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"Às vezes eles vão...": compreendendo qualidade de vida e promoção da saúde sob a ótica de uma mãe de pré-adolescentes.

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Academic year: 2017

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“ÀS VEZES ELES VÃO...”: COMPREENDENDO QUALI DADE DE VI DA E PROMOÇÃO DA

SAÚDE SOB A ÓTI CA DE UMA MÃE DE PRÉ- ADOLESCENTES

1

Maria do Hort o Font oura Cart ana2

Cart ana MHF. “ Às vezes eles vão...” com preendendo qualidade de vida e prom oção da saúde sob a ót ica de u m a m ã e d e p r é - a d o l e sce n t e s. Re v La t i n o - a m En f e r m a g e m 2 0 0 5 n o v e m b r o - d e ze m b r o ; 1 3 ( n ú m e r o

especial) : 1177- 84.

Um a pesquisa m ult icént rica com m ães pré- adolescent es foi realizada no Brasil, Argent ina e Chile. Foi u t ilizad a a et n og r af ia en f ocad a com o m ét od o d e p esq u isa. Dessa p esq u isa r ealizad a em u m b air r o d e

Florianópolis, Sant a Cat arina, Brasil, apresent a- se est udo de caso de um a m ãe. Os achados apresent am as p er cep ções d e u m a m ãe d e p r é- ad olescen t es sob r e q u alid ad e d e v id a e p r om oção d a saú d e an t es e im ediatam ente após o prim eiro uso de droga ilícita por um de seus filhos. Observou- se m udança na ênfase dos fat ores prom ot ores de saúde, inicialm ent e com ênfase no cont role das com panhias dos filhos e post eriorm ent e

no reforço dos laços afet ivos.

DESCRI TORES: adolescent e; m ães; prom oção da saúde; qualidade de vida

“SOMETI MES THEY GO...”: UNDERSTANDI NG QUALI TY OF LI FE AND HEALTH

PROMOTI ON ACCORDI NG TO A MOTHER OF PREADOLESCENTS

A m ult icent er research was conduct ed wit h m ot hers of preadolescent s in Brazil, Argent ina and Chile,

using focused et hnography. From t his research in Florianópolis, Sant a Cat arina, Brazil, a case st udy of one m other is presented. The findings show the perceptions of quality of life and health prom otion before and after the first use of an illicit drug by her 11- year- old son. The em phasis of health prom otion changed from the social net work cont rol t o reinforcem ent of affect ive bonds.

DESCRI PTORS: adolescent ; m ot hers; healt h prom ot ion; qualit y of life

“ALGUNAS VECES ELLOS VAN…”: COMPRENDI ENDO LA CALI DAD DE VI DA Y

PROMOCI ÓN DE LA SALUD, LA PERCEPCI ÓN DE UNA MADRE DE PREADOLESCENTES

Se realizó una invest igación m ult icént rica con m adres de preadolescent es en Brasil, Argent ina y Chile, ut ilizándose la et nografía enfocada. De est a invest igación realizada en Florianopolis, Sant a Cat arina, Brasil, se

presenta un estudio de caso de una m adre. Los resultados m uestran las percepciones de esta m adre acerca de la calidad de vida y prom oción de la salud antes e después del prim er uso de droga ilícita por su hij o. El énfasis en los factores de prom oción de la salud m odificó del control en cuanto a las com pañías del hij o hacía el énfasis en los lazos afect ivos con el hij o.

DESCRI PTORES: adolescent e; m adres; prom oción de la salud; calidad de vida

1 As opiniões expressas nest e art igo são de responsabilidade exclusiva dos aut ores e não represent am a posição da organização onde t rabalham ou de sua

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CONSI DERAÇÕES I NI CI AI S

A

enferm agem vem const ruindo de m aneira p r o g r e ssi v a su a l i d e r a n ça n a so ci e d a d e cont em porânea. As caract eríst icas de nossa profissão de ser const it uída de elevado cont ingent e num érico, de pr ocur ar a for m ação t écnica associada à ênfase n o a sp e ct o h u m a n íst i co e d e b u sca r o desenvolvim ento da consciência crítica, situam - na em u m p at am ar p r iv ileg iad o p ar a ag ir n a ef icien t e e e f i ca zm e n t e n a t r a n sf o r m a çã o d a so ci e d a d e . A l i d e r a n ça q u e v e m se n d o co n st r u íd a t e m se evidenciado, ent re out ras sit uações, no invest im ent o de or gan ism os in t er n acion ais em capacit ações de enfer m eir as par a finalidades específicas, com o é o caso da CI CAD/ OEA.

Essa co m i ssã o , e n t r e o u t r a s i n i ci a t i v a s visando a redução da dem anda de drogas, prom oveu o I Program a I nt ernacional em I nvest igação Aplicada ao Estudo do Fenôm eno das Drogas para Enferm eiras d a Am ér i ca Lat i n a r eal i zad o n a Un i v er si d ad e d e Albert a, Canadá, em 2003.

Com o u m d os r esu lt ad os d esse Pr og r am a or ganizou- se a pesquisa m ult icênt r ica denom inada “ Prom oção de saúde e qualidade de vida ent re m ães de pré- adolescent es na Argent ina, Brasil e Chile, um est u d o et n o g r áf i co en f o cad o ”. Essa p esq u i sa f o i f u n d a m e n t a d a n a co n st a t a çã o( 1 ) d e q u e a p r é

-adolescência, a idade entre 9 e 13 anos, é um período cr ít ico do desen v olv im en t o da pessoa, n o qu al as cr i a n ça s t ê m p o t e n ci a l i d a d e t a n t o p a r a com port am ent os sadios quant o para com port am ent os de risco que t endem a m ant er- se na idade adult a, e n e ssa e t a p a d e d e se n v o l v i m e n t o a s m ã e s desem penham um papel im por t ant e no sent ido de pr om over a saúde.

A p r é - a d o l e scê n ci a v e m se n d o m e n o s enfat izada nas pesquisas e na lit er at ur a do que a ad o l escên ci a, em b o r a sej am an o s m ar cad o s p o r m udanças e desenvolvim ent os m arcant es, de ordem física, cognit iva e psicossocial( 1).

O papel da m ãe com o recurso nas quest ões de saúde da fam ília vem sendo est udada( 2- 4), porém

esses est udos cent r am - se em sit uações de doença, pr iv ação ou r isco social. O pr esent e est udo t em o propósito de explorar crenças, valores e práticas entre m ães de pr é- adolescent es sadios.

A pesquisa foi organizada para ser conduzida sim ultaneam ente no Chile, Argentina e em dois locais d o Br asi l , co r r esp o n d en t es à o r i g em d as q u at r o

enferm eiras envolvidas. O desafio de const rução de p esq u isa m u lt icên t r ica f oi d ecisiv o n a escolh a d a m et o d o l o g i a d e i n v est i g ação. Tr at av a- se n ão d e invest igar o m esm o fenôm eno em quat ro realidades diferent es ent re si, buscando suas sim ilaridades. Ao co n t r á r i o , v i sa v a - se co m p r een d er a s d i f er en ça s cult urais exist ent es ent re os cont ext os selecionados por cada um a das pesquisadoras.

O p r o j e t o co n st r u íd o co l e t i v a m e n t e f o i subm et ido prim eiram ent e à aprovação do Com it ê de Ét i ca d a Un i v e r si d a d e d e Al b e r t a , Ca n a d á e post er ior m ent e aos com it ês de ét ica de cada um a das inst it uições às quais as pesquisador as est avam ligadas. As colet as de dados, as análises e escr it a d o s a ch a d o s f o r a m co n d u zi d a s d e m a n e i r a independent e por cada pesquisadora, em bora t odas se g u i a ssem p el o m esm o m ét o d o e t écn i ca s d e pesquisa.

Esse artigo se refere à pesquisa desenvolvida em um bair r o do Município de Flor ianópolis, Sant a Cat arina, Brasil. O bairro selecionado caract eriza- se por ser com post o pr edom inant em ent e por fam ílias de r en da baix a, su as r esidên cias se localizam em encost as de m or r os, m uit as v ezes com dificuldade de acesso. Muit as r esidências não são ser vidas por saneam ento básico, particularm ente quanto ao destino do esgot o, que é lançado dir et am ent e nos r iachos que deságuam no m ar. É um a área de invasão, que se desenvolveu int ensam ent e nos últ im os 10 anos e hoj e cont a com ser v iços ur banos com o t r anspor t e co l e t i v o e co l e t a d e l i x o . Fa z p a r t e d a á r e a d e abrangência de um Cent ro de Saúde Municipal, onde há equipes do Program a de Saúde da Fam ília e outros serviços de saúde com unit ária.

Um a im por t ant e car act er íst ica desse bair r o é o recente aum ento de episódios de violência ligados ao t ráfico de drogas, part icularm ent e assassinat os e t irot eios, realidade com a qual as fam ílias m oradoras conv iv em cot idianam ent e.

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de saúde e qualidade de v ida confor m e per cebidas pelas m ães.

MÉTODO

Co n f o r m e a p r o p o st a m u l t i cê n t r i ca , const ruída em conj unt o na Universidade de Albert a, as t écnicas de pesquisa selecionadas para conduzir a et nogr afia enfocada for am obser v ação par t icipant e, e n t r e v i st a s se m i - e st r u t u r a d a s, g e n o g r a m a e fot ografias do cot idiano da fam ília.

Após obter a aprovação pelo Com itê de Ética da Universidade Federal de Sant a Cat arina, iniciei os co n t a ct o s v i sa n d o a se l e çã o d a s i n f o r m a n t e s, m u lh er es m or ador as do bair r o selecion ado par a a r ealização da pesquisa, m ães de pr é- adolescent es. De acor d o com a p r op ost a m et od ológ ica in iciei a pesquisa m ant endo cont at o com o Cent ro de Saúde e o p r e si d e n t e d a Asso ci a çã o d e Mo r a d o r e s, ex p l i ca n d o o s o b j et i v o s e m et o d o l o g i a a ser em u t ilizadas e solicit an do su a aj u da par a iden t if icar possív eis in for m an t es - m ães de pr é- adolescen t es ( m eninos ou m eninas) que fossem saudáveis e que m or assem no bair r o.

A f am íl i a d a Sr a. 1 f o i a p r i m ei r a a ser i n d i ca d a p a r a f a ze r p a r t e d a p e sq u i sa . Fo r a m r ealizadas t r ês en t r ev ist as em su a r esidên cia. Na p r im eir a f oi ap r esen t ad a a p r op ost a d e t r ab alh o, explicado e assinado o t erm o de consent im ent o livre e esclar ecido, e iniciada a colet a de dados com a elaboração conj unt a do genogram a. Na segunda ida à casa ( um a sem ana após a prim eira) foi realizada a segunda ent revist a e explicado o funcionam ent o da m áquina para que fossem t iradas fot ografias do que ela j ulgasse ser at iv idades de pr om oção de saúde realizadas com os filhos pre- adolescentes. No terceiro e últ im o cont at o, j á com as fot ografias reveladas, a Sr a . 1 d e scr e v e u a s f o t o g r a f i a s e f a l o u so b r e pr om oção de saúde. Ent r e a segunda e a t er ceir a v i si t a s o f i l h o p r é - a d o l e sce n t e f u m o u m a co n h a j u n t am en t e com u m p r im o. Além d isso, a Sr a. 1 descobriu que esse m enino tam bém vinha participando de pequenos roubos em bares da vizinhança.

RESULTADOS

O cont ext o

O prim eiro contato com a fam ília 1 aconteceu

em um final de t arde de um dia chuvoso. Eu havia m ar cado m ais um a ent r ev ist a com o pr esident e da a sso ci a çã o d e m o r a d o r e s d o b a i r r o e e st a v a e sp e r a n d o p o r e l e , n o g i n á si o d e e sp o r t e s d a com u n idade. Essa sen h or a, apar en t an do qu ar en t a anos, se dirigiu à m im perguntando se eu era a pessoa q u e q u e r i a f a ze r u m a p e sq u i sa co m f a m íl i a s sau dáv eis.

Respondi que sim , nos apresent am os, e ela m e co n v i d o u a i r à su a ca sa n a q u e l e m e sm o m om ent o. Nos dirigim os ent ão a um a viela, próxim a dali. Em bor a j á t iv esse passado v ár ias v ezes por aquela região nunca havia reparado que, ent re um a ca sa e o u t r a , e x i st i a u m a p e q u e n a e n t r a d a , denom inada “ ser vidão”. A ser vidão onde se localiza a casa da m ãe 1 ( as m ães form am designadas por n ú m e r o s, co n f o r m e a ce i t a v a m f a ze r p a r t e d a pesquisa) é m uit o est reit a e íngrem e, de m odo que as casas ficam realm ente próxim as um as das outras. Quase não há quint ais ou j ardins.

A ca sa é d e a l v e n a r i a , e d u r a n t e a s ent revist as cost um ávam os ficar na pequena cozinha que t am bém funciona com o sala de est ar e j ant ar. Além desse côm odo há dois quart os e um banheiro. Possuem água t r at ada, a colet a de lix o é r ealizada três vezes por sem ana ( na rua geral) e o ônibus passa a duas quadras da residência. A caract eríst ica m ais im pr essionant e da casa é ficar pr at icam ent e sobr e um córrego parcialm ente canalizado, de onde se sente o cheiro intenso de esgoto. Ao ser questionada sobre as condições da m or adia, a m ãe 1 r efer e que est á m uito sat isfeita, um a vez que sua residência anterior tinha condições m uito piores, inclusive sendo inundada quando havia m uita chuva. Na m esm a servidão onde se localiza a casa m oram vários irm ãos e irm ãs do casal, e os m oradores se referem ao local com o um “ condom ínio”.

As pessoas

A fam ília 1 é constituída pelo casal ( 38 e 36 anos) e três filhos ( 14, 11 e 11 anos) . O m ais velho e o m ais j ovem , am bos m eninos, são filhos do casal, en qu an t o qu e a m en in a é sobr in h a da m ãe, e foi adot ada in for m alm en t e por eles, em u m pr ocesso com um em fam ílias br asileir as dessa casse social, designado por “ pegar para criar ”.

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da fam ília. Ficou claro, segundo o genogram a, que a m enina adot ada é part e int egrant e da fam ília.

O casal é responsável pelo aport e financeiro da fam ília. A senhora 1 não t em em pr ego r egular, t r a b a l h a n d o co m o d i a r i st a o u f a x i n e i r a esporadicam ente. No período de coleta de dados tinha t rabalho dois dias por sem ana. O senhor 1 ( m arido) t em em prego regular, em firm a de segurança e aos finais de sem ana faz t rabalho ext ra com o segurança par t icular, para aum ent ar o r endim ent o da fam ília. Em r e l a çã o a o a t e n d i m e n t o d a s n e ce ssi d a d e s m ateriais, a Sra. 1 se expressa assim : ( ...) a vida aqui de casa pra m im é boa. Porque, graças a deus, não falta nada pra

eles.

Os f i l h o s e st u d a m e m e sco l a p ú b l i ca ( grat uit a) , em séries com pat íveis com sua idade. A fam ília 1 m an t ém boa r elação com os v izin h os, a m aioria deles integrantes da m esm a fam ília extendida ( irm ãos e irm ãs do casal com seus filhos e filhas) . Os filhos dessas fam ílias brincam , vão à escola e j ogam j untos, o que tive oportunidade de presenciar durante a s e n t r e v i st a s. Os p a i s t a m b é m m a n t é m b o m r e l a ci o n a m e n t o co m o s v i zi n h o s, se g u n d o se u s depoim ent os.

A qualidade de vida

A Sra. 1 refere- se à qualidade de sua vida e da vida da fam ília com o boa. A possibilidade conseguir a satisfação das necessidades na fam ília, m esm o com esforço, aparece com o um aspect o im port ant e nessa classificação, part icularm ent e em relação aos filhos, com o expresso nos trechos seguintes: Acho que a vida pra nós é boa ... não no lado financeiro, porque esse não ta bom

prá ninguém , m as não falta nada pra eles. Quando eles querem

um a coisa, a gente explica e, m ostra: Ó filho, esse m ês não dá,

m as o m ês que vem a m ãe vai se esforçar e ver se consegue. E

eles não reclam am , não fazem cara feia, eles entendem : Ah m ãe,

não tem problem a ( ...) , e quando der a gente vai lá e com pra. En t r e o s f a t o r es q u e co n t r i b u em p a r a a con st r u ção d essa v id a b oa d est aca- se a aleg r ia, referida freqüent em ent e pela m ãe e observada pela pesquisador a dur ant e as ent r ev ist as. Hav ia sem pr e m u i t a co n v er sa, r i sad as e b r i n cad ei r as en t r e o s m em b r os d a f am ília n o m om en t o d as v isit as. Os t r echos a seguir são ex em plos desse achado: . . . a gente aqui é m uito brincalhão. A agente acaba rindo das próprias

desgraças ( ...) . Serve pra gente rir am anhã... os problem as de

hoje são pra gente rir am anhã. Se eu sim patizar com a pessoa, eu

pego no pé, faço aquela brincadeira sadia.

Outro im portante fator na construção da vida b o a é a q u a l i d a d e d o r e l a ci o n a m e n t o e n t r e o s com ponentes da fam ília. Há um a forte ligação afetiva ent re a fam ília com o um t odo, reflet ida nas frases a seguir: ( ...) nós nos dam os pra eles se dão pra nós. Por isso a vida é boa. Atenção pra eles não falta e nem deles pra nós.

A m ãe 1 f ez q u est ão d e d est acar q u e a afeição não exclui o que a denom ina “ puxadas”, ou sej a, r ep r een sões, cast ig os f ísicos ocasion ais, ou n egação de algu m a coisa qu e os f ilh os apr eciem , quando j ulgam que os filhos extrapolam certos lim ites. Em b or a am b os os p ais r ealizam essas ações, os cast igos físicos são m ais aplicados pelo pai. Esses aspect os aparecem nos fragm ent os seguint es: A hora que tem que dar um a puxada boa, a gente dá, porque tem hora que

é obrigado a puxar. (...) aí ele apanhou, apanhou m esm o, porque o

pai não sabia o que fazia.

Os cast igos físicos e a afeição são coerent es na per cepção da m ãe 1. Fazem par t e da qualidade de v ida que const r oem para os filhos. Tant o o pai q u an t o a m ãe r ef er ir am - se m ais d e u m a v ez ao or g u lh o q u e sen t em em r elação à ed u cação q u e proporcionam aos filhos, com o na cit ação a seguir:

Eu sem pre digo pro pessoal que m eus filhos valem ouro. A gente

fica orgulhoso de ver que está levando eles pro bom cam inho, por

um rum o certo.

Segundo os achados acim a, observa- se que q u a l i d a d e d e v i d a é u m co n st r u t o co m p o st o principalm ent e por aspect os não concret os, com o a alegria, o relacionam ent o fam iliar de boa qualidade e a percepção de que est á proporcionando um a boa educação aos filhos, segundo a per cepção da m ãe da fam ília 1.

A prom oção da saúde e os riscos da sociedade

A m ãe 1 v ê a sociedade at u al com r iscos int ensos par a seus filhos. Ent r e esses se dest acam as com panhias, vistas com o risco porque podem levar ao uso de dr ogas, um a pr eocupação ex pr essa nas entrevistas, e que pode ser vista a seguir: As com panhias a gente fica de olho. Não é qualquer pessoa que eles podem se

relacionar.

A preocupação com as com panhias dos t rês filhos t om ou grande part e do t em po das ent revist as. Houv e int er esse em m ost r ar det alhadam ent e com o eram realizadas as atividades diárias envolvendo essa questão, com o as seguintes: Aqui em casa os nossos filhos têm um a regra: eles saem de casa e vão pro colégio, do colégio pra

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eles tão brincando. Com os prim os [ brincar] tudo bem , m as isso

não quer dizer que a gente não vai lá dar um a olhada, pra saber se

são realm ente os prim os, pra saber se não tem junto pessoas que

a gent e não sabe quem é. A gent e conhece t odos aqui nas

redondezas (...) se são pessoas que a gente sabe que são pessoas

boas a gente deixa se relacionar. Mas tam bém se a gente vê que

aquela pessoa boa ta envolvida com um a pessoa ruim a gente fica

com o pé atrás.

Out ra am eaça percebida é a violência. Essa é um a am eaça m ais r em ot a, localizada em out r as cidades ou r egiões do país. Par a pr ot eger os filhos d a v iolên cia u t ilizam - se d e con v er sa a p ar t ir d e docum entários e program as de televisão que abordam o tem a. A dinâm ica, explicada pela m ãe é a seguinte:

A gente assiste m uito ao [ nom e do program a] , que m ostra a

violência no Rio e em São Paulo; então eles sentam j unto e vão

vendo o que tá acontecendo, a realidade. A gente mostra e comenta.

Tem que ser com entado, saber por que m orreu, porque tava

envolvido com droga, tudo isso aí a gente conversa, a gente

com enta com eles. A pior coisa que tem é você ver a coisa e

esconder dos filhos.

A co n v e r sa é d e scr i t a co m o u m a d a s principais form as de proteger os filhos. Assuntos com o sexo, doenças, conflit os ent re irm ãos e desem penho escolar foram exem plos citados de assuntos discutidos em f am ília. As ex p r essões a seg u ir ex em p lif icam essas situações: A gente aqui, nós falam os sobre sexo, órgão disso, órgão daquilo, falam os tudo abertam ente. Tem hora que

eles perguntam cada coisa..., m as a gente se afirm a, respira

fundo, vai e explica. Tudo a gente fala, aqui na m esa, na frente da

m enina. E tam bém a gente m ostra: olha, filho, o teu am iguinho lá

ta tirando boa nota.

Qu a n d o i n d a g a d a a r e sp e i t o d e q u e m aj u d av a n esse p r ocesso, a m ãe 1 r esp on d e q u e apenas ela e o m arido desem penham esse papel. Ao discorrer sobre a dinâm ica da orient ação aos filhos, destaca a im portância da com unicação e apoio m útuo entre o casal: Não escondo nada, nada dele. E ele tam bém . Outra coisa que a gente costum a fazer desde quando eles eram

pequenos é o seguinte: se eu cham asse atenção, m as a atenção

que eu estou cham ando é errada, ele não cham a a m inha atenção

na frente deles, ele cham a a atenção depois. Eles [ filhos] vêem

que não adiante eles aprontarem lá fora e eu proteger ( ...) Nem

um a vez, porque senão sem pre que eles fizerem algum a coisa

eles vão m e procurar porque sabem que eu vou proteger. A pr om oção de saú de par a a m ãe 1 est á cent rada no cont role das com panhias dos filhos, da m a n u t e n çã o d o d i á l o g o co m o s f i l h o s e é r esponsabilidade dos pais.

Às vezes eles vão...

Com o as en t r ev ist as er am m ar cad as p or t elefone, ao agendá- las m e ident ificava e conversava brevem ente com a m ãe 1 sobre assuntos gerais. Para o a g e n d a m e n t o d a ú l t i m a v i si t a , h o u v e u m a per cept ível m udança na for m a com o a conver sa se desenv olv eu. A Sr a.1 er a nor m alm ent e r ecept iv a e agradável ao falar no telefone, m as naquele dia estava apenas respondendo às pergunt as por m onossílabos. Pr i m e i r a m e n t e p e n se i q u e h a v i a d e ci d i d o n ã o part icipar m ais da pesquisa, e pergunt ei diret am ent e isso a ela, ao que respondeu que não, e esclareceu estar passando por um m om ento difícil. Depois sugeri adiar a ent revist a para a próxim a sem ana, m as ela afirm ou que gost aria m uit o que nos encont rássem os, por que est ava pr ecisando desabafar. Assim , ao m e d i r i g i r p a r a a t e r ce i r a e n t r e v i st a , e m b o r a n ã o soubesse do que se tratava, j á sabia que algum a coisa t inha acont ecido.

Ao chegar na residência, not ei que a Sra. 1 est av a com a fisionom ia abat ida e ela m e r ecebeu dizendo que não havia dorm ido nada naquela noit e. Com o não respondeu quando pergunt ei o que havia acont ecido, sugeri que víssem os as fot os que havia t irado. Ela aceit ou e iniciam os a exam inar a prim eira fot o, que m ost rava os cinco com ponent es da fam ília em f r en t e a casa, t od os ab r açad os e sor r in d o. A respeit o da fot ografia pronunciou- se assim : Eu gost ei m uito dessa foto porque não dá pra perceber que no dom ingo nós

passam os por aquele m om ent o de aflição, dor e t udo. Aqui

representa que nós não esm orecem os, ficam os j untos, sem pre

m antendo o sorriso, por m ais difícil que fosse.

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[ filho] , na frente do prim o. Daí ele pegou e disse: É, pai, eu fum ei

um a vez só. Eu só peguei, fiz assim [ gesto de levar o cigarro aos

lábios] e j á entreguei pra ele e não usei m ais.

Além d e f u m ar m acon h a, a Sr a. 1 e seu m ar ido t am bém v ier am a saber na m esm a ocasião qu e o filh o h av ia pegado biscoit os em u m bar da vizinhança sem pagar pelo produto, e que seus outros dois filh os n ão só sabiam com o com par t ilh ar am o produt o do roubo.

Ant es de cont ar as suas r eações, a Sr a. 1 cont a com o o m ar ido r eagiu: Aí a coisa se com plicou, porque o pai se m ata de trabalhar, e a revolta foi tanta que ele

[ m arido] com eçou a j ogar os biscoitos que a gente tinha em casa

em cim a dele [ filho] . Ele deu um a surra e depois ficou com o

coração na m ão, ele [ m arido] foi pros cantos, pro banheiro, chorar. Pr o sse g u i n d o , f a l a d e se u s p r ó p r i o s sentim entos: (...) era um a dor tão grande, que a gente não tem com o explica. Foi um choque. Eu deixei [ o filho apanhar do pai]

porque sabia que aquilo era necessário, m as na hora quilo m e

doía.

Qu a n d o so l i ci t a d a a f a l a r so b r e o q u e per cebia com o sendo o m ot iv o do com por t am ent o do filho em usar droga e roubar, a Sra. 1 apresent a d o i s m o t i v o s. Em p r i m e i r o l u g a r, e st ã o a s caract eríst icas do pré- adolescent e envolvido, que são diferent es dos dem ais filhos. Ele é m ais t ím ido, é um a criança que dificilm ente te diz não. Ele é o m ais fraquinho. Eles

[ quem incentiva o uso de drogas] não tentam os que têm m ais

decisão, porque eles dizem : Não, não vou, e pronto. Ele [ filho] é

m uito curioso, ele sem pre tem que estar por dentro de tudo, ele

quer saber de tudo sem pensar m uito nas conseqüências. Tam bém é apont ado pela m ãe com o causa do com por t am en t o de r isco do f ilh o u m a possív el sit uação de crise pessoal, algum desent endim ent o na escola, algum a t rist eza própria da idade, que passou desaper cebida pela m ãe.

Já com respeito às causas percebidas por ela para o sobrinho est ar envolvido em com port am ent os de risco são m enos claras, o que pode ser observado na expressão: Eu não sei que resposta dar. As pessoas dizem que é porque ele teve m uito problem a, o pai abandonou... m as eu

tam bém nunca levei m uito pra esse lado, porque eu fui criada no

meio de problemas, meu pai era alcoólatra, e nunca conheci maconha.

Na idade do [ filho] ele era um a criança ótim a, um guri doce, você

via que tinha um a doçura ali.Eu acho que um erro[ da m ãe do

sobrinho] veio quando eles com eçam a pedir coisas que ela não

pode dar e ela dava. Fez o que pode e o que não pode pra dar. Mas

o que adiante ter um carro zero se não tem carinho, se não tem

am or, se quando precisa não tem pra onde ir?

Após o fat o, os t rês filhos recebem cast igos.

O m enino de onze anos, além de receber castigo físico, foi levado ao bar pelos pais e t eve de cont ar o que havia feit o, pagar pelos biscoit os, pedir desculpas e p r om et er q u e n ão r ep et ir ia o f at o. Os t r ês f ilh os ficar am de cast igo dur ant e um a sem ana, som ent e e st u d a n d o . O f i l h o m a i s v e l h o e a i r m ã f o r a m cast igados dessa for m a por t er con h ecim en t o dos fat os e não aj udar o irm ão, cont ando aos pais.

Segundo a per cepção da m ãe, a r eação do filho de onze anos aos cast igos foi principalm ent e de alívio. Ela at ribui esse alívio ao fat o dos pais t erem descoberto e tom ado providências para im pedir o uso da droga e o roubo. Expressa- se assim : Ele chegou pra nós e disse: m ãe, pai, parece que tiraram um peso de cim a de

m im . Eu acho que ele queria contar, m as a coisa ia cada vez se com plicando m ais e ele ficou com m edo da nossa reação, porque

não é um a reação boa, né?

Os fat os pr ov ocar am div er sas r eflex ões da m ãe, p o n t u ad as ao l o n g o d a en t r ev i st a. Nessas r ef lex ões d est aca- se o p ap el at r ib u íd o p or ela à ex pr essão do am or ao filho com o for m a de ev it ar novos com port am ent os de risco. Algum as expressões são transcritas a seguir: Depois, parando e pensando a gente vai colocando as coisinhas no lugar. Não vou deixar de am ar ele porque ele provou um cigarrinho de m aconha. Por eu am ar ele é

que eu vou tirar ele desse m eio. E assim , se am anhã ele errar de novo, se eu puder ajudar eu vou ajudar. Quando a gente sabe das

coisas dá aquela revolta, aquela agonia, tu não sabe o que fazer. Mas tem m esm o que puxar, abraçar, beij ar. Ele tem que se sentir

aconchegado dentro de casa. Eu acho que é isso que vai realm ente afastar m esm o ele desse cam inho, e trazer ele de volta. Com

carinho, com beijo, com conversa. Eu tenho que m ostrar pra ele o

valor que ele tem , o peso do que ele fez aqui dentro de casa. Se eu com eçar a ficar jogando na cara dele, falando o tem po todo: tu fez

errado, tu roubou, eu tô influenciando ele a voltar prá lá. Daí eu tenho que fazer isso: abraçar, beij ar, am ar, am ar, am ar. É o que

nós fizem os. Ele não deixou de ser respeitado por causa disso, de m aneira nenhum a.

As f a l a s d a m ã e a p ó s a co n st a t a çã o d o co m p o r t a m e n t o d e r i sco d o p r é - a d o l e sce n t e dem onst r am um a clar a m udança de ênfase no que co n si d e r a se r a g o r a a p r o m o çã o d e sa ú d e . Se ant er ior m ent e cent r av a suas ações no cont r ole das com panhias, agora age principalm ente no reforço dos laços afet ivos com o filho.

DI SCUSSÃO

(7)

q u alid ad e d e v id a e p r om oção d e saú d e d e p r é-adolescent es.

Um a prim eira cont ribuição é que o conceit o d e q u a l i d a d e d e v i d a e st á m e n o s ce n t r a d o n o s aspect os m at er iais da vida cot idiana. Na per cepção da m ulher inform ant e dessa pesquisa, qualidade de v id a é con st it u íd a d a aleg r ia, d o r elacion am en t o fam iliar de boa qualidade e a percepção de que est á pr opor cionando um a boa educação aos filhos. Tais elem ent os ut ilizados na avaliação são sent im ent os, e não inclui aspect os m at eriais da qualidade de vida, usualm ent e encont rados na lit erat ura( 5- 6).

Um outro achado é que a prom oção da saúde não é r ealizada de m aneir a sem pr e igual, m as sim v a r i a co n f o r m e a si t u a çã o v i v i d a p e l o p r é -ad o l escen t e. Em u m p r i m ei r o m o m en t o , q u an d o desconhecia a existência do com portam ento de risco, a m ãe enfatiza o cuidado com as com panhias. Porém , q u an d o d esco b r e q u e o p r ó p r i o so b r i n h o est av a fornecendo e est im ulando seu filho ao uso de droga e r oubo, alt er a est a ênfase, par a r efor çar o afet o. Essa m u d a n ça n ã o f o i e n co n t r a d a n a l i t e r a t u r a consult ada.

A percepção da m ãe a respeit o dos m ot ivos q u e l ev ar am o f i l h o ao co m p o r t am en t o d e r i sco t am bém é im port ant e. Sua descrição do filho com o

f r a q u i n h o p o d e se r e n t e n d i d a co m o b a i x a assertividade o que corrobora achados de pesquisa( 7).

Por outro lado, há indícios de que esse aspecto, bem co m o a a u t o - est i m a sã o f a t o r es p r o t et o r es q u e poderão ser fort alecidos em program as educacionais a estudantes de 12 e 13 anos( 8).

A cont ínua e int ensa aut o- reflexão sobre os f at os q u e f oi f eit a p ela m ãe 1 , d em on st r ad a n as d iv er sas f alas sob r e o ocor r id o com o f ilh o p r éadolescente indica a sua preocupação com o seu bem -estar, e vem ao encontro de pesquisa que com para o suporte dos pais com o do grupo de iguais em relação ao uso de subst âncias psicoat ivas( 7).

A busca pela m elhor m aneira de prom over a sa ú d e , m e sm o q u a n d o a cr i a n ça j á a p r e se n t o u com por t am en t os de r isco é u m in dício de qu e ela acredit a que sej a possível t ranscender os problem as. Por out ro lado, observou- se que os com port am ent os a p r e se n t a d o s p e l o s f i l h o s ( u so d e su b st â n ci a p sicoat iv a, r ou b o e acob er t am en t o p or p ar t e d os ir m ãos) for am t odos consider ados r uins, por ém de n at u r eza d if er en t e, e p ar a cad a u m d eles f or am aplicados cast igos específicos.

Fi n a l m e n t e é n e ce ssá r i o d e st a ca r a im por t ância at r ibuída pela m ãe 1 às ent r evist as de

pesquisa. Ao cont rário do que poderia ser esperado, el a m a n t ev e e m esm o so l i ci t o u a r ea l i za çã o d a ent r ev ist a no auge da cr ise fam iliar. Ao considerar isso, dois aspect os se dest acam . Em prim eiro lugar, o que é referido por um autor( 9) com o entrevistas de

pesquisa que são m ais t erapêut icas que ent revist as t erapêut icas. A m et odologia em pregada foi decisiva p ar a q u e esse r esu lt ad o ap ar ecesse. Dem on st r ar in t er esse em t u do qu an t o se r elacion asse com as crianças, com a dinâm ica fam iliar e com aspect os do cotidiano da fam ília pode ter precipitado o surgim ento desse dado inesperado. Em segundo lugar, indica um a g r a v e l a cu n a n o s se r v i ço s d e sa ú d e q u a n t o a o at en d im en t o às n ecessid ad es d as m ães q u an t o a aconselham ent o e or ient ação sobr e com o pr oceder em sit u ações dessa n at u r eza, j á qu e em n en h u m m om en t o f or am r ef er idos com o possív el f on t e de apoio na sit uação de crise.

RECOMENDAÇÕES

O e st u d o p e r m i t e e sb o ça r a l g u m a s recom endações a respeit o do t em a. A prim eira delas diz respeito à necessidade de que os serviços de saúde reconheçam a pré- adolescência com o um a fase crítica para a aquisição de com port am ent os sadios na idade adult a. Os serviços volt ados à população adolescent e j á existentes em alguns contextos poderiam facilm ente expandir sua abrangência para incluir essa população em at ividades de prom oção da saúde.

Ou t r a r e co m e n d a çã o r e f e r e - se a o r econh ecim ent o de qu e n essa fase as m ães ainda são elem ent os essenciais no processo de prom oção de saúde de seus filhos. Há necessidade de serviços de acom panham ento, suporte e aconselham ento para qu e essas m ães desem pen h em de m an eir a ef icaz esse pr ocesso. A ex per iência de acom panham ent o d e ssa m ã e d e sp e r t a q u e st i o n a m e n t o s so b r e a m ag n i t u d e d o n ú m er o d e m ães q u e p assar am e passam por ex per iências sem elhant es, de m aneir a solit ária e desassist ida.

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AGRADECI MENTOS

Ag r ad ecem os a Com issão I n t er am er ican a p ar a o Co n t r o l e d e Ab u so d e Dr o g as/ CI CAD, ao Program a de Bolsas da OEA, ao Governo do Japão, a

todos os docentes da Universidade de Alberta/ Canadá, e aos onze representantes dos sete países da Am érica Lat ina que part iciparam do “ I Program a I nt ernacional d e Pesq u i sa ” i m p l em en t a d o n a Un i v er si d a d e d e Albert a/ Canadá no ano de 2003- 2004.

REFERÊNCI AS BI BLI OGRÁFI CAS

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2 . Gr oss G, How ar d M. Mot her ’s decision- m ak ing pr ocess regarding healt h care for t heir children. Public Healt h Nurs 2 0 0 1 ; 1 8 ( 3 ) : 1 5 7 - 6 8 .

3. Richt er LM. Povert y, undervelopm ent and m ent al healt h. J Paediat r Child Healt h 2003; 39: 243- 8.

4. McI nt yre L, Officer S, Robinson LM. Feeling poor, t he felt e x p e r i e n ce o f l o w - i n co m e l o n e m o t h e r s. Af f i l i a 2 0 0 3 ; 1 8 ( 3 ) : 3 1 6 - 3 1 .

5. Villavicencio P, Pardo GL. Reflexiones sobre la calidad de v ida y el desar ollo. Region y Sociedad 1999; 11( 17) : 171-8 5 .

6. Br ow ne JP, O´ Boy le C, McGee HM, McDonald NJ, Joy ce CRB. Dev elopm ent of a dir ect pr ocedur e for qualit y of life dom ains. Qual Life Res. 1997; 6: 301- 9.

7. Ashby W, Resko JA, Ainet t e M, Mendoza D. Role of parent suppor t on adolescent subst ance use. A t est of m ediat ed effect s. Psy chol Addict Behav 2 00 4; 1 8 ( 2) : 1 2 2- 3 4 . 8. Alm anza SEE, Pillon SC. Program a para fort alecer fact ores pr ot et or es que lim it an el consum o de t abaco y alcohol en est udiant es de educación m edia. Rev Lat ino- am Enferm agem 2 0 0 4 m ar ço- abr il; 1 2 ( num er o especial) : 3 2 4 - 3 2 .

9. Gale J. When r esear ch int er v iew s ar e m or e t her apeut ic t han t herapy int erviews. Qualit at ive Rep 1992; 1( 4) : 23- 5.

Referências

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