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A persistência da desigualdade : um estudo sobre a politica de desenvolvimento rural integrado para o nordeste (1974/1986)

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(1)

=2. .4

Nセᄋエャndacセ@ カセN@

7ÚL I O VARGAS

ESCOlA,BRASILElRA De

administracセo@

PúBLICA

ウオセウッ@

DE MESTRADO

セセ@ administracセo@ pbl[セa@

,

I

>.o--.i

,

A

persistセncia@

DA DESIGUALDADE:

UM ESTUDO SOBRE A

poセャtica@

DE

DESENVOLVIMENTO RURAL INTEGRADO

PARA O NORDESTE

(1974/1986)

, ,

dissertacセo@

APRESENTADA

A

ESCO-LA BRASILEIRA DE

adhinistracセo@

PúBLICA PARA

obtencセo@

DO TITULO

DE

MESTRE EM

aiエministracセo@

PUBLICA.

FREDERICO JOSE LUSTOSA DA COSTA

Rio de Janeiro,· 1990.

4

I

,

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1

. cuセsェ@ DE mestォセセo@ EM admlnQZセrセcセo@ PúBLICA

,

FREDERICO JOSE LUSTOSA DA COSTA

199105 495

T/EBAP C837p

1111111111110111.

1000056457

A PERSISTENCIA DA DESIGUALDADE: UM. ESTUDO SOBRE A poLITICA DE DESENVOLVIMENTO RURAL INTEGRADO

PARA O NORDESTE (1974/1986)

dissertaᅦセo@ APRESENTADA A

ESCO-, ESCO-, LA BRASILEIRA DE adminセstraᅦセo@

PÚBLICA PARA obtenᅦセo@ DO TITULO

DE MESTRE EM Al)M I N I strLエ|セo@

PÚBLICA.

(3)
(4)

fundaᅦセo@ GETÓLIO VARGAS

セ@ セ@

ESCOLA BRASILEIRA DE ADHINISTRAÇAO PUBLICA

CURSO DE MESTRADO EM administraᅦセoNpᅮblica@

A

A PERSITENCIA DA DESIGUALDADE:

"' I

UM ESTUDO SOBRE A POLITICA DE

DESENVOLVIMENTO RURAL INTEGRADO

,

PARA O NORDESTE (1974/1986)

dissertaᅦセo@

-

DE MESTRADO APRESENTADA POR

.

I

FREDERICO JOSE LUSTOSA DA COSTA

E

AF'I::':OVADA EI"i

PELA comissセo@ JULGADORA

PAULO ROBERTO DE MENDONÇA MOTTA DOUTOR EM administraᅦセo@ PÓBLICA

, セ@ I

':"'(dJLO EMILIO MAT10S ャBゥエirtinセZ@ MESTRE EM ADMINISTRAÇAO PUBLICA

(5)

セ￧ao@

GETULIO VARGAS

CAIXA POSTAL 0.082. ZC-o-,2

.tO •• J_.'.O

_.J

_ ...

Lセ@

Rio de j。ョ・ゥセッL@ 17 de dezembro de 1990

llmo. Sr.

Coordenador do Curso de Mestrado

Senhor cッッセ、・ョ。ェッイL@

Informo a V.Sa. que julgo merecedoera de

aprovacão a lr..on:>grafia liA PERSISTgNCIA DA DESIGUALDADE: UM

ESTUDO SOBRE A POLíTICA DE DESENVOLVIMENTO RURAL INTEGRADO

\ PARA O NORDESTE (1974/1986) de Frederico José Lustosa da

Costa.

" .. rorm810 iョャpイョセ@

, "

Atenciosamente,

(6)

fundaᅦセo@ GETULIO vargセs@

ESCOLA BRASILEIRA DE administraᅦセo@ paBLICA

CURSO DE MESTRADO EM administracセo@ paSLICA

'OISSERTAÇAO DE MESTRADO - PARECER

Referência: COSTA. Frederico José Lustosa da. ,q persistência da

desigualdade: um estudo sobre a política de desenvolvimento rural integrado para o Nordeste (1974/1986). Rio de Janeiro, FGV/EBAP, 1990.

1- O Tema

'0 tema escolhido como objeto de estudo da 、ゥウウ・イエ。セセッ@ em イ・ヲ・イセョᆳ

cia, tem absoluta congruência com a área de conhecimento do

Pro-grama de p￳ウMgイ。、オ。￧セ」@ e com o grau conferido, sendo, inclusive,

um dos eixos temáticos do Curso de Mestrado em a、ュゥョゥウエイ。セセッ@ ーセᆳ

blica da EBAP, a saber: Politicas Públicas.

2- d・ャゥュゥエ。セセッ@ do Universo da Pesquisa

"O enquadramento do fenOmeno estudado no ・ウー。セッ@ da r・アゥセッ@ Nordeste

"do Brasil, mais セイ・」ゥウ。ュ・ョエ・L@ no Estado do Ceará, no ーセイャッ、ッ@ que

se estende de ml?,-?dos da década de 70 ao inicio da segunda metade

da década de XPセ@ enfocando o processo decis6rio público e a

ques-エセッ@ do ウオ「、・ウ・ョセセャカゥュ・ョエッ[@ representa significativa 」ッョエイゥ「オゥゥセッ@

para a ・ャオ」ゥ、。セセッ@ de Lm dos mais contundentes dilemas do Brasil

contemporãneo.

3- A Metodologia e o Referencial Te6rico

A ・ャ・ゥセセッ@ do método de ・ウエオ、ッM、・セ」。ウッ@ ou, como o autor preferiu

denominar: " arqueologia dos processos decisórios de politicas

p6-blicas ", "embasando a sua análise em fontes primárias

(documenta-セセッ@ oficial dos ーイッァイ。セ。ウ@ e projetos estudados) e na bibliografia

sobre o tema (fontes secundárias), revela-se adequada e

consisten-t, com O tema estudado e com o recorte substantivo, espacial e

temporal da ゥョカ・ウエゥァ。セセッN@ Por outro lado, ao fundamentar as

anàli-ses e conclusôes formuladas nas teorias sobre o pesenvolvimento, o

autor revela ヲ。セゥャゥ。イゥ・、。、・@ com a disciplina e perfeita

articula-￧セッ@ das categorias tratadas em 」ッョエイ。ーッウゥ￧セッ@ com as idios3.ncrasias

do cenário estudado.

4- A Forma

Em toda a sua ・クエ・ョウセッ@ e profundidade o ensaio proposto segue a

linha dos trabalhos acadêmicos dessa natureza. O discurso セ@

lúci-do, conciso, lógico, bem estruturado e sua leitura chega a

。ァセ。、£カ・ャN@ O texto ainda apresenta algumas"falhas de イ・カゥウセッ@

ァゥエ。セセッL@ イ・ヲ・イ↑ョセゥ。ウL@ etc.) que 、・カ・セ@ ser corrigidas.

5- Parecer Final

EXCELENTE TRABALHO! Recomendo sua APROVAÇRO, SEM RESTRIçaES.

?at/Io

ttUJ/''o

ヲオッセセ@

ser

(7)

., ' ..

' . .J:.

FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS

aSCO&.A BRASILEIRA OI! AOMINISTRAÇAO PUBLICA

CAIXA セNtalN@ e.O&2 - ZC-02

aIO _ _ .'''0 _ " ... _ NBBNLセ@

Rio de Janeiro. 18. de janeiro de 1991

l1m9 Sr.

Coordenador do Curso de Mestrado

Senhor cッッイ、・ョ。、ッイセ@

InfOl'lno a V. Sa. que julgo me re cedora de aprovaçao

a monografia liA PERSISTENCIA DA DESIGUALDADE: UM ESTUDO SOBRE A

POLfTlCA DE DESENVOLVIMENTO RURAL INTEGRADO PARA O NORDESTE

(1974/1986) de Frederico José Lustosa da Costa.

,

1. .. fOl'lDolo Inle ... cloaal

11hl97.. 12.11.01

, ,

(8)

,

, ,

(9)

,

" "Nossa derl-ott\ semp\-e esteve implícita

na vit6ria alheia, riossa riqueza gerou sempre a nossa pobreza para alimentar a prosperidade dos outros: os impérios

e seus agentes nativos. Na alquimia

colonial e neo-colonial, o ouro se

transforma em sucata e os alimentos se t ransf'Ol-mam em veneno".

Eduardo Galeano, em

(10)

..,' ': .$..

'.

o

ゥLLGLOeZZョエセゥZゥッ@ das NZNセGM^セ@ Uuicões セMG@ セ・ァセッ。ウ@ a quem

,devemos colaboraclo por çhegarmos ao final de カュセ@ dissertacio

'., 」」セセ@ esta' quase sempre desproporcional セ@ アオ。ャゥセセセセ@ do セZセィセャィッ@

apresentatio. Com イ・ャ。」セッ@ a este ensaio, ウセッ@ tantas .: ,:!vidas de

gratidio que se poderia esperar uma tese definitiva sobre o Nordeste. Não é o caso. Mas a singeleza do trabalho não permite que.eu.omitaalguns nomes.

Em primeiro lugar, devo mencionar a Comissão Estadual de Planejamento Agrícola CEPA-CE, instituicão onde comecei minha vida profissional como tê'cnico de nível superior, .. ,:. descobri meu objeto de estudo e encontl-ei ambiente est imulante para o desenvolvimento intelectual de seus quadros. Sou particularmente grato a Manuel Felipe de Moraes rセァッL@ seu fundador e primeiro dirigente, e a AntBnio Lima, que coletou e brganizou cuidadosamente a maior parte dos documentos utilizados.

I .

A Fundacão Get61io Vargas, casa de エイ。、ゥ」セッ@ e

,

pioneirismo, acolhe seu corpo discente da maneira mais generosa. Na Escola Brasileira de Administracão pセ「ャゥ」。L@ a EBAP, ampliei meus horizontes intelectuais e disciplinei meus estudos, textos e._falas. Desde 1985, tenho a honra de integ-,-ar os seus quadros e

participar de sua comunidade 。」。、ゥセゥ」qN@ Paulo Roberto Motta, que a dirigiu por mais de dez anos, 'tem sido um mestre esclarecido e benevolente. Depois de ter me brindado com tantos ensinamentos e

v

(11)

ァ・ョエゥャセコ。ウ@ pessDais, セAョ、。@

quando ele se E:;'.contrava em セBBNZZ・@ 「。ウエ。[B|セ・@ adianl .... ·;'"

o

Professor

efic'cia gerencial d0 Ndcleo que coordeno ・ュMdイ。ウゥャゥ。セ@ tem sido ;". .•. ' qrande ᅪャiNZセBエ@ i".I':'·!o\- da<:. •. 'i .... has at ividades de pesquisa. Nestes Ú 1t imos ... nos, convivi com t rês 」ッッャG、・ョ。、ッョセウ@ do Curso de Mestl-ado da EBAP, Jos' Eduardo Coelho Messeder, Val'ria de Souza e Paulo Emilio Matos Martins, todos empenhados numa 」ッ「イ。ョセ。@ carinhosa para que eu entregasse esta 、ゥウウ・イエ。セセッN@

• Aprendi com todos os professores da EBAP. Beatriz

Wahrlich me deu valiosos estimulos para que eu nlo me afastasse da vida un(versit'ria. Jorge Viana Monteiro me familiarizou com os .. m'todos de anilise de politicas pdblicas e Argelina Cheiboub me p8s em contato com a literatura sobre Sociologia do .. Desenvolvimento. Fernando Guilherme Ten6rio, que divide comigo o ゥョエ・セ・ウウ・@ pelo' tema, leu uma primeira verslo deste エイ。「セャィッ@ e

,

セヲ・イ・」・オ@ criticas muito pertinentes. me

proporcionou a oportunidade de participar do Encontro Bilateral .Brasi l-Alemanha ウッ「イセ@ Gerência de Programas e Projetos de

セd・ウ・ョカッャカゥュ・ョエッ@ Regional, patrocinado pela fオョ、。セゥッ@ Alemi para o

d・ウ・ョセッャカゥュ・ョエッ@ (DSE), em Recife, onde tive oportunidade de

。ーイ・セ、・イ@ um pouco mais e recolher dados adicionais para completar este t\-abalho.

No Ndcleo da EBAP em Brasilia, meus assistentes ウ・ュセイ・@ procuraram me poupar de preciosismos burocriticos. Jdlio

..

(12)

-Cesar Adiala, Hê: ia Edua,-do Si lva e MarcC) aョエッゥセG[Gッ@ dゥLLセ@ &! foram Gゥセ@

セセA・@ 、セカッエ。、ッウ@ 」ッャ。セッセ。、ッイ・ウN@ Mendes e セN・ゥャ。@ 、。エゥャッァイセヲ。イ。ュL@ lセセ@

セセャッ@ incomum, diferentt.<:> カ・ヲセ[セ・ウ@ deste text' •.

Meus ー。ャセL@ Costa セ@ Dolores, nunca [セャエ。イ。ュ@ com seu apoio pa,-a que eu empreendt. G\ZNセ@ est a ャッョセ@ LNセ@ j ッョャLMセ、。N@ ィセNョィ[ZNN@ mu セAZ@ セイ@ . Elzinha, エ・セ@ 'sido uma companheira エセッ@ solid'ria, carinhosa e dedicada, que, sem o concurso das variadas maneiras que encontrou para me ajudar, este trabalho nio teria sido completado. Seus filhos, Aline, Pablo e Paloma foram 。エ・ョ」ゥッウッセ@ e pacientes nos muitos domingos sem lazer e noites sem congraçamento _fami I ia,-. :Nosso.filho Mauricio' uma alegria renovada em cada amanhecer, o que nio deixa morrer a ・ウー・イ。ョセ。@ de que haver' um Nordeste melhor .para acolhê-lo.

Agradec;o a todos pela prestabilissima cooperac;io,

ュセウ@ セ・イカッ@ pa,-a mim a ,-esponsabi I idade po,- todos os en-os e

,omissões.

, ,

VII

-•

(13)

'-I'

i

Nセセsuho@

institucional da ーッャゥエゥ」セ@ de desenvolvimento セオZ。ャ@ integrado no

noャGセセウセ・@ 、セ@ Brasil, de 1974 a 1986, tomando 」ッュセ@ ッセヲ・イ・ョ」ゥセA@ a

exper iênc ia do Estado do Ceani o Pal-a contextua 1 izar a.:l. "o-.;:t.l ises

a teorização sobre desenvolvimento econômico, desenvolvimento regional e desenvolvimento rural integrado, o que ー・イセゥエ・@ identificar e explicar os mecanism6s geradores das desigualdades entre o Nordeste e as demais regi5es do paiso

o

trabalho é uma espécie de "al-queologia" dos processos 、・」ゥウVイゥッセ@ que direcionam a formulação e implementaç:io da política ーセ「ャゥ」。ッ@ Nele estão recuperados todos os momentos da conceptualização e todas as etapas relativas ao acionamento dos mecanismos institucionais e operacionais que contribuem para o desenho final da política, ou seja, aquela

,

riepresent ação envolvido.s.

que é percebida pelo conjunto

, ,

dos

Essa l.:..ej;;onst ruc:ão da pol it ica ッヲ・ョセ」・@ à aná 1 ise uma projeção da realidade em processo, abstraç:5es em movimento, セゥョ・ュ。@ diacr6nico, o que permite adotar diferentes pontos de vista para selecionar as aç5es fundamentais para que a política assumisse esta conformação especifica, que lhe garante êxitos ou fracassos relativos. Na dinimica desses processos, as decis5es vão configurando estruturas e as estruturas vão configurando

VIII

(14)

novas セ・」ゥUU・ウN@ E o Lセ。ャゥウセセ@ セセゥ@ 。ョッセ。セ、ケ@ idiossincrasias, 、ゥウヲオョセU・ウ@ e セセウエッイセU・ウN@

o

resultado dessa an'lise ressalta a importincia ___ セセ@ 、ゥュセセセ[ッ@ ゥョウエゥエオ」ゥッョセャ@ para o sucesso dos programas de gO\l":' セBGZZZ[@ ョッエ。、←|ャエセ・ョエ・@ daqueles BAセ@ """l;-:Her interseto\-ii:\l. Com efeito, a ウオー・イ。セ ̄ッ@ de distorç5es verificadas nos processos de

⦅ヲッイュオャ。セ ̄ッ@ e implementação da pOlítica de desenvolvimento rural

integrado permitiria que ela tivesse maior impacto sobre a ーッーオャ。セ ̄ッ@ rural dó Nordeste e contribuisse para セ・、オコゥイ@ o enorme _fosso que ainda o separa das 」ッョ、ゥセU・ウ@ de vida das ーッーオャ。セU・ウ@ do _ Sudeste do Brasil.

,

, "

IX

(15)

SUMARIO

Pág.

I introduᅦセo@ 01

PRIMEIRA PARTE - A REALIDADE DA DESIGUALDADE

11 A teorizacセo@ DA DESIGUALDADE 11

111 O MITO DA AJUDA: MECANISMOS GERADORES 'DA

DESI-GUALDADE NO NORDESTE ... 44

SEGUNDA PARTE - A POLITICA NA DESIGUALDADE - DESENVOLVIMENTO

IV

'. V

I

VI

RURAL INTEGRADO

forQQulaᅦセo@

constイキ」セッ@

ANALISE

TERCEIRA PARTE - A PERSISTENCIA DA DESIGUALDADE

VII conclusセo@

60

88

115

(16)

I

I N T R O D U

C

セ@

O

(17)

I

introducセo@

o

debate sobre a questão das desigualdades

regionais no Brasil tem tido maior ressonincia no meio político

do que na comun idade acadêmica (01), apesal- 、セN@ cãuda I osa Pl-oduç:ão

de livros, teses e ensaios sobre particularidades microregionais.

Isto provavelmente se 、セL@ do lado dos atores politicos, pela

pressão dos interesses locais e, do lado das Ciências Sociais,

pela prioridade por se difundir quest5es ligadas ao pr6prio

desenvolvimento nacional.

o

descompasso entre a efervescência ret6rica do

debate político, a aç:ão da tecnocracia e a pouca repercussão da

produç:ão intelectual faz com que prevaleç:am na formulaç:io das

políticas de desenvolvimento regional perspectivas ェセ@ superadas,

que são tomadas como referencial até mesmo pelas chamadas "forç:as

Pl-Ogl-essistas" da sociedade bl-asi lei l-a .

,

As políticas oficialmente definidas como voltadas

para a reduç:ão das disparidades regionais são ainda informadas

pelas perspectivas 、オ。ャゥウセ。@ e difusionista, ィセ@ muito contestadas

---.---,OtH,. Uma série dê' manuscritos, documentos impressos e discurso'f.i

poIlticos 'f:i'obre a seca no c・。イセ]ゥ@ estão regi'f.itr .. =I:.dos em FRorA,

Luc ゥセG]iNイ。@ Si h/e i ra de Aragâ'o e. Documentação or .... '=I.l e a

tem .. ';'t ica da seca. Bra'f.ií I ia I Senado Federa 1, 1. 985'. Nai::i

recentemente, podemos セョ」ッョエ。イ@ uma análise crítica do

dis-cu 1"':,;0 ウッ「ョセ@ a dl':.'sigaa,Idade, a partir do e, .... ᄋLセュ■[@ de VH[エセNャ@

pro-nt.mc ゥセGZjNュ・ョエッウ@ par lamentares, em CASrRO, lná EI ias de. O

l1'ito da necessidade - 、ゥウ」ZNキセウッ@ e prática do regionalismo

nordes·l'ino. (Tese de Doutoramento em Ciência PoIltica, •. I\'io

de Janeiro, IUPEfi:J, エセGXYN@

2

(18)

セッ@ âmbito 、セ@ teoria do desenvolvimento. Essas エセセセウ@ apoiam-se

numa psicologia social l-acista escondem a evidência

de que o desenvolvimento de umas regi5es e o subdesenvolvimento

de outras セ@ um ónico processo.

Ent\-etanto, embora essas limitações sejam

conhecidas e existam inómeros trabalhos sobre a Regiio, ainda

estâ por ser feita uma 。ョセャゥウ・@ aprofundada das politicas de

"desenvolvimento" do NOl-deste desde que a concorrência da

produc;io antilhana de ac;ócar, em meados do ウセ」オャッ|xviiL@ marcou o

inicio de um longo periodo de estagnac;io dessa economia イセァゥッョ。ャN@

Estudo que cobrisse mais de três ウセ」オャッウ@ de tentativas e

expe\- iinc ias em --busca do "desenvo 1 viment o" nio p odel- 'ia abo\-da\- o

problema a partir da conceituaçio mais tradicional de politica

póblica - aquela que emana de algum setor do governo - sem

considerar os inómeros esforc;os de entidades privadas e da

própria comunidade como um todo (02). Seria preciso que se

id,ntificasse todo o processo de transformaçio e ajustamento da

I

economia à lógica do sistema no qual se insere, indicando fugazes

surtos de efervescência セ。@ produçio e comercializac;io de alguns

produtos e a recorrente antipolitica governamental, caracterizada

HセjRLセ@ R. Vaisan define Palítica Pública camo "a::w.alquer decis ... セGッ@ ou

norma investida de .aatorid .... de social que abrigue ou ... =tfete

de modo ma rcan tê:." a 1lT!,,"mbros d.a socit""dade qUê:' se encontrallT

ヲッイNZZセ@ dos limites da 。イァ。ョゥセ_ᄋ。￧@ ... セGッ@ especi'f'ica de ande em .. ::wau a ー。ャ■エゥ」ZZZセBL@ incluindo de::ite moda também as iniciativas

particulares. Cf. wセ{sサwL@ 1\'. ャセ@ Nat'e an Public Palic!!. In:

Candian Jaurnal 01 Political Science. Dez. 17'73.

(19)

pela omissão e, 。Qァlャゥゥゥ。セ@ vezes, pela deliberada descapitalização

ci<--\ Região.

Pois cont l-a a P\-Opost a de das

di sp al- idades l-egionais e de homogeneização -do セウー。」[ッ@ -econômico

atua\-am opções mac\-o-econômicas que t\-azem implícita uma

"polí-tica de desenvolvimento \-egional" concent\-adol-a. Uma análise das

políticas monetárias, cambiais e industriais dos

ú 1t imos 30, 50 ou 100 anos permitirá desenhar o modelo de

distribuição espacial da atividade econômica e, PO\-t ant o. da

renda, do emp\-ego, do dispindio público per capita, dos

equipamentos urbanos e dos serviços sociais básicos.

Submetidas i 16gica concentradora do modelo

econômico. diferentes abo,rdagens tim sido ut-il izadas pa\-a

b-ata\-a especificidb-ata\-ade regionb-ata\-al do Nordeste. Diversas motivações e

concepções te6ricas informam pelo menos tris terapiuticas

utilizadas neste ウセ」オャッ@ XX - a solução hidráulica. a política

,

ゥョセオウエイゥ。ャゥコ。ョエ・@ e as intervenções integradas locais (03).

Trabalho tão abrangente não セ@ tarefa para um

1((:,13,1 iJ balanço de recursos ョ\NセエゥエイセセゥウL@ a イセセコ ̄ッ@ 、。。ャゥウエセGZiN@ e as l'eses

di fits ion i stas sito aI gitma s das concepç/:'Jes que inspiram a

intervençá'o governamenta 1 na qaestií'o dos desequi I íbr ios

regionais do Brasil. p。イセ]iN@ ama vis/ia crítica 、セセ@ Nセーャゥ」。￧ ̄ッ@

desses modelos na caso do nッイ、・セM[エエWL@ ver, entre outros,

OL.IVEIRl4, F'ranc i sco de. Elegia para ama re (" 1 i 19iiro, Rio de

Janeiro, Paz e イ・イイLセL@ tÇ-'77, ciiiセldサェltL@ Vves. Estado,

acumulação e colonialismo interno. f\drópalis, Vozes, 1'7-'7'8 e

HEDE II\'OS f"lL h'O, -.Joii.'o 8: SOU::'-':À, It ama r de. A Seca da nardes te:

um falso problema. Petrópolis, vッコ・セM[L@ 1988.

(20)

,I

""!, '" BLセ@

[GHセ、@ ivíduu Il::om coisa ,-et>. 1 izável num curt c ('-. セL[ーエZャNセッ@ de tempo. Mesmo

que 」qセーャ・エッ@ e l'tgOrOso, oe!e nlo se ーッ、・イセ@ セウー・イ。イ@ que aponte,

セ。ーゥエ。ャゥウュッL@ イ・ャ。セU・ウ@ causais definitivas par\ a ・ウエ。ァョ。セャッ@

・coHiセ@ .. イ[ZGゥNセ。@ :'";\ Regilo. Assim como assinalou

イ・ャ。セ ̄ッ@ ao, desenvolvimento,

regionais só se 'dá mediante deliberada ゥョエ・イカ・ョセゥッ@ governamental com esse objetiva. Representará, contudo, valiosa contribuiçia no campo da análise de política.

Este trabalho se prop5e a contribuir modestamente para ,esse ・ウヲッイセッ@ mais amplo, analisando, a partir de uma perspectiva ・ウセ。、オ。ャL@ a política explícita de desenvolvimento rural integrado para o Nordeste do Brasil.- Não se valorará tanto

セ・ャ。@ análise dos resultados, sujeita i necessidade de informaç5es

obt id,as a partir de cortes da \-ea I idade local, mas, principalmente, pela abordagem metodal6gica com que são tratados

,

'

bs , diversos aspectos que comp5e uma politica - a イ・」ッョウエイオセゥッ@ do processo decisório de ヲッイュオャ。セゥッ@ e ゥューャ・ュ・ョエ。セャッN@ O output desse

"

processo ' a própria セーッャゥエゥ」。@ ーセ「ャゥ」。@ de desenvolvimento rural integrado" e nlo o seu produto liquido, os beneficios que #oi

sao apropriados pelo grupo-meta.

Antes de entrar' diretamente no exame dessa

(IN) f1"t"{..'DAL, 8unnard. reol-ia econômica ti regiõe'ii

'iiubde'iienvol-vida'ii. (,',ia de Janeiro, l'SEB/HEC, i. 96f.1 .

(21)

ーッャゥセゥセセN@ este エイセ[NセNセィッ@ ded1ca オュセ@ ーイゥセセゥセ。@ parte i discusslo dos pr セNゥc・UsPs@ ge.- .. ·.dores da": セセZ[Zスゥァオ。ャ、。、・ウ@ entr_"" o Nurdeste e o

C€'.-tro-Sul do Pais. セオ@ capítulo アセセ@ セセ@ seque, セ@ feita uma revisão

セ・Vイゥ」。L@ a pértir do exame da literatura sobre 、・セ・ョカッャカゥュ・ョエッ@ e

ウセセイ・@ as disparidades existentes entre as イ・ァゥセ・セ@ de uセ@ mesmo pais.

Ai

エ。ヲヲゥセ←ュ@ , introduzida uma breve discussio 、セG@ セッョ」・ゥエッセ@

de desenvolvimento rural e desenvolvimento rural integrado, de uso corrente neste trabalho, a partir do referencial teórico mais geral.

o

terceiro capítulo trata especificamente da reali-dade 'sócio-econ8mica do Nordeste e da sua rela,lo com as demais regi5es, 「オウ」ゥセ、ッ・ョ」ッョエイ。イ@ ・カゥ、ゥョ」ゥ。セ@ que apoiem o referencial' teórico escolhido. No caso, adotamos a persyectiva da dependência interna para mostrar que as rela,5es entre o Sudeste e o

Nordeste se dlo de maneira nlo reciproca, estabelecendo formas de domina,lo, de uma regilo sobre a outra, e que as políticas

gover-セ。ュ・ョエ。ゥウ@ agravam as desigualdades.

I

Na segunda parte do trabalho, , procedida a reconstra,io (05) da política de desenvolvimento rural para o

OJS) O termo イ」セ」ッョウエイオセ ̄ッ@ é introdu.?ido. por Joi-ge (Iianna, sem

maior consequência, para se referir à イ・」ッョウエゥエオゥセ¬Gッ@ de

dec isões ァッカ・イョセセュ・ョエ。ゥウN@ "As di ferentss etapas da fase

que estaremos definindo como' formula.ão, ele designa como

"proced.imt:?ntcJs inl'ernos ao proceso decisório de política

pt1b I ica". Ver HONTEIRO', Jorge vゥ。ョョNセN@ Fundamentos de

política pública. Rio 、ャNAZセ@ janeiro, If'EA/INf'ES, 1'7-'8é', pp. 35

a 69.

I

(22)

1 '

nッイ、・ウエセL@ nos 'dcz€ anos compreendidos entre !'74 .... 1986. A

、セ」ゥウ￵・ウ@ polít:a.-:<., セBャ「@ 1 ica dific..I..'lta uma exposição

historicamente linear 、qセ@ diversos aspectos relacionados com tal .pol ít ica desde o ウオLセ⦅セ・ョエッ@ 、セ@ オセセ@ 、・セセセ、。@ ウッ」セセャ@ ou insight

,

tecnocrát ico até a medição 0,-, NゥNセᄋ_。」エッ@ da ação ァッカ・ョ|。ャャャ・ョセ@ ",1 no campo. Assim, esta parte está dividida em trls capitulos, que tratam especificamente, da ヲッイュオャ。￧セッL@ 」ッョウエイオセ ̄ッ@ e 。ョ£ャゥウセ@ da política. Uma vez que a realidade da ação ーセ「ャゥ」。@ nem sempre 6bedece l 16gica sequencial ーャ。ョ・ェ。ュ・ョエッセゥューャ・ュ・ョエ。￧ ̄ッM。カ。ャゥ。￧ ̄ッ@

(06), esses trls segmentos contemplam o mesmo desenvolvimento e a mesma cronologia, ou seja, investigam diferentes dimens5es da conformação que assumiu a política ao longo do mesmo período, de

1974 a 1986.

Para os objetivos deste estudo, a formulação consiste no produto db macro-planejamento, no estabelecimento da

セッョ」・ー￧ ̄ッ@ bisica dos programas, no esforço de inovação com

relação a 。￧セッ@ convencional de governo. No presente caso, o estabelecimento dos bbjetivos gerais, a fixação das linhas de 。￧セッj@ a ・ャ・ゥ￧セッ@ das áreas geográficas e a 」。イ。」エ・イゥコ。セ ̄ッ@ do

OJ6) A idéia de que a (ormulaf.'â'o e a implementaçJto da,:; pollt'ic,:t:.':;

pública,:; devem obed.:.'cer a e,:;,:;a lógica ,:;equencial é

de (endi dd,a par p J,anejadore,:; e gerentl.':.'i5 no ::ietor púb I Jco

bra,:;ileiro. A ョ]GカゥZZゥLセGッ@ df:.·'S,:;a prát·ica'gerenc.iaJ é pn7pO::ita em

HOrrA, Paula Roberto H. ィGッ、・イョゥコ。セ¬Gッ@ admil1i,:;lTal'iva:

prl,posta Lセi@ エヲZNᄋイョNZセエ@ i vali para o f:.·litado lat ino-amsricallo. In

Revilita de a、ャQャゥョゥウエイ。セ ̄ッ@ Públ ieiA. n'io de .Janf:.·iro, fuャQ、。セ ̄ッ@

Getú 1 ia Vargas,

e1

C'4): 31 -61., oat /dsz., 1. 98,'7.

7

-,J

(23)

ァセセーッMュ・エ。@ 」ッイイ・ウーッョPセヲヲゥ@ セ@ tarefas de formulação. Esta dimensão

da política セ@ examinada no qua:tri capitulo.

o

quinto capitulo trata da construção da politica,

que compreende o acionamento dos mecanismos institucionais,

administrativos e operacionais que セ・イュゥエ・ュ@ dar inicio e manter a

sua execução. Contempla o planejamento operacional e a pr6pria'

implementação.

Os capitulos

IV

e

V

são, portanto, muito mais

descritivos do que analíticos. Eles são estruturados de acordo

com essas categorias para facilitar o exame critico de ・セオゥカッ」ッウ@

e distorções que se colocam tanto no plano conceitual, quanto no

plano instrumental.

A an'lise da política セ@ realizada no sexto capitulo

e consiste na definição pャMセカゥ。@ da "qualidade" エセ」ョゥ」。@ da

política, a partir de um 」イゥエセイゥッ@ determinado. O pad\lTIet ,-o aqui

actot ado セ@ a cal- ac t (,?:," i zação do p l-ocesso dec i s6,- io, pr inc ipa 1 ment e

I

em termos de transpar@ncia, ヲャセゥ、・コ@ e representatividade da

participação dos atores s?ciais envolvidos. Mais do que a medida

do liquido', dos impactos reais na

I

custo/beneficio, que s6 pode ser feita depois do final da

execução, a an'lise contempla uma avaliação institucional ex-anti

dos processos de formulação e construção.

As definições acima estabelecidas estão sendo

utilizadas para qualificar dois momentos 「セウゥ」ッウ@ da politica de

(24)

exemplos オエゥャゥコセ、ッウ@ slo エゥイ。jッセ@ da ・xpセヲゥャョ」ゥ。@ yゥカセセ」ゥ。、。@ pelo

セUエ。、セ@ do Cear', ッセ、・L@ a partir de 1980, cc ーイッェセエッウ@ integrados

10 f'OLONORDESTE se fun.::i\""am no chamado f'1-ojeF6-Ceará.

sobre a pe\"sistlncia d .. \ "questlo regional", os alcances e limites do desenvolvimento rural integtado e as dificuldades de

gerencia-セ・ョエッ@ de uma pOlitica de governo de 」。イ£エセイ@ plurissetorial,

\

integrando algumas das principais conclus5es levantadas ao longo de todo o trabalho.

,

, ,

9

(25)

PRIMEIRA PARTE

A REALIDADE DA DESIGUALDADE

,

(26)

:1 A TEORIZACÂt; DA DESIGUALDADE

axioma vulgar, a constataç:io de que a realidade - e muito mais, a

realidade social - est' em constante mutaç:io é mais evidente

neste final de século XX. na sociedade

industl-ial, flui rapidamente. Dificil e controversa é a

"explicaç:ão científica da mudanç:a social, seus agentes, seu

alcance, seus efeitos, sua direç:ão e seus limites" (01).

Foi esta questão fundamental que inspirou os

fundadores da Sociologia, pois "a condiç:ão de possibilidade das

ciências sociais é a inteligência do p\-oceSSQ histórico-social"

(02). Ou seja, tais ciências se fundam na "cl-enç:a" de que a

história nio é uma sequência absurda de fatos e j possível

explicar a passagem de um para outro est'gio. Ci \-cunst ânc ias

históricas que prevaleceram no mundo ocidental a partir da

Re.,vollu;ão Industl-ial impusel-am a classificaç:io das sociedades em

I

categorias dicot8micas que, no essencial; correspondem ao par

tradicional/moderna (03) , como estados inicial e final de um

HHIゥNセ@ {スiャセsL@ 6'entil /'tartin"5. AQオ、。ョセ。@ social. Cur"5o de ャョエイッ、オセ¬Gッ@ à

cゥエZZセョ」@ ゥセセ@ PaI i t ica. Brasi I ゥセセL@ Edi tora da Universidade de

Bra"5ili .. ZZセL@ i." 'l5'(} , p. é.'3.

fi.'Á!1DS', Alberto

desenvolvimento . .t: セQVVL@ p. 7.

Guerreiro. a、ュゥョゥウエイ。セ ̄ッ@ e ・ウエイ。エ←Yゥセセ@ do

Rio de Janeiro,· ヲBᄋオョ、。セOゥッ@ 6'et·úlio Vargas,

HセBSLセ@ E"5"::' ... セ@ prim.:.'ira dicotomia "5urge de fDrm .. セZ@ si-stemática na obra

(27)

ーイッ」セセセッ@ de ・カ。ゥセセセセ@ social.

"

セ@ Nセ@

-

...

ヲッイュオャ。セセセ@ ji traz ゥュセャA」ゥエ。@ a ᄋゥ、セゥ。@ 、セ@

dos ーッセッウ@ considerados atrasados

セオー・イゥo|M de civilizac;:ão". A concepc;:ão weberiana de

o que vale dizer ュッ、・イョゥコ。」[ZセセN@ filia-s(;:; セ@

tradic;:ão iluminista e, a -partir de Kant e Hegel, à B」ッョ」」ZZGセ@ ç:ão da

história como uma marcha pl-og\-essiva palMa o l-acionaI" (04).

A

noc;:ão de progresso エ。ュ「セュ@ se vincula a ゥ、セゥ。@ de

\

acumulac;:ão de riqueza, "na qual est á imp I íc i t a a ッー」[Zゥセッ@ de um

futuro que encerra uma promessa de melhor bem-estar" (0S), e tem

como principal referlncia a obra pioneira de Adam Smith Uma

Investigac;:ão ウッセイ・@ a Natureza e as Causas-da Riqueza das Nac;:ões.

o

bem comum, o progresso, a acumu I ac;:ão e-o fut LU-O de bem-est

a\-seriam alcanc;:ados se os homens, em obedilncia' lei natural,

, de /tIeber, principalmente através das 、ゥウエゥョセ￵・ウ@ que faz

entre autoridade tradicional ê' autoridade racional-legal.

Os outros pare:s clásicos sâ'o: comunidade e sociedade,

de roennisi -::'·01 ida,- b-:.'dade ュャZAZセ」@ .. NGセョゥ」。@ e sol idar iti.'dade

orgânica,ds l)urkhê'im, ei universalismo e part.lcularism!'], de Par-::,·ons. Para uma b'-t?ve aprecia.;:â'o sobre e:ssas tipoIQgia-::,· e

suas influências sobre as teorias de moderniza,.ão, ver

fofACHADO, Lia Pinheiro. Alcances e limites das teorias de

ュッ、ウイ£ゥコ。セ ̄ッN@ In; DIJRAND, .. José C .. :H"los {Jarcia & HACHlWO, Li3.

Pinheiro (org.). Sociologia do desenvolvimento II. Rio de

Janei ro, Zahar, i.

97::'-.

UJ4) Uma breve ・Zᄋ\BーッウゥセZ[ッ@ sob na' a$ raizss da idéia de progresso e

a di ferenc iali:ito do concei to de· desenvo 1 vimento é'cof1âmico

pode ser encontrada t1'm FURTADO, Celso. Pequena ゥョエGMッ、オセ ̄ッ@

ao desenvolvimento. São pセオャッL@ Ed. Nacion .. "Al. 19tH,., p. セhN@

(es) id., ibid., p. 08.

(28)

>04-i

mão .. invisível o 」NZャ[B|。オコセN[GZB@ a favorel:t,;; um fim q: .. Zセ@ ョセセセ@ ent ,-ava em

. se.ll . propósi to" - o beneficio de toda a soc:edade (06). A

do 」イ・ウ」ゥイオ・ョセッ@ econ8mico,

. <,lógica da histó,-ia, passa pela inauglu"aç:ão de.' instituições

⦅セ。ー。コ・ウ@ de garantir o livre jogo das forç:as de mercado e o

ュ・ャィッセ@ proveito das vantagens comparativas de cada país, segundo

a lei de David Ricardo . _____ . '-J outro fundador da Ciincia Econ8mica e do

_.modelo clássico de crescimento.

de Karl Marx, que tamb'm contempla uma

da acumulaç:ão capitalista, ・ク。ュゥョセ@ o problema do

crescimento do ponto de vista das diferentes formas de acumulaç:ão

do < capital e da crise do capitalismo decorrente da contradiç:ão

representada pelo desenvolvimento desigual das forç:as produtivas

セL@

,

das relaç:5esde produç:ão. Nessa perspectiva, o capitalismo

deveria se expandir, levando o crescimento econ8mico a todas as

partes do mundo.

Na tradiç:ão marxista, a desigualdade entre países e

o crescimento econ8mico da periferia são ainda analisadas por

lenin nos seus trabalhos sobre o Imperialismo, visto como uma

r

(f,V,) cゥエLセZ、ッ@ em flDLANIM, Antonio Nilson C. iョエイッ、オセ ̄ッ@ à teoria

do desenvolvimento economu:o. F"ortaleza, Banco do Nordeste

do Brasil, i. 967, vaI. ll, p. ê.

(29)

etapa superior do 」。ーゥエセAゥウュッN@

desenvolvida qセ@ 。」オュオャ。セゥッ@ セャセアッーッャゥコセセセL@ 「。ウ・。、セ@ ョセ@ exportaçio que define uma divisio de ュセイ」。、ッウ@ e コッョセセ@ de

.i.n fI uênc ia enb-e os cE'nt roa dinâmicos da e-E:onemia cap i t ali st a,

セ⦅セ。「・ャ・」・ョ。オ@ イ・ャセセ。・ウ@ 、セ@ セ・ー・ョ、ゥョ」ゥ。@ na periferia que recebe

esses to .. ,j':' t a i s .

Dentro de seu projeto de revoluçio permanente, Trotski エ。ュ「セュ@ di contribuiçio marginal ao tema, quando formula a lei do desenvolvimento desigual e combinado HPWIセ@ Numa 1 e it ura menos ortodoxa de Marx e, de certa forma, absorvendo criticamente as duas perspectivas anteriores, Rosa de Luxemburgo viu a acumulaçio na periferia como um processo integrado i dinâmica global da economia capitalista (08). Por セャエGゥュッL@ Antonio Gramsci,

(f}?)

,

A "Lei do Desenvolvinlento Combinado" de.' Trotsky. que ・ウエNセZᆳ

belece o chamado privi légio do atraso hisl'órico, déscre.·ve

basicamente a sociedade tradic iona I em (-'rocesso, e tem

também am conl'eddo difu'5.ionista. pN{Lセイ。@ Trotsk!{, "a 、ャヲNZセウゥァオ。ャᆳ

dade da ritmo, qWi:' é a mai'S ger .. セQ@ da'S leis da proce'Ssu'S

histórica, ・カゥ、ャヲNZセョ」ゥ。Mウ・@ com maior rigor e 」ッューャャヲNZセL@ ... ゥ、。、←Zセ@ naS'

.destino'S dos paises atr..:'#.sado'S. Sob a chicote da'S

nec:essi-dade'S e,,<·terna'S, a vida retardatária vê-'Se.· na cont igênc ia dt:.·

avan.;-ar par salto'S. DfE.·$·t .... lei universal d .. セ@ de'Sigualdade do.;;

;-itmos decorre.· oatra lei que, par t'alta de denominaç ... セGッ@

apropriada, chamarenTos de lei da desenvolvimento

combdo, que $'igni fica apro,'<'imaçâ'o das diver'Sas etapas, como

ina-.;-à'o das fases di fe.·renc iadas, amá 1 gama das (ar/Tias arca ic .. セGs@

'com as fllais modern ... セウBN@ rROl'"S/{'(, Le.·on, A Historia da

revo-lu.ão russa. {..'io de Janeiro, Paz e Terra, J. 978. volume 1',

. p.

e5.

o

argumento de Rasa de LU:'fenTbargo tio re'Sumido de (ornla

ba-s-tante elucidativa numa peqaena biografia ヲNZNセGs」イゥエMZNZェ@ par Hannah

Arendt. Diz' a biógrafa ale.·nTã -sobre A a」オュオj。セ ̄ッ@ da Capital:

"14 tese 」セュエイ。ャ@ dt'?'S'Sa 'curiosa ッ「ョセ@ de ァHZセョゥッ@ é 「。ウエLセョエ・@

14

fi

I i

(30)

analisahdo a アuセUエセP@ 、セセ@ 、・ウャセセqAセ。、・ウ@ ・ョセャセ@ a5 duas principaiti

セ・イイオゥエゥオ@ a 。」オュオャ。セャッ@ capitalista no Norte ゥョ、オセエイセ。ャ@ e que セオ。@

\.upe,-aç:ão passa pe I セ@ cr iaç:ão de uma nova- -hegemon ia nac iona 1,

,

'Simp/e'S" Como o capit .. セZャゥウャャヲo@ ainda nâ'o 1I1anife'Stava quaisquer

sinais de colapso ''Sob o peso de suas contradiçõt:'s

l:?conâ-mica'S', e/a come.;:cJU a bascar um .. セ@ causa e, .... "terna para

t:'xpli-car a cont inuidade de saa e, .... "i'StÊnc ia e crescimento"

Encontrou-.. セ@ na cham .. セ、。@ toeoria do tê'f"Cl:7iro homem, .isto é, na

fato de que i:J processo 、セセG@ crescimentoo não セGイ。@ simplesmente

a consequênc:ia de leis inatas que regulavam a prodaç/ío

capitalista, mas da e, .... oistência persistente de setocJrt:'s ーョZセᆳ

capi ta I istas no campo, capturados e tra2:idos pelo

'capital ismo' para dentro de sua esfera de influÊncia ° Uma

vez que -este processo se estendera por toda o t°t:',-ritároio

nac iona I, ":JS capit .. セ@ listas era/u obroig .. セ、PUᄚ@ a buscar ッオエョセウ@

partes do mundo, as regiõt:'s prJ-capitaJisotas, para

atraí-Ias para o processo de 。」オャitオャ。セZ¬Gッ@ do capital, .7(lê', por

assim dizer, se a I imentava de tudo que encontrava fora de

osi" Em outras palavras, a 'acumulação ッイゥァゥョLセャ@ do capital'

de Har,'(" nâ'o sra, como o pt:'cado origin .. =il, um acontecimemto

isolado, uma proeza única de セGスHBーイッーイゥ。￧¬Gッ@ rea/i2:ada pela

burguesia n ... セウ」・ョエ・L@ desencadeando um proces'Sa de acumulaçâ'o

que entâ'o segui r i .. セL@ 'com férrt:·a necessidade' sua própria

lei intrísec .. 'i4., at"é o colapso final" Pelo contrároio, a

ex"proproia.;."/{o tinha de se repet ir reiteradamente? para manter

o sistem ... セ@ セGュ@ mo vi IITen to ° Portanto, o capita/i'Smo nâ'o era um

sistema °fechado que gt:·rava suas prápri .. '::Is contradi ... oões e

trazia em St:·U bojo a revalução' i .. '::11 imelltava-sti? de fat"ores

exoternos e seu cfJlapso automá.t ico padti:·ria ocorrer, se é

que chegaria a isso, quando エッ、\Nセ@ a sUPti:·rfícú? da terra

",osse conquistada e devor .. セ、。Bッ@ E lembrando que Lenin notou

que "essa aná / i se, qua i s qouer que fossOel" Sê'US mér i tos oa

defeitos, era essencia/moente nilo mar,'fista" e, do ponto dê'

vista da dia I ét ica mater ia I i sta, " GセGイ。@ am erro

° fundamental ''', acre'Scenta: "0 único problema é que aquilo

que const i tuia um erro na teor ia ュ。ョHゥウエセセ@ ab°!:itrata

correspondia a uma aná.lise emillelltt:·mentti:· fiéI das coisas

tal como eram". Essa エセGウ・@ pode ser atuali.?ada para discutir

as formas de e, .... opansifo, ° i-eprod(.(ção e di -I'erenciaç/lo do

capit .. セャゥウュッ@ nas diferelltes regiões do /momdo contemporânea °

Ver AREJoWr, Hanna.h. Homens em tempos sombrios. s .. io Pa(.(lo,

° Companhi.'i das Lc:·tras, oUl87°, p. 48.

15

(31)

,

.., .. .A ""

( l

'-'"

pelos Zセセセャ・」エオ。ゥウ@ e セッイュ。セ。@ fセャ。@ unilo entre o ーイセセイMᄋAZW[|イゥ。、ッ@ iセHNL@ ... tista e .... 」セュー・ウゥョ。エッ@ sU!lsta, no combate セ^c|@

interesses ャ。エゥヲオョセゥセイゥッウ@ 。エイ。ウ。、セセ@ セセ・@ ゥュー・、・セ@ セ@ 」セセウ」ゥュ・ョエッ@ na regiio meridional (09)

A Teoria Geral de k・セョ・ウ@ vem イセセエ。「・ャ・」・イ@ セ@ primazia do pol it ico sob,-e o econômico", na medida セュ@ que postula, no combate セ@ recessio e ao desemprego, uma coordenaçio de decis5es econômicas "que valoriza consideravelmente os cent.,-os de dec i sio nac iona I" . Essa requa I i ficaçi\o do aut omat i smo do mercado traria consequincias fundamentais para a id'ia de uma pol.ítica de desenvolvimento, pois, como lembra ceセャウッ@ Furtado, "se a luta 」ッョエイ。Mセ@ desemprego requeria オュセ@ aç;o diretora do Estado sobre o conj unt o do sist ema econômic_o, das modificaç5es estruturais sem as quais dificilmente se poderia escapa,- ao subdesenvo I viment o't'" (10)

Schumpeter se ocupou mais diretamente do problema do desenvolvimento, quando .. fo\-mul ou uma t eo\" ia do emPI"esár io inovador; agente transformador de estruturas produtivas". Ele estava preocupado com as mudanças estruturais que ッ」ッイイセュ@ nas "fOI"maS imperfeitas de mercado gel-ado\"as de l"enda de produto,-, acelE.'\-adoras da acumulação, concentrado,-as de capital" e nas

(f,l'i') 6RAft'SC I, An t on i o . Â Qusstão msridionaI. , Rio ds Jansiro,

Paz e 1"srra, 1. f.'B.?·.

(ifN FUI\'7"ADO. op. cit., p. Stl .

.1ó

, fÍ

(32)

Bセセイ￧。ウ@ セオ・@ criam エ」セウ。・ウ@ e provocam modificações nos parimetros

Somente com o fim da 11 Grande Guerra e as

transformaç6es que ela produziu, como o desmantelamento das

estruturas coloniais, o surgimento de novas naç6es, a emergincia

de novas formas de hegemonia e a deterioraçio dos termos de troca

no comércio de matérias primas, é que as desiguldades entre

paises ganharam o debate político, como forma de tomada de

consciincia do atraso em que vive a grande maiorla da humanidade. \

Tratava-se de colocar a questão em termos de

desenvolvimento e subdesenvolvimento, de ident ifical- os

mecanismos que --pl-esidem esses processos e fOI-mular pol it icas

capazes de superar o sudesenvolvimento.

Ji

no inicio da d'cada de cinquenta, essa discussão

invadiu o mundo acadimico, sendo patrocinada pelas Naç6es Unidas

e suas agincias especializadas. Na Am'rica Latina, a CEF'AL teve

um' pape I fundamental não só na formulação de um corpo teórico

consist eセョエ@ e, com uma nova visão 'do processo de desenvolvimento,

como tamb'm na pl-epara'.;:ão de quadros t'cnicos para os govel-nos

dos países da região. As bases de seu pensamento foram formuladas

por r。セャ@ Prebisch, a partir da critica do livre comércio e da

divisão internacional do trabalho, que penalizava os países nio

( f i ,l id., ibid., p. NMLNセ@

0C

17

(33)

ゥョ、オウエイゥ。ャゥコセ、ッウL@

」ッュセイセゥッ@ de ュ。エセイゥ。ウ@ primas. Essa ゥ、セゥ。ウ@ influer.ciaram a 」ッョ」・ーセ ̄ッ@ de projetos nacionais de desenvolvimento auto-sustentado que se fundavam no processo de substituiçio de

No Brasil, Celso Furtado o principal porta-voz das

ゥ、セゥ。ウ@ desenvolvidas na CEPAL, tem tido larga influincia entre os

economistas estruturalistas brasileiros (12).

Do efervescente debate intelectual que se iniciou nessa セーッ」。L@ surgiram os'primeiros trabalhos visando caracterizar a situaçio de atraso econ8mico, explicar sua natureza e identificar medidas que permitissem reduzir a enorme diferença

países ficos e pobres. a

modernizaçio dos países atrasados para que alcançassem os padr5es de consumo das economias desenvolvidas. Datam desse periodo, as teorias de desenvolvimento que ainda hoje sio discutidas nas escolas e, algumas vezes, COnVel"t idas em pOlíticas em paises do Terceiro Mundo (13).

I

(tê) O pensamenl'o desenvolvido na Comissf.to Econômica para a

Amér ica Lat ina (CEP;'4L ,f, NセsG@ ゥ、←ゥNセウ@ de seilS contemporâneos e

as críticas a ele 、ゥイゥァゥ、。セZ[@ est.?"o resumidas em CAfU)OSO,

f"ernando HenriL1ue. As idéias e seu lugar: ensaios sobre as

teor ias do dl.i:·senvo 1 vimento. f'et rópo I i s, (Jozes', J 98tt , PP.

t,7-5'6.

(ts,} Na década de cinquenta, além de Prebisch, as principais

contribuiç5fi'S' par.::l セセ@ T..:.'oria do Desenvolvimento vieram dl,Õ'

Fraçoi s Per r ou."'" (polos de Dresc iment"o,f, Gunnar /1!irda I

(causaçJ{o circular e cumulativa,f, I\'agnar Nurkse

(deser.ovol-vimento equilibrado), AJ'bert Hirschman (crescimento

dese-quilibradcJ.1 !'::' J. H. Boeke (dualisfI7o socia].l. FURTAI/O, op.

cit., PP. 33.-3:7 .

18

(34)

por exemplo, surgiram

as 」ィ。ュセ、。ウ@ teorias de modernizaçio, ーイ・ウ」イ・カセセ、ッ@ toda uma

faseologia do desenvolvimento que nio encontra paradigma no

histórico de crescimento econ8mico das nações

desenvolvidas. Revestindo de psicologismo o seu

etnocênt l- ico, elas エ。ュ「セュ@ difundiram a ゥ、セゥ。@ de que o atraso

econ8mico-social decorre de certas caracteristicas psicossociais

das populações ー・イゥヲセイゥ」。ウ@ (14).

lado, a critica dos- marxistas, não

obstante o serialismo エ。ュ「セュ@ presente na doutrina do materialismo

identifica em outro sítio a origem da desigualdade

ent l-e as nações. Segundo o raciocínio cl'ssico, a ーイセーイゥ。@ lógica

da acumulaçio inerente セ@ ordem capitalista promove a concentraçio

do capital,

elevaç:ão da composição orginica de capitais nos países

industrializados acelera a tendência セ@ queda da taxa de lucros;

logo os países coloniais, com trabalho abundante e barato e mais

「。ゥセ。@ composiçio orginica de capital, atrairiam investidores

extel-nos" (15). Para acelerar o crescimento na periferia,

(f4,} O principal formulador da idéia de "etapas

desenvolv.imento" é

'v.

W. Rosto",. Para uma crltica Lセ@

abordagem e à eHP I ゥ」。￧Lセjッ@ psicosscu::.ia 1 para o atraso

sGd」ゥセ、eQNlMQ・ウL@ \'Cl" f"fi."i1/,/f(, FttidJ-é t/i...tnde,.·. S'ocialogia

desenvolvimento ou ウHNH「、・ウ・ョヲLセッャカゥャイャ・ョエッ@ da ウッ」ゥッャッァゥセセN@

JJURANlJ 8 liAf:/-lAllO. Op. c i t ., p. í セQYN@

Paul

do essa das do

In:

(i5,} Uma das mais den);as e conhecidas abordagfo"Jns mar,""·.i):;tas da

problem". do dJ:.'senvalvimenta li:'st.:.i em P-fIli.'AN, Paul. A economia

polltica do desenvolvimento. A'io de Janeiro, Zahar, i964.

(35)

Filiado • エイ。、ゥ￧セッ@ leninista, prescreve, ao lado de

.

pn .. ::. '-amas protecionista: セ@ reformas fiscais, modificações

radicais na estrutura de poder, rompendo as alianças entre

senhores feudais, industriais conservadores e classes ュセ、ゥ。ウ@

capitalistas - classes altas responsiveis pelo consumismo que

dissipa os capitais e investimentos, de sorte que se possa dar

utilizaçio adequada ao excedente econ6mico nos países

subdesen-volvidos. Sempre fustigando as classes dominantes, o receituirio

marxista previ que a crise do capitalismo vai criar condições

para o advento do socialismo redentor dos povos 。エセ。ウ。、ッウ@ (16).

Em meados dos anos sessenta, teve início um

processo de critica e revisio do modelo de desenvolvimento

formulado pela CEF'AL, a partir de uma perspectiva mais

sociológica do que econ6mica. tセ」ョゥ」ッウ@ da própria cッュゥウウセッ@ e

estudiosos de toda a aュセイゥ」。@ Latina constataram que, apesa\- de

vivenciado um certo dinamismo na forma de expansio

capitalista, 。エイ。カセウ@ da industrializaçio, os países do continente

,

nio; lograram alcançar o desenvolvimento auto-sustentado. O modelo

de produçio de bens de consumo 、オイセカ・ャL@ baseado no investimento

estrangeiro, fazia com q'ue pe\-sistissem os pl-oblemas de balança

de pagamentos, "taxas de luc\-o dife\-enciadas e salários desiguais

no centl-o e na pe\-iferia". A 。」オュオャ。￧セッ@ completava-se em escala

Fernanda Henrique Cardos'o resume e crll"lca as formulações dê.'

fiaurice Dabb e da própria Paal Bara.n €'fll CARDOSO, ap. cit.,

P. 35.

(i 6 ,} i d . i b i d., p. 36

20

1

(36)

ーイッー。ァ。カ。Mウセ@ セセイ。@ o 」・ョエイセL@ a fim セセ@ セッューャ・エ。ャG@ o セゥ」ャッ@ expansivo 、ャセ@ ,capita}" (17).

eia entre as economias centrais e perifiricas, mas baseada em セウウゥュ・エイゥ。@ especifica. tiu seja, as diferenças de crescimento eram

セ・ョエイッ@ exigia uma maior extração de recursos na periferia. As

relaç5es de classe na ウゥエオ。￧セッ@ de subdesenvolvimento baseavam-se na superexploraçio uma vez que as economias dependentes precisa-vam gerar um duplo .xcedente, a ser apropriado pelo centro e pela

「オイァオ・ウゥNセ@ local da pet-iferia.

A

clara influência marxista dava

relevlncia i dimensio pOlítica, na medida em que estabelecia a noçio de dominaçio e identificava uma congruincia de interesses entre as classes dominantes do centro e セ。@ periferia. Estava formulada a Teoria da Dependlncia que, antes de constituir . um projeto de desenvolvimento. era uma constataçio da inviabilidade do 、・ウ・ョカッャカゥュ・ョエセ@ auto-sustentado na periferia do mundo

capita-,

ljist a. (18) . Fora da luta de classes, do triunfo da revoluçio e da conquista do socialismo,

subdesenvolvimento. , ,

("1.7) iil. ibid .... , p. 5i..

não havia solução pat-a o

(18) Este breve comentário sobre a Teoria da Dependência forneCê'

uma sintê'se mui to f/ê'ra I de um pensamento fllU I t i facetado °

uma série de nuances e tendências, de oriflt:.'fft que no manofismo

clássico, no mar,'i.°ismo-It"::ninismo, no trotskismo ou mesmo no

"pensamento bJtrf/uê,::;", qUi::' diferenciam as セセ「エWイ、。ヲャ・ョウ@ de

Fernando Hê.'nrique C ... "l.rdoso, Dswaldo SunkeJ, Celsoo FOartado,

André Gunder FnMk, Tht:.·otonio dos S.":intoos e Rui Hauro Har ini.,

..

21

J

(37)

DESIGUAU.i,'\DES ;':-':GIONAIS

Irl\:eressa-nos ne-::;\:€ traba'!t,'l analisa,- \ゥセ@ i:eorias de

clesenvolvimento qUR trataram diretamente das desigualdades

セ・ァゥッョ。ゥウ@ dentro de セセ@ mesmo pais, cabendo adiantar que a

mo.. セZM[@ ta deI as :- セ」ッョィGZ[[セ・@ a e>,:\ セMエ@ セョ」Z@ セ@ do fenômeno, perc.ebendo-o

como uma característica do subdesenvolvimento, sem, contudo,

produzir uma ・クーャゥ」。セャッ@ mais consistente.

Evidentemente, muitas das teorias acima discutidas

foram utilizadas para examinar o problema na

perspectiva de que ele reproduz as 」ッョ、ゥセU・セ@ gerais dci pais em

causa. No Nordeste dos anos sessenta, as idjias de W.W. Rostow e

Albert Hirschman estavam muito em voga. Celso Furtado utilizou' o

modelo cepalino no desenvolvimento dos estudos que resultaram na

」イゥ。セゥッ@ da SUDENE e em ゥョセュ・イッウ@ trabalhos que escreveu sobre a

regilo (19). Has a especificidade da questio regional ェセ@ oferece

,algumas ゥョ、。ァ。セUセウ@ adicionais.

, ,

para citar apenas algans. F. H. Cardoso é retici:.'nte até no

((SO da expressilo t'eoria para 、・ウゥァョLセイ@ I'] modelo conceitual

ttt i 1 izado para c ... セイ。」エ・イゥコ。イ@ a -:iituaçâ'o de 、・ャMG・ョ、↑ョ」ゥセセN@ Uma

das pr in7e.iras forma la.;ões si stem,-:it icas sobre o "desenvol

vi-mento 、セᄋー・ョ、・ョエヲA@ e assoe iado" f.?stá ャセOQW@ CAft'lWSO. rcr(/;:J.ndo

セM ·Hen,-iqi.lê' & F,.1LE:.."]'·O, E-nzD. Dependência e desen,,'ol,,'imento na

América Latina. Uセ@ ed. Rio de Janeiro, Zahar, J:'i'.7'i'. Criticas

e ... =wtocriticas podi:.'RT 'Eier encontradas em. CAIi.'POS'V. As

idéias ... , op. cit., p. 1.7, 57, 8$' e 1e9.

(19.J BIi.\ASIL. 6rupo de Tr .. セZ「。@ lho de pセNGウ・ョカッャカゥョQ・ョエッ@ do Nordeste

-GTON Uma paIlt ica de desenvoh'imenta paI-a a Nordeste. I\'il'] de

Janeiro. 1.959.

(38)

Por que algumas regi5es sio ュセャZ@ pobres do アオセ@

que o サセョVュ・ョッ@ do 、・ウ・ョカッャカゥュ・ョエセ@ (ou do

subdesenvolvimento) se distribui de forma desigual dentro de um

mesmo pais? Por que certas ireas que formavam no passado

verdadeiros eldorados constituem hoje os chamados "bols5es de

pob\-eza" dentl-o de muitos países?

Essas questões, que se seguiram de imediato is

ーイ・ッ」オー。セ￵・ウ@ com as desigualdades entre países, ainda estio na

ordem do dia do debate político e na agenda das próprias

ciincias sociais, notadamente no Brasil, イ・ーセ「ャゥ」。@ que apresenta

quadro singular de desequilíbrios. Nio obstante o redobrado

・ウヲッイセッ@ em busca de uma ・クーャゥ」。セゥッ@ consistente para a existincia

das disparidades regionais, nio existe ainda um consenso teórico

quanto i natureza das causas do fen6meno, como de resto para

inúmeras outras velhas e novas questões \-elacionadas ao

subdesenvolvimento no 111 mundo.

,

E

certo que presentemente quase

ョゥョァオセュ@ aceita a

・クーャゥ」。セゥッ@ - apresentada com ar de evidincia

produzida a margem das,teorias, mas algumas vezes por elas

incor p 0\-ad as,

desenvolvidas

de que as regiões (ou os países) sio desigualmente

porque tim diferentes 、ッエ。セ。・ウ@ de

fセNャ@ ac i os <":"I. , porque ahist6rica e inconsistente, tal

"ev id ênc ia" n セ|ッ@ I-es i st e à ind icaç セセッ@ de eXE'mp I os de

in6spitas que hoje dio lugar a verdadeiros paraísos capitalistas,

cujo melhor exemplo é o Japio, nem explica o declínio das antigas

23

(39)

セッョ。ウ@ de- prosperidade.

Mas ェセ@ no começo da 、セ」。、。@ de cinquenta,

Perrouxesbo,ou a sua teoria dos polos de crescimento, fundada

numa perspectiva regionalista.

desenvolvimento desequi 1 ib,-ado, Perroux proclamava que "o

crescimento n50 aparece simultaneamente em

Ao

manifesta-se em pontos ou polos de crescimento, com

intensidades カ。イゥセカ・ゥウL@ expandindo-se por diversos canais e com

efeitos カ。ャMゥセカ・ゥウ@ sob,-e toda a economia". Para ele, o setor

indust ,- ia I lideraria o processo, com a implantaç50 de uma

ゥョ、セウエイゥ。@ motriz, produzindo efeitos para frente e para tr's e

induzindo o de,senvolvimento regional (20). r・」ッョィ・セ・ョ、ッ@ que o

subdesenvolvimento é um processso historicamente determinado, ele

l-elacionava a dinâmica do social com o espaço físico

identificava a necessidade da emergincia de uma nova classe

dominante para a tomada das macrodecis5es relacionadas com a

reestrutura,io do sistema econ8mico.

,

A nova elite do poder seria

」。セ。コ@ de superar os conflitos existentes na velha ordem e liderar

a implanta,io dos polos que irradiariam o crescimento, 。エイ。カセウ@ da

, ,

instala,io da ゥョ、セウエイゥ。@ chave, da organiza,io imperfeita dos

Lュセイ」。、ッウ@ e das economias externas especiais (21).

H・ヲエLャLセ@ PE'f,,'f,,'OU:C f"r"':.nçois. O Concei to de polos de crescimento. In:

SCHM!'.j/i.'fZHAN, Jacl:(ues. Economia regional: エエZNセ@ ... ·tos escolhidos.

Belo Horizonte, cejNIeplャセヲLLGL@ ゥセGWLWL@ p. i46.

(21,} f'Efo.WOU:(, f"rançois. O Desenvolvimento. 1'n: DUfi.'ANB, José

Ca.rlos Garcia (org. ,}. Sociologia do desenvolvimento. /i.'io de

Janeiro, Z'ahar, ゥセ[QLWTL@ P. i3, e イuャゥNGエゥセdoL@ op. cit., p. 33.

Imagem

TABELA  ESTAIIO  DO  CEARA

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