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Efeitos de Confinamento de Vórtice Magnético em Nanodiscos de Fe e Py

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Academic year: 2017

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(1)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIˆENCIAS EXATAS E DA TERRA

DEPARTAMENTO DE F´ISICA TE ´ORICA E EXPERIMENTAL PROGRAMA DE P ´OS-GRADUAC¸ ˜AO EM F´ISICA

Efeitos de Confinamento de V´

ortice

Magn´

etico em Nanodiscos de Fe e Py

Autor: Thiago Rafael de Silva Moura

Orientador: Prof. Dr. Artur da Silva Carri¸co

Co-orientadora: Prof(a). Dra. Ana L´ucia Dantas

Disserta¸c˜ao apresentada `a Universidade Federal do Rio Grande do Norte como requisito parcial `a obten¸c˜ao do grau de Mestre em F´ısica.

(2)

e Joana D’arc da Silva Moura.

(3)

ii

A Deus, por tudo, pela inspira¸c˜ao e pela expira¸c˜ao.

Ao Prof. Artur da Silva Carri¸co, por sua orienta¸c˜ao durante o per´ıodo de mestrado.

A Prof. Ana L´ucia Dantas, por sua co-orienta¸c˜ao e importantes discuss˜oes sobre magnetismo.

A todos os professores do Departamento de F´ısica da UFRN que contribu´ıram para a minha forma¸c˜ao profissional e cidad˜a.

A todos os funcion´arios do Departamento de F´ısica da UFRN.

A todos os componentes do Grupo de Magnetismo e Materiais Magn´eticos.

A Tiago de Medeiros Vieira por todas as importantes discuss˜oes sobre F´ısica Funda-mental.

(4)

Apresentamos dois trabalhos te´oricos baseados em simula¸c˜oes num´ericas. O primeiro estudo consiste na investiga¸c˜ao das fases de equil´ıbrio e de nuclea¸c˜ao de v´ortice em na-noelementos de Ferro e Permaloy com bases circular e quadrada. O outro possui o objetivo de investigar a intera¸c˜ao magnetost´atica em pares de nanodiscos de Ferro e de Permaloy e seu impacto na estrutura do v´ortice.

(5)

Abstract

We report two theoretical works, based in numerical simulations. The first study consists in the investigation of equilibrium phases and vortex formation in Ferro and Permalloy circular and square nanoelements.The another have the aim to investigate the magneto-static interaction between pairs of nanodisks of Ferro and Permalloy and it‘s impact in the vortex structure.

(6)

Resumo iii

1 Introdu¸c˜ao 1

1.1 Motiva¸c˜ao Te´orica . . . 1

1.1.1 Equa¸c˜ao de Landau-Lifshitz . . . 2

1.1.2 Equa¸c˜ao de Landau-Lifshitz-Gilbert . . . 6

1.2 Motiva¸c˜ao Experimental . . . 11

2 Energia 13 2.1 Introdu¸c˜ao . . . 13

2.2 Constru¸c˜ao da Energia . . . 13

2.2.1 Energia de Troca . . . 14

2.2.2 Energia Anisotr´opica Uniaxial . . . 16

2.2.3 Energia Magnetost´atica . . . 18

2.2.4 Energia Zeeman . . . 18

2.2.5 Energia de Interface . . . 19

2.3 Discretiza¸c˜ao da Energia . . . 20

2.3.1 C´elula de Simula¸c˜ao . . . 20

2.3.2 Energia de Troca por C´elula . . . 23

2.3.3 Energia de Anisotropia Uniaxial por C´elula . . . 25

(7)

SUM ´ARIO vi

2.3.4 Energia Zeeman por c´elula . . . 26

2.3.5 Energia de Interface por c´elula . . . 26

2.3.6 Energia Magnetost´atica por c´elula . . . 26

2.3.7 Energia total por c´elula . . . 29

2.4 Campo M´edio Local Sobre C´elulas . . . 29

2.4.1 Campo Dipolar . . . 30

2.5 O M´etodo Auto Consistente . . . 32

3 Forma¸c˜ao de V´ortices em Nanodiscos de Fe e Py 33 3.1 Introdu¸c˜ao . . . 33

3.2 Efeitos de correla¸c˜ao magn´etico e geom´etrico dos nano-elementos . . . 34

3.3 Modelo Te´orico . . . 36

3.4 Pr´ıncipais resultados . . . 38

3.5 Conclus˜ao . . . 42

4 Efeitos de forma¸c˜ao de v´ortice em pares de nanodiscos 43 4.1 Introdu¸c˜ao . . . 43

4.2 Modelo Te´orico . . . 45

4.3 Forma¸c˜ao de v´ortice em nanodiscos colineares . . . 49

5 Conclus˜oes e Perspectivas 70 5.1 Retrospectiva e Perspectivas . . . 70

Referˆencias 72

(8)

1.1 Esquematiza¸c˜ao da rota¸c˜ao da magnetiza¸c˜ao em torno do campo magn´etico aplicado. . . 4 1.2 Esquematiza¸c˜ao da rota¸c˜ao da magnetiza¸c˜ao em torno do campo magn´etico

aplicado com a a¸c˜ao de amortecimento. . . 4

2.1 Figura esquem´atica da representa¸c˜ao do espa¸co dos momentos magn´eticos. 16 2.2 Figura esquem´atica da representa¸c˜ao da magnetita. Os ´ıonsF e3+est˜ao

dis-tribu´ıdos espacialmente sob as geometrias octa´edrica e tetra´edrica com mo-mentos de dipolo antiparalelos e os ´ıons F e2+octa´edricamente distribu´ıdos

e respons´aveis pelo momento magn´etico da estrutura. . . 21 2.3 Figura esquem´atica da representa¸c˜ao atˆomica, e do sistema magn´etico

estu-dado neste trabalho. O ´ındiceirepresenta a c´elula na qual se quer conhecer os campos que atuam sobre ela, j representa os vizinhos respons´aveis pelo campo de troca sobre i, enquanto k representa os vizinhos dipolares da c´elula i. Retirada da Tese de Doutorado de G.O.G Rebou¸cas, 2010. . . 28

(9)

LISTA DE FIGURAS viii

2.4 Figura esquem´atica mostrando o perfil de cada termo do campo magn´etico local que atua em cada c´elula e devido a cada c´elula. O ´ındiceirepresenta a c´elula na qual se quer conhecer os campos que atuam sobre ela,j representa os vizinhos respons´aveis pelo campo de troca sobrei, enquantokrepresenta os vizinhos dipolares da c´elula i.Retirada da Tese de Doutorado de G.O.G Rebou¸cas,2010. . . 31

3.1 Figura esquem´atica de um nanodisco com anisotropia uniaxial no plano (x,y) em um substrato antiferromagn´etico, (a) e (b) s˜ao poss´ıveis con-figura¸c˜oes magn´eticas para o nanodisco na ausˆencia de campo e (c) ´e a configura¸c˜ao magn´etica com o campo magn´etico de satura¸c˜ao no plano (x,y). 36 3.2 Magnetiza¸c˜ao de nanoelementos de Fe com 30nm de altura:(a)quadrado

com 48nm de dimensao lateral e (b)circular com 54nm de diˆametro. Ao lado da curva de remanˆencia ´e apresentado a estrutura do n´ucleo do v´ortice para os nanoelementos, a barra em cores ´e usada para mostrar a varia¸c˜ao da componente z da magnetiza¸c˜ao. . . 38 3.3 Estrutura magn´etica selecianada de alguns pontos da figura 3.1. A barra

em cores mostra a varia¸c˜ao da componente z da magnetiza¸c˜ao e as linha cont´ınuas, nos pain´eis (b),(c) e (e) separa as ´areas com cargas opostas da componente z do campo local. . . 39 3.4 Estrutura magn´etica do n´ucleo do v´ortice (a) sem o substrato

antiferro-magn´etico e (b) com o substrato antiferroantiferro-magn´etico para um nanoelemento de Py com 30nm de altura e 62nm de diˆametro. A barra colorida mostra a componente z da magnetiza¸c˜ao e a linha cont´ınua representa Sz no n´ucleo

(10)

3.5 Estrutura magn´etica do n´ucleo do v´ortice (a) sem o substrato antiferro-magn´etico e (b) com o substrato antiferroantiferro-magn´etico na interface e (c) na superficie para um nanoelemento de Fe com 30nm de altura e 62nm de diˆametro. A barra colorida mostra a componente z da magnetiza¸c˜ao e a linha cont´ınua representa Sz no n´ucleo do v´ortice em (a) x = 0nm, (b)

x=−2nme (c) x=−2nm. . . 41

4.1 Figura esquem´atica de nanodiscos de mesmas altura e diˆametro, (a) no estado inicial sem a presen¸ca de campo magn´etico aplicado e (b) com campo de satura¸c˜ao aplicado ao longo do eixoz, separados por um espassador n˜ao-magn´etico de espessura h. . . 45 4.2 Curva de remanˆencia de dois nanodiscos de Fe com 81nm de diˆametro

e 12nm de altura, a partir do estado saturado (H=20kOe) ao estado de remanˆencia (H=0kOe), com 6nm de distˆancia interdicos. . . 50 4.3 Estados magn´eticos de dois nanodiscos de Fe com 81nm de diˆametro e

12nm de altura, a partir do estado saturado ao estado de remanˆencia e 6nm de distˆancia interdicos. Os estados magn´eticos ao longo da curva de remanˆencia da Fig.4.2 est˜ao esquematicamente apresentados nos pain´eis acima, a partir do estado (1), saturado, com H = 20kOe, ao estado (4), remanente, com H = 0kOe. . . 51 4.4 Curva de remanˆencia de dois nanodiscos de Py com 81nm de diˆametro

(11)

LISTA DE FIGURAS x

4.5 Estados magn´eticos de dois nanodiscos de Py com 81nm de diˆametro e 12nm de altura, a partir do estado saturado ao estado de remanˆencia e 9nm de distˆancia interdicos. Os estados magn´eticos ao longo da curva de remanˆencia da Fig.4.4 est˜ao esquematicamente apresentados nos pain´eis acima, a partir do estado (1), saturado, com H = 8kOe, ao estado (4), remanente, com H = 0kOe. . . 53 4.6 Evolu¸c˜ao do diˆametro do n´ucleo do v´ortice dependente da distˆancia

in-terdiscos, para nanodiscos de Permaloy magnetostaticamente interagentes, com 81nm de diˆamentro e 12nm de altura. . . 55 4.7 Evolu¸c˜ao do diˆametro do n´ucleo do v´ortice dependente da distˆancia

in-terdiscos, para nanodiscos de Permaloy magnetostaticamente interagentes, com 81nm de diˆamentro e 15nm de altura. . . 56 4.8 Evolu¸c˜ao do diˆametro do n´ucleo do v´ortice dependente da distˆancia

in-terdiscos, para nanodiscos de Permaloy magnetostaticamente interagentes, com 81nm de diˆamentro e 18nm de altura. . . 56 4.9 Evolu¸c˜ao do diˆametro do n´ucleo do v´ortice dependente da distˆancia

in-terdiscos, para nanodiscos de Permaloy magnetostaticamente interagentes, com 81nm de diˆamentro e 21nm de altura. . . 57 4.10 Evolu¸c˜ao do diˆametro do n´ucleo do v´ortice dependente da distˆancia

inter-discos, para nanodiscos de Ferro magnetostaticamente interagentes, com 81nm de diˆamentro e 12nm de altura. . . 57 4.11 Evolu¸c˜ao do diˆametro do n´ucleo do v´ortice dependente da distˆancia

(12)

4.12 Evolu¸c˜ao do diˆametro do n´ucleo do v´ortice dependente da distˆancia inter-discos, para nanodiscos de Ferro magnetostaticamente interagentes, com 81nm de diˆamentro e 18nm de altura. . . 58 4.13 Evolu¸c˜ao do diˆametro do n´ucleo do v´ortice dependente da distˆancia

inter-discos, para nanodiscos de Ferro magnetostaticamente interagentes, com 81nm de diˆamentro e 21nm de altura. . . 59 4.14 Gr´afico da mudan¸ca da quiralidade em rela¸c˜ao ao aumento da distˆancia

interdiscos para nanoelementos de Permaloy com 81nm de diˆamentro e alturas de 12nm e 15nm. . . 60 4.15 Transi¸c˜ao de fase magn´etica associada ao produto da quiralidade (Cr =

c1.c2) entre dois nanodiscos de Py com 81nm de diˆametro e 12nm de

al-tura. Os pontos retirados da curva de quiralidade, Fig. 4.14, onde ocorrem as transi¸c˜oes magn´eticas s˜ao: (X) com d = 7,19515nm de distˆancia inter-discos, (Y) com d= 7,19518nm, (Z) comd= 38,61897nm e para o estado (W) com d= 38,618991nm. A coluna colorida representa a componente z

da magnetiza¸c˜ao. . . 61 4.16 Transi¸c˜ao de fase magn´etica associada ao produto da quiralidade (Cr =

c1.c2) entre dois nanodiscos de Py com 81nm de diˆametro e 15nm de

al-tura. Os pontos retirados da curva de quiralidade, Fig. 4.14, onde ocorrem as transi¸c˜oes magn´eticas s˜ao: (K) com d = 2,12439nm de distˆancia inter-discos, (L) comd= 2,12442nm, (N) comd = 14,36694nme para o estado (M) com d = 14,36695nm. A coluna colorida representa a componente z

da magnetiza¸c˜ao. . . 62 4.17 Gr´afico da mudan¸ca da quiralidade em rela¸c˜ao ao aumento da distˆancia

(13)

LISTA DE FIGURAS xii

4.18 Gr´afico da mudan¸ca da quiralidade em rela¸c˜ao ao aumento da distˆancia interdiscos para nanoelementos de Ferro com 81nm de diˆamentro e alturas de 12nm e 15nm. . . 64 4.19 Transi¸c˜ao de fase magn´etica associada ao produto da quiralidade (Cr =

c1.c2) entre dois nanodiscos de Fe com 81nm de diˆametro e 12nm de altura.

Os pontos retirados da curva de quiralidade, Fig. 4.18, onde ocorrem as transi¸c˜oes magn´eticas s˜ao: (P) comd= 5,0355nmde distˆancia interdiscos, (Q) com d = 5,03559nm, (R) com d = 29,43195nm e para o estado (S) com d = 29,43198nm. A coluna colorida representa a componente z da magnetiza¸c˜ao. . . 65 4.20 Transi¸c˜ao de fase magn´etica associada ao produto da quiralidade (Cr =

c1.c2) entre dois nanodiscos de Py com 81nm de diˆametro e 15nm de

al-tura. Os pontos retirados da curva de quiralidade, Fig. 4.18, onde ocorrem as transi¸c˜oes magn´eticas s˜ao: (K) com d = 2,12439nm de distˆancia inter-discos, (L) comd= 2,12442nm, (N) comd = 14,36694nme para o estado (M) com d = 14,36695nm. A coluna colorida representa a componente z

da magnetiza¸c˜ao. . . 66 4.21 Gr´afico da mudan¸ca da quiralidade em rela¸c˜ao ao aumento da distˆancia

interdiscos para nanoelementos de Ferro com 81nm de diˆametro e alturas de 18nm e 21nm. . . 67 4.22 Gr´afico da mudan¸ca da polaridade em rela¸c˜ao ao aumento da distˆancia

interdiscos para nanoelementos de Ferro com 81nm de diˆametro e alturas de 12nm e 15nm. . . 68 4.23 Gr´afico da mudan¸ca da polaridade em rela¸c˜ao ao aumento da distˆancia

(14)

4.24 Gr´afico da mudan¸ca da polaridade em rela¸c˜ao ao aumento da distˆancia in-terdiscos para nanoelementos de Permaloy com 81nm de diˆametro e alturas de 12nm e 15nm. . . 69 4.25 Gr´afico da mudan¸ca da polaridade em rela¸c˜ao ao aumento da distˆancia

(15)

Cap´ıtulo 1

Introdu¸c˜

ao

1.1

Motiva¸c˜

ao Te´

orica

A motiva¸c˜ao primordial desse trabalho ´e inevitavelmente te´orica, decorrente do estudo ainda simpl´orio da equa¸c˜ao de Landau-Lifshitz apresentada pelos autores -Landau e Lifshitz- no ano de 1935 e posteriormente pela abordagem Langrangeana admitida por Gilbert motivada pelo estudo do efeito de amortecimento anˆomalo provocado por cor-rentes de Foucault em filmes ferromagn´eticos de Py, que resultou na conhecida equa¸c˜ao de Lifshitz-Gilbert e possui correspondˆencia direta com a equa¸c˜ao de Landau-Lifshitz como ser´a demonstrado na subse¸c˜ao 1.1.2 deste cap´ıtulo. Outra motiva¸c˜ao, ainda te´orica, para o estudo que ser´a apresentado neste trabalho ´e adivinda do interesse por estudar sistemas n˜ao lineares que apresentam extrema riqueza em termos de F´ısica Fun-damental e Aplicada. No caso do presente trabalho o foco se encontra em nanoestruturas magn´eticas cil´ındricas e no estudo de como efeitos geom´etricos s˜ao determinantes na forma¸c˜ao de alguns padr˜oes magn´eticos em nanoestruturas de baixa dimensionalidade de interesse, com diˆametro ou aresta menor que 100 nm.

(16)

1.1.1

Equa¸c˜

ao de Landau-Lifshitz

Classicamente a rela¸c˜ao entre o momento de dipolo magn´etico de uma part´ıcula de carga

q ´e

~

m =γ~L (1.1)

onde γ ´e o fator giromagn´etico, que ´e diretamente proporcional ao produto entre o fator de Land´e g e inversamente proporcional a massam da part´ıcula de cargaq

γ = gq

2m (1.2)

Realizando o produto vetorial do momento de dipolo magn´etico elementar m~ com o campo magn´etico H~

~

m×H~ =γ~L×H~ (1.3)

´e obtida a defini¸c˜ao de torque proveniente de um dipolo magn´etico m~ sob a a¸c˜ao de um campo magn´etico de magnitude |H~|. Seguindo com a constru¸c˜ao, segue-se que pela Mecˆanica Cl´assica o torque ´e definido como a taxa de varia¸c˜ao temporal do momento orbital

d~L

dt =γ~L×H~ (1.4)

multiplicando a eq.(1.4) pela eq.(1.2)

gq

2m d~L

dt =γ gq

2mL~ ×H~ (1.5)

fazendo uma pequena manipula¸c˜ao alg´ebrica e usando a defini¸c˜ao da eq.(1.1)

d ~m

dt =γ ~m×H~ (1.6)

(17)

CAP´ITULO 1. INTRODUC¸ ˜AO 3

na maior parte da literatura atual sobre o assunto com sinal negativo, que tamb´em ser´a empregado aqui com o objetivo de n˜ao fugir desse padr˜ao adotado, segue-se que a equa¸c˜ao anterior escrita sob essas circunstˆancias ´e reescrita agora com sinal negativo

d ~m

dt =−γ ~m×H~ (1.7)

(18)

Figura 1.1: Esquematiza¸c˜ao da rota¸c˜ao da magnetiza¸c˜ao em torno do campo magn´etico aplicado.

(19)

CAP´ITULO 1. INTRODUC¸ ˜AO 5

Para resolver este problema, Landau e Lifshitz propuseram de maneira engenhosa a ex-istˆencia de uma a¸c˜ao f´ısica, que aqui ser´a representada pelo vetor ~h, que for¸car´a o ali-nhamento do momentum de dipolo com o campo magn´etico; este novo termo surge na equa¸c˜ao por raz˜oes puramente fenomenol´ogicas e foi chamado de a¸c˜ao de amortecimento, ent˜ao adicionando a a¸c˜ao de amortecimento a eq.(1.7)

d ~m

dt =−γ ~m×H~ +~h (1.8)

A a¸c˜ao de amortecimento deve ser constru´ıda de maneira perpendicular ao momento de dipolo, caso contr´ario, o m´odulo de m~ n˜ao permanece constante, o que n˜ao ´e f´ısicamente aceit´avel, pois n˜ao ´e desej´avel derivar uma equa¸c˜ao com o m´odulo do momento de dipolo magn´etico variante e admitir tal fato n˜ao ´e pertinente quando n˜ao existe qualquer com-prova¸c˜ao da veracidade do mesmo, principalmente quando a ordem da energia magn´etica ´e de 10−3eV enquanto a ordem da energia atˆomica ´e de 1eV. Um caminho para a

con-stru¸c˜ao dessa equa¸c˜ao ´e partir de uma fundamenta¸c˜ao puramente fenomenol´ogica de que a a¸c˜ao de amortecimento for¸ca o alinhamento do dipolo com o campo e por este motivo ´e fact´ıvel pelas raz˜oes j´a apresentadas construir a a¸c˜ao de amortecimento como se segue

~h =m~ ×~c (1.9)

onde

~c=−αγ ~m×H~ (1.10)

e α ´e a constante de amortecimento. Integrando as constru¸c˜oes das eq.s (1.9) e (1.10) a eq.(1.8) ´e encontrada a equa¸c˜ao que descreve a precess˜ao do momento de dipolo em torno do campo magn´etico com termo de amortecimento, ou seja, ´e encontrada a equa¸c˜ao derivada por Landau e Lifshitz

d ~m

(20)

Para ultimar esta subse¸c˜ao ser˜ao substitu´ıdos o termo de campo magn´etico H~ pelo a¸c˜ao do campo magn´etico efetivo H~ef proveniente da superposi¸c˜ao de todos os campos que

competem em um meio magn´etico acrescido do termo do campo magn´etico externo. Esses campos a menos do campo aplicado s˜ao derivados do Hamiltoniano total que descreve a competi¸c˜ao energ´etica existente num material magn´etico e substituiremos o momento de dipolo elementarm~ por seu efeito macrosc´opico e conjunto de muitos momentos de dipolo quando o limite termodinˆamico ´e atingido, a magnetiza¸c˜ao M~. Por hora o campo efetivo ser´a expresso matematicamente sem explicitar quais s˜ao seus campos intr´ınsecos, deixando a deriva¸c˜ao dos mesmos atrav´es do Hamiltoniano para o cap´ıtulo 2 deste documento. Escrevendo o campo magn´etico efetivo

~ Hef =

X

i

~

Hi (1.12)

consequˆentemente a equa¸c˜ao de Landau-Lifshitz ´e reescrita

d ~M

dt =−γ ~M ×H~ef − αγ Ms

~

M ×(M~ ×H~ef) (1.13)

1.1.2

Equa¸c˜

ao de Landau-Lifshitz-Gilbert

(21)

CAP´ITULO 1. INTRODUC¸ ˜AO 7

condu¸c˜ao, etc. Com o objetivo de apresentar uma teoria com fundamenta¸c˜ao largamente fenomenol´ogica, Gilbert propˆos uma abordagem Langrangeana para descrever o efeito de amortecimento anˆomalo apresentado nos filmes de permaloy. Sem obstar o entendimento para a deriva¸c˜ao da equa¸c˜ao de Gilbert, ser˜ao omitidos resultados que j´a foram derivados neste documento mas que podem ser reavaliados no artigo publicado em 2004 extra´ıdo da tese do pr´oprio Gilbert [1]; o ponto de partida para construir a equa¸c˜ao encontrada por Gilbert ser´a dado atrav´es da eq.(1.7) mudado apenas o campo magn´etico pelo campo efetivo

d ~m

dt =−γ ~m×H~ef (1.14)

e seguindo a filosofia adotada por Gilbert, para apresentar o campo magn´etico efetivo

~ Hef =

∂U

∂ ~m (1.15)

em que U ´e a energia potencial relacionada ao trabalho realizado para rotacionar o momento de dipolo contra qualquer for¸ca presente, desde que seja poss´ıvel fazˆe-lo. Prosseguindo, considerando um conjunto discreto de momentosm~j, j=1,...,n; as equa¸c˜oes

do movimento s˜ao

d ~mj

dt =−γ ~mj ×H~j (1.16)

e a equa¸c˜ao do campo efetivo agindo no j-´esimo momento

~ Hj =−

∂U(m~1, ..., ~mn)

∂ ~mj

(1.17) para a energia potencial generalizada U(m~1, ..., ~mn) que leva em conta intera¸c˜oes que

exercem qualquer a¸c˜ao sobre os momentos individuais. Como estas equa¸c˜oes s˜ao cl´assicas para o conjunto de momentos magn´eticos individuais com m~j espacialmente localizado

em r~j, estas podem ser transformadas para equa¸c˜oes cl´assicas de campo ao introduzir o

campo cont´ınuo

~

(22)

onde ∆Vj ´e o volume em que o momento de dipolo ´e encontrado. Empregando a mudan¸ca

do campo cont´ınuo na equa¸c˜ao dinˆamica

~

mj =m~(r~j)∆Vj (1.19)

em

d(m~(r~j)∆Vj)

dt =−γ(m~(r~j)∆Vj)×H~j (1.20)

tomando o limite de ∆Vj →0, o conjunto discreto de momentos se torna o campo

magne-tizante e fun¸c˜oes do tipoF(m~1, ..., ~mn) se transformam em funcionais,F(m~(~r)) em termos

do campo cont´ınuom~(~r) e por consequˆencia as derivadas deU(m~1, ..., ~mn) eF(m~1, ..., ~mn)

se transformam em funcionais deriv´aveis

∂U(m~1, ..., ~mn)

∂ ~mj

(1.21)

e

dF ~M(~r)≡

Z dF(M~(~r))

d ~M(~r) d ~M(~r)d~r (1.22) Segue-se, que esta nova filosofia leva a equa¸c˜ao cl´assica de movimento para um campo magn´etico n˜ao amortecido

d ~M(~r, t)

dt =−γ ~M(~r, t)×H~ef (1.23)

e o campo efetivo

~

Hef =−

dU(M~(~r, t))

d ~M(~r, t) (1.24) agora U(M~(~r, t)) ´e a energia potencial associada ao campo magnetizante M~(~r, t).

(23)

CAP´ITULO 1. INTRODUC¸ ˜AO 9

por raz˜oes puramente fenomenol´ogicas ser´a constru´ıda uma for¸ca que se op˜oe a for¸ca macrosc´opica.

A for¸ca que se op˜oe a for¸ca macrosc´opica ser´a chamada de for¸ca de amortecimento, quando o ganho de energia proporcionado pela for¸ca macrosc´opica ´e balanceado pelas perdas de energia provocadas pela for¸ca de amortecimento, essas duas for¸cas est˜ao em equil´ıbrio e o estado estacion´ario ´e mantido.

A formula¸c˜ao Langrangeana adotada ´e um funcional deM~(~r, t) eM~˙ (~r, t), sendo o primeiro termo do campo magnetizante e o segundo sendo sua derivada em rela¸c˜ao ao tempo, sendo assim, o caso em que n˜ao existe amortecimento permite a seguinte formula¸c˜ao Lagrangeana

d dt

∂L(M~(~r, t), ~M˙(~r, t))

∂ ~M˙(~r, t)

− ∂L(M~(~r, t), ~M˙(~r, t))

∂ ~M(~r, t) = 0 (1.25) em que

L(M~(~r, t), ~M˙(~r, t)) =T(M~(~r, t), ~M˙ (~r, t))−U(M~(~r, t)) (1.26)

para a energia cin´etica T e a energia potencial U do campo magnetizante.

Com o objetivo de converter esta equa¸c˜ao para uma formula¸c˜ao Langrangeana com termo de amortecimento, por constru¸c˜ao ´e adicionada uma for¸ca dissipativa

∂Q(M~˙(~r, t))

∂ ~M˙(~r, t)

(1.27)

acrescentada a equa¸c˜ao de Langrange sem o amortecimento

d dt

∂L(M~(~r, t), ~M˙(~r, t))

∂ ~M˙(~r, t)

− ∂L(M~(~r, t), ~M˙ (~r, t))

∂ ~M(~r, t) +

∂Q(M~˙(~r, t))

∂ ~M˙(~r, t)

= 0 (1.28)

em que a for¸ca dissipativa ´e uma forma quadr´atica da derivada do campo magnetizente com parˆametro de amortecimento de ajuste isotr´opicoα, como se segue

Q(M~˙ (~r, t)) = α 2

Z

~˙

(24)

e o trabalho realizado pelo sistema contra a for¸ca dissipativa ´e

dW dt =α

Z

~˙

M(~r, t)·M~˙ (~r, t)d~r (1.30)

substituindo a eq.(1.26) na eq.(1.28)

d dt

∂(T −U)

∂ ~M˙ (~r, t)

− ∂(T −U)

∂ ~M(~r, t) +

∂Q(M~˙(~r, t))

∂ ~M˙(~r, t)

= 0 (1.31)

d dt

∂T(M , ~~ M˙)

∂ ~M˙(~r, t)

− ∂T(M , ~~ M˙)

∂ ~M(~r, t) +

∂U(M~)

∂ ~M(~r, t)+

∂Q(M~˙ (~r, t))

∂ ~M˙ (~r, t)

= 0 (1.32)

d dt

∂T(M , ~~ M˙)

∂ ~M˙(~r, t)

− ∂T(M , ~~ M˙)

∂ ~M(~r, t) −

~

Hef(~r, t) +α ~M˙(~r, t) = 0 (1.33)

fazendo concluir que o termo de amortecimento afeta o efeito do campo efetivo, por isso, adicionando o termo de redu¸c˜ao do campo efetivo a eq.(1.14) e renomeando as constantes

γ para γG e α para αG

d ~m

dt =−γGm~ ×(H~ef −αGm~˙(~r, t)) (1.34)

chega-se a equa¸c˜ao com base fenomenol´ogica encontrada por Gilbert para a descri¸c˜ao da dinˆamica de precess˜ao do momento de dipolo magn´etico em torno do campo efetivo. Para mostrar a equivalˆencia dessas duas equa¸c˜oes ser´a reproduzido aqui fielmente a demonstra¸c˜ao feita na referˆencia [2], ent˜ao sendo assim, tomando o produto vetorial do momento de dipolo m~ com a equa¸c˜ao de Landau-Lifshitz, segue-se que

~

m× d ~m

dt =−γ ~m×(m~ ×H~ef)−αγ ~m×(m~ ×(m~ ×H~ef)) (1.35)

usando a rela¸c˜oes matem´aticas

~a·(~b×~c) =~b·(~c×~a) =~c·(~a×~b) (1.36)

e

(25)

CAP´ITULO 1. INTRODUC¸ ˜AO 11

fazendo |m~|=1, facilmente ´e mostrado que

~

m×(m~ ×(m~ ×H~ef)) = −m~ ×H~ef (1.38)

substituindo e multiplicando por α

α ~m× d ~m

dt =−γα ~m×(m~ ×H~ef) +α

2γ ~m×H~

ef (1.39)

ap´os algumas manipula¸c˜oes alg´ebricas se obt´em

d ~m

dt =−γ(1 +α

2)m~ ×H~

ef +α ~m×

d ~m

dt (1.40)

que comparada a equa¸c˜ao encontrada por Gilbert leva a seguinte rela¸c˜ao entre as con-stantes

γG =γ(1 +α2) (1.41)

e

αG =

α

γ(1 +α2) (1.42)

de forma que fica mostrada a equivalˆencia entre a equa¸c˜ao de Landau-Lifshitz e a equa¸c˜ao obtida por Gilbert para afeitos de amortecimento anˆomalo.

1.2

Motiva¸c˜

ao Experimental

(26)

de nano-osciladores sincronizados que sob condi¸c˜oes espec´ıficas ampliam o sinal emitido. Alguns resultados apresentados pelo NIST em que foram constru´ıdos nano-osciladores com 50 nanometros de diˆametro e dispostos topologicamente numa estrutura sandwich separadas por um espa¸cador n˜a-magn´etico de cobre (Cu), mostram que um ´unico nano-oscilador desses possui frequˆencia de microonda de 10 nanowatts enquanto um conjunto de 10 nano-osciladores sincronizados possuem uma frequˆencia emitida de 1 microwatt re-sultante da oscila¸c˜ao conjunta dos nano-osciladores, ou seja 1000 maior do que a de um ´

(27)

Cap´ıtulo 2

Energia

2.1

Introdu¸c˜

ao

Os termos que compreendem a energia total de um meio magn´etico t´ıpico que fora apenas comentado no cap´ıtulo anterior, categorizando cada uma das energias que configuram a competi¸c˜ao energ´etica, em outras palavras, ser˜ao apresentados os campos que compentem entre si para determinar parcialmente o estado magn´etico dos nanoelmentos que podem ser estudados e que possuem seus estados magn´eticos tamb´em parcialmente determinados pela geometria do nanoelemento. Posteriormente ser´a introduzido o conceito de c´elula de simula¸c˜ao e ser˜ao discretizados a partir da energia total, a ser, a densidade de energia magn´etica por c´elula e os campos provenientes desse conceito de energia.

2.2

Constru¸c˜

ao da Energia

A energia efetiva ´e composta por um conjuto de energias que competem entre si; o estado magn´etico que possa ser obtido em uma nanoestrutura qualquer n˜ao pode ser previsto, j´a que o mesmo depende dos estados magn´eticos acess´ıveis ao nanoelemento e qual desses estados ele acessou at´e o momento em que est´a sendo observado, mas a(s) energia(s)

(28)

dominante(s) certamente ser´a(˜ao) um fator decisivo para a proje¸c˜ao neste novo estado magn´etico. A equa¸c˜ao abaixo mostra algumas dessas energias que ser˜ao usadas para modelar os nanodiscos de Fe e Py.

E = − Je

X

i

X

k

~si·~sk−H.M~ SV

X

i

~si

− H~IN T.MSV

X

i

~si−

KV

2 X

i

(szi)

2

(2.1)

+ M

2

SV

2 X

i

X

k

~si.~sk

r3

ik

− 3(~si.~rik)(~sk.~rik)

r5

ik

Os termos que comp˜oe esta equa¸c˜ao s˜ao respectivamente: a energia de troca, a energia Zeeman, a energia de interface proveniente do sub-extrato antiferomagn´etico, a energia de anisotropia uniaxial e a energia dipolar ou magnetost´atica.

2.2.1

Energia de Troca

A energia de troca de acordo com a Mecˆanica Quˆantica n˜ao ´e explicada quando se con-sidera apenas a fun¸c˜ao de onda de um el´etron, mesmo que sejam tomados dois ´atomos separadamente, por exemplo. Cada ´atomo com um el´etron desemparelhado e descrito pelas fun¸c˜oes de Wannier - n˜ao trataremos desse assunto afundo-, que s˜ao fun¸c˜oes con-stru´ıdas a partir da superposi¸c˜ao das fun¸c˜oes de onda dos dois el´etrons individualmente, o que n˜ao ´e o suficiente para descrever a origem da intera¸c˜ao de troca entre dois el´etrons, para o leitor interessado em se aprofundar neste assunto, ´e deixada a referˆencia [6] para a compreen¸c˜ao desta constru¸c˜ao feita por Wannier, que foi refutada e leva a aceitata¸c˜ao n˜ao diger´ıvel do Hamiltoniano de Heisenberg que parece aceit´avel atualmente mas nem sempre foi assim como as pr´oprias fun¸c˜oes de Wannier.

(29)

CAP´ITULO 2. ENERGIA 15

A intera¸c˜ao de troca pode ocorrer de duas maneiras: entre el´etrons de ´atomos difer-entes chamada de intera¸c˜ao interatˆomica, ou entre ´atomos localizados no mesmo ´atomo, intera¸c˜ao intra-atˆomica.

Para a intera¸c˜ao intra-atˆomica, enquanto o acoplamento anti-paralelo↑↓´e favorecido pelo Princ´ıpio de Exclus˜ao de Pauli, de contra partida ´e desfavorecido pela intera¸c˜ao Coulom-biana, quando dois el´etrons est˜ao acoplados paralelamente ↑↑ quando favorecidos pelo Princ´ıpio de Exclus˜ao eles devem estar em orbitais distintos o que minimiza a energia eletrost´atica, por outro lado, favorece o aumento de energia de um dos el´etrons. Por ex-emplo, se algum desses el´etrons est´a no estado fundamental, o outro pelas Regras de Rund, deve estar no primeiro estado excitado ou outro estado excitado, obedecendo o princ´ıpio de minimiza¸c˜ao da energia, de maneira mais direta, o acoplamento ferromagn´etico ´e fa-vorecido nas intera¸c˜oes intra-atˆomicas. A constru¸c˜ao da fun¸c˜ao de onda que descreve a intera¸c˜ao de dois el´etrons ´e feita atrav´es do produto das fun¸c˜oes de onda ortogonais de el´etrons individuais. A intera¸c˜ao entre el´etrons localizados em um conjunto de orbitais para o par de fun¸c˜oes de onda Ψi(~r) e Ψj(~r) - sem muitos detalhes - levam a constru¸c˜ao

dos valores esperados da energia Coulombiana e da energia de intera¸c˜ao de troca, escritas a baixo, respectivamente

< Vc(r~1, ~r2)>=

Z Z Ψ∗

i(r~1)Ψ∗i(r~2)V(r~1, ~r2)Ψi(r~1)Ψi(r~2)d3~r1d3~r2 (2.2)

Jij =

Z Z Ψ∗

i(r~1)Ψj(r~2)V(r~1, ~r2)Ψ∗j(r~1)Ψi(r~2)d3~r1d3~r2 (2.3)

e ent˜ao como derivado por Heisenberg a partir da teoria de Heitler-London, o hamiltoniano para as intera¸c˜oes interatˆomicas ´e escrito da forma a seguir

Eex = −PiPjJij~si·~sj (2.4)

e como visto acimaJij ´e a integral de energia de troca, que para a constru¸c˜ao do

(30)

Hamil-toniano de troca

Eex = −JPiPj~si·~sj (2.5)

2.2.2

Energia Anisotr´

opica Uniaxial

A energia anisotr´opica possui multiformes manifesta¸c˜oes, apenas para citar algumas, exis-tem: a anisotropia c´ubica, anisotropia uniaxial, anisotropia magnetocristalina, anisotropia de forma, etc. A energia anisotr´opica que comp˜oe nossa energia total ´e a energia de anisotropia uniaxial. A energia anisotr´opica uniaxial tem como caracter´ıstica a existˆencia de um eixo espacial em que a magnetiza¸c˜ao tende a se orientar naturalmente.

Para citar uma constru¸c˜ao comumente encontrada na literatura, primeiramente imaginam-se as componentes da magnetiza¸c˜ao Mx, My e Mz como componentes do vetor unit´ario

|Mˆ|=1, em que M~ = ˆM Ms, e pela figura 2.1.

(31)

CAP´ITULO 2. ENERGIA 17

As rela¸c˜oes entre θ, φ, Mx, MyeMz s˜ao

Mx =sen(θ)cos(φ) (2.6)

My =sen(θ)sen(φ) (2.7)

Mz =cos(θ) (2.8)

ˆ

M = ˆisen(θ)cos(φ) + ˆjsen(θ)sen(φ) + ˆkcos(θ) (2.9)

Escolhendo o eixoMz para ser o eixo de f´acil magnetiza¸c˜ao,Mx2+My2 = 1−Mz2 =sen2(θ)

para uma superf´ıcie anisotr´opica energ´etica situada ao longo da dire¸c˜ao ˆM, Ea( ˆM).

Para a energia de troca a superfic´ıe energ´etica ´e esfericamente distribu´ıda; quando o privil´egio do controle da energia anisotr´opica ao longo de um eixo espec´ıfico ´e promovida a quebra de simetria na superf´ıcie energ´etica, por meio da qual a equa¸c˜ao

∂Ea( ˆM)

∂Mˆ = 0 (2.10)

revela solu¸c˜oes que representam os m´ınimos locais, pontos de sela ou m´aximos locais. Em que os m´ınimos locais identificam o eixo de f´acil magnetiza¸c˜ao.

Retomando a equa¸c˜ao M2

x +My2 = sen2(θ), e pela quebra de simetria da superf´ıcie

energ´etica ao longo do eixo f´acil, tˆem-se que a densidade de energia ´e invariante por rota¸c˜oes ao redor do eixo f´acil. E para evidenciar isso de maneira aceit´avel, basta expandir a fun¸c˜ao M2

x +My2 = sen2(θ) em termos do cos(θ) para obter o termo geral da energia

anisotr´opica

Ea= k0+k1sen2(θ) +k2sen4(θ) +... (2.11)

onde as constantes k0, k1, k2, etc, s˜ao identificadas como constantes anisotr´opicas, com

(32)

possui apenas termos de ordem par, onde os termos de ordem ´ımpar possuem origem de comportamentos magn´eticos particulares, tais como, polariza¸c˜ao de troca, ou efeitos relativ´ısticos advindos de intera¸c˜oes de Moriya-Dzialoshinskii.

Ent˜ao, para ultimar a forma da densidade de energia anisotr´opica uniaxial que compor´a o Hamiltoniano total, a expans˜ao ser´a truncada com rela¸c˜ao aos termos superiores a ordem quadr´atica emsen(θ), resultando em

Ea=k0+k1sen2(θ) (2.12)

no entantok0 ´e a medida da densidade de energia anisotr´opica realizada no zero absoluto,

podendo ser tomada como nula j´a que k1 ´e aconstante de anisotropia medida em uma

temperatura arbitr´aria T diferente de zero, ou seja, a forma final da equa¸c˜ao ´e

Ea = k1sen2(θ) (2.13)

2.2.3

Energia Magnetost´

atica

A energia que descreve a intera¸c˜ao entre dois momentos de dipolos elementares ´e propor-cional a sobreposi¸c˜ao de dois fatores, o primeiro ´e proporpropor-cional ao produto de intera¸c˜ao dos momentos e inversamente proporcional ao cubo da distˆancia entre os dipolos, o se-gundo ´e diretamente proporcional ao produto quadr´atico entre o momentum e a distˆancia que os separam com o fator de decaimento espacial proporcional ao inverso da quinta potˆencia da distˆancia que separam os dipolos.

Matematicamente, a energia dipolar por ´atomo

Ed= M2

SV

2

P

i

P

k

~ si.~sk

r3

ik −

3(~si.~rik)(~sk.~rik)

r5

ik

(2.14)

2.2.4

Energia Zeeman

(33)

CAP´ITULO 2. ENERGIA 19

magn´etico; essa energia ´e minimizada quando o campo magn´etico e o momentum est˜ao alinhados paralelamente.

EZee = −H.M~ SV Pi~si (2.15)

2.2.5

Energia de Interface

A energia de interface apresentada nesta subse¸c˜ao ´e produto da tentativa de modelagem do substato antiferromagn´etico, representado pelo campo de interface HIN T que interage

apenas com a primeira camada do nanoelemento em estudo. Pela escolha da forma de modelagem do substrato atrav´es de um campo fixo, significa que o substrato n˜ao sofre influˆencia do campo externo aplicado e ´e representado por isso como uma c´elula ´unica, ou seja o substrato n˜ao relaxa com qualquer tipo de ten¸c˜ao exterior. Embora seja uma maneira ainda n˜ao fechada e at´e certo ponto pobre de modelar, o substrato modelado dessa maneira se mostra aceit´avel j´a que a camada que o campo representa pode ser constru´ıda experimentalmente. Escrevendo ent˜ao a energia de interface como o produto do campo de interface e os momentos da primera camada do nanoelemento, segue-se que

(34)

2.3

Discretiza¸c˜

ao da Energia

2.3.1

elula de Simula¸c˜

ao

Antes de discretizar a energia total que descreve o comportamento das estruturas magn´eticas que ser˜ao estudadas nos cap´ıtulos 3 e 4, ser´a introduzido primeiro um conceito fundamental, que faz parte da filosofia adotada para a modelagem das nanoestruturas, este ´e o conceito de c´elula de simula¸c˜ao. Para introduz´ı-lo, ser´a usado o fato de que um material magn´etico pode ser dividido em unidades menores que possuem as caracter´ısticas fundamentais para a constru¸c˜ao das ferramentas e do m´etodo desejado; estas unidades fundamenais s˜ao as redes de Bravais.

Como elemento magn´etico para introduzir o conceito de c´elula de simula¸c˜ao, ser´a utilizada a magnetita,F e2O4.

A magnetita est´a distribuida espacialmente em duas geometrias, uma osta´edrica e outra tetra´edrica. De sua constitui¸c˜ao fazem parte o ´ıons bivalente de Ferro, F e2+ e

triva-lente, F e3+. Os ´ıons F e3+ est˜ao organizados em duas estruturas, uma octa´edrica e outra

tetra´edrica antiparalela a estrutura octa´edrica e juntas configuram o momento magn´etico liqu´ıdo da rede nulo. Os ´ıons bivalentes do ferro est˜ao geom´etricamente distribu´ıdos em um oct´ogono, onde cada ´ıon F e2+ possui 4µ

B (magn´etons de Bohr) respons´aveis pelo

(35)

CAP´ITULO 2. ENERGIA 21

Figura 2.2: Figura esquem´atica da representa¸c˜ao da magnetita. Os ´ıons F e3+ est˜ao

distribu´ıdos espacialmente sob as geometrias octa´edrica e tetra´edrica com momentos de dipolo antiparalelos e os ´ıons F e2+ octa´edricamente distribu´ıdos e respons´aveis pelo

(36)

A magnetita ´e modelada por meio de uma estrutura cristalina c´ubica com 8F e2+ ´ıons

respons´aveis pelo magnetismo e possui parˆametro de rede a0 igual a 0,839nm, sendo

assim, fazendo uma an´alise para um nanoelemento de aresta d= 10nm, existem

N = 8(d a0)

3 (2.17)

aproximadamente 13.545 ´ıons de F e2+. Este n´umero implica dizer que ser˜ao precisos

inicializar e achar a configura¸c˜ao de equil´ıbrio de 4x13.545 = 54.182 magnetons de Bohr, que torna o c´alculo computacional invi´avel. Neste contexto pode ser introduzido o conceito de c´elula de simula¸c˜ao; em que para uma determinada c´elula de aresta l inferior ao comprimento de troca lex, que ´e o comprimento sob o qual os momentos magn´eticos

n˜ao sofrem mudan¸cas significativas em rela¸c˜ao a dire¸c˜ao dos momentos magneticos nesta regi˜ao, este ´e o comprimento de troca, que indica a regi˜ao no material onde a energia de troca ´e dominante sobre a energia magnetost´atica. Escolher uma dimens˜ao para a c´elula de simula¸c˜ao em que l > lex significa perder caracter´ıticas fundamentais do material

magn´etico majorados pela energia de troca. O comprimento de troca ´e escrito em termos da rigidez de trocaA e da magnetiza¸c˜ao de satura¸c˜aoMsdo material [7]

lex =

s 2A M2

s

(37)

CAP´ITULO 2. ENERGIA 23

2.3.2

Energia de Troca por C´

elula

Para a constru¸c˜ao da energia de troca por c´elula de simula¸c˜ao, primeiramente toma-se que a energia de troca do i-´esimo ´atomo com seus vizinhos, considerando a integral de troca isotr´opicaJ

Ei

ex =−J

X

j

− →

Si ·

− →

Sj (2.19)

segue-se que somando todos os i-´esimos ´atomos vizinhos com todos os j-´esimos ´atomos vizinhos, a energia de troca total obtida ´e

X

i

Eexi =−J

X i X j − →

Si·−→Sj (2.20)

Eex =−J

X i X j − →

Si·

− →

Sj (2.21)

Quando os spins vizinhos fazem ˆangulos pequenos um com o outro, ´e razoav´el considerar pela teoria de dom´ınios os spins como uma matriz composta por vetores cl´assicos, de maneira que podemos reescrever a equa¸c˜ao anterior como se segue

He =−JS2

X

i,j

cos(φi,j) (2.22)

ent˜ao expressando o cos(φi,j) em termos dos vetores adjacentes paralelosubi eubj separados

pela distˆancia~rij

cos(φi,j) =ubi·ubj =α1iα1j +α2iα2j+α3iα3j (2.23)

onde α1, α2 e α3 s˜ao os co-senos diretores de um vetor unit´ario com rela¸c˜ao aos eixos

x, y, e z, respectivamente. Desde que o ˆangulo entre os vetores unit´arios ubi e ubj seja

pequeno, os co-senos diretores deubi podem ser expandidos por s´erie de Taylor em termos

do co-seno diretorubj. Para o primeiro termo da equa¸c˜ao 2.23:

α1iα1j =α1i

α1i+−→ri,j · ∇α1i+

1 2(

r

i,j· ∇α1i)2α1i+...

(38)

Ent˜ao somando sobre todos os vizinhosj. Num cristal c´ubico devido a sua alta simetria, a intera¸c˜ao pode ocorrer em suas seis faces [6],[7] fatores como Pj−→ri,j · ∇α1i e termos

cruzados comoPj1/2(−→ri,j · ∇α1i)2 como Pxi,jyi,j(∂2αi,j/∂xi,j∂yi,j) s˜ao zero por causa

da simetria. Sem mais delongas, como ´e o objetivo desse cap´ıtulo, pelo argumento de simetria do cristal c´ubico

X

j

x2i,j =

X

j

yi,j2 =

X

j

zi,j2 =

1 3

X

j

r2i,j (2.25)

´e obtido

X

j

cos(φi,j) =z+

1 6

X

j

r2i,jub· ∇2ub (2.26)

Levando em conta a identidade vetorial

∇2(

b

u·ub) = 2[(∇α1)2+ (∇α2)2+ (∇α3)2] + 2(bu· ∇2bu)

= 0

e considerando apenas o termo vari´avel da eq.(2.24) a energia de troca ´e reescrita

Eex =

JS2

6 X

j

ri,j2 [(∇α1)2+ (∇α2)2+ (∇α3)2] (2.27)

Para redes de Bravais, bcc e fcc a express˜ao Pjr2

i,j = 6a2, ondea ´e o parˆametro de rede.

Conduzindo a energia de troca de uma c´elula unit´aria com parˆametro de rede, a

Eex =JS2a2[(∇α1)2+ (∇α2)2+ (∇α3)2] (2.28)

Lembrando que a c´elula unit´aria c´ubica bcc tem 2 ´atomos por c´elula unit´aria e a fcc 4. Dessa maneira, usando o conceito de c´elula de simula¸c˜ao, para a fase final da discretiza¸c˜ao da eneria de troca; pelo qual uma c´elula c´ubica de lado d, constituida por um conjunto N de subc´elulas com parˆametro de rede a e expresso atrav´es de N = (d

a)

3. Explicitando

(39)

CAP´ITULO 2. ENERGIA 25

Eex =N JS2a2

X

mnk

dα1(m, n, k)

dx

2

+

dα2(m, n, k)

dx

2

+

dα3(m, n, k)

dx

2

+

dα1(m, n, k)

dy

2

+

dα2(m, n, k)

dy

2

+

dα3(m, n, k)

dy

2

+

dα1(m, n, k)

dz

2

+

dα2(m, n, k)

dz

2

+

dα3(m, n, k)

dz

2

e ap´os uma pequena manipula¸c˜ao alg´ebrica da equa¸c˜ao anterior, obtemos a densidade de energia de troca entre duas c´elulas unit´arias

Eexc

d3 =

A d2

X

i,j

1−1µbi·bµj

(2.29)

onde A´e conhecida como rigidez de troca

A= 2JS

2

a (2.30)

e o vetor unit´ario µb est´a associado ao momento magn´etico da c´elula de simula¸c˜ao que representa a dire¸c˜ao m´edia dos momentos na magnitude do comprimento de troca em que os mesmos podem ser considerados paralelos. E a soma da densidade de energia para as c´elulas de simula¸c˜ao segue a mesma filosofia do Hamiltoniano de Heisenberg, onde a soma ´e empregada apenas para os primeiros vizinhos.

2.3.3

Energia de Anisotropia Uniaxial por C´

elula

Como derivada anteriormente por raz˜oes especificamente fenomenol´ogicas, a energia anisotr´opica uniaxial ´e escrita da seguinte maneira

Ea=KV sen2(θ) (2.31)

(40)

da c´elula de simula¸c˜ao V =d3, e obter a densidade de energia discretizada

Ea

d3 =Ksen

2(θ) (2.32)

2.3.4

Energia Zeeman por c´

elula

Atrav´es da filosofia da c´elula de simula¸c˜ao, a energia Zeeman n˜ao ´e mais resultante da intera¸c˜ao de um momento de dipolo atˆomico sob a a¸c˜ao do campo magn´etico externo, mas sim ´e o produto da a¸c˜ao do campo magn´etico empregado na c´elula de simula¸c˜ao representante cont´ınuo de todos os momenta que a comp˜oe, ou seja o torque ´e estudado de acordo com as rota¸c˜oes da c´elula de simula¸c˜ao. De sorte que basta escrever a densidade de energia Zeeman por c´elula

1

d3EZeeman =H.M~ S

X

i

ˆ

mi (2.33)

2.3.5

Energia de Interface por c´

elula

A a¸c˜ao do campo de interface ´e empregada apenas na primeira camada z = 1 do ferro-magneto para modelar a intera¸c˜ao provocada pelo antiferroferro-magneto, sua representa¸c˜ao discretizada segue a mesma forma da energia Zeeman, onde ´e independente da c´elula de simula¸c˜ao

Ez=1

IN T

d3 =−H~IN T.MS

X

i

ˆ

mi (2.34)

2.3.6

Energia Magnetost´

atica por c´

elula

Para discretizar a energia magnetost´atica, basta tomar a energia escrita por ´atomo, com escrita abaixo para relembrar a sua forma

Edip =

M2

SV2

2 X

i

X

k

~si.~sk

r3

ik

−3(~si.~rik)(~sk.~rik)

r5

ik

(41)

CAP´ITULO 2. ENERGIA 27

e reescrevˆe-la em fun¸c˜ao da c´elula de simula¸c˜ao por meio da substitui¸c˜ao do vetor ~rik

que representa a distˆancia entre dois momentos magn´eticos i e k, por ~nd, e tamb´em reescrevendo o volume atrav´es da aresta do cubo de simula¸c˜ao V = d3, segue-se que a

energia de intera¸c˜ao dipolar interatˆomica ´e escrita como a energia dipolar de intera¸c˜ao interc´elulas de simula¸c˜ao.

Edip =

M2

Sd6

2d3

X

i

X

k

ˆ

µi.µˆk

n3

ik

−3(ˆµi.~nik)(ˆµk.~nik)

n5

ik

i representa a partir de agora a localiza¸c˜ao das c´elulas unit´arias na rede do sistema e admite todas as posi¸c˜oes. E k seus vizinhos dipolares ´e todo o sistema. O termo 2 na fra¸c˜ao corrige a somat´oria para evitar contagem dupla das energias do sistema. A figura 2.3 mostra a representa¸c˜ao de uma c´elula cristalina, a c´elula de simula¸c˜ao e o sistema magn´etico. Ou seja, a densidade de energia magnetost´atica por c´elula de simula¸c˜ao ´e:

Edip

d3 =

M2

S

2 X

i

X

k

ˆ

µi.µˆk

n3

ik

− 3(ˆµi.~nik)(ˆµk.~nik)

n5

ik

(42)
(43)

CAP´ITULO 2. ENERGIA 29

2.3.7

Energia total por c´

elula

De m˜aos das dicretiza¸c˜oes realizadas nas subse¸c˜oes anteriores, a densidade de energia total a que estar˜ao submetidas as nanoestruturas que ser˜ao estudadas no pr´oximo cap´ıtulo ´e

ETV =

A d2 X j X k

(1−mˆj.mˆk)−MSH~IN T.

X

j

ˆ

mj−

MSH.~

X

j

ˆ

mj−K

X

j

(mx j)

2+ (2.35)

M2 S 2 X j X k ˆ

mj.mˆk

n3

jk

− 3( ˆmj.ˆnjk)( ˆmk.nˆjk)

n5

jk

!

o que leva a conclus˜ao da se¸c˜ao sobre a aboradagem escolhida para representa¸c˜ao da energia.

2.4

Campo M´

edio Local Sobre C´

elulas

´

E satisfat´orio utilizar a defini¸c˜ao de campo magn´etico efetivo como o divergente da den-sidade de energia total em fun¸c˜ao do momento, de maneira geral

~ Hi

ef =−

1

MS

∂ET

∂mˆpi (2.36)

Onde p indica a dire¸c˜ao x, y e z do campo local. Derivando o campo efetivo a partir da densidade de energia total

~

Hef =H~i excp +H~i Zeep +H~i IN Tp +H~i Anisp +H~i Dipp (2.37)

~

Hef = MASd2

P

jmb p

j +H~ +H~IN Ti + 2 K MSmˆ

x+H~p

i Dip (2.38)

(44)

2.4.1

Campo Dipolar

O campo dipolar possui a caracter´ıstica de ser um campo de longo alcance, de maneira que cada c´elula de simula¸c˜ao interage com todas as outras c´elulas que comp˜oe a nanoestrutura. Ent˜ao derivando as componentesx, yez do campo magnetost´atico, s˜ao respectivamente:

~ Hx

i Dip=MS

X

k

3nx

ik(mxknxik+m y kn

y

ik+mzknzik)

n5 ik −m x k n3 ik (2.39) ~

Hi Dipy =MS

X

k

3nyik(mx

knxik+m y kn

y

ik+mzknzik)

n5 ik − m y k n3 ik (2.40) (2.41) ~ Hz

i Dip =MS

X

k

3nz

ik(mxknxik+m y kn

y ik+m

z knzik)

n5 ik − m z k n3 ik (2.42)

(45)

CAP´ITULO 2. ENERGIA 31

(46)

2.5

O M´

etodo Auto Consistente

O c´alculo num´erico deste trabalho possui como objetivo apresentar as poss´ıveis estruturas de equil´ıbrio para nanodiscos e nanoelementos de base quadrada de mesma ´area deF e e

P y, com base nas energias que foram apresentadas nas subse¸c˜oes anteriores, associadas a equa¸c˜ao do torque escrita abaixo

d ~M

dt =−γ ~M ×H~ef (2.43)

sob a filosofia do M´etodo Auto Consistente desenvolvido no GMM (Grupo de Magnetismo e Materiais Magn´eticos). O M´etodo Auto Consistente ´e apresentado de maneira simplifi-cada, mas n˜ao deixando de lado as principais caracter´ısticas de sua filosofia, atrav´es dos seguintes passos:

1. Inicialize o sistema com uma configura¸c˜ao magn´etica.

2. Calcule o campo efetivo local sobre cada c´elula.

3. Compare o valor calculado para a configura¸c˜ao magn´etica obtida pela equa¸c˜ao do torque em rela¸c˜ao a uma tolerˆancia.

4. Se o torque for menor ou iqual a tolerˆancia, ent˜ao, aceite a configura¸c˜ao.

5. Se o torque for maior do que a tolerˆancia, ent˜ao, os momentos s˜ao alinhados com o campo efetivo local, ent˜ao, retorne ao passo 2.

(47)

Cap´ıtulo 3

Forma¸c˜

ao de V´

ortices em

Nanodiscos de Fe e Py

3.1

Introdu¸c˜

ao

O rescente conceito de Spintronica, surgiu quando come¸cou a se levar em conta que a corrente el´etrica n˜ao carrega apenas carga mas tamb´em spin por meio de seus consti-tuintes. Abrindo uma quantidade imensa de poss´ıveis aplica¸c˜oes para a ind´ustria de nanomagnetismo e nanoestruturas, possibilitando aos pesquisadores insteressados em na-noestruturas de baixa dimensionalidade, construir instrumentos nanoestruturados com propriedades magn´eticas espec´ıficas para a solu¸c˜ao de problemas espec´ıficos. Um tipo de nanoestrutura de interesse para aplica¸c˜oes s˜ao as que apresentam forma¸c˜ao de v´ortices, se apresentam como grandes candidatos para a estrutura de oscila¸c˜ao de nano-osciladores, por mostrarem oscila¸c˜oes mais coerentes e com potˆencia emitida maior quando compara-dos aos mocompara-dos de oscila¸c˜ao uniformes e ainda mais n˜ao necessitam de aplica¸c˜ao de campo magn´etico externo, o que reduz a complexidade das poss´ıveis aplica¸c˜oes. [8] O v´ortice n˜ao ´e apenas uma estrutura derivada teoricamente atrav´es de equa¸c˜oes como a equa¸c˜ao de

(48)

Thiele [9] ou produto resultante de simula¸c˜oes num´ericas. Sua observa¸c˜ao experimental ´e o que viabiliza o estudo te´orico e experimental dessas nanoestruturas e consequente-mente suas poss´ıveis aplica¸c˜oes. Grandes grupos como o NIST apostam na possibilidade de aplica¸c˜oes em telefones celulares, emissores de radar, chipes de computador [10]; e ainda no desenvolvimento de tecnologias para wireless [11], por exemplo, medidas foram feitas para um nano-oscilador desenhado pelo grupo de pesquisa do Army Research Lab-oratory em colabora¸c˜ao com pesquisadores do NIST, mostrando que os nano-osciladores j´a atingem uma frequˆencia emitida na ordem de terahertz, embora desmonstrem pouca eficiˆencia. [12] Antes de iniciar o estudo da dinˆamica de v´ortice atrav´es de uma corrente polarizada em spin derivada por Slonckzewski, que n˜ao ser´a apresentado no presente tra-balho, ´e imprecind´ıvel estudar e determinar as principais caracter´ıticas fenomenol´ogicas dos pr´e-candidatos a nano-osciladores no estado de remanˆencia. Neste trabalho ser˜ao apresentados dois desses pr´e-candidatos.

Apresentamos um estudo de forma¸c˜ao de v´ortice em nanodiscos e nanoelementos de base quadrada de Fe (Ferro) e Py (Permaloy). Para pequenas dimens˜oes, os nanoelementos circulares apresentam o diˆametro do n´ucleo do v´ortice menor do que os nanoelementos de base quadrada com mesma ´area. Para um intervalo de ´area variando entre 1900nm2

e 6700nm2, o tamanho do n´ucleo do v´ortice para os nanoelementos com 30nm de altura

variam de 32nma 36nmpara o Fe e entre 36nm e 48 para o Py.

3.2

Efeitos de correla¸c˜

ao magn´

etico e geom´

etrico dos

nano-elementos

(49)

CAP´ITULO 3. FORMAC¸ ˜AO DE V ´ORTICES EM NANODISCOS DE FE E PY 35

do nano-elemento e ´e este segundo que ´e visto como elemento central de estudo para o desenvolvimento de nano-osciladores.[13] O perfil magn´etico do n´ucleo do v´ortice confi-nado em nanoestruturas ´e relevante para um grande n´umero de fenˆomenos de interesse, e manipular o n´ucleo do v´ortice ´e a chave para um conjunto de aplica¸c˜oes fundamen-tadas. Entre elas temos: nano-osciladores emissores de microondas, quando excitado por uma corrente polarizada em spins; o estudo das oscila¸c˜oes de v´ortices quando h´a aparec-imento de v´ortice por passagem de corrente em nano-contatos met´alicos[14]; intera¸c˜ao entre v´ortices em nano-estruturas dispostas em camadas ou distribu´ıdos em uma matriz [15], etc. O tipo de confinamento leva a consider´aveis mudan¸cas na forma e no tamanho do n´ucleo do v´ortice [16]. Os efeitos dipolares s˜ao fortemente dependentes da forma por seu car´ater de longo alcance, de maneira que os efeitos de confinamento provocados no n´ucleo do v´ortice em nanodiscos s˜ao diferentes dos efeitos provocados por nano-estruturas de base quadrada. Ainda mais, o acoplamento de troca em nanoelementos ferromagn´eticos para um subtrato antiferromagn´etico com alta anisotropia uniaxial, favorecer´a na camada em contato com o plano de interface uma tendencia de forma¸c˜ao de v´ortice no nano-elemento como um todo [17], [18], [19]. Assim, para nanoelementos com altura baixa, a superf´ıcie polarizada deve conduzir a um perfil magn´etico dependente dela. Neste cap´ıtulo apre-sentaremos um estudo da estrutura de equil´ıbrio de nano-estruturas de Fe e Py com ´area superficial pequena (aresta = diˆametro<100nm) que nucleiam v´ortice. Foi considerada a altura de 30nm e variada a ´area superficial do nano-elementos de 1936nm2 a 6724nm2.

O Permaloy ´e um material composto por dois elementos, o Ferro e o N´ıquel, em nossas simlu¸c˜oes estaremos usando a liga de Permaloy com as seguintes propor¸c˜oes, 20% de Ferro e 80% de N´ıquel. A raz˜ao para se escolher nanoelementos planos ´e que se pode analizar dois aspectos de correla¸c˜ao para a determina¸c˜ao do comportamento magn´etico no estado de equil´ıbrio, o confinamento e a tendˆencia da interface. Os nanoelementos com 30nm

(50)

remanˆencia a partir da camada de interface at´e a camada livre na superf´ıcie. Apresen-tamos o impacto das dimens˜oes laterais sobre todo o rearranjo dos spins para minimizar o campo dispersivo que ´e maior em nanoelementos circulares. Para nano-elementos com mesma ´area e altura o raio do n´ucleo do v´ortice ´e menor para os nanodiscos do que para os nanoelementos de base quadrada. A diferˆen¸ca se torna insignificante para nano-elementos com dimess˜oes bem superiores ao comprimento de troca. E o estado de v´ortice do na-noelemento de Py ´e mais suscept´ıvel a polariza¸c˜ao de interface do que os nana-noelementos de Fe.

3.3

Modelo Te´

orico

Figura 3.1: Figura esquem´atica de um nanodisco com anisotropia uniaxial no plano (x,y) em um substrato antiferromagn´etico, (a) e (b) s˜ao poss´ıveis configura¸c˜oes magn´eticas para o nanodisco na ausˆencia de campo e (c) ´e a configura¸c˜ao magn´etica com o campo magn´etico de satura¸c˜ao no plano (x,y).

(51)

CAP´ITULO 3. FORMAC¸ ˜AO DE V ´ORTICES EM NANODISCOS DE FE E PY 37

densidade de energia dada por

ETV =

A d2

X

j

X

k

(1−mˆj.mˆk)−MSH~IN T.

X

j

ˆ

mj−

MSH.~

X

j

ˆ

mj−K

X

j

(mx j)

2+ (3.1)

M2

S

2 X

j

X

k

ˆ

mj.mˆk

n3

jk

− 3( ˆmj.ˆnjk)( ˆmk.nˆjk)

n5

jk

!

onde o primeiro termo ´e a energia de troca com intera¸c˜ao realizada entre os primeiros vizinhos e A ´e a rigidez de troca ferromagn´etica. O segundo termo ´e a energia de interface, modelada atrav´es da a¸c˜ao do campo de interfaceHIN T para o material antiferromagn´etico

com a soma restrita a primeira camada de c´elulas do elemento ferromagn´etico. O terceiro ´e a energia Zeeman, o quarto a energia de anisotropia uniaxial e o quinto ´e a energia magnetost´atica. Ms ´e a magnetiza¸c˜ao de satura¸c˜ao, K ´e a constante de anisotropia

uniaxial que possui unidades de densidade de energia por volume, ˆmi ´e a dire¸c˜ao do

momento magn´etico da i-´esima c´elula enij ´e a distˆancia entre as c´elulasiej em unidades

dos tamanhos da c´elulad.

Os parˆametros usados para a simula¸c˜ao foram: para o Ferro, usamosMs = 1.7×106A/m,

A = 2.5 ×10−11J/m e K = 2.5× 10−11J/m, para o Permaloy foram usadas, M

s =

0.8×106A/m, A= 1.3×10−11J/meK = 0. O valor do campo m´edio aplicado foi usado

para achar a configura¸c˜ao de equil´ıbrio num conjunto de dire¸c˜oes em todas as c´elulas ( ˆmi, i = 1, ..., N) que faz o torque ser inferior a 10−26J[19], [20]. Obtemos o padr˜ao

(52)

3.4

Pr´ıncipais resultados

As diferen¸cas da estrutura magn´etica do n´ucleo do v´ortice para nanoelementos de bases circular e quadrada de ´areas iguais ´e resultado do reajustamento das densidades de cargas de magnetiza¸c˜ao superf´ıcial e volum´etrica pr´oximos as ´areas laterais. Como mostrado nas figuras 3.2 e 3.3, pr´oximo as bordas dos nanoelementos quadrados, existem fortes mudan¸cas na componente perpendicular da magnetiza¸c˜ao local. A nuclea¸c˜ao de

esta-Figura 3.2: Magnetiza¸c˜ao de nanoelementos de Fe com 30nm de altura:(a)quadrado com 48nm de dimensao lateral e (b)circular com 54nm de diˆametro. Ao lado da curva de remanˆencia ´e apresentado a estrutura do n´ucleo do v´ortice para os nanoelementos, a barra em cores ´e usada para mostrar a varia¸c˜ao da componente z da magnetiza¸c˜ao.

(53)

CAP´ITULO 3. FORMAC¸ ˜AO DE V ´ORTICES EM NANODISCOS DE FE E PY 39

Figura 3.3: Estrutura magn´etica selecianada de alguns pontos da figura 3.1. A barra em cores mostra a varia¸c˜ao da componente z da magnetiza¸c˜ao e as linha cont´ınuas, nos pain´eis (b),(c) e (e) separa as ´areas com cargas opostas da componente z do campo local.

estado de v´ortice centralizado em remanˆencia. O estado uniforme dos nanodiscos ´e est´avel partindo da satura¸c˜ao com campo de 4kOe at´e aproximadamente 2kOe onde um v´ortice ´e formado fora do centro. Deste ponto at´e o valor de campo externo nulo o v´ortice se desloca em dire¸c˜ao ao centro do nanoelemento. De maneira geral o impacto da energia dipolar ´e maior em nanodiscos de Py, fazendo o diˆametro do n´ucleo do v´ortice variar mais do que nos outros nanoelementos analizados, como mostrado na tabela 3.1.

(54)

elemento sem a presen¸ca do campo de interface possui o n´ucleo de v´ortice centrado e com 44nm de diˆametro, j´a o nanoelemento com campo de interface de 10kOepossui o n´ucleo do v´ortice descentralizado, da camada inferior na interface at´e a camada superior. Para o Fe o campo dipolar ´e mais forte e consequˆentemente o estado de v´ortice ´e mais est´avel do que para o Py. As mudan¸cas promovidas pelo campo de interface de 10kOes˜ao menores em rela¸c˜ao ao nanoelemento sem o campo de interface. A camada superior continua com o n´ucleo do v´ortice centralizado ao nanoelemento em quando que a camada acoplada ao substrato antiferromagn´etico tem o v´ortice deslocado pelo campo de interface.

Tabela 3.1: Diˆametro do n´ucleo do v´ortice (nm). Quadrado

Lado l(nm) F e P y

44 − 44

46 − 44

48 36 44

50 36 44

52 36 46

54 36 46

82 36 48

Circular

Raio r(nm) F e P y

21 32 36

23 32 44

25 32 44

27 32 44

29 36 44

31 36 44

(55)

CAP´ITULO 3. FORMAC¸ ˜AO DE V ´ORTICES EM NANODISCOS DE FE E PY 41

Figura 3.4: Estrutura magn´etica do n´ucleo do v´ortice (a) sem o substrato antiferro-magn´etico e (b) com o substrato antiferroantiferro-magn´etico para um nanoelemento de Py com 30nm de altura e 62nm de diˆametro. A barra colorida mostra a componente z da mag-netiza¸c˜ao e a linha cont´ınua representa Sz no n´ucleo do v´ortice em (a) x = 0nm e (b)

x=−6nm na camada da superf´ıcie.

Figura 3.5: Estrutura magn´etica do n´ucleo do v´ortice (a) sem o substrato antiferro-magn´etico e (b) com o substrato antiferroantiferro-magn´etico na interface e (c) na superficie para um nanoelemento de Fe com 30nm de altura e 62nm de diˆametro. A barra colorida mostra a componente z da magnetiza¸c˜ao e a linha cont´ınua representa Sz no n´ucleo do v´ortice

(56)

3.5

Conclus˜

ao

Partindo dos resultados obtidos das simula¸c˜oes micromagn´eticas, foram estudados os im-pactos do efeito de forma em nanoelementos de Fe e Py com geometria circular e quadrada e do campo de interface na estrutura do n´ucleo do v´ortice. Dos quais foram observados, que a estrutura de v´ortice assim como sua forma¸c˜ao a partir do campo de satura¸c˜ao at´e o estado de remanˆencia s˜ao diferentes para as duas geometrias, fato relacionado pela maior atua¸c˜ao do campo dispersivo nos nanodiscos do que nos elementos quadrados. Os nan-odiscos apresentaram de maneira geral o diˆametro do n´ucleo do v´ortice menor do que os quadrados como mesma ´area superficial. Foram ainda comparados nanodiscos com 62nm

(57)

Cap´ıtulo 4

Efeitos de forma¸c˜

ao de v´

ortice em

pares de nanodiscos

4.1

Introdu¸c˜

ao

A observa¸c˜ao direta de v´ortice magn´etico em nanoelementos microm´etricos e nanom´etricos apontam para um grande n´umero de poss´ıveis aplica¸c˜oes em dispositivos eletrˆonicos.[23],[26] Discos microm´etricos que apresentam nuclea¸c˜ao de v´ortice no estado de remanˆencia ´e um componente promissor para uso em meios de grava¸c˜ao e armazena-mento de dados. Esta aplicabilidade ´e contemplada pela pr´opria natureza do microele-mento, magneticamente apresenta dois estados degenerados associados a componente n˜ao uniforme da magnetiza¸c˜ao, a polaridade do n´ucleo do v´ortice, que pode apresentar polar-idades, p = +1 para “up”, ou p = −1 para “down”, e estes estam relacionados aos bits “1”e “0”respectivamente.[24],[28] De mesma maneira a observa¸c˜ao direta de nuclea¸c˜ao de v´ortice em elementos nanom´etricos aponta para uma nova possibilidade de constru¸c˜ao de nano-osciladores, para a constru¸c˜ao de transmissores e receptores de microondas a serem aplicados em telefones celulares, comunica¸c˜ao sem fio “wireless”, sistemas de radar, etc;

(58)

compat´ıveis e consequentemente integrados a sistemas semi-condutores.[21],[30],[31] Sin-croniza¸c˜ao ´e a palavra que representa o limiar para a constru¸c˜ao de meios de grava¸c˜ao e armazenamento e tamb´em aplica¸c˜ao em nano-osciladores. Nanoelementos n˜ao intera-gentes vem sendo estudados atrav´es de campo magn´eticos aplicado e recentemente por meio de corrente de spins polarizados que provocam torque na estrutura do n´ucleo do v´ortice, mostrando que ´e uma estrutura magn´etica control´avel. A oscila¸c˜ao do v´ortice est´a relacionada com o modo girotr´opico, este, ´e definido como o movimento translacional feito pelo n´ucleo do v´ortice ao redor do centro do nanoelemento quando submetido a a¸c˜ao de um campo magn´etico ou corrente polarizada em spins, desde que possuam magnitude suficiente para mover o n´ucleo do v´ortice sem projetar o sistema global a um novo estado magn´etico n˜ao nucleado por v´ortice.[26],[29],[32] A sincroniza¸c˜ao do modo girotr´opico de v´arios nanoelementos interagentes ´e a chave para a potencializa¸c˜ao da emiss˜ao em microondas pelos nano-osciladores.[21],[22].

Elementos nanom´etricos mostram por meio de simula¸c˜ao num´erica e atrav´es de exper-imentos que a estrutura do n´ucleo do v´ortice ´e consequˆencia do tipo de confinamento geom´etrico, como mostrado atrav´es dos resultados do cap´ıtulo 3. Permanecendo na mesma linha de racioc´ınio, no entanto, n˜ao na mesma filosofia. A posi¸c˜ao que os nanoelementos est˜ao uns em rela¸c˜ao aos outros ´e um parˆametro importante para o estudo dos estados magn´eticos aos quais ir˜ao se induzir por meio da intera¸c˜ao, ou seja, assim como nanoele-mentos interagentes colineares ao longo de eixo z apresentam comportamento diverso de um nanoelemento livre (n˜ao-interagente com outro nanoelemento), tamb´em apresentam diferen¸cas de comportamento de nanoelementos interagentes organizados em uma matriz por exemplo, como ser´a mostrado no estudo ainda simpl´orio deste cap´ıtulo.

(59)

quirali-CAP´ITULO 4. EFEITOS DE FORMAC¸ ˜AO DE V ´ORTICE EM PARES DE NANODISCOS 45

dade c, esta ´e consequˆencia de rota¸c˜ao conjunta dos momentos magn´eticos do elemento, se a rota¸c˜ao for sentido hor´ario, c=−1, se for no sentido anti-hor´ario, ent˜ao, c= +1. Para dois discos colineares em rela¸c˜ao ao eixo z, existem quatro estados magn´eticos possiveis relacionados a polaridade p e a chiralidade c.[24],[27],[28] A intera¸c˜ao magnetost´atica e o confinamento lateral influenciam os estados magn´eticos dos nanoelementos interagentes tanto em remanˆencia quanto influenciam suas propriedades dinˆamicas.[36],[39],[40],[41] Dessa forma um estudo pr´evio para encontrar o estado remanente em discos interagentes de Fe e Py ´e pertinente e necess´ario antes de partir para o estudo das propriedades dinˆamicas dos modos girotr´opicos sincronizados atrav´es do mecanismo de Slonczewski[32], de corrente polarizada em spins.

4.2

Modelo Te´

orico

(60)

Assim como o corpo principal desse trabalho, o objetivo deste cap´ıtulo ´e apresentar resul-tados provenientes de simula¸c˜oes num´ericas. Neste cap´ıtulo o ambiente muda, no cap´ıtulo 3 o estudo foi concentrado no impacto do efeito de forma do nanoelemento em rela¸c˜ao ao estado magn´etico com nuclea¸c˜ao de v´ortice, onde o termo geral de energia foi escrito da seguinte maneira

ETV =

A d2 X j X k

(1−mˆj.mˆk)−MSH~IN T.

X

j

ˆ

mj−

MSH.~

X

j

ˆ

mj−K

X

j

(mx

j)2+ (4.1)

M2 S 2 X j X k ˆ

mj.mˆk

n3

jk

− 3( ˆmj.ˆnjk)( ˆmk.nˆjk)

n5

jk

!

em que o primeiro termo ´e a energia de troca, o segundo e o terceiro s˜ao as energias Zeeman e de Anisotropia Uniaxial, o quarto ´e a intera¸c˜ao de interface e o quinto ´e a intera¸c˜ao magnetost´atica. Baseado na equa¸c˜ao anterior ´e poss´ıvel construir o termo total de energia para dois nanoelementos interagentes magnetost´aticamente. Como primeiro passo n˜ao existir´a camada para representar a intera¸c˜ao de interface, ent˜ao, podemos fazer

~

HIN T = (0,0,0) resultando simplesmente na equa¸c˜ao

ET =

A d2 X j X k

(1−mˆj.mˆk)−

MSH.~

X

j

ˆ

mj −K

X

j

(mx j)

2+ (4.2)

M2 S 2 X j X k ˆ

mj.mˆk

n3

jk

− 3( ˆmj.nˆjk)( ˆmk.ˆnjk)

n5

jk

!

O pr´oximo passo, ser´a considerar dois nanoelementos interagentes, o q-´esimo nanoele-mento e o v-´esimo nanoelenanoele-mento, separados por uma distˆancia ~rqv -que ´e a distˆancia

Imagem

Figura 1.1: Esquematiza¸c˜ao da rota¸c˜ao da magnetiza¸c˜ao em torno do campo magn´etico aplicado.
Figura 2.1: Figura esquem´atica da representa¸c˜ao do espa¸co dos momentos magn´eticos.
Figura 2.2: Figura esquem´atica da representa¸c˜ao da magnetita. Os ´ıons F e 3+ est˜ao
Figura 2.3: Figura esquem´atica da representa¸c˜ao atˆomica, e do sistema magn´etico estu- estu-dado neste trabalho
+7

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