• Nenhum resultado encontrado

Flora das cangas da Serra dos Carajás, Pará, Brasil: Lygodiaceae.

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2017

Share "Flora das cangas da Serra dos Carajás, Pará, Brasil: Lygodiaceae."

Copied!
2
0
0

Texto

(1)

Resumo

Este estudo trata dos táxons de Lygodiaceae encontrados nas formações ferríferas da Serra dos Carajás, estado

do Pará, com descrições, ilustrações, distribuição geográfica e comentários. Na área estudada foi registrada

apenas

Lygodium venustum

.

Palavras-chave:

Amazônia, flora,

Lygodium,

Samambaias, taxonomia

.

Abstract

This study addressed the Lygodiaceae taxa recorded in ferruginous formations of Serra dos Carajás, Pará

state, with descriptions, illustrations, geographical distribution, and comments. In the study area only one

species was recorded:

Lygodium venustum

.

Key words:

Amazonia, flora,

Lygodium,

ferns, taxonomy

.

Flora das cangas da Serra dos Carajás, Pará, Brasil: Lygodiaceae

Flora of the cangas of the Serra dos Carajás, Pará, Brazil: Lygodiaceae

Alexandre Salino

1,2

&

André Jardim Arruda

1 Rodriguésia 67, n. 5 (Especial): 1163-1164. 2016 http://rodriguesia.jbrj.gov.br

DOI: 10.1590/2175-7860201667511

1 Universidade Federal de Minas Gerais, Av. Presidente Antônio Carlos 6627, Pampulha, 31270-901, Belo Horizonte, MG, Brasil. 2 Autor para correspondência: salinobh@gmail.com

Lygodiaceae

Família Pantropical formada por apenas um gênero, Lygodium (Smith et al. 2006), que é composto por plantas terrícolas, com c a u l e s r e p t a n t e s , c o m t r i c o m a s ; f r o n d e s monomorfas a levemente dimorfas, escandentes, com crescimento indeterminado; pecíolo c i l í n d r i c o , à s v e z e s p u b e s c e n t e ; r a q u e volúvel, lâmina geralmente 2-pinada, pinas pseudodicotomicamente ramificadas e com uma gema na axila, alternas, inteiras ou palmatilobadas; venação livre ou anastomosada; esporângios piriformes, solitários, dispostos em duas séries sobre lobos marginais nos últimos segmentos, e pseudo-indúsio formando pela margem da lâmina modificada.

1. Lygodium Sw.

Lygodium possui distribuição pantropical com aproximadamente 25 espécies (Mickel & Smith 2004). Duek (1978) cita a ocorrência de quatro espécies no Brasil, no entanto, publicações mais recentes citam duas espécies (Prado et al. 2015) ou ainda duas espécies e um híbrido (Rabelo & Schwartsburd 2016) para o país. No estado do Pará ocorrem duas espécies

(Prado et al. 2015) e na Serra dos Carajás foi registrada apenas uma espécie (Arruda 2014).

1.1. Lygodium venustum Sw., J. Bot. (Schrad.)

1801(2): 303. 1803. Fig. 1

Plantas terrícolas. Caule curto-reptante, recoberto por tricomas castanhos. Frondes subdimorfas (pinas férteis com segmentos mais curtos e estreitos), geralmente atingindo muitos metros de comprimento. Lâmina 2-pinada, pubescente; pinas com uma gema na base, na região de junção de duas pinas, pecioluladas, opostas; pínulas curto-pecioluladas, alternas, base palmada, ápice arredondado, obtuso ou agudo, margem crenada a finamente serreada; cóstula e nervuras pubescentes em ambas as faces. Nervuras livres, simples ou 1-furcadas, proeminentes; pseudo-indúsio pubescente.

Material selecionado: Canaã dos Carajás, Serra Sul, acesso Racha Placa, 28.I.2012, A.J. Arruda et al. 525 (BHCB); Serra Sul, corpo D, 21.II.2010, T.E. Almeida et al. 2278 (BHCB); Serra da Bocaina, 20.XII.2010, N.F.O. Mota 2018 (BHCB).

(2)

1164 Salino, A. &Arruda, A.J.

Rodriguésia 67, n. 5 (Especial): 1163-1164. 2016

Neotropical. Brasil: AC, AL, AM, BA, CE, DF, GO, MA, MG, MS, MT, PA, PB, PE, PI, PR, RJ, RN, RS, SC, SE, SP, TO (Prado et al. 2015). Serra de Carajás: Serra da Bocaina e Serra Sul: S11-D. Floresta Ombrófila Densa, em áreas de borda de floresta, a margem de trilhas ou em clareiras em ambientes mais secos e pedregosos, entre 275 e 720 m de altitude.

Agradecimentos

Ao CNPq, a bolsa de Iniciação Científica (Protax - Proc. 440474/2015-9) concedida ao primeiro autor e a bolsa de Produtividade para A. Salino (proc. 306868/2014-8). À CAPES, a bolsa de Mestrado concedida a A.J. Arruda. Ao projeto objeto do convênio MPEG/ITV/ FADESP (01205.000250/2014-10) e ao projeto aprovado pelo CNPq (processo 455505/2014-4), o financiamento. A Belkiss Almeri, a preparação da ilustração.

Referências

Arruda, A.J. 2014. Samambaias e Licóitas das Serras

Ferruginosas da Floresta Nacional de Carajás, Pará, Brasil. Dissertação de Mestrado. Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte. 224p.

Duek, J.J. 1978. A Taxonomical revision of Lygodium (Filicinae) in America. Feddes Repertorium 89: 411-423

Mickel, J.T. & Smith, A.R. 2004. The Pteridophytes of Mexico. Memoirs of the New York Botanical Garden 88: 1-1055.

Prado, J.; Sylvestre, L.S.; Labiak, P.H.; Windisch, P.G.; Salino, A.; Barros, I.C.L.; Hirai, R.Y.; Almeida, T.E.; Santiago, A.C.P.; Kieling-Rubio, M.A.; Pereira, A.F.N.; Øllgaard, B.; Ramos, C.G.V.; Mickel, J.T.; Dittrich, V.A.O.; Mynssen, C.M.; Schwartsburd, P.B.; Condack, J.P.S.; Pereira, J.B.S. & Matos, F.B. 2015. Diversity of ferns and lycophytes in Brazil.

Rodriguésia 66: 1073-1083.

Smith, A.R.; Pryer, K.M.; Schuettpelz, E.; Korall, P.; Schneider, H. & Wolf, P.G. 2006. A classiication for extant ferns. Taxon 55: 705-731.

Lista de exsicatas

Almeida, T.E. 2278 (1.1); Arruda, A.J. 525 (1.1); Mota, N.F.O. 2018 (1.1).

Figura 1

Lygodium venustum

– pínula fértil mostrando nervuras e soros marginais (

A.J. Arruda 525

)

.

Figure 1

Lygodium venustum – fertile pinnule showing veins and marginal sori

(

A.J. Arruda 525

)

.

Artigo recebido em 12/05/2016. Aceito para publicação em 27/08/2016.

Referências

Documentos relacionados

Lâminas 5,5–13,5 × 2,5–6,2 cm, cartáceas a coriáceas, ovais a oblongas, ápice acuminado a agudo, base arredondada a cuneada, verde-escuras na face adaxial, abaxial acinzentadas

Apresenta-se um tratamento taxonômico para a família Marcgraviaceae na vegetação de canga da Serra dos Carajás, representada por uma duas espécies, Norantea guianensis Aubl.. O

Folhas opostas ou sub-opostas, pares geralmente iguais; pecíolo 0,9–2 cm compr.; lâminas 12–19 × 5,4–9 cm, elípticas a obovadas, base aguda a obtusa, ápice agudo a

Ximenia é um gênero que reúne espécies arbustivas a arbóreas, às vezes parasitas de raiz; ramos aculeados; folhas com pecíolos inteiros, decíduas na estação seca,

mucronulata , também encontrada na Serra de Carajás, pelas folhas igualmente distribuídas ao longo dos ramos, pedúnculo 2,2–4,7 cm compr., lacínios da corola róseos e

Folhas cartáceas, elípticas, ápice cuspidado a acuminado, base aguda a atenuada; pecíolo 0,8–2 cm compr., canaliculados, com tricomas escamosos; nervura principal proeminente

Eixo florífero ramoso formando uma pseudo-umbela laxa, com 7–10 ramos floríferos secundários com glomérulos terminais globosos cada um, acompanhados por 2(–4) brácteas; flor

(Kuijt 2013a), assim como o padrão de venação e a seriação das flores nos artículos das espigas (Kuijt 2003), sendo muito utilizados nos trabalhos taxonômicos realizados no