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Percepções de puérperas sobre a vivência de parir na posição vertical e horizontal.

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Academic year: 2017

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PERCEPÇÕES DE PUÉRPERAS SOBRE A VI VÊNCI A DE PARI R NA POSI ÇÃO

VERTI CAL E HORI ZONTAL

1

Michele Edianez Gayeski2 Odaléa Maria Brüggem ann3

Est udo qualit at iv o, cuj o obj et iv o foi conhecer as per cepções das puér per as sobr e a v iv ência de par ir na posição vertical e horizontal, identificando os aspectos positivos e negativos de cada posição. Foram entrevistadas 10 puérperas no aloj am ento conj unto de um hospital universitário. Após análise tem ática – Discurso do Suj eito Colet iv o – em er gir am os aspect os posit iv os da posição v er t ical: m ais côm oda; fav or ece a m ov im ent ação; reduz o esforço expulsivo; favorece a participação da parturiente; sendo o desconforto e a falta de intervenção obst ét r ica apont ados com o negat ivos. Quant o à posição hor izont al, os aspect os posit ivos for am : o par t o é m ais rápido, gera segurança e sensação de ser aj udada e os negat ivos est iveram relacionados ao desconfort o e dificuldade par a fazer for ça. Os discur sos sobr e os aspect os posit ivos da posição ver t ical e negat ivos da horizont al dest acam - se de form a m ais int ensa e frequent e e est ão congruent es com as evidências cient íficas.

DESCRI TORES: part o; segunda fase do t rabalho de part o; part o hum anizado; pesquisa qualit at iva

PUERPERAL W OMEN’S PERCEPTI ONS ON VERTI CAL AND HORI ZONTAL DELI VERI ES

This qualitative study aim s to better understand the perceptions of puerperal wom en regarding their experiences in vertical and horizontal deliveries and identify positive and negative aspects of each position. Sem i- structured interviews were carried out with ten puerperal wom en hospitalized in the room ing- in unit of a teaching hospital. Aft er t hem at ic analy sis – Collect iv e Subj ect Discour se – posit iv e aspect s of t he v er t ical posit ion em er ged, nam ely: greater com fort, freedom of m ovem ent, reduction of the expulsive effort, favors wom en’s participation. Negat ive aspect s were list ed as discom fort and lack of obst et ric int ervent ion. Posit ive aspect s of t he horizont al position were reported as quickness, feelings of security and of being helped. Negative aspects were related to discom fort and difficult y in exert ing st rengt h. Posit ive aspect s of t he vert ical posit ion and negat ive aspect s of the horizontal position stood out m ore intensely and frequently, and are in accordance with scientific evidence.

DESCRI PTORS: part urit ion; labor st age, second; hum anizing delivery; qualit at ive research

PERCEPCI ONES DE PUÉRPERAS SOBRE LA VI VENCI A DURANTE EL PARTO EN LA

POSI CI ÓN VERTI CAL Y HORI ZONTAL

Se t r at a de un est udio cualit at iv o, cuy o obj et iv o fue conocer las per cepciones de las puér per as sobr e la vivencia del part o en la posición vert ical y horizont al, ident ificando los aspect os posit ivos y negat ivos de cada posición. Fueron ent revist adas 10 puérperas en el aloj am ient o conj unt o de un hospit al universit ario. Después del análisis tem ático – Discurso del Suj eto Colectivo – em ergieron los aspectos positivos de la posición vertical: m ás cóm oda; favorece la m ovilidad y reduce el esfuerzo de expulsión; favorece la participación de la parturienta; siendo la incom odidad y la falta de intervención obstétrica apuntados com o negativos. En lo que se refiere a la posición horizontal, los aspectos positivos fueron: el parto es m ás rápido, genera seguridad y sensación de ser ayudada y los negat ivos est uvieron relacionados a la incom odidad y dificult ad para hacer fuerza. Los discursos sobr e los aspect os posit ivos de la posición ver t ical y negat ivos de la hor izont al se dest acan de for m a m ás int ensa y frecuent e y est án congruent es con las evidencias cient íficas.

DESCRI PTORES: part o; segundo periodo del t rabaj o de part o; part o hum anizado; invest igación cualit at iva

1Apoio financeiro do Fundo de I ncentivo à Pesquisa, FUNPESQUI SA, da Universidade Federal de Santa Catarina, Brasil, Proj eto no 1642007; 2Enferm eira

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I NTRODUÇÃO

N

a m aior ia d as civ ilizações, o p ar t o er a assist ido com a m ulher na posição vert ical. A part ir do século XVI , adotou- se a posição deitada, colocando a m ulher num a posição ant ifisiológica, que cont ribuiu para o uso de t ecnologia desnecessária( 1).

Com a m edicalização do part o, a posição de litotom ia ( posição ginecológica) , no período expulsivo, p assou a ser con sid er ad a m ais ad eq u ad a p ar a a realização dos procedim ent os hospit alares e adot ada com o clássica para o nascim ento. Assim com o outras int ervenções obst ét ricas, essa posição foi adot ada de m aneir a indiscr im inada sem a dev ida av aliação de sua efet ividade ou segurança( 2- 4).

Co m b a se n a s e v i d ê n ci a s ci e n t íf i ca s, at ualm ent e, a Organização Mundial da Saúde ( OMS) recom enda que a part urient e não sej a colocada em posição de lit ot om ia dur ant e o t r abalho de par t o e p ar t o, p oi s con sid er a p r ej u d ici al ou in ef icaz. No entanto, cada m ulher deve ter a liberdade de escolha sobre a sua posição( 5).

Evidências recent es m ost ram que a posição v e r t i ca l o u l a t e r a l , q u a n d o co m p a r a d a s co m a s posições horizont ais ( supina ou de lit ot om ia) , reduz a d u r ação d o p er íod o ex p u lsiv o, a q u eix a d e d or se v e r a , o n ú m e r o d e p a r t o s o p e r a t ó r i o s, a n e ce ssi d a d e d e e p i si o t o m i a e a s a l t e r a çõ e s n o bat im en t o car díaco f et al. En t r et an t o, o u so dessa posição est á relacionado ao aum ent o do núm ero de l a ce r a çõ e s p e r i n e a i s d e se g u n d o g r a u e p e r d a sanguínea m aior que 500 m l. Considerando os riscos e benefícios das diferentes posições, deve- se perm itir que as m ulher es t om em decisões infor m adas sobr e a s p o si çõ e s d e p a r t o e a ssu m a m a q u e l a q u e desej ar em( 6).

De m aneira geral, as m at ernidades no Brasil ainda preconizam a ut ilização da posição horizont al durante o parto e não oferecem a opção para a m ulher escolher a que desej a adot ar( 7). Porém , nos últ im os

anos, algum as m at ernidades passaram a assist ir ao parto na posição vertical ou lateral, tendo com o base as r ecom en d ações d a OMS p ar a a assist ên cia ao part o( 8- 9).

A im plem ent ação de posições não supinas n o p er íod o ex p u lsiv o t em sid o u m a d as p r át icas baseadas em evidências cient íficas, que fazem part e d a t r an si ção d o m o d el o d e assi st ên ci a ao p ar t o cent rado na t ecnologia para um m odelo cent rado na fisiologia( 9). No ent ant o, t orna- se necessário desvelar

com o essa m udança na posição para parir t em sido v iv enciada pelas par t ur ient es par a av aliar se essa prát ica t am bém t em sido considerada benéfica, sob o ponto de vista da m ulher.

Assi m , e sse e st u d o t e v e co m o o b j e t i v o co n h e ce r a s p e r ce p çõ e s d a s p u é r p e r a s so b r e a v iv ên cia de par ir n a posição v er t ical e h or izon t al, ident ificando os aspect os posit iv os e negat iv os de cada posição na experiência da part urição.

MÉTODOS

Tr a t a - se d e u m e st u d o q u a l i t a t i v o , d e n a t u r e za e x p l o r a t ó r i a , r e a l i za d o co m p u é r p e r a s at endidas no Hospit al Univer sit ár io da Univer sidade Feder al de Sant a Cat ar ina ( HU/ UFSC) . Ent r ev ist ou-se 10 puér per as que par ir am na posição v er t ical e hor izont al, no aloj am ent o conj unt o, no dia da alt a hospitalar, de novem bro de 2006 a fevereiro de 2007, co m a u t i l i za çã o d e e n t r e v i st a se m i e st r u t u r a d a gravada, a part ir de um rot eiro t em át ico. O núm ero de puér per as foi est abelecido du r an t e a colet a de d ad o s p el a sat u r ação d as i n f o r m açõ es, o u sej a, quando as m esm as passaram a se repet ir.

As en t r ev ist as gr av adas f or am t r an scr it as in t egr alm en t e, con fer idas e cor r igidas, ou v in do- se n ov am en t e as gr av ações. Par a a or gan ização dos d ad os p r oced en t es d as en t r ev ist as, u t ilizou - se o program a Et hnograph V 5.O.

At r av és d a an álise t em át ica d e d iscu r so, iden t if icou - se as ideias cen t r ais e as ex pr essões-chave, a partir das quais foi construído o Discurso do Suj eito Coletivo ( DSC) , que consiste em um a síntese, na prim eira pessoa do singular, das Expressões- Chave ( EC) , correspondentes a cada I deia Central ( I C) . Essa pr opost a m et odológica de or ganização e t abulação dos dados qualit at ivos, part e do pressupost o de que o p en sam en t o co l et i v o p o d e ser v i st o co m o u m conj unt o de discursos sobre um dado t em a( 10).

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Nesse est udo, o conceit o de posição vert ical se refere aos part os assist idos na cadeira obst ét rica, sem o uso de per neir as, que per m it e à par t ur ient e f a zer o a g a ch a m en t o ( có co r a s) n o m o m en t o d a expulsão. Essa é um a prát ica que foi incorporada de form a gradat iva por t odos os profissionais da equipe de saú de da m at er n idade do HU/ UFSC, de acor do com a escolh a d a m u lh er. Na p osição h or izon t al, d escr it a t am b ém com o d e lit ot om ia ou su p in a, a part urient e é colocada em posição ginecológica com o uso de perneiras. Na lit erat ura int ernacional sobre o t em a, a posição v er t ical é classificada com o não supina e a horizont al com o supina( 6,11).

RESULTADOS E DI SCUSSÃO

Car act er íst icas sociodem ogr áficas e obst ét r icas das pu ér per as

As p u ér p er as en t r ev ist ad as t in h am id ad e en t r e 2 0 e 3 7 an os; q u at r o er am casad as e seis m ant inham união est ável, nove eram de raça branca e um a negra. Quant o à escolaridade, quat ro haviam concluído o ensino fundam ent al e duas não haviam concluído; três não concluíram o ensino m édio e um a est ava cur sando o ensino super ior. Seis puér peras possuíam ocupação rem unerada, t rês eram do lar e um a estudante. Em relação à paridade e participação em at iv idades educat iv as dur ant e o pr é- nat al, seis eram secundíparas ( Gest a 2, Para 2) e quat ro eram m ultíparas ( Gesta 4, Para 4 duas; Gesta 5, Para 4 -um a; Gest a 5, Para 3 - -um a) ; t rês não part iciparam d e n e n h u m a p a l e st r a p a r a g e st a n t e s, se i s part iciparam de um a a t rês e um a de oit o palest ras. Das 10 puérperas ent revist adas, oit o foram acom pan h adas pelo m ar ido n o ú lt im o t r abalh o de parto/ parto e um a pela irm ã, sendo que apenas um a não t eve acom panhant e. Todas par iram na posição vertical, no últim o parto, sendo que o anterior a esse foi na posição horizont al. Todos os recém - nascidos, do últ im o part o, foram a t erm o e sem int ercorrência clínica que indicasse internação na unidade de terapia int ensiva neonat al.

Aspectos positivos da posição vertical e horizontal no par t o

As i d e i a s ce n t r a i s q u e e m e r g i r a m d a s e n t r e v i st a s co m a s p u é r p e r a s, e x p r e ssa n d o o s

asp ect os p osit iv os d e p ar ir n a p osição v er t ical e horizont al são apresent adas na Tabela 1.

Ta b e l a 1 - I d e i a s ce n t r a i s d a s p u é r p e r a s so b r e aspect os posit ivos da posição vert ical e horizont al no part o. Florianópolis, SC, 2006- 2007

s o v i t i s o p s o t c e p s A -s i a r t n e C s a i e d I l a c i t r e V o ã ç i s o

P PosiçãoHorizontal

s i a m é l a c it r e v o ã ç i s o p A -1 C I a d i p á r s i a m e li c á f s i a m , a d o m ô c ê b e b o d o ã s l u p x e a a r a p o l a t n o z ir o h o ã ç i s o p a N -7 C I à o d i v e d o d i p á r s i a m é o t r a p a i m o t o i s i p e s i a m e s -e t n e s e t n e ir u t r a p A -2 C I a n r a t n e m i v o m e s a r a p e r v il l a c it r e v o ã ç i s o p a r e g l a t n o z ir o h o ã ç i s o p A -8 C I r e s e d o ã ç a s n e s e a ç n a r u g e s " a d a d u j a " s i a m é a ç r o f a l a c it r e v o ã ç i s o p a N -3 C I o o d n i z u d e r , a d a n o i c e r i d r o h l e m o ç r o f s e s i a m é l a t n o z ir o h o ã ç i s o p A -9 C I l e v á t r o f n o c a l a c it r e v o ã ç i s o p a N -4 C I r a p i c it r a p e u g e s n o c e t n e ir u t r a p u e s o d o t n e m i c s a n o r e v e s i a m o h li f é o t r a p -s ó p o ã ç a r e p u c e r A -5 C I l a c it r e v o ã ç i s o p a n a d i p á r s i a m a n r o d a d o ã ç u d e r e r r o c O -6 C I l a s r o d o ã i g e r

Os aspectos positivos sobre a posição vertical e st ã o r e l a ci o n a d o s à se n sa çã o d e co n f o r t o , possibilidade de m ovim ent ação, r edução do esfor ço expulsivo e da dor e participação m ais ativa da m ulher. Em co n t r a st e, o s a sp ect o s p o si t i v o s d a p o si çã o h o r i zo n t a l se ca r a ct e r i za m p e l a r e a l i za çã o d e i n t e r v e n çõ e s, e sp e ci a l m e n t e a e p i si o t o m i a , a se n sa çã o d e se r “ a j u d a d a ” e o co n f o r t o p e l a p ossib ilid ad e d e p er m an ecer d eit ad a. Das id eias cent rais ( Tabela 1) , discorrer- se- á sobre aquelas que m ais se dest acaram , com o respect ivo DSC.

I C 1 - A posição vertical é m ais côm oda, m ais fácil e m ais rápida para a expulsão do bebê

O parto m elhor foi o de cócoras ( posição vert ical) , foi m uito m ais rápido, [ ...] a força que a gente faz logo sai. [ ...] não é tão forçado com o a deitada, que, às vezes, dem ora m ais, daí tem que cortar a gente... deitada é aquela dificuldade. A de cócoras é m ais côm oda, m ais fácil, tu não tem com o cair, tu não tem com o virar, porque tu tá apoiada [ ...] . A out ra posição ( horizont al) é deitada com as pernas pra cim a. Não gostei dessa posição, gostei m ais da de cócoras [ ...] . A natureza do corpo m e pedia pra ficar sentada, deitada doía m ais. A vantagem da de cócoras é que foi natural sentar pra ganhar ( DSC 1) .

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n o se g u n d o e st á g i o d o p a r t o , n o v e a p o n t a r a m r e d u çã o n a d u r a çã o d e sse p e r ío d o q u a n d o a par t ur ient e assum e posição não supina ( lat er al ou

v er t ical) quando com par adas com a posição supina o u d e l i t o t o m i a( 6 ). O D SC1 ex em p l i f i ca co m o as

m ulheres percebem a redução do período expulsivo, t ornando m elhor a sua vivência.

Nas posições verticais, as dim ensões pélvicas se e x p a n d e m si g n i f i ca t i v a m e n t e , o co r r e m a i o r eficiência das cont rações ut erinas, por não ocorrer a o cl u sã o d a a r t é r i a a o r t a e v e i a ca v a , t r a ze n d o

v ant agens par a o t r abalho de par t o e par t o. Além disso, fav or ece a per cepção da par t ur ient e sobr e o gradiente crescente da contração uterina e o aum ento da pressão no períneo( 1).

Em cont rast e, no DSC da I C 7, a sensação d e q u e o p a r t o é m a i s r á p i d o est á a sso ci a d a à r ealização de int er v enções m édicas, especialm ent e

à episiot om ia.

I C 7 - Na posição horizont al o part o é m ais rápido devido à episiot om ia

Eu encontrei vantagem na horizontal porque quando eu

já tava ali com nove de dilatação eu sim plesm ente fui para sala de

parto e em seguida elas já deram aquele piquezinho. Em seguida,

na prim eira ou segunda força o nenê já saiu. Ali na de cócoras não,

tu faz um a, duas, três e chega um a hora que tu não tem m ais

força e [ ...] eles deixam ah! rasgar m esm o ( DSC 7) .

Em estudo sobre a visão das m ulheres acerca d a e p i si o t o m i a , a m a i o r i a d e l a s r e l a ci o n o u a necessidade da m esm a com a am pliação do canal do part o para evit ar riscos para o bebê, um a vez que a

vagina pode não se est ender( 12).

Na Am é r i ca La t i n a , d e m o d o g e r a l , a episiot om ia é procedim ent o cirúrgico frequent em ent e r ealizado na at enção ao par t o, sendo r eduzido nos

países da Europa( 13). O Brasil possui alt as t axas de

episiot om ia, sendo pr at icada em apr ox im adam ent e 94,2% dos part os norm ais( 2). Fato que contribui para

a “ nat uralização” do procedim ent o, fazendo com que a l g u m a s m u l h er es co n si d er em essa i n t er v en çã o m édica, m uit as v ezes desnecessár ia e ut ilizada de form a rotineira( 5), com o algo positivo e que auxilia no

desfecho m ais rápido do part o.

I C 3 – Na p o si çã o v e r t i ca l , a f o r ça é m e l h o r direcionada, reduzindo o esforço

A posição favorece a gente fazer força, é m uito m ais t ranquilo [ ...] t u consegue direcionar a força para as pernas. Eu não sou m uito ágil no abaixa e levanta [ ...] achei que ia ter câim bra na hora, m as não t ive problem a nenhum , eu m e sent i m ais confortável. É m elhor até pra ti fazer força, porque a outra (posição horizont al) tu não tem com o apoiar os pés, porque a tua perna fica caída pra baixo. Aí nessa ( posição vert ical) tu apóia os pés, e parece que vai m ais rápido. A de cócoras tem várias vantagens: é a posição, é a gravidade, é m enos doloroso, [ ...] a preparação ant es ( o t rabalho de part o) foi m uito sofrida, m as na hora ali

(período expulsivo) foi tranquilo e então eu não vejo desvantagem nenhum a na de cócoras (DSC 3) .

Na posição vert ical ou lat eral, há dim inuição d a se n sa çã o d e d o r i n t e n sa d u r a n t e o p e r ío d o ex pulsiv o, quando com par ada com a supina ou de litotom ia( 6). A percepção da m ulher de que a posição vert ical cont ribui para a realização da força, descida e expulsão do feto, decorrente da gravidade tam bém foi descrit a em out ro est udo qualit at ivo. Ent ret ant o, o desej o da parturiente em perm anecer nessa posição foi considerado pelos profissionais com o um at o de rebeldia e decidiram cont ê- la na m esa de part o( 14).

I C 4 - Na posição v er t ical, a par t ur ient e consegue part icipar m ais e ver o nascim ent o do seu filho

Olha! eu acho que nesse ( par t o ver t ical) a gent e participa m ais [ ...] a enferm eira só m e aj udou no m om ento que a criança tava saindo, puxando a cabecinha pro lado pro outro. Esse eu fiz sozinha [ ...] a gent e vê t udo, t á vendo a criança. Da m inha prim eira filha eu não vi nada, na hora j á tiraram dali j á levaram pra preparação dos m édicos, depois que trouxeram a m enina. E ali

( posição vert ical) a gente vê tudo. Então eu acho que pra m ãe é m ais em ocionante a gente ver a hora que cortaram o cordão. [ ...] eu pude ver tudo, então eu gostei m uito ( DSC 4) .

O par t o v er t ical fav or ece a par t icipação da p a r t u r i e n t e , f a ci l i t a a o b se r v a çã o d a s co n d u t a s r ealizadas e a v isualização do nascim ent o, fat or es em o ci o n al m en t e i m p o r t an t es p ar a u m a v i v ên ci a posit iva do part o. A sat isfação com a experiência do nascim ento pode ser aum entada se for dada à m ulher a opção para escolher sua posição para o part o( 11).

(5)

I C 8 – A posição horizontal gera segurança e sensação de ser m ais “ aj udada”

Eu acho que na deitada você se sente m ais segura parece que tu tem m ais aj uda do profissional. Na horizontal eu tinha um acom panhante e nessa de cócoras eu não tinha ninguém [ ...] não tive o acom panhante e m e senti m uito sozinha. Assim , eu senti m ais segurança das pessoas que tavam aliacom panhando, porque até na hora da força elas m e aj udaram bem m ais e na de cócoras não, eles só diziam : força e tem que ser e tem que ser e deu ( DSC 8) .

O apoio do acom panhant e pode influenciar na percepção da m ulher sobre a vivência do part o, in d ep en d en t e d a p osição ad ot ad a. Resu lt ad os d e en saio clín ico m ost r am qu e as m u lh er es qu e t êm ap oio d u r an t e o p ar t o p or acom p an h an t e d e su a escolha ficam m ais satisfeitas com o cuidado recebido e a or ient ação m édica, indicando m udança posit iv a d o p r o f i ssi o n a l d e sa ú d e n a f o r m a d e p r e st a r cuidado( 15).

I C 5 - A r ecu per ação pós- par t o é m ais r ápida n a posição v er t ical

A m inha recuperação parece que foi m ais rápida, porque não cortaram nada, o ponto só foi interno. Tanto que no prim eiro

( part o horizont al) eu fiz quase 10 pontos, o segundo e o terceiro eu fiz m ais quase 10 pontos tam bém e nesse ( part o vert ical) eu não fiz nenhum . E parece que foi tão rápido que não sofri tanto

( DSC 5) .

As puérperas observaram a diferença ent re o p ó s- p a r t o q u e t i v er a m su t u r a p er i n ea l ( p a r t o horizont al) com o sem ( part o vert ical) , associando o per ín eo ín t egr o com r ecu per ação m ais r ápida. As t axas de per íneo int act o são m aior es nas m ulher es q u e a d o t a m p o si çõ e s n ã o su p i n a s ( se n t a d a s, aj oelhadas, de cócor as) dur ant e o par t o do que as que adot am a posição supina( 11). As posições lat erais

o u v e r t i ca i s e st ã o a sso ci a d a s à r e d u çã o d a s episiot om ias( 6). Assim , a posição vert ical no part o é

u m a d a s est r a t ég i a s p a r a a r ed u çã o d o t r a u m a perineal, do edem a de vulva e das episiotom ias( 11, 6).

Aspect os negat iv os da posição v er t ical e hor izont al no part o

Os aspect os negat iv os de par ir na posição horizontal foram referidos de form a m ais intensa pelas puér per as, quando com par ados àqueles da posição vert ical ( Tabela 2) .

Tabela 2 - I deias centrais sobre os aspectos negativos da posição vertical e horizontal no parto. Florianópolis, SC, 2006- 2007

s o v i t a g e n s o t c e p s A -s i a r t n e C s a i é d I l a c i t r e v o ã ç i s o

P Posiçãohorizontal

o a a d a i c o s s a o ã ç a f s it a s n I -1 C I l a c it r e v o ã ç i s o p a n o t r o f n o c s e d s i a m é l a t n o z ir o h o t r a p O -3 C I , o t n e m ir f o s o a t n e m u a , o d a r o m e d o ç a s n a c o e r o d a o ã ç n e v r e t n i e d a tl a f A -2 C I a r e g l a c it r e v o t r a p o n a c ir t é t s b o " a d a d u j a " r e s o ã n e d o ã ç a s n e s a tl u c if i d l a t n o z ir o h o ã ç i s o p A -4 C I o m o c r e h l u m a d o t a t n o c o o t r a p o a z il a e r e u q l a n o i s s if o r p e s r e d o p o ã n l e v á t r o f n o c s e D -5 C I r o d a d o t n e m o m o n r a t n e m i v o m s i a m é l a t n o z ir o h o ã ç i s o p a N -6 C I ê b e b o a r a p a ç r o f r e z a f li c íf i d r e c s a n

O d e sco n f o r t o e f a l t a d e i n t e r v e n çõ e s obst ét r icas, r efer idos com o aspect os n egat iv os da p o si çã o v e r t i ca l ( I C 1 e 2 , Ta b e l a 2 ) , f o r a m m encionados com o posit ivos no part o horizont al ( I C 8 e 9, Tabela 1) . Esse fat o dem onst ra a veracidade que as puérperas relat aram em sua vivência, sendo e n f á t i ca s a o f a ze r e m , d e f o r m a si st e m á t i ca , cont rapont o ent re o que era percebido com o posit ivo n u m a p o si çã o e o q u e e r a n e g a t i v o n a o u t r a . Co n si d er a- se q u e i sso f o i d eco r r en t e d a p r ó p r i a ca r a ct e r íst i ca d a s p u é r p e r a s se l e ci o n a d a s p a r a par t icipar em do est udo, ou sej a, t er em par ido nas d u a s p o si çõ e s, p o ssi b i l i t a n d o q u e a s m e sm a s com par assem as ex per iên cias. A m esm a in t er f ace o co r r e u co m o s a sp e ct o s n e g a t i v o s d a p o si çã o horizont al ( I C 3, 4, 5 e 6, Tabela 2) , um a vez que correspondem aos aspectos apontados com o positivos da posição vertical por serem vividos de form a inversa nessa posição.

I C 1 – I n sat isf ação associad a ao d escon f or t o n a posição v er t ical

Me senti insatisfeita na de cócoras, eu m e senti m uito desconfortável. Eu acho que pode até ser m elhor, m as tu tens que ter um treinam ento durante a gestação [ ...] . Aí ele se torna m elhor, porque [ ...] você tem que estar ali j á m ais ou m enos sabendo o que te espera. Eu fiquei, assim , a perna dorm ente porque eu não soube m e posicionar legal ( DSC 1) .

(6)

m oderna m ulher ocident al não t enha a m usculat ura a p r o p r i a d a q u e su p o r t e p e r m a n e ce r e m o u t r a s p o si çõ e s co m o a co co r a d a , a j o e l h a d a , o u e m genupeit oral, por prolongado período de t em po( 4). A

p osição d e cócor as, m as q u e p ossib ilit e o ap oio dur ant e o par t o, com um a banquet a ou um coxim , pode ser at r at iv a par a as m ulher es per m anecer em d e có co r a s( 6 ). Ca b e d e st a ca r q u e o p r e p a r o d a

gest an t e par a assu m ir a posição de cócor as n em sem pre é desenvolvido nas at ividades educat ivas do pr é- nat al. Além disso, nem t odas par t icipam dessa prát ica, com o foi observado nest e est udo.

A r ed u çã o n a s i n t er v en çõ es o b st ét r i ca s, especialm ente a episiotom ia, associada a um a postura m ais expectante do profissional que assiste ao parto, gera na part urient e sensação de que não est á sendo “ aj udada” ( I C 2 ) . Tal fat o pode ser decor r ent e da pr át ica int er v encionist a, na qual o pr ofissional é o prot agonist a, cabendo à m ulher o papel passivo, que passou a ser cu lt u r alm en t e aceit o. Esse ach ado é corroborado por pesquisa na qual o parto natural sem i n t er v en çõ es n ã o f a zi a p a r t e d a ex p ect a t i v a d e n e n h u m a d a s g e st a n t e s e n t r e v i st a d a s. O a u t o r salient a que as rot inas hospit alares t radicionais são conhecidas pelas m ulheres, devido à sua experiência com p ar t os an t er ior es. Por t an t o, j á sab em o q u e esperar do at endim ent o, desconhecendo alt ernat ivas aos cuidados oferecidos pelo m odelo biom édico( 16).

I C 4 – A posição h or izon t al dificu lt a o con t at o da m ulher com o profissional que realiza o part o

[ ] . . . . n a d eit ad a a g en t e n ão v ê p r at icam en t e nada...levanta as pernas e já dá aquela barreira com o m édico...né ..na de cócoras não a gente tá em cim a deles vendo tudo e eu não fiquei constrangida nada não ( DSC 4) .

Na p r á t i ca o b st é t r i ca co n t e m p o r â n e a , a p o si çã o su p i n a se m p r e e st e v e a sso ci a d a à co m o d i d a d e e v i si b i l i d a d e d o s p r o f i ssi o n a i s q u e cuidam da m ulher em t rabalho de part o e no part o, sen do u m a posição de r ef er ên cia n os liv r os t ex t o sobre o m ecanism o do part o( 6). Essa posição facilit a

o “ t r ab alh o” d o p r of ission al q u an d o ele t em u m a post ura int ervencionist a. Em cont rapart ida, dificult a a participação ativa da m ulher, pois inibe o seu papel com o protagonista do parto. A posição horizontal, “ em si” , “ ob r i g a” a p ar t u r i en t e a se m an t er d eit ad a, gerando um a relação assim ét rica ent re a part urient e e o profissional. Dessa form a, cont ribui para que o profissional exerça post ura de “ com ando” , enquant o

a posição vert ical gera na part urient e um a sensação d e “ d om ín io d a sit u ação” . A con scien t ização d os profissionais de que a m ulher é a principal protagonista do processo de parto é a m elhor form a de se extinguir essa post ur a. Assim , a dignidade, individualidade e valores das m ulheres serão respeit ados( 6).

I C 3 - O parto horizontal é m ais dem orado, aum enta o sofrim ent o, a dor e o cansaço

Não t em vant agem nenhum a na horizont al porque a gente sofre bem m ais, [ ...] a gente tem m uita dor. Depois de experimentar daí a acrocada, a gente se sente bem melhor. Quando estava deitada o corpo m esm o m e pedia para levantar e ficar sent ada. [ ...] t inha que fazer m ais esfor ço, as cont r ações dem oravam m ais pra vir, daí, né, tinha a perna erguida e tudo, e daí dem orou m ais. Na horizontal não tinha opção de m e sentar ou algum a coisa assim ( DSC 3) .

As puér per as ex plicit am no DSC 3 com o a p o si çã o h o r i zo n t a l é i n cô m o d a , d i f i cu l t a n d o a m ovim ent ação, aum ent ando o sofrim ent o, o cansaço e a d u r a çã o d o p e r ío d o e x p u l si v o , g e r a n d o a per cepção n egat iv a sobr e a m esm a. Est u dos com a b o r d a g e m q u a n t i t a t i v a a p r e se n t a m r e su l t a d o sem el h a n t e, o u sej a , q u e n a p o si çã o su p i n a a s m ulher es ex per enciam dor m ais sev er a e pr efer em assum ir out ras posições( 17- 18).

CONCLUSÕES

Ne st e e st u d o , o s a sp e ct o s p o si t i v o s e n egat iv os acer ca da posição v er t ical e h or izon t al, a p o n t a d o s p el a s p u ér p er a s, sã o d eco r r en t es d a com paração que as m esm as fizeram sobre cada um a delas, um a v ez que t iv er am a ex per iência de par ir nas duas posições.

Os asp ect os p osit iv os d a p osição v er t ical reflet em a necessidade de as m ulheres part iciparem m ais at iv am en t e do par t o, a per cepção de qu e é posição m ais côm oda e que facilit a a ex pulsão do feto. Em contraste, a posição horizontal dificulta esses asp ect os, g er an d o a p er cep ção n eg at iv a sob r e a m esm a, u m a v ez q u e d i f i cu l t a a m ov i m en t ação, au m en t a o sof r im en t o, o can saço, a d u r ação d o período expulsivo e as int ervenções obst ét ricas.

(7)

“ aj udada” . Assim , algum as puér per as r elacionam a assist ência ao part o com a necessidade de condut a m ais at iva do pr ofissional de saúde e m ais passiva d a m u l h e r, i n cl u si v e p e r ce b e m a r e d u çã o d e i n t er v en çõ es co m o asp ect o n eg at i v o d a p o si ção v er t ical.

Consider ando t odas as nuanças apont adas nos discur sos das puér per as, os aspect os posit iv os da posição vertical em ergiram de form a m ais intensa

e f r eq u en t e d o q u e o s n eg a t i v o s. Os D SCs q u e

apont am os aspect os posit ivos da posição vert ical e

negativos da posição horizontal estão em congruência com as evidências científicas, decorrentes dos ensaios

clínicos e r evisões sist em át icas sobr e o t em a. Esse

fato m ostra que as puérperas tam bém percebem com o b en éf ica a ad oção d a p osição v er t ical n a p r át ica

obst ét r ica.

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Referências

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