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Viabilidade do uso de herbicidas em mistura com vinhaça para o controle de plantas daninhas em soqueiras de cana-de-açucar.

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VIABILIDADE DO USO DE HERBICIDAS EM

MISTURA COM VINHAÇA PARA O CONTROLE

DE PLANTAS DANINHAS EM SOQUEIRAS

DE CANA-DE-AÇÚCAR

A. Buss*, N.A. da Glória** & O.A. Jacintho**

RES UMO

No pre sente estudo comparou - se a apl ica-ção de herbic idas em mis tura com vinhaça, com aplicação pelo sis tema convenci ona l, em soqueira de cana- de -açúcar. Os herbicidas usados foram ory zalin, diuron, 2,4 -D, ame try ne e teb uthiu ron. A aplic ação em mis tura com vinhaça foi fei ta com cam inhão- tanque com capacidade para 700 0 litros, provid o com uma barra de dis tribuição de vazão con trolad a. A dos e de aplicação foi de 25.000 1/ha. A dis tribuição dos herbic idas com equipamento conve ncional foi feita com pulverizado r John Bean», pro vido com 16 bicos «Teeject» 110 .04, trabalhando com pre ssão de 1,4 kg/ cm2. Usou -se delineamento experime ntal de bloco s casua lizado s com parcelas sub div ididas , com quatro repetições.

Pelos resultado s obtidos consta tou -se que , à exceção do diu ron, os demais herbic idas não fo ram pre judicados qua ndo aplicado s com vinhaça. O 2,4- D e a ame tryne melho raram a sua ação no con trole de pla ntas daninhas e seu efe ito res idual aumentou, quando aplicado s em mis tura com vinha ça. O tebuthiu ron e o oryza lin apresentaram compor tamento semelhante no controle das pla ntas danin has , nos dois sis temas de aplicação. O diuro n aplicado em mis tura com vinhaça apresentou resultados altamente negativos no con trole das plant a daninhas .

UNI TERMOS: Herbi cidas, vinhaça, cana - de-açúcar.

* Pesquisa dor Depto. Pla nej ame nto e Opera -ções EMPASC - Florianópolis

** Professores - Depto. de Química-ESALQ Pira-cicaba

Parte da dissertação de mestrado do primeiro autor.

Recebido para publicação em 19.06.78.

SUM MARY

VIABILITY OF APP LYING HERBICID ES IN «VI NHA ÇA> TO CON TROL WEED S IN

RATOON SUGARCANE

In this stu dy, herbic ide s were applied in «vi -nhaça» (liquid res idue of alcoho l distilla tio n) and at the usu al way. Herbi cides use d were ory zal in, diu ron, 2,4 -D, ametr yn and teb uthiu ron. The ap-plica tio n in «vinhaça> was done with a tank-car of 7,000 liters capacity . The tank was in connec -tio n wit h a spraying boo m. Spe cia l design of the nozzles worke d as jet pump, in ord er to have a good distributi on of the solution onto the soil sur face. A 36 HP pump con trolle d the amount of spray, whi ch was of 25,000 liters per hecta re. To spray as usu al, a John Bean sprayer pum p was use d, hav ing 16 nozzle s teejet 110 .04 , worki ng at pressure of 1,4 kg/cm2. To compare the tre at-ments , a spl it plo t desig n, wit h fou r rep lications was use d.

All the herbicides, except diu ron sho wed good performance in wee d con trol, when app lie d in »vinhaça ». Diuro n behav iou r in «vinhaça» was very poo r. Ame tryn and 2,4 - D sho wed better characte ristics as wee d kil lers whe n app lie d in »vi nhaça» . No diffe rences in the performance of teb uthiu ron and oryza lin , in wee d control, were obs erved whe n app lie d with or wit hout «vi nha ça» . KEY WORD: Herbicides «vinhaça.,

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50 A. BUSS, N.A.da GLÓRIA& O.A. JACINTHO

INTROD UÇÃO

A vin haça é um res íduo líq uido res ultante da prod ução de álc ool ou de lev eduras, atravé s do sist ema de fer mentaç ão biol ógica. O volume de vi -nha ça obti do, nas dest ilarias de álc ool, é de apr oximadame nte 131 par a cada li tro de álc ool prod uzido. Há muit o tem -po, a vin haça vem se con stit uindo em pro ble ma soci al, fac e ao seu alt o pode r poluen te. Apesar dist o, seu aprovei ta-mento só mer eceu a devida atenção, a partir do mom ent o em que se con statou que, quan do restit uido racion almente à lav our a canavieira, cons tit uia uma con-sideráv el econ omi a ao seu usuári o. Compro va- se, que a vin haça pode ser apr oveitada como fert ilizante orgânico e min eral , pel o fat o de possui r em sua composiçã o a mai oria dos nutr ient es nec ess ário s às plan tas.

Entre as maneiras preconi zada s par a a apli caçã o da vinhaça ao cana-via l, está o uso de cam inh ões- tan ques, mun idos de can o perfur ado. Este siste-ma permit e usiste-ma dist ribuição relativ a-mente unif orme da vin haça ao solo , princi palm ente se a vaz ão for cont rola-da por mot o-bomba e não sim ple smen te por grav ida de. Nest e cas o, haveri a a possib ilidade de se mistur ar o her bici da à vinhaç a, dist rib uindo-os ao sol o num a só oper açã o.

Enc ontr ou-se na lite ratura, ape nas um tra balh o pre limi nar, realizado por Buss & Silv a (4) prop ondo a possibil ida de de apli car herb ici das em mis tur a com vinhaç a. Os res ultados obti -dos sug erem que os her bici das oryz alin (3, 5- dini tro- N,N- dipr opil sulf anilamida) e teb uthiuron (N - (5- (1, 1-dime tiletil )1,3,4 tiadiaz ol 2 il) 1,3N,N' dime til -uré ia) pode m ser apli cados com a vinhaç a. Apar ent emen te, o alto teo r de mat éria orgânica e a alta tem peratur a da vinhaça não inte rfer iram na açã o dos her bici das no cont rol e de plan tas dan inh as.

Os teores de matéria orgânica exerce m influê ncia marcant e sobre o compor tament o dos her bici das.

Segun-do Wolcott (20), fenômenos de adsor ção, lixiv iação , volat ilidade e bioat ivida de dos defensivos, são norma lmente melhor correlaci onado s com o teor de matéri a orgânica do solo. Segun do Mata (14), as inter ações entre as moléc ulas dos herbicida s e as fraçõ es coloi dais do solo são infl uenci adas consideravelmente pe-la umida de, temperatura, pH, conte údo de minerais e matéria orgânica do solo, bem como a capac idade de troca iônica do solo. Ainda segun do o autor , é difícil estabelec er a impor tânci a de cada uma das caracterí stica s físico-quími cas do solo, em relação aos meca nismos de de-composição ou desaparecimento dos herbicida s no solo. Entretant o, o autor consi dera que é comum ocorr er menor persistên cia de herbicidas em solos tro-picai s, onde exist em condições de umi-dade e de temperatu ra elev adas.

De acordo com Klingman et al. (12) e Mata (14), todas as subst âncias quími cas são voláteis em alguma inten -sidad e, depen dendo de sua pressão de vapor, estado físi co em que se encon -tram e temperatu ra do ambie nte. Em razão disso , os herbicidas volatiliz am da super fíci e do solo, espec ialmente quand o esta está úmida. A pressão de vapor de um deter minado produ to é responsáv el pela maior ou menor vola -tilização deste produ to. De acordo com Kling man et al. (12) os gases resultant es da volatiliz ação de um herbicida podem ser ou não tóxic os às plantas. Desse modo, é de se esper ar que a ação de muitos herbi cidas possa ser aumentada ou diminuida, quando aplic ados em condi ções de altas tempe ratur as.

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com mis tur as de herb ici das em sol u-ções nitrogena das, most ram que quanto men or a percent agem do ing red ient e ativ o do her bici da e quanto mai s efi -cie nte o surfactan te e out ros compo-nentes do pro duto form ula do, ocor reu men or efeito adverso em dis persar a est abil ida de da sol ução . Por outr o lado , aument and o-se a mola ridade da sol u-ção nit rogena da, dimi nuía sen sivelmente a estabil ida de de disp ers ão dos her -bic ida s. Scot t e Scot t (16) , estudan do a via bili dade de se incorpo rar her bici das em grâ nulos de fert iliz ante s, con clu iram que em apl icação em áre a total era vantaj osa esta prá tica, além de red uzir o custo do tra nspo rte e da apl ica ção.

O objetiv o do pre sent e tra balh o é o de verifi car a via bili dade técnic a do uso de her bici das em mistur a com vi nha ça, para o cont rol e de pla nta s dani -nha s em soqueir as de cana-de- açúcar.

MAT ERIAIS E MÉTODOS

A pesquisa foi conduzida na Usina Açucareira de Cillos em Santa Bárbara d'Oeste, no Estado de São Paulo. O experimento foi instalado em solo de textura argilosa, caracterizado como Latossolo Vermelho Escuro. Os herbicidas foram aplicados nos dias 11 e 16 de novembro de 1976, sendo que no dia 11 foram aplicados os tratamentos em mistura com vinhaça, e no dia 16, os tratamentos pelo sistema convencional de aplicação de herbicidas. O experimento foi instalado em cultura já estabelecida da cultivar CB 41-76, a qual representa 32,5% da área canavieira do Estado de São Paulo, segundo IAA-Planalsucar (11).

Os herbicidas utilizados foram oryzalin à 2,0 kg/ha, tebuthiuron à 1,2 kg/ha, diuron [3-(3,4-diclorofenil)-1,1,di-metil-uréia] à 2,4 kg/ha, D (ácido 2,4-diclorofenoxiacético) à 2,4 kg/ha e ame-tryne [2-(etilamino)-4-(isopropilamino) -6-(metiltio)-S-triazina] â 2,4 kg/ha, todas estas doses expressas em ingrediente ativo.

Par a a dist rib uiçã o dos her bici das em mistur a com vin haça, usou-se um caminhão prov ido com tan que de capacidade de 7.0 00 litros, conf orme sistem a descri to por Gur gel & Guimar ães (9). 0 cami nhã o movi a-se a uma vel oci dade de 2,5 km/ h, com uma vaz ão de 25. 000 1/h a. A tem peratur a da vin haça no moment o da mistur a com o her bici da era de 80°C. A mist ura do her bici da com a vinhaç a foi realizada na boca de descarga de vi -nha ça da usin a, obed ece ndo aos seg uintes crit érios:

a) mistur a do herbici da com águ a num bal de;

b) no tan que do cami nhã o era colocado 1/4 do seu volume com vin haça; c) sim ultaneamen te com a intr oduç ão

da vin haça, era derramado o her bici -da dil uído em águ a, até o tan que es-tar apr oxim adamente com met ade do seu vol ume;

d) o vol ume do tan que era complet ado com vinhaç a. A vin haça , ao ser intro-duzida pel a parte superior do tan que, pro por cion ava uma fort e agit açã o hi-drá ulica no seu interi or.

A dis tri buição dos her bic ida s com equipa mento conv encional foi feit a com pulveriza dor «John Bean». A barra de apl ica ção estava prov ida com 16 bicos «Te eje ct» 110. 04. Os bico s est avam dis-tan cia dos a 45 cm um do out ro, cobrin do uma faixa de 7 m de lar gura. A pre ssã o de apli caçã o era de 1,4 kg/ cm2 e a vaz ão era de 400 1/h a. A vel ocidade do trator na apl icação era de 3,6 km/h.

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quais se realizou capina manual de acor-do com as práticas aacor-dotadas na usina. Estas capinas foram realizadas aos 70 e 110 dias após a instalação do experi-mento.

Para a instalação do experimento, inicialmente procedeu-se ao enleiramento e queima da palha resultante da safra anterior , operação esta que foi realizada em fins de outubro de 1976. Em seqüência, foi feito um cultivo nas entrelinhas da cultura de cana-de-açúcar já estabelecida. Este cultivo foi feito com grade de discos, trabalhando à uma profundidade aproximada de 20 cm. Após este preparo do terreno, permaneceram no local alguns torrões com diâmetro de até 5 cm, bem como pequenas quantidades de restos de cultura da safra anterior.

Contagem e classificação de plantas daninhas foram feitas aos 20, 70 e 120 dias após a instalação do experimento. A contagem das plantas daninhas foi feita em área de 5 m2 por subparcel a, em sua área central, tendo sido analisa -das separada mente as espécies mono-cotiledôneas e dimono-cotiledôneas.

RES ULTA DOS E DISCUSS ÃO

Aos 20 dia s após a apli caç ão dos her bici das (DA A), foi feita a primeira con tag em das plan tas dan inh as, estando os res ulta estandos apresen taestandos no Qua dro 1. A popu laç ão de mon ocotil edô -nea s nas testem unhas era maior do que a de dic otil edônea s, prin cipa lmente no tratam ent o com vin haça. A elev ada tem pera tura da vin haça dev e ter que -bra do a dorm ência de mui tas sem ente s de gra míneas exis ten tes no solo, pro -mov endo a sua ger mina ção. Dife ren ças significativas foram verifi cadas para her bici das e para a inte raç ão de her bicid as e vin haça, nas conta gens de mo -noc otiled ônea s e do tota l de pla ntas da-nin has. As dif eren ças, na popu laç ão de dicotiledônea s, foram sig nifi cati vas apenas para os her bici das.

Nos tra tamentos com vinhaç a, to-dos os her bici das, com exceçã o de diu-ron, apresen tar am comp ort amento se-mel hant e no cont role de mon ocotil edõ-nea s, ao nível de 95% de pro babilidade. O diuron igualo u-se à testem unha com vinhaç a. Nos tratam ento s sem vin haça, o teb uthiuron apresen tou o melhor re-sul tad o no cont rol e de mon ocotile dô-nea s, mas esta superiorid ade foi sign ifi-cativa apen as em rel ação ao 2,4-D. No aspect o global, houve destaque para ame tryne no cont role de mon ocotile dô-nea s, que no enta nto, não diferiu significat ivamente de tebuthiur on e de oryzalin.

No con tro le de dico til edõnea s, houve diferen ças sign ific ativ as para her bici das, mas não nas apl ica ções com ou sem vin haça. O 2,4- D apr esen tou o mel hor cont rol e, mas este não foi sign i-ficativ o em relaçã o à oryzalin.

No con tro le tot al de plan tas dani-nha s aos 20 DAA, a ten dên cia foi de ser sem elhante ao cont role de mon ocot ile-dõneas , pel o fat o de ser em em maior núm ero. Houv e significância para dife-ren ças entr e her bici das, tan to apli cados com, como sem vinhaça. Nos tra tamen-tos com vinhaç a, o diuron mostro u- se ineficaz no cont rol e de pla nta s dani-nhas, o que pode ria ter sid o causado pela açã o da mat éria org ânica, da tem perat ura ou de outr o fat or inerent e à vinha ça. Conf orme Meggitt (15), Wol cott (20), Cha ng (5), Klingman et al.

(12), Mata (14) e Forster (7), a matéria

org ânica do sol o tend e a imobiliza r gra nde parte de her bici da apl icado ao sol o, de modo que o mesm o pode ria ter ocorri do em relaçã o ao diuron e à mat éria orgânic a exis ten te na vinhaç a. Por out ro lado, dev ido ao aument o da pre ssã o de vap or com a elev açã o da tem pera tur a e con siderando as

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Os val ores das cont agens de plan-tas dani nhas rea liza dos aos 70 DAA , são mostra dos no Quadro 1. A popu la -ção de mon ocot iledône as da testem u-nha com viu-nhaç a dimi nui em rel ação à con tag em realizada aos 20 DAA , prov a-vel mente devido à compet ição interes-pecifi ca.

As dif eren ças no núme ro de gramín eas foram signifi cativas para a vi -nha ça, para os her bici das e par a a intraç ão de her bici das e vin haça. O núm ero de mon ocotile dôneas foi sign ific ati -vam ent e superior em par celas tratad as com vinhaç a, àquelas sem vinhaç a. Dos her bici das que for am apli cados em mis -tur a com vinhaç a, os que tiv eram mel hor desempenho foram amet ryn e, teb uthiuron e oryzalin. O diuron não foi mel hor do que a testem unha, em apl ica ções com vinhaça, confi rmando as observações realizadas aos 20 DAA. O 2,4 - D, por sua vez, em apli caç ões com vinhaç a, manteve bom con tro le de mon ocotil edõneas, embora nas apl ica ções pel o sistema conv encion al e de acordo com Beale (3) , Alve s (1), Klingman et al. (12) e Vict ória Filho (19), o seu per íodo de açã o não vá alé m de 60 dia s. Nest e cas o, é prov ável que os col óides orgâ nicos da vinhaç a te-nha m ret ido o pro duto , com lib eração gra dual , prol ongand o o seu efeito resi-dual. Est e aspecto é de gra nde imp ortância prátic a, poi s que uma das restrições do pro dut o é exatam ent e o seu período residual curto.

Quanto às dic otil edôn eas, houv e apenas sign ific ância par a her bici das, que não dife riram entr e si, mas foram superi ores à testem unha . A gran de di-ver sida de de espécies dic otiled ôneas foi mar cant e, o que par ece ter influí do na men or resposta dest as espéci es aos di-ver sos tratam ento s.

O compor tament o do tot al de pla nta s dani nhas foi signifi cativam ent e inf luen ciado pel a ação de dif erente s her bici das, hav endo , tam bém diferen -ças signi ficativ as para int eraç ão de her-bic ida s e vinhaç a. A amet ryn e e o teb u-thi uron det ermi nara m men or popu

la-cão de pla nta s dani nhas, quer em apl i-caç ões com vin haça, quer em apli ca-ções sem vinhaç a. Nest e últi mo caso , tam bém oryz alin e 2,4-D for am inclu í-dos no pri meiro grupo. Observ a- se que os tratam ent os com vinhaç a foram mais sel etiv os para os her bici das, o que pode ser devido, em part e, à mai or po pulaçã o de pla nta s dani nha s que ocorrer am nestas con diçõ es.

Os val ores das cont agen s feit os aos 120 DAA são mostra dos no Quadro 1. Nest a ocasiã o, gran de núm ero de es-pécies botâ nicas já haviam chegad o ao fim do cic lo e se notava um pre domínio total de marmelada (Brachi aria pla nta-ginea (Li nk) Hitch). Para o con tro le des -ta espécie, o teb uthi uron e a amet ryn e mostraram -se significativame nte supe-riores aos dema is herb icidas. A área testem unha havia sido capina da, de modo que est ava livre de con cor rên cia de pla nta s dani nhas. No con trol e de di-cot iledôneas, present es em pequen o númer o, a testem unha capinada fo i significativ ame nte superior do que o con trole obt ido em par celas tratad as com herbic ida s. A ação residual da ame tryne e do teb uthi uro n, apli cados em vinhaç a, foi a que mai s se pro longou nest e período de 120 dia s. O teb uthiuron, segundo Elanco (6) tem realme nte uma açã o mui to prol ongada no sol o, de modo que os resul tados obt idos coin cid em com as ca -racterística s do pro duto . O ame tryne, no ent ant o, como regr a ger al, não apre-senta efeito tão pro long ado, de acordo com dados obt idos por Azz i & Fernan -des (2), Garcia (8) e Victória Filh o (19). Est e fat o sug ere que o pro dut o ten ha sido adsorv ido pel os col óides orgânicos da vinhaç a, para ser libera do, paulati -nam ent e, para o con tro le das pla ntas dan inh as. Segundo Klin gman et al. (12) , o amet ryn e é adsorvido rev ersi vel mente pelo s col óide s org ânicos do sol o, o que pode jus tificar o seu compor tam ent o em mistur a com vinhaç a.

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teste-FIGURA I - Eficiê ncia dos her bicida s no con trole de planta s daninhas, em relação às testemun has com e sem vinhaça.

que a popu laç ão das plan tas dani nhas, princi palm ente de mono cot iledôneas, mun has com e sem vinhaç a. Pelas

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aument ou na parcela testem unha, pel a adi ção da vin haça. Isso mostra que a popu laç ão de plan tas dan inh as a ser con tro lada nas áreas com vin haça, era con siderav elmente supe rior às área sem vinhaç a. Visto sob este aspect o, no ta- se que, de modo ger al, a per centa gem de con tro le, em apl icações com vinha ça, foi superior às apl icações sem vinhaça. Neste sentido, exi stem cas os bem típicos, mesm o com 2,4 -D, em que ocorre u um desnível realme nte ace n-tua do, no cont role de gra míneas. O 2,4-D, conf orme Suár es & Sán che s (18) , Souza (17) e Alve s (1) não ofer ece con -trole à plan ta dani nha gra mínea, o que ocorre u no pre sent e tra balh o. No ent an to, em vinhaça, teve um compor tamen to bem dif eren te, com con tro le de 70% aos 20 DAA e de 52% aos 70 DAA. O ametryne tev e tam bém mel hor compor tament o quan do apl ica do com vin haça, manten do, por out ro lad o, maior efeito residual, nestas con diç ões de apl icação. A açã o do teb uthiuron foi sem elha nte, nos dois modos de apl ica ção, no con tro le de mon ocotil edôneas, mas foi melh or no con tro le de dic otiledô nea s, quan do apl ica do com vin haça. Oryz alin mos -trou melhor efic iência quando apli cado em vinhaç a aos 20 DAA, mas esta dife-ren ça desapar eceu nas cont agens feit as aos 70 DAA. O diur on, conf orme já am-plamente ana lisado, foi inef icaz, no con tro le de mono cotiledõneas, quan do apl ica do em vinhaç a.

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FIGURA I - Eficiê ncia dos her bicida s no con trole de planta s daninhas, em relação às testemun has com e sem vinhaça.

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