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O sindicalismo no Governo de Getulio Vargas

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CADERNOS EBAP N9 22

Agosto 1983

O SINDICALISMO NO GOVERNO DE GETOLIO VARGAS

Luciva1 José Siqueira Costa*

(2)

• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • 11 • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • 01

CP,:J\_CTl~f~rSTI CP.S DO POPUi.,I Sr,!O G2TOLiO VARGAS:

...

03

A T!TULO DE CONCLUSA0:

...

15

(3)

INTRODUÇÃO

Para uma melhor compreensão do populismo no Brasil e suas vinculações com as classes trabalhadoras é preciso situá-lo no contexto da crise pOlítica e de desenvolvimento econômico que se processa no Brasil a partir da Revolução de 1930. Nessa época, as características do país já eram bastante distintas daquela sociedade de economia agrícola e de um Estado dominado pela oligarquia rural e ausente de atividade pre! tadora de serviços.

No campo econômico, iniciava-se a consolidação do setor secundário, f~

vorecido, internamente, pela ampliação dos contingentes de mão-de-obra disponíveis em virtude da falta de emprego na agricultura e do fluxo de imigração estrangeira. Esse surto de industrialização gera

de um crescimento substancial dos trabalhadores na indústria que,

acordo com o censo de 1920, ultrapassavam já a marca dos 300.000.1 No campo social, o crescimento e a urbanização da população provoca-ram uma natural e forte exigência na busca de prestação de serviços s~

ciais por parte do Estado, tais como saúde e educação. Paralelamente, as classes trabalhadoras estruturaram-se com razoável nível de organ! zação em defesa de melhores salários, melhores condições de trabalho e medidas de proteção previdenciária. Para avaliar a sua importância nesse período da história, é conveniente lembrar que a campanha pres! dencial de Artur Bernardes, em 1922, teve o apoio dessa classe, prome tendo-lhe, em troca, a instituição da proteção da previdência social. Naturalmente, a promessa não foi cumprida, o que evidencia já então a manipulação da classe trabalhadora pelas lideranças políticas.

No campo político, em decorrência das alterações ocorridas no econômi co e social, a Revolução de 1930, movimento essencialmente liderado pela classe média e alguns chefes oligárquicos dissidentes (entre e-les, Getúlio Vargas), põe em crise o sistema de poder oligárquico es tabelecido desde o início da República. Vale salientar que a burgue-1- Dado extraído de BAER, Werner. A industrialização e o

(4)

sia industrial foi o maior beneficiário dessas mudanças políticas,não obstante ter desempenhado papel de pouca importância nos acontecimen-tos que levam

à

crise da oligarquia. Surge também a participação das massas populares no processo po-_ítico, do qual estiveram excluídas no período anterior. Segundo Francisco Weffort. essa ascensão das clas-ses populares dependia "fundamentalmente da incapacidade manifestada por todas as forças sociais que compunham a Aliança Liberal de estabe 2 -lecer de maneira sólida as bases de uma nova estrutura de Estado". Assim, constitui um dos traços marcantes da política brasileira dessa época a incapacidade dos grupos dominantes para assumir o controle das funções pOlíticas e, nesse jogo de nova combinação de forças sociais, econômicas e políticas, surgem algumas características que irão prop! ciar a implantação do populismo no país. A primeira delas é que o Es-tado, nessa nova estrutura, assume a condição de arbitro que decide em nome dos interesses nacionais, sobrepondo-se ao conjunto da socie-. dadesocie-. E aí esta, ainda segundo Weffort, uma das raízes da força pes-soal do chefe do Estado, devido a sua personalização do poder e do próprio Estado. 3

A segunda característica é o aparecimento das massas populares que a~

sumern, nesse quadro de instabilidade de forças dos grupos dominantes, o ~apel de legitimadoras do novo Estado brasileiro. Desse modo, o po-der conquistado pelo chefe do Estado só irá persistir na medida em que amplie a esfera de compromisso com a introdução dessa classe, nao só devido ao vazio político em que se acha a sociedade, mas também

à

mudança das condições sociais ?olíticas e econômicas inerentes

à

nova situação. ~ preciso tomar em consideração essas novas condições soci-ais, decorrentes também de mudanças estruturais externas, em virtude da reformulação da~ relações e estruturas de dependência/dom:làação (~

estruturação essa que irá determinar a expansão do capitalismo os países periféricos).

para

2 - WEFFORT, Francisco C. - O Populismo na política Brasileira. Rio de Janeiro, Ed. Paz e Terra, 1980, p. 68.

(5)

• ' 0

.3.

Acha'll-se cnt?-io as lllassas populares integradas no jogo das forças poli ticar., 'porém controladas e manipuladas pelo Estado, o qual encontrará

"~Olúliç.Õ8S de abrir-se a todos os tipos de pr~ssocs sem se subordinar cx,-lu5ivamente, a05 objetivos imediatos de qualquer delas".4

Estão assim cria~as as condições para o surgimento do populismo.

CARACTER!S7ICAS DO POPULISHO DE G"3TOLIO VARGAS

De acordo com. AleI: ATlgell nun estudo sobre os partidos políticcs lati~

n0~a~eri~anos, podemos identificar como traços peculiares ao populi~ MO os scgilinte~ asncctas:

(~) suas lideranças provem das classes altas e m~dias, variando bastpnte a sua compos5.ção, desde militarcs, empresirios,

o-ligarcas, etc.;

(b) possuem uma base popular ~ronta a apoi~-la, em troca ~o a-tendim0nto ~s suas reivindicações;

Cc) não

possui uma doutrina idea16gica precisa, mas um cenjunto

de reivindicações sociais de cariter redistributivo. Em cer to sentido, o populismo ~ um movimento antiideo16gico. Ele pode usar uma linguagem socialista, por exemplo, mas evita ligar-se co;n movimentos socialistas ou comunistas internacio nais;

Ccl)

ê

inbuído de sentimento nacionalista; e

( ) J0;1 o . . o 5

c luerança carlsmatlca.

Em~ora essas cinco caracter{sticas se apliquem ao populismo no

perío-do focalizaperío-do, este adquire certas particularidades em virtude das suas cirçunst~ncias llistCricas e locajs. Assim ~ que, no que !e

refe-4 - WEFfORT, francisco C. "Estado e Hassas no Brasil: Revista Civili-zação Bras i lei ra, lmo I, n'" 7, Ri 8 de Jane i TO, Ed. Civi liznçz.o

BrJ.-si10ira, 1966, p. 137 a ISS. .

5 - A,~G'SLL, Alan. "P arty sys toms in La tin Améri,ca". New York, Frederi

de A. Pr.oeger Pub 1i3hers, 1968, apu.::l IA1',í:'H, Octávio. A Fom • .:'lção cl5"

Esta~o Pop~lista na Am5rica Latina. Rio de Janeiro, Civilização

Brasileira, 1975.

(6)

re à base popular de sua sustentação, o populismo de Vargas foi um mo do específico de manipulação das massas, mas foi também uma forma de essas expressarem suas insatisfações. Tanto Weffort como Ianni reco-nhecem que mui tos confli tos no interior do movim:;>nto foram decorren-tes das pressões e indocilidade das camadas populares. Entretanto, é preciso salientar - e este

é

um ponto fundamental neste trabalho - que se procurou esvaziar essa interação com as massas de qualquer conteú-do ideológico, inibinconteú-do-lhes () processo de formação de consciência de classe.

Outro aspecto importante do populismo de Vargas é que seu nacionalis-mo adquire forte cunho desenvolvimentista, especialmente no que se r~

fere à industrialização, ampliando inclusive a intervenção do Estado no domínio econômico. Há assim uma reformulação na estrutura econômi-ca e social do país, dentro do sistema econômi-capitalista, favorecendo a bu! guesia industrial sem contudo provocar um choque de conflitos com a oligarquia rural, até porque a industrializaçãn se faz, principalmen-te, com o capital excedente do campo.

No que se refere aos aspectos ideológicos, embora o populismo de Var-gas tenha contato com o apoio do PCB em certos momentos, os seus tra-ços mais marcantes s?o de cunho fascista; especialmente até ~ entrada do Brasil na Segunda Guerra Mundial (1942), o que comprova a indefini ção de doutrina ideológica como identificou Alan Angell.

(7)

.5.

Vargas se deve ao cTescimento do setor industrial e a expansão das classes trabalhadoras urbanas e de suas pressoes sobre o Estado.

o

MOVIHENTO TRABALHISTA E A ORGANIZAÇÃO SINDICAL ANTES DE 1930

Até o advento da Revolução de 1930, os movimentos das classes traba-lhadoras e suas relações com o Estado apresentám duas características essenciais e que procuraremos aqui detalhar:

(a) o governQ não reconhece as manifestações operárias como ques-tão social e política; e

(b) a classe operária demonstra nesse período significativa capa· cidade de organização e luta.

Na primeira característica, a oligarquia rural assentada no governo não demonstrava a mínima sensibilidade para as questões trabalhistas, respaldando-se na impossibilidade de o Estado atender às reivindica-ções, sob a alegação de que isso representaria uma intervenção e feri ria a independência e a autonomia da livre-empresa prevista na Const!. tuição Liberal de 1891. Essa postura e esses argumentos foram contes-t::ldos por Evaristo de Moraes, ainda em 1905, ao afirmar que lia liber-dade contratual do trabalho vem dar na organização pura e simples do nomínio do mais forte".8 Evidentemente, não se refere o autor ao

est~

belecimento de aumentos salariais pelo Estado, retirando o dire!.!o de negociação livre entre emprep:ados e e~l"egadores, cano' ocorr.e . .hoje p.ó

lha-si1 e que

ê

sempre prejudicial aos operirios. Mas de atuação do Esta~

do em estabelecer legislação sobre condições dignas de trabalho e em fiscalizar o cumprimento dessas e dos benefícios conquistados direta-mente pelos próprios trabalhadores. Vale. ainda esclarecer, contra es-se argumento, que o "liberalismo do Estado" e a "independência da li-vre iniciativa" não impediram o uso da força policial na repressão aos movimentos grevistas.

-S

exatamente esse tipo de relação do Estado com a classe trabalhadora que prevalece nesse período, ficando evidenciado na frase histórica de

8 - MO~~ESt Evariste de - Apontamentos de Direito Operário. Rio de Ja

(8)

Washington Luiz que a questão operária nao passava de questão de poli cia.

Alguns autores atribuem esse desconhecimento das massas populares pe-lo Estado à sua fraqueza numérica.9 Esse argumento pode ser refutado

à luz de algumas evidências. Em primeiro lugar, o fato já citado na primeira parte do trabalho, de Artur Bernardes, em SUrt campanha presi

dencial procurar o apoio do proletariado já é indicativo da sua dime~

são. Em segundo lugar, os dados censitários relativos a 1920 demons-trrum que o número de operários das cidades industriais de São Paulo e Rio de Janeiro equivalem a mais de 15% da população global, conforme

d . d b 1 Alb . R d . 10

se po e extra1r e ta e a constante em ert1no o r1gues.

Assim, devemos procurar justificativas mais fortes nas estruturas eco nômica, política e sócio-cultural do país, destacando-se os seguintes aspectos: a República Velha era composta, na sua essência, pela oli-garquia rural sem vínculos políticos com as classes urbanas, além de o rrópri0 sistema representativo e de eleições ser elitista; a urbani zação antecedeu à industrialização, devido ao êxodo rural; o início da industrialização foi feito com base no capital excedente do campo, o que estreitava ainda mais o vínculo entre a classe política Ce o g~

verno) e os industriais.

Merece inclusão entre esses fatores a alta percentagem de estrangei-ros no operariado dessa époça. Só em São Paulo, em 1920, a força ope-rária estrangeira representava 39,2~ do total, segundo dados censitá-rios citados por Azis Simão. lI Isso explica a constante argumentação de que as lutas sindicais são idéias estranhas ao povo brasileiro, bem como a expulsão do país de emigrantes atuantes em movimentos grevis-tas, considerados indesejáveis à ordem econômica e social.

9 - Por exemplo, ERICKSON, Kenneth Paul. Sindicalismo no Processo Po··

1í~ico. São Paulo, Edi tora Brasi 1 iense, 1979.

10- RODRIGUES, José Albertino. Sindicato e Desenvolvimento no B~asi1.

São Paulo, Difusão Européia do Livro, 1968.

(9)

' .

• 7 •

De qualquer forma, o perÍ0UO C~[! República Velha 'não

é

nulo em termos de legislação social (do tr~~~lho e nrevidência social), especialmen-te na década de vinespecialmen-te c.evid:1 a civers0s fat~rcs. Externamente, desta-cam-se o término da Primeira Gu~rrQ, a ~ssinatilra do Tratado de Ver-sailles, pelo qual o Brasil se comprometia a criar uma legislação do trabalho e uma organização estatal para superintender a sua aplicação, e a Revolução Russa. Internamente, o movimento operario ganha intensi dade, animado com essas duas conquistas obtidas pela classe trabalha-dora no estrangeiro, e desperta a atenção da classe política sobre a questão trabalhista. As lacunas existentes na Constituição de 1891 co meçam a ser questionadas.

Assim, ganham repercussão no cenário político brasileiro Eloy Chaves e Maurício de Lacerda. Por iniciativa do primeiro, foi criada em 1923 a Caixa de Aposentadori~ e Pens6es dos Empregados em empresas de es-tradas de ferro, passo decisivo para a implantação do seguro social no Brasil. Ao segundo tribuno, deve-se a criação do Conselho Nacional do Trabalho, no mesmo ano.

Entretanto, a legis1açã0 mais significativa do período foi urna emenda à Constituição que deu ao Artigo 34 a seguinte rerlaçãn; "Compete pri-vativamente ao Congresso Naciorr1.l legislar sobre o trabalho".12 Essa importância reside em dois aspectos: (a) introduz-se o problem~ trab~

:hista pela primeira vez na Constituição; (b) transfere-se para a es-fera do Legislativo, onde já existiam várias pessoas preocupadas com a assunto, a competência para legislar.

°

surgimento dessas legislações (e de outras nao citadas aqui corno a lei de concessão de quinze dias anuais de férias) não alterou a pcsi-çao do Estado frente às relações do trabalho, pois as leis e os decr~

t09 dificilmente eram aplicados e, na prática, as relações trabalhis-tas se davam norteadas pelo individualismo econômico que dominava to das as esferas do sistema produtivo. Exemplificando, foi exigindo o cumprimento da lei de férias (de 1926) que 12.000 operários gráficos

- 13

fizeram greves, em são Paulo, em 1929, durante tres meses. 12

13

-Emenda Constitucional n9 22, de 1926, apud ~DRAFS FIUTO, Evaristo de - O Pro

blema do Sindicato Onico no Brasil. São Paulo, Alfa Omega, 1978.

Dado extraído de Everardo Dias, História das Lutas Sociais no Brasil. São Paulo, Edaght, 1962. De acordo com o Boletim do Cornite de Defesa Proletaria de São Paulo, a rreve foi encerrada aos 74 dias, mas permaneceu em alguns es

tabelecim~ntos. Apud - Edgar Carone. Movimento Operaric no Brasil(1877-l944T.

(10)

Quanto

ã

seg~nda característica do período - a capacidade de organiza ção do operariado - comprovam-na diversas conquistas alcançadas refe-rentes a melhorias salariais e de condições de segurança e higiene do trabalho, decorrentes das mobilizações e reivindicações da classe. A-16m, naturalmente, da pr6pria legislação acima analisada, que foi co~

seqtiência muito mais das pressões e movimentos grevistas dos trabalh~

dores do que da preocupação da classe dirigente com as causas sociais e populares.

Portanto, como o início da industrialização no Brasil repetia, com o devido atraso, as mesrn~s condições cruéis e desumanas de exploração do trabalho da revolução industrial, essas conquistas foram alcançadas a

trav~s de movimentos grevistas e de muito sacrifIcio dos seus lIderes.

Como assinala Albertino Rodrigues, "num regime hostil às reivindica -ções do trabalhador, como o que vigorou na Primeira Repfiblica, sem dispor de outra instituição senão a polIcia para tratar dos problemas apresentados pelo operário organizado, é natural que a greve resulta~

se como uma das formas de maior expressão do movimento sindical".14 De fato, a ~~ividade grevista dos trabalhadores nesse perIodo era in-tensa, podendo-se registrar entre os anos de 1911 a 1929, 27 grandes greves na região do Rio e São Paulo, algunas com duração de meses e eutras com uma dimensão de alarmar as autoridades da época, corno a de 1917 que paralisou 1uase todas as atividades urbanas de São Paulo.

Ab lado dessa capacidade de mobilização dos oper5rios, de~taca-se o crescimento e a grande força que alcançou a imprensa operária, Natu -ralmente, essas publicações objetivavam a arregimentação da classe P! ra a luta sindical, mas também a doutrinação político-ideológica por cerrentes internacionais de defesa dos trabalhadores.

Deveu-se isso ao caráter ideológico ass~~lid0 pelo movimento nessa épQ ca, visto que, impossibilitados de influir na sociedade industrial e no processo de~isório político, os trabalhadores rejeitavam qualquer compromisso com a ordem sccial, conclamando o fim da. pn.~ri.~de privaQ.,,,:. .

...

(11)

.9.

e do sistema salarial. Porém, a corrente ideológica preponderante nes

sa -é~oca não era o socialismo ou o marxismo, mas o anarquismo,

trazi-do para o Brasil pelos operários emigrantes italianos e espanhóis. De acordo com Heloisa de Souza Martins ,15 o caráter anarco-sindicalista marcou as características das associações operárias da iPOC3, defini-das como lieas de resistência e combate, sem remuneraçao para os diri gentes e sem atribuições assistenciais.

Do que acima analisamos, fica evidente que o movimento operário do Brasil, nessa época, se não alcançara representatividade no seio da classe política, demonstrava uma capacidade de mobilização e de cons-ciência de classe que exigia a atenção dos governantes e a necessida-de necessida-de reformas nas estruturas políticas e sociais do pars.

A ORGANIZAÇÃO SINDICAL E A LEGISLAÇÃO 'mABAlRISTA DE 1930 a 1945

A partir da Revolução de 1930, inicia-se outra fase na posição do Es-tado frente aos problemas trabalhistas e na vida sindical brasileira. Se até essa data lia questão operária era uma questão de polícia" pa! sa a ser um problema político que requer tratamento mais cuidadoso, de rorma a transformar a classe trabalhista em colaboradora na consolida çao de uma sociedade capitalista que se industrializava.

A crise econômica que se abate sobre a economia agro-exportadora do Eyasil no final da década de vinte indica que o seu desenvolvimentosõ será possível pela via da industrialização, para o que é imprescindí-vel o apoio e o controle do operariado. Nesse novo quadro econômico e social, necessita-se que o Estado incorpore às tradicionais funç5es de arrecadação e justiça, no liberalismo clássico vigente até então, ou-tras relativas ao campo econômico. Dessas aparece como uma das mais i~ portantes a de fiador das relações de produção.

S

preciso, então, que o Estado interfira nas relações entre trabalhadores e capitalistas p! ra manter a estrutura de classes sociais e o próprio sistema capita-lista. A intensificação do processo de industrialização do país re-quer um clima de tranquilidade social melhor do que o vigente até es

(12)

sa época, nao só para assegurar maior produtividade do trabalho indu~

trial como para atrair o capital estrangeiro necessário ao processo de substituição de importações. Paralelamente, essa ampliação do parque industrial provoca o conseqüente aum~nto do operariado que, mantidos os confli tos e tensões entre empresarios' e capi talistas, traz i'Ilbuti-da a ameaça i'Ilbuti-da '''lu-ta de classe".

C~viamente, a luta de classe nao interessava nem ans industriais nem ao Estado, o qual, inclusive, se nega a reconhecê-la conforme discur-so do Chefe do Governo aos trabalhadores paulistas, em 1938; "O Esta-do nãc quer, não reconhece a luta de classes. As leis Trabalhistas são leis de harmonia social".16

Dentro destá concepçao de cooperação é harmonia entre as classes, o Governo Provisôrio e, posteri?:mente, o Estado Novo, tratam a questão

o~eraria dentro de um contexto onde ~I~S relações ent~e o operariado e

a burguesia ind.ustrial se exprimem segundo uma constelação de forças diversas, pois que a classe formada pelos .industriais passou a ter vez no poder central, determinando-lhe urna fisionomia nova. Agora, a

~uestão operaria se transforma num problema político, isto

é

um

fenô-meno que requer soluções mais elaboradas, de conff)rmidade com as téc-nicas de dominação condizentes com os interesses da burguesia indus-trial" .17 Assim é que, ao mesmo tempo em que sãoc,oncedidos alguns di. reitos aos trabalhadores, procura-se vincular e subordinar os sindic!

t~s ao aparelho estatal, nã~ s6 para controlaras movimentos opera-rios corno para afastar a classe trabalhadora de possível ligação com partidos e correntes 'de esquerda.

A primeira med~da para concretização dessa nova política é a criação, em 26.11.1930, do Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio - MI'IC, o qual. engl~bando em um órgão emi'regados e empregadores, espelha a ;)Qlítica "de harmonia entre as classes". Logo em seguida, a 19.03.1931, 16 - VARGAS, Getúlio. A nova política do Br:'lsil. Rio de Janeiro,

Li-vraria José 01ímp~o Editora, 1938, vol. V, Apud. José Albertino Rodrigues, Op. cito

1 7 - I~NNI, Octávio .. ' "Trans formações do Comportamento Pol í ti co

(13)

.11.

o Decreto 19.770 fixa normas para a organi!ação dos sindicatos -tanto

~atronais como das categorias trabalhadoras. Conforme afirma o Minis-trodo MTIC, Lindolfo Collor, na exposição de motivos para o Dec. 19. 770, trata-se de medidas complementares entre si e que visam "incorpo rar o sindicalismo no Estado e nas leis da República".18

Além dessa intenção declarada. o propósito de subordinação e manipu1~

ção dos sindicatos pelo Estade - objeto desta análise - estava implí-cito no próprio corpo do decreto. Assim, o reconhecimento do sindica-to frente ao Estado e as classes patronais dependia de aprovação do Ministério que. pelo Art. 15 do citado decreto. tinha poderes pará de! tituir a diretoria sindical eleita e nomear um delegado ministerial • por ocorrências de "irregularidades ou infrações". Trata-se. pois, de poder para intervir sob. qualquer alegação.

o

enquadramento sindical adotaào pelo governo no citado texto legal marca. acima de tudo. a descaracterização do sindicato como órgão de

luta operária. Por seu art. 59. os sindicatos são definidos como "ór-gãos consultivos e técnicos no estudo e solução, pelo Governo Federal, dos problemas que, econômica e socialmente. se relacionarem .com os ig teresses de classe". De órgãos privativos de organização dos trabalh~

dores, os sindicatos passam a uma instituição de direito público, cu-ja exist~ncia deve ser em torno do Estado, dele dependente e a ele su bordinado.

ES5as limitações

à

autonomia sindical - entendido como órgão colabora dor do Est~do e necessitando do seu reconhecimento legal - foram man-tidas pela Constituição de 1934, sendo ainda acrescentado ainda que a filiação de qualquer sindicato a enti.dades internac~onais dep~deria

de autori~a~ão do Governo Provis5rio.

Vale esclarecer que a Constituição de 1934 foi antecedida pelo Decre-to n9 24.694. de 12.VII.34. numa evidente demonstração da preocupação

do governo com o assunto e de não deixá-lo a critério exclusivo da A! scmbléia Constituinte. Esse texto legal. prendeu os sindicatos

à

má-quina administrativa em maior escala do que o 19.770.

(14)

. Desse período. merecem ainda destaque dois aspectos importantes. Pri-meiro: ao mesmo tempo em que

o

Ministério incentiva a formação dos si!!;

dicatos e a sindicalizaçãd tas férias foram concedidas apenas aos tra balhadores sindicalizados e só esses podiam. recorrer

à

Justiça do Trabalho). desencadeia-se uma violenta repressã0 aos sindicatos que se opunham às diretrizes governamentais. Segundo: como a campanha da si!!; dicalização não obtém resultados, adota-se na e0nstituição de 1934 a representação classista

à

câmara Federal, mecanismo usado na eleição da Assembléia Constituinte. Trata-se de sistema artificial e que se mostraria facilmente manobrado pelo Estado, a classe política e empr~

sârios. Segundo Evaristo de Moraes Filho. baseado em autores da época, "era de ver a movimentação que se apossou das entidades sindicais~ Sur giam como cogumelos depois de um dia de chuva. Todas sequiosas de en-v.iar um representante seu à Assembléia Legislativa" .19 Naturalmente • essa medida ameaçou desfigurar os sindicatos, que se transformaram em entidades distantes do cotidiano e dos problemas reais dos trabalhado res.

No final de 1937, Getúlio Vargas e seus correligionários imnõem ao país uma nova Constituição. em substituição à de 1934, aprovada por uma assembléia legitimamente constituída. A matéria sindical aí conti da, como de resto várias outras, possui forte traços corporativistas e fascistas. Trata-se de tradução quase literal da Carta deI Lavaro de Mussolini, destacando-se os art. 137 e 138 pela fidelidade ao texto o

riginal, como o demonstra Evaristo de Moraes Filho.20

Nesse nível, a questão sindical adquire maiores limitações não só pe-la nova tessitura legal ~otexto constitucional como pelo seu próprio teor. Pelo art. 138, somen'te "o sindicato regularmente reconhecido p~

10 Estu00 tem o direito de representação legal dos que ,articiparem da categoria de produção para que foi constituído ... "Evidentemente, fi-cando subordinados os sindicatos à vontade do Estado.

19 - MJRAES f9, Evaristo de - Op. ci t .• p. 239.

20 - O Sindicalism~ Corporativista apareceu na Europa durante a vigência do fascis

mo e através da ~~olenta repressão às lideranças operárias independentes .clã

(15)

.13.

Essa mat€ria constitucional só veio a ser regulamentada em 1939 pelo Decreto-Lei n9 1.402. O seu objetivo era, no que interessa ao nosso

texto, limitar a autonomia sindical e impedir a sua administração por 'liderança autenticamente consciente e revolucionária. Comprova-o o conteúdo do "Relatório da Comissão Elaboradora" do proj eto de lei, don de se extrai os seguintes trechos:

" ... a Comissão achou que devia introduzir no projeto de refor -ma da nova legislação sindical u-ma preocupação -maior de disciplina e estrutura, bem como urna obrigação mais acentuada de serviço e de

1 b - II co a oraçao .•.

"Timbra-se nele em continuar a velha tradição vinda do Decreto n9 19.770, de repulsa ao sindicalismo revolucionário, ao

sindica-lismo instrumento das ideologias extremistas e da revolução soci-al".2l

A Constituição de 1937, em seu art. 139, também regulamentado pelo ci tado decreto, proibia a greve e o lock-out, declarando-os "recursos anti-sociais, nocivas ao trabalho e ao capital e incompatíveis com os superiores interesses da produção nacional".

Outro ponto fundamental para o controle estatal do movimento sindical foi a criação, pelo Decrete-Lei 1.402, regulamentado pelo de n9 2.377,

de 08.07.1940, do Imposto Sindical (hoje eufemisticamente denominado de contribuição sindical) fixado ã revelia do operariado. Trata-se de pagamento compulsório de um dia de trabalho por ano de todos os assa-lariados de urna mesma categoria profissional, cuja arrecadação é con-trolada pelo MTb e repassada (60\) ao respectivo sindicato mediante a provação de proposta orçamentária e prestação de contas do exerC1C10

..

.

3nterior. Nâo estando tais recursos sob controle exclusivp do sindica to e não podendo ser usados durante as greves ou em outros momentos difíceis, o imposte sindical na verdade criou as condições financei-ras necessárias ã sustentação de lideranças pelegas apoiadas pelo Es-tado e contribuir para a transformação dos sindicatos de entidades de luta de classe em ag~ncias prestadoras de serviços assistenciais e so ciais.

(16)

o

imposto sindical compulsório, como outros artigos do Dec. Lei 1.402 e da própria CLT (1943), tinha também o objetivo de incentivar a sin-dicalização, como estratégia para esvaziar o sindicalismo das lideran ças autênticas e revolucionárias, mediante a associação de grandes quantidades de trabalhadores indiferentes aos prob1ewas da classe e em busca do assistencia1ismo a que tinham direito por lei e pelo qual supostalrente pagavam.

Essa' pressão pe1a..~~ç:.'l~i.z~çã~ ~xtravazou os textos legais e ocupou a agenda política

1ro

pyóprlo Chete de Estado. Em 19 de maio de 1943, em discurso comem~~~o.~ftata,.Getú1io Vargas lançou a campanha da sindicalização em massa, numa clara manobra político-eleitoral, con-forme aponta Evaristo de Moraes Fi1ho. 22

A Consolidação das Leis Trabalhistas, promulgada por Getúlio Vargas em 19 de maio de 1943, representa a sistematização e coordenação do

con-junto de legislação social-trabalhista criada desde 1930. Aí está co~

tido o espírito corporativista dos três principais decretos (de 1931, 1934 e 1939) citados acima, que regularam a organização trabalhista du rante o período em análise. No que se refere a greve, a CLT só permi-te a suspensão dos trabalhos com "prévia autorização do tribunal com-petente" (art. 722 e 723).

A respeito da CLT, portanto, a respeito de toda legislação de 1930 a 1949 - tendemos a concordar com José Albertina Rodrigues: tiA outorga normativa n~o

é

feita diretamente pela classe dominante, mas indiret! mente pelo organismo estatal que pode ser apresentado como estaciona-do acima das cla~ • .e. p~ consçgu1nte, com duas faces aparentemente

<!;v'o o " . "

contraditórias: de um lado impondo obrigações aos empresários que não passam de discip~~Ment~·das competições do mercado e, de outro lado, estabelecendo direitos e vantagens aos operários, que não passam da contrapartida da aceitação de uma ordem econômica, jurídica e social estatuída".23

22 - MORAES F9, Evaristo, Op. cito

(17)

· lS. A TfTULO DE CONCLUSÃO

Quando, a partir da Revolução de 1930, a questão operária passa a ad-quirir tratamento político é porque as condições sociais, econômicas e políticas do país necessitavam de uma tácita aliança entre as clas-ses sociais para a continuidade harmônica dentro do sistema capitali~

ta.

Politicamente, c regime que se instala a partir dessa data necessita-va do apoio das classes populares para sua sustentação, devido ao "v~

zio político" gerado pelo confli to entre as classes dominantes. No caI.!! po econômico e social, urgia evitar ou mesmo eliminar qualquer .pers-pectiva de luta de classe. Assim, era preciso conceder alguns direi-tos e benefícios sociais ao operariado e ampliar a sua participação na vida política do país, mas de forma controlada e segura, sob a tu-tela do Estado. Necessitava-se pois reduzir a liberdade e autonomia do sindicato, redefinindo-Ihe as funções para entidades prestadoras de assistencialismo c colaboradora do Estado, e ligando-o estreitamente aos interesses do desenvolvimento econômico capitalista do país. Pro-curamos demonstrar, como isso é conseguido via a legislação social-trabalhista.

Por outro lado, era imperioso esvaziar as relações com o movimento o-perário de conteúdo ideológico, bem como o próprio movimento de lideran ças autenticamente revolucion~rias e conscientes do papel do sindica-to na luta contra as causas do capitalismo e seus efeisindica-tos. Isto é: não só esvaziar ou imp~dir a aproximação do sindicalismo com partidos políticos ou correntes de teor socialista ou comunista, mas também a-fastar lideranças autênticas, preocupadas com a organização do traba-lhador e sua luta por melhores condições sociais e políticas, indepe~

d~nte da tutpla est~ta1.

Esses objetivas básicos do Estado, no período de 1930, a 1945, em re-lação

ã

atuação da classe trabalhadora, foram alcançados através da legislação sacial-trabalhista que cerceou a vida sindical e subordi-nou-a

ã

vontade do Estado, e, paralelamente, através da manipulação da

(18)

Logo. assim como o PSD - também criado por Vargas e do qual era Presi dente de Honra - não era um partido social democrata, o PTB também não era um partido de trabalhadores. Comprova-o o seu programa de governe que não inclui o pleno direito à greve.

Finalmente, cabe salientar que toda essa política multilateral teve em mira somente os trabalhadores urbanos, porque somente eles dispunham de organização, realizavam lutas e ji eram influenciados pelas idéias e conquistas revolucionárias vindas da Europa. Os trabalhadores do campo permaneceram na mesma situação do início do século, em nada se modificando as suas condições sócio-econômicas.

(19)

t

.17 ..

REFER~NCIAS BIBLIOGRÃFICAS

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DECORRENCIA DA EXCESSIVA ENFASE NA CANA-DE-AÇOCAR - 1982

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A~tor: Cos~ ~ucival Jose Siqueira.

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