• Nenhum resultado encontrado

ATIVIDADES DE ENFERMAGEM NA VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA.

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2017

Share "ATIVIDADES DE ENFERMAGEM NA VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA."

Copied!
20
0
0

Texto

(1)

RBEN 31 : 157-176, 1978

ATIVI DADES DE ENFERMAGEM NA VIGILÂNCIA

EPIDEMIOLóGICA

* *

Maria Valderez Borges ·

BEn/02

BORGES, M.V. - Atividades de enfermagem na vigllância epidemiológica. ev. Brs. Enf.; DF, 30 : 157-176, 1978.

1. INTRODUÇAO

A saúde comunitária abrange um con­ Junto de ações multisetoriais conduzids para alcançar melhores níveis de saúde da população e/ou para manter níveis condizentes jã alcançados.

A implementação de ações de saúde comunitária depende de duas concorren­ tes de fatores: políticos e técnicos. A pri­ mei!a dificilmente pode ser conduzida a uma sistematização segundo as necessi­ dades reais, pos está condicionada ao de­ senvolvimento social. A sgnda, embo­ ra freqüentemente tolhida pela primei­ ra, preocupa-se com sistematização e aplicação extensiva dos avanços cientí­ ficos conhecidos e dos métodos e técni­ cs eficazes para alcançar níveis sats­ fatórios de saúde comunitária. A epide­ miologia é m desses instrumentos da ciência que contr1bui decisivamente pa­ ra avaliar o estado de saúde de uma co­ munidade e os fatores que condicionam sua evolução e tendências.

Pela sua importância fundamental pa­ ra estudar e vigilr a morbidade e mor­ talidade se impõe a necessidade de s­ tender alguns de seus métodos a todos os níveis operacionais dos serviços de saúde, o que determina a ampa utiliza­ ção da infra-estrutura existente. Desse modo, muits das atividades antes do domíio exclusivo dos especialistas fo­ ram integradas no trabalho diário da equipe das Unidades Básicas de Saúde. Ao pessoal de enfermagem, como com­ ponente da infra-estrutura, cabe uma ampla participação nas várias áreas da epidemiologia e entre elas na vigilância epidemiológica.

2 . CONCEITO DE IGANCIA EPIDEMIOGICA

Epidemiologia é o estudo da distribui­ ção da enfermidade e das determinantes de sua prevalênCia em grupos humanos. Hstoricamente a epidemiologia abrangia somente o estudo de enfermidades epidê­ micas, como a cólera, a peste. Hoje o

• nfemeira da Fundação Serviços de Saúde Pública.

•• Trabalho apresentado nas Reuniões de Enfermeiras promovidas pela Divisão de Saú­ de da FSESP em Santarém e Penedo - 1976.

(2)

BORGES, M.V. - Atividades de enfermagem na vigilância epidemiológica. Rev. Brs. Enf.; DF, 30 : 157-176, 1978.

campo da epidemiologia foi expandido a todas as doençs, independente de sua freqüência apresentar flutuações epidê­ micas.

Duas são as áreas da epidemiologia: o estudo da distribuição da doença e a interpretação da distribuição encontrada. A primeira, descreve a distribuição do estudo de saúde em termos de idade, sexo, raça, área geográfica etc., e pode­ ria· ser considerada como uma extensão da demografia no campo da saúde. A se ­ gunda envolve a interpretação da dis: tribuição em termos dos possíveis fato­ res causais. A vigilância epidemiOlógica é a implementação dinâmica das ativi··· dades implícitas nas áreas de epidemio­ logia.

O desenvolvimento dinâmico daquelas atividades requer a existência de um sis o tema de saúde com níveis operacionai, ou assistenciais mais definidos cuja ad­ ministração fomente a sua realizaçãJ em maior ou menor grau de complexi­ dade segundo os recursos existentes em cada nível. Quando não existe uma es­ trutura de saúde já funcionando a vigi­ lância epidemiológica pode ser estabele­ cida como sistema vertical conforme vem sendo realizada no controle de al.gumas doenças: malária, peste, oncocercose, fe­ bre amarela e outras.

As informações derivadas nos serviços de saúde sobre uma enfermidade na po­ pulação tem aplicação imediata que se traduz em ações de controle e preven­ ção (Vigilância epidemiológica) e tam­ bém tem aplicação mediata uma vez que dão origem a novos conhecimentos diri­ gidos à identificação de fatores causais das doenças (investigação epidemioló­ gica) . Em todo este processo existe uma mútua retro alimentação de conhecimen­ tos. Portanto, a vigilância epidemiOlógi­ ca integrada às ações básicas de saúde abrange s seguints ações:

• Unidades Básicas de Saúde.

158

a) determinação e coleta dos dados necesários para diagnóstico da si­ tuação nosológica (de uma ou mais

doenças) do país;

b) identificação das determinantes da doença e das medidas disponí­ veis para prevenção;

c) avaliação dos métodos de contro­ le e sua influência sobre a doença ; d) observação da história natural da

doença e sua classificação; e) recomendação das medidas de con­

trole e distribuição da informação.

3. VIGILANCIA EPIDEMIOLóGICA E NíVEIS ASSISTENCIAIS

Desde que as funções da vigilância. epidemiológica foram ampliadas e inte­ gradas às ações básicas de saúde comu­ nitária, se impôs a necessidade de con­ tribuição de outras ciências como a so­ ciologia, a micrObiologia, como de outros profissionais que podem influenciar na saúde da comunidade. Conseqüentemen­ te, se fez necessário determinar a parti­ cipação dos diferentes trabalhadores de saúde, na Vigilância epidemiOlógica, pa­ ra melhor utilização dos recursos eis­ tentes.

É importante lembrar que a epidemio­ logia em seu mais amplo sentido é a aplicação contínua do método analítico de pensamento para solucionar proble­ mas. Isto determina a· imperiosa neces­ sidade de preparar o pessoal de acordo com a sua categoria e nível assistencial onde está alocado.

(3)

BORGES, M.V. - Atividades de enfermagem na vigilância epidemiológica. Rev. Bra. Enf. ; DF, 30 : 157-176, 1978.

como componentes do planejamento em saúde. Sem esta preparação o profisio­ nal técnico-científico

ão terá condição de exercer responsabilidades que impli­ cam na aplicação de medids para man­ ter a saúde comunitária livre de perigos potenciais.

O desenvolvimento da vigilância epi­ demiOlógica determina a realização de uma cadeia de atividades que demand. a utilização planejada de todos os níveis assistenciais, inclusive aquele que é ope­ rado sém médico pemanente. portanto, o pessoal auxillar também participa am­ plamente nas atividades de · vigilância epidemiológica.

Conforme j á foi referido anteriormen­ te a vigilância epidemiológica é parte integrante do conjunto de ações de Saú­ de pública. A sua utilidade fundamental é definir políticas de saúde e avaliar 03 efeitos das ações de saúde implícitas na­ quelas. Conseqüentemente, o planeja­ mento em saúde é um instrumento bási­ co da vigilância epidemiológica, vez que para determinar quais as sus ações, é indispensável realizar um prévio dig­ nóstico da situação, estabelecer um pro­ pósito epidemiológico, os objetiVOS a cur­ to e longo prazo, as prioridades e as me­ tas quantitativas correspondentes. Por conseguinte, todo programa de saúde com base em um diagnóstico e cujo pla­ no de ação seja fundamentado em um propósito epidemiológico e em objetivos específicos, impliCitamente as suas ações abrangem a vigilância epidemiológica. Por exemplo, o programa de assistência materno-infantil em uma região ou área programática cujo diagnóstico de saúde demonstre elevados coeficientes de mor­ talidade infantil, deverá ter como pro­ pósito epidemiológico global reduzir x% da mortalidade infantil em um n.O y de anos. Os objetivos deste programa deve­ rão especificar as ações que devein ser realizadàs para alcançar aquele propó­ sito e por seu lado, as metas determina­ rão quantitativamente as atividades que

devem ser implementads em cada par­ cela do total de anos estabelecidos no propósito epidemiológico. No caso, a vi­ gilânCia epidemiológica implica em co­ nhecer, investigar e registrar s causas de morbidade e mortalidade ; recomendar as ações e a política para reduzí-Ias, avaliar e divulgar resultados e recomen­ dar reajustes. Desse modo, as atividadé"s de vigilância epidemiológica são desen­ volvidas com maior ou menor grau de diferenciação em todos os níveis opera­ cionais do sistema de saúde existente.

Por outro lado, em um sistema de prestações de serviços de saúde que aten · de exclusivamente a demanda, dificil­ mente se poderá implementar Vigilância epidemiOlógica. Pode-se entretanto, con­ tar com um elemento de alerta que é a freqüência de ocorrência de uma doença segundo os registros de diagnósticos mé­ dicos.

Tomando como base quatro níveis as­ sistenciais de saúde, foram considerados quatro níveis de vigilância epidemioló­ gica segundo a qualidade de informação produzida sobre a mortalidade e a mor­ bidade, em função do grau de desenvol­ vimento e disponibilldade de recursos existentes em cada nível, os quais indi­ camos a seguir:

_ Vigilância epidemiológica simplifi­ cada baseada na identificação de grupo de sintomas.

_ Vigilância clínica, baseada no diag­ nóstico clínico de enfermidades.

_ Vigilância de laboratórb baseado no diagnóstico confirmado por la­ boratório.

_ Vigilância intensificada com base

na investigação exaustiva ·de can. caso fatal de determinadas doen­ ças e dos fatores condicionantes.

Para que estes quatro níveis de vigi­ lância possam ser implementados com­ tituindo uma só cadeia com integração e continuidade ds ações, é indispensã · vel que se elabOrem normas pertinentes

(4)

BORGES, M.V. - Atividades de enfermagem na vigilância epidemiológica. Rev. Bras. Enf.; DF, 30 : 157-176, 1978.

às distintas funções do sistema, tais co­ mo: normas para produção de dados, de registro, de notificação, de análise, de apresentação, de divulgação e de ava­ liação.

Ests normas devem ser elaboradas por um grupo múltipofissional capaz de definir o papel de cada componente da equipe de saúde na vigilância epide­ miológica e nos diferentes níveis opera­ cionais.

4. PROPóSITOS E OBJETIVOS DA VIGIANCIA EPIDEMIOLóGICA O propósito e os objetivos da vigilân­ cia epidemiológica podem definir-se co · mo os sguintes :

Propósito Geral :

- Manter m conhecimento perma­ nente atualizado do comportamen­ to da morbidade e mortalidade na área programática e dos fatores que condicionam sua evolução e tendências, que sirva de base para o planej amento e execução das ações de saúde e para avaliar seus resultados.

Objetivos :

- Determinar e revisar permanente­ mente a situação epidemiológic. da área programática incluindo a identificação e investigação roti­ neira das situações anormais. - Estabelecer critérios para orientar

e recomendar ações de prevenção e controle das doenças na comuni­ dade.

- Promover e paticipar na avaliação dos efeitos das ações de saúde. - Incrementar e orientar a investi­

gação epidemiológica básica e apli­ cada.

O alcance daqueles objetivos como j á se afirmou anteriormente depende da capacidade dos serviços de saúde para implementar as funções da vigilância epidemiológica, tais como :

160

- Produção e informação de dados ; - Registro;

- Notificação; - Apresentação;

- Análise e interpretação;

- Recomendação e implementação das medidas de controle ;

- Distribuição da infomação ; - Avaliação e supervsão destas

ati-vidades.

Para dar uma idéia mais precisa sobre as implicações do trabalio a ser reali­ zado para implementar cada uma des­ tas funções descreve-se a seguir, em li­ nhas gerais o que elas representam.

Produção e informação de dados Abrange todas as atividades que con­ duzem ao conhecimento dos fatos: doen­ ça, morte e fatores condicionantes, com maior ou menor grau de precisão segun­ do o nível assistencial. Portanto, com­ preende todas as informações produzidas pelas Unidades de Saúde e seu produto determina o nível de saúde da comuni­ dade e os fatores que o condicionam.

Desse modo, a informação produzida deve servir como base para tomar deci­ sões, planificar e executar ações de saú­ de, bem como para avaliar o impactJ das mesmas sobre a saúde da comuni­ dade. Por conseguinte, as informações produzidas pelas Unidades de Saúde tan­ to através das atividades que elas reali­ zam como das que elas coletam de ou­ tras instituições, constituem esta função e a sua realização deve ter como base os objetivos dos programas de saúde e en­ tre eles o de vigilância epidemiológica.

(5)

ORGES, M.V. - Atividades de enfermagem na vigilância epidemiológica. Rev. Bas. Enf. ; DF, 30 : 157-176, 1978.

procedimentos para colheita, conserva­ ção e envio das amostras; determinar quais são os fatores condicionantes que devem ser identificados, onde e como.

Quando não existe uma estrutura for­ mal de saúde as informações indispen-' sáveis para identificar uma situação anormal, podem ser obtidas através de investigação, levantamentos, além · da cooperação que a comunidade está apta a prestar.

Registro

Esta função é constituída por todas as tarefas realizadas pelo essoal de saú­ de para registrar os fatos ocasionados por uma doença ou por um processo fi­ siológico específico, como a gravidez, o crescimento e desenvolvimento da crian­ ça etc., asim como as medidas tomadal para proteção da saúde como as imuni­ zações. Portanto, abrange todo trabalho relacionado ao manejo de formulários padronizads tanto para os registros in­ dividuais do caso como os mapas de con­ solidação semanal e mensal.

Dada a importância dos dados de mortalidade para a vigilância epidemio­ lógica e devido a insuficiêncfa de regis­ tro destes dados nas Unidades de Saúde é necessário estabelecer mecanismos pa­ ra melhorar tanto a quantidade como a qualidade dos mesmos. Para vigilância epidemiológica é importante conhecer não somente os óbitos cujos pacientes foram inscritos e receberam tratamento na Unidade de Saúde, como · também aquelas mortes cujas vítimas não esta­ vam inscrits no serviço. Portanto, é indispensável manter uma estratégia de entrosamento com as autoridades res­ ponsáveis pelo registro de óbitos para que todos os certificados de óbitos se­ j am encaminhados à Unidade de Saúde para confirmação da causa da mortc. Por outro lado, é necessário que um fun­ cionário do Serviço de Saúde mensal­ mente visite o cartório e colete os da­ dos de mortalidade. Nas localidades que

não contam com cartório para registro de óbitos, o pessoal auxll1ar ds Unida­ des de Saúde deve ser orientado para descobrir através de seu trabalho na co­ munidade todos os óbitos ocorridos e re­ gistrá-los em formulário observando nor­ mas específicas.

Notificação

É uma função de importância trans­ cendental que deve ser transmitida de um a outro nível da estrutura dos Ser­ viços de Saúde, observando norms es­ p�cíficas de notificação, que determinam quem deve notificar (médico e outro pessoal) , a quem enviar e quando (no­ tificação imediata, semanal, mensal, tri­ mestral etc.) .

Existem algumas dienças cuja notifi­ cação é de obrigatoriedade internacional a fim de que sejam estabelecidas, de imediato, medidas de vigUância de fron­ teira e portos para evitar a dissemina­ ção entre países e continentes. Segundo o Regulamento Sanitário Internacional, atualmente, são quatro as enfermidades de notificação compulsória internacio­

nal: cólera, peste, varíola e febre ama­ re1a. Além disso a Organização Mundial

da Saúde mantém sob vigilância epide­ miológica a poliomielite. a malária e a influenza devendo portanto os países no­ tificar àquela entidade os casos ocor­ ridos.

Cada país determina quais as doen­ ças que merecem notificação nacional compusóia. No BrasU, segundo a Lei Federal n.o 6.259 de 1975, regulamentada pelo Decreto n.o 78.231, de agosto de

1976, são doenças de notificação com · pulsória, além das estabelecidas no Regulamento Sanitário Internacional, aquels "constantes da relação elabora­ da pelo Ministério da Saúde, para cada Unidade da Federação, a ser atualizada periodicamente" .

Entretanto, atualmente, a pol1omieli­ te, a raiva, a doença mengocócica e a varíola estão sob vigilância epidemio

(6)

ORGES, M.V. - Atividades de enfermagem na vigilância epidemiológica. ev. Bs. Enf.; DF, 30 : 157-176, 1978.

lógica que requer investigação e confir­ mação de csos.

Apresentação de Dado

Esta função é realizada no nível ope­ racional que conta com elemento de es­ tatística que ordena os fatos registrados e os apresenta por área urbana e rural, conforme o caso, dos municípios, Esta­ dos e regiões, agrupados por idade, sexo etc., como por exemplo vacinas rea­ lizads, estrutura da população, gestan­ tes inscritas etc. A apresentação é feIta observando critérios de comparação e relação, gráficos demonstrativos etc., se­ gindO normas específicas.

Análise, Interpretação e Distribuição da Informação

Estas funções são realizadas nos níveis dos serviços de saúde que contam com epidemiólogo para fazer a interpretação epidemiológIca da informação recebida dos níveis subordinados, determinar pa­ râmetros de avaliação e indicadores de saúde, estabelecer as medidas e reco­ mendações para controle e difundir a informação (situação, tendência previs­ ta, medidas e normas de controle) , me­ diante boletim epidemiológico ou outo sistema. O sistema de informação não deve limitar-se às autoridades de saúde. O desenvolvimento de programas de saú­

de requer a participação das comunida­ des beneficiadas, principalmente nas áreas rurais. É importante que s co­ munidades tomem consciência de seus prOblemas de saúde e das medidas adé­ quadas para seu controle.

Avaliação e Supervisão

É uma função realizada pela equip� multIprofissional dos serviços de saúde para ssegurar a implementação das normas de produção e coleta de dados, registro, notificàção, apresentação etc., a fim de que oS objetivos da vigllância sejam alcançados. A informação

produ-12

zida pelos níveis assistenciais dePois de analsada e interpretada fundamenta a realização desta função.

5 . AVIDADES DO PESSOL DE ENFERMAGEM

A participação da enfermagem na epi­ demiOlogia tradicional, segundo a litera­ tura existente e até mesmo nos progra­ mas de ensino das Escolas de Enferma­ gem, é muito limitada. Entretanto, a implementação atual da vigllância epi­ demiológica incorporada à dinâmica de trabalho de todos os níveis assistencIais demanda ampla participação dese pes­ soal. Desse modo, a preparação da en­ fermeira em epIdemiOlogia é indspensá­ vel para que ela seja capaz de desempe­ nhar eficazmente seu papel no planeja­ mento, execução e avaliação dos prograJ mas de saúde. portanto, os crsos pós­ graduação que incluem o estudo de de­ mografia, epidemiOlogia e estatística são indispensáveis para complementar a preparação das enfermeiras que desem­ penham função de administração de en­ fermagem, seja chefia ou supervisão dos grandes hospitais e dos níveis central e regional dos serviços de saúde comuni­ tária. A função da enfermerra como ad-' ministradora de enfermagem inclui res­ ponsabilldades cujo desempenho deende de um bom conhecimento de vigllância epidemiológica, como se pode constatar pela descrição das atribuições inerentes a estes cargos:

- Determinação dos fatores específi­ cos que identifiquem uma doença como prOblema de saúde pública. - Estabelecimento de prioridade para

a implantação da assistência de en­ fermagem.

_ Determinação e distribição de re­ cursos de enfermgem íe acordo com a situação e a magnitude do . . problema.

(7)

BORGES, M.V. - Atividades de enfermagem na vigilância epidemiológica. Rev. Bras.

Enf.; DF, 30 : 157-176, 1978.

continuidade das ações entre os di­ ferentes níveis dos serviços. - Participação na avaliação das me­

didas de controle de uma ou de um grupo de doenças ou de uma situação fisiológica, para o estabe­ lecimento de decisões e reajustes. - Treinamento de pessoal para exe­

cutar norms de controle.

- Coordenação com outros recursos da càmunidade para maior êxito das ações de saúde.

Por outro lado, a enfermeira respon­ sável, a nível local, pelo desenvolvimen­ to da estratégia das ações de saúde pàra alcançar objetivos e metas dos progra­ mas de saúde, requer também uma pre­ paração em epidemiologia compatível com o desempenho que dela se espera. Ela deve ser capaz de identificar quais, os principais problemas de saúde da co­ munidade, a viabilidade de detetar os casos de alto risco com os recursos lo­ cais e de assumir responsabilidade para implementar medidas que possam pre­ venir ou reduzir o dano.

A definição do papel da enfermagem em um programa de saúde fundamenta ­ se no propósito e objetivos daquele pro­ grama. A enfermagem é um componente básico da infra-estrutura de saúde que realiza parte das atividades para alcan­ çar os objetivos dos programas de saúde. Entretanto, por si só não promove con­ dições assistenciais satsfatórias se os demais elementos da infra-estrutura são ineficientes.

No caso da vigilância epidemiológica, como em outras ações de saúde, é ne­ cessár:o que sejam estabelecidos propó­ sitos e objetivos com bases nestes pode-se estabelecer as atividades do pesoal de enfermagem.

O pessoal de enfermagem contribui para a implementação das ações com maior ou menor intensidade depen­ dendo do grau de diferenciação do

ní-vel operacional dos serviços. No anexo deste trabalho são descritas as ativida­

des que o pessoal de enfermagem pode desenvolver na vigilância epidemiológi­ ca da Poliomielite, nos níveis operacio­ nais da FSESP, com base nos objetivos estabelecidos pela DEESI. A Poliomieli­ te é uma das quatro doenças cuja vigi ­ lância está sob controle da OMS. Par. orientar os paises a OMS preparou uma guia técnica com as normas básicas para implementação de vigilância epidemioló­ gica da referida enfermidade.

Num país como o Brasil onde já se conta com uma ampla infra-estrutur. de saúde, basicamente as atividades de vigilância epidemiológica consistem de uma eficiente utilização do pessoal e dos serviços de saúde j á existentes para no ­

tificar e investigar oportunamente os ca­ sos suspeitos clinicamente de Poliomieli­ te Paralítica e seus comunicantes, bem como para avaliar rapidamente a extes­ são do problema local e para aplicar as medidas de controle. Algumas ações da Vigilância requerem serviços de labora­ tórios especializados capazes de isolar o vírus da pólio, de realizar estudos soro­ lógicos, de identificar os tipos de polivi·· rus responsáveis pela doença para ava­ liação da vacina. Portanto, a DEESI es­ tabeleceu os seguintes 'objetivos para a vigilância epidemiOlógica da Poliomielité no país:

a) "acompanhamento atualizado das dimensões reais da íncidência ; b) identificação dos tipos de poUvirus

responsáveis;

c) verificação da eficácia da vacina através da ocorrência de casos em vacinados;

d) aprimoramento do sistema de no­ tificação;

e) caracterização dos casos segundo critérios de diagnóstico clínico; f) diagnóstico laboratorial ; g) investgação epidemiológica".

(8)

..

NEL ASSIT.

." ..

!

I

O

i

)

i �

1

I

tTVADES DE EEAGM OR NEL ASSINCIAL NA VIGNCIA PVEIO�GICA DA POLIOELE

NÇÃO DA VIGINCIA PVNIO�ICA

PODUÇÃO DE

DAOS

EGISTROS

NfPICAÇlo

ATVVADES DE NEAGM

- escob.r, medinte isits DiitiNS e interogató.o no bulató.O e b.r a ficha e A . M, toDs os casos com o seguinte gpo e sintl8: fe­ be, CO.Ba, Des e flaciea BcuLares, rJbitie parial ou total Ds Jos, ificulae respiatóia.

- Investigar e notar a ficha e A . M aB ortes ocorrias com histó.a pra queles sintoms . Reatizar o ceso Ds conicntes e vacin.os; avei -gar aB condições e oadia os Dentes i �tar a ficha e A . M.

- Registr nos olelos oiciais a FEP os CaBOS escobertos, os sins obseaD8, os nintes, vacinas aptiaas, ortes ocorias. Preen . ­ cher a ica ep.eiológia, visitar o artó.O e co.etar aDs sobre óbi­ tos ooiDs. Csotiar os Ds obtiDs em foruos esais e outos oe.os aniaaDs; enviar os boletins csotiaDs o ntvel �8istencial e poio umio.

- Notificr ieiatsnu, por ulefons, áio ou telega, a eucço e � sos cm o glO e 8ints á refe.Ds acdos e rJbitis e i­

iez Bu.. e edste idico e outa entia� soUitar sa copeaço

pa conl'r cUinte o CBO e peencher a notifiaço e a ica spi­ sio ica.

APOIJ DA NFA-ETRTUA

- Edstênoia e eleento adtir penenu a nie, com teinme!

o a ezecutar estas

ativiaes .

- Edstência e nal !

noas e medicina si!. plificaa pra o.en

-tar o trbalho D .

Uar.

- Edstncia e noas

sobre o.ificação e

enfemiaes pelo af

tir.

- Ed8tência e recrsos paa cnsevaço e v�

cins .

l ll

� �

� �

. . ) o � : :: " . �

� I

" >

� �

� _. > .

.

.

. �

b

!

;

S

l �

s �. :

l n

ô

g.

.

n

"

(9)

.. g

FNÇÃO DA NEL

I

VIGIbCIA ASSIST. PIDIoJGrA

NESTIGAÇÃO

.. I PIEIO6GICA

.. e

I

!

8

l

I

PL

AÇÃO DE

j EDDAS DE

� ONOLE

i ..

§

I

__

J

ATIVIDADES DE ENFEAEM

- Vsir s os casos e pre.sentm o Po e sinoas assoos à

Uo. r infoÇões sbre as ativies o caso anee e oecer; fáer

lBvaneno os cnes; averigar .a concia e outros asos a .�

nt.

POIO DA INA-ESTRU.

- Ezistênca e outros nt veis ssisteais de a poio pra envo e ca­ sos qe ecessim as ­ sisêcia média.

aB; alMr e jI' o spervisor édio a onfilço cUnia ;

qo soticio. cotMr e evr ateriat a eme e lboatório.

- Verifir e or a fica do aciente as dições bienais e �da

1 -

Edsência . e foulá­

rios niaos a

a ftta (basteceno e áa • . estio os ejeos. odiçes

higiêm-cs) . Aveigr. sepe e posstel edine presenaço e povne. se Os as cnças qe esim o local. esto acias iclsive· o o!! te .

- esenvolver ativiaes edcativas pa cosentiar a coniade sobe o poblea a oeça e as anages a vaia SBIN. UtiZiar a ja os

U-as ecessies e e­ gistos e otificaço.

- Ezisncia e oB e pocedenos sobe co­ tMia e aterial paa ivestigaço etológa.

eres a cnie paa alcnçar pa coberta e vaciaço. e a en-

I

-Edstncia e enfeei-var os asos com sinas evidentes e alisia a outos ntveis cm recr

sos diferenciaos .

- Vacir com SABIN a opuço 8uscettveZ e codo às oas a SEP •

a spevisoa o siste a e sae pa spe: visar o alho o eZe eno :i r.

- Edsência e oas e vaciaão.

- Cooço entre os di reoes os seviços e sae e as aues loais .

l j � O

' �

l j .9 n

g � . < n •

� I

> " >

.... : > <

J i

• >

. l

. ) )

a

)

Q

3

s >

<

:

g

ô

) S :

§.

o

o "

i

(10)

.. Q Q

NEL

ASSIST.

I

!

8 i � <

� �

l � a � <

� I

"

ATVIDADES DE ENEAGEM POR N!EL ASSISTSNCIAL NA VIGIANCIA EPIDEIOOGICA DA OLIOIELTE

FNÇÃO DA ViGlLANCA EPlEMIOLOGICA

PROUÇÃO e

DAJS

REGISTROS

NOTIFICAÇÃO

INESTIGAÇÃO

ATIVIDADES DE ENEAGEM

- escobri� toos os casos com sinomatologia associaa à polioielite e �

cminá-los o ee médio. onic� o médico, s iediatO, oos os ca­

sos com sinais s p�Usa toal ou p�cial. Aco�á-Zo a visia a

confirzção cHnica. Faze� o levnmento os onicntes os asos con­ firzos clinimente. Venia�, se possivel ednte coprovnte, se t� as c�nças meno�es s 5 os eso vaciaas, iclsive o oente . Ven­

ic� se á outos casos a ftlia e po�e! ' Se houve� óbito s aI m caso investigao sem p�évia confirção colhe� atenal s ses con� os meoNs s 5 os o vaciaos e en� o lboató�o s Nfeência.

- As mesas o ntvel ante�o� uis os �egistos �ealilaOs, peta axili� conce�entes as ativiass o médico (cosultas e cooliação o upa de diagnóstico) .

- As mesus o ntvel nerio� uis ja o édico o ee cHnio o a ­

so, e o PNechieno a ficha epismiolóia.

,

- As esas ativies o ntvel nte�o".

APOIO DA INFRA-ESRURA

--Eistincia s pessoal s enferzgem svia­ ente t�eiao para esas ativiass .

- Eist9cia s médico

pelente a liae .

- Eist9nia de _omas

sob�e colheita s a­ teal para ee s lboatório.

- Abastecimeno oo�tu­ o a Unias com va­ cias .

onte

l p

I O

:'1 ) 0

.��

w -;'

0 "

..<

' • J

� I J

' > ' U 0 <

J �.

o .

• >

.

. >

> s

... >

.. S

> q

S

s O <

€:

:

s n ;.

> l

:

S

õ·

õ·

"

l

!

(11)

..

3

NlEL ASSIST.

I

4

§ �

� �

l � � � .i )

!. � J

"

FUNÇÃO DA VIGlÃNCIA EPIeMIO�GICA

EDIDAS DE

CONTOLE

ATIVIDADES DE ENEm�GEM

- As ativiaes o nive Z ante'ior ais as seguintes: obiliar outos e­ C'SOS a conidae pao motivar a ppuZaço à aceitação a ttciaço anua. aos menores e 5 aos, o'ienar a comnias sobe os pmeiOs sinoas a enfemiae, a:fim e detectar toos os csos .

Conto

APOIO DA INFA-ESTRUTUA

- Existência e rec'SOS pao cosear a vaci­ a .

- Existêcia e ana. e oas sobre vigi­ 4cia epieio Lógica . - xistência de m siste a e speMsão pei­ ódica o aaZiação Z� ca. s ações e saúe.

! j = O

� �

��

� :: � < 11 . I

� I I » .. � ' <

� :

• > . � . � i

f

s > S.

I

[

(12)

..

!

NEL ASS:ST.

I

;

i

. :1

!

l

i

� i

j S

§

ATIVIDADES E ENERAGEM POR N!EL ASSISENCIAL NA VIGILÂNCIA PIDMIOLÓGICA DA POLIOIELIE

FUNÇ10 DA VIGlÃNCIA PIDEIOLGIA

POWç10 DE

AOS

ATIVIDADES DE ENEAEM AOIO DA INFRA-ESTRUTRA

- onhecer e alisar op,rtumene a morbiae e oraliae por polioieUte

I

-Eistêa e olS a rea de traba �ho.

- Ientificr os grpos ais vu�eáveis e sob lior isco de aoecer N p� sobe vigUânia ePi dem.o�óg.ca.

nej,r pioririmente as ativies dirigias ao escobziento e csos .

I

. _ .

. ._3__ � . . � � - E.stenc4 e m bom

- escob.r toos os asos om S.zvme de pO�.0 e ecn,hã-�os a cosu�a m.

dia.

- Coore-se com outras enties o setor saúe a WcaZiade� paa esco­ brir asos.

- P�nejr e execuar o descobrimeno e casos integrao à assistêcia infn­ tU.

nivel e

entosmen-o entre a chefia a niade e outras au­ tories wcais o setor saúde.

- Poover reniões om grpos 'de He'es a coniae paa antê-ws info-I - Eristência e

enfe-ados sobre o prob�el.

- Realizr onstnte investigaço e casos aproveitano a reaZiação e as omicilires por outos otivos .

visi-- Visitar em oici�io toos os casos com infoação e sidrome e pó�io. - Orienar e otivr grpos e coniade sobre a sinoltologia de pótio e

i-mediaa infolção e casos suspeitos à niae (ães, curiosas,

p'ofess-res) .

eia com prepaação em epiemiologia e vigi Zâ�ia epiemi -0lógica.

- roço e ativia­ es e aalizaço a equipe local em vi­ gilância epieio

z-gica.

Conto

�@

• . l J O

l l � � ..::

11 '

� I

..

' >

� .

O d .. . ' O . , >

. � . � � 3

i

â

:s >

g

p;

g.

.

ê,

i

)

(13)

NtvEL UNÇ.O DA VIGIÃNCIA .

ASSIST. EPIDEMIO�GICA

1

g

·i

l l

I

REGISTROS

i

5

..

ATIVIDADES DE ENFEAGEM

- Fazer o ceso os counicantes os casos onfimcos cLinicmente . Verifi­

r se os menores de 5 aos esto vacinaos incLusive o doente ou caso

in-ice.

- Verificar o esao vaciaL as crinças meoes de 5 nos a LocaLiae, m: diane ostragem.

- Colher aterial a eme Laboratorial se houver indicação o epiemióLo-go, principamente �e o caso indice resuLtar em óbito antes da confiação. - Realizar o seguimento os casos suspeitos .

- Por em so os foulários paroniaos paa vigi�cia epiemioLógica. - ane""se em dia com os Índices e aaUae e distribuição a popuLaço

o unicipio paa participr a pogração LocaL as medias de controle . - Fazer o seguimeno dos casos após 60 dias pra pesquisa e seque Las . - Vacinr toas s crinças a localiae e acoro om as noas e metas de

vaciação a FSEP:

- rienar os fmiles os csos confios que penecerem em oicÍlio sobre os cuiaos os enferos .

- Prticipar a prooção e edias paa remoço os casos confiaos que requeirm hospialiação.

Conto

APOIO DA INFRA-ESTRUTURA

- Existência e noras sobre pesquisa e se que las .

- reimento o pes­ soal de enfeagem

a fazer pesquisa e seque las .

- Exis tência de rec"" sos a niae para consevação a vaci-a.

- Abas tecimento oport� o as uniades com. vaia .

Conto

J I

� @

,. O

l l ,I l

� � . . :

� .

� I

l

' > ... . 0 <

l .. > . . �

.

� .

i �

S

� Q

S

l �

<

s l n i·

.

.

s

i

n

"

(14)

. .. - Q

IIEL ASSIS!.

i

i

' �

)

� i � �

. �

� , '!

E'.fÃE DA PIDEMIO�GICA

PLICAÇÃO E

EDIAS DE ONROLE

REENDA�ES

NOTIFICAÇÃO

NLISE E

INERPRTAÇÃO

ATIVIDADES DE ENE�GEM

- esenvolver ativiaes eativs na coniae para alerar a população s� bre a oorênia de csos e a iporâcia a vacinação, como media preven­ tiva.

- anter altos ntveia e coberta de vacinação SABIN analmente.

- Prticipar a avaliação as edias de vigilncia epidmiológica.

- P'oJver teieno o pessoal e enfemagem local paa executar técnicas

e iv9stigação e casos e onatos .

- reecher a icha epiemiológica dó caso.

- reecher a otificaço o caso se autorillo pelo médico.

- rganillr o lo os aos estattsticos prodSiOs os difeentes setores

de atação o pessoal e enfelgem.

- Consolir as infoÇões prouzias pelas res e enfeagem.

- 'oZetar e registrar oos os fatos ocorrios em relaço aos casos na fi-cha e M. (proceência, onatos com outos pessoas, intcio e tipáde sin­ tas, sitação iciliar, ondições socais e outos) .

- Esar em da sôbre o toal os asos ocorios e sa localização a dete�

r o inicio e sro epiêico.

- Investigr toos os casos ocoios a localiae e seus ontatos, seuin­ o olS e vigilncia epiemiológica.

- Colbor a elaboraço o elatório fial sobre a investigação epidemioló­

gica.

Conto

POIO DA INFA-ESTRUTURA

- oJção pela DEESI e Diretoias Reionais

e reniões de avali­ aço as ações e sa­

e.

- Eistência de bom re­ lacionmento entre a Uniade e Saúde e au toiaes locais para diusão as medias de controle e coope� ção reqeria. - Eistência e oas

sobre relatório epie

iológico.

-- Planejaeno s a­ ções e vigi�ncia e­ pieio lógia com P.

Conto

3 D 1 O

' �

l j ." n

� :: . :: n •

� I

J

" > - : ' <

J �,

O o . �

o g

o D

g .. D

8

» q

S

l �

< ã

n

D-D

S.

-e,

.

o. l.

(15)

... J ...

NE� ASSIST.

I

I

l

� G

2

i � i

§

FNÇÃO DA

VIGI�lNCIA EPIDEMIOÓGIA

NESTIGAÇÃO

EPIEMIO�aGICA

Conto

ATIVIDADES DE ENFERAGEM APOIO A INFRA-ESTRUTURA

- nter coorenação diea com o hospitaZ da Zoca Uae (se houver) pam ! ticipação a equipe Z�

tectar casos hospitalizaos . caL .

- Participar em levanentos e es tudos especiais proovios peLa DEESI e é- - Exis tência de m sis te

zecuaos em nive L Local . I e spevisão

pei-- Mnter estreita ooreaço com outos entiaes o setor saúe e utoria - õdia a DEESI e

ie-torias Regionais .

des locais.

' �

' o

l �

.l n

� � . <

o ·

� I

>

" >

� ;

e : > �, o ­ , >

­ ) > ­ )

) l .,

"

s

> q ) l

l >

:

'. l )

;' ) �. ­

) l : o'

�, )

"

� )

(16)

i

N

ATIVIDADES DE ENFEAJEM POR NEL ASSITNCIAL NA VIGINCIA PID�IOaGICA DA POLIMIELITE

NçAO DA NtL

I

VIGINCIA

ASSIST. PIDMIOLaGICA

PRODUÇÃO DE DAOS

I � :

c

JTIFICAÇAo ;

l

REGITO

:

I

APRESENTAÇAo

.l � ...

I

ANALISE E =

NTERPRETAÇAO

Cnto

ATIVDADES DE ENEAGM APOIO DA NA-ETRUTA

� Participr no levantento as instituições oficiais, sei-oficiais, e pi- - Eistência neste nlvet

aas o SBtor saús que poaem aos e ipoia paa a vigia a e enfemeia com

-polioielite (inclusive hoepitais sentinelas e lboatórios e refercia), so e saúe pblia e que evem ser otivaas e coscientiaaas a nter interação u cooe­

ação com a FSEP.

- Prticipar no estuo e revisão os fouláios que vo ser pnos s

niass ásicas e e a iplemenaçO a vigincia epiiotágica.

- PartiCipr no plnejento, iplrmço e aliaço as ações de

vigiln-ia os seviços e sae a egio.

prepaação em epidei�

gia.

- Particip� a oalil9O e pocedientos e tinics a escobimento e

1 -

InoleO � enfemeia

inveetigaço e casos.

- Prticipar a áliee e intepretação a distibuiço a orioraliae s sa egião e as áveis, csos ocorios, lgr e Io.

- Conhecer e intepetar outoe inicaoree de sae a rego: otaliae infntil; principais csas e óbitos; - condições sóo-eias - coefi cientes s natalias e outos.

- Prtiipr em toas as etpas s estos ou investigaçes espetfias sobre a polio: pejmento. iplnaço. álise e diw.gO.

- Prtiiar O pejento gea. a pover e alir o eso muniá -io a puo infnt.. oonta a olielie.

o po ultipofi6si� a.. regial e epie­

io .agia e vigi lncia .

pieio .ógica.

- ço pe a DESI e ativies pa atuali­ .çO os ténios b f eea II oio o .nf vel c.nta..

Cnt�

S d = 0

.�h

.

� � . <

n '

! I

l

' > .. =

� ::. o ­ . � . � n . �

� s ., ) ,

8

> Q

ã

s

l. �. >

s ) �.

"

9.

.

§.

n'

(17)

.. � w

NtEL

I

FUNÇAo DA

ASSIST. VIGlNCIA

PIDEMIOLOGICA

RECOENDAÇOES

I

AVALIAÇAo

E

EV I.O

Conto

ATVIDADES DE ENEAGEM I APOIO DA NFA-ESTRUTUA

- Detemir as neaessiaes o pe80al e enfeagem a reg�o � te�s de Eistênaia de noas sobre

prepaaço e pover treiento e orientação espeaificos sobre vigi ln - a iplementação a vigi l� aia epieiológica. cia epideiológica.

- Intepretar pa o pessoal e enfeJem a região as os a vigilncia

epiemio lógica.

- Proover o teimento em seviço o pessoal e enfeJBm a regio paa

1-

Cooração penente

en-e:eautar as ações de vigiância epieiológiaa.

- Prtiaipar a ogniaação os egistos a ipleeno o flzo e re­ lo e aos necessios ao sistema e vigia epidiolÓgica. - Ognizar e sperisar as ativiaes de enfeJem a iplementação a

vi-gilnaia epieiológica, em nivel local.

- nte-se atalizaa sobre investigações aient -ificas e peaaioais realf zae a esenvolvimento e aplicaço a vigilia epiiológica o is .

- Mnter esteito entosento cm as niaes e V. E. a Secretaria e úe. - Conhecer 6 entosa-se aom os hospitais sentinels a rego bem co os la

boatóios e eferênaia paa investigação etiológica a enfeiae.

tre a iretoria Regional e Uniae e Vigilncia pi­ deiológica a Secretaia e de .

1-

Prooção pela DESI e atf

viaes de avaliaço e su­ peviso i a equipe a

Diretoia Regial .

l l 1 O

' �

-�

h

� :: . :: I •

! I

I " >

.. : o : 1 -O o • '

. l

. D D

,

ª

"

Q

ã

s

-I

;

g :

I

>

(18)

i

NtrL ASSI!.

e

i 1:

ATVIAES E NEAEM POR NtEL ASSIENCIAL NA VIGINCIA PDEMIOLVUICA DA POLIOMELE

Ilo A

VIGIICA

PO;A

fTrIAlO

APETAlO

NALIE E

AfIVIDAES E ENEAM

- Potilar a álüe e inupeaço a ist.b�o a obiae e orta­

HM or olioi.lit. o Pais s" oo m s �s: pI8SOaB afeta

-uo lal a ocoa . o.

. Par o esto e pnejlllnto global, p�io pela ivisão s e

e EES". aa açõ.s s cntole ue ' evem ser ealiaas •. pelas Diretorias

�tis.

- snir s atiss e snfeagem as ações s entro.e e vigilância b e

SQ. a toos os nleis • categoias e pessoa..

- Piar a elbo e oas e poeeentos a ipleentaço aa .

ç.e i ntol • • .a.

PRTAÇlo

1-

Eor oas e pocentos pa s ativie, e .nfemagem o

contN-le e .a a tmfeiae. nos difeente, nlvei, peis.

, seir s nece"iaes e prepaaço aa tmfemeias a, ietoias Re­

ii,.

RECNAJES

1-

�er .o m serço a ataliar os eonheeientos aa enfemei

-as. sobe s aç.s a .a piio.ógica.

- InepJr a s mfeeis eginais s oas e ipleenaço as ­

çes e .a oia.

+ iiso e piiolcgia. Eetatlstia e -a " Infoaço -FEP

POIO A NFA-E!RTUA

- E.sina s enfemei­

a cm urso e ss p.

blica e s epiemiolo -gia neste nlv.. •

- Inclsão a .nfsmei. no o u. tipo is­ siea. a DEES".

Participação a enfer -Ji. as ativiaes a

DEESI ue vism a no� lisaço e ações s i­ gilncia epieiológic.

Conto

�J

4

� ::

s :

! I

' >

S �

» �

! . i

t

j

S

0

f

i

(19)

... z I

wmL

ASSIT.

I C ; .. .. 11 �

I � ..

.. ..

FNçAo A

VIGlbCIA PIDEIOGICA

NETlAçl0

DISTRIBUIÇAo

DA

NFORAÇAO

REGITROS

ATIVDADE DE ENEAGEM

- r C80 e srto epiSico em a regio participr . dietente a i,.ee.

taç-ao as Bdias e igi� epieio�ógica.

- Participr em estuoe e investigações que vism ao p�nejento ou à aU�

ço as ações

s

contole e vigiia a oença. ConIcer qais os

.boa-tóios e refeência distibtos s diferentes regiões.

- Speisr as enfeeias egionais em sas ativiaes a vigilância epie­

iolÕgica.

- nU-8e ataUzaa sobe os elatóios e ilUlgaço Os boletins epie� .ógicos.

- Participr a e�boação e oas de investigação se"re que Bteja �U­

cita a prticipaço o pe880a. e enfeagem em ntvel peacioa..

- Participr no estuo e elboração e oe�08 e foui08 qe requeim o pesnchiBnto pe.o pessoa. e enfeagem.

- AaUr as aties e enfeagem a vigiância lPi.o.ógica i povlr

as eias qe se ltseem nece88ias.

- Conhecer e inupretr os indicaoes de 8aúe o pats; condiçes sócio-sc.

icas; sitaço e 8aúe o pats; objetiOs e pos a FEP.

- Coore-se s instituiçõs8 os patses que esto eaUo ações e vigi­

� spieiolÕgica, seu pno e ação e �as e ipl_naço.

- nter esteito entosento cm as niae8 e Vigilncia epi.ológica as Secretaia8 e aúde.

Conto

PoIO DA NFA-ESTRTUA

- Integaço peente e. tre a iiso e e e' DESI a plnejeno

e oali.aço a8 aç-oes a se.

- eqnus reniões en

tN s IqÍpss e' e s iisões pa aalia

ço i eajstes as açes

e se.

- Eistncia e nal e oas e vigi� epi eio Õgia.

- Realizaço conjnta e

viaglll e epevisão p.

.os spe'visore8 as D. S

e DEESI.

- Poço de ativiaes a ntvel central paa nr

ata Uzaos 08 t # enicos e ba8 as ivi8õe8 .

�g

••

O

��

� :: � : t . "

o I

"

' > .. : 0 <

"

-O o

. "

. >

. > > l

[

, Q

S

l " <

§: � l )

�. " " a

"

3 õ' : 5. ) f

(20)

BORGES, M.V. - Atividades de enfermagem na vigilância epidemiológica. Rev. Bras. Enf.; DF, 30 : 157-176, 1978.

RESUMO

O objetivo deste trabalho é dar s enfermeiras uma orientação bãsica so­ bre o propósito da vigilância epidemiO­ lógica . e as implicações de enfrmagem na implementação das ações pertinentes a este programa nos níveis assistenciais dos serviços de saúde.

São apresentadas as ações de vigilân­ cia epidemiológica e interpretação de suas funções.

Como proposição definem-se as ativi­ dades de enfermagem na vigilância epi­ demiológica da poliomielite que pode­ riam ser realizados nos uveis assisen­ ciais da FSESP considerando que a in­ fra-estrutura da instituição se prestaria a uma ampla extensão das ações de vi­ gilância, principalmente na zona ural, utilizando adequadamente o pessoal de enfermagem.

BIBLIOGRAFIA

1. D. J. BARBER -Practicol Epidemiology Medicine in the Tropics - CHUR­ CHILL Livigstone

EDINBURG AND LONDON 1973. 2. H. FOSSAERT, H. LLOPIS Y H. TIGRE

- "Sistemas de Vigilância Epide­ miológica". Boletin de la Oficina Sanitaria panamericana. Vol LXXVI, n.o 6, junio, 1974.

3. Mac MAHON, J. IPSEN, T. F. PUGH -Métods de Epidemiologia - Tra­

duzido de Epidemiologic Methods

-La Prensa Mexicana - Iexico, 1965. 4. OPS/OMS -Sistemas de Vígilancia Epi­ demiologica de Las Enfermedades

176

Transmisíbles y Zoonosis - Publi­

cação Científica n.O 288 - 1974.

5. OPS/OMS - "Guia Tecnico para un Sistema de Vigilancia de la Polio­ mielitis". Boletin de la Oficina Sani­

tia Panamercian. - Vol. LXXIX,

n.o 4 - ctubre de 1975.

6. ARTURO ROMERO Y ELIESER VAL­ VERDE - "Estabelecimento de un Sistema integral de Vigilancia Epi­ demiologica". Boletin de la Oficina' Sanitária Panamericana. Volume LXXVIII, n.o 6, junio, 1975.

Referências

Documentos relacionados

A participação feminina no mercado de trabalho brasileiro aumentou significativamente ao longo do século XX, acompanhando as tendências globais dos movimentos feministas

O objetivo do curso foi oportunizar aos participantes, um contato direto com as plantas nativas do Cerrado para identificação de espécies com potencial

os praticantes de desporto apresentam: níveis elevados de exaustão emocional na totalidade das habilitações literárias com exceção do Doutoramento em que são

The user uses GIS to generate a map with a visual representation of the location and extent of the active containment zones in September 2013 and information about the measures

One final consideration regards the stress scores identified by our study: when compared to most previous studies about stress among parents of preterm infants and term infants with

Distribuição geográfica: município de Goiânia: ribeirão João Leite (Saneago 1996), lago do Jardim Botânico, lago do Parque Vaca Brava, lago das Rosas, lago do Bosque

a) Capacidade de mobilização da comunidade escolar para além dos professores e alunos. Essa capacidade foi materializada especialmente em dois eventos. Primeiro, pela realização

However, we chose not to use this strategy in devel- oping the questions because of certain peculiarities of the older adult population, described as follows: (1) according to