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Efeito de herbicidas no desenvolvimento e na concentração de nutrientes em amendoim (Arachis Hypogaea L.) I. Herbicidas incorporados ao solo.

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19 PLANTA DANINHA, I (1) : 19-24, 1978

EFE ITO DE HER BIC IDA S NO DES ENV OLV IME NTO

E NA CONCENTRAÇÃO DE NUTRIENTES EM

AMENDOIM (

Arachis hypogaea

L.)

I . H E R B I C I D A S I N C O R P O R A D O S A O S O L O

R. D E T J B E R T * , A . S A V Y F 0 * * & O . C . B A T A G L I A * * *

* Ce nt ro Expe ri me nt al de Ca mp in as , ** Se çã o de Oleaginosas, ""* Seção de Química Analítica, Pesquisadores Científicos, Bolsistas do C.N.P.q., Instituto Agronômico, Caixa Postal 28, 13.100, Campinas, S.P.

Recebido para pub licação em 15 de setembro de 1977.

RESUMO

Foram condu zidos dois experimentos de cam-po, um em solo areno-barrento e outro em solo argiloso, com a finalidade de estudar o efeito de trifluralin, aplicado nas doses de 0,60 e 0,96.kg/ha e vernolate, nas doses de 2,52 e 3,60 kg/ha, in. corporados ao solo, sobre o desenvolvimento de ame ndo im e teo r de mac ron utrie nte s em fol has no início do flore scime nto e semen tes na colhe ita, e o teor de óleo nestas.

O desenvolvimento da cul tura foi obs ervado por meio de peso s de matéria seca de folhas, caule s e va ge ns , du ra nte o ci clo, ob te nd o se , ta m -bém, a produção de vagens no fim do ciclo.

Houve pequena redução no dese nvolvimento, nos es tágios inic iais do cicl o, pe las do ses mais el ev ad as de trif lu ra lin e ve rnol ate em so lo ar gi -loso apenas.

Os teore s de N, P, K, Ca, Mg e S, não fo ra m af eta do s em fo lh as ne m no s gr ão s po r ne -nhum tratamento, nos dois experimentos, assim como o teor de óleo . As prod uções de grã os em casca não foram afetadas por nenhum tratame n-to, sendo elevadas nos dois experimentos.

Unitermos: herbicidas. amendoim, nutrição mineral.

SUMMARY

E F F E C T O F H E R B I C I D E S O N G R O W T H A N D N U T R I E N T C O N T E N T I N A R A C H I S HYPOGAEA L. I. Soil incorporated herbicides

Th e eff ect of tr if lu ra li n, at 0,6 0 and 0,9 2 kg /h a, an d ve rn ol ate at 2, 52 an d 3, 60 kg /h a, soil incorporated on growth and macronutrients

content of groundnuts, was studied in two field tr ia ls , on sa nd y - lo am an d cla y so il s. Nu tr ie nt co nt ent wa s de te rm in ed in th e fo urt h le av e at flowering and in seeds, at harvest, when also oil content was analysed.

The crop grow th was ob served by means of dry ma tte r we ig ht of le aves, ste ms and pods, d u ring the cycle , and yield me asu red at its end.

There was a slig ht reduct ion in growth , du -ri ng t he fi rs t ha lf part of th e cyc le , whe n the highe r rate s of triflu ralin and ve rno la te was applied on clay soil.

The contents of N, P, K, Ca, Mg and S were no af fected on leaves or seed s by any trea tmen t in both experiments as to oil. The yield was not affected either, by any treatment.

Ke y wo rd s: he rb ic id es, Ara chi s hy po ga ea, mineral nutrition.

INTRODUÇ ÃO

A utilizaçã o de herbicidas é prática crescente nos últimos anos entre nós e tende a crescer cada vez mais devido a fatores de ordem econômica e técnica. Para a cultura do amendoim há vários já indicados e em uso.

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20 R.DEUBER,A.SAVYF0&O. C.BATAGLIA

co nh ec e o co mp or ta me nt o de ca da he rb ic id a e as al te ra çõ es ca us ad as no me ta bo li sm o ou so br e a ab so rç ão de nu tr ie nt es . Es se as pe ct o te m si do qu es ti on ad o em re la çã o às pl an ta s cultivadas.

Os es tu do s de ef ei to s de he rb ic id as em pl an ta s de cu lt ur as te m se mu lt ip li ca do de um mo do ge ra l, ma s sã o es ca ss os em le gu mi no sa s e pa rt ic ul ar me nt e em am en do im . Ca ro -lu s et al . (3 ) ap li ca ra m di fe re nt es he rb ic id as em er vi lh as e en co nt ra ra m ma io re s te or es de di ve rs os nu tr ie nt es co m va ri aç ão mí ni ma de pe so de ma té ri a se ca . Ea st in & Da vi es (7 ) ap li ca ra m at ra zi ne em am en doi m e ve ri fi ca -ram aumen to nos teo res de alg uma s for mas de N. Em no ss as co nd iç õe s fo ra m re al iz ad os es -tu do s co m mi lh o e fe ij ão nã o se ve ri fi ca nd o al te ra çã o de te or es de ma cr on ut ri en te s co m aplicação de herbicidas (5, 6) .

No presente trabalho são descritos dois experimentos com aplicação de herbicidas in-co rp or ad os em am en do im, cu lt iv ad o em do is solos distintos, em que se fizeram análises de cr es ci me nt o e de te or es de ma cr on ut ri en te s em folhas e grãos.

MATERIA IS E MÉTODO S

Fo ra m in st al ad os do is ex pe ri me nt os no Ce nt ro Ex pe ri me nt al de Ca mp in as , do In st i-tuto Agronômico, com a cultura do amendoim

(A ra ch is hyp oga ea L. va r. Ta tu ) . Ap li ca ra m-se os herbicidas trifluralin (x,x,x,-trifluoro-2,6-din itr o-N,N -dip rop il-p -tol uid ina ) nas dos es de 0,60 e 0,96 kg/ha e vernolate (S-propil-dipro-p il t io c ar b a ma to ) na s do se s de 2, 52 e 3 ,6 0 kg /h a de i. a. Am bo s fo ra m in co rp or ad os ao so lo an te s da se me ad ur a co m gr ad e du pl a de di sc os at é a pr of un di da de de 0, 10 m, ha ve n-do ta mb é m um tr at a me nt o se m' her bi ci da . Ut il iz ou -se um pu lv er iz ad or de CO2, a pr es

-sã o co n st a nt e d e 2 ,8 1 k g/ c m2, mu n i d o d e

um a ba rr a de 2, 00 m co m ci nc o bi co s Te ej et 8002.

O solo foi clas sific ado na classe textu ral areno-barre nto.

Nos dias 20 de outub ro de 1975 fez-se a aplic ação dos herbi cidas das 9:45 às 10:10 hs. O solo se apres entav a bem úmid o, o céu com 40% de cober tura, a tempe ratur a era de 23,5 °C, à sombr a e o vento fraco . No dia 22 foi feita a semea dura do amend oim, com uma semen te a cada 0,10 m nos sulco s, espaç ados de 0,50 m. As parc elas media m 2,50 m x 6,00 m e havia seis repe tiçõe s. A adub ação foi de 1 g de N, 3,6 g de P205 e 1,8 g K20 por metro linea r de sulco . Aos 16 e 30 dias dias após a emerg ência , ocorr ida em 5 de outub ro, fez-se amost rage ns de 10 plant as por parcela para obte nção dos peso s de matér ia fresc a e seca de caule s e folha s. Aos 48 e 69 dias fora m obti dos também os peso s de vagen s e, na colhe ita. aos 105 dias os de caule e vagen s mais o de matér ia seca de semen tes. Para avali ação da prod ução foram colh idas as duas linha s centr ais de cada parc ela, obte ndo-se o peso de vagen s seca s ao ar. Aos 16 e 35 dias da emerg ência fez-se capi na geral do exper iment o e aos 31 dias, aduba ção de N em cobe rtur a, com 1 g de N por metro linea r de sulco e, aos 40 dias, chega mento de terra às linha s de cultur a.

Aos 30 dias após a emerg ência da cultura foi colh ida a folha númer o quatr o de 20 plan tas por parc ela (8) para análi se do teor de N, P, K, Ca, Mg e S. Na colhe ita foram anali sado s os teore s dos mesmos nutri entes e o de óleo nas semen tes. As amos tras , exce to as semen tes, fora m lava das inici almen te com água, dete rgent e domés tico e água dest ilada e post erior mente seca s a 65°C e moída s. O N e P foram dete rmina dos segun do os métodos de Lott et al (9) , o K, por foto metri a de chama de abso rção (2) , o Ca e Mg pela mesma técni ca (11) e o S por espec tofot ometr ia de absor ção atômic a (1). Os resul tados de peso s de matér ia seca e de teore s de nutri entes e de óleo , fora m analisado s esta tísti camente .

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Ex pe ri me nt o II — Fo i in st al ad o em um la to ss ol o ve rm el ho-es cu ro , sé ri e Ta qu ar al , co m as seguintes características:

O so lo foi cl as si fi ca do na cl as se te xt ural argila.

No di a 6 de no ve mb ro fo i fe it a ap l ic a çã o do s he rb ic id as , da s 10 :0 0 à s 10 :2 0 ho -ra s, co m so lo be m se co na sup er fí ci e, ma s úm id o a pa rt ir de 2 cm , cé u co be rt o, ve nt o be m fr ac o e te mp er at ur a de 25 °C à so mb ra . A semeadura se fez no dia 8, com o mesmo es pa ça me nt o e ad ub aç ão do ex pe ri me nt o an -terior.

A em er gênc ia oc or re u no di a 15 do me s -m o -m ê s . A o s 1 6 e 3 0 d i a s f o r a -m t i r a d a s am os tr as de 10 pl an ta s po r pa rc el a pa ra ob -te nç ão de pe so s de ma té ri a fr es ca e se ca de fo lh as e ca ul es . Ao s 46 e 67 di as fo ra m ob -tid os tamb ém os pes os de vage ns e na col heit a, ao s 10 0 di as , o pe so de ma té ri a se ca de se -mentes de 10 plantas e a produção de vagens

de duas linhas por parcela. Foram realizadas duas capinas com enxada e adubação em cobertura aos 32 dias, como no experiment o anterior e chegamento de terra aos 42 dias.

A análise de nutrientes nas folhas e nas sementes foi realizad a do mesmo modo que no experiment o anterior .

RESULTAD OS E DISCUSSÃ O

Os resultados de pesos de matéria seca de folhas, caules e vagens, obtidos durante o ciclo do amendoim assim como a produção de grãos, no experimento em solo areno-barremo, estão no quadro 1 e os resultados respectivos para solo argiloso , no quadro 2.

Qu ad ro 1 — Pe so s de ma té ri a se ca , na s di fe re nt es ép oc as de am os tr ag en s e pr od uç ão de gr ão s na co lh ei ta , no ex pe ri me nt o de he rb ic id as em ame nd oi m, em so lo areno-barrento. Médias de seis repetições.

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R . D E U B E R , A . S A V Y F 0 & O . C . B A T A G L I A

Qu ad ro 2 — Pe so s de ma té ri a se ca , na s di fe re nt es ép oc as de am os tr ag en s e pr od uç ão de gr ão s na co lh ei ta , no ex pe ri me nt o de he rb ic id as em so lo ar gi lo so . Mé di as de seis repetições.

Obs. * significativo a 5%, * * significativo a 1% 22

Pelos dados obtidos, verificou-se que no exp er imen to em so lo ar en o -ba rr en to , ne nhum dos tratamentos causou qualquer alteração no cr esci me nt o da s pl an ta s, du ra nte to do o cicl o da cu lt ur a. Já pa ra o ex pe ri me nt o em so lo ar gi lo so , ho uv e um a re du çã o ini ci al de de -se nvo lv im en to ver if icad a em ca ule s e folh as , pe la s do se s ma is el ev ad as do tr if lura li n e do ve rn ol at e. A do se ma is el ev ad a de st e de te r -mi no u re du çã o de pe so de ma té ri as se ca at é 67 dias do ciclo. Esta redução não foi sempre significativa na análise estatística.

Na co lh ei ta nã o se ve ri fi co u ne nh um a di fe re nç a en tr e pe so s de ma té ri a se ca ou de pr od uçã o de grão s. Es ta fo i be m pr óx ima no s dois experimentos. De um modo geral o

desen vol vim ent o das dua s cul tur as foi bem se mel han te, não par ece ndo hav er nen hum a in -flu ênc ia dos sol os uti liz ado s sob re as pla nta s. As pro duç ões pod em ser consi derad as ele va -das tendo osc ila do em tor no de 2.7 00 kg/ ha de vag ens . Os res ult ado s de produ ção se igu ala m aos obt ido s ant eri ormen te, com apli caç ão de tri flu ral in, em condi ções sem elhan tes , em que não se ver ifi cou qua lqu er efe ito fit otó xic o do her bic ida (12 ) .

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HERBICIDAS E NUTRIENTES EM AMENDOIM

Qu ad ro 3 — Te or es de ma cr on ut ri en te s em fo lh as ao s 30 di as e se me nt es na co lh ei ta e de ól eo ne st as , no ex pe ri me nt o de he rb ic id as em am en do im , em so lo ar en a -barrento. Médias de seis repetições.

Obs. Nenhum valor de F foi significativo

Qu ad ro 4 — Te or es de ma cr on ut ri en te s em fo lh as ao s 30 di as e se me nt es na co lh ei ta e de ól eo nes tas, no exp er ime nto de her bic ida s em ame ndoi m, em solo ar gil oso. Médias de seis repetições.

Obs. * significativo a 5%,

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A an ál i se qu í mi ca , na q ua rt a fo l ha do ame nd oi m, re al iz ada ao s 30 di as mos tr ou qu e os tr at am en to s de he rb ic id a nã o af et ar am a nu tr iç ão q ua nt o ao s ma cr on ut ri en te s no ex -per imen to em solo aren o-bar ren to. Naq uele em so lo ar gi lo so o ve rn ol at e ca us ou re du çã o no t eo r d e Ca , na s d ua s do se s ap l ic ad a s, ma s nenhuma alteração nos demais macronutrientes.

A composição das sementes, nos dois ex pe ri me nt os , nã o ac us ou va ri aç ão de vi da a qu al qu er do s tra ta men to s, no qu e di z re spe ito aos nutrientes analisados, os valores são, pra-ti ca men te , os mes mos no s do is exp eri men to s. O te or de ól eo ta mb ém nã o ap re se nt ou di fe -re nç as en tr e ex pe ri me nt os , ma s aq ue le em sol o ar en o -ba rr en to ho uv e um a pe qu en a el e-vaç ão do teo r, co m a dos e men or do ver nol ate e re du çã o co m a do se me no r de tr if lu ra li n, havendo diferença significativa entre esses dois tr at am en to s, ma s nã o em re la çã o à te st em u-nha.

Te nd o em vi st a a nã o al te ra çã o de te o -re s de nu tr ie nte s ou de se nv ol vi me nto de pl an-tas, pelos herbicidas, no experimento em solo ar en o -ba rr en to , a pe qu en a va ri aç ão do te or de ól eo nas se me nt es , na co lhe it a, nã o pa re ce te r si do ca us ad a pe lo s he rb ic id as . A nã o al te-ra çã o no te or do ól eo no ou tr o ex pe ri me nt o re fo rça es sa idé ia . Po r ou tr o lad o, o ver no la te é he rb ic id a mu it o vo lá ti l, e à se me lh an ça do EP TC , te m du ra çã o re la ti va me nt e cu rt a no solo, não devendo atingir o final do ciclo do am en do im (5 ) . A va ri aç ão en co nt ra da de ve ter sido casual.

Qu an to ao te or de la na s fo lh as , ao s 30 di as do ci cl o en co nt ra do no ex pe ri me nt o em so lo ar eno-ba rr en to é um re su lt ad o qu e pr ec i-sa ser confirmado, e mesmo assim, a variação encontrada foi pequena.

Referências

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