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Simulação Monte Carlo com Repesagem Aplicada ao Calor Específico de Sólidos.

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Academic year: 2017

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Simula~ao Monte Carlo om Repesagem

Apliada ao Calor Espeo de Solidos

Roberto daSilva

e J. R. Drugowihde Felio y

Departamento deFsiaeMatematia

FauldadedeFilosoa,Ci^eniaseLetrasdeRibeir~aoPreto-USP

Av. Bandeirantes, 3900,14040-901, Ribeir~aoPreto,S~aoPaulo,SP,Brasil

Reebidoem9deabril,2002. Aeitoem12dejunho,2002.

Apresenta-seumaestimativanumeria paraaontribui~aodasvibra~oesdaredepara oalor

es-peo de um solido ristalino. O metodoMonte Carloe utilizado tanto em suaforma original

quanto emsua vers~aomais moderna,que empregaa tenia darepesagem para extrair mais

in-forma~oesdeadasimula~ao. Mostra-seomoobterurvasontnuasparagrandezasomoaenergia

eoalor espeo emfun~aodatemperaturaapartirdesimula~aofeita emapenasuma

tempe-ratura. Os resultados analtios s~aoinludos para failitar a ompara~ao omos resultados da

simula~ao.

A numerial estimate for theontributionof thelattie tothe speiheat of arystallinesolid

is presented. TheMonteCarlo methodisused suhinitsoriginal formas initsmodernversion

whihexploresthe reweightingtehniquetoextratmoreinformationfrom eahsimulation. One

reveals how to get ontinuous plots for quantities like energy and spei heat, in funtion of

the temperature, performing just one simulation at a onvenient temperature. For the sake of

omparisonwepresentalsothepertinentanalytialresults.

I Introdu~ao

Nos ultimos anos, avanou bastante o onheimento

a respeito de sistemas de muitas partulas que n~ao

podem ser desritos de forma analtia. O progresso

deorre,emgrande parte,darapidezomqueos

om-putadores realizam os alulos neessarios para uma

simula~ao do tipo Monte Carlo, por exemplo. Aqui,

quandofalamosemevolu~ao,estamosnosreferindoao

progresso obtido na eletr^onia (\hardware"). Houve,

porem, um enorme avano tambem na forma de

ex-trair resultadosdassimula~oes. Nesseaso,aevolu~ao

oorreunaprograma~ao(\software"). Resumidamente,

um onjunto deopera~oesque serepetiauma entena

de vezespassoua serfeitade uma unia vez, seus

re-sultados dando origem a uma serie de outros apenas

porumartifiode\repesagem",queseraexpliadona

sequ^enia.

O objetivo prinipal desse artigoe introduzir essa

novamaneirade fazer simula~oes, partindodeum

sis-tema simplesomoeo ristalde Einstein (a primeira

aproxima~aoaoalorespeodesolidosqueprev^eo

limite orretoquando T !0). Para esse sistema,

to-dososresultadosexatoss~aoexibidosnaproximase~ao,

podendoseraompanhadosporalunosdeumurso

in-trodutoriodeme^aniaestatstia. Nase~aoIII,

expli-amosateniadesimula~aoonheidaomoalgortmo

deMetropolisouMonteCarloomamostragempor

im-port^ania. S~aoapresentadasestimativasparaaenergia

e o alor espeo em algumas temperaturas e

om-paradasomosresultadosdase~ao II.Na se~aoIV,a

tenia dohistogramaomrepesagemeapresentadae

osresultados dasimula~ao,feita emapenas uma

tem-peratura,s~aoutilizadosparaobterurvasontnuasda

energiae doalor espeoem um intervalo da

tem-peratura. Alguns omentarios s~ao feitos para ilustrar

omoessaabordagemtemevoludonosultimosanos.

II O modelo

Considerarum solido ristalinoomo umonjunto de

osiladoresindependentes, ada umdeles omenergia

kT,de aordoomoteoremadaequiparti~ao,onduz

aumaapaidadetermiaiguala3N

0

k=3Ral=mol,

independente da temperatura. Esse e o resultado da

aproxima~ao de Dulong-Petit que vale para solidos a

temperatura ambiente. No entanto, quando a

rsilvadfm.lrp.usp.br

(2)

raturaereduzida,osresultadosexperimentais diferem

dessa onstante etendem azeroquandoT !0. Para

orrigir adistor~ao da urva teoria, Einstein prop^os,

em 1907[1℄, aquantiza~ao daenergiadosatomosque

vibramemtornodosstiosdarede. Seguindoumaideia

usada antes por Plank (1900)para tratar aradia~ao

doorponegro,eleimaginouqueapenasalgunsvalores

seriampermitidos para aenergia de ada osilador, o

queeleesreveuomo

"=nh (1)

onde neum inteiro n~ao negativo,h e aonstante de

Plankeafrequ^enia. Comessahipoteseparaa

ener-gia etratandoasvibra~oesomo sendoindependentes

{ todas om a mesma frequ^enia {Einstein hegou a

express~ao =3k (h) 2 exp(h) (exp(h) 1) 2 : (2)

para a ontribui~ao da rede om o alor espeo

do solido. Para alular essa grandeza, basta

lem-brarque,emontatoomumbanhotermio(ensemble

an^onio), aprobabilidade paraum desses osiladores

ouparumestadoomenergia"derese

exponenial-menteomaenergia(fatordeBoltzmann). Assim,om

P(")=exp( ")=( X

"

exp( ")) (3)

e"dadapelaequa~ao(1),teremosparaaenergiamedia

deadaosiladoraexpress~ao

h"i h = 1 P n=0 ne nh 1 P n=0 e nh ; (4)

onde =1=kT;T eatemperaturaek aonstante de

Boltzmann. Oprodutodeporhqueapareenas

ex-poneniais ostuma serrepresentado por

E

=T , onde

E

=hv=keonheidaomoa\temperatura"de

Eins-tein. Observandoque 1 X n=0 ne nh = d d 1 X n=0 e nh ! (5)

e queo somatorio entre par^enteses e uma progress~ao

geometriaderaz~aoq=e h

, onlumosque

1 X n=0 e nh =1= 1 e h (6) e,portanto, h "i h = 1 e h 1 : (7)

Demaneiraanaloga,pode-seobterovalormediode

" 2

e,nalmente,atravesdaseguinte express~ao

()=3k 2 ( " 2 h"i 2 ): (8)

hegaraexpress~ao(2),lembrandoqueofator3e

prove-niente dos tr^esgraus de liberdade para os atomos da

rede.

O alulo da energia media do onjunto de

os-iladorespodeserfeitolanando-sem~aodaexpress~ao

hEi= P

E

E(E)exp( E)

P

E

(E)exp( E)

: (9)

onde a soma n~ao e feita sobre os estados qu^antios

mas sim sobre os nveis de energia. Como a ada

nvel de energia est~ao assoiados diferentes estados

dososiladores,epreisomultipliar ofator de

Boltz-mann pela degeneres^enia do nvel de energia

E= 3N P i=1 n i " i

,ujovalorexatoe[2℄

(N;K)=

(K+3N 1)!

(3N 1)!K!

: (10)

ondeK=E=h :

Eimportanteobservarque(E)eumafun~ao

res-entedaenergia,enquantoofatordeBoltzmanneuma

fun~ao quederese exponenialmente omE. O

pro-duto de (E) pelo fator exp( E), daqui por diante

hamada P(E), tem valores proximosde zero quando

a energia e baixa (epequeno) e tambem quando a

energiaealta(aexponenialvaiassintotiamenteazero

para E ! 1). Oproduto so tem valores apreiaveis

emumafaixadevaloresdeenergiaqueenglobaa

ener-gia media. Essafaixaetanto menorquanto maiorfor

onumerodeosiladores.A Fig. 1mostrao

omporta-mento daprobabilidadeP(E)deenontraroonjunto

de 3N osiladores om energia igual a E, quando o

sistemaestaemontatoomumbanhotermioa

tem-peratura

E

=T =h=1=3.

III O algoritmo de Metropolis

Paraobternumeriamenteosresultadosdase~ao

ante-rior,vamosprimeiramente fazerumasimula~aoMonte

Carlo tradiional [3℄. Essa tenia tem sido utilizada

em uma gama de situa~oes que inlui minimiza~ao

de fun~oes (metodo que ou onheido omo

\reo-zimento simulado" [4℄), oalulo deintegrais

multidi-mensionais[5℄,transi~oesdefaseestruturaisemsolidos

[6℄,alemdeoutrasaplia~oes[7℄. Iniiamosasimula~ao

om 3N osiladores (300 ja e um numero razoavel).

A energia de ada osilador e igual a um numero

in-teiro dequantas deenergia h que expressaremospor

"

n

=hv =n onden2IN(amenos daenergiadeponto

zero, h=2). No inio da simula~ao, as energias(em

unidades de h)s~ao esolhidas aleatoriamenteentre 0

(3)

e um bom numero para esse limite. A partir desse

ponto,vamosevoluiroonjuntode3N osiladores

du-rante 2000 passos que servir~ao para termalizar o

sis-tema. Comofazerisso?Bem,umnovonvelesorteado

para adaosiladore,nasequ^enia,omparadoomo

nvelanterior. Seonvelsorteadoformenorqueo

ante-rior(aenergiaderese),onovonveleaeitoom

pro-babilidade 1. Emasoontrario(">0), umnumero

aleatorioentre0e1esorteadoeomparadoomaraz~ao

entre osfatores deBoltzmann dos nveisvelhoenovo

(probabilidadedetransi~aodovelhoparaonovonvel).

Seonumeroaleatorioformenorqueexp( "),onovo

estadoeaeito. Seformaior,oosiladorontinuaom

a energia anterior. Um passo de Monte Carlo e

on-ludo quando todos os osiladores tiverem sido

visi-tados uma vez (se eles forem esolhidos de forma

de-terminstia) ou quando 3N osiladores tiverem sido

visitados aleatoriamente (aso em que ada osilador

tambem sera visitado uma vez por passo, na media).

Esseproessoimitaatroadeenergiaentreosistemae

umbanhotermioatemperaturaT e,deaordoomo

prinpiodobalaneamentodetalhado(veja[8℄),depois

devariasitera~oesdessetipoosestados ser~aovisitados

omprobabilidadeproporionalaofatordeBoltzmann

exp( "). Essealgoritmoreebeonome de

Metropo-lis, em homenagem ao primeiroautor de um trabalho

publiado em1953[9℄, ujaoriginalidadeestava

justa-mente em proporaamostragem por import^ania. Em

pouaspalavras, trata-sede ummetodoquedespende

pouotempovisitandoestadosdebaixaprobabilidade,

omoeoasodos estadosujas energiasestejamfora

daregi~aoondeoorreopiodaFig. 1.

500

600

700

800

900

1000

0.0

0.2

0.4

0.6

0.8

1.0

P(E)

E

Figura1. Ilustra~aodadensidadedeprobabilidadeda

ener-giade3N osiladores aumatemperaturah=1=3.

Terminadosos2000 passosde Monte Carlode

ter-maliza~ao,oquesigniaqueadaatomofoivisitadoe

teveapossibilidadedetroaroseuestado2000vezes,

omeamos a medir a energia media h Eie tambem o

seusegundo momento,

E 2

. Para isso,18000 passos

ser~aoexeutados, seguindoomesmoproedimento

an-terior(resumidonoquadro1).

Monte Carlo om amostragem por import^ania

(1)Sorteia-se uma ongura~ao iniial para ososiladores (0nn

max )

(2)Esolhe-se um dos osiladores

(3)Sorteia-se um novo nveln

novo

. Calula-se a varia~ao de energiaresultante

datroa "=(n

novo n

velho

)hv. Se "<0, onovo nveleaeito.

(4)Se ">0, ent~ao um numeroaleatorio(0r<1) e geradoe omparado

om exp( "). Onovo nveleaeito somente se r<exp( ").

(5)Esolhe-se um outro osiladore repete-se oproedimentoa partir de (3)

Quadro1: Sequ^eniadepassosparaaimplementa~aodoalgoritmodeMetropolis.

A diferena eque agora, ao nal de ada passo, a

energia do sistema sera aumulada em uma variavel

ETOT, que servira para estimar a energia media.

Tambem o quadrado da energia sera armazenado em

uma outra variavelEQUAD,que serviraparaestimar

aenergiaquadratiamedia,aposoterminodos18000

obedeemadistribui~aodeBoltzmann (oprinpiodo

balaneamento detalhado garante isso), o alulo da

energiamediapodeserfeitoomo simplesmedia

arit-metiadas energiasobtidasaonal de adapasso. O

mesmoseapliaaoalulodaenergiaquadratiamedia.

(4)

h E n

i= P

E E

n

(E)exp( E)

P

E

(E)exp( E)

: (11)

no ensemble an^onio, e substituda por uma

sim-ples media aritmetia quando usamos o algoritmo

de Metropolis (simula~ao por amostragem de

im-port^ania):

h E n

i= 1

N

MC NMC

X

i=1 E

n

i

: (12)

ondeN

MC

eonumerodepassosdeMonteCarlovalidos

dasimula~ao(numerototalmenosonumerodepassos

utilizadospara atermaliza~ao).

Natabela 1, apresentamos osvalores para a

ener-giamediaeparaoalorespeoparadoisvaloresde

temperatura,utilizando ometododa amostragempor

import^ania. O tempo de ada simula~aofoi de 5

se-gundos em umPentiumIII de 933MHz e256 Mbde

memoriaRAM,usando-sealinguagemFortran[10℄. Os

erros foram estimados exeutando-se oprograma om

5diferentessementes,oquesigniaqueforamobtidos

5pontosparaoalulodamediaedodesvio-padr~aoda

mediaparaadatemperatura. Osvaloress~ao

ompara-dosomresultadosexatosdisutidosnase~aoanterior.

Tabela1. Energiaealorespeoparah=0:1e1.0

h Energia Valorexato CalorEspeo Valor Exato

0.1 9,505(7) 9.508... 0.99(1) 0.999...

1.0 0,586(5) 0.582... 0.93(1) 0.921...

Adiuldadeomesseproedimentoequepara

le-vantar umaurvade alorespeo, porexemplo,ha

neessidade de repetir a simula~ao para uma serie de

valoresdatemperatura. Naproximase~ao,nosvamos

mostrar omoe possvelaperfeioaratenia eevitar

a repeti~ao do proesso. Para isso, sera preiso gerar

umhistogramaqueregistreonumerodevezesqueada

energia foi visitada, durante os N

MC

passos da

simu-la~ao.

IV Histograma e a tenia de

repesagem

Nos ultimos anos, ganhou fora uma abordagem que

visa extrair mais informa~ao das simula~oes. A ideia

[11℄, ja proposta nos anos 60 ([12℄,[13℄) , onsiste em

separaro efeito de temperatura(queeum par^ametro

dasimula~ao)dosefeitosentropios,araterstiosdo

sistema e independentes da temperatura. Expliando

melhor, quando se realiza uma simula~ao amostrando

os estados por import^ania (usando o algoritmo de

Metropolis, por exemplo), o numero de vezes que

ada estado aparee obedee a distribui~ao de

Boltz-mann. Poremonumero devezesqueuma dada

ener-gia e enontrada sera proporionalao produto do

fa-tor de Boltzmann pela degeneres^enia daquele nvel

de energia (E). Isso aontee porque a ada nvel

de energiaest~ao assoiados diversos estados qu^antios

do sistema ompatveis om ela e, quanto maior esse

numero, maior sera a hane daquela energia

apare-omamostragemporimport^ania,naqualseonstroio

histogramaH

(E),eonumerodevezesqueosistema

apresentaenergiaigualaE emN

MC

passosdeMonte

Carlo. Essenumeroeproporionaladegeneres^eniae

ontemofatordeBoltzmann,deformaque:

H

(E)_(E)e E

(13)

Deve-se ver,portanto, otermo H

(E)=N

MC omo

uma estimativa para a probabilidade de enontrar o

sistema om uma dada energia E, que no ensemble

an^onioeusualmente esritaomo:

P

(E)=

(E)exp( E)

P

E 0

(E 0

)exp( E 0

)

: (14)

500

600

700

800

900

1000

0.0

0.2

0.4

0.6

0.8

1.0

H(E)

E

(5)

NaFig. 2,esboamosohistogramaH(E)obtidoem

h=1=3. OhistogramafoiobtidoomN

MC

=20000

passos de Monte Carlo, dispensando2000 passos para

termaliza~ao,eseomparabemomoresultadoexato.

PodemosnotarqueaurvatemamesmaformadaFig.

1(linhaheia)eapresentaumpionaregi~aodaenergia

media(nesseexemplo,hEi=300(e 1=3

1) 1

erg758

erg).

Nasequ^enia,oquesefaze\repesar"ohistograma

para obt^e-lo em uma outra temperatura T= 1=k,

sem preisar repetir asimula~ao. Ressalte-se que esse

proedimento tem limita~oes e em alguns asos e

re-omendavelobterohistogramaemtr^esouquatro

tem-peraturasparadepoishegaramelhorestimativapara

(E). Voltaremosaessadisuss~aononaldestase~ao,

mas, porenquanto, vamos apenas mostrar omo

pro-eder para estender os resultados de um histograma

simplesparaoutrosvaloresdetemperatura. Paraisso,

bastaseguiroraioniodeFerrenbergeSwendsen[11℄,

observando-se que para um 0

6= , tendo em vista a

express~ao(13),podemosesrever

P

0(E)

=

(E)exp( 0

E)

P

E 0

(E 0

)exp( 0

E 0

)

= H

(E)exp( 0

)E

P

E 0

H

(E

0

)exp( )E 0

(15)

de forma que grandezas omo a energia media e seus

momentospossam seraluladasnessaoutra

tempera-tura,utilizando-sesimplesmenteaequa~ao

hE n

i

0

= X

E P

0(E)E

n

(16)

Convemressaltarqueessateniafoiutilizadaom

suesso em uma ole~ao de problemas de me^ania

estatstia [14℄ [15℄. Na Fig. 3, esboamos o alor

espeo e a energia media dos atomos, em fun~ao

da temperatura, utilizando o metodo do histograma.

Nesse grao,asimula~aofoiexeutada emh=1:0

e a repesagemfoi feitapara astemperaturasT=

E =

(h) 1

nointervalo[0:1;1:0℄. Podemosonstatarque,

para altas temperaturas, a energia varia linearmente

om atemperatura,o queimplia um alorespeo

onstante (leideDulong-Petit), omorealmentese

es-pera nesse limite. A urva obtida om a repesagem

oinideomaurvateoriaemtodoointervaloe

apre-senta,naregi~aoemqueT !0,amesmatend^eniaque

oresultadoanaltio. Valeressaltarqueaonord^ania

entre asurvas n~ao seraboa seohistogramafor

ons-trudoemumatemperaturamaisbaixa,poisnesseaso

nveismaisaltosdeenergiadiilmenteser~aovisitados.

Paradeterminarobjetivamenteointervalode

tempera-turas em quearepesagemevalida[16℄, epreiso

exa-minaravaria~aodaenergiamediaomatemperaturae

exigir queosextremosdointervalo estejamassoiados

a energias que estejam dentro de E2 onde e o

0.0

0.2

0.4

0.6

0.8

1.0

-0.1

0.0

0.1

0.2

0.3

0.4

0.5

0.6

0.7

0.8

0.9

1.0

1.1

1.2

Energia simulada

Calor Específico simulado

Valor teórico

T/

θ

Figura3.Calorespeo(=3k)eenergia(=h)emfun~ao

datemperatura, obtidos pelo metododo repesamento. O

histogramaeobtidoemT=E=(h) 1

=1:0.

840

860

880

900

0.0

0.5

1.0

1.5

2.0

2.5

teórico

(E)

E

Figura4. Densidadedeestadosparaoonjuntode3N

os-iladores. Aurvaontnuaeaprevis~aoteoria.

Opassoseguinteeextrairapenasasinforma~oesque

n~aodependamdatemperatura. Essaeatend^eniados

trabalhosmaisreentesnosquaisabusaepela

densi-dadedeestados,omaqualtodasasgrandezaspodem

ser aluladas, seja qual for a temperatura. No

pre-sente aso, basta multipliaro histogramaH

(E) por

exp(E)paraeliminarofatordeBoltzmann(unioque

depende da temperatura) e ar apenas om a

densi-dadede estados (E), fator entropio que e

indepen-dentedatemperatura. NaFig.4,esboamosumgrao

deemfun~aodeE,obtidodessamaneira.Atravesda

(6)

Note-sequeaonord^aniaerazoavelemtodoo

inter-valodeenergiaquefoi exploradonessasimula~ao.

Uma outra variante que pode ser explorada nesse

aso refere-se a depend^enia exlusiva om a

tempe-ratura. Para isso, devemos gerar um histograma da

energia individual dososiladores. Proedendo assim,

n~aoestaremoslevandoemontaadegeneres^eniados

nveis e mediremos, portanto, apenas aprobabilidade

de enontrarumosiladoromenergia". Onovo

his-tograma orrespondesimplesmente ao fator de

Boltz-mann(onforme equa~ao 3). O resultadodessa

inves-tiga~ao,jadividido poruma onstante adequada,esta

mostradonaFig. 5,ondetambem estarepresentadaa

urvateoriaexp( ")omh =1=10.

0

10

20

30

40

50

60

0.0

0.2

0.4

0.6

0.8

1.0

exp(-

β

E)

f

β

(E)

E

Figura5. Histograma paraumunio osiladoromparado

omo fatorde Boltzmann(urva ontnua) emfun~ao da

energiaparah=1=10.

Finalmente, alguns omentarios sobre a validade

dessa teniaeas inova~oes dosultimos anos s~ao

per-tinentes. Ha uma limita~ao datenia do histograma

que eimposta pela aus^enia de passagens pelos

esta-dosemqueaprobabilidadeemuitobaixa(asasda

dis-tribui~ao).

E por essa raz~ao que o intervalo em que

fazemosarepesagemn~ao pode abrangertemperaturas

que onduzam a energias medias fora da regi~ao onde

P

(E)sejaapreiavel. Tambemepreisoobservarque

opropriointervaloemqueadistribui~aode

probabili-dadeseapreiavelvaiandomenor,quandoonumero

departulas(N)dosistemaaumenta. Sendoassim,a

extens~aodosresultadosparaoasodesistemasmaiores

deve neessariamente serfeita dentro de um intervalo

menordetemperatura. Essalimita~aofezomque

ou-trasabordagensfossem propostasparaalulara

den-sidadede estados. Umadelas foiintroduzida por

Fer-renberg e Swendsen [17℄,[18℄. Trata-se da tenia do

histogramamultiplo,onstrudoiterativamenteapartir

de simula~oes feitasem uma ole~ao detemperaturas.

Uma extens~ao inteligente desse metodo foi proposta

por Berg e Neuhaus [19℄ e ou onheida omo

en-semblemultian^onio. Elaonsisteem\experimentar"

o apareimento de estados daquela faixa. Com isso,

aprobabilidadede enontrarosestadosdaquele

inter-valotorna-seapreiaveledemesmaordemdegrandeza

queosestadosdeoutros intervalos.

E omose

substi-tussemosa distribui~ao daFig. 1poruma outra que

fosse um plat^o. Naturalmente que sera neessario

re-tornaraverdadeiradistribui~aodeprobabilidades,

arti-ialmente modiadapelos diversosbanhosque

om-punham o ensemble multian^onio. Essatenia tem

sidoutilizadaomrelativosuessomasededifil

im-plementa~ao [20℄. Uma outra abordagemfoi proposta

por P. M. C. de Oliveira, T. J. Penna e H. J.

Her-rmann[21℄eouonheidaomo\broad-histogram".

Essa nova abordagem e suas generaliza~oes t^em

pas-sado por diversos testes para veriar se ela obedee

aobalaneamentodetalhado. Tudoindiaque,alemde

uminteressanteestudo de asosnotoante ametodos

deamostragemestatstia,elaserauma ferramentade

pesquisamuitoutil([8℄,[22℄,[23℄).

V Conlus~oes

Utilizamosnestetextosimula~oesdeMonteCarlopara

alulara energiadarede easuaontribui~aopara o

alorespeodeumsolidoisolante,deaordooma

aproxima~aode Einstein. Trabalhando primeiramente

om ometodo da amostragem por import^ania

(algo-ritmodeMetropolis),fomosapazesdeenontrar

valo-restantoparaaenergiaquantoparaoalorespeo,

paraalgunsvaloresdatemperatura. Osresultados

en-ontradosnumeriamenteomparam-semuitobemom

osresultadosexatos.

Emseguida, introduzimos ometodo da repesagem

para obter urvas ontnuas para o alor espeo e

para aenergia em fun~aoda temperatura. Elas est~ao

emompletoaordoomosresultadosanaltios

apre-sentados na se~ao II. Vale a pena ressaltar que a

ex-tens~aopelateniadarepesagemnopresenteasodeve

serfeitaparatemperaturasmenoresdoqueada

simu-la~ao(valoresde maiores). Issoporque,fazendo-sea

simula~aoomumatemperaturamaisalta,osdiversos

nveisdeenergiapodemseroupadosdurantea

~ao. Veriamospelaurvadaenergiaumresimento

linear om a temperatura, no limite de altas

tempe-raturas.

E esse omportamento que leva a um alor

espeoonstante nesse mesmo limite, onforme

es-tabelee aLei de Dulong-Petit. Mais interessante, no

entanto,foiobservaravaria~aodoalorespeoom

atemperatura,onformepreonizaateoriadeEinstein

e garante a experi^enia. Os alunos saber~ao explorar

esse modelo de brinquedo para testarasideias

funda-mentais da me^ania estatstia. Ele tem avantagem

de n~ao ter limita~ao para os nveis de energia, omo

(7)

Agradeimentos

Agradeemos a FAPESP, pelo apoio naneiro.

JRDF agradee tambem a Jorge Chahine, Nelson A.

Alves,Nestor CatihaeValter Lberopelas disuss~oes

eslareedorassobreoassunto.

Refer^enias

[1℄ A.Einstein,Ann.Physik,22, 186(1907).

[2℄ S.R.A.Salinas,Introdu~aoaFsiaEstatstia,Edusp

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Imagem

Figura 1. Ilustra ~ ao da densidade de probabilidade da ener-
Figura 2. Histograma da energia. A simula ~ ao  e feita em
Figura 3. Calor espe o (=3k) e energia (=h) em fun ~ ao
Figura 5. Histograma para um unio  osilador omparado

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