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Duas não linearidades e uma assimetria: taxa de câmbio, crescimento e inflação no Brasil

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Academic year: 2017

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Texto

(1)

Duas

 

Não

 

Linearidades

 

e

 

Uma

 

A i

t i

T

d Câ bi

Assimetria:

 

Taxa

 

de

 

Câmbio,

 

Crescimento e Inflação no Brasil

Crescimento

 

e

 

Inflação

 

no

 

Brasil

N l B b

Nelson Barbosa

Secretário de Política Econômica Ministério da Fazenda

Ministério da Fazenda

(2)

Debate

 

Macroeconômico

• Há um debate recorrente sobre as implicações daHá um debate recorrente sobre as implicações da 

taxa de câmbio para o crescimento e a inflação no 

Brasil. Brasil.

• O regime de câmbio flutuante tem demonstrado ser 

mais adequado à realidade brasileira desde que

mais adequado à realidade brasileira, desde que 

complementado pela manutenção de um alto 

estoque de reservas internacionais

estoque de reservas internacionais.

• Uma análise da experiência brasileira recente revela 

duas não linearidades e uma assimetria na relação

duas não linearidades e uma assimetria na relação 

(3)

Primeira

 

Não

 

Linearidade:

(4)

Variação

ç

 

na

 

Taxa

 

de

 

Câmbio

 

e

 

Crescimento

• Uma variação na taxa de câmbio real tem impacto

• Uma variação na taxa de câmbio real tem impacto 

distintos sobre a absorção doméstica e as 

exportações líquidas

exportações líquidas.

– No Brasil a apreciação cambial têm exercido um 

i á i i i b d d

impacto temporário positivo sobre a demanda 

agregada no curto prazo.

– O impacto de curto prazo acaba a medida que a 

taxa de câmbio se estabiliza em um novo patamar.

(5)

Nível

 

de

 

Taxa

 

de

 

Câmbio

 

e

 

Crescimento

• O nível da taxa de câmbio também tem um impacto

• O nível da taxa de câmbio também tem um impacto 

sobre o crescimento da economia devido à sua 

influência sobre o investimento e a produtividade

influência sobre o investimento e a produtividade.

– Uma apreciação da taxa de câmbio reduz o preço 

l i d b d i l i l

relativo dos bens de capital e estimula o 

investimento.

– Uma apreciação da taxa de câmbio também reduz a 

margem de lucro nas empresas, sobretudo no setor 

produtor de bens comerciáveis, e desestimula o 

(6)

Taxa de câmbio real e crescimento: a experiência  brasileira indica ma relação não linear (q adrática)

brasileira indica uma relação não linear (quadrática) 

entre as variáveis

Crescimento

A i ã

A i ã Apreciação 

aumenta o  crescimento Apreciação 

reduz o  crescimento

Taxa de Câmbio  Real Efetiva

(7)

Segunda

 

Não

 

Linearidade:

(8)

Variação

ç

 

na

 

Taxa

 

de

 

Câmbio

 

e

 

Inflação

ç

• Uma depreciação da taxa de câmbio real tem um

• Uma depreciação da taxa de câmbio real tem um 

impacto positivo e temporário sobre a inflação. 

d i ã bi l f i

– Uma depreciação cambial funciona como um 

choque adverso de oferta.

– No Brasil as estimativas de “pass‐through” 

cambial variam de 8% a 20% em até 18 meses.

– O impacto de curto prazo se dissipa a medida que 

a taxa de câmbio se estabiliza em um novo 

patamar.

(9)

Nível

 

de

 

Taxa

 

de

 

Câmbio

 

e

 

Inflação

ç

• O nível da taxa de câmbio real também tem impactoO nível da taxa de câmbio real também tem impacto 

sobre a inflação no longo prazo:

A taxa de câmbio real influencia o grau de

– A taxa de câmbio real influencia o grau de 

proteção dos produtores domésticos em relação à 

concorrência internacional

concorrência internacional.

– O nível de taxa de câmbio influencia o coeficiente 

d é fl á f d

de inércia inflacionária, efetiva e esperada.

– O nível de taxa de câmbio também influencia a 

taxa de crescimento da produtividade e, desta 

forma, impacta no componente de demanda da 

(10)

Taxa de câmbio real e inflação: a experiência brasileira  indica ma relação não linear (cúbica) entre as

indica uma relação não linear (cúbica) entre as 

variáveis

Inflação

Taxa de 

10

(11)

Uma Assimetria:

Uma

 

Assimetria:

(12)

Meta

 

de

 

Inflação

ç

 

ou

 

Meta

 

Cambial?

• O controle da inflação deve ter prioridade sobre aO controle da inflação deve ter prioridade sobre a 

taxa de câmbio para estimular o crescimento e 

desenvolvimento no longo prazo

desenvolvimento no longo prazo.

– A inflação torna‐se instável em taxas muito 

elevadas (inflação inercial e aumento na incerteza)

elevadas (inflação inercial e aumento na incerteza)

– Existem outros instrumentos para acelerar o 

i t d l i t l

crescimento e o desenvolvimento no longo prazo 

(política fiscal, regulação econômica, etc).

– Taxas de câmbio flutuante evitam o acúmulo de 

grandes desequilíbrios externos e facilitam o 

(13)

Meta

 

de

 

Inflação

ç

 

e

 

Flutuação

ç

 

Cambial

• Como a taxa de inflação de longo prazo é uma função 

do nível taxa de câmbio real, a adoção de metas de 

inflação já limita a flutuação da taxa de câmbio sem 

necessariamente estabelecer metas cambiais.

– Inflaçãoç  estável requerq  taxa de câmbio real 

estável.

– Uma meta de inflação muito baixa implica umaUma meta de inflação muito baixa implica uma 

taxa de câmbio real apreciada, o que prejudica o 

crescimento. crescimento.

– Uma meta de inflação muito elevada implica uma 

taxa de câmbio real muito depreciada o que

taxa de câmbio real muito depreciada, o que 

(14)

Metas

 

de

 

Inflação,

 

Taxa

 

de

 

Câmbio

 

e

 

Crescimento

Crescimento

Taxa real de câmbio

Inflação

Taxa real de â bi

14

(15)

Resposta

p

 

Assimétrica

 

a

 

Variações

ç

 

Cambiais

• A combinação de metas de inflação com baixa ç ç

vulnerabilidade externa gera uma resposta assimétrica  da política econômica a variações na taxa de câmbio.

– Combate à depreciação cambial excessiva: política 

monetária restritiva e venda de moeda estrangeira,  com mais ênfase na taxa de juro do que na venda de  reservas devido à limitação do estoque de reservas  internacionais.

– Combate à apreciação cambial excessiva: política 

monetária expansionista e compra de reservas, com  ênfase na compra de reservas devido ao piso para a 

d j b l id l d i fl ã

(16)

Política cambial no Brasil

Política

 

cambial

 

no

 

Brasil

• Meta de inflação e câmbio flutuanteMeta de inflação e câmbio flutuante ... mas commas com 

operações cambiais para reduzir a volatilidade 

cambial (apreciação ou depreciação excessiva) e

cambial (apreciação ou depreciação excessiva) e 

diminuir a vulnerabilidade externa.

• Operações cambiais sem compromisso com um valor

• Operações cambiais sem compromisso com um valor 

específico para a taxa de câmbio, com resposta 

assimétrica a variações excessivas na taxa de câmbio

assimétrica a variações excessivas na taxa de câmbio.

• E medidas adicionais para combater flutuações 

( b d d

excessivas (IOF sobre entrada de capitais, 

(17)

Fragilidade

 

Financeira

 

Internacional*

(% do PIB) (% do PIB)

42,9 Dívida Externa Total

31,5 26,5 Reservas Internacionais Conta Corrente 18,1 26,5

12,1, 13,2

4,8 1,5 2,6 5,3 -6,8 -6,0 -0,5 -4,0 -2,2

1974 1982 1987 1998 2010

1974 1982 1987 1998 2010

Crise da

Dívida na Dívida ExternaMoratória da Último Ano de Câmbio Fixo Impacto do 1º

choque do Posição Atual

17

17

*/ Dados Estimados – Julho de 2010.

Fonte: BCB. Elaboração: MF/SPE.

Dívida na

America Latina Câmbio Fixo (Plano Real) Dívida Externa

choque do

(18)
(19)

Política

 

Fiscal

 

e

 

Taxa

 

de

 

Juro

• A política fiscal é um dos determinantes da demandaA política fiscal é um dos determinantes da demanda 

agregada e, desta forma, ela influencia a taxa de juro 

e a taxa de câmbio.

e a taxa de câmbio.

• Nos últimos anos a política fiscal foi um instrumento 

importante para a aceleração do crescimento

importante para a aceleração do crescimento 

econômico com melhora na distribuição de renda, 

sem criação de pressões inflacionárias excessivas

sem criação de pressões inflacionárias excessivas.

• As metas de inflação foram cumpridas e a taxa real 

de juro caiu

de juro caiu.

• A tendência de apreciação na taxa de câmbio real 

á f

(20)

Taxa de Juro real ex-ante (% aa)

(t d 1 d fl i d l i fl ã d )

(taxa de 1 ano deflacionada pela inflação esperada)

25

21,0

20

12,9

10 15

9,2

5,8

5 10

(21)

A

D

i

ã d T

d

Anexo:

 

Determinação

 

da

 

Taxa

 

de

 

Câmbio Nominal e Agenda da

Câmbio

 

Nominal

 

e

 

Agenda

 

da

 

(22)

Determinação

ç

 

da

 

taxa

 

de

 

câmbio

 

nominal

• No curto prazo a taxa de câmbio nominal éNo curto prazo a taxa de câmbio nominal é 

preponderantemente determinada no mercado de 

derivativos. derivativos.

• Uma análise da determinação da taxa de câmbio 

nominal no Brasil indica:

nominal no Brasil indica:

– Forte correlação entre o valor internacional no 

real e o preço das commodities (a partir de 2006)

real e o preço das commodities (a partir de 2006).

– Paridade coberta de taxa de juros, com apreciação 

das taxas spot e futuras após uma elevação na 

diferença entre as taxas de juro doméstica e 

(23)

Commodities

 

e

 

Taxa

 

de

 

Câmbio

 

(em

 

logs)

6.2 1.8 6.0 6.1 1.4 1.6 LOG(CRB) LOG(ST) 5.8 5.9 1.0 1.2 5.6 5.7 0.6 0.8 5 4 5.5 0 2 0.4 5.3 5.4 0.0 0.2

00 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10

(24)

Impacto

 

da

 

SELIC

 

sobre

 

a

 

Taxa

 

de

 

Câmbio

 

Nominal

2

Accumulated Response of DLOG(ST) to DLOG(SELIC)

2

Accumulated Response of DLOG(FT) to DLOG(SELIC)

Accumulated Response to Nonfactorized One Unit Innovations ± 2 S.E.

-1 0 1 -1 0 1 -4 -3 -2 -4 -3 -2

5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60

7

Accumulated Response of DLOG(SELIC) to DLOG(SELIC)

4

Accumulated Response of DLOG(EMBI) to DLOG(SELIC)

3 4 5 6 0 2 -1 0 1 2 -6 -4 -2

24 Fonte: Modelo VAR de paridade coberta de taxa de juro; elaboração: MF/SPE.

1

5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60

6

(25)

Taxa

 

de

 

Câmbio

 

e

 

Competitividade

p

• A taxa de câmbio é importante mas não é o único p

determinante da competitividade.

• Outras iniciativas melhoram a competitividade:p

– Política tributária: devolução de créditos tributários e 

desoneração da folha de pagamentos. desoneração da folha de pagamentos.

– Investimento em infra‐estrutura: redução do custo de 

transporte e logística e ampliação na oferta de transporte e logística e ampliação na oferta de  insumos básicos.

– Financiamento: redução nas taxas de juros eFinanciamento: redução nas taxas de juros e  ampliação da oferta de seguro e garantias.

Referências

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