• Nenhum resultado encontrado

Revisão sistemática: trombofilias hereditárias associadas aos acidentes vasculares cerebrais pediátricos e a paralisia cerebral.

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2017

Share "Revisão sistemática: trombofilias hereditárias associadas aos acidentes vasculares cerebrais pediátricos e a paralisia cerebral."

Copied!
8
0
0

Texto

(1)

www.jped.com.br

ARTIGO

DE

REVISÃO

Systematic

review:

hereditary

thrombophilia

associated

to

pediatric

strokes

and

cerebral

palsy

Vinicius

M.

Torres

a

e

Vera

A.

Saddi

b,c,∗

aDepartamentodeMedicina,PontifíciaUniversidadeCatólicadeGoiás(PUC-Goiás),Goiânia,GO,Brasil

bProgramadeMestradoemGenética,PontifíciaUniversidadeCatólicadeGoiás(PUC-Goiás),Goiânia,GO,Brasil cLaboratóriodeOncogenéticaeRadiobiologia,Associac¸ãodeCombateaoCâncer,Goiânia,GO,Brasil

Recebidoem23dejunhode2014;aceitoem6deagostode2014

KEYWORDS

Mutation;

Polymorphisms;

Hereditary

thrombophilia;

Pediatric

strokes;

Cerebral

palsy

Abstract

Objectives: Thisreviewaimedtoorganizeandconsolidatethelatestknowledgeabout

muta-tions and genetic polymorphisms related to hereditary thrombophilia and their potential

associationwithpediatricstrokeandcerebralpalsy(CP).

Sources: Scientificarticlespublishedfrom1993to2013,writteninPortuguese,English,French,

andSpanish,wereselectedandreviewed.Thepublicationsweresearchedinelectronic

data-bases,andalsointhecollections oflocal libraries.The terms‘‘hereditarythrombophilia’’,

‘‘polymorphisms’’,‘‘mutation’’,‘‘pediatricstrokes’’,and‘‘cerebralpalsy’’wereusedforthe

research.

Summaryofthefindings: Thesearchindatabasesandinthebibliographicreferencesretrieved

75articlesforinclusioninthisreview.Studiesthatinvestigatedhereditarythrombophiliasand

theirassociationstoCPandarterialandvenouspediatricstrokepresentedcontradictoryresults.

The meta-analysisandcase-control studiesthatshowed positive resultsfor thisassociation

describedonlyslightlyincreasedrelativerisksandsometimeshadquestionableconclusions.The

associationoftwoormorehereditarythrombophilias,ortheassociationbetweenthrombophilia

andotherspecificclinicalriskfactors,suggestahigherriskofCPandpediatricstrokethan

isolatedhereditarythrombophilia.

Conclusions: Larger,multicenterstudiesshouldbedevelopedinordertoelucidatetheroleof

mutationsleadingtohereditarythrombophiliaandthedevelopmentofCPandpediatricstroke.

ThecomplexandmultifactorialetiologyofCPandstrokemakesthisanarduousanddifficult

task;however,thebenefitsgeneratedbythesestudiesareimmeasurable.

©2014SociedadeBrasileiradePediatria.PublishedbyElsevierEditoraLtda.Allrightsreserved.

DOIserefereaoartigo:http://dx.doi.org/10.1016/j.jped.2014.08.004

Comocitaresteartigo:TorresVM,SaddiVA.Systematicreview:hereditarythrombophiliaassociatedtopediatricstrokesandcerebral

palsy.JPediatr(RioJ).2015;91:22---9. ∗Autorparacorrespondência.

E-mail:verasaddi@gmail.com(V.A.Saddi).

(2)

PALAVRAS-CHAVE

Mutac

¸ão;

Polimorfismos;

Trombofilias

hereditárias;

Acidentes

vasculares

cerebrais

pediátricos;

Paralisia

cerebral

Revisão

sistemática:

trombofilias

hereditárias

associadas

aos

acidentes

vasculares

cerebrais

pediátricos

e

a

paralisia

cerebral

Resumo

Objetivo: Sistematizar eintegrarosúltimosconhecimentossobremutac¸ões epolimorfismos

genéticosrelacionadosàstrombofiliashereditáriasesuaspotenciaisassociac¸õescomacidentes

vascularescerebraispediátricos(AVC)eparalisiacerebral(PC).

Material: Artigoscientíficospublicadosde1993a2013,escritosemportuguês,inglês,francêse

espanholforamselecionadoserevisados.Aspublicac¸õesforampesquisadasnasbasesdedados

eletrônicas,comotambémnosacervosdasbibliotecaslocais.Ostermosmutac¸ão,

polimorfis-mos,trombofiliashereditárias,acidentesvascularescerebraispediátricoseparalisiacerebral

foramusadosparaapesquisa.

Resultados: Apesquisanasbasesdedadosenasreferênciasbibliográficasidentificou75

arti-gosparainclusãonestarevisão.Osestudosqueinvestigaramastrombofiliashereditáriasesuas

associac¸õesàPCeaosAVCpediátricosarteriaisevenososapresentaramresultados

contraditó-rios.Asmetanáliseseosestudoscaso-controlequedemonstraramresultadospositivosparaessa

associac¸ãodescreveramriscosrelativosdiscretamenteaumentadose,algumasvezes,

questi-onáveis.Aassociac¸ãodeduasoumaistrombofiliashereditárias,ouajunc¸ãodetrombofilias

específicascomdemaisfatoresderiscosclínicos,sugeremmaiorrisconoaparecimentodaPC

edoAVCpediátricodoqueastrombofiliashereditáriasisoladas.

Conclusão: Estudosmulticêntricosdegrandeportedevemserconduzidosparaelucidaropapel

realdasmutac¸õesquelevamàstrombofiliashereditáriaseaoaparecimentodaPCeAVC

pediá-tricos.AetiologiamultifatorialecomplexadaPCedosAVCtornaessatarefaárduaedifícil,

porém,osbenefíciosgeradosporessesestudossãoincalculáveis.

©2014SociedadeBrasileiradePediatria.PublicadoporElsevierEditoraLtda.Todososdireitos

reservados.

Introduc

¸ão

Mutac

¸ões

em

genes

associados

à

cascata

da

coagulac

¸ão

desencadeiam

estados

de

hipercoagulabilidade

(trombofilias

hereditárias)

que,

em

tese,

aumentam

o

risco

de

acidentes

vasculares

cerebrais

(AVC)

e

de

paralisia

cerebral

(PC).

Em

crianc

¸as,

a

incidência

dos

diferentes

tipos

de

AVC

varia

de

0,67

a

23

por

100.000

nascidos

vivos

e

a

evoluc

¸ão

dessas

lesões

para

a

paralisia

cerebral

é

bastante

significativa

1-7

(tabela

1).

A

PC

é

a

manifestac

¸ão

motora

mais

comum

da

infância

e

sua

prevalência

no

Brasil

é

estimada

em

cerca

de

30.000

a

40.000

novos

casos

por

ano.

8,9

As

principais

mutac

¸ões

associadas

aos

estados

pró--trombóticos

são

descritas

no

fator

V

Leiden,

na

protrombina

G20210A,

na

metileno

tetrahidrofolato

redutase

(C677T

e

A1298C),

na

proteína

C,

na

proteína

S,

na

antitrombina

e

na

lipoproteína-A.

10

A

fisiopatologia

presumida

para

essas

mutac

¸ões

está

descrita

na

tabela

2.

10-12

O

objetivo

deste

estudo

foi

revisar

e

integrar

de

forma

sistemática

as

pesquisas

que

avaliaram

as

mutac

¸ões

e

os

polimorfismos

em

genes

associados

às

trombofilias

hereditá-rias

e

suas

possíveis

associac

¸ões

com

os

acidentes

vasculares

cerebrais

pediátricos

e

a

paralisia

cerebral.

Metodologia

O

estudo

consistiu

de

uma

revisão

sistemática

das

princi-pais

publicac

¸ões

que

descreveram

mutac

¸ões

relacionadas

às

trombofilias

hereditárias

e

suas

potenciais

associac

¸ões

com

os

acidentes

vasculares

cerebrais

pediátricos

e

a

paralisia

cerebral.

As

datas

de

publicac

¸ão

foram

de

1993

a

2013

e

os

idio-mas

aceitos

para

leitura

foram

português,

inglês,

francês

e

espanhol.

As

pesquisas

sobre

o

tema

foram

feitas

nas

bases

de

dados

eletrônicas

(Medline,

PubMed,

Scielo,

Ovid,

Web

of

Science,

Elsevier

Science

Direct

e

Periódicos

Capes)

e

nos

acervos

das

bibliotecas

da

PUC-Goiás

e

da

Universi-dade

Federal

de

Goiás.

Os

termos

trombofilias

hereditárias,

mutac

¸ões,

polimorfismos,

acidentes

vasculares

cerebrais

pediátricos

e

paralisia

cerebral

foram

usados

para

a

pes-quisa.

A

metodologia

usada

foi

descrita

por

Green.

13

Publicac

¸ões

do

tipo

metanálise,

caso-controle,

estudos

de

séries

e

descric

¸ões

de

casos

clínicos

foram

incluídas.

As

pesquisas

nas

bases

de

dados

identificaram

1.731

arti-gos

com

potencial

de

inclusão

na

revisão.

Após

a

leitura

dos

resumos

foram

selecionados

67

artigos

para

leitura

integral,

dos

quais

sete

foram

excluídos

por

não

preencher

os

crité-rios

de

diagnóstico

de

PC

ou

por

duplicidade.

A

busca

das

referências

bibliográficas

a

partir

dos

estudos

lidos

resultou

na

inclusão

de

15

novos

artigos.

(3)

Tabela1 Associac¸ãoentreosAVCeaPC

Tipodeacidentevascularcerebral Incidência Evoluc¸ãoparaparalisiacerebral

Isquêmicoarterialperinatal 17a23por100.000nascidosvivos1,2 68-78%(87,6%hemiplégicae12,4%

paratetraplégica)5,6

Isquêmicoarterialdainfância 17vezesmenosdoqueoAVC-IA perinatal1,2

Trombosevenosacentral 0,67paracada100.000crianc¸as3 67%7

HemorrágicoperinatalHemorrágico dainfância

2-3por100.000crianc¸as4 Sequelaem42%doscasos,entreelas

aPC4

Tabela2 Fisiopatologiapresumidadasmutac¸õesemgenes

relacionadosàcascatadecoagulac¸ãofatoresdecoagulac¸ão

nosestadospró-trombóticos

Fatores Fisiopatologia

FatorVLeiden Amutac¸ãopontualdofatorVtorna-o

resistenteàac¸ãoproteolíticada

proteínaCelevaaumaumento

dagerac¸ãodatrombina.

PTG20210A Amutac¸ãoresultaemaumentonos

níveisplasmáticosdaprotrombina,o

quelevaaumestadode

hipercoagulabilidade.

MTHFRC677T Amutac¸ãoreduzaatividadeda

enzimaeacarretaaumentonosníveis

dehomocisteína,queapresenta

efeitopró-trombótico.

DeficiênciadeATIII Serpinamultifuncionalqueinibe

enzimasdacoagulac¸ãoativadas(IIa,

iXa,Xa,XIa)nacascatada

coagulac¸ão.

DeficiênciadePROC ProteínavitaminaKdependentecom

ac¸ãoanticoagulante.

DeficiênciadePROS CofatordaPROC,vitaminaK

dependente.

Elevac¸ãode

lipoproteína-A

Emfunc¸ãodasuahomologiaao

plasminogênio,essereduzagerac¸ão

daplasminaporcompetircomo

plasminogênioparaseligaràfibrina.

Fonte:Zadro&Herak,201210.Adaptado.

a

distúrbios

não

progressivos

que

ocorreram

no

cérebro

fetal

ou

infantil

em

desenvolvimento.

As

desordens

motoras

da

paralisia

cerebral

são

normalmente

acompanhadas

por

distúrbios

no

sensório,

percepc

¸ão,

cognic

¸ão,

comunicac

¸ão

e

comportamento;

e

ainda,

por

epilepsia

e

problemas

musculoesqueléticos

secundários.

15-17

Resultados

A

revisão

bibliográfica

selecionou

artigos

que

investigaram

potenciais

associac

¸ões

entre

as

trombofilias

hereditárias

e

a

PC,

ou

entre

as

trombofilias

hereditárias

e

os

AVC

pediátri-cos,

incluindo

AVC

isquêmicos

arteriais,

AVC

hemorrágicos

e

tromboses

venosas

cerebrais

(TVC).

A

pesquisa

resul-tou

em

diferentes

tipos

de

estudos,

porém,

os

estudos

de

caso-controle

e

metanálise

foram

privilegiados,

vez

que

apresentam

maior

impacto

para

o

conhecimento

da

área,

enquanto

os

estudos

de

casos

clínicos

e

de

séries

de

casos

foram

apenas

brevemente

mencionados.

A

revisão

bibliográfica

sobre

os

estudos

de

associac

¸ão

entre

as

trombofilias

hereditárias

e

a

PC

resultou

em

cinco

relatos

de

caso,

18-23

quatro

estudos

de

séries

14,24-26

e

sete

estudos

caso-controle.

Os

resultados

dos

estudos

caso--controle

estão

sintetizados

na

tabela

3.

Os

estudos

que

objetivaram

descrever

uma

associac

¸ão

entre

as

trombo-filias

hereditárias

e

a

PC,

em

sua

maioria,

falharam

na

constatac

¸ão

desta

associac

¸ão.

11,27-30

Apenas

dois

estudos

conseguiram

estabelecer

algum

grau

de

relac

¸ão,

com

desta-que

para

o

estudo

de

Dekker,

31

que

demonstrou

maior

risco

de

PC

em

prematuros

com

a

mutac

¸ão

da

MTHFR

C677T,

em

homozigose,

e

em

pacientes

que

acumulavam

tanto

poli-morfismos

da

MTHFR

C677T,

em

homozigose,

como

da

PT

G20210A,

em

heterozigose.

O

estudo

de

Nelson

et

al.

32

foi

o

único

que

demonstrou

associac

¸ão

significativa

entre

uma

trombofilia

congênita

isolada

(fVL)

e

a

PC,

sem

estratificac

¸ão

da

amostra.

A

revisão

bibliográfica

sobre

a

associac

¸ão

entre

as

trom-bofilias

hereditárias

e

os

AVC-IA

perinatais

resultou

em

um

relato

de

caso,

33

oito

estudos

caso-controle

e

duas

metanálises.

Os

estudos

sobre

a

associac

¸ão

entre

as

trom-bofilias

hereditárias

e

os

AVC-IA

na

infância,

obtidos

nas

bases

de

dados,

totalizaram

16

estudos

caso-controle

e

duas

meta-análises.

Os

estudos

caso-controle

publicados

no

período

avaliado

apresentaram

resultados

discordantes

sobre

a

maior

frequência

de

trombofilias

hereditárias

em

pacientes

com

AVC-IA

perinatal

(tabela

4).

34-42

(4)

Tabela3 Estudosqueanalisaramasassociac¸ões diretasentreaPCeastrombofiliashereditárias(autor,ano,país,tipode

estudoegenesanalisados)

Referências País Tipodeestudo Casos(n) Controles(n) Genes

estudados

Resultados encontrados

Nelsonetal.,

199832

EUA Caso-controle 31 65 fVL Aumento significante Gibsonetal.,

200327

EUA Caso-controle 354 708 fVL,PT20210, MTHFRC677T eA1298G

Diferenc¸anão significante

Yehezkely--Schildkraut etal.,200511

Israel Caso-controle 61 62 fVL,PT20210, MTHFRC677T

Diferenc¸anão significante

Reidetal., 200628

Canadá Caso-controle 57 167 fVL Diferenc¸anão significante Dekker,200731 Austrália Caso-controle 443 883 MTHFRC677T

PT20210

Aumentode riscoemgrupos específicos Wuetal.,

201129

EUA Caso-controle 138 165 fVL,PT20210, MTHFRC677T

Diferenc¸anão significante

Arenas-Sordo etal.,201230

México Caso-controle 94 120 fVL Diferenc¸anão significante

Dezesseis

estudos

caso-controle

investigaram

as

asso-ciac

¸ões

entre

as

trombofilias

hereditárias

e

os

AVC---IA

da

infância.

Os

resultados

desses

estudos

foram

divergentes

e

são

apresentados

na

tabela

4.

44---61

O

levantamento

bibliográfico

resultou

também

em

duas

metanálises

que

avaliaram

as

prováveis

associac

¸ões

entre

mutac

¸ões

em

genes

ligados

às

trombofilias

hereditárias

e

os

aci-dentes

vasculares

cerebrais

da

infância.

12,62

Haywood

et

al.

62

avaliaram

estudos

caso-controle

publicados

entre

1989

e

2000

e

demonstraram

maior

frequência

da

deficiên-cia

de

PROC

(OR/IC

95%:11,0/5,1-23,6)

e

da

mutac

¸ão

MTHFR

C677T

(OR/IC

95%:1,70/1,23-2,34)

em

pacientes

com

AVC-IA

infantil.

Os

autores

não

detectaram

aumento

de

frequên-cia

para

o

fVL

(OR/IC

95%:1,2/0,8-1,9),

para

a

mutac

¸ão

PT

G20210A

(OR/IC

95%:

1,1/0,5-2,3),

para

a

deficiência

de

antitrombina

(OR/IC

95%:1,0/0,3-3,7)

e

para

deficiência

de

PROS

(OR/IC

95%:1,1/0,3-3,8)

nos

casos

em

relac

¸ão

aos

controles.

A

revisão

bibliográfica

sobre

a

associac

¸ão

entre

as

trom-bofilias

hereditárias

e

a

TVC

pediátrica

resultou

em

um

relato

de

caso

63

e

uma

série

de

casos.

64

O

levantamento

tam-bém

resultou

em

sete

estudos

caso-controle,

38,41,53,65---67

que

mostraram

resultados

discordantes

sobre

a

influência

das

trombofilias

hereditárias

nas

TVC

(tabela

4).

As

metanáli-ses

indicaram

que,

em

portadores

de

TVC,

observa-se

maior

frequência

para

a

mutac

¸ão

do

fVL

(2,7-3,1X),

a

mutac

¸ão

da

PT

G20210A

(1,9-3,1X),

a

deficiência

de

proteína

C

(6,3X),

a

deficiência

de

proteína

S

(5,3X),

a

deficiência

da

ATIII

(18,4X),

além

de

níveis

elevados

de

lipoproteína-a

(7,2X).

Entretanto,

esses

achados

não

foram

observados

para

a

mutac

¸ão

da

MTHFR

C677T,

em

homozigose.

12,41

Quatro

estudos

caso-controle

60,68-70

e

um

estudo

de

série

71

que

relacionavam

as

trombofilias

hereditárias

com

os

AVC

hemorrágicos

foram

selecionados

em

nossa

revisão.

Todos

os

estudos

se

referiam

às

hemorragias

no

período

neonatal

do

tipo

hemorragia

intraventricular

da

matriz

germinal

(GM-HIV).

Os

dados

condensados

desses

estudos

podem

ser

vistos

na

tabela

5.

Dois

estudos

caso-controle

selecionados

nesta

revisão

não

demonstraram

maior

risco

relativo

para

as

mutac

¸ões

do

fVL,

PT

G20210A

e

MTHFR

C677T

nos

pacientes

com

GM-HIV,

em

relac

¸ão

aos

controles.

68,72

Göpel

et

al.

72

observaram

que

as

mutac

¸ões

do

fVL

e

da

PT

G20210A

conferiam

um

risco

relativo

negativo

para

as

formas

mais

graves

da

GM-HIV,

o

que

sugeriu

um

efeito

protetor

contra

o

agravamento

dos

sangramentos

por

essas

mutac

¸ões.

Uma

possível

explicac

¸ão

seria

o

estan-camento

mais

rápido

do

sangramento

em

decorrência

da

trombofilia.

Komlósi

et

al.

69

demonstraram

uma

maior

frequência

do

fVL

em

pacientes

com

GM-HIV

prematuros

comparados

aos

controles,

porém

esses

resultados

não

foram

confirmados

para

os

pacientes

nascidos

a

termo.

Ramenghi

et

al.

70

obser-varam

uma

maior

frequência

para

a

combinac

¸ão

do

fVL

e

a

mutac

¸ão

G20210A

da

protrombina

em

pacientes

com

GM--HIV

em

relac

¸ão

aos

controles.

O

agrupamento

de

diferentes

trombofilias

dificulta

as

conclusões

sobre

o

papel

fisioló-gico

de

cada

tipo

individual

e,

geralmente,

é

avaliado

em

amostras

muito

pequenas.

Discussão

Os

estudos

que

objetivaram

descrever

uma

correlac

¸ão

direta

entre

as

trombofilias

hereditárias

e

a

PC,

em

sua

maio-ria,

falharam

na

constatac

¸ão

dessa

associac

¸ão,

11,27-32

o

que

sugere

um

efeito

secundário

das

trombofilias

no

apareci-mento

da

PC.

(5)

Tabela4 Integrac¸ãodosresultadosdosestudoscaso-controleemeta-análisessobreaspossíveisassociac¸õesentretrombofilias

hereditáriaseAVC-IAperinatal,AVC-IAdainfânciaeTVCdainfância

Trombofiliascongênitas AVC-IAperinatal(N◦

deestudos)

AVC-IAdainfância(N◦

deestudos)

TVCdainfância(N◦

deestudos)

Associac¸ão

positiva significativa

Associac¸ão

não significativa

Associac¸ão

positiva significativa

Associac¸ão

não significativa

Associac¸ão

positiva significativa

Associac¸ão

não significativa

FatorVdeLeiden

Caso-controle 5 3 7 6 2 4

Meta-análise 2a 0 1a 1 2 0

ProtrombinaG20210A

Caso-controle 0 8 2 6 1 4

Meta-análise 2a 0 1 1a 2 0

MTHFRC677THOMO

Caso-controle 0 6 1 10 0 3

Meta-análise 1a 0 2a 0 0 0

DeficiênciadeATIII

Caso-controle 0b 3b 0b 3b 1 1

Meta-análise 0 1a 0 2a 1 0

DeficiênciadeproteínaC

Caso-controle 2 1 2 1 1 1

Meta-análise 1a 0 2a 0 1 0

DeficiênciadeproteínaS

Caso-controle 0b 3b 0b 3b 1 1

Meta-análise 0 1a 0 2a 1 0

Elevac¸ãodeLP-a(>0,3mg/L)

Caso-controle 1 1 2 1 1 0

Meta-análise 1a 0 1a 0 0 0

Doisoumaisfatoresderisco

Meta-análise 1a 0 1a 0 0 1

aIncluiestudoscomdadosconjuntosparaAVC-IAperinataledainfância. b Raroscasosencontrados,análiseestatísticanãofoipossível.

no

aparecimento

da

AVC

isquêmico

arterial

pediátrico.

A

combinac

¸ão

de

duas

ou

mais

trombofilias

hereditárias

com

outros

fatores

clínicos

de

risco

parece

apresentar

maior

importância

na

prática

clínica

do

que

o

estudo

de

fatores

genéticos

isolados.

12

Esse

fato

impede

que

o

diagnóstico

de

mutac

¸ões

isoladas

determine

condutas

clínicas

de

forma

conclusiva,

pois

o

risco/benefício

do

uso

de

anticoagulantes

e

outras

medicac

¸ões

ainda

não

foi

estabelecido.

73

Tabela5 Estudosqueanalisaramaspossíveisassociac¸õesentreAVChemorrágicoeastrombofiliashereditárias

Referências País Tipode

estudo

N◦depacientes

caso

N◦depacientes

controle

Genes estudados

Resultados encontrados

Göpeletal.,200172 Alemanha

Caso--controle

43 262 fVL,

PT20210, MTHFR C677T

Diferenc¸a não significantea

Petäjäetal.,200168 Finlândia

Caso--controle

22 29 fVL

PT20210

Diferenc¸a não significante Komlósietal.,200569 Hungria

Caso--controle

125 128 fVL Aumento

significativo Ramenghietal.,201170 ReinoUnido

Caso--controle

22 84 fVL

PT20210

b

(6)

As

conclusões

obtidas

sobre

o

papel

das

trombifilias

here-ditárias

na

etiologia

dos

AVC-IA

pediátricos

também

são

válidas

para

o

aparecimento

da

TVC

na

infância.

As

trombo-filias

exercem

um

aumento

discreto

e

questionável

no

risco

relativo

da

TVC.

Esse

fato,

adicionado

à

baixa

prevalência

das

TVC

na

infância,

dificulta

o

uso

dos

resultados

na

prática

médica.

12

Nesta

revisão

apenas

estudos

sobre

as

trombofi-lias

hereditárias

e

os

AVC

hemorrágicos

perinatais

(GM-HIV)

foram

revistos.

O

número

reduzido

de

pesquisas

e,

conse-quentemente,

de

casos

avaliados

dificulta

a

obtenc

¸ão

de

conclusões

sobre

essa

associac

¸ão.

68-72

Algumas

limitac

¸ões

influenciaram

esta

revisão

sobre

as

possíveis

associac

¸ões

entre

as

trombofilias

hereditárias,

a

paralisia

cerebral

e

os

acidentes

vasculares

cerebrais.

A

primeira

delas

relaciona-se

aos

pacientes

estudados

que

apresentaram

numerosos

fatores

adquiridos

para

o

apa-recimento

dos

acidentes

vasculares

cerebrais

pediátricos,

como

sepse

e

desidratac

¸ão,

dentre

outros.

3

Além

disso,

sabe-se

que

a

dosagem

de

algumas

proteínas

envolvidas

na

coagulac

¸ão

pode

ser

influenciada

por

doenc

¸as

diversas,

como,

por

exemplo,

a

dosagem

de

proteína

S,

C

e

anti-trombina,

que

são

afetadas

por

doenc

¸as

hepáticas,

renais

e

infecciosas.

74

Outra

limitac

¸ão

importante

advém

do

fato

de

a

maioria

dos

estudos

ter

sido

feita

em

populac

¸ões

da

América

do

Norte

e

Europa.

Como

a

frequência

das

trombofi-lias

hereditárias

varia

significativamente

de

populac

¸ão

para

populac

¸ão,

esses

estudos

devem

ser

replicados

em

diferen-tes

regiões

geográficas.

62

Por

fim,

que

se

ressaltar

que

alguns

estudos

avaliaram

os

acidentes

cerebrovasculares

de

forma

global

e

deixaram

de

classificá-los

em

acidentes

arte-riais

ou

venosos,

perinatais

ou

da

infância.

Esse

fato

pôde

ser

observado

em

duas

das

metanálises

que

avaliaram

a

associac

¸ão

entre

as

trombofilias

hereditárias

e

os

AVC-IA

e

fizeram

as

análises

dos

dados

do

período

neonatal

e

da

infân-cia

em

conjunto,

o

que

prejudica

a

análise

das

conclusões

obtidas.

12,43

Conclusões

e

perspectivas

No

que

diz

respeito

ao

possível

efeito

das

mutac

¸ões

em

genes

associados

às

trombofilias

hereditárias

e

suas

associac

¸ões

com

os

acidentes

vasculares

cerebrais

pediátricos

e

a

para-lisia

cerebral,

conclui-se

que

discretos

aumentos

no

risco

relativo

foram

descritos

nos

estudos

revisados,

o

que

sugere

um

papel

secundário

dessas

mutac

¸ões

no

aparecimento

des-sas

manifestac

¸ões.

A

combinac

¸ão

de

mais

de

uma

mutac

¸ão

associada

a

fatores

clínicos

de

risco

sugere

um

papel

de

maior

relevância

na

etiologia

do

acidente

vascular

cerebral

pediátrico

e

da

paralisia

cerebral.

Estudos

multicêntricos

que

avaliem

um

número

maior

de

genes

em

conjunto

devem

ser

conduzidos

para

eluci-dar

o

real

papel

das

mutac

¸ões

associadas

às

trombofilias

hereditárias

na

etiologia

da

PC/AVC

pediátricos.

A

etiolo-gia

multifatorial

e

complexa

da

PC

torna

essa

tarefa

árdua

e

difícil,

porém

os

benefícios

gerados

por

esses

estudos

são

incalculáveis.

Conflitos

de

interesse

Os

autores

declaram

não

haver

conflitos

de

interesse.

Referências

1.Nelson KB. Perinatal ischemic stroke. Stroke. 2007;38 2 Suppl:742---5.

2.NelsonKB,LynchJK.Strokeinnewborninfants.LancetNeurol. 2004;3(3):150---8.

3.DeVeber G, Andrew M, Adams C, Bjornson B, Booth F, BuckleyDJ,etal.Cerebralsinovenousthrombosisinchildren. NEnglJMed.2001;345:417---23.

4.JordanLC,HillisAE.Hemorrhagicstrokein children.Pediatr Neurol.2007;36:73---80.

5.WuYW, MarchWM,CroenLA, GretherJK,EscobarGJ, New-manTB.Perinatalstrokeinchildrenwithmotorimpairment:a population-basedstudy.Pediatrics.2004;114:612---9.

6.Curry CJ, Bhullar S, Holmes J, Delozier CD, Roeder ER, HutchisonHT.Riskfactorsforperinatalarterialstroke:astudy of60mother-childpairs.JPediatrNeurol.2007;4:99---107.

7.FitzgeraldKC,WilliamsLS,GargBP,CarvalhoKS,GolombMR. Cerebralsinovenousthrombosisintheneonate.ArchNeurol. 2006;63:405---9.

8.ZaniniG, CeminNF,PerallesSN.Paralisiacerebral: causase prevalências.FisioterMov.2009;3:375---81.

9.Moreno-de-LucaA,LedbetterDH,MartinCL.Geneticinsights intothecausesandclassificationofthecerebralpalsies.Lancet Neurol.2012;11:283---92.

10.Zadro R, Herak DC. Inherited prothronfibotic risk factors: children with first ischemic stroke. Biochem Med (Zagreb). 2012;22:298---310.

11.Yehezkely-SchildkrautV,KutaiM,HugeiratY,LevinC,ShalevSA, MazorG,etal.Thrombophilia:ariskfactorforcerebralpalsy? Imaj.2005;1:808---11.

12.Kenet G, Lütkhoff LK, Albisetti M, Bernard T, Bonduel M, BrandaoL,et al.Impactofthrombophilia onriskofarterial ischemicstrokeorcerebralsinovenousthrombosisinneonates andchildren:asystematicreviewandmeta-analysisof obser-vationalstudies.Circulation.2010;121:1838---47.

13.GreenS.Systematicreviewsandmeta-analysis.SingaporeMed J.2005;46:270---3.

14.Lynch JK,Nelson KB, Curry CJ, GretherJK. Cerebrovascular disordersinchildrenwiththefactorVLeidenmutation.JChild Neurol.2001;16:735---44.

15.RosenbaumP,PanethN,LevitonA,GoldsteinM,BaxM,Damiano D,etal.Areport:thedefinitionandclassificationofcerebral palsy.DevMedChildNeurolSuppl.2007;109:8---14.

16.LynexCN,CarrIM,LeekJP,AchuthanR,MitchellS,MaherER, et al. Homozygosity for a missense mutation in the 67kDa isoformof glutamatedecarboxylaseina family with autoso-malrecessivespasticcerebralpalsy:parallelswithstiff-person syndrome and other movement disorders. BMC Neurology. 2004;4:20.

17.CosteffH.Goeteborgrevisited:estimatedfrequencyofgenetic andnon-geneticcausesofcongenitalidiopathiccerebralpalsy inwestSweden.AnnHumGenet.2004;68:515---20.

18.Thorarensen O, Ryan S, HunterJ, Factor YounkinDP. V Lei-denmutation:anunrecognized causeofhemiplegiccerebral palsy,neonatalstroke,andplacentalthrombosis.AnnNeurol. 1997;42:372---5.

19.Harum KH, Hoon AH Jr, Kato GJ, Casella JF, Breiter SN, JohnstonMV.Homozygousfactor-Vmutationasageneticcause ofperinatalthrombosisandcerebralpalsy.DevMedChild Neu-rol.1999;41:777---80.

20.Harum KH, Hoon Junior AH, Casella JF. Factor-V Leiden: a riskfactorfor cerebralpalsy.DevMedChildNeurol.1999;41: 781---5.

(7)

22.Barbagallo M, Pavone P, Incorpora G, Domenico Praticò A, RomantshikO,FrisoS,etal.Twosiblingswithahomozygous MTHFR C677T(G80A-RFC1)mutationand stroke.Childs Nerv Syst.2009;1:361---5.

23.Fong CY, Mumford AD, Likeman MJ, Jardine PE. Cerebral palsy in siblings caused by compound heterozygous mutati-ons in thegene encoding protein C.Dev MedChild Neurol. 2010;52:489---93.

24.HallidayJL,ReddihoughD,ByronK,EkertH,DitchfieldM. Hemi-plegiccerebralpalsyandthefactorVLeidenmutation.JMed Genet.2000;37:787---9.

25.SmithRA,SkeltonM,HowardM,LeveneM.Isthrombophiliaa factor inthedevelopmentofhemiplegic cerebralpalsy?Dev MedChildNeurol.2001;43:724---30.

26.SenbilN,YükselD,YilmazD,GürerYK.Prothromboticrisk fac-tors in children withhemiplegic cerebral palsy. Pediatr Int. 2007;49:600---2.

27.GibsonC,MacLennanA,HagueB,RudzkiZ,SharpeP,ChanA, etal.Fetalthrombophilicpolymorphismsarenotariskfactor forcerebralpalsy.AmJObstetGynecol.2003;6:75---85.

28.ReidS,HallidayJ,DitchfieldM,EkertH,ByronK,GlynnA,etal. Factor VLeidenmutation:acontributoryfactor for cerebral palsy?DevMedChildNeurol.2006;48:14---9.

29.WuD,ZouYF,XuXY,Feng XL,YangL,ZhangGC,etal.The association of genetic polymorphisms with cerebral palsy: a meta-analysis. Dev Med Child Neurol. 2011;53: 217---25.

30.Arenas-Sordo ML,ZavalaHC,CasianorRC, ReyesME, RíosC, Hernández ZE, et al. Leiden V factor and spastic cere-bral palsy in mexican children. Genet Test Mol Biomarkers. 2012;16:978---80.

31.Dekker G.Fetal prothromboticgeneticriskfactors and fetal acquiredriskfactors for adverseperinataloutcome.Thromb Res.2007;119:26---7.

32.Nelson KB, DambrosiaJM,Grether JK,Phillips TM.Neonatal cytokines and coagulation factors in children with cerebral palsy.AnnNeurol.1998;44:665---75.

33.VerduA,CazorlaMR,MorenoJC,CasadoLF.Prenatalstrokeina neonateheterozygousforfactorVLeidenmutation.BrainDev. 2005;27:451---4.

34.GüntherG,JunkerR,SträterR,SchobessR,KurnikK,HellerC, etal.Symptomaticischemicstrokeinfull-termneonates:role of acquired and genetic prothrombotic risk factors. Stroke. 2000;31:2437---41.

35.Kurnik K, Kosch A, Sträter R, Schobess R, Heller C, Nowak-GöttlU.Recurrentthromboembotismininfantsand chil-dren suffering from symptomaticneonatal arterial stroke:a prospectivefollow-upstudy.Stroke.2003;34:2887---93.

36.Debus OM, Kosch A, Sträter R, Rossi R, Nowak-Göttl U. The factor V G1691A mutation is a risk for mutation is a risk for porencephaly: a case---control study. Ann Neurol. 2004;56:287---90.

37.Debus O, Koch HG, Kurlemann G, Sträter R, Vielhaber H, Weber P, et al. Factor V Leiden and genetic defects of thrombophiliainchildhoodporencephaly.ArchDisChildFetal Neonatal.1998;78:121---4.

38.Miller SP, Wu YW, Lee J, Lammer EJ, Iovannisci DM, Glid-den DV, et al. Candidate genepolymorphisms do not differ between newborns withstroke and normal controls. Stroke. 2006;37:2678---83.

39.Herak DC, Antolic MR, Krleza JL, Pavic M, Dodig S, Duranovic V, et al. Inherited prothrombotic risk fac-tors in children with perinatal arterial stroke. Pediatrics. 2009;123:e653---60.

40.Simchen MJ, Goldstein G, Lubetsky A, Strauss T, Schiff E, KenetG.FactorVLeidenantiphospholipidantibodiesineither

mothersorinfantsincreasetheriskforperinatalarterial ische-micstroke.Stroke.2009;40:65---70.

41.Laugesaar R, Kahre T, Kolk A, Uustalu U, Kool P, Talvik T. Factor V Leiden and prothrombin 21210G>A mutation and paediatric ischaemic stroke: a case---control study and two meta-analyses.ActaPaediatr.2010;99:1168---74.

42.Gelfand AA, Croen LA, Torres AR, Wu YW. Genetic risk fac-tors for perinatal arterial ischemic stroke. Pediatr Neurol. 2013;48:36---41.

43.RenaudC,TardyPB,PreslesE,ChabrierS.Lowprevalenceof coagulationF2andF5polymorphismsinmothersandchildren ina largecohortofpatientswithneonatalarterialischemic stroke.BrJHaematol.2010;150:709---12.

44.GanesanV,McShaneMA,LiesnerR,CooksonJ,HannI,Kirkham FJ. Inherited prothrombotic states and ischaemic stroke in childhood.JNeurolNeurosurgPsychiatry.1998;65:508---11.

45.ZenzW,BodóZ,PlothoJ,StreifW,MaleC,BernertG,etal. Fac-torVLeidenandprothrombingeneG20210avariantinchildren withischemicstroke.ThrombHaemost.1998;80:763---6.

46.SträterR,VielhaberH,KassenböhmerR,vonKriesR,GöbelU, Nowak-GöttlU.Geneticriskfactorsofthrombophiliain ischa-emicchildhoodstrokeofcardiac origin:aprospective esped survey.EurJPediatr.1999;158:122---5.

47.AkarN,AkarE,DedaG,SipahiT,EzerU.Coexistenceoftwo prothromboticmutations,factorV1691G-Aandprothrombin gene20210 G-A,andtheriskofcerebralinfarctinpediatric patients.PediatrHematolOncol.1999;16:565---6.

48.AkarN,AkarE,DedaG,SipahiT.OrsalA.FactorV1691G-A, prothrombin20210G-A,andmethylenetetrahydrofolate reduc-tase677C-TvariantsinTurkishchildrenwithcerebralinfarct. JChildNeurol.1999;14:749---51.

49.Nowak-Göttl U, Sträter R, Heinecke A, Junker R, Koch HG, SchuiererG,etal.Lipoprotein(a)andgeneticpolymorphisms ofclottingfactorV,prothrombin,and methylenetetrahydrofo-latereductaseareriskfactorsofspontaneousischemicstroke inchildhood.Blood.1999;94:3678---82.

50.CardoE,MonrósE,ColoméC,ArtuchR,CampistolJ,PinedaM, etal.Childrenwithstroke:polymorphismoftheMTHFRgene, mildhyperhomocysteinemia,andvitaminstatus.JChildNeurol. 2000;15:295---8.

51.KenetG, SadetzkiS, Murad H, Martinowitz U,Rosenberg N, Gitel S, et al. Factor VLeiden and antiphospholipid antibo-diesaresignificantriskfactorsforischemicstrokeinchildren. Stroke.2000;1:1283---8.

52.AkarN,AkarE,OzelD,DedaG,SipahiT.Commonmutations atthehomocysteinemetabolismpathwayandpediatricstroke. ThrombRes.2001;102:115---20.

53.Bonduel M, Sciuccati G, Hepner M, Pieroni G, Torres AF, Mardaraz C, et al. Factor V Leiden and prothrombin gene G20210A:mutationinchildrenwithcerebralthromboembolism. AmJHematol.2003;73:81---6.

54.BarreirinhoS,FerroA,SantosM,CostaElPinto-BastoJ,SousaA, et al. Inherited and acquired risk factors and their com-bined effects in pediatric stroke. Pediatr Neurol. 2003;28: 134---8.

55.DuranR,BinerB,DemirM,CeltikC,Karasaliho˘gluS.FactorV Leidenmutationandotherthrombophiliamarkersinchildhood ischemicstroke.ClinApplThrombHemost.2005;11:82---8.

56.DuranR,BinerB,DemirM,CeltikC,Karasaliho˘gluS,Acunas¸ B.FactorVLeidenmutation,deficiencyofantithrombinIIIand elevationoffactorVIIIinachildwithischemicstroke:acase report.BrainDev.2006;28:604---6.

57.BiswasA,TiwariAK,RanjanR,MeenaA,AkhterMS,YadavBK, etal.Prothromboticpolymorphisms,mutations,andtheir asso-ciationwithpediatricnon-cardioembolicstrokeinAsian-Indian patients.AnnHematol.2009;88:473---8.

(8)

inchildren:apossibleMTHFRandeNOSgene-geneinterplay? JChildNeurol.2009;24:823---7.

59.Herak DC, Antolic MR, Krleza JL, Pavic M, Dodig S, Duranovic V, et al. Inherited prothrombotic risk factors in childrenwithstroke,transient ischemicattack, ormigraine. Pediatrics.2009;123:e653---60.

60.MoritaDC,DonaldsonA,ButterfieldRJ,BenedictSL,BaleJFJr. Methylenetetrahydrofolatereductasegenepolymorphismand childhoodstroke.PediatrNeurol.2009;41:247---9.

61.TeberS, Deda G, Akar N, Soylu K. Lipoprotein (a) levels in childhoodarterialischemicstroke.ClinApplThrombHemost. 2010;16:214---7.

62.HaywoodS,LiesnerR,PindoraS,GanesanV.Thrombophiliaand firstarterial ischaemicstroke:asystematic review.Arch Dis Child.2005;90:402---5.

63.VielhaberH,EhrenforthS,KochHG,ScharrerI,vanderWerf N,Nowak-GöttlU.Cerebralvenoussinusthrombosisininfancy andchildhoodroleofgeneticandacquiredriskfactorsof throm-bophilia.EurJPediatr.1998;157:555---60.

64.Ramenghi LA, Gill BJ, Tanner SF, Martinez D, Arthur R, LeveneMI. Cerebralvenousthrombosis,intraventricular hae-morrhageandwhitematterlesionsinapretermnewbornwith factorV(Leiden)mutation.Neuropediatrics.2002;33:97---9.

65.Hagstrom JN, Walter J, Bluebond-Langner R, Amatniek JC, MannoCS,HighKA.PrevalenceofthefactorVLeiden muta-tionin childrenand neonates withthromboembolicdisease. JPediatr.1998;133:777---81.

66.HellerC.Cerebralvenousthrombosisinchildren:a multifacto-rialorigin.Circulation.2003;108:1362---7.

67.KenetG, Kirkham F,NiederstadtT, Heinecke A, SaundersD, Stoll M, et al. Risk factors for recurrent venous

thromboembolism in the European collaborative paedia-tric database on cerebral venous thrombosis: a multicentre cohortstudy.LancetNeurol.2007;6:595---603.

68.PetäjäJ,HiltunemL,FellmanV.Increasedriskof intraventricu-larhemorrhageinpreterminfantswiththrombophilia.Pediatr Res.2001;49:643---6.

69.KomlósiK,HavasiV,BeneJ,StorczJ,StankovicsJ,MohayG, etal.IncreasedprevalenceoffactorVLeidenmutationin pre-maturebutnot infull-term infantswithgradeI intracranial haemorrhage.BiolNeonate.2005;87:56---9.

70.RamenghiLA,FumagalliM,GroppoM,ConsonniD,GattiL, Ber-tazziPA,etal.Germinalmatrixhemorrhage:intraventricular hemorrhageinvery-low-birth-weightinfants:theindependent roleofinheritedthrombophilia.Stroke.2011;42:1889---93.

71.Harteman JC, Groenendaal F, van Haastert IC, Liem KD, StroinkH,BieringsMB,etal.Atypicaltimingandpresentationof periventricularhaemorrhagicinfarctioninpreterminfants:the roleofthrombophilia.DevMedChildNeurol.2012;54:140---7.

72.Göpel W, Gortner L, Kohlmann T, Schultz C, Möller J. Low prevalenceoflargeintraventricular haemorrhageinverylow birthweightinfantscarryingthefactorVLeidenorprothrombin G20210Amutation.ActaPaediatr.2001;90:1021---4.

73.CnossenMH,VanOmmenbCH, Appel IM.Etiologyand treat-mentofperinatalstroke:aroleforprothromboticcoagulation factors?SeminFetalNeonatalMed.2009;14:311---7.

Imagem

Tabela 2 Fisiopatologia presumida das mutac ¸ões em genes
Tabela 3 Estudos que analisaram as associac ¸ões diretas entre a PC e as trombofilias hereditárias (autor, ano, país, tipo de
Tabela 5 Estudos que analisaram as possíveis associac ¸ões entre AVC hemorrágico e as trombofilias hereditárias

Referências

Documentos relacionados

Os dados disponíveis sugerem que a maior correlação entre o ensino pré-trabalho e o sucesso profissional se encontra a meio da carreira, o que, por sua vez, sugere que

A disciplina dos partidos não toleraria este silencio em torno deste supplicio de nova espécie, tão fatal ás victimas como aos juizes. Aquellas têm o direito de fallar perante a

Considering the motivations that made me venture into the field of additional language education, the overall objective of the present study is to explore my trajectory

Assim, quando ligamos um fio semicondutor entre os elétrodos da pilha, o resultado é o mesmo, independentemente do tipo de semicondutor: passagem de cargas positivas do

Esse artigo mostrou uma forma de como a programação orientada a aspectos pode auxiliar no gerenciamento e controle das transações de armazenamento e recuperação de dados

Os fatores sociodemográficos (sexo, cor, curso mais elevado, estado conjugal, realiza outra atividade, tem interesse em sair do ramo), hábitos comportamentais (uso de

❖ A operação de dobramento exige que se considere a recuperação elástica do material (efeito mola), para que se tenham as dimensões exatas na peça dobrada. ❖ A

O Desporto de Aventura tem-se descrito como uma actividade em desenvolvimento, atraindo cada vez mais pessoas interessadas nas actividades físicas e com maior procura