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INFLUÊNCIA DA DENSIDADE NA DUREZA JANKA EM OITO ESPÉCIES MADEIREIRAS DA AMAZÔNIA CENTRAL.

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Academic year: 2017

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(1)

I N F L U Ê N C I A D A D E N S I D A D E N A DUREZA JANKA EM O I T O E S P É C I E S MADEIREIRAS

DA A M A Z Ô N I A C E N T R A L .

Danilo Fernandes da Silva Filho (

1

)

Jadir de Souza Rocha (

2

)

José Brandão de Moura (

3

)

RESUMO

0 presente trabalho teve por objetivo estudar a relação cia densidade básica com a

resistência de madeiras tropicais, submetidas ao t e s t e de dureza Janka nos extremos e faces

nas condições verde e seca a 12% de conteúdo de umidade. Foram utilizadas 8 espécies

florestais oriundas do Distrito Agropecuário da SUFRAMA, no Município de Manaus, AM. 0

experimento foi realizado no laboratório de Engenharia da Madeira do Departamento de Produtos

Florestais do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA, adotando-se os seguintes

passos: a ) realização dos ensaios de densidade básica e dureza Janka empregados pela

norma COPANT; b) tratamento estatístico de regressão linear para avaliar o nível de influência

da densidade na dureza da madeira. Os resultados obtidos revelam que a dureza da madeira

expressa pela sua capacidade em oferecer maior ou menor resistência à penetração de uma

semi-esfera, está estreitamente relacionada com a densidade.

INTRODUÇÃO

Admitindo e x i s t i r era toda a hi l e i a Amazônica c e r c a de 4000 e s p é c i e s a r b ó r e a s r e g u l a r m e n t e

d i s t r i b u í d a s p o r t o d o o v a l e , L o u r e i r o et a l . ( 1 9 7 9 ) . S t e r n a d t & Camargo (1988) mencionam

que em l e v a n t a m e n t o r e a l i z a d o s p e l o I B D F / I P T / I N P A , 256 e s p é c i e s m a d e i r e i r a s amazônicas tem

algum s i g n i f i c a d o econômico das q u a i s , apenas 50 são c o m e r c i a l i z a d a s em volume s i g n i f i c a t i v o .

P o r t a n t o , p e l o número r e d u z i d o de e s p é c i e s que são e x p l o r a d a s para a t e n d e r às

n e c e s s i d a d e s das i n d ú s t r i a s da R e g i ã o , poderá o c o r r e r o esgotamento de m a t é r i a - p r i m a a n t e s

que o u t r a s e s p é c i e s sejam estudadas v i s a n d o c o n h e c e r as suas p r o p r i e d a d e s e d i r e c i o n á - l a s para

os d i v e r s o s usos f i n a i s .

A d e n s i d a d e b á s i c a p e r m i t e a o b t e n ç ã o da e s t i m a t i v a do peso da madeira p o r metro c ú b i c o

s o l i d o , por metro c ú b i c o empilhado ( e s t é r e o ) ou e x p r e s s a r a p r o d u t i v i d a d e da f l o r e s t a em termos

de m a t é r i a seca por unidade de á r e a . Por o u t r o l a d o , a densidade além de s e r i n d i c a d o r a da

q u a l i d a d e da m a d e i r a , pode s e r um parâmetro i m p o r t a n t e para a v a l i a ç ã o econômica da f l o r e s t a ,

podendo, para f i n s p r á t i c o , d e t e c t a r o uso f i n a l da madeira ( S i l v a , 1 9 8 4 ) .

1 Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - I N P A

2 Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - I N P A

3 Instituto de Tecnologia da Amazônia - U T A M .

(2)

Fazendo-se ainda uma a l u s ã o à d e n s i d a d e , um f a t o j á plenamente c o n h e c i d o p e l a i n d ú s t r i a de c e l u l o s e e p a p e l , é a e x i s t ê n c i a de grandes d i f e r e n ç a s em peso e s p e c í f i c o e n t r e e s p é c i e s , s i t u a ç ã o que se r e v e l a p e l o s d i f e r e n t e s graus de rendimento na produção de c e l u l o s e . Tem-se o b s e r v a d o , também que a madeira de c e r t a s á r e a s , a p r e s e n t a maior rendimento que a madeira da mesma e s p é c i e encontrada em o u t r o s l o c a i s .

A desuni formidade constatada no comportamento f f s i c o - q u í m i c o , mecânico e b i o l ó g i c o de determinadas e s p é c i e s a r b ó r e a s , pode s e r provocada por f a t o r e s e x t e r n o s e i n t e r n o s , a l i a d o s â e l e v a d a h e t e r o g e n e i d a d e apresentada p e l a f l o r e s t a . Para S l o o t e n ( 1 9 7 ? ) e s s e s a s p e c t o s além de d i f i c u l t a r e m o e s t a b e l e c i m e n t o de uma programação c o n t í n u a e c o n t r o l a d a , têm-se mostrado também de e x t r a o r d i n á r i a importância na q u a l i d a d e da produção i n d u s t r i a l .

Kolmann & Coté (1968) pesquisando a i n f l u ê n c i a da densidade na dureza Janka, observaram que há uma r e l a ç ã o e s t r e i t a e n t r e e s s e s p a r â m e t r o s . A l i t e r a t u r a i n t e r n a c i o n a l r e g i s t r a a e x i s t ê n c i a de o u t r o s e x p e r i m e n t o s d e s e n v o l v i d o s com e s p é c i e s f l o r e s t a i s n o r t e - a m e r i c a n a s e e u r o p é i a s , que poderão c o n t r i b u i r no e s t u d o com e s p é c i e s da Amazônia.

Uma r e v i s ã o s o b r e o assunto mostrou que e x i s t e c a r ê n c i a de l i t e r a t u r a s o b r e t r a b a l h o s com dureza Janka em e s p é c i e s t r o p i c a i s . P o r t a n t o , há n e c e s s i d a d e de mais estudos s o b r e o assunto para a m p l i a r o numero de i n f o r m a ç õ e s , como forma de c o n t r i b u i r ao conhecimento das e s p é c i e s m a d e i r e i r a s amazônicas, tendo em v i s t a que mais de 90% dos conhecimentos p r á t i c o s e t e ó r i c o s são p r o v e n i e n t e s de o u t r a s r e g i õ e s e a t é mesmo de o u t r o s p a í s e s .

Este t r a b a l h o tem o o b j e t i v o de i n v e s t i g a r a i n f l u ê n c i a da d e n s i d a d e na dureza Janka em 8 e s p é c i e s m a d e i r e i r a s da Amazônia C e n t r a l .

M A T E R I A L E MÉTODOS

C a r a c t e r i z a ç ã o da área de c o l e t a das amostras

As e s p é c i e s f l o r e s t a i s e s t u d a d a s , foram c o l e t a d a s em uma área na Estação Experimental de S i l v i c u l t u r a T r o p i c a l do INPA, no D i s t r i t o A g r o p e c u á r i o da SUFRAMA, no M u n i c í p i o de Manaus, AM. Sua p o s i ç ã o g e o g r á f i c a e s t á determinada p e l a s s e g u i n t e s c o o r d e n a d a s : L a t i t u d e Sul 2°35' à 2o

4 0 ' e L o n g i t u d e O e s t e de Greenwich 60° 00 â 60° 2 0 ' , à a l t u r a do km 28 da e s t r a d a v i c i n a l Z F - 2 , da BR-174 Manaus-Caracaraí.

Cl ima

0 c l i m a d e s t a área é do t i p o Amw' na c l a s s i f i c a ç ã o de Koppen. A c a r a c t e r í s t i c a p r i n c i p a l é a umidade s u f i c i e n t e para s u s t e n t a r uma f l o r e s t a t r o p i c a l , com uma e s t a ç ã o seca de pequena duração e uma temperatura média no mês mais f r i o nunca i n f e r i o r a 18° (Radam, 1 9 8 7 ) .

S o l o

0 s o l o da Estação Experimental de S i l v i c u l t u r a T r o p i c a l do INPA, a p r e s e n t a uma predominância de l a t o s s o l o s amarelos á l i c o s de t e x t u r a a r g i l o s a ( C h a u v e l , 1 9 8 1 ) .

V e g e t a ç ã o

(3)

uro grande numero de p l a n t a s h e r b á c e a s , além de v e g e t a i s i n f e r i o r e s como musgos e e p f f i t a s em

g e r a l (Nunes, 1 9 8 6 ) .

C o l e t a s das amostras

Foram c o l e t a d a s 24 á r v o r e s de 8 e s p é c i e s f l o r e s t a i s , sendo 3 á r v o r e s de cada e s p é c i e :

Caroba (Jacaranda c o p a i a ) ; Marupá Simaruba amara); Louro gamei a (Nectandra r u b r a ) ; Fava bolacha

(Alexa g r a n d i f l o r a ) ; G i t õ (Guarea t r i c h i l i o i d e s ) ; Macucu de paca ( A l d i n a h e t e r o p h y l l a ) ;

Maçaranduba (Manilkara h u b e r l ) e Cumaru (Dipteryx o d o r a t a ) .

Amostragem

0 e s t u d o b a s e o u - s e na amostragem e s t r a t i f i cada para i n d i c a r as o i t o e s p é c i e s com

d e n s i d a d e v a r i a n d o de 0,32 g / c m1

a 1,04 g / c m3

, tomando-se duas a duas com d e n s i d a d e s i m i l a r e s .

De cada á r v o r e c o l e t a d a , s e c c i o n o u - s e o f u s t e em t o r a s com 4 metros de comprimento.

Tomou-se a l e a t o r i a m e n t e uma t o r a de cada á r v o r e de onde foram r e t i r a d a s duas amostras p e l o mesmo

p r o c e s s o de amostragem, p e r f a z e n d o um t o t a l de duas amostras por á r v o r e e s e i s por e s p é c i e .

D e s c r i ç ã o dos e n s a i o s

A c o n f e c ç ã o das amostras f o i e f e t u a d a na S e r r a r i a / C a r p i n t a r i a do Departamento de

P e s q u i s a s em Produtos F l o r e s t a i s e os e n s a i o s no L a b o r a t ó r i o de Engenharia da Madeira do mesmo

Departamento no I n s t i t u t o N a c i o n a l de P e s q u i s a s da Amazônia. Das t o r a s com o comprimento de

4 m e t r o s foram r e t i r a d a s do c e r n e duas v i g a s com s e c ç ã o de ( 8 χ 8 ) cm. As v i g a s foram

seccionadas em amostras d i s t i n t a s para os ensaios de densidade e dureza, de acordo com as recomendações

das normas COPANT 462 e 465 das Comi si on Panamericana de Normas T é c n i c a s .

Densidade b á s i c a

Os e n s a i o s foram determinados a t r a v é s da massa seca em e s t u f a / v o l u m e s a t u r a d o ,

u t i l i z a n d o - s e amostras com dimensões de (3 χ 3 χ 10) cm. 0 método adotado f o i o de medição

i n d i r e t a ( d e s l o c a m e n t o de á g u a ) com o a u x í l i o de uma balança s e m i - a n a l í t i c a cuja p r e c i s ã o é

de 0,01 g .

Dureza Janka

Os t e s t e s foram r e a l i z a d o s com amostras nas c o n d i ç õ e s v e r d e ( s a t u r a d a s ) e seca a 12%

de conteúdo de umidade. As amostras com dimensões de ( 5 χ 5 χ 15) cm devidamente o r i e n t a d o s ,

foram t e s t a d o s a t r a v é s de uma máquina u n i v e r s a l de t e s t e s INSTRON modelo 1125. Em cada amostra

foram f e i t a s 6 ( s e i s ) a p l i c a ç õ e s de c a r g a a t r a v é s de uma s e m i - e s f e r a m e t á l i c a ( c u j a p r o j e ç ã o

tem 1,13 cm2

de á r e a ) , sendo efetuada uma p e n e t r a ç ã o em cada um dos extremos e nas f a c e s

t a n g e n c i a l e r a d i a l a uma v e l o c i d a d e c o n s t a n t e de 6 mm/min., conforme f i g u r a 1 e 2 .

Para d e t e r m i n a ç ã o da dureza Janka, c o n s i d e r o u - s e como média, as médias das c a r g a s máximas

c o r r e s p o n d e n t e s aos extremos e f a c e s ( t a n g e n c i a l e r a d i a l ) de duas amostras r e s p e c t i v a m e n t e

de cada á r v o r e . Os v a l o r e s c o r r e s p o n d e n t e s dc a s s o c i a ç ã o e n t r e a densidade e os parâmetros

a v a l i a d o s foram t e s t a d o s e s t a t i s t i c a m e n t e a t r a v é s do t e s t e t , segundo os p r o c e d i m e n t o s

(4)

Fig. 1 - Corpo de prova submetido ao teste de dureza Janka. Fig. 2 - Esquema de ensaio de dureza Janka.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

No Quadro I , a p r e s e n t a - s e as médias por e s p é c i e s das c a r g a s máximas c o r r e s p o n d e n t e s aos

extremos e f a c e s r e s p e c t i v a m e n t e de cada á r v o r e . O b s e r v o u - s e que e n t r e as 8 e s p é c i e s e s t u d a d a s ,

os v a l o r e s da d e n s i d a d e b á s i c a apresentaram d i f e r e n ç a s e s p e c i a l m e n t e e v i d e n t e s , v a r i a n d o de

0,34 a 0,97 g / c m3

. Da mesma maneira foram observadas d i f e r e n ç a s c o n s i d e r á v e i s na dureza Janka,

nas c o n d i ç õ e s v e r d e e s e c a . N o t o u - s e que à p r o p o r ç ã o que a d e n s i d a d e b á s i c a s e e l e v a , a dureza

Janka também é e l e v a d a . Esses dados apoiam os e s t u d o s r e a l i z a d o s por Kolmann & C ô t é (1968)

quando r e l a t a r a m uma a l t a c o r r e l a ç ã o e n t r e p r o p r i e d a d e s m e c â n i c a s , r e s i s t ê n c i a a abrasão e

poder c a l o r i f i c o de um l a d o e a densidade do o u t r o . Podendo ainda s e r r e f o r ç a d o p e l o s

r e s u l t a d o s o b t i d o s por Janka & Lorenz apud Kolmann & C ô t é (1968) quando observaram em m a d e i r a s

n o r t e - a m e r i c a n a s e e u r o p é i a s que a dureza é d i r e t a m e n t e p r o p o r c i o n a l a d e n s i d a d e da m a d e i r a .

D e t e c t o u - s e ainda a e x i s t ê n c i a de s i m i l a r i d a d e na d e n s i d a d e b á s i c a e n t r e algumas amostras

da mesma e s p é c i e ( L o u r o gamei a ) e e n t r e d i f e r e n t e s e s p é c i e s (Louro gamei a e Fava b o l a c h a ) .

E n t r e t a n t o , essa semelhança não f o i observada quando as amostras foram submetidas ao t e s t e

de dureza Janka. 0 comportamento v e r i f i c a d o e n t r e e s p é c i e s i d ê n t i c a s , pode s e r i n f l u e n c i a d o

por f a t o r e s e x t e r n o s , a l i a d o s â v a r i abi 1 idade g e n é t i c a expressa por cada á r v o r e ; enquanto o

comportamento demonstrado por e s p é c i e s d i f e r e n t e s deve e s t a r r e l a c i o n a d a a d i f e r e n ç a s

anatômicas c a p a z e s de i n f l u e n c i a r em algumas p r o p r i e d a d e s mecânicas da m a d e i r a . Estudos

r e a l i z a d o s por Bessa et a l . (1990) r e v e l a m que d i f e r e n t e s e s p é c i e s m a d e i r e i r a s da Amazônia

a p r e s e n t a n d o a mesma densidade b á s i c a , mostram v a l o r e s d i f e r e n t e s em t e s t e s de dureza Janka,

de compressão p e r p e n d i c u l a r às f i b r a s , de m õ l u l o de e l a s t i c i d a d e e de módulo de ruptura em

f l e x ã o e s t á t i c a . Esses r e s u l t a d o s são c o m p a t í v e i s e sugerem um c o n s i d e r á v e l grau de

c o n f i a b i l i d a d e .

No Quadro I I e F i g u r a s 3 , 4 , 5 , 6, a a n á l i s e e s t a t í s t i c a r e l a c i o n o u a t r a v é s de r e g r e s s õ e s

l i n e a r e s a d e n s i d a d e b á s i c a com a dureza Janka dos extremos e f a c e s em duas c o n d i ç õ e s d i s t i n t a s

( v e r d e e seca a 1 2 % ) . O b s e r v o u - s e p e l o s v a l o r e s de R?

que a r e l a ç ã o e x i s t e n t e e n t r e as

v a r i á v e i s , e s t á bem r e p r e s e n t a d a p e l a equação a j u s t a d a ; o que i n d i c a um e s t r e i t o r e l a c i o n a m e n t o

(5)
(6)

Fig. 3 - Regressão linear da Densidade Básica com a Dureza Janka nas faces verdes. Manaus, AM 1990

(7)

Fig. 5 - Regressão linear da Densidade Básica com a Dureza Janka nos extremos verdes. Manaus, AM 1990

Ι β Ο Ο -,

12008 0 0

-U h

O κ ι

3

O

4 0 0

-DJ= 1943.47DB - 439.43 (r = 0.90««0 (Extremo* «ecoe χ OB)

JC «Caroba Sa «Marupá Nr =Louro Gamela Ag « F a v a Bolacha Gt -Gitó

Ah =Macucu de paca Mh =Maçaranduba Do «Cumaru

0 - Ι Ι Ι Ι Ι Γ Ι Ι Ι Ι Ι Κ Ι Ι Ι Ι Ι Ι Ι Ι Ι Ι Ι Ι Ι Ι 1 11 I Τ > I I I I I I M I M I I I I Μ 0 0 0 0.20 0.40 0.60 0.80 1.00

D e n s i d a d e B a s i c a ( g / c m3

)

Fig. 6 - Regressão linear da Densidade Básica com a Dureza Janka nos extremos secos. Manaus, AM 1990

Influenciada Densidade...

PESQUISAS DA AMAZÔNIA

I N P A

-CODC

(8)

CONCLUSÃO

De a c o r d o com os e n s a i o s r e a l i z a d o s e os r e s u l t a d o s o b t i d o s a t r a v é s do t r a t a m e n t o

e s t a t í s t i c o , para as e s p é c i e s e s t u d a d a s , c o n c l u i - s e que:

- Entre as 8 ( o i t o ) e s p é c i e s f l o r e s t a i s da Amazônia C e n t r a l c o l e t a d a s num mesmo h a b i t a t ,

foram e n c o n t r a d a s e s p é c i e s apresentando d e n s i d a d e b á s i c a c o n s i d e r a d a s muito b a i x a , b a i x a ,

média, a l t a e muito a l t a .

- Os dados comprovam que a dureza da madeira expressa p e l a sua c a p a c i d a d e em o f e r e c e r

maior ou menor r e s i s t ê n c i a á p e n e t r a ç ã o de uma s e m i - e s f e r a , e s t á e s t r e i t a m e n t e r e l a c i o n a d a

com a d e n s i d a d e .

- As e s p é c i e s apresentam uma t e n d ê n c i a u n i f o r m e , mostrando que a dureza é d i r e t a m e n t e

p r o p o r c i o n a l a densidade da m a d e i r a .

- s e r i a i m p o r t a n t e em e s t u d o s f u t u r o s , o a p r o v e i t a m e n t o mais g l o b a l e de forma

m u l t i d i s c i p l i n a r dos m a t e r i a i s c o l e t a d o s da f l o r e s t a , p o r se t r a t a r de i n d i v í d u o s c u j o c i c l o

v i t a l é muito l o n g o e a perda de algumas c a r a c t e r í s t i c a s i m p o r t a n t e s , é i r r e c u p e r á v e l . Por

i s s o , s u g e r e - s e que para cada á r v o r e a b a t i d a para e s t u d o s c i e n t í f i c o s ou t e c n o l ó g i c o s , d e v e r i a

s e r f e i t o q u a l q u e r t i p o de propagação da e s p é c i e , para c o n s e r v a r c l o n e s que as i n v e s t i g a ç õ e s

s o b r e o seu p o t e n c i a l econômico f o s s e comprovadamente m a n i f e s t a d o por c a r á t e r g e n é t i c o .

SUMMARY

This current work had as objectives to study the relation between the basic density and

resistance of the tropical wood submitted t o the test of Janka hardness of the extremes and

faces on the conditions green and dry at 12% of the moisture content. Eight forest species

collected from Distrito Agropecuário da SUF&AMA located at the municipality of Manaus, A M ,

were used. The experiment was realized in the Wood Engineering Laboratory of the Forest

Products Department of the Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, attending the

following steps: a ) realization of the essays of basic density and Janka hardness used by

COPAN norm; b) statistic treatment of linear regression in order to appraise the influence level

of density on wood hardness. The results obtained show that the hardness of the wood

represented by its capacity in offering smaller or brigger resistance t o the penetration of a

semi-sphere, is strictly related t o the density,

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Imagem

Fig. 1 - Corpo de prova submetido ao teste de dureza Janka. Fig. 2 - Esquema de ensaio de dureza Janka
Fig. 3 - Regressão linear da Densidade Básica com a Dureza Janka nas faces verdes. Manaus, AM 1990
Fig. 5 - Regressão linear da Densidade Básica com a Dureza Janka nos extremos verdes. Manaus, AM 1990  Ι β Ο Ο  -,   12008 0 0  -U h  O  κ ι  3  O  4 0 0  -DJ= 1943.47DB - 439.43 (r = 0.90««0 (Extremo* «ecoe χ  OB)

Referências

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