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(1)

Invariantes do tipo Vassiliev de aplicações estáveis

de 3-variedade em R

4

(2)
(3)

Invariantes do tipo Vassiliev de aplicações estáveis de

3-variedade em R

4

Catiana Casonatto

Orientadora:

Profa. Dra. Roberta Godoi Wik Atique

Co-orientadora:

Profa. Dra. María del Carmen Romero Fuster

Tese apresentada ao Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação - ICMC-USP, como parte dos requisitos para obtenção do título de Doutor em Ciências - Matemática.

VERSÃO REVISADA.

USP

São Carlos

Agosto de 2011

SERVIÇO DE PÓS-GRADUAÇÃO DO ICMC-USP

Data de Depósito: 02/08/2011

(4)

com os dados fornecidos pelo(a) autor(a)

C341i

Casonatto, Catiana

Invariantes do tipo Vassiliev de aplicações estáveis de 3-variedade em R4 / Catiana Casonatto; orientadora Roberta Godoi Wik-Atique -- São Carlos, 2011.

114 p.

Tese (Doutorado - Programa de Pós-Graduação em Matemática) -- Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação, Universidade de São Paulo, 2011.

(5)

i

Ao meu amado Jean, companheiro de todas as horas.

(6)
(7)

Agradecimentos

`

A Deus, simplesmente por tudo.

Com muita gratid˜ao, respeito e admira¸c˜ao, agrade¸co `as minhas orientadoras Roberta Godoi Wik Atique e Mar´ıa del Carmen Romero Fuster, pela significativa contribui¸c˜ao em minha inici-a¸c˜ao `a pesquisa matem´atica, pelo exemplo de profissionalismo e pela amizade.

Aos meus pais, Carlos e Marilene, por todo amor e apoio incondicional. Pelo exemplo de perseveran¸ca, determina¸c˜ao e car´ater.

`

A minha irm˜a e amiga Susi´eli, ao meu querido cunhado Ariel e ao meu amado sobrinho afilhado Joaquim por estarem ao meu lado em todos os momentos e fazerem os meus dias mais felizes.

Ao meu noivo, meu grande amor e companheiro, por estar sempre ao meu lado, me dando o exemplo, a for¸ca e a coragem que necessito para n˜ao desistir da luta di´aria de me tornar uma profissional e uma pessoa melhor.

Aos professores do Instituto de Ciˆencias Matem´aticas e Computa¸c˜ao (ICMC-USP) pelos valiosos ensinamentos, em especial, `a Professora Maria Aparecida Soares Ruas.

Aos professores, funcion´arios e alunos do departamento de Topolog´ıa y Geometr´ıa da Uni-versidad de Valencia pela calorosa acolhida.

Ao amigo Ra´ul, pelas divertidas e produtivas discuss˜oes matem´aticas.

Aos meus amigos que estiveram ao meu lado nesta caminhada, tornando tudo mais agrad´avel e divertido: Nazira Harb, Marcio Fenille, Tha´ıs Monis, Kleyber Cunha, Tha´ıs Jord˜ao, ´Eder Arag˜ao, Mario Henrique, Luiz Hartmann, Romero Melo, Thiago Catalan, Flank Bezerra, M´arcio Jorge.

Ao CNPq pelo apoio financeiro.

(8)
(9)

-resumo

Neste trabalho obtemos que o espa¸co dos invariantes locais do tipo Vassiliev de primeira ordem de aplica¸c˜oes est´aveis de 3-variedade fechada orientada em R4 ´e 4-dimensional. Damos

uma interpreta¸c˜ao geom´etrica para 2 dos 4 geradores deste espa¸co, a saber, IQ o n´umero de

pontos qu´adruplos e IC/P o n´umero de pares de pontos do tipo crosscap/plano, da imagem de uma aplica¸c˜ao est´avel. Ao reduzir o espa¸co das aplica¸c˜oes para o das imers˜oes est´aveis, obtemos que o espa¸co dos invariantes locais de imers˜oes est´aveis ´e 3-dimensional. Os invariantes que obtemos s˜ao: IQ o n´umero de pares de pontos qu´adruplos da imagem de uma imers˜ao est´avel e

dois ´ındices de interse¸c˜aoI+ e I− introduzidos por V. Goryunov em [15].

Como in´ıcio de um estudo que almejamos realizar sobre a geometria de uma m-variedade emRm+1 com singularidades, obtemos os tipos de contatos gen´ericos da suspens˜ao do crosscap

(´unica singularidade est´avel deR3 emR4) com hiperplanos de R4.

(10)
(11)

-abstract

In this work we obtain that the space of first order local Vassiliev type invariants of stable maps of oriented 3-manifolds in R4 is 4-dimensional. We give a geometric interpretation for

two of the four generators of this space, namely, IQ the number of quadruple points and IC/P

the number of pairs of points of crosscap/plane type, of the image of a stable map. In the case of stable immersions, we obtain that the space of local invariants of stable immersions is 3-dimensional. The invariants that we obtain are: IQ the number of pairs of quadruple points

of the image of a stable immersion and the positive and negative linking invariantsI+ and I

introduced by V. Goryunov in [15].

As a beging of a study that we want to realise about the geometry of am-manifold inRm+1

with singularities, we obtain the generic contacts of the suspension of crosscap (the only stable singularity from R3 toR4) with hyperplanes ofR4.

(12)
(13)

-Conte´

udo

1 Classifica¸c˜ao de multigermes de R3 em R4 e de coposto 1 5

1.1 Teoria cl´assica de Singularidades . . . 6

1.1.1 Rela¸c˜oes de equivalˆencias e espa¸cos tangentes . . . 7

1.1.2 M´etodo de classifica¸c˜ao . . . 9

1.1.3 Desdobramentos versais . . . 11

1.1.4 Opera¸c˜oes de aumenta¸c˜ao e concatena¸c˜ao . . . 12

1.1.5 Suspens˜ao do crosscap . . . 14

1.2 Classifica¸c˜ao de bigermes . . . 14

1.3 Classifica¸c˜ao de trigermes . . . 26

1.4 Classifica¸c˜ao de quadrigermes, pentagermes e hexagermes . . . 32

2 Conjuntos de bifurca¸c˜ao dos germes de Ae-codimens˜ao2 40 2.1 Conjuntos de bifurca¸c˜ao dos monogermes . . . 42

2.2 Conjuntos de bifurca¸c˜ao dos bigermes . . . 48

2.3 Conjuntos de bifurca¸c˜ao de trigermes . . . 58

2.4 Conjuntos de bifurca¸c˜ao dos quadrigermes, pentagermes e hexagermes . . . 65

3 Invariantes locais do tipo Vassiliev de primeira ordem 73

(14)

-3.1 M´etodo de Vassiliev . . . 73

3.2 Invariantes de aplica¸c˜oes est´aveis de 3-variedades em R4 . . . . 76

3.2.1 Coorienta¸c˜ao dos estratos de codimens˜ao 1 . . . 77

3.2.2 Parti¸c˜ao dos estratos de codimens˜ao 1 . . . 83

3.2.3 Condi¸c˜oes de compatibilidade e geradores . . . 85

3.2.4 Invariante n˜ao local de aplica¸c˜ao est´avel . . . 98

3.3 Invariantes de imers˜oes est´aveis de 3-variedades em R4 . . . . 99

4 Fun¸c˜oes na suspens˜ao do crosscap 102 4.1 Transversalidade . . . 103

4.2 Geometria da suspens˜ao do crosscap . . . 103

Apˆendice 112 Apˆendice A: comandos dos programas Superf´ıcie I e Mathematica utilizados na visualiza¸c˜ao dos estratos de codimens˜ao 1 . . . 112

(15)

Introdu¸

ao

Na d´ecada de 60 J. Mather desenvolveu uma s´erie de trabalhos que contribuiram para o avan¸co de classifica¸c˜oes de singularidades. De particular relevˆancia podemos citar sua clas-sifica¸c˜ao de singularidades est´aveis obtida em [22]. Tal clasclas-sifica¸c˜ao foi realizada segundo a

A-equivalˆencia, isto ´e, mudan¸cas de coordenadas na fonte e na meta. A partir de ent˜ao se ini-ciou o estudo de singularidades menos frequentes (as singularidades n˜ao est´aveis) e classifica¸c˜oes foram sendo obtidas considerando-se pares espec´ıficos de dimens˜oes, singularidades de codimen-s˜ao e coposto baixos, singularidades simples, entre outras. Algumas classifica¸c˜oes conhecidas s˜ao:

(i) Singularidades simples de germes de fun¸c˜oes deRn emR, por V. I. Arnol’d em [2];

(ii) Singularidades simples de germes de aplica¸c˜oes deR2 em R3, por D. Mond em [23];

(iii) Singularidades simples de germes de aplica¸c˜oes de Kn emK2 (K =Rou K =C), por J.

H. Rieger e M. A. S. Ruas em [31];

(iv) Singularidades simples de germes de aplica¸c˜oes de R3 em R3, por W. L. Marar e F. Tari

em [21];

(v) Singularidades simples de germes de aplica¸c˜oes de R3 emR4, por K. Houston e Kirk em

[19];

(vi) Singularidades simples de multigermes de aplica¸c˜oes de C2 emC3, por R. G. Wik Atique

em [36].

Os resultados sobre classifica¸c˜ao de singularidades s˜ao aplicados em diversas situa¸c˜oes in-teressantes. Um exemplo disto ´e a teoria dos invariantes do tipo Vassiliev. No in´ıcio da d´ecada de 90, Vassiliev em [34] desenvolveu um m´etodo para definir invariantes num´ericos de n´os, hoje conhecidos comoinvariantes do tipo Vassiliev de ordem finita. Ele obteve estes invariantes estu-dando cuidadosamente uma certa parti¸c˜ao dosubconjunto discriminante Σ de C∞(S1,R3), isto

´e, o subconjunto deC∞(S1,R3) consistindo das aplica¸c˜oes n˜ao est´aveis. Desde ent˜ao este m´etodo

(16)

discriminante ´e particionado em v´arios estratos de codimens˜ao 1 e 2. J´a que estes invariantes s˜ao locais, esta parti¸c˜ao ´e feita de acordo com o tipo local de singularidade que as aplica¸c˜oes em Σ apresentam. ´E neste aspecto que a classifica¸c˜ao de germes de aplica¸c˜oes contribui para a obten¸c˜ao de invariantes do tipo Vassiliev. O objetivo inicial ´e determinar o n´umero de geradores do espa¸co dos invariantes de primeira ordem das aplica¸c˜oes est´aveis emM. Uma segunda etapa ´e obter interpreta¸c˜oes geom´etrica para tais geradores ou para combina¸c˜oes lineares deles. Os invariantes do tipo Vassiliev de primeira ordem j´a obtidos s˜ao de:

(i) Curvas planas imersas, por V. I. Arnol’d em [3];

(ii) Aplica¸c˜oes est´aveis de superf´ıcies em R3, por V. Goryunov em [15];

(iii) Aplica¸c˜oes est´aveis de superf´ıcies em R2, por T. Ohmoto e F. Aicardi em [26];

(iv) Aplica¸c˜oes est´aveis de 3-variedades em R2, por M. Yamamoto em [40];

(v) Aplica¸c˜oes est´aveis de 3-variedades emR3, por R. Oset Sinha e M. C. Romero Fuster em

[27].

Um dos objetivos deste trabalho ´e estudar os invariantes locais do tipo Vassiliev de primeira ordem de aplica¸c˜oes est´aveis de uma 3-variedade fechada orientada em R4.

Assim, no Cap´ıtulo 1 obtemos a classifica¸c˜ao dos multigermes deR3 em R4 sob a a¸c˜ao do

grupo A com Ae-codimens˜ao no m´aximo 2. Para isso utilizamos o m´etodo descrito por R. G.

Wik Atique em [36] que nos permite reduzir aA-classifica¸c˜ao de multigermes para a classifica¸c˜ao de germes de fun¸c˜oes definidos em R4 segundo o subgrupo VK do grupo de contatoK.

No Cap´ıtulo 2 determinamos os conjuntos de bifurca¸c˜ao dos multigermes deAe-codimens˜ao

2 e seus diagramas de adjacˆencias. Para cada germe f de Ae-codimens˜ao 2, seja fu,v uma

deforma¸c˜aoAe-versal def, onde (u, v) s˜ao os parˆametros da fam´ılia. O conjunto dos parˆametros

para os quais o germefu,v ´e n˜ao est´avel,B(f), ´e denominadoconjunto de bifurca¸c˜ao def . Para

(u, v)∈ B(f) identificamos osfu,v′sem nossa lista de germes deAe-codimens˜ao menor ou igual a

1, isto ´e, determinamos osdiagramas de adjacˆencias def. Para obter os conjuntos de bifurca¸c˜ao dos monogermes utilizamos o m´etodo descrito por J. Rieger em [29], o qual descrevemos a seguir de maneira sucinta. Seja

Dk(fu,v) ={(x1, x2,· · ·, xk)∈R3× · · · ×R3; fu,v(x1) =· · ·=fu,v(xk), xl6=xj sel6=j}

o espa¸co dos pontosk-m´ultiplos defu,v. Associamos afu,v germes de aplica¸c˜oesGcujas fun¸c˜oes

coordenadas definem Dk(fu,v). Em [20], W. L. Marar e D. Mond obt´em estas fun¸c˜oes

coorde-nadas. O conjunto de bifurca¸c˜ao def consiste dos parˆametros (u, v) para os quais os germesG

s˜ao n˜ao submersivos. Para os multigermes procedemos de maneira an´aloga, s´o que neste caso cada fun¸c˜ao coordenada deG´e calculada diretamente da defini¸c˜ao de Dk(fu,v).

(17)

3

aplica¸c˜oes est´aveis de uma 3-variedade orientada M emR4. Como comentado anteriormente, o

conjunto discriminante deC∞(M,R4) ´e particionado em estratos de codimens˜ao 1 e 2, os quais

correspondem aos germes obtidos na nossa classifica¸c˜ao. Para cada estrato de codimens˜ao 1 associamos uma coorienta¸c˜ao que consiste em estabeler um crit´erio que distingua quando um caminho transversal em C∞(M,R4) cruza-o de maneira positiva ou negativa. Considerando a

orienta¸c˜ao da 3-variedadeM obtemos uma parti¸c˜ao dos estratos de codimens˜ao 1. A importˆ an-cia de tal etapa ´e percebida durante o processo. Em seguida determinamos osistema coerente, isto ´e, um sistema de equa¸c˜oes lineares que ´e obtido tomando caminhos fechados ao redor de cada estrato de codimens˜ao 2. Ao resolver este sistema de equa¸c˜oes obtemos que o espa¸co dos invariantes locais do tipo Vassiliev de primeira ordem de aplica¸c˜oes est´aveis de uma 3-variedade orientada em R4 ´e 4-dimensional. Para dois dos quatro geradores estabelecemos a seguinte

in-terpreta¸c˜ao geom´etrica: o n´umero de pontos qu´adruplosIQ da imagem de uma aplica¸c˜ao est´avel

e o n´umero de pares de pontos do tipo crosscap/plano IC/P de uma tal imagem.

Ainda no Cap´ıtulo 3, estudamos o caso de imers˜oes est´aveis e determinamos os invariantes locais para esta situa¸c˜ao. Obtemos que o espa¸co dos invariantes locais do tipo Vassiliev de primeira ordem de imers˜oes est´aveis de uma 3-variedade orientada emR4 ´e 3-dimensional. Uma

interpreta¸c˜ao para cada gerador ´e: o n´umero de pares de pontos qu´adruplos IQ da imagem de

uma imers˜ao est´avel e dois ´ındices de interse¸c˜aoI+ eI− introduzidos por V. Goryunov em [15].

Provamos ainda que a caracter´ıstica de Euler da imagem das imers˜oes est´aveis ´e um invariante do tipo Vassiliev e a expressamos como combina¸c˜ao linear dos outros trˆes invariantes.

Os resultados obtidos no caso de imers˜oes est´aveis est˜ao reunidos no artigo Topological invariants of stable immersions of oriented 3-manifolds in R4, veja [7].

Para finalizar os estudos do Cap´ıtulo 3 obtemos como invariante n˜ao local do tipo Vassiliev o n´umero de componentes conexas da curva de pontos triplos na imagem de uma aplica¸c˜ao est´avel.

Como outra aplica¸c˜ao da classifica¸c˜ao de singularidades podemos citar o trabalho de J. W. Bruce e J. M. West [6], onde investigam a geometria do crosscap emR3 atrav´es do seu contato

com planos deR3 na origem . Este estudo ´e feito por meio da fam´ılia de fun¸c˜oes altura. Seja g

uma parametriza¸c˜ao do crosscap, ou seja, g ´e A-equivalente a f(x, y) = (x, y2, xy). A imagem

def ´e chamada de crosscap padr˜ao. Bruce e West observam que uma fun¸c˜ao altura definida na imagem deg pode ser vista como uma fun¸c˜ao definida no crosscap padr˜ao. Ent˜ao, eles mostram que genericamente os germes de fun¸c˜oes altura definidos no crosscap tem XR-codimens˜ao no

m´aximo 2, onde X ´e o crosscap padr˜ao. Desta maneira, analisando as singularidades destes germes de fun¸c˜oes, obt´em informa¸c˜oes sobre a geometria da curva de pontos duplos do crosscap e sobre o contato dele com planos.

Analogamente, no Cap´ıtulo 4, obtemos informa¸c˜oes sobre a geometria da suspens˜ao do crosscap (´unica singularidade est´avel de R3 em R4, cuja parametriza¸c˜ao g ´e A-equivalente a

f(x, y, z) = (x, y, z2, yz)) considerando seu contato com hiperplanos deR4 na origem .

(18)
(19)

Cap´ıtulo 1

Classifica¸

ao de multigermes de

R

3

em

R

4

e de coposto

1

Nosso objetivo neste cap´ıtulo ´e obter as formas normais dos multigermes simples de R3

em R4 de Ae-codimens˜ao 1 e 2 e coposto 1. Tal classifica¸c˜ao ´e fundamental para o estudo que

desenvolveremos no Cap´ıtulo 3 sobre os invariantes locais do tipo Vassiliev de uma 3-variedade fechada emR4.

A lista dos multigermes est´aveis foi obtida por Mather em [22] e ´e a seguinte:

1. (x, y, z,0)

2. (x, y, z2, yz)

3.

(

(x, y, z,0)

(x, y,0, z)

4.

(

(x, y, z2, yz) (0, x, y, z)

5.

   

  

(x, y, z,0)

(x, y,0, z)

(x,0, y, z)

6.

            

(x, y, z,0)

(x, y,0, z)

(x,0, y, z) (0, x, y, z)

Em [19], K. Houston e N.P. Kirk obt´em uma classifica¸c˜ao para monogermes. Os de Ae

(20)

M onogerme Ae−codimens˜ao Nome

(x, y, z2, z(z2±x2±yk)), k= 1,2 k A±±

k

(x, y, z3+xz, zk+3+yz), k= 1,2 k Rk

(x, y, z2, z(z4±x2±y2)) 2 A3

(x, y, z3±y2z, xz+yz2) 2 S±

Na Se¸c˜ao 1.1 apresentamos algumas defini¸c˜oes b´asicas e resultados da teoria de singulari-dade que se fazem necess´arios para o bom entendimento de nosso trabalho. ´E tamb´em nesta se¸c˜ao que descrevemos o m´etodo que utilizamos na obten¸c˜ao dos multigermes de R3 em R4

de Ae-codimens˜ao 1 e 2 e coposto 1. Nas demais se¸c˜oes desenvolvemos tal m´etodo obtendo a

classifica¸c˜ao desejada.

1.1

Teoria cl´

assica de Singularidades

Seja S um subconjunto de Rn. Consideremos o conjunto de todas as aplica¸c˜oes de classe

C∞f :U Rp, ondeU ´e uma vizinhan¸ca deS emRn.Neste conjunto introduzimos a seguinte

rela¸c˜ao de equivalˆencia: duas aplica¸c˜oes f :U1 → Rp e g :U2 → Rp s˜ao equivalentes se existir

uma vizinhan¸ca U ⊂ U1 ∩U2 de S em Rn tal que f|U = g|U. As classes de equivalˆencia

s˜ao chamadas multigermes de f em S e denotadas por f : (Rn, S) (Rp, f(S)). Quando S

consiste de um ´unico elemento tais classes s˜ao tamb´em chamadas monogermes. Quando n˜ao houver a necessidade de especifica¸c˜ao usaremos o termogerme para denominar um monogerme ou multigerme.

Consideremos S um conjunto finito, ou seja, S = {s1, . . . , sr}. ´E suficiente estudarmos

multigermes onde f(S) = 0, uma vez que a classifica¸c˜ao de multigermes com f(S) finito e n˜ao unit´ario se reduz a este caso. O germe de f em si ser´a chamado de ramo e denotado

por f(i) : (Rn, s

i) → (Rp,0). Quando necess´ario mencionarmos o n´umero de ramos de um

multigerme, o denominaremos porr-germe.

SejamEno anel local dos germes de fun¸c˜oes de classeC∞f : (Rn,0)→(R,0) eMn={f ∈

En; f(0) = 0} seu ideal maximal . O conjunto dos monogermesf : (Rn,0)→(Rp,0), denotado

porEn,p, ´e um En-m´odulo livre de posto p.O subm´odulo consistindo dos germes que satisfazem

f(0) = 0 ´e dado por Mn· En,p. Assim, o conjunto dos multigermes f : (Rn, S) → (Rp,0) ´e

isomorfo `a r

1Mn·En,p, isto ´e, `a soma direta de r c´opias de Mn·En,p.

Um germef ∈ En,p induz o homomorfismo de ´algebras

f∗ : E

p → En

(21)

1.1 Teoria cl´assica de Singularidades 7

A multiplicidade local de um germe de aplica¸c˜ao f ∈ En,p´e

mf(0) = dimRfE∗Mn

p

Denotamos porJk(n, p) o espa¸co vetorial real das aplica¸c˜oesf :RnRp onde cada fun¸c˜ao

coordenada fi de f ´e um polinˆomio de grau menor ou igual a k nas coordenadas x1, . . . , xn e

com termo constante nulo. Os elementos de Jk(n, p) s˜ao chamadosk-jatos.

Sejamf ∈ En,p ek∈Z, k≥1. Ok-jato de f ema, denotado porjkf(a), ´e definido por

Df(a)(x) +

1 2!D

2f

(a)(x, x) +· · ·+

1

k!D

kf

(a)(x, . . . , x),

isto ´e,jkf(a) ´e a expans˜ao em s´erie de potˆencias def(x+a)−f(a) em torno da origem, truncada no termo de grauk.

Um germe f ∈ Mn· En,p ´e dito k− G-determinado (onde G ´e um grupo de Mather) se

qualquer g ∈ Mn·En,p tal que jkg(0) =jkf(0) ´eG-equivalente a f. Sef ´ek− G-determinado

para algumk diremos simplesmente que f ´e finitamenteG-determinado.

1.1.1 Rela¸c˜oes de equivalˆencias e espa¸cos tangentes

Introduzimos algumas rela¸c˜oes de equivalˆencias considerando os grupos de Mather A,R e

K e os subgrupos VR e VK. Para ver detalhes de defini¸c˜oes b´asicas e resultados destas e de outras rela¸c˜oes de equivalˆencias utilizadas na teoria de singularidades, veja [5, 10, 35] .

Seja R o grupo de germes de difeomorfismos ψ : (Rn, s) (Rn, s) com a opera¸c˜ao de

composi¸c˜ao. Este grupo age em En,p da seguinte maneira: dois germes f, g : (Rn, s) → (Rp,0)

s˜aoR-equivalentes se existir ψ∈ Rtal queg=fψ−1. Denominamos tal grupo degrupo das

mudan¸cas de coordenadas na fonte.

SejaA o grupo dos pares de germes de difeomorfismos (ψ, ϕ), onde ψ∈ R e ϕ: (Rp,0)

(Rp,0), com a opera¸c˜ao de composi¸c˜ao em cada coordenada. Este grupo age emEn,pda seguinte

maneira: dois germes f, g : (Rn, s) (Rp,0) s˜ao A-equivalentes se existir (ψ, ϕ) ∈ A tal que

ϕ◦g=f ◦ψ.

A A-equivalˆencia de multigermes ´e definida como segue: dois r-germes f, g : (Rn, S)

(Rp,0) s˜ao A-equivalentes se existirem (ψ(i), ϕ) ∈ A,i= 1, . . . , r, tais queϕg(i) =f(i)ψ(i).

Isto significa que para cada ramo podemos escolher uma mudan¸ca de coordenadas na fonte, enquanto que na meta a mesma mudan¸ca de coordenadas deve ser aplicada para todos os ramos.

Consideremos (V,0) um germe de uma subvariedade anal´ıtica em (Rp,0) (para mais

deta-lhes, veja [16]) e seja I o ideal em Ep que define V, isto ´e, o ideal dos germes de fun¸c˜oes que

se anulam em V. Denotamos por VR o subgrupo de R consistindo dos germes em R tais que

(22)

Definimos K (grupo de contato) como sendo o grupo dos germes de difeomorfismos H : (Rp×R,0)(Rp×R,0) dados por H(x, t) = (ψ(x),He(x, t)), onde ψ∈ R eHe(x,0) = 0. Este

grupo age emEp da seguinte maneira: seh1, h2 ∈ Ep, ent˜ao h1 eh2 s˜aoK-equivalentes se existir H ∈ K tal que H(x, h1(x)) = (ψ(x), h2(ψ(x))). Em outras palavras, H leva o gr´afico de h1 no

gr´afico de h2. Denotamos por VK o subgrupo de K consistindo dos germes de difeomorfismos

H= (ψ,He) como acima, tais queψVR. E porVKk, o subgrupo deVKconsistindo dosk-jatos de germes de difeomorfismos emVK.

Para mais detalhes da pr´oxima defini¸c˜ao, veja [35].

O espa¸co tangente aA-´orbita def : (Rn, S)(Rp,0) ´e dado por

Tf =tf(Mnθ(n)S) +ωf(Mpθ(p))⊆ Mnθ(f)

ondeθ(n) consiste dos germes em 0 de campos vetoriais emRn,θ(n)S´e a soma direta der-c´opias

de θ(n) eθ(f) consiste dos germes em 0 de campos vetoriais ao longo de f. Neste casoθ(f) ´e a soma direta de θ(f(i)), onde f(i) ´e ramo de f, e pode ser identificado com a soma direta de r-c´opias deEn,p. O espa¸co tangente estendido ´e dado por

TAe·f =tf(θ(n)S) +ωf(θ(p))⊆θ(f)

e aAe-codimens˜ao def ´e dada por

dimR

θ(f)

TAe·f

= dimRNAef,

onde a dimens˜ao ´e como espa¸co vetorial sobreRe NAef ´e chamado de espa¸co normal a f.

O pr´oximo resultado nos fornece o espa¸co tangente ah∈ Ep segundo o grupoVR(veja [5]).

Lema 1.1 Seja h∈ Ep. Ent˜ao

TVR·h={ξ·h; ξ ∈ Mpθ(p)∩Derlog(V)}

e

TVRe·h={ξ·h; ξ ∈Derlog(V)}

onde Derlog(V) ={ξ θ(p); ξ·I, ˜hI} e I ⊆ Ep ´e um ideal que define V.

Usaremos o programa Macaulay [4] para calcular oDerlog(V) onde necess´ario.

O espa¸co tangente ah∈ Ep segundo o grupoVK´e

TVh=TVh+h∗(M1)· Mp.

O espa¸co tangente estendido ´e

(23)

1.1 Teoria cl´assica de Singularidades 9

e aVKe-codimens˜ao de h´e

dimR

θ(h)

TVKe·h

= dimRNVKe·h.

Observemos que se a origem ´e fixada por todos os elementos deDerlog(V), ent˜ao TVR·h=

TVRe·h. Logo, TVK·h=TVKe·h.

SejaVRk o subgrupo de VRque consiste dos elementos de VR cujok-jato ´e a identidade.

O espa¸co tangente ah∈ Ep segundo o grupoVR1 ´e

TVR1·h={ξ·h; ξ ∈ M2pθ(p)∩Derlog(V)}

e o espa¸co tangente segundo o grupoTVK1·h ´e

TVK1·h=TVR1·h+h∗(M1)· Mp.

1.1.2 M´etodo de classifica¸c˜ao

Determinar as A-classes de germes finitamente determinados em ⊕r

1En,p n˜ao ´e uma tarefa

f´acil. Afortunadamente, no caso (n, n+ 1) podemos reduzir a A-classifica¸c˜ao de multigermes para a VK-classifica¸c˜ao de monogermes de fun¸c˜oes em En+1. O resultado que nos permite tal

abordagem ´e devido a R. G. Wik Atique (veja [36]) e ´e o seguinte.

Teorema 1.2 Dados Se = {s1, ..., sr−1} e S = Se∪ {sr} subconjuntos de Cn e fe: (Cn,Se) →

(Cn+1,0) um multigerme finitamente A-determinado, consideremos g,eg : (Cn, S) (Cn+1,0)

multigermes finitamente A-determinados tais que g(i) =eg(i) =f(i) para i= 1, . . . , r1. Ent˜ao

g e ge s˜ao A-equivalentes se, e somente se, h e eh s˜ao VK-equivalentes onde h,eh ∈ On+1 s˜ao

equa¸c˜oes reduzidas que definem as imagens de g(r) e eg(r), respectivamente, e V ´e a imagem de e

f.

Precisamos agora de uma rela¸c˜ao entre as Ae-codimens˜oes de f eg com a VKe-codimens˜ao

de h . Neste sentido temos o seguinte resultado (veja [36]).

Teorema 1.3 Sejam Se = {s1, ..., sr−1} e S = Se∪ {sr} subconjuntos de Cn, f : (Cn,Se) →

(Cn+1,0) um multigerme finitamente A- determinado e g,eg : (Cn, S) (Cn+1,0) satisfazendo

g(i) =f(i) para i= 1, . . . , r1 e g(r) uma imers˜ao. Se h ∈ O

n+1 ´e uma equa¸c˜ao reduzida que

define a imagem de g(r) e V ´e a imagem de f, ent˜ao a Ae-codimens˜ao de g ´e dada pela soma

das Ae-codimens˜ao de f e a VKe-codimens˜ao de h.

O pr´oximo resultado foi obtido por J. Mather em [22] e nos d´a como determinar asG-´orbitas emM, ondeG´e um grupo de Lie eM uma variedade diferenci´avel.

(24)

(1) Para qualquer xS, TxG·x⊇TxS;

(2) A dimens˜ao de TxG·x independe de x∈S;

(3) S ´e conexa.

Ent˜aoS est´a contida numa ´unica G-´orbita.

O m´etodo da tranversal completa que descrevemos abaixo, juntamente com o Lema de Mather, nos permite obter as VKkorbitas emJk(n+ 1,1) da seguinte maneira:

(i) Dado um determinado k-jato, aplicamos a transversal completa para obter as poss´ıveis ´

orbitas emJk+1(n+ 1,1) de (k+ 1)-jatos cujo k-jato ´e o considerado;

(ii) A fim de reduzir esta lista aplicamos o Lema de Mather ou realizamos mudan¸cas de coor-denadas apropriadas;

(iii) Para cada poss´ıvel (k+ 1)-jato verificamos a ordem de sua determina¸c˜ao como germe. Se for (k+ 1)-determinado obtemos o representante de uma VK-´orbita em En+1. Caso

contr´ario, repetimos o procedimento descrito em (i).

´

E com o Teorema da Transversal Completa que produzimos uma lista de poss´ıveis (k+ 1)-jatos.

Teorema 1.5 (Teorema da Transversal Completa) SejamσJk(n+1,1), Hk+1 Jk+1(n+

1,1), o subespa¸co das aplica¸c˜oes polinomiais homogˆeneas de grau k+ 1, e T = hβ1, . . . , βri ⊂

Hk+1 subespa¸co tais que

Mkn+1+1·En+1⊂TVK1·σ+T +Mkn+2+1·En+1.

Ent˜ao para qualquer σ˜Jk+1(n+ 1,1)com jkσ˜(0) =σ ´e VKk1+1-equivalente a

σ+

r X

i=1 αiβi,

onde αi∈R.

O subespa¸coT =hβ1, . . . , βri´e a transversal completa.

Por fim, um crit´erio para a VK-determina¸c˜ao finita. O resultado seguinte ´e an´alogo ao do grupo K (veja [36]).

(25)

1.1 Teoria cl´assica de Singularidades 11

1.1.3 Desdobramentos versais

Umdesdobramento a m-parˆametros de umr-germef0 : (Rn, S)→(Rn+1,0) ´e um r-germe

F : (Rn×Rm, S× {0}) (Rn+1×Rm,0)

(x, u) 7→ (f(x, u), u)

tal quef(x,0) =f0(x). O germef(x, u), que denotaremos porfu(x), ´e chamado umadeforma¸c˜ao

de f0.

Consideremos o grupo de Mather A (os resultados seguintes s˜ao an´alogos para qualquer outro grupo de Mather). Dois desdobramentos F, G: (Rn×Rm, S× {0})(Rn+1×Rm,0) de

f0s˜aoisomorfosse existirem germes de difeomorfismosφi: (Rn×Rm,{si}×{0})→(Rn×Rm,0),

i= 1, . . . , r, e ψ : (Rn+1×Rm,0) (Rn+1×Rm,0) que s˜ao desdobramentos a m-parˆametros

dos germes da identidade em Rn e Rn+1, respectivamente, e G(i) =ψF(i)φ−1

i , i= 1, . . . , r,

lembrando que G(i) e F(i) denotam o i-´esimo ramo deGe F.

Dado um germe h : (Rt,0) (Rm,0) e F um desdobramento de f0, definimos o

pull-back de F por h, denotado por h∗F, como sendo o desdobramento at-parˆametros hF(x, v) =

(f(x, h(v)), v).

Dizemos que F e G s˜aoequivalentes se existir um difeomorfismo Φ : (Rm,0)(Rm,0) tal

queG´e isomorfo a Φ∗F. SeG´e um desdobramento at-parˆametros def

0(tn˜ao necessariamente

igual am), dizemos queG´e induzidopor F se existir um germeh: (Rt,0)(Rm,0) tal queG

´e isomorfo ah∗(F).

Seja F(x, u) = (f(x, u), u) um desdobramento de f0. Dizemos que F ´e versal se todos os

desdobramentos def0 s˜ao induzidos por F.

Enunciemos agora o teorema fundamental da existˆencia de desdobramentos versais.

Teorema 1.7 Um desdobramento a m-parˆametros F(x, u) = (f(x, u), u) de f0 ´e Ae-versal se,

e somente se, aAe-codimens˜ao de f0 ´e finita e

TAe·f0+R{F˙1, . . . ,F˙m}=⊕r1En,n+1,

onde F˙i= ∂u∂fi(x,0), para i= 1, . . . , m.

Observemos que se a Ae-codimens˜ao def0 ´ece g1,· · ·, gc ∈ ⊕r1En,n+1 formam uma R-base

do complementar deTAe·f0 em⊕r1En,n+1, ent˜ao

F(x, u) = (f0(x) +

c X

i=1

uigi(x), u)

(26)

1.1.4 Opera¸c˜oes de aumenta¸c˜ao e concatena¸c˜ao

Todos os multigermes com mais de um ramo deAe-codimens˜ao 1 e coposto 1 de aplica¸c˜oes de

classeC∞ (ou anal´ıticas) (Kn, S)→(Kp,0), com n≥p−1, (n, p) nas boas dimens˜oes segundo Mather e K =C ou K =R, podem ser obtidos por opera¸c˜oes de aumenta¸c˜ao e concatena¸c˜ao.

Para mais detalhes sobre o assunto veja o trabalho de T. Cooper, D. Mond e R. G. Wik-Atique [9].

Sejamf : (Rn, S)(Rp,0) um germe deAe-codimens˜ao 1 onde S´e um subconjunto finito

de Rn e

F : (Rn×R, S× {0}) (Rp×R,0)

(x, u) 7→ (fu(x), u)

.

um desdobramentoAe-versal de f. Definimos

f : (Rn×R, S× {0}) (Rp×R,0)

(x, λ) 7→ (f±λ2(x), λ)

.

A A-classe de equivalˆencia de A±f independe da escolha do desdobramento Ae-versal F de f.

ChamamosA+f deaumenta¸c˜ao positiva de f eA−f deaumenta¸c˜ao negativa de f. O germeA±f tem

Ae-codimens˜ao 1 e um desdobramentoAe-versal deA±f ´e dado porG(x, λ, µ) = (f±λ2+µ(x), λ, µ).

Exemplo 1.8 Seja f±(x, z) = (x, z2, z3 ±x2z) o germe de R2 em R3 de Ae-codimens˜ao 1.

Consideremos o seguinte desdobramentoAe-versal de f±,

F±(x, z, u) = (x, z2, z3±x2z+uz, u).

Ent˜ao, as aumenta¸c˜oes positiva e negativa def+ s˜ao dadas por A±f+(x, z, u) = (x, z2, z3+x2z±

u2z, u). Logo, obtemos os germes de R3 emR4

1+: (x, y, z2, z(z2±x2+y2))

de Ae-codimens˜ao 1. Se considerarmos a aumenta¸c˜ao negativa de f− obtemos o germe A−−1 ,

tamb´em de Ae-codimens˜ao 1.

H´a duas opera¸c˜oes de concatena¸c˜ao: mˆonica e bin´aria. A opera¸c˜ao deconcatena¸c˜ao mˆonica

consiste em produzir a partir de um multigerme comr-ramos um novo multigerme com r+ 1-ramos, onde o ramo extra ´e uma dobra (no caso n p) ou uma imers˜ao (no caso n < p). J´a a concatena¸c˜ao bin´aria consiste em combinar dois multigermes de codimens˜ao 1 para obter um novo multigerme.

Daremos ˆenfase `a opera¸c˜ao de concatena¸c˜ao mˆonica para a obten¸c˜ao de multigermes deRn

emRn+1 e de Ae-codimens˜ao 1.

Sejaf : (Rn, S)(Rn+1,0) um multigerme deAe-codimens˜ao 1 eF(x, u) = (fu(x), u) um

(27)

1.1 Teoria cl´assica de Singularidades 13

Cf : (Rn×R, S× {0})→(Rn+1×R,0) dado por

Cf : (

(x, u)7→(fu(x), u)

(x, u)7→(x,0) .

A A-classe de equivalˆencia deCf independe da escolha do desdobramento Ae-versal F de f. O

germeCf temAe-codimens˜ao 1.

Vejamos um exemplo desta opera¸c˜ao.

Exemplo 1.9 Seja f :

(

(y, z2, yz)

(y, y, z) o bigerme de

R2 em R3 de Ae-codimens˜ao1.

Considere-mos o seguinte desdobramento Ae-versal de f, F : (

(y, z2, yz, u)

(y+u, y, z, u) . A concatena¸c˜ao mˆonica

de f ´e dada por

Cf :    

  

(y, z2, yz, u)

(y+u, y, z, u)

(y, z, u,0)

.

Realizando mudan¸cas de coordenadas na fonte e na meta obtemos o trigerme de R3 em R4 de

Ae-codimens˜ao1

Tc :       

(x, y, z2, yz) (0, x, y, z)

(x, x+y, y, z)

.

Sejaf : (Rn, S)(Rn+1,0) um multigerme deAe-codimens˜ao 1 efu sua deforma¸c˜ao versal.

A menos de homeomorfismo, existem duas (possivelmente equivalentes) escolhas para a imagem de fu: uma para u positivo e outra para u negativo. Denotamos tais imagens por D+(f) e

D−(f), respectivamente. Da mesma maneira denotamos porD+(A±

f) e D−(A±f) as imagens de

f±u2+λ paraλpositivo e negativo, respectivamente.

Os pr´oximos resultados foram obtidos por T. Cooper, D. Mond e R. G. Wik-Atique em [9].

Proposi¸c˜ao 1.10 Com a nota¸c˜ao acima

(i) D+(A+

f) ´e homotopicamente equivalente a D+(f);

(ii) D−(A+f) ´e homotopicamente equivalente a S(D−(f));

(iii) D+(A−f) ´e homotopicamente equivalente a S(D+(f));

(iv) D−(A

f) ´e homotopicamente equivalente a D−(f);

(28)

Com respeito a opera¸c˜ao de concatena¸c˜ao mˆonica temos o seguinte.

Proposi¸c˜ao 1.11 Seja f um multigerme de Ae-codimens˜ao1. A imagem de uma deforma¸c˜ao

versal do multigerme Cf ´e homotopicamente equivalente `a suspens˜ao da imagem de uma

defor-ma¸c˜ao versal de f.

1.1.5 Suspens˜ao do crosscap

A superf´ıcie em R3 dada pela equa¸c˜ao W2 Y2Z = 0, onde (Y, Z, W) representam as

coordenadas em R3, ´e chamada de guarda-chuva de Whitney. Notemos que a ´unica parte do

guarda-chuva de Whitney que pertence a regi˜ao Z <0 ´e o eixoZ.

Y Z

W

Seja fe : (R2,0) (R3,0) o germe definido por fe(y, z) = (y, z2, yz). A imagem de fe´e

o guarda-chuva de Whitney sem seu “cabo”, isto ´e, sem a semirreta Y = W = 0 e Z < 0. Definimos um crosscap como a imagem de qualquer germe g que ´eA-equivalente a fe. Oponto de crosscap ´e a imagem da origem de R2 pelo germe g. Chamamos o crosscap parametrizado

por fede crosscap padr˜ao. Whitney provou em [39] que tal singularidade ´e est´avel e que ´e a ´

unica singularidade local que aparece numa aplica¸c˜ao est´avel deR2 em R3.

Consideramos agora a variedade V definida pela mesma equa¸c˜ao que o guarda-chuva de Whitney emR3,W2Y2Z = 0, mas agora emR4 e com coordenadas (X, Y, Z, W). O desenho

acima representaV em cada se¸c˜ao 3-dimensional (t, Y, Z, W),comt∈Rfixo. Sejaf : (R3,0)

(R4,0) o germe de aplica¸c˜ao definido por f(x, y, z) = (x,fe(y, z)) = (x, y, z2, yz). Temos que a

imagem de f ´e dada por V menosY = W = 0 X R e Y <0. Definimos uma suspens˜ao do

crosscap como sendo a imagem de qualquer germe h que ´eA-equivalente a f. A imagem de h

cont´em uma curva de pontos de crosscap. A suspens˜ao do crosscap parametrizado por f ser´a chamada desuspens˜ao do crosscap padr˜ao (ou simplesmente suspens˜ao do crosscap).

1.2

Classifica¸

ao de bigermes

A partir deste momento denotaremos por (x, y, z) e (X, Y, Z, W) as coordenadas em R3 e R4 respectivamente.

(29)

1.2 Classifica¸c˜ao de bigermes 15

Lema 1.12 Seja f um bigerme de R3 em R4, onde cada ramo ´e uma imers˜ao. Ent˜ao f ´e

A-equivalente a

(

(x, y, z,0)

(x, y, z, ϕ(x, y, z)) ,

onde ϕ(x, y, z) ´e chamada fun¸c˜ao de contato.

Proposi¸c˜ao 1.13 Sejam

f :

  

(x, y, z) f1

→(x, y, z,0) (x, y, z) f2

→(x, y, z, ϕ(x, y, z)) e

e

f :

  

(x, y, z) fe1

→(x, y, z,0)

(x, y, z) fe2

→(x, y, z,ϕe(x, y, z))

ent˜ao,

(i) f ´e A-equivalente afese, e somente se,ϕ ´eK-equivalente a ϕe.

(ii) Se f ´e finitamenteA-determinado, ent˜ao

TAe·f =     

E3 E3

E3 E3

E3 E3

TKe·ϕ TKe·ϕ     +

    

0 0

0 0

0 0

∆(E3 × E3)

    ,

onde ∆(E3× E3)´e a diagonal em E3× E3.

Demonstra¸c˜ao: (i) Suponhamos ϕK-equivalente aϕe. Ent˜ao, existe um germe de difeomor-fismo

H : (R3×R,(0,0))(R3×R,(0,0))

dado por H(x, y, z, t) = (h(x, y, z),He(x, y, z, t)) e satisfazendo

(a) h: (R3,0)(R3,0) ´e um germe de difeomorfismo;

(b) He(x, y, z,0) = 0;

(c) H(x, y, z, ϕ(x, y, z)) = (h(x, y, z),ϕe(h(x, y, z)).

´

E f´acil ver queHfi=fei◦h,i= 1,2. Portanto,f ´eA-equivalente afe.

Reciprocamente, suponhamosf A-equivalente af .e Ent˜ao, existem germes de difeomorfismos

φi: (R3,0)→(R3,0), i= 1,2, e ψ: (R4,0)→(R4,0), ψ = (ψ1, ψ2, ψ3, ψ4) tais que

(1) ψf1=fe1◦φ1;

(30)

Definimos

H : (R3×R,(0,0)) (R3×R,(0,0))

(x, y, z, t) 7→ (φ2(x, y, z), ψ4(x, y, z, t)) .

Segue de (1) queψ4(x, y, z,0) = 0 e comoψ´e um difeomorfismo, ∂ψ∂t4(0)6= 0. Logo,H ∈ K. De

(2) temos que H(x, y, z, ϕ(x, y, z)) = (φ2(x, y, z),ϕe(φ2(x, y, z))) e portanto ϕ´e K-equivalente a

e

ϕ.

(ii) Primeiramente mostremos que

    

E3 E3

E3 E3

E3 E3

TKe·ϕ TKe·ϕe      +      0 0 0 0 0 0

∆(E3 × E3)

   

⊆TAe·f.

Seja π : R4 R3 a proje¸c˜ao dada por π(X, Y, Z, W) = (X, Y, Z), consideremos o

homo-morfismo induzido

π∗: E

3 → E4

g 7→ g◦π

e     

g1 eg1 g2 eg2 g3 eg3

0 0     ∈     

E3 E3

E3 E3

E3 E3

0 0

   

.Ent˜ao

    

g1 eg1 g2 eg2 g3 eg3

0 0

    = tf

  

g1−eg1 0 g2−eg2 0

g3−eg3 0

 

 + ωf

    

π∗(ge

1) π∗(g2e)

π∗(ge

3) 0     . Logo,     

E3 E3

E3 E3

E3 E3

0 0

   

⊆TAe·f.

SejaA=

     0 0 0 0 0 0 g 0    

com g∈TKe·ϕ. Notemos que A∈TAe·f. De fato, como g∈TKe·ϕ,

existem p, hi ∈ E3, i= 1,2,3,tais queg=h1·ϕx+h2·ϕy+h3·ϕz+p·ϕ. Assim, 

   

0 h1

0 −h2

0 h3

g 0

    =tf

  

0 −h1

0 h2

0 h3

  +ωf

  

0 0

π∗(g)W ·π(p)  

(31)

1.2 Classifica¸c˜ao de bigermes 17

Agora, se considerarmos

     0 h1

0 h2

0 h3

0 g

    =tf

  

0 h1

0 h2

0 h3

  +ωf

  

0 0

W ·π∗(p)

 

∈TAe·f,

temos que      0 0 0 0 0 0 0 g    

∈TAe·f.

Por fim, seg∈ E3, ent˜ao

     0 0 0 0 0 0 g g     =ωf

     0 0 0 0 0 0

π∗(g) π∗(g)

   

∈TAe·f,

isto ´e,      0 0 0 0 0 0

∆(E3 × E3)

   

⊆TAe·f.

Resta mostrarmos queTAe·f ⊆     

E3 E3

E3 E3

E3 E3

TKeϕ TKeϕe      +      0 0 0 0 0 0

∆(E3 × E3)

    . Seja     

h1 eh1 h2 eh2 h3 eh3 g eg

   

∈TAe·f,comg, g, he i, ehi ∈ E3, i= 1,2,3. Ent˜ao, existema, b, c, ea,eb, ec∈

E3 e m, n, p, q∈ E4 tais que

    

h1 eh1 h2 eh2 h3 eh3 g eg

    =     

a ea

b eb

c ec

0 a·ϕx+b·ϕy+c·ϕz     +     

mf1 m◦f2 nf1 n◦f2 p◦f1 p◦f2 qf1 q◦f2

    .

Logo, g=q(x, y, z,0),eg=a·ϕx+b·ϕy+c·ϕz+q(x, y, z, ϕ(x, y, z)) e

e

g−g=a·ϕx+b·ϕy+c·ϕz+d·ϕ(x, y, z)∈TKe·ϕ,

(32)

Portanto     

h1 eh1 h2 eh2 h3 eh3 g eg

    =     

h1 eh1 h2 eh2 h3 eh3

0 egg

    +      0 0 0 0 0 0 g g     ⊆     

E3 E3

E3 E3

E3 E3

TKe·ϕ TKe·ϕ      +      0 0 0 0 0 0

∆(E3 × E3)

    . ✷

Corol´ario 1.14 Com as mesmas hip´oteses de (ii) da Proposi¸c˜ao 1.13, N Ae·f ´e isomorfo a

N Ke·ϕ.

Corol´ario 1.15 Sejam ϕ e f como na Proposi¸c˜ao 1.13. Ent˜ao, f ´e k− A-determinada se, e somente se, ϕ´e k− K-determinado.

Para o pr´oximo resultado, veja a K-classifica¸c˜ao de germes em E3 em [2].

Corol´ario 1.16 Um bigerme de imers˜oes de(R3, S)em(R4,0)e deAe-codimens˜ao no m´aximo

2 tem uma das seguintes formas normais:

Ae-codimens˜ao Nome (

(x, y, z,0)

(x, y,0, z) 0

(

(x, y, z,0)

(x, y, z, x2+y2+z2) 1 E

(

(x, y, z,0)

(x, y, z, x2+y2z2) 1 H

(

(x, y, z,0)

(x, y, z, x2±y2+z3) 2 B

±

2

Observa¸c˜ao 1.17 Os germes E eHobtimos acima s˜ao aumenta¸c˜oes de f :

(

(y, z,0)

(y, z, y2+z2) .

De fato, consideremos o seguinte desdobramento Ae-versal def,

F :

(

(µ, y, z,0)

(µ, y, z, µ+y2+z2) .

(33)

1.2 Classifica¸c˜ao de bigermes 19

Classificaremos agora os bigermes onde um dos ramos ´e a suspens˜ao do crosscap. Neste caso em particular, estamos interessados nos bigermes de Ae-codimens˜ao at´e 3 (e n˜ao at´e 2),

pois esta classifica¸c˜ao ´e necess´aria aos estudos que desenvolvemos no Cap´ıtulo 4.

Proposi¸c˜ao 1.18 Seja f : (R3, S) (R4,0) um bigerme de Aecodimens˜ao no m´aximo 3 e

onde um dos seus ramos ´e a suspens˜ao do crosscap. Ent˜ao f tem uma das seguintes formas normais:

Ae−codimens˜ao Nome

(1)

(

(x, y, z2, yz)

(0, x, y, z) 0

(2)

(

(x, y, z2, yz)

(x, y±xk, y, z) k−1 k≥2 C

± (k= 2)

(3)

(

(x, y, z2, yz)

(x, x2±yk, y, z) k k≥2

(4)

(

(x, y, z2, yz)

(x, y2±xk, y, z) k k≥3

(5)

(

(x, y, z2, yz)

(x, xy+xk, y, z) k k≥3

(6)

(

(x, y, z2, yz)

(x, y,±x2±yk, z) k k≥2

(7)

(

(x, y, z2, yz)

(x, y,±y2±xk, z) k k≥3

(8)

(

(x, y, z2, yz)

(x, y, xy±xk, y, z) k k≥3

(9)

(

(x, y, z2, yz)

(x, y, z, x2±z2) 3

Demonstra¸c˜ao: SejaV a imagem da suspens˜ao do crosscap que ´e definida porW2Y2Z = 0. Ent˜ao

(34)

Segue do Teorema 1.2 que as A-classes de tais germes s˜ao dadas pelas VK-classes em E4.

Consideremos a a¸c˜ao deVK1 em J1(4,1).

Sejah∈ E4 e j1h=aX+bY +cZ+dW ∈J1(4,1).Segue do Lema 1.1 que

TVK1·j1h=M4hai+E4hbY −2cZ,2cW, bY +dW, bWi+E4

j1h+M24. (1.1)

Determinemos as ´orbitas emJ1(4,1) sob a a¸c˜ao de

VK1.

Suponhamos a6= 0 e consideremos S = {σ =aX +bY +cZ +dW ∈ J1(4,1);a > 0}. S

´e um aberto de J1(4,1) e portanto ´e uma subvariedade. Al´em disso, S ´e claramente conexa e

TσS =J1(4,1) =TVK1·σ,∀σ ∈S. Logo, segue do Lema de Mather que S est´a contida numa

´

unica ´orbita, cujo representante ´e X. O caso a < 0 ´e an´alogo, com representante −X que ´e

VK1−equivalente a X.

Suponhamos agoraa= 0. Temos quej1h=bY +cZ+dW e por (1.1) que

TVK1·j1h=E4hbY −2cZ,2cW, bY +dW, bWi+E4j1h+M24.

Consideremosb·c6= 0 eS={σ=bY+cZ+dW M; b >0, c >0}. Segue do Lema de Mather queSest´a contida numa ´unica ´orbita, cujo representante ´eY+Z. Considerando os outros casos obtemos ´orbitas com representantes±Y ±Z que s˜ao VK1-equivalentes aY +Z.

Prosseguindo desta maneira obtemos as seguinte ´orbitas emJ1(4,1): X, Y +Z, Y, Z, W,0.

Para uma melhor compreens˜ao dos pr´oximos passos desta demonstra¸c˜ao sugerimos que acompanhe o esquema da Figura 1.1.

(i) Seja h∈ E4 cujo 1-jato ´e X. Ent˜ao

TVK1·j1h=M4+M24 e M24⊆ M4 TVK·j1h+M34.

Segue da Proposi¸c˜ao 1.6 que j1h ´e 1-VK−determinado. Logo, h ´e

VK−equivalente a X e tem

VKe-codimens˜ao igual a 0. Pelo Teorema 1.2 obtemos o seguinte germe est´avel (

(x, y, z2, yz)

(0, x, y, z) .

(ii) Sejah∈ E4 cujo (k−1)-jato ´eY +Z,k≥2. A k−transversal ´e calculada como segue.

TVK1·jk−1h = {ξ·jk−1h; ξ ∈ M24θ(4)∩Derlog(V)}+E4jk−1h

= M4hY −2Z, W, Yi+E4

jk+1h

= M24\ E4

X2, X3, . . ..

Ent˜ao Xk´e a ktransversal.

Segue do Teorema da Transversal Completa que oskjatos cujo (k1)jato ´e igual aY+Z

s˜aoVKkequivalentes aY +Z+λXk, onde λR. Em particular,jkh

VKk Y +Z+λX

k.

(35)

1. 2 Cl ass ifi ca¸ c˜ao d e b iger me s 21

J1(4,1) X Y +Z Y

W 0

1-determinado

J2(4,1) Y+Z±X2 Y +Z 2-determinado

Y +Z

Y +Z J3(4,1)

J4(4,1)

3-determinado

4-determinado 4-determinado 4-determinado 4-determinado 4-determinado 4-determinado 4-determinado

3-determinado 3-determinado 3-determinado 3-determinado 3-determinado 3-determinado

2-determinado 2-determinado 2-determinado

Y

Y +X2±Z2 Y+X2 Y+Z2 Y+XZ Z±X2±Y2 Z±X2 Z

±Y2 Z+XY

W+X2±Z2

Y +Z+X3

Y +Z±X4

Y+X2

Y+X2

Y +X2

±Z3

Y +X2

±Z4

Y+Z2

Y+Z2

Y+XZ

Y+XZ

Y+Z2+X3

Y +Z2

±X4

Y+XZ+X3

Y+XZ+X4

Z±X2

Z±X2

Z±X2+Y3

Z±X2

±Y4

Z±Y2

Z±Y2

Z±Y2+X3

Z±Y2

±X4

Z+XY

Z+XY

Z+XY±X4

Z+XY+X3

Z

Z

(∗) (∗)

(∗∗)

(∗)

(∗∗)Os germes cujo 1-jato é este, tem V Ke-codimensão maior que 3.

Os germes cujo2-jato é este, tem V Ke-codimensão maior que 3.

(∗ ∗ ∗)

(∗ ∗ ∗)

Das demais órbitas obtém-se germes deV Ke-codimensão maior que 3.

(36)

mudan¸ca de coordenada na fonte:

H: (R4,0) (R4,0)

(X, Y, Z, W) 7→ 1

k

ε·λX, Y, Z, W

.

ondeε= 1 seλ >0 eε=1 se λ <0. Como

TVKk·jkh=M4

D

Xk−1E+E4hY, Z, Wi+Mk4+1,

segue quejkh´ek

-VK−determinado. Ent˜aoh´eVK−equivalente aY+Z±Xke temVKe−codimens˜ao

igual ak−1, k≥2. Pelo Teorema 1.2 obtemos o seguinte germe deAe−codimens˜aok−1,k≥2 : (

(x, y, z2, yz)

(x, y±xk, y, z) .

(iii) Seja h∈ E4 cujo 1-jato ´eY. Determinemos as VK2-´orbitas emJ2(4,1).

Temos queTVK1·j1h=E

4hY, Wi+M24. Segue do Teorema da Transversal Completa que

o 2-jato deh ´eVK2equivalente aY +aX2+bZ2+cXZ,ondea, b, cR.Ent˜ao,

TVK2·j2h=M4h2aX+cZi+E4

2bZ2+cXZ, Y, W+E4

j2h+M34.

Suponhamosa(4abc2)6= 0 e consideremos

S={σ=Y +aX2+bZ2+cXZ ∈J2(4,1); a >0,4ab−c2>0}.

´

E f´acil ver queS ´e uma subvariedade conexa de J2(4,1). Notemos que T

σS ⊆TVK2·j2h,para

todo σ∈S. De fato, como

2aX2+cXZ, 2aXZ+cZ2, 2bZ2+cXZ TVK2·j2h,

TσS =X2, XZ, Z2 ∈ TVK2·j2h. Segue do Lema de Mather que S est´a contida numa ´unica

´

orbita, cujo representante ´eY +X2+Z2.Os casos a(4ab−c2) <0 e a < 0,4ab−c2 <0 s˜ao an´alogos, com representanteY +X2+Z2.

Suponhamos agoraa6= 0,(4abc2) = 0. Realizando mudan¸cas de coordenadas que

preser-vam V na fonte obtemos uma ´orbita cujo representante ´eY +X2. Analogamente, para a= 0 obtemos as seguintes ´orbitas: Y +XZ, Y +Z2, Y. Portanto, temos 5 ´orbitas em J2(4,1) cujos representantes possuem 1-jato igual a Y: Y +X2±Z2, Y +X2, Y +Z2, Y +XZ, Y.

(iii.1) Sejah∈ E4 cujo 2-jato ´e Y +X2±Z2.Temos que

TVK2·j2h=M4hXi+E4

Z2, Y, W+E4

j2h+M34.

Logo,j2h´e 2−VK−determinado e portantoh´e

(37)

1.2 Classifica¸c˜ao de bigermes 23

o seguinte germe de Ae−codimens˜ao 2 (

(x, y, z2, yz)

(x, x2±y2, y, z).

(iii.2) Sejah∈ E4 cujok−1-jato ´eY +X2,k≥3. Ak-transversal ´e dada por

Zk. Logo,

o k-jato deh´e VKkequivalente a Y +X2+λZk, λR.

Suponhamosλ6= 0. Realizando mudan¸cas de coordenadas que preservamV na fonte obte-mos quejkh ´eVK−equivalente a Y +X2±Zk. Temos que

TVKk·jkh=M4hXi+E4

D

Zk−1, Y, WE+Mk4+1.

Logo,jkh´ek−VK-determinado e portantoh´eVK−equivalente aY +X2±Zk.Obtemos assim o germe de Ae−codimens˜ao k, k≥3:

(

(x, y, z2, yz)

(x, x2±yk, y, z).

Para os casos em que o 2-jato ´eY+Z2 ouY+XZ procedemos de maneira an´aloga a (iii.2) e obtemos os seguintes germes deAe-codimens˜aok, com k≥3, respectivamente:

(

(x, y, z2, yz)

(x, y2+xk, y, z) e (

(x, y, z2, yz) (x, xy±xk, y, z).

Os germes cujo 2-jato ´eY s˜ao deVKe-codimens˜ao maior que 4.

(iv) Seja h∈ E4 cujo 1-jato ´eZ. Procedendo como em (iii) obtemos 5 ´orbitas emJ2(4,1): Z±X2±Y2, Z±X2, Z±Y2, Z+XY, Z. Com argumentos an´alogos aos anteriores conclu´ımos que se o 2-jato ´e

(a) Z±X2±Y2, o germe obtido ´e o (6), para k= 1;

(b) Z±X2, o germe obtido ´e o (6), parak >1;

(c) Z±Y2, o germe obtido ´e o (7);

(d) Z+XY, o germe obtido ´e o (8);

(e) Z, os germes obtidos s˜ao deVKecodimens˜ao maior que 4.

(v) Seja h ∈ E4 cujo 1-jato ´e W. Segue que TVK1·j1h = E4hWi+M24. Pelo Teorema da

Transversal Completa temos quej2h´eVK2equivalente aW+aX2+bY2+cZ2+dXY+eXZ+

f Y Z.Suponhamosa(4abe2)6= 0 e consideremos

(38)

Segue do Lema de Mather queSest´a contida numa ´unica ´orbita, cujo representante ´eW+X2± Z2.Os demais casos s˜ao an´alogos, com representantes W +X2±Z2.

Se a(4ab−e2) = 0 obtemos germes de VKe-codimens˜ao maior que 3.

Sejah∈ E4 cujo 2-jato ´e −W +X2±Z2. Temos que

TVK2·j2h=M4hXi+E4W, Y2, Z2, Y Z+M34.

Logo, j2h ´e 2 − VK−determinado. Portanto, h ´e VK−equivalente a W +X2 ± Z2 e tem

VKe−codimens˜ao igual a 3. Desta maneira obtemos o germe de Ae−codimens˜ao 3: (

(x, y, z2, yz) (x, y, z, x2±z2).

Observa¸c˜ao 1.19 Os germes C± obtimos acima s˜ao aumenta¸c˜oes de f : (

(y, z2, yz)

(y, y, z) . De

fato, consideremos o seguinte desdobramentoAe-versal de f,

F :

(

(µ, y, z2, yz)

(µ, y+µ, y, z) .

Ent˜aoC+=A+

f eC−=A−f.

Consideremos agora os bigermes onde um dos ramos ´e o germe de Ae-codimens˜ao 1

A±±3 : (x, y, z2, z(z2±x2±y2)).

Na prova do resultado seguinte obtemos oDerlog(V) paraV a imagem deA++3 .Para os demais,

V eDerlog(V) s˜ao os mesmos a menos de alguns sinais. Como as mudan¸cas de coordenadas na fonte e os espa¸cos tangentes envolvidos na demonstra¸c˜ao do resultado independem destes sinais, a prova ´e v´alida paraA±±3 .

Proposi¸c˜ao 1.20 Seja f : (R3, S) (R4,0) um bigerme de Ae-codimens˜ao 2 onde um dos

ramos ´eA±±3 : (x, y, z2, z(z2±(x2±y2)). Ent˜aof tem a seguinte forma normal

(

(x, y, z2, z(z2±x2±y2))

(x,0, y, z) .

Demonstra¸c˜ao: SejaV a imagem deA++3 que ´e definida por

(39)

1.2 Classifica¸c˜ao de bigermes 25

Ent˜ao

Derlog(V) = (Y,−X,0,0), (0, W, 0, 2X2Y Z+ 2Y3Z+ 2Y Z2), (XY, 3Z+Y2,−4Y Z, 0),

(0,0,2W, X4+ 2X2Y2+Y4+ 4X2Z+ 4Y2Z+ 3Z2),(3Z+X2, XY,4XZ,0),

(W,0,0,2X3Z+ 2XY2Z+ 2XZ2),(XW, Y W,4ZW,6Z3+ 6Y2Z2+ 6X2Z2),

(X, Y,2Z,3W)i.

Consideremos a a¸c˜ao deVK1 em J1(4,1).

Sejah∈ E4 e j1h=aX+bY +cZ+dW ∈J1(4,1). Segue que

TVK1·j1h=E4haY −bX, bW, bZ, cW, aZ, aW, aX+bY + 2cZ+ 3dWi+E4

j1h+M24.

Determinemos quais s˜ao as VK1orbitas emJ1(4,1).

Seja S = {σ = aX +bY +cZ +dW J1(4,1); a > 0, a2 +b2 6= 0}. Segue do Lema de

Mather que S est´a contida numa ´unica ´orbita, cujo representante ´e X. Os demais casos s˜ao an´alogos, com representante X. Procedendo desta maneira obtemos as seguintes ´orbitas em

J1(4,1): X, Z, W,0.

(1) Sejah∈ E4 cujo 1-jato ´eX. Segue que

TVK1j1h=E4hX, Y, Z, Wi+M24.

ClaramenteX ´e 1−VK-determinado. Logoh´eVK−equivalente aX e temVKe−codimens˜ao 1.

Pelos Teorema 1.2 e 1.3 obtemos o seguinte germe deAe-codimens˜ao 2: (

(x, y, z2, z(z2±x2±y2))

(0, x, y, z) ∼A

(

(x, y, z2, z(z2±x2±y2))

(x,0, y, z) .

Os germes cujo 1-jato ´eZ, W ou 0 s˜ao de VKe-codimens˜ao maior que 2.

Para finalizar a classifica¸c˜ao dos bigermes consideremos o caso em que um dos ramos ´e o germeR1: (x, y, z3+xz, z4+yz) de Ae-codimens˜ao 1.

Proposi¸c˜ao 1.21 Seja f : (R3, S) (R4,0) um bigerme de Ae-codimens˜ao 2 onde um dos

ramos ´eR1 : (x, y, z3+xz, z4+yz). Ent˜ao f tem a seguinte forma normal

(

(x, y, z3+xz, z4+yz)

(40)

Demonstra¸c˜ao: SejaV a imagem deR1 que ´e definida por

W3−Z4−3Y Z3−3Y2Z2−Y3Z+4XZ2W+5XY ZW+XY2W−2X2W2−X3Y Z+X4W = 0.

Ent˜ao

Derlog(V) = (2X,3Y,3Z,4W), (0, 9Y Z8XW, 6Y Z+ 3Z2+ 4XW,2Y W + 4ZW),

(3Y Z 3Z2, 4Y W 4ZW, X2Z3ZW, 3XY Z+ 4X2W 4W2),

(3ZW, 4W2, 2XY Z −XZ2− 2X2W, 3Y2Z+ 3Y Z2−3XY Z−4XZW),

(0,9Y2−72Z2+ 16XW, 18X3+ 39Y Z+ 102Z2−26XW, 22Y W + 64ZW

+18X2Y), (6W, XY 8XZ,2XY +XZ,2Y210Y Z8Z2+ 12XW),

(3Y 3Z,4X2,3W +X2, XY + 4XZ).

Sejah∈ E4 e j1h=aX+bY +cZ+dW ∈J1(4,1). Segue que

TVK1·j1h=E4h2aX+ 3bY + 3cZ+ 4dW, aW, aY +aZ−cWi+E4haX+bY +cZ+dWi+M24.

Suponhamosa(b−c)6= 0 e consideremosS={σ=aX+bY+cZ+dW ∈J1(4,1); a >0, b−c >

0}. Segue do Lema de Mather queSest´a contida numa ´unica ´orbita, cujo representante ´eX+Y. Os demais casos s˜ao an´alogos, com representanteX+Y.

Sejah∈ E4 cujo 1−jato ´eX+Y.Segue que

TVK1·j1h=E4h2X+ 3Y, W, Y +Zi+E4hX+Yi.

Logo,X+Y ´e 1−VK−determinado. Portanto,h´eVK−equivalente aX+Y e temVKe−codimens˜ao

igual a 1. Dos Teoremas 1.2 e 1.3 obtemos o seguinte germe deVKe-codimens˜ao 2 (

(x, y, z3+xz, z4+yz)

(x, x, y, z) .

Os germes cujo 1-jato ´e diferente de X+Y s˜ao deVKe-codimens˜ao maior que 2.

1.3

Classifica¸

ao de trigermes

Imagem

Figura 3.3: Transi¸c˜ ao dos estratos E e H e da topologia local da superf´ıcie de pontos duplos.
Figura 3.4: Transi¸c˜ ao dos estratos C + e C − e da topologia local dos pontos do tipo crosscap/plano.
Figura 3.6: Transi¸c˜ ao do estrato T h e da topologia local da curva de pontos triplos.
Figura 3.8: Coorienta¸c˜ ao dos subestratos P 3 , P 4 e P 5 .
+7

Referências

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