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Uma contribuição ao estudo do stress: introversão-extroversão, dogmatismo e vulnerabilidade ao stress

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(1)

I.

FUNDAÇJí.O GETULIO VARGAS

INSTITUTO SUPERIOR DE ESTUDOS E PESQUISAS PSICOSSOCIAIS CENTRO DE P6S-GRADUAÇAO EM PSICOLOGIA

UMA CONTRIBUIÇÃO AO ESTUDO DO STRESS

INTROVEHSAO-EXTROVERSAO, DOGMATISMO E VULNERABILIDADE AO STRESS

FRANCISCO RAMOS DE FARIAS

FGV/ISOP/CPGP

(2)

UMA CONTRIBUIÇÃO AO ESTUDO DO STRESS

INTROVERSÃO-EXTROVERSÃO, DOGMATISMO E VULNERABILIDADE AO STRESS

por

FRANCISCO RAMOS DE FARIAS

Dissertação submetida como requisito parcial para obtenção do grau de

MESTRE EM PSICOLOGIA

(3)

disease than what sort of disease a

patient has"

(4)
(5)

A Professora Eva Nick pela orientação e incentivo

meu reconhecimento pela apoio prestado .

A Professora Maniúsia Mota de Oliveira pela paciê~

cia e afinco com que discutiu e criticou as hipóteses

levanta-das e também pela co-orientação desta dissertação, minha gratl

dão .

A Thales Rosa França da Silva e Claudete Torres

França da Silva, meu reconhecimento pela colaboração prestada.

Aos meus alunos-estagiarios:Rúsia da Encarnação Sá,

Marcos Soares Pontes, Maria Carmem Tatagiba Sily e Helcimar

Araújo de Moraes, meus agradecimentos pela ajuda prestada na

execução da parte pratica.

À Direção da Faculdade de Biologia e Psicologia M~

ria Thereza que gentilmente cedeu seuslworatórios para

realiza-çao da pesquisa, meus sinceros agradecimentos.

Aos alunos que serviram como sujeitos, sou grato.

A Claudio de São Thiago Cavas e a Luisa Helena Mor

gado Hora meu reconhecimento e gratidão por terem me iniciado

na carreira universitaria.

(6)

rio e a Dra. Albertina Ramos pela ajuda espontânea.

A Hélio d'Oliveira e Teresinha Costa d'Oliveira p~

lo incentivo e solidariedade durante a execução desta

disser-tação.

(7)

Os dois tipos de stress ~isiológico e psicológic~

constituem,a meu ver, um único fenômeno ,embora, do ponto de

vista didático, faça-se necessária esta divisão.

Nes te estudo ambos os tipos foram abordados teorica

-mente, mas o mesmo se propõe a analisar a influ~ncia dos fato

res de personalidade - extroversão, introversão e dogmatismo

- na vulnerabilidade ao stress. Os determinantes cognitivos fo

ram considerados como mediadores desta relação.

O instrumental utilizado para a verificação empírl

ca foi composto dos seguintes testes: 16 PF de Cattell e Eber,

Fator P de Toulouse-Pieron, Escala de Dogmatismo de Rokeach

e o Sorting-Test,adaptado para esse estudo. Esses instrumen _

tos foram utilizados para testar as hipóteses; o introvertido

e o não-dogmático, tanto na condição isolada quanto em

combi-nação, apresentam vulnerabilidade ao stress maior do que o ex

trovertido e o dogmático nas mesmas condições.

A análise da regressao múltipla demonstrou que ne

-nnuma diferença quanto à vulnerabilidade ao stress foi obser

-vada em relação aos tipos extrovertido, introvertido, dogmátl

co e não-dogmático, quer isoladamente,quer nas combinações ex

trovertido-dogmático e introvertido-não-dogmático.

(8)

bilidade ao stress esteja mais relacionada com traço de pers~

nalidade do que com tipo. Em segundo lugar, pode ser que o

instrumento utilizado para medir extroversão-introversão nao

forneça uma me dida válida :, uma vez que o conceito se baseia

nas primeiras formula ções da teoria da ativação .

Poderíamos, ainda, acrescentar uma outra relaçãona

influência dos fatores de personalidade na vulnerabilidade ao

stress . Esta relação pode ser estudada sob os dois aspectos do

stress: a especificidade e a não-especificidade.

Assim sendo, pod~r-se-ia conjecturar que tanto os

fatores de personalidade quanto os determinantes cognitivos es

tariam mais relaciona.dos com a especificidade do que com a

não-especificidade . Esta última estaria mais vinculada aos a~ 1

pectos fisiológicos .

Esta última proposição poderia servir de um

esque-ma para uesque-ma diferente análise teórica e empírica da influên _

ciu dos fatores de personalidade na vulnerabilidade ao stress,

enfatizando mais a especificidade do que a não-especificidade.

(9)

Both types of str e ss, physiolo gical and

psychological, constitute, in my opinion, only one phenomenon

thou gh it's n e cessary to make this segmentation in a di dactic

way.

I n this paper, both types were theorect i cally

studied, but the same is supposed to analyse only the influence

of the personality factors as: Extraversion, Introversion and

the dogmatism upon the· vaulne :... ability to stress. The cognitive

determinants · were taken as mediators of this relation .

The battery used for empirical

verification was composed by the following tests: l6PF of

Cattell and Eber; Toulouse-Pie r on P Factor, Rokeach Dogma

Scale and the Sorting - Test adapted for this paper . These

instruments were used in order to test the hypothesis: the

e~travert and the dogmatic, both in the isolated condition

or combined, present vulnerability to stress much more than

the introvert and thenon-dogmatic at the same conditions .

The multiple regression analysis has shown that

no difference was observed, in relation to vulnerability to

stress, among the types extravert, introvert, dogmatic and

non-dogmatic neither isolated nor at the combinations

extravert-dogmatic and introvert-non-dogmatic .

(10)

First; the vulnerability to stress is much more related to

personality tratts than to type.

Second : the instrument used to measure extraversion

-introversion doesn' t provide a valid measure since the

concept is based on the first formulation of activation

theory.

- At last we could add another relation about the influence of

personality fact ors upon the vulnerability to stress. This

relation may be studied under the two aspects of stress:

specificity and non-specificity.

Thus, it could be possible to presume that

personality factors as much as cognitive determinants would

be more related to spec i ficity than to non-specificity. The

last one would be more entailed to physiological aspects.

This last proposition, cpuld serve as a scheme to

a different empi rical and theori cal analys is of the personali ty

factors influence upon the vulnerability to stress, emphasizing

especificity more than non- sp ecificity.

(11)

Les deux types de stress physiologique et

psychi-que constituent, selon moi, un seul phénomene, quoipsychi-que cette

division soit nécessaire du point de vue didactique.

Dans cet étude, les deux types ont été abordés

théoriquement mais ce travail se propose ã analyser l'influe~

ce des facteurs de personnalité - extroversion, introversion

et dogmatisme - sur la vulnerabilité au stress . Les

détermi-nants cognitifs ont été considérés comme médiateurs de cette

relation.

L'instrument utilisé pour la vérification

empiri-que a été composé par les tests suivants: le 16 PF de Cattell

et Eber, le Facteur P. de Toulouse-Piéron, l'Bchelle de

Dog-matisme de Rokeach et le Sorting-Test adapté à cet étude. Ces

instruments ont été employés pour tester les hypotheses: l'e~

troverti et le dogmatique, tantôt dans la condition isolée

tantôt en combinaison, présentent une plus grande

vulnérabi-lité au stress que l'introverti et le non-dogmatique, dans les

mêmes conditions.

L'analyse de la regression multiple a prouvé qu'

aucune différence, pour la vulnerabilité au stress, a été

observée par rapport aux types extroverti, introverti, dogm~

tique et non-dogmatique soit isolément soit dans les combina

(12)

It est probable que certaines circonstances puis

-sent expliquer ce phnom~ne. D'abord, il est possible que la

vuln€rabilitê au stress soit plus en rapport avec le trace de

personalitê qu'avec le type de personalitê . Par ailleurs, il

est possible que l'instrument employê pour mesurer extrover

-sion-introvcrsion ne fournisse pas une mesure :valide

puis-que le concepte est fondê sur les prcmieres formulations de

la thêorie de l'activation.

Nous pourrions encore ajouter un autre rapport dans

l'influence des facteurs de personnalit€ sur la

vulnêrabili-tê au stress. Ce rapport peut être €tudi€ dans les deux

as-pects du stress: la sp€cificitê et la non-sp€cificit€.

De cette façon, on pourrait conjecturer que les

facteurs de personnalitê aussi bien que les dêterminants

cog-nitifs seraient plus en rapport avec la spêcificit€ qu'avec

la non-spêcificitê. Celle-ci serait plus li€e aux aspects phy

siologiques.

Cette derni~re proposition pourrait servir comme

schêma pour une diffêrente analyse thêorique et empirique de

l' influence des facteurs de personnali t€ sur la

vulnêrabili-tê au stress, soulignant plutô t la spêcificité que la non-sp~

cificitê.

(13)

Agradecimentos --- v

Resumo --- vii

Summary --- ix

Résumé --- xi

I - I NT RODUÇAO ---_ 01 11 - DESENVOLVIMENTO --- 12

1 - FUNDAMENTAÇAO TE6RICA --- 12

1.1 - Vi s ão histórica do stress --- 12

1.2 - A natureza do stress --- 21

1.3 - Tipos de stress --- ---- 35

A) O stress sistemático --- 37

B) O Stre s s psi c ológico--- - --- ________ 45 1.4 - Aspectos fisiológicos da resposta do organi~ mo ao agent e e str e s sor --- ___________ 52 1.5 - Aspectos psicológicos da resposta do organi~ mo ao agente estressor --- 66

A) As emoções e a experiência do stress --- 68

B) O p r ocesso de "coping" e sua relação com o stress --- 76

C) Fatores da personalidade - extroversão-intro versão e dogmatismo - e suas relações com a vulnerabilidade ao stress --- - --- 88

1. 6 - A interação dos determinantes cognitivos e f~ tores da personalidade na produção do stress 10 8 1.7 - Sobre a problemática da interação dos compo-nentes fisiológicos e psicológicos da respo~ ta do organismo ao agente estressor --- - 119

1.8 - O fator psicossocial e sua influência na pr~

(14)

2.1 - Objetivos --- 140

2.2 - Formulação do problema--- 141

2.3 - Hipóteses --- 144

2. 4 - Método --- 146

A) Variáveis --- 146

B) Delineamento do estudo --- 147

C) Amostra --- 148

D) Instrumentos --- 148

E) Procedimento --- - --- I SO 2 .5 - Resultados --- - --- 1~3 2.6 - Discussão --- 155

111 - CONCLUSOES --- 158

1 - Sobre o conceito de stress --- 158

2 - Sobre a classificação do stress --- 1M 3 - Sobre o problema da especificidade e da não-esp~ cificidade --- 169

4 - Sobre a relação extroversão-introversão,dogmati~ mo e vulnerabilidade ao stress --- D3 REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS --- 179

(15)

o

stress, como a maioria dos tópicos abordados nas

ciências sociais, é bastante complexo e também muito

subjeti-vo.

A palavra stress, derivada do latim, conforme assi

nala o "Oxford English Dictionary 1933", foi empregada

popu-larmente no século XVII significando "fadiga", cansaço, senti

do que é até hoje encontrado nos meios não-acadêmicos . Nesta

mesma epoca o stress significava também algo que era

"aperta-do, estrito e penoso".

E nos séculos XVIII e XIX que o stress aparece

re-lacionado a termos como "força", "pressão", "esforço" e

"ten-são". Neste sentido, o stress já significava um fenômeno rela

cionado a objetos e a pessoas. Foi o sentido de pressão exte~

na agindo num corpo ou numa pessoa que entrou para a física,

na medida em que se postulou ser essa força ou pressao um

a-gente que deforma ou que rompe o equilíbrio de um sistema .

Esse conceito de stress foi também empregado na

Química por Boole ao investigar as propriedades dos gases. Não

obstante é na Física que o stress foi precisamente definido

como uma força interna gerada num corpo sólido devido à açao

de um agente externo que tende a alterar tal corpo. O resulta

do da alteração devido a esse agente externo foi

de "tensão".

(16)

No século XX o termo é empregado na Biologia,vinc~

lado ao problema da adaptação, pois um organismo estaria tão

bem adaptado quanto melhor enfrentasse e suportasse o stress.

Na Biologia o stress se assentou nas proposiç6es de

Cannon sobre a homeostase ou equilibração sistêmica. Cannon

(1935) utilizou a palavra 'stress' a partir de observaç6es

re-sultantes de seus trabalhos experimentais sobre a reação

lu-tar ou fugir, onde os organismos humanos e animais eram

des-critos como estando sob stress devido às reaç6es da medula da

adrenal e do sis tema nervoso simpático, desencadead as em

esta-dos de frio e falta de oxigênio.

E Selye, em suas investigaç6es, seguindo as

propo-sições de Cannon, quem vai observar essas mesmas reaç6es

neu-roendócrinas eliciadas por uma variedade ampla de situações a

lém de frio e falta de oxigênio ,como propôs Cannon .

Com base nesta observação,Selye postulou a

sÍndro-me geral de adaptação dos sistemas somáticos produzido por es

tÍmulos não-específicos.

Esta sÍndro me , em três estagios, deixa entrever a

distinção entre implicações de estressores a curto prazo e a

longo prazo. Neste sentido, Selye sugeriu que as

conseqUênci-as últimconseqUênci-as do st ress tanto podem ser prejudiciais quanto ben~

ficas, e assim o stress tornou-se reconhecido na medicina

(17)

urna demanda para a adaptação, sendo o stress considerado com

efeitos benéficos para o organismo, e a condição nociva

rela-cionada a situações extremadas e/ou novas a que o organismo não

apresenta dispositivos para reagir ou reage

inadequada-mente. Deste modo , a experiência passada, ou seja,a familiari

dade com o stress é um dado importante no desencadeamento e

na severidade do stress, al~m de outros fatores .

Corno se pode observar, os investigadores até então

mencionados tratam o stress corno urna resposta a situações

ex-ternas ou inex-ternas, sendo a resposta considerada corno um

com-ponente importante na definição.

Urna abordagem mais s ofis ticada é a de Laz arus (1966)

enfatizando , tanto os aspectos da configuração estimuladora

quanto as reações individuais como elementos vitais, sendo en

tão a natureza do relacionamento entre esses aspectos e essas

reações crucial com relação ao stress . Essa abordagem suscita

o problema em outras bases. Para Lazarus o stress depende da

maneira como o indivíduo interpreta, quer dizer, avalia os

as-pectos da configuração estimuladora .

As proposlçoes de Lazarus poderiam ser explicadas

(18)

ASPEcrOS~ DA

CCNFI GURAÇAO ESTIMULADORA

Características Individuais

. Detenninantes Cognitivos

Reação de

- - - J ) St ress

~

ADAPTATIVA DESADAPTATIVA

(COPING) (OOENÇA)

Evidentemente nao se esgotam nesses investigadores

as contribuições ao estud o do stress, pois na atualidade o

fe-nomeno é abordado não s.ó em campos diversos das ciências

so-ciais, como também várias obras são destinadas à divulgação de

experimentos e contribuições teóricas, como, por exemplo, o

ANNUAL REPORT ON STRESS, de Hans Selye, editado a partir de

1951, o JOURNAL OF HUMAN STRESS, os tratados de Lenart Levi in

titulados "Str ess, Society and Disease", atualmente em tres vo

lumes e os de C. Spielberger "Anxiety and Stress" em cinco

vo-lumes.

No ano de 1967 é publicada uma obra organizada por

Appley e Trwnbull entitulada "Psychological Stress" onde sao

apresentadas várias discussões sobre o assunto. Em 1978, uma

equipe liderada por Seymour Levine reuniu num volume uma série

de resultados de investigações experimentais sobre os aspectos

psicológicos do stress . Em 1979, V. Hamilton e D.M. Warburton

reuniram uma série de contrihuições sobre o stress na obra

"Human Stress and Cognition" considerando os aspectos

cogniti-vos. Finalmente em 1981, ê publicado na Inglaterra o "Handbook

on Stress and Anxiety", abordando sistematicamente vários âng~

(19)

vas, como as de Selye, Lázarus, entre outros.

Apesar de tantas publicações, o conceito de stress

até a atualidade nas ciências sociais ainda não se reveste de

precisão e conClsao desejadas. Assim,o fenômeno e na maioria

das vezes abordado de forma parcial, uma vez que investiga

-ções em setores distintos das ciências sociais fornecem infor.

mações relativas apenas à área de conhecimento envolvida .

o

fato de nao haver até o momento investigaç-esmu!

tidisciplinares sobre o assunto reflete-se provavelmente na

classificação do stress em tipos, pois sabe-se que o stress

fisiológico está relacionado a contribuições do pioneiro Selye

e de seus seguidores na area da Medicina. O stress

psicológi-co representa por outro lado o empenho de investigações reali

zadas na psicologia,e o stress psicossocial foi descrito por

investigadores interessados nos problemas sociais do ser huma

no .

Essa classificação é questionável na atualidade

pois é possível que o fenômeno seja único, com formas

distin-tas de expressa0, sendo a tipologia encontrada um artifício

didático e também o resultado de contribuições,conforme já

foi salientado,de áreas diversas das ciências sociais.

Foi na área médica onde se desenvolveram as primei

ras investigações. Esse campo se empenhou inicialmente em

(20)

Medicina Psicossomática foi mais além, ao se esforçar em

rela-cionar o surgimento dessa doença e de outras ao tipo de

perso-nalidade do indivíduo, como também pretendeu relacionar o

stress i manutenção de determinados quadros patol6gicos.

Ainda o stress. foi considerado em outros campos c~

mo uma das possíveis causas da não-alfabetização de

determina-dos alunos e da não-produtividade e inadaptação de operários

nos setores de produção; pois situações como escola e trabalho, as

vezes, se constituem como condições nas quais, o indivíduo tem

que desprender grande parte de sua energia de adaptação para

enfrentar tais situações, e assim ficaria, então, debilitado

ou com condições precárias, sendo o resultado final o stress .

B claro que não se espera essa mesma reação em todos os indiví

duos, pois empiricrunente se observa que determinados indiví

duos respondem de forma distinta a determinadas situações

es-t res s anes-t es.

Uma relação que vem sendo postulada para explicar

o porque dessa forma peculiar do indivíduo para responder a si

tuações estressantes centraliza o problema em torno do tipo de

personalidade, pois é provável que alguns tipos de personalid~

de estejam relacionados com a velocidade da reação, com a

rea-ção desencadeada, com o tipo de processamento da informarea-ção ex

traída do meio e ainda com a operaçao cognitiva mediadora da

transação indivíduo - ambiente.

(21)

enfa-tizam os tipos e xtrovertido e introvertido,entre outros, como

bastante relacionados à capacidade para enfrentar o stress .

Admitese que o tipo introvertido apresenta melho

-res condições para enfrentar o st-ress, já que é considerado

mais adaptado do que o tipo extrovertido . Nessa mesma linha

de raciocínio postula-se que a aprendizagem mais efetiva tem

maior probabilidade de ocorrer nos tipos introvertidos e

tam-b~m espera-se que esses tipos apresentem uma maior adaptabil!

dade em determinados postos de trabalho.

~ possível que tipos associados possam ser conside

rados pa ra explicar essa relação. Assim,espera-se que o dogm~

tismo esteja também relacionado com a capacidade do indivíduo

para enfrentar o stress , na medida em que essa dimensão diz

respeito ao emprego de modelos mentais para "operar" as infor

mações do meio ambiente e também ao conjunto de crenças de ca

da indivíduo. Neste sentido, supõe-se que o indivíduo dogmát!

co apresente maiores dificuldades diante de situações estre~

soras do que o indivíduo não-dogmático, pois este último apr~ .

senta maiores possibilidades de utilizar modelos mentais com

maior flexibilidade .

Acreditamos que os outros tipos de personalidade

estejam tamb~m relacionados ao stress. A escolha dessas duas

dimensões neste estudo foi devido à possibilidade da

direcio-nalidade das hipóteses a partir de resultados experimentais o

(22)

-vel com respeito

à

aferição desses tipos também foi um fator

relevante . De resto, a escolha está relacionada a aplicação

dos resultados acerca dessa relação nos setores do ensino, do

trabalho e no emprego de técnicas terapêuticas .

Neste estudo delineia-se uma relação entre a

di-nâmica do stress e a organização da personalidade ,

consideran-do os tipos acima mencionaconsideran-dos. Tenta-se abordar a interação

dos fatores individuais e dos ambientais na produção do stress.

Em primeiro lugar, sera focali za do o conceito de

stress em termos de suas rai zes h i stóricas e de sua nature za .

Para isto sera fe ito um exame na literatura no campodostress,

considerando as investigações e proposições das varias

disci-plinas das ciências sociais e da medicina. Em segundo lugar

sera abordado o stress em sua classificação em tipos, sendo

analisados os aspectos tanto fisiológicos quanto psicológicos

da resposta do organismo ao agente extressor .

Com respeito aos aspectos psicológicos,a emoçao,

o processo de "coping" e os fatores de personalidade sao abor

dados .

Em terceiro lugar seri focalizada a relação sobre

a interação dos fatores cognitivos e de personalidade na

pro-dução do stress, considerando - se as implicações concernentes ã

interação dos componentes fisiológico~ e psicológicos da

(23)

os <lSp etos ps i cossoc i,lis.

Em quarto lu gar apresenta-se um planejamento

expe-rimental, para verificar empiricamente a relação entre stress

e personalidade. Neste sentido, postula-s e que os indivíduos

extrovertidos-dogmáticos são mais vulneráveis ao stress do

que os indivíduos introvertidos não-do gmáticos . Uma análise

desses tipos será feita isoladamente, al~m de se considerar

tamb~m que os fatores individuais tenham possivelmente uma

grande parcela de contribuição na produção do stress, ao con

tr5rio das postulaç6cs iniciais, que enfatizavam o s

ambientais .

fatores

Será dada atenção ao papel dos determinantes cogni

tivos, pois acreditamos, com Lá z arus e outros, que dado

estí-mulo s6 ~ estressor devido i interpretação que o sujeito faz

da informação .

Esses determinantes mantêm uma relação íntima com

os fatores da personalidade. Esse s últimos são responsáveis

pelo "modus operandi" dos determinantes cognitivos, sendo o

modo de operação desses determinantes uma condição que

influ-encia a estrutura de personalidade constituindo-se, entre fa- '

tores de personalidade e determinantes cognitivos, um

circui-to reverberati v o . Desse modo, ~ possível que diante de uma d~

da situação ambiental tenh am-se em momentos suscessivos, dife

(24)

UnIlm serú analisauo o material coletauo no estuc.lo

experimental da amostra . Esperamos que essa análise quantitati

va forneça subsídeos para um melhor entendimento qualitativo

das relações entre fatores de personalidade e vulnerabilidade

ao stress mediadas pelos determinantes cognitivos.

Esta analise justifica-se, em parte, devido às

re-lações postuladas entre várias situações que impossibilitam ao

indivíduo à aprendizagem acadêmica, ao insucesso no trabalho e

ao aparecimento de determinadas doenças. ' Assim acreditamos ser

oportuno abordar este tema neste estudo pois esperamos que

es-te trabalho possa fornecer subsídeos para o escla r ecimento de

determinadas relações entre situações desaptativas e o stress.

A ênfase na relação do stress com tipos de person~

lidade, particularmente os tipos mencionados, deve-se entre

outros fatores aos resultados clínicos e experimentais prove

-nientes do estudo entre esses tipos de personalidade e determi

nadas doenças.

Considerando-se a não-aleatoridade na seleção dos

sujeitos do estudo, a validade externa poderá ser prejudicada,

e desse modo as conclusões nao podem ser feitas em termos de

causalidade, pela ausência da manipulação de variáveis.

Quanto à validade externa, generalizações só podem

(25)

grupo umos trul.

Finalmente apresentam-se conclusões centradas na

vulnerabilidade ao stress em indivíduos extrovertidos, intro

(26)

11 - DESENVOLVIMENTO

1 - FUNDAMENTAÇAO TECRICA

1.1 - Visão Histórica do Stress

O termo stress remonta de época muito antiga. Na

opinião de Cox (1978), a palavra stress é possivelmente deriv~

da do latim "stringere" que significa aproximadamente "apertar".

A primeira passagem, na qual a palavra foi empregada, aconte

-ceu numa data bastante antiga. Trata-se da obra do poeta

In-glês Robert Mannyng inti tulada "Handling Synne", publicada no

século XIV. Deste século em diante, várias palavras vinculad as

ao stres.s como "desânimo", "tensão", "desgraça" e

são encontradas na literatura inglesa.

"distress"

No entanto, a utili zaçã o do termo "stress" ma is

precisamente definido e de f orma sistemática, ocorreu no campo

da Física por volta do século XVII .

Um esclarecimento deve ser aqui ressaltado.

Trata-se do fato de que o termo "s tress,", antes de Trata-ser emp regado na

medicina, o que aconteceu neste século, já era utilizado na FÍ

si ca com grande freqUência . Nas Ciências Físicas, a definição do

s tress era simples e facilrente demons trável: designava um estado de

tensão num sistema induzido por uma força externa que tenderia

(27)

mediante a colocação de um peso a uma de suas pontas, serVI

-ria como exemplo para ilustrar tal definição do stress enquan

to estado de tensão, (deformação produzida no sistema por uma

força externa). Na Física, esta relação entre a força e a rea

ção do corpo era passível de mensuração. Assim sendo, poder

-se-ia captar com precisão tal alteração, além de se poder, com

segurança, fazer uma prevIsao dos efeitos produzidos. Deste

modo, enquanto definido como relacionado a um fenômeno físico,

o stress era faci lmente explicado em termos dos agentes cau

-sais, do processo e das conseqUências observadas .

o

termo "stress" veio a ser introduzido na biolo

gla na década de 30 do século atual, por Hans .. ~elye, objeti

vando designar um conjunto de fenômenos complexos evidencia

-dos nos organismos biológicos, que vieram, então, a ter uma

conotação análoga àquela da Física.

Devido à complexidade do sistema biológico, a defl

nIçao proposta pela Física tornou-se inadequada e incompleta,

pois não apresentava possibilidades para uma caracterização do

processo no organismo biológico.

Para que o termo pudesse expressar adequadamente o

processo no organismo biológico, uma mudança substancial

te-ria de acontecer. Tal iniciativa deveu-se, ainda, a Hans

Selye, que na década de 30 revolucionou a medicina com a

teo-ria da síndrome geral da adaptação, decorrente de varios anos

(28)

tudos de su~s ~e quisas foi decisiva para Selye propor as pr~

meiras explicações inerentes ao processo do stress.

Como afirma Selye (1936), na elaboração do

concei-to biológico de stress, duas contribuições foram fundamentais:

a de Claud Bernard sobre a adaptação e a de Walter Cannon re

-ferente a homeostase.

Tem-se aqui a emergência na biologia do stress

en-quanto processo.

Como já foi salientado, a idéia revolucionária de

Claud Bernard, ao chamar atenção para a necessidade da manu

-tenção do meio interno como condição necessária à saúde foi

absorvida por Selye . Ainda admitia C. Bernard que, uma vez

que organlsmo não tivesse condições de corrigir o desvio

pro-duzido no meio interno, apareceria o estado de doença como o

oposto a um equilíbrio central do organismo . Como se pode

ob-servar, a idéia de que o organismo executa um movimento para

manter a constância do seu meio interno, a · despeito de

mudan-ças anbientais, Ja estava presente no pensamento de C1aud

Bernard.

SubseqUentemente, em 1926, Walter Cannon lança o

termo "homeos t ase" para des i gnar a manutenção do equil íbrio i.!!

terno do organismo. Cannon vinculou a adrenalina e o papel

do sistema nervoso autônomo aos ajustamentos internos dos

(29)

Tomando as id6ias de Claud Bernard e Walter Cannon,

Selye (1936) VIU o stress como uma resposta estereotipada,

quer dizer, Selye observou a existência de um padrão comum de

resposta do organismo a uma série de agentes estressores dif~

rentes, apesar de as ações específicas de tais agentes serem

bastante diferentes. A característica comum que Selye precon~

zou existir é que tais agentes produzem nos organismos um

es-tado geral de stress, eses-tado esse que é reconhecido por Selye

como não-específico .

Para Selye o processo conhecido como "stress" ~ e

muito antigo e poderia estar presente no homem pré-histórico,

uma vez que este provavelmente se encontraria diante de

es-tressores, tais como: tarefas árduas e díficeis, exposição

prolongada ao calor e ao frio, perda de sangue e outros tan

-tos.

Além da perda do vigor, o sentimento de exaustão,

apatia, perda do interesse pela vida e de certas modificações

na estrutura da composição química do corpo, as quais podem

ser tomadas como sinal de doença, Selye (1936) reconheceu ta~

bém a possibilidade de o organismo se engajar num movimento

para o reestabelecimento do equilíbrio-estado normal, ou seja,

o organismo agindo para se defender do stress ou se adaptar a

ele. Este

é

o caráter adaptativo.

Até a década de 30, Selye reconheceu o stress como

(30)

pecificidade - modo de o organismo responder aos virios tipos

de estressores - e a sua especificidade - resultado observado

pela persistência no organismo de um dado estressor.

A partir de 1936 , base ando- se em resultados experi

mentais, Selye sugere que o stress pode ser visto como um

processo que inclui uma reação inicial de alarme, pois acredita

-va, como Cannon ji havia proposto, que tal reação representa

provavelmente uma chamada geral para as forças defensivas do

corpo.

Observações posteriores sao relevantes para Selye

(1937) reconhecer um segundo estágio do stress .. Concluiu Selye

que se o organismo se expõe continuamente a um dado estressor

tem luga r um outro estágio ch.amado "resistência ao estressor" .

Ainda propõe uma terceira fase - exaustão - cuja ocorrência d~

penderia da persistência do estressor, a qual excede à

capaci-dade defensiva do organismo mobilizada na fase anterior .

Apesar de uma susceptibilidade às doenças cardio

-vasculares já estar presente no segundo estágio, não obstante,

é no terceiro estágio que há um enfraquecimento geral do

organismo dando lugar ao aparecimento das enfermidades de adapta

-ção . Estas não representam tão somente um estado de sofrimento,

mas um processo para manter o equilíbrio homeostático.

(31)

que a energia t~rm ;C3 e a energia de adaptação constituem dois

fenômenos diversos, bem como agem de forma diferente. O reco

-nhecimento de tal diferença possibilitou Selye a pensar a

do-ença como uma tentativa de adaptação do organismo. Em consonâ,!!

cia, o organismo utiliza seus dispositivos comportamentais

pa-ra anular ou diminuir os efeitos produzidos pelos estressores

ou então utiliza sua energia de adaptação para tentar lidar

com o estressor de uma forma adequada. Portanto, enquanto a

doença estiver presente no homem, mesmo que este aumente seu

consumo de matéria-prima para aumentar sua energia

suas forças de adaptação continuarão a decair.

térmica,

Esta situação crítica serviu como aspecto princi

-pal do q uestionamento iniciado com Selye, o que deu lugar a

uma s~rie de experimentos, conduzidos pelo próprio Selye e

seus assistentes.

Estava interessado Selye em estudar todas as enfe!

midades que afetam o homem e que resultam em lesões subjacen

-tes às específicas, que até então s.eriam o objetivo principal

dos estudiosos. Selye, para estudar o stress, na opinião de

Pasqualini (1952) utilizouse de seus conhecimentos em diver

-sas areas .. Apesar disso, sua atenção inicial esteve voltada p~

ra os aspectos endocrinológicos, mais que qualquer outros.

(32)

"Em mais de q u ~ n. ::. e anos de trabalho não interrom pido e exclusivo no laboratório e na biblioteca , Selye reuniu os elementos para constituir o seu sistema, ... realizou centenas de investigações nas quais, não se sabe se o valor maior ~ a ori ginalidade e a consistência das hipóteses de tra balho ou a habilidade pessoal para executá-las~

Os frutos desses quinze anos de trabalho foram reunidos por Selye em sua obra: "STRESS, THE FISIOLOGY AND PATHOLOGY OF EXPOSURE TO STRESS " , publicado em 1950, complementado e atualizado por seu "Annual Report on Stress" em 1951. c'Pas

qualini, 195 2 , p. 3)

-No "Annual Report on Stress" aparecem todos os

as-pectos da teoria de Selye sobre a síndrome geral de adaptação

e as enfermidades de adaptação. Tais aspectos representam o re

sultado da conclusão de seus trabalhos experimentais ao lado

do seu inter e sse pelo problema do stress. Tanto a síndrome

ge-ral de adaptação quanto as enfermidades de adaptação eram rela

cionadas por Selye a dois fatores: as condições ambientais e a

defesa geral do organismo .

Esta afirmação de Selye é o ponto onde aparecem as

influências das proposições de C. Bernard t~867) no q ue dis re!

peito a necessidade de haver uma constância no meio interno p~

ra a manutenção da vida, independente das influências ambien

-tais . Para Selye, possivelmente a manutenção de tal constância

deve acontecer graças à existência de reflexos inatos

utiliza-dos no processo de adaptação. Tais reflexos, conquanto

distin-tos em seu funcionamento, devem ter uma base comum, pois ~

ad-missível que, no caso de utilização de energia, esses reflexos

(33)

a ind a hoj e d esc onh cci~a , poderi a s er a energia de adaptação.

Ainda nesta afirmação de Selye estão presentes as

id é ias de W. Cannon (19 26) acerca do concei to de "homeostase"

- processo r e conhecido como a manutenção do equilíbrio do meio

interno. Cannon deu importância ao papel de determinados hormô

nios, entre e les a adrenalina. Considerou também importante a

atividade do sistema nervoso autônomo. Cannon reuniu esses

da-dos e afirmou que tais sistemas participam do ajuste do

interno nos estados de emerg~ncla.

meio

E sabido que ao longo de suas comprovaçoes

experi-me ntais, Selye (1956) estabeleceu que a reação de defesa

ines-pecífica relacionada ao stress. tem um papel fundamental e que

no homem r ev e la-se como uma reaçao defensiva em termos de

des-cargas ~ormonais. A partir de tal afirmação, postula Selye

duas possíveis formas de ação. Quando a reação acontece de for

ma adequada ao estímulo e de maneira equilibrada. a conseqU~~

cia é a adaptaç ão fisiológica. No entanto, se tal reaçao é

in-suficiente, excessiva ou desequilibrada, de modo a atuar como

um mecanismo patog~nico, tem lugar o aparecimento de um conju~

to de enfermidades que acomete principalmente os sistemas

car-diovascular. urinário e as articulações. Esta foi a base para

Selye criar o conceito de enfermidades de adaptação, sendo as

freqUentes enfermidades ~umanas, resultado de adaptações

anor-mais ao s tress.

(34)

-mos meramente quantj a ivos, na medida em que explica o

apare-cimento das enfermidades de adaptação como decorrência da

in-tensidade da reação do stress.

Além do mais, ã luz de novas descobertas, tal

con-cepçao es.taria, por aSSlm dizer, incompleta, pois como

demons-tram os resultados de alguns experimentos o stress pode ter um

efeito máximo, devido

ã

acumulação de estresses mínimos

(Láza-rus, 1966; Ringness, 1968; Láza(Láza-rus, 1967; e Arnold, 1967),

ha-vendo possivelmente um efeito cumulativo.

Finalmente McGrath (1970) considera o stress de

duas. maneiras, que refletem duas possibilidades de análise.

Com referência ao aspecto histórico, a convergência e

integra-çao potencial de várias áreas de pesquisas serviram de base p~

ra interpretar o fenômeno do stress como se pode observar a se

guir: Se1ye (1956) - teoria do stress não específica; Cohen

(1967) - pes.quisas s.obre conflito social, conformidade e disso

nância; Cofer e Appley (1976) - visão histórica do stress

psi-cológico; Levi e Anderson (J975) - o stress psicossocial e

Ha-mil ton e Warburton (J9 79) - o s tres.s humano e a cognição.

o

outro aspecto considerado por McGrath é aquele

que se refere ao "zeitgeist", quer dizer as correntes contemp~

raneas de ordem conceitual e prática. Em termos de conceitua

-çao, o stress parece ser algo como um conceito integrador, com

(35)

:Jmpos vi z inh os, ma s i s olauo$ dn psicologia, fisiologOa, socio

10gia, medicina e outros .

No que se refere ao aspecto prático, o conceito de

stress parece ser aplicável à maioria dos problemas de

social e/ou psicológica.

ordem

No entanto, como se pode observar na literatura e

nas pesquisas sobre o stress, os fatores físicos, fisiológicos

e psicológicos ganharam maior destaque em comparação com os fa

tores sociais. Nas últimas décadas, contudo, tem-se voltado o

interesse para os problemas de ordem social e também pesquisas

são elaboradas e executadas para analisar a influência e

inte-ração de tais f atores .

1.2 - A Natureza do Stress

Definir o stress, oomo tentar de limitar seus

agen-tes causadores, tem sido até a atualidade o objetivo de muitos

cientista~ que se dedicaram

ã

execução de inúmeras investiga

-ções para dar ao stress um "status" científico. Como era de se

esperar , existem várias definições de stress fornecidas da con

sideração de apenas alguns de seus diversos aspectos . g

conve-niente notar que algumas defini ções se referem mais aos aspectos

da configuração estimu1adora; outras , aos elementos observá

(36)

ocor-re no interior do organismo. Tal ~ a situaçio, onde se pode

observar duns defini ões ou mais que se complementam .

A nosso ver qualquer definição so tem validade se

considerar o stress como o processo decorrente da atuação de

um conjunto de fatores, quer sejam ambientais, quer sejam indi

viduais. A maioria das pesquisas realizadas até a atualidade

tem-se dedicado a analisar os fatores ambientais capazes de i~

duzir um estado de stress e observar suas conseqUências em ter

mos das proposições baseadas no modelo S-R. No entanto, os

re-sultados de tais pesquisas deram origem a uma definiçio que

descreve o stress em vez de circunscrevê-lo. Esta modalidade

descritiva forneceu elementos para o estudo do stress, em

termos dos padrões de resposta do organismo e dos seus respecti

-vos agentes etiológicos. Quando em 1936, Selye fez referência

ao conceito de stress, o considerou como uma síndrome geral de

adaptação, que decorre da atuação de agentes ambientais noci

-vos. Segundo Rabkin e Struening (1976), esta formulação foi

responsável pela popularizaçio do conceito de stress na mediei

na e pelo início de período de pesquisas e de desenvolvimento

teórico. Tal modelo, apesar de incompleto, teve importância p~

10 seu valor heurístico, não devendo em nenhum momento ser con

siderado nem em termos de abrangência global, nem como

defini-tivo. Mesmo assim, ainda na atualidade, alguns pesq uisadores

elaboraram pesquisas com esquemas baseados em tal modelo -

co-mo no caso, os trabalhos de Rees (1976) - que concebe o stress

(37)

tais forças no organismo. Admite tal autor que o termo "stress"

é uma abstração e por isso não tem nenhum sentido quando a

reação do organismo a forças potencialmente nocivas não foram

o objeto de estudo e de considerações. Convém esclarecer que

a formulação proposta por Rees admite uma reação do organismo

determinada por agentes externos, mas que em nenhum momento ~

e

dada qualquer explicação de como as condições do organismo pr~

duzem tal reação. Também a concepção de Rabkin e Struening

(1976) está neste modelo, na medida em que sua análise sobre o

stress focaliza os elementos dos aspectos relacionados com a

resposta.

Para Selye (1936), qualquer agente é estressor,

desde que tenha potencialidades para provocar o aparecimen to da

síndrome geral de adaptação. Como se v~, a concepção de Selye,

mesmo reformulada, trata o stres's a nível de resposta . Esta

síndrome

pode ser explicada, bem como as enfermidades de

adaptação, se estiverem vinculadas ao stress.

A síndrome geral de adaptação é uma resposta fisi~

lógica e o efeito do estressor pode ser medido pelos efeitos

decorrentes da ação de algumas estruturas como o hipotálamo e

a glândula supra- renal .

De fato, uma análise da literatura sobre o stress

(38)

-sentalll as três principais correntes de estudo do problema

(Cox, 1978).

Além dessas correntes, Lázarus em 1966 reconheceu

três níveis de análise no campo do stress: sociológico, que

abordado signi f icativamente por McGrath a partir da década

setenta; o psicológico, que está vinculado ã abordagem

~

e

de

de

Appley e Trumbull (1967) e o fisiológico, já referido anterior

mente, vinculado a Hans Selye desde 1936. Estes níveis têm

importância não so pelo fato de cObrirem conjuntos de variá

veis diferentes representando focos destintos de interesses

nas investigações, mas. também por cons ti tuí rem referências p~

ra as interpretações e conclusões acerca do fen6meno . (Me

Grath,1970) .

Na opinião de Cox (1978), a análise do stress em

apenas um ou dois níveis é sempre incompleta. Por isso os

três níveis devem ser analisados de maneira integrada para

que deste modo se obtenha uma visão holista do fen6meno .

Na tentativa de p6r em prática seus objetivos, Cox

(19]8) e McGrath (1970) oferecem outras formas de abordar o

stress, considerando seus vários aspectos - o social, o

orgni-co, e o psicológico - focalizando o problema em termos de

(39)

primei-ro truta do stress como vari5ve] dependente, descrevendo-o em

termos da resposta do indivíduo a eventos perturbadores ou

nocivos. A princípio este modelo será tratado também neste es

tudo, no entanto com algumas modificações, pois leva-se em

cons i de raç ão a importância de determinantes cofni ti vos e de fatores da

personalidade que tem sua atuação no nexo entre a configura

-çao ambiental e o comportame nto do organismo a ela

relaciona-do. A segunda dimensão descreve o stress em termos das

carac-terísticas do estímulo. ou seja. considera os agentes nocivos

ou perturbadores na análise do stress . Esta abordagem nao

se-rá focalizada neste estudo. A terceira dimensão. segundo Cox

(1978), a mais adequada,analisa o stress como um reflexo da

falta de adaptação entre a pessoa e seu ambiente . Neste caso o

stress é estudado em termos de seus fatores antecedentes e

e-feitos. sendo considerado como uma variável interveniente. Es

ta abordagem será a consider ada neste estudo pelo fato de

vincular o stress a constructos intervenientes.

Propõe-se um modelo interacional para se estudar e

analisar o stress . Na opinião de Cox (1978), as duas primei

-ras abordagens se fundiram para produzir um raciocínio mais

compreens.Ível do sistema do stress' . Tal fusão ainda apres.enta

o caráter mecanicista das duas primeiras. quando considera a

pessoa como essen cialmente passiva perante o stress. além de

excluir processos intervenientes ou variáveis psicológicas

Tal modelo. S-R de cunho mecanIcista,encontraria dificuldade

(40)

ser inadequado pelo fato de nao considerar que a atividade da

pessoa ~ modelada pelos seus determinantes cognitivos, que op~

ram a partir do funcionamento da estrutura da personalidade. A

terceira abordagem explica o stress através da existência de

uma relação particular entre a pessoa e o seu ambiente. Tal

relação ~ considerada particular porque a mesma ocorre segundo

determinantes perceptuais de cada organismo, pois admite que

mediante a utili zação dos mesmos e que se vai proceder uma

in-teração entre o organismo e o meio, de forma adaptativa ou nao,

considerando-se, portanto, a maneira como o sujeito capta as

informações do meio e os seus dispositivqs constitucionais e/Qu

comportamentais para operar tais informações e, como resultado

final, responder ao meio. Devido a essas e a outras

particula-ridades, toda importância será dada a essa relação, pois anali

sando seus componentes e seus mecanismos pode-se considerar en

tão o stress como uma das formas de interação de fat ores

ambi-entais - elementos da configuração estimuladora - e de fatores

intrínsecos ao organismo. Tais fatores incluem dispositivos

cognitivos e comportamentais que interagem com os fisiológi

cos, na determinação da resposta.

Neste modelo se dá ênfase ao stress como sendo um

fenômeno estritamente vinculado à percepção individual de uma

situação, consubstanciando-se nesta perspectiva a assunção de

que ~ a percepção um processo que depende também de variáveis

motivacionais, personalógicas e outras, além da

estimuladora.

(41)

ML:Crath (1970) apresenta um JIlodelo eclético onue

estabelece que a dinâmica do stress envolve, pelo menos uma se

rie de quatro classes de eventos. A primeira classe compreende

o ambiente def inido como sistema sócio-físico em que o organi~

mo vive . Esta classe de enventos tem recebido várias

denomina-ç ões , corno "demanda", "in put" , "estímulo", "estressor", "pre~

são'! e "força ambiental" . A segunda classe considerada é a ava

liação cognitiva ou reconheciment o do estressor pelo organismo

num nível mais ou menos elaborado, dependendo da est ruturação

e organização de seus processos cognitlvos. Esta classe de

e-ventos tem recebido o nome de "demanda subjetiva", "esforço" ,

ou "tensão". A terceira classe considera a resposta do organi~

mo a esta demanda subjetiva em vários níveis, desde o

fisioló-gico até o social, passando naturalmente pelo psicolófisioló-gico e p~

lo comportamental . Finalmente, consideram-se os efeitos da res

posta, em termos do organismo e do ambiente.

Semelhantes modelos têm sido apresentados por

ou-tros autores. Cox C1978) é defensor de um modelo transacional

onde dois conceitos são relevantes: avaliação cognitiva e feed

back. Haythorn e Altman ()9.671 estabeleceram um modelo que,

além dos fatores citados, dão relevância aos aspectos da pers~

nalidade observados em condições de isolamento. Lázarus (.1966)

apr esenta uma concepção cognitiva do stress. Para tal autor o

es tre ssor pode produ zir o stress dependendo da antecipação do

organismo em termos de ser ou não capaz de lidar com ele.

(42)

en-tre a magn.ituJe Jo es t ressor e a capacidade Je resposta do

or-ganismo; relaciona-se, então, o stress ao desequilíbrio entre

estressor subjetivo - entende-se o subjetivo como percebido

e a capacidade de resposta percebida e/ou avaliada pelo orga

-nismo. Neste sentido, o stress ou ameaça, como admite Lizarus,

ocorre apenas quando são relevantes as conseqUências de fraca~

so no desenvolvimento de mecanismos adequados para lidar com

situações ambientais. Sells (1970) mostra como este processo p~

de acontecer . Na sua opinião, quando as demandas ambientais

são de tal ordem que o organismo pode ignorar, ou quando sao

completadas inadequadamente sem sérias conseqUências, essas d!

mandas não constituem ameaças para o organismo, e neste caso,

nao se observa a produção de stress.

Considerando estes e outros aspectos, McGrath(J97~

define o stress como um processo que ocorre quando se observa

um desequilíbrio substancial entre o estressor considerado sub

jetivamente e a capacidade de resposta percebida pelo

organismo. Esse desequilíbrio engloba aspe ctos quantitativos rela

-cionados com a magnitude da resposta -; qualitativos - a manei

ra como o organismo opera o estressor - e também aspectos esp~

cíficos relacionados com as partes diferenciadas do organismo.

E

consoante essa visão a idéia de que uma circunstância

então produtora de stress na medida em que represente uma

manda ambiental (estressor) para a qual o organismo não

dispositIVOS adaptativos adequados .

--sera

(43)

A formulaç50 de McGrath necessitaria, ao nosso ver,

de uma série de modificações cruciais para tornar-se um

esque-ma útil na pesquisa do stress. Para essas modificações conside

ram-se relevantes as contribuições de Lázarus (1966) e de

Sells (1970). No que se refere a Lãzarus (1966) é importante a

incorporação de suas proposições no que diz respeito aos seus

conceitos de avaliação e reavaliação cognitivas e suas

rela-ções ao stress psicológico, para se chegar a um modelo mais

completo.

Os conceitos formulados por Lãzarus (1966) permiti

ram que se elaborassem esquemas para explicar o stress,

dife-rentes daqueles anter i ores . Assim sendo, uma certa importância

é dada à atividade do organismo quando se considera o processo

de avaliação cognitiva (peste sentido, aquilo que é

subjetiva-mente experienciado não decorre apenas do estímulo externo,mas

depende de como o indivíduo apreende tal estímulo), desse

pro

-cesso e que resulta sua reaçao. Em palavras mais simples,

po-de-se admitir que a resposta do organismo a uma dada situação

estimuladora está muito mais relacionada com a sua percepçao

subjetiva do que com os elementos da configuração estimuladora,

Assim sendo, e provável que o desencadeamento do stress não se

deva somente

à

intensidade do estímulo. Está o stress

relacio-nado com a percepção dess.a intensidade, e como j á foi salienta

do, tal processo depende de variáveis IDotivacionais e

persona-lógicas. Esta contribuição de Lázarus é sobretudo relevante p!

(44)

p01s. nes t uso, ' at i v idade do o rgun ismo seri a também um o lo

mento que participa da dinâmica e da produção do stress.

Nesta abordagem uma demanda só produzirá o stress

se o organismo avaliar anteclpadamente a possibilidade de nao

ter condições de lidar com ela adequadamente. Neste sentido,

a avaliação cognitiva é uma condição necessária e suficiente

para o stress psicológico.

Ainda no panorama dos cognitivas, Sells (1970)

a-presenta outra modificação do esquema já mencionado. Explica

Sells o processo do stress como dependente: da percepção de

que as conseqUência são danosas para o organismo; demandas que

nao sao completadas ou são completadas inadequadamente e dema~

dos que são percebidas sempre como danosos ou ameaçadoras .

.En-tão, é sob tais condições que o stress poderá ocorrer.

Outra formulação apresentada por Cofer e Appley

(1976} trata do stress considerando-o relacionado com o

exces-so ou a falta de estimulação . No entanto, até a presente data,

experimentos realizados não forneceram dados convicentes para

confirmar tais hipóteses (NcGrath [1970) e Haythorn e Altman

()967).

E o cognitivista Sells l1970) quem vai apresentar

um esquema explicativo mais preciso e mais claro da atuação

(45)

e-feito conjugado de tais fatores c de ditas disposições. Para

explicar o efeito lança mão do conceito postulado por Lázarus

(1966) . Trata-se do processo reconhecido como avaliação

cogni-tiva. Além de anexar ao conceito de Lázarus outros aspectos,

Sells (1970) tenta também fornecer alguns argumentos as

impli-caçoes de McGrath (1970), Appley e Trumbull (1976), Arnold

(1967) além de outros.

Como se pode observar os cognitivistas ate então

citados, excluindo Sells, não consideraram em nenhum momento

os aspectos relacionados com a especificidade e

incespecifici-dade do stress. No entanto Sells, retomando as idéias

origi-nais de Selye, vai explicá-las num esquema cognitivista.

Sells admite que a proposição de Selye da síndrome

geral de adaptação em três estágios tem valor meramente descri

tivo quando comparado com os estágios reconhecidos por ele

co-mo: estimulação nociva (estressor), processo de "coping" e

de-sorganização quando tal processo é executado e não há sucesso.

Além do mais, admite Sells que o princípio geral postulado por

Selye vinculado

ã

inespecifidade da reação, conservado por

ou-tros investigadores fora da área cognitivista com relação ao

stress, perde a eficácia quando se considera o enfoque por ele

proposto. Ainda é Sells quem aflrma que a maioria dos

mecanis-mos relacionados ao stress são altamente específicos, podendo,

no entanto, suas ações serem dependentes da ocorrência simulti

(46)

s ress.

o

que se pode deduzir é que a açao de tais mecanismos

específicos, na maioria dos casos, não é, por assim dizer,

to-talmente relacionada a eles, pois é possível que tal ação rev~

le em seu conjunto efeitos dos mecanismos específicos

combinados com os efeitos de outros mecanismos ou ainda pode ser ob

-servada parcialmente pelo fato de que outros mecanismos possam

interagir cancelando parte de tal açao.

Entretanto é ao nível dos mecanismos específicos

que se pode convenientemente questionar se um conceito como o

de stress é necessário para descrever o conjunto de mecanismos

enumerados por Selye, mecanismos esses adaptativos mobilizados

diante do funcionamento inadequado de vários sistemas devido à

presença de estressores e também para englobar num conjunto

aquelas condições qu e Selye chamou de enfermidades de adapta

-ção. Ainda ao nível da especificidade se pode indagar a valida

de da existência de conceitos e princípios tomados de outras

disciplinas científicas para explicar as reações de stress,

tal como se verificou com os conceitos de força, resistência,

pressão e outros que na Fís i ca explicam adequadamente determi

-nados fenômenos.

E

mesmo ao nível dos mecanismos específicos

que a definição do stress ganha uma conotação científica, mais

precisa; e também é sabido que a aceitação da especificidade

é quase unânime por parte dos investigadores da área de orien

-tação cognitivista. Em função da acei-tação da especificidade ,

o trabalho dos investigadores tem consistido em identificar

(47)

as,pec-tos da cstlmulaç50 llociva, Iunçio perturbada e estados associa

dos.

Como se pode observar, o fundamento da crítica de

Sells reside no fato de que investigadores alheios a orienta

-çao cognitivista não enfatizaram os determinantes cognitivos

que possivelmente representam o nexo que explica a interação

dos fatores ambientais e individuais (Sells, 1970; Scott, Osgood

e Peterson, 1979).

Sells (1970) reconhece que a distinção

estabeleci-da por Selye entre os agentes específicos estabeleci-da reação à doença

e os aspectos inespecíficos, ambos definidos em suas

totalida-des como stress, teria valor mais totalida-descritivo, do que porpiame~

te circunscreverla a dinâmica do stress. Admite ainda Sells

que a síndrome geral de adaptação estaria relacionado com o

stress sistêmico. e que o resultado desta associação seria a

síndrome de adaptação geral e sua sobreposição a outros proce~

50S, considerada holisticamente e não descrita em estágios esp~

cíficos. Desse modo, a crença num estado não-específico só pooo

ser entendido na medida em que se admitam bases cognitivistas~

lém de se aceitar uma unidade psicofisiológica. isto é, admit~ ·

se então que a não-especificidade não diz respeito a reaçao em

si, mas se vincula tão-somente a uma base de componentes co~

nitivos psicofisiológicos sobre a qual se assenta tal rea

-ção. Então, no dizer de Sells, é esta base que se caracteriza

(48)

Es-ta foi a inova ç ão que Sells acrescentou ao modelo para

compre-ender o stress. Sells (1970) admite que

" ... o stress ocorre sob condições extenuantes, mas tais condições podem ser especificadas,pois como interacionista, acredito que um estado do organismo é mais apropriado do que locus inter nos ou externos: acredito também ser a intera~

ção dos dois, produzindo um estado, mais con -sistente para explicar os dados do comportame~

to (p. 137).

Como se pode observar, Sells apresenta um esquema

para explicar o stress numa perspectiva cognitivista, onde a

influência da teoria da informação é pregnante, considerando

também as diferenças individuais.

Sells volta sua preocupaçao para a maneira pela

qual se dá o controle cognitivo ao invés de se deter somente

nas reações analisadas fisiologicamente. Assim sendo, enfatiza

uma série de condições internas relacionadas ao stress, que i~

teragem com condições externas. O processo seria singular para

cada indivíduo, pois as diferenças individuais se encarrega

riam de proporcionar a diversidade do processo, quer dizar, ca

da indivíduo poderá experimentar uma reação e dar uma

respos-ta típica diante de uma dada situação estressora. Essas afirma

ções de Sells são subsídios para que se reconheça sua teoria

consistente com as generalizações apresentadas por Appley e

Trumbull (1967), pois além de ser interacionista, considera

diferenças individuais, variabilidade de medidas e de situa

(49)

medi-da em que mant~m toda sua ~nfase no controle cognitivo admite,

portanto, que os mecanismos determinantes das respostas com

põem um sistema cognitivo e, sendo assim, as reaçoes de stress

representam uma função mais do controle cognitivo do que das

emoções, como pretendiam Arnold [1967) e Buck (1976).

Desse modo, as formulações apresentadas por Sells

estão de acordo com as proposlções de cognitivistas como

Láza-rus principalmente e outros .

1 .3 - Tipos de Stress

o

resultados de inúmeros experimentos realizados

por Selye e outros possibilitaram a alguns investigadores cat~

gorizarem diferentes tipos de stress. A base para essa

catego-rização foi naturalmente a análise de mecanismos envolvidos

numa dada reação do organismo a um agente estessor. Esses meca

nismos em algumas circunstâncias envolvem apenas subsistemas ou

at~ mesmo sistemas isolados . Este fato permitiu a Cofer e

Appley l1976) reconhecer tais mecanismos como relacionados a

reações locais para diferenciar daqueles mecanismos que estão

relacionados a reações que envolvem o organismo em sua

totali-dade. Esse foi um dos pontos básicos no qual tais autores se

basearam para reconhecer dois tipos de stress: o sistemático e

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