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Detecção do TCoV (Turkey Coronavirus) a partir de amostras provenientes de perus (Meleagris gallopavo) com quadro agudo de enterite

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MARIA CECILIA BACIL TEIXEIRA

DETECÇÃO DO TCoV (

Turkey Coronavirus

) A PARTIR DE

AMOSTRAS PROVENIENTES DE PERUS (

Meleagris gallopavo

)

COM QUADRO AGUDO DE ENTERITE

ARAÇATUBA - SÃO PAULO

(2)

MARIA CECILIA BACIL TEIXEIRA

DETECÇÃO DO TCoV (

Turkey Coronavirus

) A PARTIR DE

AMOSTRAS PROVENIENTES DE PERUS (

Meleagris gallopavo

)

COM QUADRO AGUDO DE ENTERITE

(3)

MARIA

CECILIA BACIL TEIXEIRA

DETECÇÃO DO TCoV (

Turkey Coronavirus

) A PARTIR DE

AMOSTRAS PROVENIENTES DE PERUS (

Meleagris gallopavo

)

COM QUADRO AGUDO DE ENTERITE

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-graduação em Ciência Animal da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – UNESP – Câmpus de Araçatuba, como parte dos requisitos para a obtenção do título de Mestre.

Orientadora: Prof Dr Tereza Cristina Cardoso Área de concentração: Medicina Veterinária Preventiva

Araçatuba – SP

(4)

Candidata:

MARIA CECILIA BACIL TEIXEIRA

Título da dissertação:

DETECÇÃO DO TCoV (

Turkey Coronavirus

) A PARTIR DE

AMOSTRAS PROVENIENTES DE PERUS (

Meleagris gallopavo

)

COM QUADRO AGUDO DE ENTERITE

COMISSÃO JULGADORA

DISSERTAÇÃO PARA OBTENÇÃO DO TÍTULO DE MESTRE

Presidente e Orientador Prof Dr Tereza Cristina Cardoso – UNESP Câmpus de Araçatuba SP

2 Examinador Prof. Associado.José Antônio Jerez – VPS – FMVZ – USP – SP

3 Examinador Prof. Adjunto Iveraldo dos Santos Dutra – UNESP Campus de Araçatuba SP

(5)

O presente trabalho foi desenvolvido no Laboratório de

Virologia do Departamento de Apoio, Produção e Saúde Animal

da Faculdade de Odontologia, do Curso de Medicina

Veterinária – UNESP – Câmpus de Araçatuba – SP.

Apoio:

Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de São Paulo –

(6)

DADOS CURRICULARES

MARIA CECILIA BACIL TEIXEIRA

NASCIMENTO 17.11.1976 – RIO DE JANEIRO/RJ

FILIAÇÃO Sergio Meira Teixeira Cléa Bacil

1997/2001 Curso de Graduação

(7)
(8)

AGRADECIMENTOS

A Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de São Paulo – FAPESP, pela bolsa

(9)

AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus e a Buda Shakyamuni pela presença diária dentro de mim, e

através de seus ensinamentos darem-me a capacidade de ver a alegria e beleza nas

coisas simples da vida e forças para enfrentar as dificuldades da vida e do dia-a-dia.

Ao meu pai que amo tanto, Sergio, por sempre estar ao meu lado, me apoiando e

orientando em todos os momentos da minha vida, sendo minha referência para tudo.

E a sua esposa Lucy, pela intensa dedicação, cuidado e carinho.

À minha amada mãe, Cléa, por sempre torcer pelo meu sucesso, apoiando-me e

vibrando por cada conquista da minha vida profissional e pessoal.

Aos meus amados irmãos, Paulo e Luiza, minhas almas-gêmeas, pela presença no

coração mesmo quando distantes e por cuidarem do meu Napô e ajudarem com

meu Kevin e Fofiiiinho, durante minha ausência. Ao Dani, meu cunhadinho, pelos

helps, principalmente quando se trata de computador.

À minha orientadora, Tereza Cristina, pela oportunidade, amizade, compreensão

pelas intercorrências durante o caminho, por todos ensinamentos transmitidos, e

(10)

À minha amada avó Daisy, meu exemplo de vida, amor, otimismo, sabedoria, força e

fé, que todos os dias, logo pela manhã “atormenta” os santos para que meu caminho

seja muito bem conduzido e trilhado.

A todos os meus animais, mesmo os que já se foram, pelo amor incondicional.

Apenas a lembrança de um olhar, de cada um de vocês, já é o suficiente para fazer

o meu dia e a minha vida mais feliz.

A todos os animais do mundo, de todas as espécies e a natureza, por mostrar sua

sabedoria e dar o exemplo de como se viver em harmonia. A cada novo

aprendizado, minha mais profunda admiração.

À D. Cynira, pela moradia e todo carinho e cuidado durante todo o meu mestrado. E

ao seu filho, Tuca, pela nova grande amizade.

Aos meus especiais amigos Fê, minha prima Rê, Enzo, Câmi, Paulinha, Denise, Ri

Müllenmeister, Ri Rosa, Beta, pela sempre presente amizade ao longo do meu

mestrado.

Ao meu guru, Lama Kalden, por me instruir e colaborar sempre no meu crescimento

pessoal. E a todos do Centro Budista Djampel Pawo.

Aos meus queridos professores, minha xará Maria Cecília, Iveraldo, pela grande

(11)

Ao Prof. Jerez, pela oportunidade do estágio junto a seu departamento, pelos

ensinamentos e carinho. Ao Alê Sanches, grande amigo e sempre ajudando no que

for preciso. E a Laura, também por ter me acompanhado e ajudado no estágio.

À Sadia, unidade de Uberlândia.

Ao Sérgio Lemos pela busca das amostras necessárias para a realização do projeto

e a Gilmara pela grande ajuda no laboratório.

À Isabel Pereira de Matos, bibliotecária responsável pela unidade do Câmpus da

Medicina Veterinária, pela correção da dissertação.

A todos os professores que fazem parte do programa de Pós-graduação.

(12)

TEIXEIRA, M.C.B. Detecção do TCoV (Turkey Coronavirus) a partir de amostras

provenientes de perus (Meleagris gallopavo) com quadro agudo de enterite. 2006.

86 f. Dissertação de Mestrado – Faculdade de Odontologia, Curso de Medicina Veterinária, Universidade Estadual Paulista, Araçatuba, 2006.

RESUMO

O Complexo de Enterite de Perus (PEC) tem sido incriminado como uma das maiores causas de perdas econômicas em outros países. Neste estudo, foi demonstrado causando diarréia, perda de peso e na maioria das vezes alta mortalidade em perus acometidos de enterite com 30-120 dias de idade de uma determinada região produtora no Brasil. A RT-PCR foi aplicada em suspensões de intestinos (SI) (n=2), respectivos conteúdos intestinais (CI) (n=2), bursa de Fabrícius (BF), fezes (F) (n=5) e swabs cloacais (SC) (n=44), para amplificar a região conservada 3`UTR e gene do nucleocapsídeo de TCoV. Os exames de histopatologia e imunohistoquímica direta foram realizados para detectar o antígeno TCoV a partir de lâminas de intestinos e bursas infectados. Todos os resultados obtidos nos tecidos marcados, revelaram lesões sugestivas de terem sido causadas pela infecção por TCoV. A marcação positiva da imunohistoquímica direta estava presente em todas as lâminas de intestinos, entretanto, todas as BF analisadas foram negativas. Os achados de RT-PCR foram positivos para TCoV em todas as amostras de fezes e 27,27% das amostras de SC foram positivas para a região 3`UTR e região TCoV nucleocapsídeo. As amostras de soro (n=200), foram positivas para TCoV, com títulos variando de 2.0Log a 8.0Log usando o ELISA comercial IDEEX para IBV. Finalmente, o melhor material de campo para o diagnóstico de TCoV foram as fezes (F) e/ou suspensão de intestinos (SI), resultando na primeira descrição de perus com quadro agudo de enterite acometidos por coronavirus Grupo 3 no Brasil.

(13)

TEIXEIRA, M.C.B. Detection of Turkey Coronavirus (TCoV) from poults samples (Meleagris gallopavo) presenting acute enteritis. 2006. 86 f. Dissertação de Mestrado

– Faculdade de Odontologia, Curso de Medicina Veterinária, Universidade Estadual Paulista, Araçatuba, 2006.

ABSTRACT

The Poult Enteritis Complex (PEC) has been incriminated as the major cause of losses in other countries, and especially, in this study, was described causing diarrhea, weight gain and most of the time, high mortality. In this study, it was performed the turkey coronavirus (TCoV) detection from 30-120 day old affected poults from a particular producer region in Brazil. The RT-PCR was applied in intestines suspensions (IS) (n=2), respective intestines contents (IC) (n=2), bursa of Fabrícius (BF), faecal droppings (FD) (n=5) and cloacal swabs (CS) (n=44) to amplify the 3´UTR conserved region and TCoV nucleocapsid gene. The histopathological and direct immunohistochemical examinations were performed to detect the TCoV antigen from infected intestine and bursa slides. All results obtained from stained tissues, revealed lesions described to be caused by TCoV infection. The direct immunohistochemical positive signal was present in all intestine slides, however all BF analysed were negative. RT-PCRs findings were positive for TCoV in all FD samples, and 27,27% of CS analysed were positive for 3´UTR and TCoV nucleocapsid region. The sera samples (n=200) were positive for TCoV, with titers range from ≥ 2.0Log to 8.0Log using the IDEEX commercial ELISA for IBV. Finally, the best field material for TCoV diagnosis was FD and/or intestine suspensions (IS), resulting in a first describe of TCoV affecting poults in Brazil.

(14)

SUMÁRIO

REVISÃO DE LITERATURA

Introdução

15

Referências

42

OBJETIVO

Objetivo

52

ARTIGO PARA PUBLICAÇÃO

Abstract

56

Introduction

Materials and Methods

Results

Discussion

References

Figure captions

CONCLUSÃO

Conclusão

78

ANEXO A

(15)

LISTA DE FIGURAS E QUADROS

QUADRO 1-

Subdivisão em Grupos dos Coronavirus

18

FIGURA 1-

Esquema da partícula viral dos coronavírus

do Grupo 3, protótipo o IBV, vírus da

bronquite infecciosa das aves (Fonte: Dave

(16)
(17)

INTRODUÇÃO

A importância econômica e social da avicultura brasileira coloca o setor em

evidência no âmbito nacional e internacional. Nesse sentido, o agronegócio avícola

brasileiro movimenta em torno de 10 bilhões de dólares ao ano, representando

quase 2% do PIB do país, além de empregar milhões de pessoas direta e

indiretamente. A produção de perus vem crescendo nos últimos anos de maneira

acentuada, demonstrando um acréscimo de 23% em 2005 sobre a produção de

2002. Em um estudo econômico mais recente, concluíram que foram destinadas

para o mercado interno 161 mil toneladas de carne de perus do total produzido e

para o mercado externo 110,4 mil toneladas, gerando uma receita cambial de US$

152,3 milhões decorrentes das exportações (AVISITE, 2006).

Em face da não sazonalidade do consumo de seus subprodutos, a oferta,

bem como a demanda de carne de perus são acentuadas ao longo de todo o ano

em nosso país. Além disso, a industrialização da carne de peru tem evoluído com

maior participação na elaboração de produtos prontos, como patês, lasanhas,

pizzas, muito solicitados pelo consumidor brasileiro em virtude da sua praticidade.

Com isso, o Brasil consolidou a posição de segundo maior produtor e exportador

de perus, atrás apenas dos Estados Unidos, sendo responsável por 5,1% da

produção mundial. No aspecto de comercialização internacional, o país abriu

novos e importantes mercados, criando novas perspectivas de crescimento e

(18)

O coronavirus dos perus (TCoV - Turkey Coronavirus) ocasiona um doença

entérica aguda e altamente contagiosa nas aves, inicialmente denominada de

“doença da crista azul”, sendo esta primeiramente, identificada em perus em 1951

(BRESLIN et al., 2000). Nas décadas de 1950 e 1960, nos Estados Unidos e

Canadá, as severas perdas econômicas foram atribuídas à “doença da crista azul”,

assim como 23% de toda a mortalidade dos plantéis de perus em Minnesota-USA.

Esforços para identificar a etiologia da “doença da crista azul” se extendeu por um

período de 20 anos, até que em 1973 o coronavirus, finalmente, foi incriminado

como o agente etiológico (GUY, 2003).

Nos últimos anos, TCoV tem sido reconhecido como um importante agente

infeccioso de doenças entéricas nos perus, acarretando quadros de diarréia,

resultando em grandes perdas econômicas por prejudicar o crescimento e a

conversão alimentar (CALIBEO-HAYES et al., 2003; GUY et al., 2002; GUY, 2003;

ISMAIL et al., 2003), além dos gastos com medicamentos (CAVANAGH, 2004).

Segundo o Comitê Internacional para Taxonomia de Vírus (ICTV), os

Coronavirus são classificados na ordem Nidovirales, família Coronaviridae, na qual

compreende os gêneros Coronavirus e Torovirus. O gênero Coronavirus é

subdividido em três grupos definidos de acordo com diferenças antigênicas

identificadas por análises sorológicas, análises nas seqüências de nucleotídeos

(Guy, 2003), epítopos presentes na glicoproteína do envelope e também

(19)

espécies de mamíferos, incluindo humanos, suínos, cães, gatos, eqüinos, bovinos e

roedores. Os coronavirus do Grupo 3 podem infectar aves domésticas, incluindo o

vírus da bronquite infecciosa das galinhas (IBV), coronavirus dos perus (TCoV) e

coronavirus dos faisões (PhCoV) (GUY et al., 1997), como ilustra o Quadro 1.

As doenças predominantemente associadas com os coronavirus são

infecções entéricas e respiratórias, entretanto doenças hepáticas e neurológicas

podem ocorrer (MARRA et al., 2003). O IBV causa uma doença respiratória aguda

nas galinhas, enquanto que o TCoV causa enterite nos perus (JONASSEN et al.,

(20)

Quadro 1 – Subdivisão em Grupos dos Coronavirus

Um surto atípico de pneumonia em humanos, denominado Síndrome Aguda

Respiratória Severa (SARS – Severe acute respiratory syndrome), foi identificado

pela primeira vez, na Província de Guangdong, na China. A severidade desta

doença foi comprovada pelos altos coeficientes de mortalidade, que chegaram a

3-6%. Com efeito, muitos laboratórios de Referência Mundial empenharam-se em

identificar o agente e foi determinado como “SARS-virus” pelo World Health

Organization em abril de 2003 (MARRA et al., 2003). O vírus foi isolado, purificado e

seu genoma extraído, resultando como o agente etiológico, um coronavírus. Através

de muitos estudos, concluiu-se que SARS-virus é um novo coronavirus, que por

GRUPO 1

TGEV Transmissible Gastroenteritis Virus

FIPV Feline Infectious Peritonitis Virus

FECoV Feline Enteric Coronavirus

CCoV

Canine Coronavirus

HCoV 229 - E Human Coronavirus 229 – E

PRCoV Porcine Respiratory Coronavirus

PEDV Porcine Epidemic Diarrhea Vírus

GRUPO 2

BCoV Bovine Coronavirus

HCoV OC43 Human Coronavirus – OC43

HEV Porcine Hemagglutinating

Encephalomyelitis Virus

MHV Murine Hepatitis Vírus

RtCoV Rat Coronavirus

EqCoV Equine Coronavirus

CRCV Canine Respiratory Coronavirus Puffinosis Vírus

SDAV Sialodracryoadenitis Virus

GRUPO 3

IBV Infectious Bronchitis Virus

PhCoV Pheasant Coronavirus

TCoV Turkey Coronavirus

GRUPO 4

(21)

demonstração de árvores filogenéticas, não foi geneticamente relacionado com

nenhum dos outros coronavirus pertencentes aos 3 grupos já existentes e, portanto,

foi considerado como primeiro representante do “grupo 4”, sendo denominado

SARS-CoV. Diante destes fatos, a partir de sequenciamento, uma hipótese foi

criada, de que um vírus animal em seu hospedeiro natural, tenha recentemente

sofrido mutações e, dessa forma desenvolveu a habilidade de infectar humanos e,

conseqüentemente, produzir doença clínica (MARRA et al., 2003).

As partículas virais dos coronavírus são envelopadas, possuem como

genoma uma fita de RNA simples, não segmentada com sentido positivo, e

apresentam-se pleomórficos quando examinados a microscopia eletrônica. O

diâmetro da partícula viral varia entre 50 a 150 nm. O virion possui um envelope

formado por uma bi-camada lipídica, da qual se projetam as proteínas da matrix viral

(M), glicoproteína (Spike protein - S), hemaglutinina estearase (HE – 120-140

kilodaltons [kDa]), dando uma aparência morfológica de coroa solar (do latim

corona). As três maiores proteínas estruturais da partícula viral incluem a S (90-180

kDa), M (20-35 kDa) e a proteína do nucleocapsídeo (N – 45-60 kDa) (GUY, 2002,

2003; LIN et al. 2002a; LOA et al., 2000), como ilustra a Figura 1.

A hemaglutinina estearase (HE) é uma proteína exclusiva dos coronavirus

do grupo 2, sendo este um gene homólogo ao do vírus da Influenza tipo C,

sugerindo que o precursor dos coronavirus do grupo 2 adquiriu HE como resultado

de eventos de recombinação num hospedeiro com dupla infecção (MARRA et al.,

(22)

A proteína S (glicoproteína) é a principal proteína estrutural do envelope.

Esta confere a aparência espiculada do virion e é o principal alvo para anticorpos

neutralizantes. Contém epítopos específicos, sendo altamente variáveis entre os

diferentes coronavirus. A subunidade S2 forma a haste da espícula, responsável

pela fusão de membranas e formação de sincícios. A subunidade S1 forma o bulbo

da proteína S, é muito mais variável que a subunidade S2 e apresenta a função

biológica de ligação do vírus às células pela fusão do envelope viral com a superfície

celular (CAVANAGH, 2005). Por formar o bulbo da proteína S, a subunidade S1

contém a maior parte de sítios antigênicos, portanto o segmento do genoma que a

codifica é mais exposto a pressões seletivas imunológicas e, assim, mais propenso

ao encontro de polimorfismo que os demais genes e proteínas dos coronavírus

(Figura 1).

Em contraste, as proteínas M e N são mais conservadas entre os diferentes

grupos antigênicos (LIN et al., 2002b; LOA, et al., 2000). A proteína M tem como

(23)

FIGURA 1-Esquema da partícula viral dos coronavírus do Grupo 3, protótipo o IBV,

vírus da bronquite infecciosa das aves (fonte: DAVE CAVANAGH,

2005). M: matrix viral; N: nucleoproteína; S: glicoproteína.

A proteína não-estrutural mais estudada dos coronavírus é a RNA

polimerase RNA-dependente, que é produto do gene 1 (pol). Esta proteína é

responsável pela transcrição e replicação viral, sendo altamente conservada mesmo

entre espécies de grupos diferentes entre os coronavirus (GUY, 2003).

S protein

RNA

S1

S2

M

(24)

Estudos envolvendo o emprego das técnicas de imunofluorescência e

imunoperoxidase demonstraram que o TCoV realiza sua replicação primária,

primeiramente nos enterócitos do jejuno e íleo, predominantemente no ápice das

vilosidades intestinais e no epitélio folicular e interfolicular da bursa de Fabrícius. Em

embriões experimentalmente inoculados, a replicação ocorre exclusivamente nas

células do epitélio intestinal e epitélio da bursa de Fabrícius. Neste sentido, o

processo de transcrição viral ocorre no citoplasma celular e o TCoV adquire o

envelope pelo processo de brotamento, adquirindo membranas lipoproteicas do

retículo endoplasmático e aparelho de Golgi (GUY, 2003).

Como conseqüência desta infecção, as lesões macroscópicas são

observadas primariamente nos intestinos e bursa de Fabrícius. Nesse sentido,

duodeno e jejuno geralmente ficam pálidos e flácidos e o ceco distendido e com

conteúdo aquoso, acompanhados de atrofia de bursa, além de emaciação e

desidratação (GUY, 2003).

Da mesma forma, as lesões microscópicas são observadas nos intestinos e

bursa dos animais infectados. Nos intestinos ocorre o encurtamento das vilosidades,

o aprofundamento das criptas e diminuição do diâmetro intestinal. Observa-se a

separação da lâmina própria dos enterócitos e sua infiltração por heterófilos e

linfócitos. Mudanças nas células epiteliais também são vistas na bursa de Fabrícius

2 dias pós-infecção, como necrose e hiperplasia, assim como intensa inflamação

(25)

Em relação às propriedades biológicas, o TCoV é estável em pH 3 a 22°C

por 30 minutos e resistente a 50°C por uma hora, até mesmo na presença de 1M de

sulfato de magnésio. O vírus é inativado com clorofórmio a 4°C por 10 minutos. O

TCoV tem se mostrado permanecer viável em tecidos intestinais armazenados a -

20°C ou menos, por mais de 5 anos. Cresol e formaldeído são eficientes para

eliminar TCoV de ambientes contaminados (GUY, 2003).

O quadro de enterite ocasionado pela infecção viral afeta perus de todas as

idades e tem período de incubação de 1 a 5 dias (ISMAIL et al., 2003; SELLERS et

al., 2004), com morbidade podendo chegar a 100% (DALTON et al., 2002; HEGGEN

et al., 1998; LOA et al., 2000; SELLERS et al., 2004) e a mortalidade pode estar

associada a aves jovens, variando entre <10 a 50 % ou mais (CAVANAGH, 2004;

HEGGEN et al.,1998; SELLERS et al., 2004) e em aves adultas, a infecção

caracteriza-se como debilitante (CAVANAGH, 2004; 2005). Os perus com enterite

por coronavirus apresentam depressão, anorexia, hipotermia, desidratação, perda de

peso e secreção nasal (CAVANAGH, 2004; GUY, 2003).

O vírus também tem sido associado como um dos agentes causais da

“Síndrome da Enterite e Mortalidade dos Perus” (PEMS - Poults Enteritis and

Mortality Syndrome), uma doença caracterizada por alta mortalidade, severo déficit

no crescimento e imunodisfunção (CALIBEO-HAYES et al., 2003; CAVANAGH et al.,

(26)

como timo, bursa e baço, por estes serem alvos dos agentes da PEMS, com

conseqüente redução na resposta primária de anticorpos (HEGGEN et al., 1998).

A etiologia da PEMS, ainda, é desconhecida. Muitos agentes virais,

incluindo Coronavirus, Vírus da doença infecciosa da bursa, Rotavirus (Grupo D),

Reovirus e Adenovirus têm sido identificados em perus com PEMS (GUY, 2003;

HEGGEN et al., 1998; SPACKMAN et al., 2005). Além do coronavirus, outro vírus

fortemente associado a PEMS é um Astrovirus (CAVANAGH, 2004; ISMAIL et al.,

2003; SELLERS et al., 2004; SPACKMAN et al., 2005). Além disso, bactérias podem

exacerbar as conseqüências de uma infecção viral, entre elas a Escherichia coli (YU

et al., 2000). Na Carolina do Norte, aonde se concentram os maiores grupos de

pesquisa na área, o TCoV foi identificado em 63% dos lotes apresentando PEMS

(LOA et al., 2000). Porém, Carver et al. (2001), através de estudos indicam que

TCoV pode estar associado a PEMS ou não necessariamente, assim como somente

a infecção por TCoV não é suficiente para causar a síndrome na sua totalidade.

Segundo Ismail et al. (2003), a PEMS afeta principalmente perus com idade

entre 1 a 4 semanas. Os sinais clínicos (anorexia, perda de peso, secreção nasal,

diarréia, desidratação, déficit no crescimento) podem persistir por mais de duas

semanas. Cavanagh (2004) afirma que, se 40% ou mais das aves com idades entre

7 e 28 dias apresentarem esta sintomatologia e, as mortes excederem 2% neste

período, estas são consideradas acometidas com PEMS. Uma forma mais severa

de PEMS é chamada Spiking Mortality Syndrome of Turkeys (SMT) com mortalidade

(27)

ou mais dias consecutivos, a mortalidade pode ser de 1% ou mais. Uma forma

menos severa de PEMS é chamada Excess Mortality Syndrome (EMS) com

mortalidade abaixo de 1% em três dias consecutivos. Tanto a SMT quanto EMS

podem ocorrer concomitantemente no mesmo lote, indicativo de que outros fatores

podem estar presentes exacerbando a infecção viral (CAVANAGH, 2004).

Os TCoV são eliminados nas fezes de aves infectadas, com transmissão

horizontal, a partir de ingestão de fezes contaminadas e de materiais contaminados

com fezes, respectivamente. O TCoV é transmitido rapidamente no plantel ou de um

plantel a outro. Os principais transmissores mecânicos do vírus são o homem,

equipamentos, veículos, assim como aves selvagens, roedores, cães e insetos

(GUY, 2003).

É importante enfatizar que não existe vacina para TCoV (CAVANAGH,

2004; SELLERS et al., 2004), sendo o controle da enfermidade muito importante,

uma vez que o tratamento para a doença geralmente não obtém sucesso e não há

medicamento que previna a infecção. Além disso, a enterite por coronavirus não é

facilmente eliminada em áreas com alta concentração de perus (LOA et al., 2006).

Portanto, deve-se aumentar o monitoramento quanto à presença do vírus nos lotes,

e atuar com medidas preventivas, onde as de higiene são fundamentais. Os animais

devem, preferencialmente, ser separados por idade, pois este é um elemento

essencial para reduzir a incidência da doença. Outras medidas de biossegurança

devem ser tomadas, como remoção de aves mortas, diminuição do tráfico

(28)

é excretado em grandes quantidades nas fezes, qualquer indivíduo, inclusive os

humanos podem espalhar a doença, além de outros animais domésticos

(CAVANAGH, 2004). O Coronavirus bovino (BCoV), em infecções experimentais, foi

capaz de causar a doença em perus (ISMAIL et al., 2001), portanto devem-se obter

medidas de segurança quando houver tráfico entre essas duas espécies.

Calibeo-Hayes et al. (2003) relatam que mesmo com medidas de

biossegurança implantadas ocorreram surtos de TCoV na Carolina do Norte que,

coincidentemente, aumentam nos meses de verão, associado ao aumento da

população da mosca doméstica e, através de pesquisas, foi descrito que a mosca

doméstica pode ser um potencial transmissor mecânico. Portanto, um efetivo

controle em áreas endêmicas de TCoV é diretamente dependente do controle da

população desses transmissores mecânicos, por meio do manejo do lixo, remoção

adequada de aves mortas e uso intenso inseticidas.

Durante a década de 1980, análises sorológicas indicavam que o TCoV

possuía propriedades antigênicas próximas ao BCoV, sendo colocado no mesmo

Grupo 2 do coronavirus. Esta classificação permaneceu até o final da década de

1990, quando pesquisas demonstraram que os coronavirus, isolados de casos de

enterite em perus, são geneticamente e antigenicamente similares ao vírus da

bronquite infecciosa das galinhas (IBV - infectious bronchitis virus) (BRESLIN et al.,

1999; CAVANAGH, 2004; 2005; GUY et al., 1997; ISMAIL et al., 2003; LIN et al.,

2002b). Os resultados revelaram a existência de 85 a 90% de similaridade em

(29)

codificam as proteínas M e N (ISMAIL et al., 2003), sendo uma porcentagem alta, já

que estirpes de IBV diferem entre si na mesma proporção. Na região do gene que

codifica a glicoproteína (spike gene), recentes estudos revelaram que TCoV e IBV

possuem 34% de similaridade, sendo esta baixa, se comparada entre as estirpes de

IBV que possuem similaridade entre si de 75 a 85% e em alguns sorotipos até 60%.

Por outro lado, a proteína S de três isolados diferentes de TCoV

demonstraram 91% de similaridade na análise de seus aminoácidos, revelando um

alto grau de conservação se comparado ao que ocorre entre as estirpes do IBV

(CAVANAGH, 2005). Diante disto, o TCoV foi classificado no grupo 3 dos

Coronavirus, o mesmo grupo do IBV. Na mesma linha de raciocínio, Akin et al.

(2001), Breslin et al. (1999) e Loa et al. (2004) sequenciaram toda a estrutura

genética da proteína do nucleocapsídeo de TCoV e, constataram que > 90% de toda

a sua extensão compartilha similaridade com a nucleoproteína do IBV. Desde aí

então, esta região é escolhida para desenvolvimento de testes sorológicos que

envolvam a detecção de grupos específicos, por constituir-se de uma porção

conservada e altamente antigênica. É importante enfatizar, que o TCoV e IBV

possuem menos que 21% de similaridade na nucleoproteína com o BCoV (BRESLIN

et al., 1999).

Com efeito, Breslin et al. (1999) demonstraram também que a região 3`UTR

(untranslated region) possui 90,8-96,0% de similaridade entre os tipos de TCoV

quando comparados entre si, 78,5-94,4% de similaridade com o IBV e menos de

(30)

Estudos moleculares com IBV têm revelado que novos sorotipos e

genótipos podem surgir como resultado de pequenas alterações, ou mutações na

seqüência de aminoácido, do gene S1, além de poder sofrer recombinação durante

infecções mistas ou concomitantes (LIU et al., 2003).

Em estudos no Brasil, Ito et al. (1991), isolaram Coronavirus de faisões

(Guinea fowl) (PhCoV), a partir de uma ave doméstica adulta. A ave apresentava

emagrecimento, desidratação, enterite, pancreatite e nefrite. O isolamento foi

realizado em ovos embrionados de galinha de 9 - 11 dias de incubação pela via

córion-alantóide, o que originou como alterações embrionárias o nanismo e

enrolamento tipicamente observados na infecção pelo coronavirus. Na microscopia

eletrônica foram evidenciadas partículas virais semelhantes ao coronavirus; na

sorologia realizada em lotes de aves comerciais de postura observaram-se títulos de

anticorpos altos na técnica de inibição da hemaglutinação para o mesmo antígeno

obtido a partir do vírus isolado. Da mesma forma, os vírus de faisões podem replicar

na cavidade cório-alantóide de ovos de galinhas e têm sido associados a quadros de

nefrite (CAVANAGH, 2004).

Na Inglaterra, Cavanagh et al. (2002), em um estudo longitudinal,

demonstraram que coronavirus presentes em faisões (Phasianus colchicus), em

aves de postura e corte (Gallus gallus) e em perus (Meleagris gallopavo) possuem

um alto grau de similaridade genética, entretanto são biologicamente diferentes. Os

TCoV atingem o trato alimentar, incluindo a bursa de Fabricius, causando um quadro

(31)

TCoV que resultou em replicação viral, porém com ausência de doença clínica (GUY

et al., 1999 apud CAVANAGH, 2004). Em outro experimento, o TCoV demonstrou

baixa patogenicidade para aves domésticas (CAVANAGH, 2004). Entretanto, o fato

de ocorrer a replicação viral nos intestinos destas respectivas aves pelo TCoV, gera

suposição sobre o potencial papel das galinhas como carreadores transitórios do

vírus a infecção de lotes de perus susceptíveis (ISMAIL et al., 2001). Do mesmo

modo, IBV tem sido incriminado a apresentar replicação em outras aves galináceas

e, algumas não-galináceas, com ausência de sintomas clínicos, podendo, estas

aves, atuarem como transmissor de IBV, visto que as mesmas voam e podem

carrear estirpes de IBV por longas distâncias para outras espécies aviárias

(CAVANAGH, 2004).

A organização genômica do IBV é: 5`-replicase- S-3-M-5-N-3´UTR. Da mesma forma, o coronavirus dos perus e dos faisões apresentam a mesma

estrutura: 5´-replicase-S-3-M-5-N-3´UTR. Conseqüentemente, a classificação ficou mais clara onde tanto o IBV, como o TCoV e PhCoV foram classificados no mesmo

Grupo 3 (CAVANAGH et al., 2002), diferentemente dos coronavirus dos mamíferos,

que por sua vez, são sub-divididos em Grupos 1 e 2 (ENJUANES & CAVANAGH,

2001 apud CAVANAGH et al., 2002). O sequenciamento também demonstrou que

estes três coronavirus, de perus, faisões e galinhas possuem 97% de homologia em

seu genoma, portanto, são muito semelhantes. Entretanto, quando se avaliam seus

aspectos biológicos, pode-se observar diferenças marcantes. Diante das análises

(32)

evidenciaram-se no mínimo 5 espécies de aves susceptíveis ao mesmo coronavirus,

semelhantes ao IBV, na Europa e USA (CAVANAGH et al., 2002).

Recentemente, Gough et al. (2006) isolaram um vírus do papagaio

amazônico da face verde (Amazon viridigenalis Cassin) a partir de cultura celular

primária e por microscopia eletrônica foi sugerido ser um coronavirus, confirmado

pela utilização de um pan-coronavírus RT-PCR que amplificou parte do gene 1 que

codifica a proteína não-estrutural RNA-dependente RNA polimerase. A seqüência

obtida de 66 aminoácidos resultou em 66-74% de similaridade com as seqüências

dos coronavirus dos Grupos 1, 2 e 3. Porém, muitos outros pares de primers que

produzem produtos na reação de PCR correspondendo aos genes 3, 5, N e região

3`UTR do IBV, TCoV e PhCoV, não amplificaram nenhum dos genes estudados,

sugerindo haver um novo coronavirus, sendo pela primeira vez descrito em espécie

de psitacídeo.

Um outro estudo feito por Jonassen et al. (2005), identificou um novo

coronavirus isolado a partir de espécies de aves selvagens (Anser anser, Columbia

livia, Anasplatyrhynchos), afirmando pertencer ao Grupo 3 dos coronavirus aviários.

No Brasil, não há nenhum relato da situação desta doença, bem como a

presença deste vírus circulando entre os plantéis de perus comerciais. A extensão

da infecção por coronavirus em perus, além da Inglaterra e América do Norte, é

(33)

De acordo com Heggen et al. (1998), as células imunocompetentes

envolvidas na resposta celular da PEMS são os monócitos e macrófagos

(denominadas heterófilos nas aves), demonstrando que a imunedisfunção

relacionada a PEMS é associada à atrofia de órgãos linfóides, reduzindo a resposta

de anticorpos. Neste sentido, a PEMS causa alterações nas células

imunocompetentes, incluindo uma baixa regulação da função dos macrófagos,

redução na expressão da subpopulação de linfócitos no timo e alterações na

proporção de linfócitos CD4+:CD8+ no baço. A imunidade humoral e celular foram

estimuladas em perus, experimentalmente infectados com o TCoV, onde a

proliferação de linfócitos aumentou a partir de 3 dias pós-infecção (PI) em um dos

experimentos. A presença de IgA foi observada nos intestinos até 7 dias PI, com a

resposta declinando de 14 a 28 dias PI, em contrapartida, a resposta de IgG

aumentou a partir de 21 PI e manteve-se alta até 63 PI (LOA et al., 2001).

Entretanto, a mensuração de anticorpos sistêmicos pode não ser um indicador

seguro da imunidade local. A interação entre a cinética e magnitude da resposta de

IgA na mucosa intestinal em perus e em infecções agudas por coronavirus em perus

não são completamente entendidas (LOA et al., 2002).

O diagnóstico da infecção por TCoV geralmente necessita de suporte

laboratorial, uma vez que diversos patógenos, como outros vírus, bactérias e

protozoários de perus podem provocar sinais clínicos e lesões semelhantes, dessa

(34)

Os meios diagnósticos laboratoriais são baseados no isolamento viral (IV),

microscopia eletrônica (ME), sorologia, ou identificação de antígenos ou RNA viral

de tecidos ou conteúdos intestinais, bem como da bursa de Fabricius (GUY, 2003).

No que tange ao isolamento destes agentes virais, o IBV e o PhCoV podem

ser propagados em ovos embrionados de galinha livres de patógenos específicos de

9-11 dias de idade, inoculados pela via córion-alantóide. Já o TCoV propaga-se com

sucesso em ovos embrionados de galinhas e perus, quando inoculados na cavidade

aminiótica (GUY, 2003; ISMAIL et al., 2003). Somente são encontrados vírus dos

intestinos, gema e bursa de Fabricius dos embriões de perus inoculados (GUY,

2003).

Entretanto, face à importância de se isolar o patógeno envolvido no quadro

clínico, essencial para estudos fundamentais, análises antigênicas, produção de

vacinas e observação de patogenicidade, este procedimento é demorado e

necessita de fornecimento contínuo de ovos embrionados livres de patógenos

específicos, o que torna esta técnica cara e laboriosa (CAVANAGH et al., 1997).

Muitas tentativas feitas de se propagar TCoV em cultura celular, de aves e

de mamíferos, não obtiveram sucesso, embora Dea et al. (1989) descreveram o

isolamento de TCoV em células HRT-18, uma linhagem derivada de

adenocarcinoma de reto humano. Esta célula, por sua vez, tem sido reportada como

susceptível a estirpes de coronavirus bovino, canino e humano. A susceptibilidade

(35)

características normais do enterócito, particularmente, a presença das

microvilosidades, nas quais os receptores virais estão provavelmente localizados.

Uma outra possibilidade seria a presença de receptores específicos nas células

HRT-18 para os coronavirus bovinos e de perus como resultado da transformação

oncogênica. Porém, Guy (2003) não corrobora com a hipótese de isolamento em

células HRT-18, assim como outros pesquisadores. Segundo o autor, as

discrepâncias entre recentes estudos genômicos e antigênicos de TCoV e prévios

estudos que indicavam similaridade entre TCoV e os coronavirus do Grupo 2 são

difíceis de explicar. De acordo com o pesquisador, estes estudos foram baseados na

propagação de TCoV em células HRT-18. Talvez esta propagação tenha ocorrido

por um erro laboratorial e resultou na contaminação do meio de cultura ou das

células HRT-18 com coronavirus do Grupo 2, como um coronavirus bovino,

concomitantemente ao se propagar o TCoV, levando a suposições errôneas que os

efeitos citopáticos e atividades hemaglutinantes produzidas ocorreram em

decorrência da infecção por TCoV.

Por outro lado, quando o isolamento do agente não é essencial e sim a

detecção da sua presença, as técnicas de biologia molecular com sensibilidade,

sensitividade e rapidez, tornam-se ideais para diagnóstico. Aliado à dificuldade de se

isolar o TCoV que, por sua vez, só se propaga em ovos embrionados de perus

quando inoculados na cavidade alantóide ou cório-alantóide, a detecção dos

coronavírus através da técnica de RT-PCR (Reverse Transcriptase Polimerase

Chain Reaction), torna-se uma alternativa ideal. Na Grã-Bretanha, em estudos

(36)

2002), a técnica de RT-PCR é a de escolha, tendo sido largamente utilizada para o

diagnóstico de diversos patógenos de amostras clínicas devido a alta sensitividade

(LOA et al., 2006).

Além do isolamento viral, os meios diagnósticos mais freqüentemente

utilizados para detectar infecção por TCoV são a imunofluorescência (IF) direta e

indireta em cortes de congelação, a imunoperoxidase (IP), microscopia eletrônica

(ME), imuno ME, ELISA de captura e a reação de PCR (SPACKMAN et al., 2005).

A IF é mais rápida que o isolamento viral e apesar de ser um dos mais

importantes métodos para medidas de controle de PEMS na indústria de perus (LOA

et al., 2000), requer microscópio com luz ultravioleta, anti-soro específico para o

vírus e cortes de congelação de tecidos sem início de necrose (BRESLIN, et al.,

2000), além de ser altamente laboriosa e demorada, principalmente quando aplicada

a um grande número de amostras clínicas (LOA et al., 2000).

Por outro lado, a ME necessita de grande quantidade de partículas virais

para que seja possível a visualização (SELLERS et al., 2004). Então, a identificação

definitiva do TCoV pode ser realizada pela imuno-microscopia eletrônica, porém é

necessário um anti-soro específico, além do microscópio eletrônico e de

(37)

A técnica de imunoperoxidase (IP) tem sido aplicada com sucesso para o

diagnóstico de muitas infecções virais, evidenciando o antígeno viral no tecido, tendo

como vantagem em relação a imunofluorescência o uso do microscópio

convencional e dos detalhes histológicos serem preservados, além da maior

sensibilidade (BRESLIN, et al., 2000; HUSSAIN; NAGAJARA, 1993).

As reações imunoenzimáticas, preservada as suas características

biológicas, têm sido empregadas no diagnóstico de TCoV. A detecção de TCoV por

ELISA de captura foi demonstrado por Loa et al. (2000) usando IBV como antígeno.

Este método não pode diferenciar TCoV de IBV devido a reação cruzada de

anticorpos (LOA et al., 2006), por isso, as placas de ELISA comerciais disponíveis

anti-IBV, podem detectar anticorpos anti-TCoV com a mesma eficiência quanto a alta

sensibilidade e especificidade para IBV, não havendo reação cruzada com

anticorpos específicos contra diferentes vírus aviários, como o rotavirus, reovirus,

adenovirus ou enterovirus (LOA et al., 2000). Embora a detecção de anticorpos seja

conveniente e barata, a soroconversão pode demandar tempo e tornar, dessa forma,

o diagnóstico tardio.

A modalidade de ELISA de captura tem se mostrado altamente sensível

(93,1%) e específica (96,7%), quando comparado com a IF indireta (GUY, 2003),

além de não ser necessário o uso de equipamentos caros e cortes de congelação de

intestinos de embriões ou células da bursa de Fabricius de perus infectados

experimentalmente com TCoV. Para tanto, o desenvolvimento de ELISA de captura

(38)

qualidade, o que dificulta a sua aplicabilidade. Outro fator preponderante é a

inabilidade de propagar TCoV em cultura celular. Diante disso, os antígenos são

adquiridos a partir de intestinos e conteúdos intestinais, o que limita os ensaios

biológicos obtidos pela inoculação experimental em ovos embrionados de perus

livres de patógenos específicos (GUY et al., 2002; LOA et al., 2000).

Para a realização da sorologia, o ensaio de ELISA bloqueio de fase líquida

(ELISA-BFL) mostrou ser altamente específico (95,3-100%) e sensível para

detecção de anticorpos anti-IBV, demonstrando ser mais eficiente que a técnica de

soroneutralização (SN), sendo uma alternativa para a detecção de anticorpos contra

IBV entre os diagnósticos de rotina (CARDOSO et al., 1999). Da mesma forma, a

técnica de ELISA-BFL demonstrou melhor sensibilidade relativa que as técnicas de

ELISA sanduíche (ELISA) e ELISA indireto (I-ELISA), apesar das técnicas de

S-ELISA e I-S-ELISA apresentarem maior especificidade relativa (CARDOSO et al.,

2001). Vale ressaltar, que a alta especificidade dos testes sorológicos é relevante,

no que tange a sensibilidade em aves domésticas, compensada pela análise de

grande número de amostras de soro (CARDOSO et al., 1999).

A técnica da Reação em Cadeia pela Polimerase (PCR) para detecção de

ácidos nucléicos de amostras clínicas tem a vantagem de ser mais sensível e

específica se comparada com outros métodos diagnósticos convencionais

(BRESLIN, et al., 2000). Entretanto, a sensibilidade e especificidade da PCR podem

ser influenciadas pela natureza das amostras, pois algumas amostras podem conter

(39)

da PCR, sendo que para mantê-la alta, pode ser necessária a purificação prévia do

RNA para remover estes inibidores, evitando resultados falso-negativos (LOA et al.,

2006). Segundo revelam Spackman, et al. (2005), as amostras de swabs cloacais se

mostraram adequadas para o diagnóstico de TCoV e obtiveram correlação positiva

para detecção viral por RT-PCR com as amostras de tecidos intestinais,

apresentando as vantagens da facilidade da coleta a partir de um grande número de

animais e do processamento das amostras serem mais fáceis quando comparadas

ao das amostras de tecidos intestinais, economizando tempo e dinheiro, além não

haver necessidade de eutanasiar as aves.

A PCR permite amplificar um segmento específico de uma molécula de DNA

usando dois primers ou iniciadores (seqüências curtas de nucleotídeos)

complementares às extremidades do segmento que se quer amplificar e uma DNA

polimerase. Na reação, a molécula de DNA é inicialmente desnaturada pelo aumento

da temperatura ocorrendo separação da dupla fita. Com a diminuição da

temperatura o primer se pareia ou hibridiza com a seqüência complementar presente

nas extremidades do segmento que será copiado. A partir do primer, a DNA

polimerase sintetiza o trecho de fita complementar a cada uma das fitas originais. Os

ciclos de desnaturação, hibridização e extensão se repetem muitas vezes,

resultando em milhões de cópias do segmento desejado, sendo o primer escolhido

responsável pela definição do segmento de DNA que será amplificado. Outros

fatores que influenciam na especificidade da reação são a temperatura de

anelamento, concentração de magnésio, o conteúdo de bases C e G do primer,

(40)

A técnica de RT-PCR permite amplificar trechos codificantes a partir de

moléculas de mRNA, onde após a extração do RNA sintetiza-se uma fita única de

DNA complementar ao mRNA (cDNA) a partir de uma enzima transcriptase reversa

de origem viral. Então, a partir do cDNA emprega-se o método usual de PCR para

amplificação (EÇA et al., 2004).

A reação de multiplex RT-PCR tem sido recentemente descrita para

detectar inúmeros vírus respiratórios aviários e pode também ser incorporada na

rotina diagnóstica de inúmeros organismos e contribuir para um efetivo manejo e

controle de surtos virais (SELLERS et al., 2004).

Para se detectar coronavirus das aves pela técnica de RT-PCR, muitos

isolados de IBV, TCoV e PhCoV foram seqüenciados, principalmente a região da

glicoproteína (S). Em virtude da alta variabilidade deste gene entre estes vírus, não

se apresenta como o mais adequado para selecionar as seqüências com as quais

são feitos os oligonucleotídeos iniciadores (primers) para a detecção dos coronavirus

do grupo 3. A outra região mais seqüenciada é a do gene no nucleocapsídeo N e da

região 3`UTR. Os nucleotídeos da região 3`UTR é uma das partes mais conservadas

do genoma do IBV, sendo essencial para replicação. A partir disto, foram

desenhados primers UTR3-/UTR4+ para detectar 25 isolados diferentes de IBV,

então estes foram modificados com seqüências adicionais dando origem aos primers

UTR11-/ UTR41+ tornando-se viáveis para detecção de TCoV e outras novas

estirpes de IBV. Os primers UTR11-/ UTR41+ têm demonstrado serem efetivos e

(41)

confirmando a natureza altamente conservada da região 3`UTR (CAVANAGH,

2005). Devido à similaridade genômica e antigência do IBV e TCoV, a técnica de

RT-PCR para detecção de TCoV em perus foi desenvolvida com primers previamente

utilizados para a detecção do IBV (BRESLIN et al., 2000).

Stephensen et al. (1999) utilizaram os primers 2Bp e 4Bm para amplificar

uma região conservada do gene RNA-dependente de RNA polimerase (gene pol)

entre diferentes coronavirus que, inicialmente, foram utilizados para diagnóstico de

TCoV a partir de amostras intestinais. Entretanto, os resultados dessas reações de

PCR não foram consistentes em muitas triagens. Além do mais, os ciclos utilizados

foram longos e complicados em comparação com a utilização de outros primers

descritos em outros estudos (LOA et al., 2006).

Neste sentido, Breslin et al. (2000) demonstraram através de estudos que

RT-PCR é um método eficiente para detectar TCoV de conteúdos intestinais, sendo

mais sensível que a imunohistoquímica, menos laboriosa e menos dispendiosa em

relação ao tempo, que o isolamento viral, pois a RT-PCR pode ser concluída num

período de 24 horas, sendo portanto uma alternativa para os procedimentos

convencionais de diagnóstico.

Da mesma maneira, Velayudhan et al. (2003) confirmam a alta

especificidade, sensibilidade e rapidez da técnica de RT-PCR se comparado com

(42)

concentrações do RNA viral mensurados através de espectofotometria, foi também

testada a especificidade dos primers utilizados no trabalho para detecção de TCoV

com outros RNA e DNA vírus aviários. Os autores também demonstraram que os

primers desenhados com base na proteína S do genoma do IBV amplificaram

somente IBV e não TCoV, nas mesmas condições dos primers para TCoV. As

amostras positivas e negativas haviam sido previamente testadas pela IF,

obtendo-se os mesmos resultados.

Segundo os mesmos autores, as amostras oriundas de conteúdos

intestinais, o que pode acarretar inibições enzimáticas da reação de RT-PCR. Um

procedimento muito comumente adotado é a centrifugação do material clínico,

gerando um sobrenadante utilizado para a detecção de TCoV. Os resultados

falso-negativos das 16 amostras positivas testadas pela IF e RT-PCR foram nulos,

indicando que este procedimento foi simples e altamente eficiente, principalmente

quando se tem grande número de amostras a serem processadas. Porém, quando a

mesma RT-PCR foi usada pra testar BCoV e TGEV dos suínos, produtos foram

amplificados com temperatura de anelamento de 55°C, mas não a 60°C, fato que

pode ser atribuído pela amplificação não-específica a baixa temperatura de

anelamento. Outra hipótese deve-se a similaridade genômica entre TCoV e BcoV,

descritas em diversos estudos anteriores (VELAYUDHAN et al., 2003).

Diante de todo exposto e, face aos escassos trabalhos existentes com

TCoV no Brasil, aliado ao crescimento acentuado da produção de perus no mercado

(43)

investigação científica. O objetivo principal está alicerçado na detecção da presença

de TCoV em perus acometidos por quadros agudos de enterite. Em virtude da

literatura consultada, incriminando o vírus como um dos agentes etiológicos de

enterite e diarréia nos plantéis de perus, acarretando sérias perdas econômicas nos

Estados Unidos e Canadá, a detecção precoce do vírus por meio de métodos de

diagnóstico rápidos, específicos e sensíveis, pode colaborar para que sejam

tomadas medidas adequadas de biossegurança no controle e profilaxia desta

(44)

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(52)
(53)

OBJETIVO

- Detectar a presença de Coronavirus de perus (TCoV) em aves comerciais de

30-100 dias, acometidas de quadros agudos de enterite, a partir de diferentes

materiais;

- Testar diferentes condições de RT-PCR na detecção de TCoV de materiais

provenientes de swabs cloacais, suspensão de intestinos com conteúdo

intestinal, sem conteúdo intestinal, suspensão de bursa de Fabrícius, fezes

individuais e pool de fezes de lotes de perus, apresentando quadros de

enterite;

- Aplicar a RT-PCR nestes diferentes materiais visando a amplificação da

região 3´UTR e nucleocapsideo do TCoV, e comparar os resultados positivos

e negativos com os achados da histopatologia e imunohistoquímica.

- Avaliar as lesões histopatológicas em cortes de intestinos e bursa de

Fabricius.

- Aplicar a técnica de imunohistoquímica em cortes de tecidos de intestinos

para detecção de coronavirus.

- Detecção de anticorpos contra TCoV, com a utilização do Kit comercial IDEXX

(54)

(55)

Turkey

Coronavirus

(TCoV) detection from field samples of

affected poults in Brazil.

Maria Cecília B. Teixeira

1

, Maria Cecília R. Luvizotto

2

, Heitor F. Ferrari

2

,

Analy R. Mendes

3

, Sérgio E.L. da Silva

4

, Tereza C. Cardoso

1*

1*Departamento de Apoio, Produção e Saúde Animal, da Faculdade de Odontologia,

Curso de Medicina Veterinária, Rua Clóvis Pestana, 793, Universidade Estadual

Paulista, Araçatuba, SP, CEP 16.050-680, Brasil, 1PhD student Mestrado em

Ciência Animal, Curso de Medicina Veterinária, UNESP-Araçatuba, SP, Brasil. 2

Laboratório de Patologia, Departamento de Clínica, Cirurgia e Reprodução Animal,

Curso de Medicina Veterinária, Rua Clóvis Pestana, 793, Universidade Estadual

Paulista, Araçatuba, SP, CEP 16.050-680, Brasil.

3 Fellowship by Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo-FAPESP,

Brasil 4

PhD student Universidade Federal de Uberlândia-MG, Brasil

Corresponding author 1* Tereza. C. Cardoso

Departamento de Apoio, Produção e Saude Animal Curso de Medicina Veterinária

Rua Clóvis Pestana, 793.

16.050-680 Araçatuba, SP, Brasil. Fax: +55-18-622 6487

(56)

Abstract

The Poult Enteritis Complex (PEC) has been incriminated as the major cause of

losses in other countries, and especially, in this study, was described causing

diarrhea, weight gain and most of the time, high mortality. In this study, it was

performed the turkey coronavirus (TCoV) detection from 30-120 day old affected

poults from a particular producer region in Brazil. The RT-PCR was applied in

intestines suspensions (IS), respective intestines contents (IC), bursa of Fabrícius

(BF), faecal droppings (FD) and cloacal swabs (CS) to amplify the 3´UTR conserved

region and TCoV nucleocapsid gene. The histopathological and direct

immunohistochemical examinations were performed to detect the TCoV antigen from

infected intestine and bursa slides. All results obtained from stained tissues, revealed

lesions described to be caused by TCoV infection. The direct immunohistochemical

positive signal was present in all intestine slides, however all BF analysed were

negative. RT-PCRs findings were positive for TCoV in all FD samples, and 27,27% of

CS analysed were positive for 3´UTR and TCoV nucleocapsid region. From the total

sera samples analysed (n=200), 157 were positive for TCoV (78,5%), with titers

higher than ≥ 0.18 OD (optical density), and 43 were negative (21,5%), however

respective birds were described as having clinical symptoms. Finally, the best field

material for TCoV diagnosis was FD and/or intestine suspensions (IS), resulting in a

first description of TCoV affecting poults in Brazil.

Referências

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