhas in-tensivas de conscientização da coletividüde para a irnportt\ncia da erradicação de doenças transmissfveis, com

a

adoção de vacinas e outra medidas profiláti-cas, refletir-se-ão na melhoria das condições de saúde do brasileiro, e, con-seqüentemente, no aumento da esperança de vida da população. Apesar do im-pulso que tiveram os serviços básicos no último decênio, em 1980, 21,85%

dos domicllios não tinham ainda qualquer tipo de instalação sanitária e, quase

metade, 45,09%, não era abastecida pela rede geral de tlgua.

Na tabela V, do anexo, a título de ilustração, tom-se alguns indicadores de-mográficos a n(vel de países em diferentes estágios de desenvolvimento social

e

econÔmico, inclusive

o

Brasil, para efeito comparativo.

3- ENVELHECIMENTO DA POPULAÇÃO

"

As reduções das taxas de mortalidade, de fecundidade da mulher e de natél-lidade, causam o "envelhecimento da população", represe r.tado pela dimi-nuição na proporção de jovens e elevação na participação de ido!:os. Na estr.l-tura etária, no Que concerne ao comportamento da populélçf:ú brasileira, esse fenômeno é nitidamente demonstrado na seguinte tabela:

TABELA 13

Distribuição Relativa da População, Segundo Grupos de Idade Específicos Brasil - 1950 a 1980

POPULAÇÃO (%1

GRUPOS DE IDADE ESPECIFlCOS

.-1950 1960 1970 1980

--- ----_._-

._--._.----

_.

POPULAçÃO TOTAL. ... 100,00 tOO.OO 100,00 100,00

0814 anos ... 41,86 42,67 42.10 38,24

15849anos ... 48,77 47,24 47,20 I 49,59

50 enos 8 mais ... 9,37 10.09 10.70 i 12,17

60 anos e m:lis ... 4,26 4,74 5,07 6,07

65 anos e m3is ... 2.45 2,74 3,15 ! 4,01

70 anos 8 mais ... 1,46 1.62 1.84 j 2,31

FONTE: IBGE - Censos Demográficos de 1950 a 1960,

NOTA: População presente, em 1950, e população residente, 8 partir de 1960.

Observa-se Que a proporção de velhos de 60 ou mais anos vem crescendo gradativamente; em 1950, representav<I 4,26% da populaçflo brasileira o hojo

6,07%. A péHticipi.lçi\o du jovuns do O 1.1 14 ano:; COlllllÇOU /I uecrescur UIl!

1970, passando de 42,10% para 30,24%, em 1980.

Pode-se, também, aferir o envelhecimento da população brasileira pelos dados demonstrados na tabela 14, em Que se verifica o aumento da proporção de pe!:soas com idade a partir dos 50 anos, em relação ao total de pessoas de

15 anos até as idades imediatamente inferiores às especificadas.

À medida em que a população cnvp.lhece, o custo do seguro social tende a aumentar, princip3lmente, em países onde não

é

estabelecida idadp. mínim<J P:J-ra a concessão de aposcntadori3, corno

é

o caso do Brasil O erc "cim :mto dos grupo!: etariamente clev3dos, cuja cap(lcidilde de! produçi,,,

é

rc,ju:l'd" .) .' (;uh,

vai exigir, cada vez mai:;, maior 'Jixa da cawgoria CCOfl(,!1·.i. ZOGセiiセL[@ d.I·.o.I 1,.I·a

(11)

. sustentá-Ios. Quando a idade de inCcio de aposentadoria aumenta, o custo do seguro social sofre importante redução. Na tabela 14, tomando-se por exern-pio, como idade inicial,

50

anos, vê-se que

o

número de pessoas mais velhas corresponde

a

24,5% do total da populaçilo de 15 anos até essa idade; elevando-se para

60

anos, a proporção de pessoas acima dessa idade é de

10,9%

e, aos

·65

anos é de, apenas,

6,9%. A

proporção de pessoas nesses gru-pos etários, no total da população brasileira, é fornecida na tabela VI, do anexo.

TABELA

14

Relação das Pessoas com Idade Igualou Superior fi Especificada na Tabela, para

o

Número de Pessoas de

15

Anos

até

Essa Idade

CENSOS

19SO ... . 1960 ... . 1970 ... . 1980 ... .

Brasil -

1950

a

1900

50 anos

19.2 21.4

22.7

24.5

VALOR EM %

60 anos

FONTE: IBGE - Censos Demográficos de 1950 a 1980.

7.9 9.0 9.6 10.9

65 anos

4.4 5.0 5.7 6.9

Considerando-se que quase metade da população do País (49,61 %) é constituCda por jovens de

O

a

19

anos, a ausênda de uma idade mínima de apo-sentadoria não acarreta, a curto prazo, grandes problemas ao seguro social; no entanto, eles forçosamente surgirão a médio e longo prazos, face ao processo de envelhecimento por que vem passando a população e que tende a se acele-rar, com o correr do tempo.

4-, CARACTERíSTICAS ÉTNICO-CULTURAIS E MOBILIDADE

ESPACIAL DA POPULAÇÃO BRASILEIRA

4.1 -

Cor

Com relação a essa caractedstica, nos levantamentos realizados tem-se observado, somente, a cor da pele, sem considerações quanto

à

origem étnica. No Censo de

1970

optou-se pela exclusão dessa indagnção, que foi

incluí-da,

após acurados estudos, no levantamento realizado em

1980,

classificando-se a população em quatro grupos de cor: branca, preta, amarela e parda, abran-gendo essa útima os mulatos, índios, caboclos, mamelucos, cafuzos, etc.

TABElA

15

DistribuIção

da

Populaçüo Brasiloira por

Cor,

Sogundo

a

Situação do Domicílio

Brasii - 1980

SIlUAÇÃO DO

DOMlcluO

Tolalll)

--セイ「SセセZNセセNZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZ@

100.00 100.00

l1ural ...

... 100.00

,

FONTE; IfIGE - Ccn50

Demográfico de 19!1O

111 Exclusiva as ras50as se.m dccIJraç50 óe cor.

COR 1%)

セセセセMエ@

54.47

"...

5.94

t

59.35 5.95

44.29 5.91

Amarela

Parda

0.57 0.66

0.33

39.02 3.\.01

49.4C

(12)

CJtofessot <J.essé Q}TIonle((o

I

Como se pode observar na tabela 15, o elemento branco predomina entre os diferentes componentes étnicos, visto atingir mais da metade da população total (54,47%l. enquanto a de cor parda, segundo grupo mais numeroso, cor-responde a 39,02%.

Menos expressivas são as participações de pretos e de amarelos, 5,94% e 0,57%, respectivamente.

Diferentes distribuições apresentam-se nos quadros urbano e rural. Na zona urbana há uma franca maioria de brancos (59,35%1, para pouco mais de um terço da população de pardos (34,01 %l. não apresentando altera-ções significativns os dois outros grupos menores.

Na zona rural, praticamente a metade da população (49,46%) foi caracteri-zada como parda, dividindo-se o restante entre brancos (44,29%), pretos (5,92%) e nmarelos (0,33%).

4.2 - Religião

A religião católica é altamente majoritária no Brasil. Nove entre dez pessoas declararam-se católicas, em 1980, precisamente, 89,17% da população. A tra-dição religiosa brasileira, pela sua formação histórica, justifica esse resultado.

TABElA 16

Distribuição Relativa da População Total por Religião, Segundo os Censos de 1960, 1970 o 1980

RELIGIÃO 1%) , I

CENSOS Total Católica . . Sem !

11) . R omana f'loteslante [splnta ZIオエセNLウ@ RI' e 'U,JO I I

-_._---

セMMMM .-- -_._---

._-

... -

-

---_.:

1960 ... 100.00 93.12 4.03 1.39 0.96 0,50'

!1970 ... 100.00

ff--F--;r----1

91.78 5.17 1.27 \.03 0,75

89.17 . 6.64 1.30 1.24 1.65'

:,980 ... \00.00

I . • . . I

FONTE: IBGE - Censos Demo:;ráflcos de 1960 a 1980.

111 Exclusivo as pcs50as sem declzrdção de religião.

Em relação, porém, aos resultados obtidos pelos Censos Demográficos de 1960 e 1970, a proporção de católicos vem sofrendo pequenas perdas, com conseqüente aumento das proporções de pessoas protestantes e sem religião. Essas alterações encontram·se graduülmcnte distribuídas ao longo das duas décadas em estudo, sugerindo a existência de uma tendência, embora bem suave.

Bastante distanciado está o culto protestante (batista, presbiteriano, pen-te costal, lupen-terano, etc.l. abrangendo 6,64% da população brasileira.

As demais religiões não têm grande expressão entre nós, excetuando· se, talvez, a esprrita, embora o número de adeptos tenha corrcspondido, apenas, a . 1,30% da população brasileira.

Os quadros urbano e rural apresentam resultados bem diferenciados. Na zona urbana, o número de católicos é inferior ao do setor rural.

as proporções de protest;mtes e de espíritas s50 maiores na cidade do que no campo, o mes-mo ocorrendo com relação às 'outras religiões.

(13)

4. 3 - Educação

A situação educacional da população brasileira pode ser visualizada por meio de duas tabelas básicas: a primeira, mostrando o nível de alfabetização da população de 5 anos e mais (tabela 17) e a segunda, o grau de curso completo da população de 10 anos e mais, segundo a situação do domicnio e sexo (tabela

VII, do anexo).

TABElA 17

Taxa de

AlfabGtizaçOo Brasil - 1960 a 1983

TAXA DE ALFABETIZAÇÃO (%1 ESPECIFICAÇÃO

1960 1970

J 1980

·TOTAL'1i •.•••.•••.••• _ ....•.•.•... 53,21 60,91

I

68.05

5 lo- 15 anos ... 37,95 49,41 51,55

\ 15 anos e mais ... 60,31 66,23

I

74,54

FONTE: iBGE - Censos Dcmogl áfi:os de 1960 a 1980; PNAD - 1983.

!li Popui3Ção total de 5 anos e mais, exdusive a sem dccla'a,ão de alfabetização.

1983

71,83

I

55,24 78,08

o

nrvcl de alfabetização da população brasileira de 5 anos e mais. na déca-da de 1970 a 1980, evoluiu de 60.91 % para 68,05%, atingindo 71.83%. em

1983. セ@ bem mais acentuado na zona urbana do que na rural, onde ainda se

ob-serva a alta proporção de crianças de 5 a 10 anos de idLlde que não sabem ler e escrever, correspondente a quase 84% do seu total.

Ouando se considera a situação da alfabetização por sexo, de um modo ge-rai, não se encontram diferenças significativas nos grupos mais jovens da popu-lação, ou seja, as oportunidades de ensino, principalmente em anqs mais recen-tes, são idênticas para homens e mulheres. As diferenças, mais sensíveis nos grupos etários a partir dos 40 anos, refletem as barreiras que a sociedade brasi-leira, セエ←@ por volta da década de 1950, ainda colocava à participação da mulher nas atividades extra-domósticas, com especial ênfase nas áreas rurais, onde os diferenciais de alfabetizados mostram-se mais acentuados após os 30 L1nos de idade.

Analisando-se a escolaridade das pessoas de 10 anos e mais. pode-se constatDr mais um aspecto da tendência à igualdode de oportunidades de estu-do entre os sexos. Tanto nas áreas urbanas Quanto nas rurais, os diferenciais entre homens e mulheres s50 praticamente inexpressivos, observando-se, ape nas. maior proporç50 de mulheres com 2. o grau completo c, em contrapartida,

maior proporção de homens com curso superior completo.

Para o conjunto da população com curso completo observa-se que, em

1980, 64,30% dessas pessoas possuíam élpenas o elementar (proporç50 essa

que se eleva a 36,13% pora os residentes nas áreas rurais) e, apenas, 4,39% haviam conclurdo o CUrSO superior.

Consider.mdo-se (l distribuição urbano-rural, salienta-se que 86% das

pes-soas com curso completo residem em jreôs urbanos. As diferenças entre a po-puleç50 com curso completo, se!Jundo a situaç,io de domicilio, vfJo aUnlentiln-do à medida em que se elev.:l o nível educacional. Assim, em 1980, 92,0% das pessoas com 1. o grau, 96,1 % das que tinham 2. o grnu c 97,U'}:' dils que

con-.. _ Jj

.11.

1985

セセセセセ@

(14)

9>tofessot Sessé Q)TIonle((o

I

cluiram o curso superior, residiam em zonas urbanas. Nesse sentidti. 05

desní-veis de escolaridade 」セセ{イ」@ as populações urbanas e rurai:; são u .. :t'cmallicntc elevados.

4.4 - 'Migração Inter-regional

Entre as décadé1s de sessenta e setenta ocorreram algumas modificações substanciais no direcionamento dos fluxos migrmórios inter-regionais no Brasil. Na tabela VIII, do anexo, observa-se que a Região Sul foi a re:;ponsávcl pela maior atração de migrantes na década de sessenta. Já na de setenta (tabela IX, do anexaI. o Sudeste passou a deter o maior saldo migratório positivo, arreba-tando a posição auferida pelo Sul na décilda anterior. Porém. nos dois perlodos de referência. o Nordeste manteve-se corno a ZOna de maior expulsão popula-cional. Entre 1970 e 1980. cerca de 7,8 milhões de pessoas saír.am dos esta-dos nordestinos, enquanto que, apenas 2,3 milhões ingressaram nos mesmos. A perda de população no Nordeste em função das m:grações foi da ordem de 5,6 milhões de pessoas.

Os estados que mais perderam população entre 1970 e 1980, em termos absolutos, foram Minas Gerais, Bahia e Pernambuco. Em todos eles o saldo mi-gratório negativo foi superior a um milhão de pessoas, destacando-se Minas Gerais, com mais de três milhões. Os estados que exerceram maior atração de pessoas foram São Paulo e Rio de Juneiro, com saldos migratórios positivos da ordem de 4,5 e 2,0 milhões de pessoas, respectivilmente (tabela IX do nnexol. O movimento migratório da década de setenta foi, sem dúvida, bastante acentuado. Cerca de 23,7 milhões de pessoas trocaram de local de residência, ou seja, quase 20% da população brasileira, em 1980, havia migr<ldo nos últi-mos dez anos.

É

verdade que novas áreas de atrnção de migrames foram esta-belecidas, particulmmente nas Regiões Norte e Centro-Oeste. Da população de estados, como Rondônia e Mato Grosso, イ」ウーセ」エゥカ。ュ・ョエ・N@ cerca de 60.05% e

39,88% eram migrantes que chegaram há menos de 10 anos.

Pela tabela XIII, do anexo, observa-se que determinados estados apresen-taram grande mobilidade espacial de sua população na década de setenta. Da população do Paraná, por exemplo, 36,19% trocuram de residência entre 1970

e 1980, embora 61,03% dos que rnigramm não tenham saído do referido

Estú-do, deslocando-se, internamente, pmu outros municípios.

Nos anos setenta, o movimento migratório no interior das Unidades da Fe-deração foi bem acentuado, dado que, em todos os estados e territórios, mais de 40% dos migrantes deslocaram-se pma outros municípios, excetuando-se o Território de Roraima, onde permaneceram, apenas, 13,75%.

5- POPULAÇÃO ECONOMICAMENTE ATIVA - PEA

A PEA (] constituída das pessoas de 10 anos e mais, trabalhando ali procu-rando empreao. Em 1980, sua participação na população total foi de 36,3% e, no conjunto de pessoas de 10 anos e mais, abrangeu a 49,2%.

Nu tubela 18, tem-se a condição de atividade e a ruzão de dependência econômica da população total, equivalendo essu últim3 à relação entre a popu-lação não economicamente ativa e a economicamente ntiva.

(15)

TABElA 18

Condição de Atividade e Razão de Dependência Econômica da População Total

ANOS

1960 ... . 1910 ... .. 1980.: ... .

QセセSUᄋセᄋセᄋZᄋセ@

..

セ@

..

セ@

..

セᄋ[@

.. ; .. ; .. ;

I

Brasil - 1960 a 1983

CONDiÇÃO DE ATIVIDADE E RAZÃO DE DEPENDÊNCIA eccイャᅮセaica@

Populaçiio Economicamente

Ativa IPEAI

lem 1.000 ha!l.1

12 750 29557

43236 i

50941 '

55098 '

População nao Economicamente

Ativa (lI lem 1.000 hab.l

47399 6) 516 75773 74249

76313

Razão da Dependência

Econõmica

2,08 2,15

1.75

1,46

1,39

Fonte: IBGE - Censos

rDeuograflcos

de 1960 a 1980;

ーイセ@

-

1985

I)Inclui a.20PUlacão de

O

a

9.anQs

de

idade e a não

econconLÍca-mente atl

va

de

10 anos

e InalS de ldade

Em outras pnlavras, a razão de dependência econômica representa o núme-ro médio de pessoas não economicamente ativas, sustentado por pessoa eco-nomicamente ntiva. A tendência dessa razão

é

diminuir, com o correr do tempo, em virtude da urbanização, da entrada da mulher no merctJdo de trabalho, da di-minuição do n{vel

de

reprodução da mulher brasileira, que vem ocorrendo

a

par-tir

da última década e, também, do aumento da população em idade ativa, em relação à população total.

Na tabela 19, pode-se observar a evolução das taxas de atividade da popu-lação brasileira, por sexo, obtidas relacionando-se

a

PEA com

a

população de

10

anos

e

mais,

ANOS

1950 ... . 1960 ... . 1970 ... . 1980 ... . 1983 ... .

1985 •••••.••.••

TABELA 19

Taxa de Atividade por Sexo Brasil - 1950

a

1983

TAXA DE ATIVIDADE 1%)

Total

46.82

46.59 44.83 49.24 54,84

I

Homens

80,77

77,18 71.65 72.41 74,80

56,08

76,03

I

Mulheres

13,58 16.55 16,51 26.64 35.57

36,89

FO:-..

GNZNcセ@

IBGS -

c・イNセXs@ dZBL[GNイNァイ£ヲゥ」ッセ@

de

QセUP@ セ@

198C;PNim-- 1983

O nível da taxa de ,Jtividade, que vinha declinando ligeiramente até 1970l experimentou uma clevaç50 em 1980, passando de TTLXXセ￳@ para 49,24%, nté atingir 54,84%, cm 1983. Com relação ao comportamento por sexo úbservo-セGSL@ quanto ao masculino, decréscimo dos níveis de ativ;diJdc nté 1970

e

ilumen-to, a partir de

1980.

OU<lnlo ao feminino, é nítida a elcvaç50 dus tüXüS de ativi· dode nos últimos decênio:;, 」ウーセ」ゥHjャイョ」ョエ」@ cntre 19"/0 e

1980,

qULlndo o incre-mento relativo foi da ordem dó 43,9%. Urna das G,Hilctcrftic<ls centrnis c;la

(16)

CJtofessot gessé &rronlello

dernização do mercado de trabalho nas décadas reGentes de avanço da

urbani-lllÇÕO o da induslrinliz,1l,;50 pllroCII sor, jllsllllll(mtu, li 」イッセ[HZャャOャャオ@ pmlicipaçi\o da

mulher nas atividades econômicas. Nesse sentido, a taxa de atividade feminina

quase duplicou entre

1970

e

1983,

ao passar de

18,51%

para

35,57%.

Na tabela 20, quo apresenta as taxas de atividade especificas por idade,

verifica-se que o aumento da participação feminina na última década ocorreu, praticamente, em todos os grupos etários, especialmente nos mais jovens e in-termediários. Quanto aos homens, observa-se ligeiro acréscimo nas taxas de participação relativas aos grupos intermediários, acentuado incremento nos grupos jovens e queda na atividade dos mais idosos.

TABElA 20

Taxo

de

Atividade

por Soxo. Sagundo Grupos

de

Idade

Brasil -

1970

a

1983

1970 1980

GRUPOS DE

IDADE hッュ・ョセ@

1

Mulheres Homens

I

Mulheres Homens

% % %

'"

'"

1983

I

TOTAL ... 71.85 18.51 72.41 26.64 74.80

Mulheres

"

35.57

Hmens

%

76,03

10a 14 anos ... 19.18 6.36 20.24 8.61 25.05 11.76

MLセLェェ@

15a 193n05 ... 61.92 24.21 64.80 31.21 70.66 40.04

YRセUP@

.20 a 24 an05.. ... 87.46 28,25

25a 292n05 ... 95.25 23.24

30a 39ano5.. ... 96.23 20.85

40a49anos ... 93.89 19,82

SOa 59an05 ... 85.25 15.42

6Ga 692no5 ... 68.06 10.10

700umais ... 40,36 4.67

FONTE: IBGE - Censos Demográficos do 1970 o 1980; PNAD·198J.

• 60 unos ou mais.

90,03 96.05 96,53 93.16 82,30 57.48 21.76

39,07 92.49 49,10

35,95 96.94 46.70

34.20 97.24 47.21

30.04 93,86 42,63

21,38 81.45 30,01

10.34 44.08' 10.69'

2,84

-

-Na tabela

21

tem-se a composição da população eceJnomkarneil1e ativa

por sexo, a partir de

1950.

onde também se pode aferir a evoluç:10 dél mão·de·

obra feminina, sobretudo a partir

de 1970.

TABelA 21

População Economicamente Ativa (PEAI. por ウセク」@

Brasil - 1950 a

1983

セQZAセ@

93,95

80,79

45,24*

PEA

セ@

MセMセ[[[NZMMMtMᄋ⦅ᄋM

...

'''-_u--ANOS TOlal

Absoluto % Absolulo

L-

%

ᄋMMM[「セoiGNャ|o@

I

%

---1950 ... 17117 100,00 14610 83,35

nos

QTNVセ@

1960 ... 22750 I 100,00 18673 82.08 4077 17,92

1970 ... 29557

I

100,00 23392 79.14 6-165 20.66

19!?O ... 43235

,

100.00 31393 12,61 11843 27,39.

1983 ... セd@ 941

I

100,00 34129 67.00 16812 33,00

1985 ••.•

55098'

100,00 36625

66,47

18473

33,53

-Fonte: IEGE - Censos

セtdァイ。ィ」ッウ@

de 1950 a

1980i

PNl\D - 1985

.14.

1985

I

I

I

Nulhcres.

9,

o

36,89

AAZQセ@

50,13

セセLセセ@

4') ,

... ,53

I

30,30

(17)

CJ>tofessot Sess<Í QJTIonle((o

Os valores assumidos pelas taxas geométricas de crescimento da popu-lação economicamente ativa são dados na tauda seguinte:

TABELA 22

Taxa

Geométrica de Crescimento Anual

da

População Economicamonto Ativa Brasil - 1950 a 1980

INTERVALOS TAXA GEOMÉTRICA DE CRESCIMENTO ANUAL DA PEA (%)

INTERCENSIT ÁRIOS Total

I

Homens

I

Mulheres

p950-1960 .•...•... 2.89 2.48 4.9B

p960-1970 ... 2.65 2.28 4. "2

970-1980 ... 3.88 2.99 € <,

-950·1980 ...

I

3.14 2.58 5.31

960-19S0 ... 3.26 2.63 5.48

FONTE: IBGE - Censos Demográficos de 1950 a 1980. "

Esse quadro é sugestivo n9 sentido de evidenciur, mais uma vez, o acen-tuado crescimento da mão-de-obra feminina. Mostra que essa participação vem se acelerando cada vez mais, tendo alcançado

a

taxa geométrica de crescimen-to anual de 6,75% na década de 1970 a 1980, que

é

superior ao dobro da taxa de crescimento da força de trabalho masculina no mesmo decênio, da ordem de 2,99%.

É importante notar que, no período de 20 anos, de 1960 a 1980, a taxa geométrica de crescimento anual da população economicamente ativa foi de 3,26%.

Distribulda segundo os setores e ramos de atividades, a população econo-micamente ativa concentra-se nas atividades ligadas ao setor urb<lno (indus-triais, comerciais e outras!. com participação relativa da ordem de 70,05% (tn-bela XIV do anexo). Ressalta-se que

a

proporção da mão-do-obra masculina nesse setor é de 64,08%, enquanto a feminina atinge

a

86,00%, mais

numero-sa na prestação de serviços. .

A

n!tido tondôncio IlO Clo!i(:illH!lIto ela ヲャHIヲャ|ャャ{ャセZ[ャHI@ oc;ufllllllllla:; alividóHlw; \li

""nus, ou Gujn, !lO!: A[ッャHIイHjセ[@ セ[HAcャャョ、[GhゥHI@ (indw:lrial) (J lorci;'lIi/) (cOlIlc'!rc:io. HャQiセセ[@ toção do serviços, udrnilli!illilliÍlo púhlicéI, éllividndt:!i ウHI」NゥhゥセゥL@ olc.), (, カゥセZャ←ャャャェャ@ IH'

bulu

:l3,

loco c) lodllÇi\O Il!laliva da poplIllU,:ÕO oClIpmln ihiセゥ@ iiャゥカゥ、Aャ、ャGセ[@ BUlOp"· cu6rins o oxlrutivus vU{jotill Il unimul (:;utor prifll(uiol.

TABELA 23

Distribuição Porcontual da População Ocupada, Sogundo o Sotor do Atividado

Brasil - 1950 a 1983

SETORES ANO DE REFEHtNCIA (%)

DE

I

I

[- 1980·-

I

-1983

セセセ@

QYXセ@

ATIVIDADE 1950 1960 1970

100.00 100.00- ... ャセ{}ヲ@

TOTAL ... 100.00 100.00 100.00

Primârio ... 57.76 51.9B 44.88 29.95 27.06 ,

s・」オイN、セイゥッ@ ... 15,66 14.91 17.92 2548 2537

22,14

Terciário ... 26.38 33.11 37,BO 4Ú7 4Ú7 ,

49,33

FONTE: IílGE - Censos Demográlrcos de 1950 8 1980; PNAO·19BJ

.15.

(18)

I

Observa-se. ainda. na tabela 23. que as atividades dos setores secundário

e

terciário absorveram. em

1950.

menos de

50%

da população ocupada, res-pondendo. no entanto. em

1983.

por mais de

70%

desse conti:1gente popula-cional. Portanto. o perfil de atividade e de ocupação da população apresenta-se cada

vez

mais urbano.

6- DISTRIBUIÇÃO DE RENDIMENTO DA PEA

A distribuição da PEA de

1970

a

1983.

segundo as clas:;es de rendimento,

é a

seguinte:

TABELA 24

Distribuição Rolativa da PEA. Segundo Grupos de RClldime.lto M'onsal

GRUPOS DE REIIDIManO MENSALIEM SALÁRIOS

MíNIMOS I

bセ。ウゥャ@ - 1970 a 1983 .

ANO (%1

1970

I

1980

I

1981 (21 1983121

I f TOTAL!II ... . 100.00 100.00 100.00 100.00

; Atél ... . 60,54

1 Mais de I a 2... ... . 21.68

12.70 3.32 1.36 0.40

! Mais de 2 a 5 ... ..

I

MaisdeSa 10 ... .

セZZZセZ@

セセNセNセセZZZZZZZZZZZZZZZZ@

::::::::::::: :::::::::::: :::::::::::

FONTE: IBGE - Censos Oemogrãficos de 1970 e 1980: PNADs·1981 e 1983.

(\} Exclusive as pessoas sem declaração de rendimento c as sem rendimento.

121 População ocupada

• Mais de lO salArios mlnimos.

34,20 32.16 37,29

30,40 28.56 25.88

23,68 26.26 23.56

7,06 8.10 8.42

3.14 3.40 4,85'

1.52 1.52

A concentração de pessoas com ganhos de 1 SM reduziu-se a quase meta-de em

1980.

com considerável aumento das classificadas nos demais extratos de !'alário. Verifica-se, pois. ter havido um deslocamento da distribuição ao lon-go da década, o que corresponde a uma melhoria real do salário. Entre 1981 e

1983

ocorreu. entretanto, aumento das pessoas com rendimentos de até 1 salário mínimo.

7- .

SITUAÇÃO DE INATIVIDADE DAS PESSOAS

QUE NÃO

TRABALHARAM EM 1980

Na distribuiç50 das pessoas Que não trabLllharam em 1980, segundo a si-tuação de inatividade. destacam'se os seguintes {lI upos: dos dedicados a af .. ·

zeres domésticos (21.9 milhõesl. dos estudantes (13,2 milhões) c dos aposell tados, pensionistas, doentes e invnlidos (quase 6 milhões). sendo que esse últi-mo contingente representava

13.13%

da PEA, percentual que pode ser tomado como um indicador de custo do seguro sociLlI brLlsilciro em 1980 (t<ll 'Ia XV. do anexo). Esse indicador tende a aumentLlr pela maior conscientizaçãu

ua

popu-lação brusilcira no sistema de seguro social, tendo em vista que o Censo revelou

-11

.16.

1985

セ@

QYYLァセ@

25;05

RセG■セ@

.

5:20-.\

(19)

que

13,15%

da PEA têm

50

anos ou mais de idade, o que representa um encar-go muito forte no nosso sistema de seguro ウッセゥ。ャL@ que não estabelece uma ida-de m(nima ida-de aposentadoria.

Indicadores de custo do seguro social como esses devem ser analisados pela previdência social. A tabela

25

permite acompanhar a evolução dos indica-dores desse custo, pelos censos realizados, e a partir dos

50

anos de idade.

TABELA

25

Relação entro a População da 3.· Idado não Economicamente Ativa e a PEA Brasil -

1950

a 19BO

ANOS

'1950 ... . 1960 ... . 1970 ... . 19S0 ... .

50 ANOS E MAIS (%1

14,98 16,67 19.60 20,68

FONTE: 13GE - Censos Demográficos de 1950 a 1960.

60 ANOS E MAIS (%1

7,70 9,02 10,86 12.49

65 ANOS E MAIS

(%)

4,6

6,041

WLRセ@

YLSセ@

Esta tabela vem demonstrar, mais uma vez, a importância da idade inicial para a concessão de aposentadoria. Nota-se que, quando essa idade passa dos

50

anos (indicador

20,68%,

em

1980) -

aproximadamente, o caso do seguro social brasileiro - para

65

anos (indicador

9,38%,

em

19801.

o custo de apo-sentadoria por tempo de serviço se reduz a menos da metade.

8- PERSPECTIVAS FUTURAS DA POPULAÇÃO BRASILEIRA

Um fato demográfico elementar que deve ser entendido para que se possa discutir proveitosamente as perspectivas futuras de uma população, é o que os demógrafos chamam de "momentum" de crescimento ..

Como vimos anteriormente, a estrutura por idade de uma população dep<:n-de, basicamente, dos regimes de mortalidade e, principalmente, de fecundidade prevalescentes de sua experiüncia passada.

Sociedades no passado car<lcterizadas por níveis consistentemente b<lixos de fecundidade, apresentarão uma estrutura etária "velha", alI seja, uma pro-porção relativamente grande de pessoas nas faixas de idade mais avançadas. Contrariamente, sociedades com um passado de alta fecundidade têm uma po-pulação "jovem", com estrutura etária do tipo pirnmidal.

Essa estrutura etária jovem implica em que, a cada instante, um número crescente de pessoas entra no período reprodutivo (normalmente de

i

5 a 49 anos para as mulheres!. de tal forma que, mesmo diminuindo a fecundidade das mulheres, o número de nascimentos, num determinado mQn 'nto, poderá ser ainda maior do que o ocorrido no ilntccedente. Isso, sirnplesmente, porque exis-tirá um número maior de casais gerando filh0S naquele momento do que no anterior.

Assim, a estrutura etária da população exerce uma inércia contra a dimi-nuição da natalidade, semclhunte u um carro que andando numa certa velócida-de, fosse frei.ldo, uma vez que, apÓs esse in!>wnte, o peso do Ci.lrro proporciona-ria o percurso de alguma dist5ncia até atinuir sua completa imobilidade.

Simibrmcnte, urna populJçZio com um passado de alta fecundidade que passe por um processo de rcduç,lo até os níveis mlnimos viáveis, levará muito

.17.

(20)

tempo para estancar o crescimento dependendo, naturalmente, do nível (le fe-cundidado do orldo pclllir o da I üpidel do declíllio.

D.essa forma, se uma popul<Jção reduz sua fecundidade ao nível de mera re-posiçãq, ou seja, cada mulher adulta é substituida, no tempo devido, por uma, e apenas uma filha em médi<J, tenderá à condição de estacionariedade (cresci-mento nulo!. embora continue crescendo, pois, quanto maior o nível da fecundi-dade antes de iniciado o declínio, mllior o tempo para atingir a estabilização e, conseqüentemente, maior a população final. O oposto se verifica na medida em qlle for maior a taxa de declínio da fecundidade.

Com isso em mente pode-se, então, tentar detectar o que é possrvel e o que

é

inevitável, em termos de metiJs globais para a população brasileira. Para tanto, nlgumas hipóteses foram formuladas sobre um possível comportamento do crescimento da população .

. Em relação à mortalidade, em geral, costuma-se formular uma hipótese úni-ca com os elementos quantitativos e qualitativos disponíveis em um dado mo-mento, adotando-se uma esperança de vida limite parti a qual tenderão os

ー。セ・ウN@ セ@

No caso do Brasil, adotou-se uma esperança de vida ao nascer de 72 e 78 anos, para homens e mulheres, respectivamente, prevalecente hoje nos países da Europa do Norte, a ser alcançada, de acordo com a hipótese adotada, no qüinqüênio 2050-2055.

Ouanto [J fecundidade, seguindo L1S sugestões da Divisão de População das

Nações Unidas, foram estabelecidas quatro hipóteses:

1 - a fecundidade manter-se-á constante a partir do inícIo da projeção. Nesse caso, él pmtir de 1980;

2 - declfnio lento, denominada "Hipótese Alta"; 3 - declínio rápido, chamada de "Hipótesc Baixa";

Essas duas últimas definem um intcrvalo amplo dentro do qual se formula: 4 - a "Hipótese Média" ou "Recomendada" que pode, talvez, refletir com maior probabilidade a tendência da fecundidade no futuro.

A hipótese mais realista, aquela que dá margem a um comportamento viável para a fecundidade, é, como vimos, a resultante média entre o declínio lento e o rápido da fecundidade. De acordo com essa hipótese, a população bra-sileira seria de 180 milhões no ano 2000, ou seja, no período de 1980 a 2000 cresceria 47,9%. Pode-se, portanto, dizer que a população brasileira, no final deste século, contará com um mínimo de 171 milhões (hipótese baixa) e um máximo de 186 milhões (hipótese altnl de pessoas.

9-

CONCLUSÃO

As informações ora apresentadas constituem uma pequena amostra das que são obtidas pelos Censos Demográficos e pelas PNADs.

Esses lev<.Jntamentos fornecem um<.J minuciosa visão da situação sócio-econômica da população brasileira, necessória à elaboração e à avaliação ·dos programas de desenvolvimento do Püis.

Cabe イ・セウ。ャエ。イ@ que o pl<lncjalTlento dos censos no Orasil obedece a progr.)· mas propostos pela ONU c, ainda, pel.) OEA, no caso dos países ümericanos, o que torna possível a aferição da nossa situação sócio-econômica no contexto universal.

(21)

.... ⦅セM .•.

-

セ@ '"

-.

9>tofessot 'jessé; Q)T[onle((o

:

.19.

;

TABELA

26

Indicadores Demográficos e Econômicos para Alguns Países Selecionados 111

INDICADORES DEMOGRÁFICOS E ECONÔMICOS

.

PAíSES

Etiópia ...

I

セセZセセセZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZ@

lunisia ... . Turquia ... . &:ívia ... . Gualema!a ... . Atgentina ... . Estad()s Un;dos ... . Canadá ... .. Japão ... . França ... .

Inglalerr i.. ... ..

Suécia ... .

Brasil ... .

Taxa Anual de Crescimento

G"ométllCO

iセェ@

2.5 3.1 3.0 2.5 2.2 2.5 3.1 1.6 0.7 0.8 0.8 0.4 0.1 0.1 2.5

Taxa Bruta de Natalidade 1"/00) 50 48 43 33 32 44 43 25 16 15 14 14 13 12 33 Taxa Bruta

je Mcrtalidade

1'/00)

25 17

14 .

8 10 19 12 9 9 7 6 10 12 11 8 Taxa de Fecundidade Total 6.7 6.7 6.9 5.0 4.3 6.8 5.7 29 1.8 1.8 1.8 1.9 1.9 1.7 4.3

NTE: Population Reference Bureau.INC. 138: ,':orla _ッセ」G。エ[ッョ@ Dala sセ・・エNibge@ - Censo C. "':lográfico 、セ@ 1980

1) Estimativas referentes ao periodo de 1975 a セ@fl30 ..

121 Estimativas relerentes ao ano de 1979. ・ク」・セッ@ a (lú EraSl' que é relativa a 1290.

I

I

I

I

Esperança de Vida ao Nascer lanosl 39.00 48.00 55.00 57.00 61.00 51.00 58.00 69.00 74.OC 74.00 76.00 73.00 73.00 75.00 60.08 Percentagem da População

com Menos de

15 Anos de Idôde

43 46 47 43 39 42 45 28 22 25 24 23 22 20 38

Percentagem pイッ、エイNセ@

da População Nac,onal Sr-:.o

com Mais de 64 Per Cii:Jr:i

f.nos de Idade I US$ '2:

3 130

3 .:00

4 740

4 1120

4 1330

.

550

..

3 1020

B 2290

11 10 e20

9 H50 8

SEOO

14 2 S!O

14 6 J.!()

16 11520

4 2300

(22)

TABELA 27

Indicadores de Focundidade - Brasil e Unidados da Fodoração

1970-1980

TAXA DE FECUNDIDADE TOTAL UNIDADES DA FEDERAÇÃO

1970 1980

BRASil ... .. 5.76

troRTE ... . 8.15

Rondônia ... . 9.72

Acre ... .. 9.90

Amazonas ... .. 8.55

ROlsima ... .. 8.57

Paré ... . 7.72

Amapá ... , ... .. 8.24

NOROESTE ... . 1.53

MarsnMo ... . 7.26

Piau/ ... . 1.84

Ceará ... . 7.74

Rio Glando do NOIte ... ..

S.',,

Par8Iba ... . 7.74

Pernambuco ... . 1.03

Alagoas ... . 7.58

Sergipe ... .. 7.87

Bahia ... . 7.48

SUDESTE ... .. 4.56

Minas Gerais ... .. 6.17

Esplr.to Sont{) ... . 6.44

Riu do joi|セiio@ ... .. 3.110

São Paulo ... . 3.94

SUL ... . !J.42

Paraná ... .. 6.40

Sania Catarina ... .. IUO

Rio Grande do Sul.. ... . 4.29

CENTRO·OESTE ... . 6.42

Mato Grosso ... . (11 6.75

Mato Grosso do Sul ... .

Goijs ... .. 6.46

Distrito Federal ... .. 5.56

FONTE: IBGE - Censos Demo9'âhcos de 1970 e 1980.

(1) Dados イセヲQIャ」イNエイウ@ 80 antIgo fstado de Mato Grosso

fUNDAÇAO GETULlO VARGAS ,,_ BIliLIOTECA !\1ARlO HENRIQUE SIMON.

.11

.20.

4.35

6.45 6.18 6.98 6.75 6.05 6.31 6.97

6.13 6.93 6.54 6.05 5.67 6.19 5.40 6.61 6.03 6.23

3.45 4.31 4.711 7.114 3.24

J.IlJ 4.12 3.82 3.11

(23)

9>tofes6ot SJessQ. cimonle((o

TABElA 28

Mortalidade Infantil para os Países latino-Americanos

AME RICA LA n; ..

AMtR!CA CEt., RAl

Costa filea

EI 5JI\'Jdor .

PAisES

Honduras ... . Mexico.

nZ」。イセァオj@ ...

Panamá " ... . Caribe ..

BJhaMas ... " ... . Barbados

Cuba ... .

República DOn'lolcar.a ... .

Haiti ... .

Jamaica ....•...•... PorloR,co ... . T nnidad e T ohago ... .

AMÉRICA DO SUL TROPICAL

lIolíVIJ ... ... .

8rasol ... . Colômbia ... . Equador ... . GuianJ ... . Paraguai ... . Peru ... . VenclUcla ... .

AMÉRICA DO SUL TEMPERADA ... .

Argenlina ... .

Chile ... . Uruguai ... .

FONTE: Popu!aticn Reference 8ureJu Inc. 1981 Wmd Population Data Shecl

NOTAS: Dados rebentes aos anos 1976·79.

, eウエゥイョ。ャゥセj@ obtidl a partir do Censo Dcmúgráhço dc 1980.

TAXA Df セGof@ l/.lIUAD[

71

n

69

103 70 122 47 74

n

,7

19

セg@

i30

16 18

32

lLo

8E' 77

70 46 58 92

45

41 41

38

48

⦅Nセ@

I

I I

i

(24)

- - - _ . - _ .

-TABELA 29

Proporção das Pessoas com Idade Superior ou Igual a 50 Anos, 60 Anos

e

65

Anos, no Total da População Brasileira. por Sexo, Segundo os Censos

Demográficos

Brasil -

1950 a 1980

PROPORÇÃO DE PESSOAS (%1

CENSOS Total Homens

50 anos

j

60 anos

J

65 anos 50 ônos -' 60 Bnos

I

65 anos

1950 ...•... 9.37 4.26 2.45 9.36 4.10 2.25

1960 .•... 10.09 4.74 2.74 10.23 4.70 2.65

1970 .•...•... 10.70 5.07 3.15 10.69 4,97 3.01

1980 .•... 12,17 6.07 4,01 11,87 5,78 3,77

FONTE: IBGE - Censos Demográficos de 1950 a 1980.

TABELA

30

Mulheres

50 anos

I

Vセ@

anos

I

65 anos

9.37 9.94 10,71 12,47 4.41 4.77 5,18 6.36 2,64 2.83 3.28 4,25

Percentagem das Pessoas de

10

Anos ou Mais com Curso Completo, por

Grau do Curso, Segundo

a

Situação do Domicílio e o Sexo

SITlIAÇÃO DO DOMiCíLIO

E SEXO

TOTAL ... . Homens ... . Mulheres ... .

URBANA ... . Homens ... . Mulheres ... .

RURAL ... .. Homens ... . Mulheres ..•... : ... .

Total 100.00 100,00 100.00 100,00 100.00 100.00 100.00 100.00 100,00

FONTE: IBGE - Censo Demográfico de 1980.

Brasil -

1980

GRAU DO CURSO COMPLETO (%1

64.30 18.00 13.16

64,46 18.02 12.38

64,14 17.97 13.92

60.82 19.37 14,66

60.83 19.45 13.87

60,81 19.29 15,42

86.13 9,36 3,17

86.30 9.43 3.44

85,95 9.34 4.13

TABELA

31

Mestrado ou Doutorado

4.39 0.15

4,93 0.21

3,87 0,10

4.98 0,17

5.61 0,24

4,37 0,11

0.69 0.02

0,79 0,04

0,58

.22.

Pessoas que Não Trabalharam no Ano de Referência. por Grupos EspecIficas

de

Idade, Segundo

a

Situação de

Inatividade

BRASIL -

1980

TOTAL (11 60A 69 ANOS

CONDiÇÃO DA PESSOA

TOTAl. ... ..

A;!osentado ou Fensionista ... .

Doente ou inválido ... ..

Detento ... .. Estud8Ilte ... . Afizeres donltsticos ... .. Outros ... . MCIIOIes de 10 anos ... .

FONTE: IBGE - Censo Demográlico de 1980.

População (1000 h_b.1 75773 4787 692 47 13259 21662 3729 31 197

(1\ Total de pessoas que não trab3!haram no ano de referência.

121 To:al da PEA igual I 43 236 mil.

I

Relação com

a PEA (21

1.753 0,111 0,021 0.001 0.307 O,50Õ 0.066 0.722 População (1000 hab.1 3002 1451 tiO 1 1 1306 133

I

Relação com

• PEA (2/

0.069 0,034 0.003 O O 0,030 0,003

70 ANOS E MAIS

pッーオャ。￧セッ@

/1 000 hab.1

2448 1745 87 O O 487 129

I

Relação com

a PEA /2/

0.057 •

(25)

TAUElA

32

Proporção da População por Situação do Domicilio, Sngllmlo o Sexo Brasil -- 1940 a 1980

---I

SEXO セMMMMMMMMMQᄋᄋMMMMMMMM

---

-!---.-I

Tota: Urbi:fll: fl ;.al

I _ _. ,

1 _ .

1940

TOTAL ... .

H0mens .. Mulheres ... .

1950 TOlAL.

1960

Homens Mu:heres.

TOlAL ... ..

hッュセョウ@ ... .

Mulheres ... , ... ..

1970

TOr AL... ... ... ..

Homens ... .

mセZィ」イ・ウ@ ... .

1980

TOlAi. ... .

Homens ... . Mulheres ... .

IJNTE: IBGE - Censos DcmegrMiccs de 1940 a 1980.

100.00 49.93 50.01

100.00 49.83 50,17

100.00 90.03 49,97

100.00 49.74 50,26

100.00 49.68 50,32

NOTA: Em 1940 e 1950. ーッセオャ。￧¢ッ@ presente; em 1960. 1970 e 1980, população residente

TABElA

33

3' ゥセ@ 68. ·ü

.4,95 35 . ..,"

1(j /9 33.7/

31;.16 63.81.

11.27 32.56

I11,E9 31,28

44.67 55.33

2i.58 28,45

23,09 26.83

55.92 44,08

27,08 22,66

28,84 21.42

67.59 32,41

32,96 16,72

34,63 15,69

Taxa Média Geométrica de Incremento Anual da População, Segundo a Situação de Domicílio e Sexo

Brasil - 1940 a 1900

TAXA MeD!A GEOMÉlRICA DE INCREMENTO ANUAL I"'" SEXO

---_._-_.

MᄋMᄋMMセMMMMMMMMMᄋMャMMMᄋMMMMMMMᄋMM .[---.-. __ o

1940/1950 ___ _ ___ .... ______ 1.._ .. ____ .. __ ... ___ ._._ .. ___ .-- .. 1:35CiI960. 1960/19:0 1970-1980 TOTAL

TOTAL ... . 2.38 2.99 2.89 2.48

.. omens ... . 2.34 3.03 2,83 2,47

Mu!heres ... .. 2,41 2,95 2.95 2.49

URBANA

10l f,L ... .. 3,91 5.15 5,22 4.44

3.89 5.27 5,25 4,51

3.93 5,04 5.20 4.37

Homens ... . Mulheres ... ..

1,60 1,55 0,57 - 0,62

RURAL

TOTAL ... .

Ilomens ... . 1.61 QLVセ@ 0.57 - 0.59

1.59 1.46 0.58 - 0.6ó

Mu!hercs ..

FONTE: ItlGE - Ccnsos d」ュッァGセャゥ」ッウ@ 、セ@ 1 SI,O a 1980.

NOTA: Em 1!!40e QYセPN@ popu:Jç50 presente; em 19130, 1970 c 1980, BッBオャ。」 ̄セ@ rc!icente.

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