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A vegetação arbórea do Parque Estadual do Morro do Diabo, município de Teodoro Sampaio, Estado de São Paulo.

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Acta bot. bras. /(2):221-230 (1988) sup!.

A VEGETACAO ARB6REA DO PARQUE ESTADUAL DO MORRO DO DIABO

MUNICipIO DE TEODORO SAMPAIO, ESTADO DE SAO PAULO. '

Joiio Batista Baitello (1) JoOO Aurelio Pastore (l) Osny Tadeu de Aguiar ( 1) Francisco Correa Serio ( 1) Carlos Eduardo F. da Silva ( 1)

RESUMO - Fez-se 0 levantamento florfstico da vegetac;ao arb6rea da floresta mes6fi1a do Parque Estadual do Morro do Diabo, Municfpio de Teodoro Sampaio, Estado de Siio Paulo (22°30'S, 52°20'W) pelos m~todos de quadrantes e parcelas, incluindo as ru-vores com dilimetro A altura do peito igual ou superior a 10 cm. A utilizac;ao dos dois m~todos deu-se em func;ao das caracterfsticas fisionomicas, solo e drenagem dos locais amostrados. 0 m~todo de quadrante envolveu 462 pontos com intervalos de 30 m., e 0 m~todo de parcelas ca. 26.900 m2 (ca. 2,7 ha.). Os parlimetros fitosso-ciol6gicos serao abordados em futuros trabalhos. Os dados florfsticos subsidiaram 0 reassentamento dos grupos faunfsticos, em especial 0 Leontopithecus chrysopygus Mikan, 1823 (mico-leii.o-preto), dentm das MeaS remanescentes. 0 "check list" inclui tamMm algumas esp&ies coletadas aleatoria-mente em outras ru-eas do Parque. Constatou-se nas ru-eas de amostragem e adjacentes 113 especies, 95 generos e 42 famflias, das quais 6 contribufram com 56% das esp&ies levanktJas. As famflias mais representativas no Parque, envolvendo todos os locais de coleta sao: Leguminosae (I3 Faboi-deae, 6 CaesaIpinioideae e 6 Mimosoideae), Rutaceae II, Meliaceae 8, Lauraceae 7, Euphorbiaceae 7 e Myrtaceae 6. A listagem das especies revela que 0 Parque Estadual do Morro do Diabo apresenta uma vegetac;ao de grande heterogeneidade florfstica.

ABSTRACT - In a mesophyll forest at the State Park of "Morro do Diabo", in the municipality of Teodoro Sampaio, State of Sao Paulo (22°30'S, 52°20'W) the floristic composition was surve-yed. The point centered quarter and quadrant methods were used to survey trees with a diameter equal or greater than 10 cm at breast height. These methods were used as a function of soil features, drainage and physionomical characteristics of the place where the samples were taken. The quarter method sampled 462 points with intervals of 30 m, and the other one had an area of approximately 26 .900 m2• The phytosociological parameters will be reported in a future paper. The floristic data were Important to the resettlement of faunistic groups, particulary Leontopithecus chrysopygus Mi-kan, 1823 ("mico-leii.o-preto") within remaining areas. The check list also included some species colected in other areas of the Park. There were verified in the sampling areas md surrondings, 113 species, 95 genera and 42 families of trees. Six (6) families contributed with 56% of the total num-ber of species. The most representative families in the Park were the following: Leguminosae 25 (13 Faboideae, 6 Caesalpinioideae and 6 Mimosoideae), Rutaceae 11, Meliaceae 8, Lauraceae 7, Euphorbiaceae 7 and Myrtaceae 6. The checklist showed that the State Park of "Morro do Diabo" has a great floristic heterogeneity.

Key-words: forest, floristic composition, State Park of "Morro do Diabo". IntrodUl;ao

o

Parque Estadual do Morro do Diabo loi criado originalmente como Reserva

Esta-dual e contava com 37.156,68 ha. de area (Campos & Heinsdijk 1970). Face a

necessida-de necessida-de construgao do reservat6rio para a Usina Hidreh~trica de. Hosana, da Companhia

Energetica de Sao Paulo, loram desapropriados 3.000 ha. as margens do rio Paranapane-rna.

(2)

222 Haitello t!l1II.. Transformada em Parque Estadual, a area conta atualmente com 34.156,68 ha.

(SAO PAULO, Leis, decretos, etc. 1986). Parte dessa area

e

coberta por mata de planalto

com interfaces com cerradao.Segundo IBGE (1970), a vegeta9ao original da regiao e en-quadrada na Forma9ao Floresta Semi-Umida do interior.

A topografia, levemente oridulada,

e

quebrada com a presen9a da eleva9ao

denomi-nada "Morro do Diabo" que alcan9a 300 m. acima do nivel das aguas adjacentes (Deshler

1975). Segundo Ventura et al. (1965-66), predomina 0 solo tipo latossolo vermelho-escuro,

fase arenosa (LEa). Referem ainda que 0 clima

e

quente de inverno seco (Cwa, na

classi-fica9ao de Koppen), com precipita9ao media anual de 1130 mm.

Campos & Heinsdijk (1970) consideraram a vegeta9ao da entao Reserva Estadual

como um dos ultimos remanescentes florestais do planalto ocidental do Estado de Sao Paulo. Para a eiabora9aO do plano de manejo, inventariaram a vegeta900, classificando-a em 6 (seis) tipos arb6reos e 1 (hum) herbaceo-arbustivo. A identifica9ao das especies

flo-restais envolvidas no inventario deu-se com base unicamente no lenho, 0 que resultou

nu-ma listagem apenas aproxinu-mada das famnu-mas e generos locais (Mainieri 1970).

o

levantamento florfstico ora apresentado, com base em parAmetros

fitossociol6gi-cos, possibilitou um conhecimento mais amplo da vegeta9ao arb6rea, fornecendo subsf-dios aos trabalhos de reassentamento de grupos faunfsticos que por for9a da inunda9ao, em parte da area estudada, foram deslocados para novas areas floristicamente seme-Ihantes.

Material e Metodos

A area estudada localiza-se no Municipio de T eodoro Sampaio, Estado de Sao Pau-lo, nas coordenadas 22"30' lat. Sui e 52°20' long. Oeste de Greenwich (Fig. 1).

MATO GROSsO

00

SUL

(3)

A vegeta-;ao do MOlTo do Diabo, Sao Paulo

223

.

0

~rojeto

foi desenvolvido nos 3.000 ha. da entao Reserva Estadual do Morro do

Dlabo, CUIOS restantes 34.156,68 ha. hoje compreenderri 0 Parque Estadual do Morro do

Diabo.

T

rata-se de uma faixa marginal do rio Paranapanema, que abrangeu aquela

Unida-de, conforme outorgado

a

Gompanhia Energ{)tica de Sao Paulo atrav{)s do Decreto

Fede-o · '

ral n- 81.689, de 19 de maio de 1978. Tal concessao deu-se para 0 aproveitamento de

energia hidraulica de trechos daquele rio, no caso a constru<;ao do Reservat6rio Hidrel{)tri-co de Rosana. A legisla<;ao vigente determina a destoca e Hidrel{)tri-consequente limpeza das

ba-cias hidraulicas artificais, razao pela qual foi considerado prioritario 0 infcio dos estudos na

faixa de 3.000 ha.

Foram instaladas 10 (dez) areas de amostragem ·fitossocioI6gica, cuja localiza<;ao baseou-se na fitofisionomia e na existE'mcia de esp{)cies de fauna em extin<;ao como a

mi-co-Ieao-preto (Leontopithecus chrysopygus Mikan, 1823).

Face ao perfodo extremamente curto para levantamento da vegeta<;ao, tendo em

vista 0 desmatamento e posterior inunda<;ao, utilizou-se os m{)todos de distancias e de

parcelas, conforme 0 tipo do material vegetal a ser levantado (mata densa, mata rala ou

mata com sub-bosque den so) e das facilidades de instala<;ao (terrenofirme, terreno umido ou terreno recoberto por duna lodosa). Assim, 4 (quatro) areas de amostragem foram le-vantadas por parcelas e 6 (seis) por quadrantes.

Em ambos os casas utilizou-se como difunetro mfnimo

a

altura do peito (DAP) 0

va-lor de 10 cm. Gada indivfduo recebeu um numero, sendo anotado a denomina<;ao vulgar regional e mensurados os parfunetros dendromlltricos (altura e diametro).

Na utiliza<;ao do m{)todo de quadrantes, a determina<;aoda distancia entre pontos de amostragem, deu-se a partir da metodologia descrita por Silva (1980). Foram medidas 100 (cem) distancias entre arvores mais pr6ximas. A distancia maxima encontrada foi dobrada, optando-se por um valor final de 30 m. Em cada ponto foram plaqueadas, por quadrante, os indivfduos mais pr6ximos com D.A.P. maior ou igual a 10 cm., correspondendo, portanto a

4 (quatro) arvores.

0

numero de pontos por area de amostragem II apresentado a seguir:

A area de amostragem 4 com 78 pontos, foi instalada a montante de cota de

inunda-<;ao do Reservat6rio, na dire<;ao aproximada Leste-Oeste. Este procedimento objetivou 0

conhecimento do local, que posteriormente foi utilizado para reassentamento de animais capturados na Area desmatada. No caso das areas de amostragem 5-7, aproveitou-se a rede de picadas tra<;adas na dire<;ao Norte-SuI, da cota de inunda<;ao do Reservat6rio at{) a margem do rio Paranapanema, distanciadas de quil6metro em quil6metro, foram incluidos os seguintes numero de pontos; area 5-175 pontos; area"6-73 pontos e area 7-102 pontos.

As instala<;oes das areas de amostragem 9 e 10 nao seguiram 0 mesmo critllrio, sendo

das ultimas a serem realizadas, quando entao 0 desmatamento ja estava bem adiantado.

Portanto, foram tra<;adas procurando abranger fisionomias ainda pouco levantadas no de-correr do trabalho, e abrangeram os seguintes numeros de pontos: area 9- 19 pontos e area 10-15 pontos. A Figura 2 ilustra a Iocaliza<;ao das areas de amostragem, que tiveram um total de 462 numero de pontos.

No levantamento por parcelas utilizou-se a forma retangular de 60 m x 75 m (area de amostragem 1 e 3), outra de 40 m x 100 m (area de amos trag em 8) e uma irregular de

13.899,50 m2 (area de amostragem 2). Esta heterogeneidade se justifica. A parcela de

(4)

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Fig. 2 , - Lo~lizaC;do das,lireas de amostragem 1'\0 Parque EsJadual do Morro do >DiabO.

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" , A 'anciUsefitossocioI6gicada vegetayao 'serA feita com base na densidade,

frequ~n

·

Cia, 'domir'fMcia e fndicede v'ajorde'impOrtfulcia. '

, ' A ' utiliza~a:o' de2 (dbis)m~todosde levarifamer'tto, parcela e :quadrante, bemcomo

parcelas de dlfereritesformas e 'tamarihos! permitirA uma:rlca discussao sbbre aaplio8bili-dade

005

mesmos,

beM'corTloa

compara'9l:ioCio's' resultados 'encontrados: " , ' ,i, i , , '

, ': ,,0'

levaht;:imentb ;florfstic,o fol executadb ' preferehcialmente nas cireas deamostragem, estando 0 materia:,rc;oletado depOsitado no''HerbAfici D. Bento Picl<el (SPSF}/ ddlhStituto Flprestal,

e,

no' HerbArio da Companhia Energ~tica de Sao Paulo (CESP), loc'alizado em

Promiss~o (SP). ' "

A iqentifica~ao do material botAnico foifeita mediante consulta

a

literatura especiali-zada, em herbMos e, atrav~s de especialistas.

o

materiallenhoso foi retirado atrav~$ ' de m~todo nao destrutivo, com a ajuda de ser-ra, formao e macete, aplicando-se no local da retirada da amostser-ra, solu~ao de BO/ode pen-taclorofenol em qu~ro;1:ene, evitando-se assim 0 ataque de orgahrsmos xil6fagos. As amostras coletadas, num total de 203, estao depositadas na Xilbteca (SPSFw) do lristituto

Flor~sta:l. ' ' " ,: '

. A id~ntifica~ao do material lenhoso foi elaborada a partir db pr6prio materlal e

'tam-b~

, at'ra:ve

,s

de cortes histoi6giCos.

Resultado$

i,,' '1. I

, 0

levantamento 'floristico realizado .nas cireas amostradas., e, a partir dal), c;:Q)etas ale'at6rias nas demais regi6es do Parque Estadual do Morro.dO,DjabQ,,re,velou grqli1Q~ t,l,ete-rogeneidade de esp~cies no estrato arb6reo. Quer. se com a 'iQcl.usao das col~tas ,aleat6-rias"fora da amostragem;' representar 0 maio!' numero possivel d ~ ,esp~cies. Nq.9Gasiap da publicat;al),dbtratamentb fitossociol6gico, serAfeita men~ao a elas"sem no en,tanto,

qUlin-tificA-las. < i. '

(5)

A vegeta~ao do MOlTo do Diabo, Sao Paulo 225

Tabela 1 - Rela9ao das especies levantadas no Parque Estadual do Morro do Diabo,

Teodoro Sampaio (SP), com suas respectivas famOias e nomes vulgares regionais.

FAMiLiASI ESPECIES

ANACARDIACEAE

Astronium graveolens Jacq.

Tapirira guianensis Aubl.

ANNONACEAE

Duguetia lanceolata St.-Hil.

Xylopia brasiliensis Spreng.

APOCYNACEAE

Aspidosperma cylindrocarpum Muller Arg.

Aspidosperma polyneuron Muller Arg.

Peschierafuchsiaefolia Miers. ARALIACEAE

Didymopanax morototoni (Aubl.) Decais.

BIGNONIACEAE

Tabebuia sp.

Tabebuia avellanedae Lorentz ex Grisebach.

Zeyheria tuberculosa (Veil.) Bur.

BOMBACACEAE

Chorisia speciosa A. St.-Hil. BORAGINACEAE

Cordia ecalyculata Veil.

Cordia trichotoma (Veil.) Arrab.

Patagonu[a americana L.

BURSERACEAE

Protium heptaphyllyin March.

CARICACEAE

Jacaratia spinosa (Aubl.) A. DC. COMBRETACEAE

Terminalia sp.

Tenninalia brasiliensis Eichl.

COMPO SITAE

Gochnatia polymorpluJ (Less.) Cabr.

NOMES VULGARES

guarit~

peito-de-pombo

pindaiba

pimenta-de-macaco

peroba-poca peroba-rosa leiteiro

mandioqueira

ipe-amarelo ipe-roxo ipe-tabaco

paineira

canela-preta louro-pardo guaiuvira

almecega

jacarati~

(6)

226

FAMiLiASI ESPECIES

ELAEOCARPACEAE

Sloanea cf. gracilis Vitt.

Sloanea guianensis Benth. ERYTHROXYLACEAE

Erythroxylum cf. myrsinitis Mart.

EUPHORBIACEAE

Aetinostemon eoncolor (Spreng.) M. Arg.

Alehomea triplinervia (Spreng.) M. Arg.

Crotonjloribundus Spreng.

Croton urueurana Bail.

Sapium Iongifolium M. Arg.

Sebastiana edwalliana Pax. et

K.

Hoff.

Savia dyetioearpa Muell. Arg.

FLACOURTIACEAE

Casearia gossypiosperma Briquet.

Casearia sylvestris Sw. GUTIIFERAE

Rheedia gardneriana Tr. et PI.

LAURACEAE

Cryptoearya mosehata Nees.

Endlieheria panieulata (Spreng.) Macbride.

Neetandra megapotamiea (Spreng.) Mez.

Neetandra membranaeea (Sw) Griseb. ssp. euspidata (Nees) Rohwer

Oeotea eorymbosa (Meissn.) Mez.

Oeotea diospyrifolia (Meissn.) Mez.

Oeotea elegans Mez. LECYTHIDACEAE

Cariniana estrellensis (Raddi) O.Ktze

LEGUMINOSAE CAESALPINIOIDEAE

Apuleia leioearpa (Vog.) Macbr.

Cassiaferruginea Schrad.

Copaijera langsdorffii Desf.

Holoealyx balansae Mich.

Hymenaea sp.

Hymenaea sp.

Peltophorum dubium (Spreng.) Taubert.

Senna maeranthera (Coiled.) I. et B.

Baitello naL.

cant.

NOMES VULGARES

urueum

roxinho tapiA capixingui sangue-de-drago leiteiro

roxinho guaraiuva

espeteiro espeteiro

limiiozinho

canela-batalha caneliio canelinha

canela-amarela canela

canela

canelinha-cheirosa

jequitibA-branco

carapa canafrstula 6Ieo-de-coparba alecrim-de-campinas

(7)

A vegeta~ao do Morro do Diabo, Sao Paulo

FAMiLlASI ESPECIES

LEGUMINOSAE FABOIDEAE

Erythrina crista-galli L.

Lonchocarpus guilleminianus (Tul.) Malme

Lonchocarpus leucanthus Burkart.

Machaerium brasiliensis Vog.

Machaerium nictitans (Veil.) Benth.

Machaerium stipitatum (DC.) Vog.

Myrocarpus Jrondosus Fr. Allem.

Myroxylon balsamum (L.) Harms

Platypodium elegans Vag.

Poecylanthe parvijlora Benth.

Pterodon pubescens Benth.

Pterogyne nitens Tul.

SweetiaJruticosa Spreng. LEGUMINOSAE MIMOSOIDEAE

Acacia polyphylla DC.

Anadenantherafalcata (Benth.) Speg.

Enterolobium contortisiliquum (Veil.) Morang.

lnga marginata Wi lid.

Parapiptadenia rigida (Benth.) Brenan.

PitheceUobium edwallii Hoehne.

MAGNOLIACEAE

Talauma ovala St.-Hi!.

MALVACEAE

Bastardiopsis densijlora (Hook et Am.) Hassler.

MELASTOMAT ACEAE

Miconia latecrenata (DC.) Naud. MELIACEAE

Cabralea canjerana (Veil.) Mart. ssp. canjerana Cedrela fissilis Veil.

Guarea guidonia (L.) Sleumer

Guarea macrophylla Vahl. subsp. tuberculata (Veil.) Penn.

Trichilia casaretti C. DC.

Trichilia catigua A. Juss.

Trichilia elegans A. Juss. subsp. elegans Trichilia pallida Swartz.

MORACEAE

Cecropia d. cinerea Miq.

Chlorophora tinctoria (L.) Gaud.

Ficus enormis (Mart. ex Miq.) Miq.

Sorocea ilicifolium Miq.

227

cont.

NOMES VULGARES

suina feijao-cru embira-de-sapo sapuvao bico-de-pato sapuva 6leo-pardo cabreuva

amendoim-do-campo corac;:ao-de-negro sucupira

amendoim-bravo guaic;:ara

monjoleiro angico-preto tamboril

angico-vermelho farinha-seca

baguac;:u

algodoeiro

jacatirao, tangarcl

canjerana cedro-rosa

amarelinho

marinheiro

embauba taiuva

(8)

228

FAMiLiASI ESPECIES

MYRTACEAE

Calyptranthes sp.

Campomanesia cf. maschalantha Kiaersk.

Eugenia brasiliensis Lam.

Eugenia cf. punicifolia (H.B.K.) DC.

Myrceugenia ovata Berg.

Myrcia breviramis (Berg.) Legr.

Myrcia rostrata DC.

Myrciaria sp. NYCTAGINACEAE

Boungainvilea arborea Glaziou OLACACEAE

Tetrastylidium eng/erii Schwacke OPILIACEAE

Agonandra brasiliensis Miers.

PALMAE

Syagrus romanzoffiana (Cham.) Glassman.

PHYTOLACACEAE

Gallesia gorazema (Veil.) Moq. POL YGONACEAE

Ruprechlia laxiflora Meissn.

Triplaris surinamensis Cham. PROTEACEAE

Roupala brasiliensis Klotzsch. POL YGALACEAE

1 especie

RHAMNACEAE

Colubrina rujla Reiss ROSACEAE

Prunus sellowii Koehne

RUBIACEAE

Genipa americana L.

Baitello et oJ.

cont.

NOMES VULGARES

gabiroba

pitanQa

carvaozinho cambui

flor-roxa

mandigau

tatu

coqueiro-tupi

pau-d'alho

falso-triplaris pau-de-formiga

carne-de-vaca

pessegueiro-bravo

(9)

A vegeta"ao do Morro do Diabo, Sao Paulo

FAMiuASI ESPECIES

RUTACEAE

Balfourodendron riedelianwn (Engl.) Engl.

Esenbeckia grandiflora Mart.

Helietha Iongifoliata Britton

Metrodorea atropurpurea Fisch.

Metrodorea Iligra St.-Hill.

Pilocarpus pellllat(folius Lem.

Pilocarpus spicatus St.-Hil. ssp. spicatlls Zanthoxylum chiloperol/e Mart.

Zalllhoxylum hiemale St.-Hil.

ulIItllOxylilln cf. reglleliallll1n Engl.

Zanthoxylum riedelianum Engl.

SAPINDACEAE

Allophyllus edulis (St. HiL) Radlk.

Diatelwpteryx sorbifolia Radlk.

SAPOTACEAE

Chrysophyllum gOlwcarpwn (Mart. et Eichler) Engl. TILACEAE

Luehea divaricata Mart.

VOCHYSIACEAE

Vochysia tucallOrwn Mart. ULMACEAE

Trema micralltha (L) Blume.

229

cont.

NOMES VULGARES

pau-marfim

amarelinho canela-de-cotia chupa-ferro jaborandi jaborandi mamica

mamica-de-porca mamica-de-porca mamica-de-cadela

amarelinho correeira

guatambu-de-Ieite

agoita-cavalo

pau-de-vinho

pau-p6lvora

Da analise da listagem apresentada, constata-se que a famnia mais representada na area, incluindo-se a de amostragem e adjaeeneias, e Leguminosae com 25 especies (13

Faboideae. 6 Caesalpinioideae e 6 Mimosoideae). Desta, a subfamnia Faboideae encerra 0

maior numero de especies de todas as famOias levantadas. Em seguida estao Rutaceae (11 especies). MeJiaceae (8 especies), Lauraceae (7 especies), Euphorbiaceae (7 espe-cies) e Myrtaceae (6 espeespe-cies). No conjunto as famnias citadas representam ca. de 56% do total das especies inclufdas na presente listagem. Tais especies estao englobadas em 95 generos.

Discussao e ConclusOes

Campos & Heinsdijk (1970) realizaram 0 inventario florestal do Morro do Diabo com

o fim de estabelecer um metodo de manejo daquela fioresta. Inventariaram 0,4 ha. e, das

especies. eomputou-se 0 volume da madeira em pe, sem casca. Utilizaram arvores

(10)

230 Baitello eI DI.

Coube a Mainieri (1970) a identifica<;:ao das espec'ies, a partir da estrutura do lenho e

casca Segundo 0 citado autor, 0 estudo anatomico macro e microsc6pico pode contribuir

para a solu<;:ao de problemas de identifica<;:ao mas, a defini<;:ao da especie, s6 podera ser feita quando comparada com padroes de lenho classificados botanicamente. Muitas duvi-das ace rca da identidade botanica duvi-das especies foram resolviduvi-das, pois coletou-se no

pre-sente trabalho, 0 lenho e 0 respectivo material botanico. Como era de se esperar, houve

um acrescimo de 29 g(meros dos 55 identificados porMainieri (1970), em vista da menor

area de arnostragem e de parametros mais restritivos estabelecidos por Campos &

Heins-dijk (1970).

A diversidade generica arb6rea da floresta do Morro do Diabo situa-se dentro dos padr6es de heterogeneidade das florestas do Estado de Sao Paulo, conforme Assump<;:ao

eta/. (1982).

as diferentes estudos nas florestas do Estado de Stio Paulo tem revelado que ao ni-vel de famnias e, em certos casos de gemeros, as que apresentam maior riqueza floristica sao: Leguminosae, Myrtaceae, Rutaceae, Euphorbiaceae, Lauraceae e Meliaceae.

Varia<;:6es podem ocorrer, conforme relatam Bertoni et al. (1982), que concluiram que

M

diferen<;:as entre rnatas inundaveis e nao inundaveis, tanto ao nivel de famnia quanto ao

nivel de especie, em decorr€mcia de comportamentos diferentes conforme 0 ambiente.

A heterogeneidade floristica de nossas matas abriga um patrimonio genetico ainda suficientepara qualquer investimento em processos de recupera<;:ao de areas degradadas e estudos da potencialidade silvicultural das espllcies florestais.

Tendo em vista que 0 presente trabalho desenvolveu-se basicarnente em area de

inunda<;:ao periodica do rio Paranapanema, seu resultado originou uma listagem de

espll-cies ocorrentes, potencialmente adequadas para 0 repovoamento das matas cilia res

de-gradadas do Estado de Sao Paulo.

Referencias Bibliognificas

ASSUMP<;:AO, C.T.; LEITAo FILHO, H.F. & CESAR, O. 1982. Descri<;ao das matas da Fazenda l3ar-reiro Rico, SP. Revta brasil. Bot., Sao Paulo, 5(112): 53-66. _ • BERTONI, J.E.A.; STUBBLEBINE, W.H.; MARTINS, F.R. & LEIT AO FILHO, H.F. 1982. Nota

pre-via; com~1io fitossociol6gica das principais especies de florestas de terra firrne e <Ie Vllrzea na Re-serva Estadual de Porto Ferreira (SP). In: CONGRESSO NACIONAL SOBRE ESSENCIAS NATI-VAS, Campos do Jordiio - SP., set. 12-18, 1982. Anais .. .silvie. Sao Paulo, Sao Paulo, 16A:563-57 1. Pt. 1 (Edi<;1io Especial)

CAMPOS, J.C.C. "& HEINSDIJK, D. 1970. A floresta do Morro do Diabo.silvie. Sao Pauio, Sao Paulo, 7:43-58.

DESHLER, W.O. 1975. Recomenda<;Oes para 0 manejo do Morro do Diabo. Sao Paulo, Instituto Flores-tal. Public. IF, 6. Sao Paulo. ,

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MAINIERI, C. 1970. Madeiras do Parque Estadual do Morro do Diabo. Silvie. Sao Paulo, Siio Paulo, 7: 147-150.

sAo PAULO. Leis, decretos, etc. 1986. Decreto n2 25.342 de 4 de junho de 1986. Diario Ojieial, Sao Paulo, 96(104): 4, 5 dejun. 1986.

SILVA, A.F. 1980. Composifao jlorfstiea e estrutura de wn trecho da I1U1ta atlantica de Ubacllba ISP). Disserta<;ao de Mestrado. UNICAMP. Campinas.

Imagem

Fig. 1  - Localiza~ao  do Parque Estadual  do  Morro  do  Diabo no Estado  de  sao  Paulo
Fig. 2 , - Lo~lizaC;do  das,lireas de amostragem  1'\0  Parque EsJadual do Morro do &gt;DiabO

Referências

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