A FORMAÇAo OE RECURSOS HUMANOS PARA O ENS1NO OE l ' GRAU NO ESTAOO 00 AMAZONAS.
VALOETE (A LUZ CARNEIRO
-
- - - -
-A FORM-AÇ-AO DE RECURSOS HUMANOS PARA O ENSLNO DE I" GRAU NO ESTADO 00 AMAZONAS
VALDETE DA LUZ CARNEIRO
Q1S5erteç~o apr~sentada como
re-qu1s1to parcial pera a obtenção
do grau de Mestre em Educação.
RLO DE JANEIRO FUNOAÇAO GóTOLIO VARGAS
INSTITUTO DE ESTUDOS AVANÇADOS EM EOUCAÇAO
DEPARTAMENTO DE ADMINIS TRAÇ ÃO DE SISTEMAS EDUCACIONAIS
·.
.
.
Ã
lIJ.inha mae.Ã memolti.fl.
de'. m('u .ÜUÚI.O ,Va(/! .ütó Ca lliJc,i/to r--i.tllo
AGRADECIMENTOS
Todo trabalho de investigação depende basicamente da·possibilidade de S8 conseguir obter. além de uma orienta
çeo segura. recursos e dados necessários
80seu
desenvolvimento . Para a el a bor açe o de s t a disse rt açã o c o ntei c om o a u
-x i lio da Fundação Universidade d o A~ azo n ds atrav9S de u ma
bolsa oferecida já no período em que 1n1c1e1 Bste trabalho • com e qual f01 possível manter as condições mínimas para
o seu andamento. A assa Universidade rSl1stro os meus
alra-dac1manto8 paIo apoio financeiro recebido.
No paríodo da junho a julho de 1976. quando real! za1 a coleta da dados, pude contar cpm a colaboração da Ora. Em1na Barbosa Mustefa. entio subsecretária da Educação a Cultura do Estado do Amazonas. a quem sou grata por haver possibilitado a concretizaç~o dessa tarefa. permitindo o acssso 80S dados disponíveis. Quero ~gradec8r. particular-mente. a colaboraçio da Professare Lídia de Oliveira Neta. chefe do Oepartamento Normativo da Secretarie da Educaçio a Cultura. como tambim de Odete Martins Lopes e Sara de 011-veira Souza. do mesmo Departamento. Agradeço ainda
ã
Coor-denadora do Ensino ae 1 9 grau e seus assessoresJ às Profas saras Euc11dia Granahem Filha. coordenadora do Projeto Aj~ ri 11. Enad1na Hosann~h de Araujo. da Equipe de Currículo a Francisca Matos. coordenadora do Projéto Suma~maJ ao Profes sor José Alves pelos esclarecimentos prestados sobre as li-cenciaturas curtas. e a todos que. do alguma forma. contri-buiram para esta realizaç~o.Agradeç~ especialmente. ao Professor Usmar Fávero pelas orientaç58s recebidas durante toda a fase de elabora-çeo desta dissertação, assim como 80 Professor Luiz Felipe
RESUMO
o objetivo desta dissertação
é
mostrar como s. pr~ cassou o desenvolvimento de política da formação da recuraos humanos pare o ensino de 19 grau no Estado do Amazonas, l.v~de e efeito atra v és d o s cursos de habilitação realizados com o apo i o da Secr e ta ri a da Educação e Cu l t ur a .n o perí odo 19 7 2-1975. durente 8 fese ln1c1al de implantação de Lei n 9 5.692/71.
Essa. cursos, am
saraIministrados
da forme •• po·rádica no interior. constituam 0\ objeto desta astudo. o qual
aborda diretamente o problema da formação dos quadros do ma-gistériO estadual. num níval ainda preliminar, 8ujeito a
re-visões a complementações. Todos os cursos analisados
cDnfll~ram-S8 como 08 mecanismos mais importantes da concretização da política de formaçio do magistério para o ansino fundamen tal do Estado: aio cursos de habilitação supletiva a nível de I' e 2' graus. programados para capacitar os professor.s leig08 do interior. 8 cursos de nível superior. as l1cencia-turas curtas. realizados através de convênio com UniverSida-des de outros Estados que mantãm campus avançado em diver80S municípios amazonenses.
o estudo i de car~ter descr~tivo explorat6rio a nio comporta o levantamento de hip6tes8S para testes e com-provação. TodoB os dados foram coletados junto
i
Secretaria da Educação a Cultura do Amazonas. onda selacionamo8 as fo~tas de informação relacionadas
8
polí·tica aa formação de r~ cursos humanos. Ap6s o recolhimento dassas fontes. proceda-mosà
leitura a sBlação dos conteúdos e. posteriormente.8
descrição a an~lise do problema ae formação do magistério. a qual foi reiTIZada nos moldes de urn tS formação acel.r~da.AGRAOEC'IMENTOS RESUMO
INTR OOUÇAQ
S UMA R I O
1. O e NS INO OFI CIAL NO eST AOO 00 AM AZO NAS
Pg.
1
8
1.1 . o contexto geogr~flco em que se insere o ensina e
1.2. Breve hlet6rlco do ensino oflcial no Amazonas
2. A POL!TICA OE FORMA~AO OE . RECURSOS HUMANOS PARA O ENSINO OE l ' GRAU
2.1. A política de formaç~o a nível 06c10n61
2.2. A política de formaç~c no Amazon j ~s
2.2.1. Atuallzaç~o e aperfalçoarnento do
magistério
2.2.2. 05 cursos de habl11taçeo
A. Habilitação supleti v a - Projeto Sumaúma
B. Projeto Ajurí 11
C. Os cursos de licenciatura curta
3. ANALI SE OOS CURSOS OE HABILITAÇAo
3.1. A clientela e suas condlçSes de ingre s so nos cursos de habilitação
3.2. Os níveis e os conte~do s de form ~ lç;o
CONCLUSAO BIBLIOGR AFIA
16
33
33
40
43
55
56
60
63
68
68
79
88
LISTA DE TABELAS E QUADROS
. 1. Cursos de etuellzeç~o e aperfeiçoamento. Metes estabelecidas para atendimento do meglst~rl0 -Estado do Amazonas 1972-1975.
2 •. Aperfeiçoamento do magistério p /!lra o ensino de 19 grau - Estado do Amazonas 1972.
3. A tu a li z a ç~o do m a g i st ~r lQ par a o e n s i no d e 19
gra u - E~tado do Anl8zonaa 137 2
4. Aperfeiçoamento do maglst~rl0 p~ r a o ensino de
1 9 grau - Estado dp Amazona~ 19'3.
5. Atuallzaçio do magistério para o ensino de 19
grau - Estado do Amazonas 1973.
6 . Aperfeiçoamento do maglstirl0 p~ra o ensino de 19 grau - Estado do Amazonas 1974.
7. Atuallzaç80 do magistério
para ()
ensino dã 1 9 grau - Estado do Amazonas 1974.6. Atu~'-llzi!!lção do magistério para ,) ensino de 1 9
grau - . Estado do Amazonas 1975.
9. Professores do ensino primário por nível da qu.!
liflcaç~o e sltuaç~o funcional - Estado do
Ama-zonas 1971.
10. Alunos atendidos pelo Projeto S ~ maQma - Estado do Amazonas 1972.
11. Projeto Ajurl 11 - NQmero de professores forma-dos em re18ç~o ~s matas estimadas nos planos de
Pg •
48
48
49
50
51
52
53
54
70
aplicaç~o - Estado do Amazonas 1972-75 76
12. N~mero de pessoal docente da capital e do inte-rior no ensino m~dio segundo quallficaç~o - Es-tado do Amazonas 1971.
13. Cursos de licenciatura curta - nQmero de alunos matriculados por municípios onde foram realiza-dos os cursos~ em comparaç~o cOln o nQmero de va
77
INT ROVUÇÃO
Est e tr ab~ ltlo tem como objetivo principal cst u
-d ar o d ~se n vo l vimento d~ palftlc a d e ~ormaç ~o de rDcurso~
hu mano s par a o. ensino d e } 9 grclu n o Est ado do Amazonas .
a-tr e vi s da an ~l i s8 dos rn cca n lsmoD ut i li zados n o perí odo d e
1972 a 1 975 par a sue con crot izaçQ- .
Con hecer n ossa r ea lidad e educ ~ lclon a l mediante os
tud os d essa n atureza ~ u ma manel~a de desenvolver a r
efle-x~o c r í t i ca sobre a~ qu estões fund ame nt ais da no ssa cduca
-çao. Est a " ge r a u ma for ma d e consci~ n cla : torn a exp I fei
-to s os valores e"os proj e-tos do indivíduo e d a soc iedad e,
i sto
é,
o sistema de sign i ficações em que amb os se s u sten-t am e as idéias n orm~t iv as qu e polariz am o r C5pectlvo din ~
mi smo em busca de' n ovos valores ou d o r ejuvenesc imento das
val ore s an ti gas ."l
A que stia da far maçio profissional na area do me
gl sté ria tornou _se crucia l nos últim os tempos, já que tem
sido dificil faze r a c onc ili aç~o e ntr e a "qu antidade post~
la da p ela
dcmocratizaç~o
educa~ionDI,·2
e a Qualidade d op ro fissio nal que , em ge ra l , recebI:: u ma f 1ormar;il o in campat !
-v e l com as ex i ginc~as do t em po educacional em Qu e a tua. Is
to demons"tr a , de c e rt a { a nHoI , em relação à que l id.;::do a ser
fi xada para a f ormaçio d o magist &r io , uma percepçac pouco
p r o f u n da Qu a n to a s u a flexibilidilde pois a form~ção de do
c e n tes e especia l istas em educação estil, quase sempre , dos
vin culada da s coisas que se r efere m ~ rea~id~de oducaci~
-nal do p u lso Co mo afirma Ourmpvel TriEU(!ir o "Mendes , o pr~
ce ss o ~du caciana l no Brüsil c onsiste em el ar um "saber j iÍ o.!:.
ganiza do, petrific ad o sob r e urna ciinci~ da educoçilo ;qu e
pl' osc1ndc da "pr ax l~" e dil r a flcx50 sobl'c il musma . quando.
ao contr rir l0 . toda il formaç~o corr os pond e nte ao m a cist~rio
d everia partir de questionnmentos lcvan tado 5 sobre o qu e f azem esses profiss io nai s da oducaç5o . como e p ara que fa
3
zem.
Não obstanto a educação se j a considerada como fa
tor de des e nvolvimento socia l. dev endo po~t a nto ser plane-Jad a para contribuir de nlodo efetivo para o m e~m o.
n~ o se formou . por com pleto . um "sistema n ormativo"
ain da
q ue
pos sa suprimir as "ten dincias vegeta tiv as" on ado o c rescimento do en si no no· Brasil . 4
que têm impuls!
O pla ncjdmento edu cacional ainda nao cons e guiu in teg rar a quanti ~ade e a qu alidade da edu caçio . de forma a fazi-Ia de s empenhar "o
p apel de instrul ~e nto de correçio das d esi gu aldades lnjus
-i 1 • . 5
ta s pro duz das pe a ordem econom1ca ". ExistEm diferenças gr itant t! s na qualidade do e n si n o em geral como t ambim na qu alidade do magist Ério que at u a n o nível. fundamental des
~c ensino.
Uma erande q uantidade de escolils .
.
.
prin cipalmente pú blicas . fun cionam sem condições . t ünto em relaç ão aost eríais quanto aos recurso s humanos . O n ível
recursos me de formação d C5s cc úl t imos é büstante insatisf ató rio e d elec na o se p~
d e e5perar . portanto . grande contribuiç~ o à produtividüoe do ensino . J uitamente 05 menos prepar ados atuam junto as
p opu l ações economicamente desfavorecidas . of erece ndo ao a lu no apenaG o mínimo do q ue é exigido em termos de quantid aquantide e qualiquantidaquantide quantide ensino. quantidentro quantidos lilnitcs quantido seu quantides
-6
pr eparo profissional e i ntelectual .
3 . I dem. op . cit.,. p.168-9 .\
4 . Idem. op.cit •• p.1 50
5. CUr\!IA . Luis Anton io Constent Hotlrir,ucs d1. Erl~u:a.,;3!:.._r~~l!!!!.I.I("11\'~~r:D
tJLJ&c;Lll ncL!l..L!ill. Rio de Jt1flcil'O. F,l\lvcs.187~ I .p.S ,l-:i .
-6. Com rt:1Llç'::o u C:i!>C P:'O~lC;lIcl cxi~tt::n <tlr,UI~!> C~t.lJd 05 fcito~; , I"cçn
rc-f(l ·ê~nciit ilO~ tr'lt:'llh("\!:. c!c lui! . I\nlonin C,r ~ ,d íl Cunhd cit,~dn flcif~U , ( 'Pt'Ciil l rnvlltc r·,w Ilulu:\ p.111-7Sõ CLiudjo t.lc 1"1111 1f"<1 r't::lx·o - C GC
n.:in h ouvcl' l 'ldrh'j[::lL'n~o (t1lJlCdcir:Il,Il? (]n: 131:\/j:,[<1 Ih·.,·dJr'illl ('"
[:3,.-t lJ[!f.0...l~º.1Í~Jc. ::!!l . lido I lol'ii'(U1t.l:. lb liv(!I:,jd,,[!,~ fl:l! I')'ill ele I":;n!!j
["r-l·dÜ \ .('1L):G ~-{iU . jilll.El/ü); e;:, pl~::,qlJi!·,~1 de !lp.1I'C'ci,:'t .Joly r.otlv'-'i.J.
"O nív e l de jn~;lrut .. ,-!O (!O~; rl·Orf'~;!;()I·t'!; dn en~;illo II1~djG . {jn:r: f Vit.1.il
nr'l:"ilt·i l·t\ dI"' I ~~llId ,'~i i "·d·w.li"irll!: .
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Por a mol hor oquocion~r a formaç5o intelectual dos d ocentes o e , poci a l lst ~ s poro o sistoma do onsino , o Min i s·
t õr i o de Educaç50 e Cultur~ determinou umn po l ítica de for-maça o de re c ur~o ~ humanos que se desenvolve em todo o torri t ório nacion ~ l. com a assistência técnica do Depar tamento do Ensino Fundam enta l. Refe rindo · se
à
e xpa nsã o e à melho -rl a do onsino do 19 grau , ossa p o lí t i ca objetiva h ab i l i t arl e~alment ~ , em n íveis que devem helcv e r-se prog re s sivame nte
ej u s tando·se
is
diferenças regio n ais ~ o paí.s . • •• " prof css ~ r e s e especi a li stas em educ ação .A
pertir desse objetlv o ~f ixado no artigo 29 da Lei n9 5 . 692/71 , for am definid os os
níveis de qua1ifi caç~a do magistério p ara o exercí c i o pro -fl ssion al n a~ oito séri es do ensino f u~ d ame nt al, os qu ais c om preendem a hab ilitação em ní ve l d a 29 e 39 gra u. Este Gl ti mo decdob ra-se em h ab i lit a çio su pe r i or d e cur ta dur aç ~o c
em l i ce nciatura plen a . Des sa fo rma e xjs te a intençã o de a~
segur ar ao r .. magistério uma fo rmaçzo currlulat iva e con t ~,',u~ .
A
de scentra li z aç ão da po l ítica d e for maç ão do ma g1st é ri o dá.-s ea pe nas- a níve l de ex e cuçBo. f icando a orgeni-z ação t é cn ico -a dmi nistr at iv a or ie ntadal o mod e lo federal . Este , por sua vez .
fundamentalm2 nt ~
ba seia -se no que
p!:
c tr açado polos sistemas d e e ns ino e staduais mai s ad i antados , ou seja dos Estadcis bra~ileiros' de maior expr essão econô mi-c a d o p ais . mi-como são Paulo e Rio de J aneiro .
As medidas propostas para fo r mar os recursos hu ma no s s ao , na sua execuçao , uma tarcfü de l egada a cada Est ado qu e · deve funda me nta r- se · na r ealidade e nas n ecessidades de c ada sistem~ es tadua l de ensino . Os Estado s economicame n te men o s favorec idos , no e n tant o , não di sp õem evid e ntemente de . c ondiçõe s p~ ~~ ntar um suporte organizacion a l à altura de Buas nec essidades educacionais , em espcc1~1 por nao contar c om rccu rso~ hu manos devid ame nte prnparados , tanto para a s - ' sumir re sponsabi lidades e m nív e l t icn ico quanto pa~a form ar ou tros r ocur s os .
E 95C aspo c tQ é i mportantl5 s~ mo no Estado d o Amazo
..
·
.
4
produtivo o trabalho da s r oc urEOO hum ôr loo formadon
consti-tul=~o num obsticulo ~ plena r oal l za ç io da polí tico de
formo ç~o do mae lst é rl0 quo da vo d ese n vo lv er o ensino . es p~
c lalm o nte no 19 Crau •
Outro as pe ct o imp orta nte dl ~
r egul a r 'dos professores. Cabe in daga r '
r espe it o o form a ç~o
at õ qu e p o nto est~o
send o man tidas. nos curso s de form açã o :do m~glstéria paro o onslno f und amc ~ ta l, as características do ensino para e l1 tcs num 'sist em a que se propo e ser par a o povo ~ ati que ponto se e5t~ procurando dc~cobrir'as r ea i~ .fu n ç5e5 desse
ensino .
e.
imp o rt ante . a part ir di sso , d ete ctar que c on teúdos for am estipulados no d esenvD lvi me~ to da s di s ciplin as
que comp5cm os currículos, d os curso s pois, evi dentem ente ,
"n enh uma fo rmaç~ o e xis te sem ser sobre e por mei o d e c on te.
o 7
udo s "
Es te trab al ho t enc ion a se r , d o a lgu mo forma, uma
cont rlb ui ção para estudos mais r igorosos e aprofundados 50
br e a for maç~o de pr ofessores e de espec i alistas pa ra o
si s tem a d e ensino amazon en se . De ve - se descobrir , dent ro
das po ss ibilidades exi sten t es , melhore s forma s de
desenvolv er , p a ra ess o r ea lida de , uma autêntica e adequ ada forma
-ção d o educador a ma zo nense .
A
um~ su ici entemente s6lidaformaçã o inicial, deve-se som er formação ulterior e medi
d as outra s qu e incentive m o pot enc i a l d e criação dos pro
-fesGore s e l hes propiciem con dições nã o só leg a i s mas tam
b im c u lturais de exercer , da melh o r man e ira possív e l ; suas
fun9~ os . . Referimo-nos ~ u ma for m~ç~Q orienta da fundamen -t al men -te por um a polí-tica que abomine as soiuç6es basead as
em pr i n c Ipi as 'ou critérios parciai s ~ em experiências part!
cu~ are5 e alheias ao contexto social , econômico e
educacic-, no l dil Ro gião em geral educacic-, e do Esta do em particul a r .. Uma for
o . . .
-moçao qu e p arta de um estudo pr o fun da sob~e a situação do
7. SCIII"'ARTZ , Oe rtrand . A educaçilo . amiln h 3 : u m prDjeto da
educação permanenteJ trü d uç ilo d o Pü ul o Rosas~
po1is . Voz es , 1 976 . p . 1 59.
mocl~ t ~rl0 e do on s !no o m goraI dontro d o E5tad o~ quo
ul-t r opD ~5e 00 limitas do s d lacnósti co ~ co ~ tum o iros e das mo !
os in tc r 'prot ü çócs estCltí s tlca s qu e têm p or princípi o 6
1 . 8
cron ç a d e quo os d ~ dos fa am p o r si 50.
Est o ostudo abra n ce o p a riodo inici a l da i
mplan-ta ção da Refor ma do Ensino de 19 e 29 graus no Estado do
Am azonas - 1 972 a 1975 , corr espond c ndo 005 pr i me i r as
qua-tro o n0 5 d o desenvolvimento de uma , pol!tica de f ormaç5o d e
r ec ur sos hu ma nos mais sl s tem i tica , do/ido ~~ imposlç6es da
próp ria Refo r ma . Não ultr ap ass a , po r limitaçõe s diversas ,
a d escriç ã o d es5a pro b lemát i c a . A n ee essi dad e in adiável
~ e se realiz a r inv es tigaç õ e s s obre a reali dad e da fo r maçi o
do meg ist ir io ama Zo n en s e - s empre e x c ~ u ! d a dos pe squ isa s
ji
realizadas no Br asi l sobr e o tem a ,. l evou-nos a empre e ~d e r e st a tarefa muito mai s n o sentido d e de ~ cob r ir asp e ~
to s i mportante s e a in da pouco c o n he c! (io s nes sa p a rc e l a d o
sist ema de en sin o a maz o ne nse . A bu s c t~ 'de conh ec im e n tos no
v os so bre a r ealida de peo q uis ed~ , ou de u ma n ova c omp r een
-S Da d e la, vem a ser 'o ponta mai s i mpo r t a nt e de um e s tudo e
ist o , tem o s , certez a , n ao d e ix a de ex ü ' t ir neste trabalho .
No ssa intenção nao e compro\"ar emp! ri c a mente qua.!.
.
Qu er t eoria sobre ,a assunto , n e :n ,aplic:ar d ct el ~ m in a da t e
o-ri a ~ ar a pr e ver que for~as p ode ri a m mo d ifi ca r essa realida
de pouco e s tud a da . mas sim reun i r e ana l i sar d ados qu e po~
s am esc l ar e c er e informar sabre o proe e sso de formação do
magi stir10 do e nsino d e 1 9 grau no Es ta do do Amazonas .
Por a isto, a coleta do s dado 5 foi f e i ta di reta
-menta ~o b re os relat6rio s dos cur s os realizad a s no E st a do
p aro a formaç':'o d e docentes e e5pecialis tas , n o período r,!
f e rido . Alft~ses. ser v iram coma unida d es de análise os
Pl anos de Apl1c e ç~o dos Rccur S0 5 ~al~ ~ 10 Educaç50-0uota FQ
d eral do perí Od O 197 1 /1975. o Pl a no Prévio de Educação Pi!.
l
•
,
•
,
ra o Am~zon~5J o Plano E~tadu ~ l da Implunt aç~o da Plano Sotorial do Educação e Cultur~ 1 972/74 .
Loi c o
S b lecionamos par a o cnál:!.!õo os segul'ntes cur sos :
c) li cenciat ura do 19 grau I?u de curta duração
rc aliz~da n 05 mun1c!p1os de Tefé, Parintin s .
Humai tá 8 Benjamin Constant. atr avés de conv o n10s celebrados entro a Secretaria de. Educa
ç~ o e Cul tura. o Minlstirio do Inter ior· (P ro
j oto Rondon) . a Faculdade de Filosofi a .
elen
cios e Letras de Baurú 8 as Uni versidades que l n5t1 ~ra m "c a mpi ovunçados" n o int erior do Ec
..
tado d o Ama zonas ;
6
bJ supletivos
de
habilita ção para profe !:so res l e,,!. gos a nIv ol de 19 e 29 graus , o p rimeiro at r ~v os do rá dio pe lo s is te ma de recepção 150
18-d aI o segun18-d o mi nistr o18-do 18-de forma t r a18-dicional
em Ma n~u s e eln virias municfp~os para ond e e
r em dBsloc ~d os pr o fessore s da capital.
E sses cursos for am realiz~dos pora pro mover a a
celer oç So do processo de formaç ~o dos profB~sores e esp ec!
olist as reclam ados pelo ensino e car ~cter iZaram -se todos
p e la brev e 'duraçã o .. Os cursos de l1c e nciat u~a curta foram'
roa11~ ~d~s.nos períodos de reces so escol a r, em r egime de
t empo int e gral, 'e c oncluídos no prazo de . no maximo, 8 me
se s .
o
curso atr avés do rádio, coor denado pelo Projeto Su.
mauma, teve sua primeira etapa de funcionamento dividida
em duas f ases" com duração de 18 meses: 8 meiBs p<Jra a pr!
meira fase ( primário dinâmico) .8 10 meses ' para
(m adureza ginasial). Na segunda etapa iniciada
a
•
segun da
pa rt i r
de 1975 o temp o de dur aç~o para as duas fases r estrinciu-se
o 10 mesos. Os cursos em nível de 2 9 crau . rcaliz~dos n os
municíp ios do int er ior ou em ManQUs tivoram duração de 10
mescs , incluindo o perrodo letivo normal e um estãgl0 su
porvisionado d ri 5GO horas.
Tod os eS!3es cursos , eXuiamcnte on que sorilo d05
•
7
'c\Jntltonc1111, om rOlaç,=)o {J formação t"sgularJ fore m osporó d!
• do sdo Que r ea liza dos como projotos quo bu scavam
aten-co • . .
dor ~n neces sidades da lmplant a ç~o da R8fo~m a d e Ensino d o
I' (I 2° graus.
Est a dis se rt a ç~o est~ estruturad a em tris
par-tll 1J1 A primeir a situa"o Reg ião e o s1st p.m a d e ensino
of1-.c1,,] n o Esta do do' r\mazonDs , a p ar t i r do final d a déc ada de
19 SO. A segun da parte d es creve a pOlítica de fo rmoç5o d e
r Qcursos humano s para o ensino fundam e> ntal "d .eterminadil
p.c-lo Lo! n 9 5.69 2/71 . Com base numa pe~qui5 a do
t o br evO' caracte rizaç;o da 5itu a ç~ o bra si leira
fo rmaç eo do pr ofesso r . Segu e - se a descriçio da
IN EP . e fei
r elativa a po lí tica, orn âmbito n acion a l e estadu a l, do ape r feiç oa men to e atual!
~
zc. ção dos professores. e d os cursos 'd E. hab ilitação c om o
in a tru me ntos de concr eti zaç~o de ssa p Ol í t ica. A t e rc eira p nrte v e rsa so b re a r ea li dade do sistE ma de ensino no Ama-lo nas . especifica me nte s o br e a formaç~o dos s eus docentes
o oop cc iali stas . caracter iza ndo a client e la e de~crevendo
os co nte~dos dos c u isos de habili taç~c . como t amb~m 8n811
-8Dndo os níve i s dos cursos oferecidos para a fo rmação do
Mag istério. Nas conclus 6es , reto ~amos os po nt os básic os
tr atados neste estudo e levantam~s algumas hip6t ese s acar
-co da qu estão. t,ratada. Que poderão ori.sotar outros estudas.
-..--·
•
,
i
l
·
I.
O
ENSINO OFICIAl
NO
[ST,IVO VO AMAZONAS
As cona1d e ra ç5es Q SOI"em felta~ sobro o ensino of1cl a1 no Amazon as ref erem-so a do is por!od o s administra-tiv os Que car acter i zam . de forma si&niflcatlva. o de scnvo! vl mento da educação n essa unida de federad a . O primeiro po-rl ado corrcGponde ao fin al da d ic ad a "de 1950 , dur ante a ad mini st r a ção trab alhista. O segund o desdob r a -se em du a s fa-B0 3 , e saber : a pr i mei r a que se' inici a C ~ me adas d a d ~ c ada de 1960. quand o se instalou o gov e rno da re vo lução e o en-s1no j i contava c om a Lei de Di r citr l zes e Ba se s da ~du ca ç ão Nacion a l de 20 de d~zembro de 1 961J a se gu nda situa-se .no lnIcio da dé c a da de 1 9 70 até o ano de 1 975 e tem c omo
f at o i mportanto a i mp l antação da Reforma do En s ino. leglt! mad a pela Le i n9 5.692 de 11 de a go sto de 19 71 .
An t es de chegar a tais c onsi de rações . t orna - se
neces ~ ário d e scr e ver . aqui. os atribut os que caracte r iz em a R ~g i; o Am e z6nica e em e spec i a l o "E s ad o do Amazon a s. p a-ra melho r c ompreen s ão das im plicações q ue eles ac ar r et am p ara o desenvolvimento do s e tor educaoi o nal n ess e Estado .
A análi se do s planos e d e outros documento s r el a tivos
.
•
edu cação no Amazonas mo s tra cl aranrente o quanto a fal ta d e a ssistê nci a · aos. municípios mais 8Tllstêldos da ca p:! tal.é
ju.E.t1flcada~ pelo s t écnidos em educ~çio ou autorid a des do Go-v erno . com base nes s e s atributos.
Em
resumo. eles os con s! deram grandes ob~t~culos ao des envo l vimento do ensino em to do o Estado simplificando . de ssa fOI'mai as vcrdlldeir a ~ ca usas .que provocam essa falta de assist6ncia as popula-çS as mai5 carente s q~ e n ia rece b em . nenhu ma esp~cie de as-slstõncia educacional devido ~ inc llpac i d ~ de Que o sistemade en s in o ou as in s tituiç5 es escolaren t5m de se a ju star is po culiroridades da R eG l~~ e desse setor d a socledDde~
1.1 . O co n texto ~co ~ r 5fic o em Que se insere o ensino.
•
••
• p
9
to rritórl0 br~~~lolro. a~sumc , sanundo afirma L! ::; i a f'1 . C.
1
Bo r nardo::; a condição de perifer i a nio integrada , princi
-Arco N~cl op do rai::; - o Grande c
cn-constituido pelos Estado s de são Pau
p olmente em r elaç5a ã
tr o urbano-indu str ial
lo, Ri o de Janeiro e Minos Gorais ..
Um dos ~tributo::; ub~olutos . roconhccido como o
g r ande obstáculo o uma assistência perman en te e ~fic::lentc
p elo menos na área dos cerviços
extensão territorial do Est~do
cie abr~nze cerco de 1.554.4 45
' ducaciolwis , é
cuja
a i mensa
supe,f! do Amazonaf. ,
~m 2 _ 18 , 38% do te r ritório
b rasileiro. Esta peculiaridade implica tanto e~ dist5ncios
consi d~ravcis a serem vencidas , quanto em dificuldades de
ace ss o pela p,ccaricd ~de dos meios de tr a nsportes ainda ~m
p regados . csp ecielmont~ a naveg a
;0
fluvial que l i~a os vari os pontos do interior a capital . Mesm o com a inte r.su pr~
~ rn~aç5 o rodoviiri a que est5 sende desen volvida . o i sola
-.
.
- 'ment a dess e u~ea "~o alcançou a~ ~ da seu r onp lm cnt~
comple-to cun~ervando -se n a sua con diçao de es paç~ p nrlfcrlco
re-mot o . Aliado a esse atrib uto está o povoam en t o da área . ca
r octérizad o par uma extrema disper~~o c o m de nsidade d em o
-gr5fica b~t, tDnte baixa . Apesar de nD o ser desordena do . o
p adrio de ocup açio n~o chegou a criar flux o s po pu lacionais
d e gr un de 1mporti n cia, em decor r ência da forma primitiva e
e xtcn·siva como SBr."Ipre so or ga nizou a cC? l e t a do' recursos
natura i s existentes . Isto apenas agravou a condição de
po-b reza da · p opulaç io dedicada diret~mcllté a essa atividadc .2
1) INS TITUTO DE ESTUDOS AVANÇADOS Ef'l EDUCfIÇAO . Rio de Jilnciro.
2)
Caracteriz aç50 do espaço. I n: . Projeto SUDAM;Pro
jlosta de metOdologia para ade~ão do plancjamcr,to
-educacional à realid ade amazÕnica. Rio de Janeiro .
~ ESAE/FGV , 1974 . p . 50 . .
I dem op . clt. p . 53 . .
Os . atrativos de natureza econ6mlca como Q seduç50 do e~
tr ~tivism o do borracha levaram ao crc::;clmento demo Rr6fi
-c o do reBi~o . 10Zo no inicio do seu povoamrnto . Como ae~n
t os de~se crescimento podam ser citador. peli"! ordem de I::-~n
~ oza a o;,::;ir."lilaçõo de forte~ conti f'.c nte:::. indir;ona~; o·ru:::.ti
d o borracha , atrainda braBil o iro:::. o cstranceiros; nor
des-t ino~1 o prOCe~GO veGetativo . cmllor~ :::.~cr1ficado por
cln-v edo indice de mortalida de 1~f~l\l11 . · Ver o t rabolho de
Cosmo F cr~ci~a Filho. A ~m,\zanio rm Ilav as d1mrnGa~s . Ma
.
,1 0
A tcntnt1v o do lm p l~nt or prOCe5~(j5 novos do ocup~ç~o 6 bp~
t on t o r ecente n o Estado . Tois prC)C05505 . mcsmo na o ton do
o ido ocompanhados de sucesso desde 5U~ l mplanta ç~o. mani
-f os t am como objetivo principal o n ccc5cldude do manter o
ho mom do interior no ambiento em que vi ve . lencionando ofo
r ocer-Ihe melhores condi ç ões de lido pr i ncipalmente u f im
II cop1t<"ll . Esse objetivo 50
d o ovito r sua mig raçeo ppro
fu ndenonto na oflrmaç~o . j5 u soda na d5codo de 1930 quan do
o governo b r asl1niro 1n1cl ou umo po l ftlca de c~lonlz aç3o
p ara c ontingentes tJ u p'opu lnção qJrol do Brasil . que s u stc~
t evo sor ~p rcc l so fixar o homem eo solo". Essos forn os de
Dcupaç50 . Que teoricamente rof lo~e m a preo cupaçao c om o
p roblema da s migr~ç~es rur al-urb~no e rur al -ru ra l i dentifi
cado no Brasil desde a dác a d~ de 1 930 , se ccnflgu l·a m no~
t i p o s de colonlz a ç5 o oficial cxl:, t o ntec: o de ordem pclft!
c o-militar co m o objetivo de OCUllB r o tcrrit5l'io e gara
rl-f l r as rl-frontei r as e o de ordem ec:on6mico - social que visa i
3 . _
j u c tiç ~ social . Na Amaz o~ ia o 5B~undo tipo de colonfz a ç~o
t em se caracteriz a do p e lo enc am il,ll one nto de p equenos.
gru-p os estr ang c !ros . esgru-peci alment e jagru-poneses e norde st in os ,
p aTa os Estado s do Amazon a s c Pa-i . princi pe lm ente . Em
ee-ral csse~ er Up05 ficam sediados 11es proximidades das cld ü
-d es .
Em 1 972 , o I PEA rC 6li~ o u uma pesqui sa sob re
co-1 0 ni zaç50 dirigida no Brasil , es t Udando duas coco-15nias l oca
l i zadas no Amazonas : a) A ·Co15nia Agricela dc Rio Preto "
p ertencente ao governo do Estado a qual segund o a refcrld ~
p osq uis a caracteriza - se como u m empreendinc nt o que aDrcse~
ta sir i as falhas. eolono~ bestonte ho mo&~neo~ e nl ve l do
. ren da uniforme mente baixo: bl o "Núcleo Colonial de Bel e
Vista- mantido pelo INCRA. enquadrado na cate&oria de
Nú-cl eo anti&o . com colonos hetoro&linc os c n!voi ~ de r enda do
sl cua i s . Nesse n~cleo ~~ colonos de maior r enda sioo na
flua milio·r1a . 05 de 0l'i8em j apono s a que r ecebem fi nanciamen
3) ~AVARE S . V5nla rcirto et olli . Colonizoç~o dlr 1~ld d n o
[)r;1~1l: S U il~ p oss:lhl1idlldc r. na rc ciuo am.J=:.ô-nicil:iffõ du J ,Ine1I'o ; IP EA/INPES , 1972. 1 22 D.'
,
. 11 .
to do J apdo , alúm dlG~O jn dominam o tccnolocio h ortlr.ro~
j c iro cont~ndo. nnro os pr ad uto ~ . com um mercado pr5xl mo c
e m oco l c~ ada exp6n~io - o que lh oa coranto uma renda poro
cu stoa r as d~5pc 5a5 c orrentes dura n te o lan co perí odo do
l mproduç.5o de cu ltu res perr.wncntes como a pimenta do
ret-n OI t ~m um n!vol de escolarid ade quo ch ogo a ser no mínimo
d o l O a nos , port anto superior 80 do colo no brasileiro que,
n a máximo . t em cursado os primeiras séries do onslno clem e n
4
t er •
As caract or!5tl cas dos duas colôni as mencion
a-d as a-demonstram o que t em sia-do O processo a-de ocupaç3 o
ortl-fl ci~l no Estado: cont ingentes po~ u lacionols abandonados ~
pr ópria sort e p o l a falte do incentivas f i ranceiros: pela
au s6ncio de melhores c o n diç5e s de v1da , ji qu e cufe r em bei
X6 r enda o s5c praticamente analfabet~ G I p e lo f alta do
00-cl stência té cn ica ma is diret a o constante . l stlo pod e pro
-~ ar Qu e , na pró ti ca . n5 0 exi sto o preocupaç üo em cump~ i r o
o bjetivo que mot ivo u esse tipo de ocupaç ac . Desassistidos
"s s e m e ondiçõetl do p roduzi r pel o ~enos o suficiente p are
o bt el" lu cros s atlLfat6rlos , 6 i mposs í ve l con to r a mi&rnç~o
d os grupos mais pobros. Pelo men~s seu ní ve l de escolar1da
d e e do r enda de ve ria ser aum e nt ~ do , p a ra Que indepen des
-sem da necessjria aLsist~ nci a ticnica di r eta pois . dco sa
f orma . po deriam orientar - so através de ma nu ais Que trouxe.=!
s em in struçõetl sobre p re ce ssos m~is adequados de tratar e
f orti1izar a t erra . para aumentar e produçao.
A parti r de 1 970 começ araM a ser implantados n~
c1 00s de colonizoç50 à mar~em da Rodovia Tr ansamazônjca .
como u ~a dos formos ~ e concretizar a pOlítica de i
ntccre-t 50 dn Amaz6nia i economia naci ona l, prcivista no Pr ocrDme
de In tctr~ç~o Naciona l d o Plano de Metas c Bases para a
Aç ~o d o Governo . O planejamento j J execução do p roerama de
c oloni zação foi de l cca~o ao In ~t: ltut o Nac:lonal d"c Colo niz~
çi o e Ilofo r ma Acr5ria (INCRA) que . p ara atc n dLr ao pr
oCra-, 1
"Id em , op . cit. p. 72 a lllL
•
"
17
m,1 de ~~~unt0!aCllto de dcrJculll)z'r~ ,10 1onco d~ referida Ro
dovia . criou Clli ~Pr" o jcto~ Illtt'IP' . .ldo:, de Colonizolç,jo" . O
~z"irll!lro dCGte5 co~cçou a ~er 1~lpl.ln t .zd o a1ndn em In70 no
OM I n71 e o
t~rcciro em I taitub,l no ano 9c(tuillte . Para "RSolS c015ni013 ,
lod.J9 localiz o1~0S no [~lDdo do Par~. o modela adot ado foi
o do ·Colonizaç~o Oficial Dirinida ". A implantaçio
imedia-to dessas c016nl05 , mosmo .J dc~peilo de ainda não /lavor
tez"m ina do a abertura da Rodovjo Trorl50maz Sn ica . fol bftsieo
men t e motivada pelol prCOCUIJnç~ ~ do Govcrllo em rQor1~ntar
" nOVA frontcirü
Outros atributos de caritnr natural cst~o 8S30
-ciados ~ dimensio da reelio e5t~du~1 o decorr em , cm parte .
da localização relativa que ocupam na Am6rica do Sul . Tais
~tributo!i so confi~uram na existência da imensa bacia do
rio Amazcn<:l~ e da florcsta intrll\cad~ e pouco horn0t:p. r>a .
de-vida i pluviosidade elevada e ao calo!" constante. Eles
Cll-ractnrl z~m a.cstrutura ospacial ~~ r efliSo como sondo compa~
tSmcnt~d~ c bastantc vnriivol, tanto pela distribuiç~u dos
rio5 e SEU regi me de chei~~ c vazantes quanto púl~ topo~ra
fia e constituição geo16gica d~ irúa .
Esse car5tcr de extraordln~ria diversificaçio da
região , Rspecialment e pelo va riedade das &sp6cies
que comp6om uma floresta l>llat8ntie densa c hotereg6Jl a . e
en-corado come um obst~culo i oxploroç3o econSMica . Ap osa r diH
tO a vida cconSnica ~a ~eg15o 50 desenvnlveu ~ base da
ati-vid~dc ~xtrativa vegetal . caractorizando uma economia
mer-cantil de r eduzida demanda de ativos l lq~idos p ara as tran
saçõc~ ec onômi cas .
Sondo de frontoira , II economia no Estado do Ama
2 ona~ padece de uma cr?nica falta de meios de pagamento . A
pcrtir de pr5ticas pr1m5rias b asea das na extl"a ç5o de
produ-tos flcrestais e no sistema de troca de bens . a economia
es-Ladu al ~antcvo apenas um nível de solJreviv5ncla mlnimo . Nas
.
.
•
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...
l J
.pccn5 o volum.! d,'s lrOllO;lç50o mntiVI' I '~nl ~Ümrro al~m do
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t~~!\LjL~tlvO mOllntAl' 1 Q 1I IlJ Ilu~cr1<1 :;01' recohido . Nu~~c ois
.:Ipe·
c o
:rr ~ de, troc11 de' bcn:. 05 v~loro5 monol~rio5 opnrccinln
n~~ 110 condiç~o do lermo de re fcr~nci~ . O "l'e&aL io ~
.cvlD~or. exerciam o pnpn l do aRentos flnanccil'OD do s1stc
r,,~ n;onóf.llco . bi"l51cnMcntc num comórcio dn lroc<I de mercado
rlc~ . Na hlsl6ria dn economia am&zoncnsu ossos acentos r~
çrrsrnlarom scmpl'c o popel do vcrdu~o do homem rur 31 poi s .
11fi verdade , o sisLcmn de "avia molltoM
f omen t ado por eln s i~
~cdlD qtlDlquor ovoluçJo das tócn c ns de produç~o agrico l e .
como ti;l:lbóm qUlIlqucr tentAtiva d e melhoria das cond:i çõos
de vldoJ,da populaç~o . Os 95tudio50S doccrevem a situüção
corno ~c tais agen l~ 9 , inlermcdiirioD entro o produtor e o
consumidor, fos~em absolutos o ecissem c]andontinamontc
sem o conheci m~ nto do autoridades que pudcssnm to~nr prov!
d~ncias para impedir ~ expoli~ç ~ o o criar mecanismos d~ fi
n~nciamento accon i vois ü todos .
o quadro ocon6~ico de Cotado {lo AmazonaS ,
corn-A do
illte-r loillte-r _ ondo numn 6poce mais illte-remota ü ec~nomi~ c resceu ~ b~
sc da colot a . elabo r ~ç5o primitiva de produtos florestais
c d~ u~~ JGrieultur~ de cx~orLa55u de Al imentos para a cl
-d a-do ~ e Manaus . Mo~s rec e ntemente , 0350 atividade dEd.xOU
d e ser a unica , concorre~do cor. ela a cultura da juta parü
cxporlaç~o , Mas cst~ tamb6m ~~ reoliza na ba s e do sistcmEl
d o troc as vigente na economia re Gional , A16m de übso r vc r a
fi nura do ~~vi ador· , adicionou ao ~i~Lem8 o do wprcn ~ildor ·:
um cpmprodor atacadista de fibra que fin o nc1 a o pro dutor
com me rc adorias . Por outro l ado . a cidade por muito tempo
foi opcna~ entr~posto de compro e vendo , intcrmcdi5rio dos
bens e ~orviços para o funcionBmcnlo da atividade
extroti-seda do
Govcr~o, portanto contcnplad~ com ~oior ofel"la de r ccu r no~
fi n~nceiros . Num pa r iodo mais" recen~ci . pelo menos at5 1 967 ,
a amp11~ção do me rcad o urb~no dou margem DO aporccimcn~u da
peljuonas ln d~~tri~s para o conGumu interno como as de
fo-b ricoç~o do refriecr ont~G , mossas olimerlLícios c
manuralu
•
Oenlro
dC!>:;c QUildl'o ':1 c:.npllilli.l,lç50 ó Ul't fenômeno tipic.:llncnlo
ur-bnno , dcodc Que ~o atividDdL~ exlraurbnnao nno foram milr
-c adil:; por C5~C zcnt ido de Cnl)llnlizilç~o ou de
de ~Qn~ c dil fixaç50 r eorodulivD de f,oupnnçilo que pud c!i~em
_ 5
solidez ccunomicn .
o
de ~el l l/ulvimcnl() dn lodn· a Amazôni,:, ~ , em pa!.ticular , do Estado do Amn70naa teM ojdo con::.lde r ado cc:mo
um do!>afio B SRr vencido . A polít ico de desenvolvimento lrcl
çad a pora 0950 arca as::.unle um cal'ile~ emincntcmClllc
j:odc:-nizader, o Que fica evi de n ciodo pol~s esforços em
irltegr~-la 00 sistema espocial uroailoiro e DO contexto econômico
nacional ·p a l"a volorizi-la pend o fim i sua cond ição de
pe-r i fepe-riD pe-remota quo::.e inoccsoivel· e pela crlaç50 da zona
franca de Manau~ de cnritol' cxtrcl'ta~ente politico . A
medi-da do seu valor depende. nOO:,0 política. do grau da
inte-gr .... ção que for alcanç~do em relnç50 60S contros urbano-in
duztl'iais c a Zona Franco aparece ~omo um in~trumento
for-le para r,sse propósito, já QU~ ela ó um do s passos conslda
re do mai~ importante, dado nasse sentido . Contudo . tem
si-do de~~ns~rado q~e o objelivo de pro~over ·0 descnv oluimen
to auto-sustentnllo da Amaz6niB Ocide/ltnl- através da Zona
Franca, n~o sa cumpro . apos~r dos in~ m u ros incen tivos
ton-lo Il~ra estim016r as otJvidorlon 6Hrícolos e extrativa:; no
inl erio l"do Estado . quanlo por~ atrair as atividades induo
l r l ais e comerciais paro a 5roo. O comércio vive
hipartro-fi ado pelos otividüdes mercantío . Em lar~os de
dcsonvolvi-monto indU9tri~1 a Zona rro/lca vem comprovando sou p
otcn-cial de re n~imcnto , ~orém o tipo de ind~stria9 q~e mais t~
mn ~ull~ é a de montage~ do p~çn~ impo~tadas do exter,ior .
E o que i mai~ sério: continu6 a existir a ca~ancia de
pa-gn nento que rc duz os benefIcios da explosio dr!senvolvlmen-Ü
t i st.a .
5} Ver a obra dfi Cosme Ferreira Filho , op . c i t o
6) AMAZONAS . Pl ano de d~genvolv1mrntD do Arnn7ono~ . Pro
gra-ma 19i'5 . Guvorno~ioLsti'ldo rJo ;\lI1oLon.,5 . ~iilnOl~s . Ini'5 ,
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1 5o E~tado do Amu~ona~ compõe-se de sete
micro-r CeiçOc5 homicro-rnonôn cas , n as qu aimicro-r. ~e d1~trlbucm 05 4q munieI
pios do Estado. O Plano do Govor no Estadual para 197 1 -74
estabeleceu prioridade de atundi mc nt o ap~nas para a micro
- rcgiao 7 . escolhida como o alvo do s ~nvestlmentos no se
-t or ocon6mi co-social e ~a conc c ntrnç~ o dos e sforços pa ra
o desenvolvimento d o Estado . Es sa micl'o- regi io comp6 c -s
c
d e 1 4 municípios . a saber : Autaz cs . M an~ us.Parlntin 5. It~
coetlara . Careiro , M anacap ur~ . Nova Ol indu do Norte . N0ui~ .
Silves, I to /Ji ran[; tl . Urucurltubil . Barrci r.i nlla, Nhamund5 e
Uruc ará. Sua érea é igu a l a 2 00.917 km 2 Correspondendo e
12 , 8% d o superfície do Estado . Com uma pop u laç5o de
586. 663 h a bitant es . segundo o Ce n so Oemo~r:flco" de 1 970 .
o micro- reg iio 7 de tinha a ma10r c once ntraçio po p ul acio
-nal do Estado . c om uma densid ade: rmo griflc a de 2 . 44 h ob l
2
km . Ma naus concentrav a gr a nde n~ rt ~ d a!iSe totol : - 55%
dos hDbitBnto ~ d a mi c ro-re C15 u 7 ou 30% d o popu lilçio do Estado.
Na micro-r cgi ~o 7 esti o 98% ~o~ c~ tobelcci Me n
tou Industr J~ is, 95% do v~lor dd prod Lrç~o da juta, 77; do
reho nl lo b ovino, 55% do rebatrl o sulno e 92% do produçi o do
energia. Pulos carocterlsticos apl"05Dnlodds, OS
resulta-do s E!Sper/lresulta-dos" em te r mos de cust o!: e bcrr oflcios sobre a
oplicoçã? de r ecursos determin o u a escolho dess a micro-re
Ci~o como 5.00 pr iorilá ri a do Governo pare o r oalização
de programas de desenvolv1mento. Ainda dc ~ tro dessa micro
- r egiáo , aponas cinco municípiOS for am encolhidos
p ara
aplicftç~o dir e ta c irncdinta dc&ses procrnrQos com base no
cr~lirl0 do contin&OAle d em o8r~fico : conf(lrme o Ccngo
Dc-mOCJ"~f1co de ] 970 . ontre os dez municfp io~; mois po pu lo s os do Ama? o na~ , Itaco otiora . M~nacapur~. Man er us. Mau~s e
Pa-rinlin g POS~u1Dm 46 . 3~ da pOfJula~~c rRcon ~ea d/l o quo l h es
conreriu o car~ter de municípios mai5 populosos do Estado .
E impo rtanlo nolar que . aposan de todo s 06 Rbe
nef1cio!; " tJ' êl7.idos CClm a implanl.,ç:'o l.1.r "Zona Frurrr:ll n sou
Oi~;
t rito
ln du~l
riil1.
asr1i~l,iIl
C i flC .
ir " oxl r"emo (jJ!;purc':;o doPnV0 0me tlto n a inoxiol~nci~ de um a '" cda ri c rar{lUi7.o tJn de
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c idadc9 continu ~ tn a desafiar qu a lquer sistcmcl ur canizacio
-n al qlJ C pretenda at1nEir a popula ç ~o glo~al
l so1 an cnto da popul a ç~o . nin ~a con d icionad a
do E~ tcl do .
o
a eotruturLlS
tra dicionai s . i mp6e limit e o ~ introduç~o de mu dança::;"
radi-c ai 5 .
1. 2 . Brev e hi s tó r i r:Cl do en s in o of ic i a l no Ama z o n a s
o
br e ve hi st 6ri co Que sera deline a do so b re oe nsino o fici a l no Es tado do Ama zo n ar enq ua dr a -se nos . per!~
d os já r e fer i do s no início do cap It ulo . Os aspect os focal!
za do s re fere m- se a o de s envolvimonto dci ensino c em relaçã o
a I ss o p od e s e r con s ta t cdo o a c Gmulo de p robl e ma s. ao ln
-v is d e sua eli mina ç io progre s~iv a. As medi d3s to mada s para
solucio n~- los si Eniz ica ra m ape n a~ pal iativos . Eles f oram
·r Q~ olvi d os" de fo r n· Q i ns oti s fat 61ia ou surgir a m em
decor-rênci a da pr6p r ia situaçã o hist6 r ico-~o c ial~ agravando-s o
c o m o p asD ar do tempo j i Que o s me io s usad os p ara
enfrehti-l o~ ~ alim de ma l apr uv~itad o ~ ~ fo ram sem p r e defici en tes c
ob so l e to s , p o is na ori e nt a ção d ada pr e ij cm inou~ i n dofi nid
a-me n te , a Il' cnta lid ade p :r:fi t i c a busca n do soluçõ es impr
ovlsa-d a s e p c~ tan to i mposs i bi l i t ando o apar e ci mento de resu lta
-d os construtivos e -dura-dour os .
No fin a l da décad a d e 1950 - períOd O ant e rior
~ ~ig~ncia da l ei n~ 4.024 de 20 -de dezem~ro de 1961 , DiTe
trizes e Basos da Educação Naciona l - H política educacio
-.
nDl para o ensino elem e ntar no Estado cio Amazonas c ons id
e-r ava a - e d ucação p o pular ", co mo um fatc)r.de · tr ~noform a ção
d o povo 8 . port a nto, as soluções para ÇIS pr~blemas do ens!
.
no e r am encami n hadas.d o forma a estimu l ar o cresc imento
do s'
~cr'v1ços
n eose setor7 • As prov1dêncd,:,!; t omadas n osen~
tid o de melhor servir i populaç5o com os beneficios do o n~
sino bascnvam-se no preceito do direito ao acesso ~ educa
-71 AM AZON AS. Men~ncom ~ A~scmhl~i D leRisl~tiva (Plínio
. ,
ç ao re s trin gindo-roa as ~eeuintc~ tDrof~~ :
in troduzir n ovos prOCO~G05 educacionais no
e n sino coladual.
• r emunorar c ondignamc nto ~ o pesso a l
ao magist5rl0 no ensino oficial ;
dedicado
• forn ece r mat c r"i a l impr eSCindíve l para a re a
l 1z a çio do tra baltlo n a sala d e au l a.
• con struir e r ecup e rar mais escolas para o
at endimento d a demanda escolar ( qu~n~o a esse
f oro !o realizadas n a c ap_ita l cerca d e 5 construç6 es de
es-c olas nOV dS 4 recuperaçõ es ou reconst r uções e 3 a mpl iações
em e sr:olêl s e grupos escnlflres; no jnt e rior . esse s
servi-ç os atingiram ape n B~ 20 mun lcfpios com 25 construç6es J 4
- 2 1· - ) 8
recuperaço es e a mp 1Bçoes ;
expandi r o ensino forloa I a maior n u~e ro de
a lunos em idade escolar. com a criaç5G de d o's turnos e
de an exos par a o aten dimont"o m<Jis amp lo da dcm.::rnda cr
er.-cente - isto crn dccorr5ncia do n~m ero insuficiente de es
-c o las p~blica5 . o qu e acarretou adiminuiç ~o do n~mero de
h oras-aula;
• pro mu lgar l oi obr igando os pais (ou
respon-sivoisl ü matricular~m "seus filhos em idade escolor nas
e scolas . sob pena d e pae ar~e nto de multo ao Governo ;
au mentar o nú mero de p r oíessores {d is t ri
-t ais) - o que corrreu em conseqU~ncia rIo aumOnto d a
ofer-t a de vaga s na s cscol ~s oficiais. d partir do deodobramcrl
to d~ d ia l et i vo em d ois turnos ( matut in o c · ve spert in o );
o n úmero foi amp l jado de 700 para 1 . 200 profesDorcs
qu antidade de e~colas . de 700 paro 2.400
9
fun ção d a criaç,jo dO~j dois tU I" 1l 0S);
-8) Id em op. cit o J.l. 21-5
9 1 Id el11 , o p . cit. p . 1 3
exatamente
( o o
16
• firmar c o nvênios com as inst ituições rellg1~
sal do interior pere manter nos esta belecime ntos de ensino
os professores desses l oc a lidade s .
criar o Conse lh o Estadua l de Ensino l
abo l ir os exames arcaicos ad otando o proces
-so de aplicaçã o de testes nas escolas oficiais)
instalar o serv iço de carpl teria anexo a Se
cT et a rle de Educação e Cultura para a construç ão de móvei s
e meterll!!l s e sco lara s ( l ousas . carteiras . e tc.).
Na ár e a do en s ino médio. em Manaus . o atend
i-ment o a população estudantil s e fazia através de dois est~
be l ec im en tos of iciai s de ensino: o Colêgl0 Estadual do Am~
zonas , on de era mini str ado o ensino secundá rio. chegou a
-
_._.~.
te r em 1957 o total de 1. 797 alunos , e o Instituto de
Edu-caça0, ~ escola p~ra fo r mação de prof essores que. ~ p~rtir
de 1957 , pa ssou a funcionar em três turn os . m6tr i cu16ndo
nesse 6no 1.51 6 6luno s. -I
Nesse n{vel de ensino . o m6ior probIem6 const~
todo foi 6 au s ência de v6gas nOB dois es tabelecimentos 6C!
ma referidos. dev ido 60 asséd io pe16 popul~çeo estud6ntil
dos ba irros e ess a s escolas do centro da c idade.
As
matrl-cu I as feitas supe r lot avam as turmas ~ o exc essiv o numero
de a l unos tornav 6 impossível a manutençeo da d~ ~c iplina
a do contro le q u e devia ser feito pel o professor . Ess6 s
i-_ i-_ o
-tuaçao . segundo s upun ha o Gov ern o , ca usava diret ame nte o
baix o rendimento n 6 aprendiz6 gem o que c ulmin av6 com as re
provaçoes em meS S6. A solução en contrada p6 r6 f6zer cessar
a as s édio da clie ntel a da área periférica da cidade a
es-ses colég io s foi 6 cri ação , por decreto , de dois anexos ao
Co l é giO Estadual o m6 i s procurado - insta lados em grupos
es c ola res l oc a lizados em p ont os ext re mos d a cidade: o
Gru-po E5cola r Antônio Bittencourt no Bairro da Glória e o Gru
po Es cola r Le opo ld o Neves no Ba i rro de Santa Luzi a. Nele s
o e ns i no secundár i o era minis tr6 do apenas durante a noite
(durante o dia as s alas eram res ervadas
6S
turmas do curso19
~alrr os d c~c cntrn l lz D ndo ~ deS 5 il forma l o ensino nccund ãr i9.
c entrali zado atfi então n as du nG ~nlcas coc ~ l~ c de nIvel m.~
d i o .
Essa expans50 do ensino módio . feita p ar a aten
d er a u ma clientela l ocalizada noo bair ros di stantes d o
c ~nt ro . teve um asp~cto car actcrIstico bastante especial:
o s nIv eis de qu ali d ode do en si no n~ 5S~ S on , xos . n a Que se
refe re ~ f orm eç5 o do pr of e sso r. n ~o foram nlantidos . S eg
un-do co nsta un-do di scurso un-do Go v e rnaun-dor Plinio Ramos Coelho .
·p a r a n ~o sobrecdrregar o s pr~ , fes sores e n a o
pr ej udic a r o ensino. d ete rmin~ lmo s qu o as c~ l e
dr a s do s cs an exos · fun cionem com p ro fessores
r egist rados no Minlste;io d a Educaç~o e Cul tu
r a CQmo len tes de tur mas su p l eme ntares. com a
co nd iç5o de n50 l ecionarem quer no In sti tu to
d e -ducaçuo qu er no Co E - 1-O g 10 . Esta dua l . " 10
Em gerai, qu a nto ~ for mDç~o do pr ofa Ds or~a p r ~
o cupaç eo n e~se poríodo ~hega vd appnos D O nív el d e mallt er
o s curso s de f~r mação parEI ;rof~sSO l- prim5 ia no Ins tituto
d e Ed uc ação e no I nst itu to Benjamin Cons t a nt (n este
inter-n ato o cursb d est iinter-na va-se esp ec if icame inter-nte a nmo ~as orf ~s
1 1
ou
p obr es do in terior do Estado" ) Je
~ prom essa de cri ara Fa cu ld ade d e Filo sofia p a ra, entre outr as c oisas , formar
o p rofe s sor secundário. No int er io r procurou f aci l i tar nt~
do qu a n to se fazi a n 8cessár 1 o ~ para estimular o funcion ü
-ment a d a~ es c olas re gionais normais do s munic{pios " d e
Coa-rI.
C oda j ~s . Hum aitã . ManacapurGe
It ecoatiar u para for ma-çao d o s do ce n tes .
Já
Que o professor enviado da"~id adepa-- ra esses e outros municl pios ar"a epontado CClmo "uma díls c e u
s as do ixodo rural. O profe ~sor d a c idade transmitia do
1 0) AMAZONA S . r1 c n sagem .• • , 1 950 , op. cito 1) . " 14
1 1) I dem op . cit o p. 15 .
,
certo form~ o "p ~icosc n dd cldad~ grando o Qu e 5C incomp
a-um
oJmb ie n tet ibiliZilvil com o c::oforço cio ~ov\'rno d.e cr1.:1r
d otado de meio u m!nimos indiu~cno~veiD ba r n
1 2
f ix<"lr o hom em
a o solo.
Após a pro mul cação d a Le i nQ 4 . 024/61 . ü s ltu ~
ç ao continu ou pr at ic ame nte il mc oma . As medidas t omadas
es-,tiver am muito l igadas i normaliza çio d e alguns a9pectos da
ad ministração do en9ino no Amazo nas . Um Excnlp.lo c a r 3cte r! ~
ti co rela ciona -se ~ r evalidaç50 do conC ll rso p ara professor
prim ~ rio que for a rea l i zado n o ano de 1 962 e anuIn do pele
ad min l straç50 anterior . o que su s c i to u c erta r evolta no
me io docente e criou um n sit uaç ão in sustentável para o
en-sino primário . já q ue as esco las n eccsslta vam d E profe ~so
-res.
No en~ino me di a h ouve a n ec ~ ssidade de
regula-ri zor o p rovimento dn cer Co s pa rn o magistéregula-rio . mesmo
por-Que js~o n50 tinha como ba~e ao proves p~blicas d D~ ccnCllr
50S ou qualquer outra cD mprav~ ç5o regular de c o n he8i rn~ nto s
- o que foi considerado como caUDa do avi l ternento do
pro-fe ~Gor e . em con scquincias . ~o baixo rendi mcIlto que se r e
-Gistrav a no en~ino . devido ~ seleção ser fund ada no pro t
e-ci onismo polftico.1 3
Com r ~IDç~o BOS profes s ores para o exer'c{ cio
do magisti r10 no interior do Eslado. provid5ncios cspcc{fi
c~s foram tomadas com bese n o Decr eto n 9 47 d e 2 d e março
d e 19L3 o qu al eGtab e l ecc n ormas p il ra nar eaçno d e profess~
r cs n5 0 titulados. Em d ecorr~nciD da d ific u ldade de dlstri
bu ir c· l ocalizar u ma rede esco l ar n o interior. c om profc
s-tores qual ificados - eXiltamcnte devido ã ex t enoio terri
to-r ial do Estado . a to-rato-refação dns popu]aç5(!s . is d ificu l
da-des de lransporte e i oscaSGCZ dp professo l"cS como rc
stri-çao maior - o problema foi solucio n ado de im ediato
J'I
Idp.m op. cit. , p. lS13l AMA70NAS . Men: ,Qccm ~ A5scmbl~in Logislaliva .
m'::J"ço de 1 9G5. p. 30 c 110.
c om a
l"l ani..iU5 ,
",
I'
!
li
I
I.
I
"
,
•
- ",,-->
- --~;;;';';';"''''''~' '. ' ''' !!"-' ".- ---IMI
21
conlrat~ç5o do profu~~orcs n ao lituluclos. vl~onda atenuar
a escassez d c~sps recur sos .
A i nfra-ostrutura procl amada no período
ante-r loante-r paante-rece n~o ter sido mantido ou m,smo
QUO ti ln cx lst Enciu de escolas aparelhados
lm p l <'l nt üdi), jii
com Inateric:ll
considerado lndlspcnsivel p ara o func ~onamcnto das
e i) im po ntualidade n O . p<'lgalncnbo dos p ofensores _
princi-p olmonte os distritais - f oram apontados n a 8drnlnistr~çio
sp~ulntc cr,mo s5 rio ~ obstiiculcs 80 enslno-oprcndizo&cm,
Aos pro l.dcrnos n aturais dLl r eg ião se 8!I',lJo clnram os acumul.J
d os no ensino 05 Quais se c ontituiram no ponto de
cslran-gulamento desto. dificultando a obrieatoriedade
pre vista na Lei n~ 4024/61. esc olClr
Em 1 969. o aum~nto da procuro de VOgDS e o r~
duzid o n~mero de eSColas l evou
r odízio
oscolar. r ecu rs o utilizado nas oscolas dD capital pa ra a~
rIfar o n~ mnro de v ozas. pois 6 Popu18ç : ~a Bscolarlzávc1
cresceu de 1 9 1 . 510 Dm 1966 paro '04.820 ~m 1969 e a
de ensino nio tlnh~ c apacidade po ro abç1gar ~equer o meta
de dcs se c ontin~ente . Nesse ~lt imo ano o total de alunos
matri culados chegou a 101.008 sendo o deflcit sempre maior
que o populaç~o eGco1ari~ ada . Bxceto D ~ 1967.
tc rioreo . e5tp tambirn i umu medida art~flei6 1
Como as
an-e paliat iv':J
j~ q uo n~o r os olveu o problema no períOdo seguinte .
/.I, Secretaria da Educaç,io pa sso u B dispor da Fun
daçio Educacionol do Amazonas • . 5reio instituído pelo
00-c r eto n~ 1.321. de 1 9 do fevereiro ne 1069 . c om B
finali-dad e do executar as ativid ades relativós 60 ensine . Como
I'ode escolar
do Estl!do e or canizou ,eu trabalho :.oob
"
"Sistema de EU5il '
ba se"Si !ilcma do Un idodo5 Educaci
no IntcBru do " com no
onais". (5le atinr.iu tod.:J
"
c llpitlJ l, rl!unindo a~ c~colas14) OHSj~lcm.1 de ~n~ in o Intc~r Lldn · diL r 'c~IJeito ~ inteJ:ra
-ç iio 110:; I'n~ino!". prin~lrio D ~1n.l:.:idl jlr ut:C"~.lrlO pclo Sc.
cr cl.íl·io do CdUCiJÇ.:iO ( I~ !'IIl,l;-nn,lf, f'I:'I 1 ntj!). Par'u i ';:.0 o
cX,lmc {lI' 'uh"i!.;: ':;o foi idHJ11do {lu ~;i::.Lt'md di' cn:.illo. ú:;
t lJ!Jc}l'rrlldo-:,r a I'l'tlm(JI, ~,~ CI !,lJlnfll':ll;c ' I!f'!õd u quo c' dl u
-n o c:;1 ivp:;:;c <lptO jldr,l .1:.CIlIICJI'I' .j:; "úril'G po~L(.r iur"':l
00 OO:::.iIIO JlriI3~rio .
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~~ . . . .. . . . _~.. ;e
em dez unidades intc gradD~ paIo crlt~rlo de zorlcamcnto; c
parte do interior onde pa~~ou a cxl~flr 20 unl d adc~ educa
clonal 0 lntc~rada~ por zonD~ fi s lo~riflc a~ .
com SU~lS s
c-dc ~ lo ca liz~d a~ em cada um do s vinte municíploo
que Já
manti nh am o enolno alé~ d as oérlco lnlGlal~ do n ívul e10
-montar . En SUR fase lniclctl de funçto omanto , a
Fundoç.Do
Edu Cilc1on ol c llo COU Il -intocral' <1 rede jl:! cnslno , embor ,J
ap~
n as do pon t o do v i st a Ildml nl strullvo. E~sa mUdança op
era-d a no
~strutura
do ens i no dcrno rlo tra UAaorionteç~o
t o dao sist em o foi org ~
-nlzado d e
fOl~m
fl
il demonstrar e içuDl CIPortu niJddc queto-dos
t~ria
m
do 1ntresSIlT naescol~
c, emconscquênci
~ ,
de~sccn d er socialmente já quo forum cliados mecanismos p ura
um a maior e xpuns io d o ensino . como t am b ~m paro c r i6 r a
ilusio de que Iluvcria u na
m~lor
d osco ntralizaç 5o na~dmi
nl ntr~çDo
~
nível das un idadeseuucac
ion~
l~ .
To da essa mudança so processo u Co m o sen tJdo do pr ~va r Q
popul e çi!o
CJ UO O on :. lno púhlico Se cara cttJ ri 7.íI tHQe nclalmElntc por
ser-ul r sl!;tc õ~ abar' o o ndD há v aga s (" I., ebup dâ ncia e a qU tllid ~
de do ensino não só ~!,) rm !t e u m apr oveil:cme nt o
total
part e d os alunos como i~p cd e a eVél~io ~ r 6 vetinc ia . por
I sto
porc ~ inexis t e na real l ~ ~de . pois a dorranda
gerol me nte maio r qu~ a oferta . apl'es cn ta -5e
N~
il 6ca da do 1 970 , iniCi as e nova fase no en-sino
bro~ileiro
.
A lei n9 50D2/71. entre outroi medidas.est a beleceu paru cada Enlado ~ obr iga'orio dadc de
elabo-rar um plano'de educaçio . Em obedi5nc~ a ao A~tiso 72 d oo
-5a lei e consoante o Plano do Guverno do Estedo
1 971-74
os t6 cnicos
a!abor~ram
o Plano Pr6vl0dl ~
Educ e çioAma ·zonij~. Cujo _ objetivo , de cilr.:itur muito g c r<:Il , e peri) o
lhorla do ensin o no~ s~u s i)specto~ fi
mc-quantitQl i vo e
quali-tDtiv o . O Plano
vi~a
princi
p~ l mento
ot1n c ir os cinco munic!pioo pr10rilill1os já rcf or idoo, s cl nc iolWcl0 5 p.:irLl o
il'1-plUIlluç50 d a nova
(!xpc~i611CiLl
oducacionnl. O Plahoconcc-b:ldo com () f.1n •. did .1 d r. CP. dclJmit'JI· a <1lu.J(;,"jo do E c lil do 1' ,)
i ~DID
nl n~ ~o
d~
RCrormil do Pllo1no ll :VO~ ~n
nli , bo r ' Dç~
o
d c-l')l ·rrli ll .)d.J p !"lo ~, GCf.u"llllt ~~ füloll !t; :
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