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Níveis de energia metabolizável para frangos de corte de 1 a 21 dias de idade mantidos em ambiente de alta temperatura.

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Academic year: 2017

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Níveis de Energia Metabolizável para Frangos de Corte de 1 a 21 Dias de Idade

Mantidos em Ambiente de Alta Temperatura

1

Rita Flávia Miranda de Oliveira2, Jerri Teixeira Zanusso3, Juarez Lopez Donzele2, Rony Antonio Ferreira4, Luiz Fernando Teixeira Albino2, Sandra Roselí Valerio4, Adhemar Rodrigues de

Oliveira Neto4, Humberto Maximiano do Carmo5

RESUMO - Quatrocentos e cinqüenta pintos de corte machos, Avian Farms, com peso médio de 48±0,3 g, foram utilizados em um experimento conduzido em câmaras climáticas, para avaliar o efeito dos níveis de energia metabolizável (2850, 2925, 3000, 3075 e 3150 kcal de EM/kg), entre 1 e 21 dias de idade, mantidos em ambiente de alta temperatura (34oC e 60% UR). O delineamento utilizado

foi o inteiramente casualizado, com cinco tratamentos, nove repetições e dez aves por unidade experimental. As características estudadas foram desempenho e composição de carcaça, em que a estimativa da exigência de energia metabolizável das aves foi feita por meio de regressão linear ou quadrática, conforme o melhor ajuste. O ganho de peso, o consumo de energia metabolizável e as deposições de proteína e gordura na carcaça aumentaram, enquanto a conversão alimentar dos pintos reduziu de forma linear com os tratamentos. O rendimento de carcaça das aves não foi influenciado pelos níveis de EM da ração. Os níveis de EM da ração modificaram a composição da carcaça e aumentaram o peso de gordura abdominal. Os pintos de corte de 1 a 21 dias de idade, mantidos sob alta temperatura, exigem, no mínimo, relação energia:proteína de 13,6 para melhor desempenho e deposição de proteína na carcaça.

Palavras-chave: alta temperatura ambiente, energia metabolizável, pintos de corte

Metabolizable Energy Levels for Broiler Chicks from 1 to 21 Days of Age under High

Environmental Temperature

ABSTRACT - Four hundred and fifty Avian Farms male broilers chicks with 48±0.3g of live weight were used in an experiment carried out at climatic chambers to evaluate the effect of the metabolizable energy levels (2850; 2925; 3000; 3075 and 3150 kcal of ME/kg), from 1 to 21 days, maintained at high environmental temperature (34oC and 60% RH). A completely randomized design, with

five treatments (ME levels), nine replicates and ten birds per experimental unit, was used. Performance and carcass composition were evaluated and the metabolizable energy requirement of the birds were obtained by linear or quadratic regression, according to the best fit. Weight gain, metabolizable energy intake, and protein and fat depositions in the carcass increased while the feed:gain ratio of the chicks linearly decreased with the treatments. The carcass yield of the birds was not influenced by the dietary ME levels. The dietary ME levels affected the carcass composition and increased the abdominal fat weight of the broiler chicks. The broilers chicks from 1 to 21 days of age, kept under high environmental temperature, require at least an energy:protein ratio of 13.6:1 for better performance and protein deposition in carcass.

Key Words: broiler chick, high environmental temperature, metabolizable energy

1Parte da tese de Mestrado do segundo autor. Projeto financiado pela FAPEMIG. 2Professor do DZO/UFV.

3Mestre em Zootecnia pela UFV. 4Estudante de Doutorado do DZO/UFV. 5Zootecnista/UFV.

Introdução

A necessidade energética constitui-se em um dos aspectos nutricionais mais influenciados pela tempe-ratura ambiente, que, ao se elevar, reduz o consumo energético. No entanto, acima de 27 ou 28oC, o

declínio é maior, uma vez que a ave está submetida ao estresse de calor e, conseqüentemente, à respiração ofegante, que, entre outros fatores, interfere no tem-po destinado ao consumo de ração.

O decréscimo no consumo de alimento dos frangos, quando a temperatura ambiente aumenta até 27oC,

pode ser conseqüência da redução no requerimento de energia para mantença (HURWITZ et al., 1980; XAVIER, 1995).

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as exigências energéticas das aves em ambiente de estresse de calor.

As condições térmicas adversas podem ser muito prejudiciais ao processo produtivo, principalmente ao se considerar que as aves têm maiores dificuldades em dissipar do que reter calor. Em temperaturas próximas de 28oC, a energia para produção torna-se

drasticamente reduzida, e a 33oC torna-se negativa,

sendo necessária a utilização de reservas corporais (LEESON e SUMMERS, 1991).

A temperatura ambiente, por modificar o consumo das aves, influencia, também, a composição de sua carcaça (PERRAULT e LEESON, 1992).

Dessa forma, a manipulação das rações parece ser a solução para proporcionar a ingestão de níveis de energia adequados à suas exigências. A gordura é um dos ingredientes adicionados às rações de alto conteúdo energético (Fuller e Moura, 1973, citados por CAMPOS, 1995) e baixo incremento calórico, o que é benéfico, principalmente, em épocas quentes. Este trabalho foi conduzido com o objetivo de avaliar os efeitos de níveis de energia metabolizável (EM) sobre o desempenho e a composição de carca-ça de pintos de corte, na fase de 1 a 21 dias de idade, mantidos em alta temperatura (34oC).

Material e Métodos

O experimento foi conduzido em câmaras climá-ticas utilizando 450 pintos, machos, da linhagem Avian Farms, com peso inicial médio de 48+0,3 g, vacinados contra as doenças de Marek e Bouba aviária. O experimento foi conduzido com aves no período de 1 a 21 dias de idade.

As aves foram alojadas em baterias metálicas, com piso telado, divididas em 15 compartimentos, de área igual a 0,72 m2, dotadas de comedouros e

bebedouros tipo calha. Cada compartimento, com 10 aves, constituiu uma unidade experimental.

O programa de luz adotado durante todo o período experimental foi o contínuo (24 horas de luz artificial), fazendo-se uso de duas lâmpadas fluorescentes de 75W, por câmara.

O monitoramento das variáveis ambientais, tem-peratura e umidade relativa do ar nas câmaras foi feito por meio de termômetros de máxima e mínima, de bulbo seco e bulbo úmido e de globo negro, colocados à altura intermediária em relação ao com-partimento central da bateria. As temperaturas fo-ram registradas diariamente, em três horários (8, 13 e 18 h), durante todo o período experimental.

As rações experimentais, formuladas à base de milho e farelo de soja e suplementadas em vitaminas e minerais, são apresentadas na Tabela 1. Adotou-se o critério de elevar os teores protéico, mineral e vitamínico 10% acima do recomendado por ROSTAGNO et al. (1996), com o propósito de garan-tir o atendimento das exigências, destes nutrientes, uma vez que as aves de todos os tratamentos recebe-ram alimentação restrita, que correspondeu a consu-mo real médio de 91,3% do consuconsu-mo voluntário. A restrição alimentar foi utilizada como forma de equalizar o consumo de proteína, mineral e vitaminas, entre todos os tratamentos.

Para determinação do consumo voluntário, utiliza-ram-se 50 aves distribuídas em grupos de 10 por compartimento, mantidas em câmara climática, em condições de alta temperatura (34oC e 60% UR),

recebendo ração contendo 3000 kcal de EM, correspondendo à exigência das aves, no período de 1 a 21 dias de idade, segundo ROSTAGNO et al. (1996). O fornecimento de água foi ad libitum, sendo

trocada três vezes ao dia, para evitar seu aquecimento. As variáveis estudadas foram consumo de ração, ganho de peso, conversão alimentar, consumo de energia metabolizável, consumo de proteína bruta, rendimento de carcaça, deposições de proteína e gordura e peso absoluto de gordura abdominal.

O cálculo do consumo no período experimental foi obtido por diferença entre a quantidade de ração fornecida, as perdas e as sobras de ração experimen-tais, pesadas no início e no final do experimento. O ganho de peso dos animais foi obtido pela diferença de pesagem dos animais no final e no início período experimental. A partir dos dados de consumo de ração e ganho de peso, calculou-se a conversão alimentar dos animais no período de 1 a 21 dias de idade.

Ao final do experimento, após 6 horas de jejum, as aves foram pesadas, sendo que quatro aves de cada repetição foram escolhidas, considerando o peso médio ± 10%, de cada unidade experimental, e aba-tidas. Após serem sangradas, depenadas e evisceradas, as carcaças foram pesadas e a gordura abdominal foi retirada e pesada.

As carcaças inteiras (incluindo pés e cabeça) foram moídas duas a duas, durante 15 minutos em “cutter” comercial de 30 HP e 1775 rpm. As amos-tras das carcaças, em razão do seu alto teor de gordura, foram pré-secadas em estufa de ventilação forçada a +60oC, durante 72 horas, e posteriormente

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Tabela 1 - Composição das rações experimentais (%) Table 1 - Composition of the experimental diets

Ingrediente Nível de energia metabolizável (kcal/kg de ração)

IngredIent Level of metabolizable energy (Kcal/kg of diet)

2850 2925 3000 3075 3150

Milho (7,5% PB)1 42,763 42,763 42,763 42,763 42,763

Corn (7.5% CP)1

Farelo de soja (43,8% PB)1 45,268 45,268 45,268 45,268 45,268

Soybean meal (43.8%CP)1

Fosfato bicálcico 2,066 2,066 2,066 2,066 2,066

Dicalcium phosphate

Calcário 1,206 1,206 1,206 1,206 1,206

Limestone

Cloreto de colina 0,088 0,088 0,088 0,088 0,088

Choline chloride

DL-metionina 99 0,350 0,350 0,350 0,350 0,350

DL-methionine

Mistura vitamínica2 0,110 0,110 0,110 0,110 0,110

Vitamin premix2

Mistura mineral3 0,060 0,060 0,060 0,060 0,060

Mineral premix3

Bacitracina de zinco 0,020 0,020 0,020 0,020 0,020

Zinc bacitracin

Coban200 0,060 0,060 0,060 0,060 0,060

BHT 0,020 0,020 0,020 0,020 0,020

Sal 0,433 0,433 0,433 0,433 0,433

Salt

Caulin 3,770 2,853 2,000 1,146 0,292

Óleo de soja 3,849 4,703 5,556 6,410 7,264

Soybean oil

Composição calculada4

Calculated composition

EM (kcal/kg) 2850 2925 3000 3075 3150

ME

Proteína bruta (%) 23,24 23,24 23,24 23,24 23,24

Crude protein

Na (%) 0,222 0,222 0,222 0,222 0,222

P disponível (%) 0,502 0,502 0,502 0,502 0,502

Available P

Ca (%) 1,111 1,111 1,111 1,111 1,111

Arginina (%)5 1,259 1,259 1,259 1,259 1,259

Arginine

Lisina (%)5 1,325 1,325 1,325 1,325 1,325

Lysine

Metionina + Cistina (%)5 1,068 1,068 1,068 1,068 1,068

Methionine + Cystine

Metionina (%)5 0,697 0,697 0,697 0,697 0,697

Methionine

Treonina (%)5 0,906 0,906 0,906 0,906 0,906

Threonine

Triptofano (%)5 0,319 0,319 0,319 0,319 0,319

Tryptophan

1 Valor obtido no Laboratório de Nutrição Animal do DZO/UFV, de acordo com metodologia descrita por SILVA (1990) (Value obtained according to SILVA [1990] - Laboratory of Animal Nutrition, DZO/UFV).

2 Conteúdo/kg (content/kg): vit. A, 15.000.000 UI; vit. D

3, 1.500.000 UI; vit. E, 15.000 UI; vit. B1, 2,0 g; vit. B2, 4,0 g; vit. B6, 3,0 g; vit. B12, 0,015 g, ácido nicotínico (nicotinic acid), 25 g; ácido pantotênico (panthotenic

acid), 10 g; vit. K3, 3,0 g; ácido fólico (folic acid), 1,0 g; bacitracina de zinco (zinc bacithracine), 10 g; Se, 250 mg; e veículo q.s.p.(vehicle q.s.p.), 1050 g.

3 Conteúdo/kg (content/kg): Mg (60 g); Fe (80 g); Zn (50 g); Cu (10 g); Co (2,0 g); I (1 g); e veículo q.s.p. (vehicle

q.s.p.) 600 g.

4 Composição calculada segundo ROSTAGNO et al. 1996, com exceção da proteína bruta (Calculated

composition by ROSTAGNO et al.(1966), except for crude protein).

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As amostras foram então moídas e acondicionadas em vidros para análises posteriores.

As análises de proteína e extrato etéreo das amostras foram realizadas conforme metodologias descritas por SILVA (1990). Os teores de água e gordura extraídos durante o processo de preparo das amostras foram considerados para correção dos va-lores das análises.

Um grupo adicional de 15 aves com 1 dia de idade foi abatido para determinação da composição corpo-ral no início do experimento. As deposições de prote-ína e gordura na carcaça foram calculadas pela diferença entre os valores de composição da carcaça dos pintos de corte com 21 e 1 dia de idade.

Utilizou-se o delineamento experimental inteira-mente casualizado, com cinco tratamentos (2850, 2950, 3000, 3075 e 3150 kcal de EM/kg), nove repetições e dez aves por unidade experimental.

As análises estatísticas das características ava-liadas foram realizadas utilizando-se o programa computacional SAEG (Sistema para Análises Esta-tísticas), desenvolvido pela UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA – UFV (1982). As estima-tivas de exigência de energia metabolizável foram estabelecidas por meio de modelos de regressão linear e quadrático.

Resultados e Discussão

Os valores médios das condições ambientais obtidos no interior das câmaras climáticas durante o período experimental, assim como o valor médio do Índice de Temperatura de Globo e Umidade (ITGU), são apresentados na Tabela 2. Como pode ser obser-vado, as aves foram submetidas a condições ambientais estressantes.

Na Tabela 3, são apresentados os resultados de ganho de peso, consumo de ração, conversão alimen-tar e consumos de energia metabolizável e proteína bruta de frangos de corte, no período de 1 a 21 dias de idade, mantidos em ambiente de estresse térmico (34oC), recebendo diferentes níveis de energia

metabolizável (EM) na ração. O nível de EM da ração influenciou (P<0,01) o ganho de peso (GP) das aves, que aumentou de forma linear (Tabela 5).

Considerando-se que a relação energia:proteína da ração, calculada a partir das recomendações de ROSTAGNO et al. (1996) e do NATIONAL RESEARCH COUNCIL - NRC (1994), para pintos de corte de 1 a 21 dias de idade, corresponde, respectivamente, a 14,2 e 13,9, pode-se inferir que o

aumento linear do GP pode ter ocorrido devido ao aumento na deposição de proteína, em razão da melhora gradativa da relação energia:proteína das rações, que variou de 12,3 a 13,6.

Melhora no ganho de peso de frangos de corte mantidos em ambiente de calor, em razão do nível de EM da ração, também foi constatado por DALE e FULLER (1980). Em contrapartida, BACON et al. (1981) e REECE e McNAUGHTON (1982) não verificaram efeitos dos níveis de EM da ração sobre o GP de frangos de corte, em estresse de calor. Entretanto, os menores níveis de lisina utilizados nas rações por esses últimos autores podem justificar a discordância entre os resultados. Segundo McNAUGHTON e REECE (1984), em condições de estresse de calor, frangos de corte machos respon-dem ao aumento do nível de energia da ração somente quando níveis elevados de lisina são utilizados.

A conversão alimentar (CA) aumentou de forma linear (P<0,01) com o nível de energia metabolizável da ração (Tabela 5). Estes resultados corroboram os obtidos por BERTECHINI et al. (1991), HOLSHEIMER e RUENSKI (1993) e BENÍCIO (1995), que também observaram efeito positivo do aumento do nível de EM da ração sobre a CA de frangos de corte, na fase inicial de crescimento.

O aumento gradativo da energia líquida das ra-ções, em razão da redução do incremento calórico, devido à inclusão, em níveis crescentes, de óleo, associado ao provável aumento da deposição de proteína, em conseqüência da melhora na relação energia:proteína das rações, justifica os resultados de conversão alimentar. A suplementação de gordura à

Tabela 2 - Condições ambientais1 observadas nas

câmaras climáticas

Table 2 - Environmental conditions1 observed in the climatic chambers

Temperatura do ar (oC) 33,5+0,01

Air temperature

Temperatura máxima (oC) 33,9+0,09

Maximum temperature

Temperatura mínima (oC) 33,3+0,26

Minimum temperature

Umidade relativa (%) 58,9+1,42

Relative humidity

Temperatura de globo negro (oC) 34,0+0,03

Average black globe temperature

Índice de temperatura de globo e

umidade (ITGU) 85,2+0,24

Globe temperature and humidity index (BGHI)

1 Valores médios.

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ração de suínos, também, é benéfica, pois em perío-dos de calor proporciona redução da quantidade de calor produzido pelos animais, devido ao seu baixo incremento calórico (FIALHO, 1994), além de com-pensar a redução no consumo de energia, proporcio-nando melhor desempenho dos animais.

O consumo de energia metabolizável (CEM) au-mentou (P<0,01) de forma linear, à medida que se elevou o nível de EM das rações (Tabela 5), uma vez que as rações foram fornecidas de forma controlada e em igual quantidade entre os tratamen-tos. Também não se observou efeito no consumo de proteína bruta (CPB) das aves, o que é justificado pelo fato de as rações serem isoprotéicas e o CR não ter variado, significativamente, entre os tratamentos. Os resultados de rendimento de carcaça, deposi-ções de proteína e gordura na carcaça e peso abso-luto de gordura abdominal de pintos de corte, na fase de 1 a 21 dias de idade, mantidos em ambiente de estresse térmico (34oC), são apresentados na Tabela 4. Não se observou efeito dos níveis de EM da ração sobre o rendimento de carcaça dos animais. Este resultado está de acordo com o obtido por BERTECHINI et al. (1991), que, trabalhando com frangos de corte em condição de alta temperatura, também não observa-ram variação no rendimento de carcaça, quando o nível de EM da ração aumentou de 3200 para 3400 kcal de EM/kg, e LEESON et al. (1996), que também não observaram influência do nível de EM (2700 a 3300 kcal) sobre o peso de carcaça de frangos

Tabela 3 - Desempenho e consumos de energia metabolizável (EM) e proteína bruta (PB) de frangos de corte de 1 a 21 dias de idade mantidos em estresse de calor, recebendo rações com diferentes níveis de energia metabolizável

Table 3 - Performance and metabolizable energy (ME) and crude protein (CP) intake of broiler from 1 to 21 days of age under heat stress condition and fed diets with different levels of metabolizable energy

Variável Nível de energia metabolizável (kcal EM/kg )

Variable Level metabolizable energy (kcal ME/kg)

2850 2925 3000 3075 3150 CV (%)

Ganho de peso (g)1 559 576 581 606 611 4,03

Weight gain

Consumo de ração (g) 786 786 797 795 793 1,54

Feed intake

Conversão alimentar1 1,41 1,37 1,37 1,32 1,30 3,60

Feed/gain ratio

Consumo EM (kcal/kg)1 2240 2299 2392 2444 2497 1,54

ME intake

Consumo PB (g)2 183 183 185 185 184 1,54

CP intake

Relação energia:proteína 12,26 12,58 12,91 13,23 13,56

Energy:protein ratio

1 Efeito linear (P<0,01).

1 Linear effect (P<.01).

no período de 1 a 25 dias de idade. Embora o rendimento de carcaça não tenha sido alterado, constatou-se que o nível de EM da ração modificou a composição corporal das aves, com as deposições de proteína (DPC) e gordura (DGC) na carcaça, aumentando (P<0,01) de forma linear (Tabela 5).

Os resultados deste trabalho corroboram os de HOLSHEIMER e RUENSKI (1993), que verifica-ram aumento na deposição de proteína e gordura na carcaça de frangos, no período de 1 a 14 dias de idade, devido ao aumento do nível de EM da ração (2750 a 3250 kcal).

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Apesar do aumento linear (P<0,01) da gordura abdominal, em razão dos níveis de EM (Tabela 5), o valor absoluto para as aves que receberam o trata-mento correspondente a 3150 kcal de EM foi 2,3% inferior ao verificado no tratamento em que se utili-zou o nível de 3075 kcal de EM. Relação positiva entre ingestão de EM e peso de gordura abdominal em frangos de corte foi também observada por HOLSHEIMER e RUENSKI (1993). Por outro lado, WALDROUP et al. (1996), avaliando níveis de ener-gia (2985 a 3333 kcal de EM/kg), e mantendo fixa a relação energia:proteína das rações, para frangos de corte, não observaram efeito dos tratamentos sobre a gordura abdominal.

Conclusões

Os pintos de corte, de 1 a 21 dias de idade, mantidos sob alta temperatura exigem, no mínimo, relação energia:proteína de 13,6, para melhor desempenho e deposição de proteína na carcaça.

Referências Bibliográficas

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abdominal de frangos de corte de 1 a 21 dias de idade mantidos em estresse de calor, recebendo rações com diferentes níveis de energia metabolizável

Table 4 - Carcass yield, protein and fat deposition and abdominal fat weight of broilers from 1 to 21 days of age under heat stress condition, fed diets with different levels of metabolizable energy

Variável Nível de energia metabolizável (kcal EM/kg ) CV

Variable Level of metabolizable energy (kcal ME/kg)

2850 2925 3000 3075 3150 (%)

Peso final médio (g) 643 659 667 691 694 3,52

Average final weight

Rendimento de carcaça (%) 75,59 76,23 75,94 75,92 76,03 1,28

Carcass yield

Deposição de proteína na carcaça(g)1 72,03 74,92 77,40 80,12 82,09 7,37

Carcass protein deposition

Deposição de gordura na carcaça(g)1 34,87 38,45 39,52 40,22 41,63 9,87

Carcass fat deposition

Gordura abdominal (g)1 3,58 3,96 4,13 4,32 4,22 11,39

Abdominal fat

Peso após jejum (g) 624 630 632 652 667

Weight after fasting

1 Efeito linear (P<0,01).

1 Linear effect (P<.01).

Tabela 5 - Regressão dos efeitos dos níveis de energia da ração Table 5 - Regression of the effects of dietary energy levels

Variável Regressão

Variable Regression

Ganho de peso Yˆ = 49,251 + 0,17914EM r2 = 0,96

Weight gain

Conversão alimentar Yˆ = 2,43624 - 0,000361506EM r2 = 0,91

Feed:gain ratio

Consumo de EM Yˆ = -255,597 + 0,87662EM r2 = 0,99

ME intake

Deposição proteína carcaça Yˆ = -23,925 + 0,0337EM r2 = 1,00

Carcass protein deposition

Deposição gordura carcaça Yˆ = -19,8194 + 0,01962EM r2 = 0,91

Carcass fat deposition

Gordura abdominal Yˆ = -2,293 + 0,0021EM r2 = 0,78

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Referências

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