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Avaliação da atividade inibidora do diflubenzuron na ecdise das larvas de Aedes aegypti (Linnaeus, 1762) (Diptera, Culicidae).

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ARTIGO/ARTICLE

Revista da Sociedade Br asileir a de Medicina Tr opical 3 7 ( 2 ) :1 3 5 -1 3 8 , mar-abr, 2 0 0 4

Avaliação da atividade inibidora do diflubenzuron na ecdise das larvas

de

Aedes aegypti ( Linnaeus, 1 7 6 2 ) ( Diptera, Culicidae)

Evaluation of the inhibiting activity of the diflubenzuron on the ecdysis of

larvae of

Ae de s a e gypti

( Linnaeus, 1762) ( Diptera, Culicidae)

Flávia Mar tins1 e Ionizete Gar cia da Silva2

RESUMO

Fo i a va lia da a a tivida de inibido ra do diflubenzuro n na ecdise de la rva s do Aedes aegypti, visa ndo à utiliza çã o desse pro duto no co ntro le desse m o squito . Além disso , co nhecer a intera çã o do pro duto co m o tipo de cria do uro e a suscetibilida de do m o squito . Os bio ensa io s fo ra m rea liza do s em um fundo de quinta l de residência , em sete tipo s po tencia is de cria do uro s a rtificia is: pneu, vidro , cim ento -am ianto, cim ento, lata, plástico e cerâm ica. Para cada tipo de criadouro colocar-am -se 20 larvas de cada estádio do Aedes aegypti. O m esm o núm ero de la rva s fo i utiliza do pa ra o co ntro le. Fo ra m feita s no ve réplica s e a s leitura s de m o rta lida de fo ra m em interva lo s de 24 ho ra s, a pó s o início do s experim ento s, a té a tingir o índice de 100%. Isto fo i o btido a 1 ppm . Nã o ho uve diferença significa tiva entre o s perío do s m édios de sobrevivência das larvas e nem entre os diferentes tipos de criadouros. Houve diferenças significativas entre os está dios, sendo o 3° o m ais tolerante. Constatou-se tam bém que as concentrações não interagiram com os estádios e tipos de criadouros, ao nível de 5%.

Palavr as-chave s: Ae de s a e gypti . Di f lu b e n zu ro n . Re gu la do r de c re sc i m e n to . Co n tro le .

ABSTRACT

Th e i n h i b i ti n g a c ti vi ty o f d i f lu b e n zu ro n o n th e e c d ysi s o f Aedes aegypti la rva e wa s e va lu a te d , wi th a vi e w to u si n g th i s pro du c t i n m o sq u i to c o n tro l. Thi s stu dy a lso a i m e d to de te rm i n e the i n te ra c ti o n b e twe e n thi s pro du c t, the type o f a rti f i c i a l c o n ta i n e rs a n d th e su sc e p ti b i li ty o f th e m o sq u i to . Bi o a ssa ys we re c a rri e d o u t i n th e b a c k ya rd o f a re si d e n c e , u si n g se ve n k i n d s o f a rti f i c i a l h a b i ta ts: ti re s, gla ss, c o n c re te ro o f i n g, c a n s, p la sti c c o n ta i n e rs, c e m e n t a n d p o tte ry. In e a c h k i n d o f a rti f i c i a l h a b i ta t, 2 0 Aedes aegypti la rva e i n th e 4th

i n sta r we re se t. Th e sa m e n u m b e r o f la rva e wa s u se d a s a c o n tro l. Ea c h te st wa s re p e a te d f i ve ti m e s a n d th e o b se rva ti o n o f m o rta li ty wa s d o n e o n c e e ve ry 2 4 h o u rs, u n ti l 1 0 0 % m o rta li ty wa s re a c he d a t 1 ppm . The re wa s n o si gn i f i c a n t di f f e re n c e b e twe e n the m a i n su rve i lla n c e pe ri o ds o f the la rva e , n o r b e twe e n the va ri o u s k i n d s o f a rti f i c i a l h a b i ta ts. A si gn i f i c a n t d i f f e re n c e wa s f o u n d b e twe e n th e i n sta rs, i n th a t th e 3rd i n sta r wa s th e m o st re si sta n t to d i f lu b e n zu ro n i n h i b i ti n g a c ti vi ty. It wa s a lso sh o wn th a t c o n c e n tra ti o n s d i d n o t i n te ra c t wi th i n sta rs o r m a te ri a l o f th e a rti f i c i a l h a b i ta ts a t th e 5 % si gn i f i c a n c e le ve l.

Ke y-words: Aedes aegypti. Diflubenzuron. Insec t growth regulator. Control.

1 . Seç ão de Ento mo lo gia da Sec retaria da Saúde do Estado de Go iás. 2 . Labo rató rio de B io lo gia e Fisio lo gia de Inseto s e Xeno diagnó stic o do Instituto de Pato lo gia Tro pic al e Saúde Públic a ( IPTSP) da UFG, Go iânia, GO.

Apo io Financ eiro : FUNAPE.

En de r e ço par a cor r e spon dê n ci a: Dr. Io nizete Garc ia da Silva. Departamento Mic ro bio lo gia, Imuno lo gia, Parasito lo gia e Pato lo gia/IPTSP/UFG. Caixa Po stal 1 3 1 , 7 4 0 0 1 -9 7 0 Go iânia, GO.

Tel: 5 5 6 2 2 0 9 -6 1 2 8 ; Fax:5 5 6 2 2 6 1 -2 0 7 7 . e-mail:ionizete@ iptsp.ufg.br

Rec ebido para public aç ão em 1 4 /3 /2 0 0 3 Ac eito em 2 0 /1 2 /2 0 0 3

Os reguladores de crescimento de insetos formam um grupo de insetic idas de no va geraç ão que c ausam mo dific aç õ es fisiológic as e morfológic as, durante o desenvolvimento do inseto6 7 1 0 1 3 1 4 2 2 2 3 2 4 3 0. Esse grupo é mais c onhec ido pela sigla IGR ( insec t growth regulator) . Os IGRs surgiram na déc ada de 7 0 c omo um novo grupo de insetic idas de aç ão mais espec ífic a

e menor toxicidade para mamíferos do que os outros inseticidas23 30, pois atuam seletivamente ao interromper o desenvolvimento e o c resc imento ao invés de intoxic aç ão direta.

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Mar tins F e t al

utilizado na agric ultura desde a déc ada de 9 0 , c ontra insetos pragas da agric ultura das ordens: Coleoptera2 1, Lepidoptera3 3 e Ortoptera3.

Para os insetos de interesse na área da saúde existem vários estudos, mostrando os efeitos inseticidas do diflubenzuron, com a possibilidade de uso no controle1 2 4 6 7 8 1 5 2 7. Neste estudo, o alvo foi o Aedes aegypti, mosquito com comportamento predominantemente antropofílico e urbano em toda região cosmotropical.

O Ae d e s a e gyp ti teve papel importante na re-emergênc ia nas infec ç ões c ausadas pelos vírus do dengue em suas diversas formas c línic as. Essa virose tornou-se um dos mais graves problemas de saúde pública no mundo. Cerca de 3 ,5 bilhões de pessoas vivem expostas a esse mosquito9 1 1 1 9 2 0 2 5 3 1 3 2 na faixa cosmotropical, constituindo um grande desafio para os serviços de saúde, devido a inexistênc ia, até o momento, de uma vac ina efic az para o uso preventivo c ontra o dengue1 2 3 4.

O único meio disponível na prevenção de dengue é o combate ao vetor, o qual está limitado na eliminação dos seus criadouros e ao combate químico. Este último tem induzido ao desenvolvimento de populaç ões resistentes5 1 5 1 8 2 6 2 8, s e n do a s s im n e c e s s á r io pesquisas de produtos novos e mais seguros ao meio ambiente, c omo alternativa estratégic a de c ontrole vetorial. Dentre essas o diflub e nzur o n po de r á c o ns tituir- s e num a im po r ta nte ferramenta, através de sua atividade inibidora na ec dise das larvas. Esse produto é pratic amente atóxic o para mamíferos, biodegradável, não sistêmic o e de baixo impac to ambiental6.

MATERIAL E MÉTODOS

Criaram-se larvas de A. a egypti de acordo com metodologia já definida2 9, numa câmara biológica climatizada a 28º± 1ºC, com umidade relativa de 80± 5% e fotofase aproximada de 12 horas. Em outra câmara, climatizada similarmente, iniciaram-se os testes de suscetibilidade do A. a e gypti ao diflubenzuron 25% ( Champion Farmoquímica Ltda, Brasil) . Pesou-se 0,25 g do produto em balança analítica de precisão e, em seguida, dissolvido em 100

µ

l de água destilada com o auxílio de um agitador magnético durante 30 minutos, obtendo-se uma solução estoque. Desta solução utilizaram-se 200, 160, 80, 40 e 20

µ

l, que foram diluídos em 500ml de água destilada, obtendo-se respectivamente as concentrações de: 1 , 0 ,8 , 0 ,4 , 0 ,2 e 0,1 ppm utilizadas nos bioensaios.

Usaram-se 20 larvas para cada estádio e concentração, com 9 réplicas, em copos plásticos descartáveis, com 30ml de solução em cada um. Com auxílio de uma pipeta plástica fazia-se a coleta das larvas da bacia de criação para esses copos. No grupo controle, as larvas foram colocadas na mesma quantidade e no mesmo volume de água destilada.

As leituras de mortalidade foram realizadas em intervalos de 2 4 horas após o início dos experimentos, até atingir o índice de 1 0 0 % . Nas observaç ões diárias as larvas mortas foram retiradas dos c opos c om o auxílio de uma pipeta plástic a e foram c onsideradas mortas quando havia ausênc ia total de movimentos, c om esc urec imento do c orpo e c ápsula c efálic a.

Os experimentos de c ampo foram realizados em fundo de quintal, em sete tipos de recipientes, com o mesmo n° de larvas

e repetições do laboratório. Os criadouros potenciais utilizados foram: cimento-amianto, cimento, cerâmica, vidro, lata, pneu e plástic o, c om o objetivo de verific ar a interferênc ia do tipo de rec ipiente e as variáveis c limátic as c om o produto. Em c ada c riadouro c oloc aram-se 2 litros de soluç ão, preparadas c om água da rede pública de abastecimento. As leituras de mortalidade foram feitas obedecendo os mesmos critérios do laboratório.

Para a análise de sobrevivência das larvas usou-se o método não paramétrico de Kaplan Meier, e para comparação do período inibitório da ec dise, nos quatro estádios larvais do A. a e gypti ,

utilizou-se a análise de variânc ia seguida do teste de Tukey, usando o programa Statistic al Analisys Sistem ( SAS) .

RESULTADOS

O diflubenzuron apresentou atividade larvic ida em todos os estádios, tanto nos bioensaios de laboratório quanto nos de campo. Os períodos médios de tempo para que o diflubenzuron alc anç asse a efic ác ia de 1 0 0 % das larvas de A. a e gyp ti , são apresentados nas Tabelas 1 e 2 .

Ta b e la 1 - Pe rí o d o m é d i o ( e m d i a s) d e so b re vi vê n c i a d a s la rva s d e Aedes aegypti, à a ç ã o i n i b i d o ra d o d i f lu b e n zu ro n n a e c d i se , c o m m o rta li d a d e d e 1 0 0 %, e m la b o ra tó ri o .

Co nc e ntr aç õ e s

( ppm) 1 ° estádio 2 ° estádio 3 ° estádio 4 ° estádio 0 , 1 6 ,1 ± 0 ,5 7 a 5 ,1 ± 0 ,6 5 a 8 ,0 ± 1 ,9 3 b 8 ,1 ± 0 ,8 2 b 0 , 2 5 ,9 ± 0 ,5 4 a 5 ,3 ± 0 ,3 3 a 8 ,4 ± 2 ,0 1 b 8 ,0 ± 0 ,7 9 c 0 4 5 ,6 ± 0 ,4 3 a 5 ,1 ± 0 ,3 1 a 7 ,4 ± 1 ,7 7 b 7 ,5 ± 1 ,3 4 b 0 , 8 6 ,1 ± 0 ,5 3 a 5 ,6 ± 0 ,4 4 a 8 ,1 ± 1 ,6 2 b 7 ,3 ± 0 ,7 3 c 1 , 0 5 ,1 ± 0 ,4 7 a 5 ,3 ± 0 ,6 9 a 7 ,4 ± 1 ,5 0 b 7 ,0 ± 0 ,5 0 c Obs: As médias seguidas da mesma letra, não apresentam diferenç a signific ativa entre si, pela análise de variânc ia e o teste de Tukey, ao nível de 5 % . ± erro -padrão da média.

Ta b e la 2 - Pe rí o d o m é d i o ( e m d i a s) d e so b re vi vê n c i a d a s la rva s d e Aedes aegypti, à a ç ã o i n i b i d o rad o d i f lu b e n zu ro n n a e c d i se , c o m m o rta li d a d e d e 1 0 0 % a té o 3 ° e stá d i o , e m b i o e n sa i o s d e c a m p o .

Co nc e ntr aç õ e s mortalidade ( ppm) 1 ° estádio 2 ° estádio 3 ° estádio 4 ° estádio % 0 , 1 8 ,6 ± 0 ,3 5 a 7 ,6 ± 0 ,3 5 b 1 0 ,4 ± 0 ,2 2 c 1 0 ,2 ± 0 ,2 0 c 9 8 , 0 0 , 2 8 ,4 ± 0 ,2 2 a 7 ,8 ± 0 ,3 3 b 1 0 ,8 ± 0 ,5 2 c 1 1 ,2 ± 0 ,1 8 c 9 8 , 0 0 , 4 8 ,2 ± 0 ,1 8 a 7 ,8 ± 2 ,2 3 a 9 ,0 ± 0 ,4 0 a 1 0 ,2 ± 0 ,4 3 c 9 8 , 0 0 , 8 8 ,8 ± 0 ,1 8 a 8 ,2 ± 0 ,3 3 b 1 0 ,8 ± 1 ,0 7 c 9 ,6 ± 0 ,2 1 c 9 9 , 0 1 , 0 8 ,2 ± 0 ,3 3 a 8 ,4 ± 0 ,3 5 a 1 0 ,8 ± 0 ,9 7 c 1 0 ,4 ± 1 ,0 1 c 1 0 0 , 0 Obs: As médias seguidas da mesma letra, não apresentam diferenç a signific ativa entre si, pela análise de variânc ia e o teste de Tukey, ao nível de 5 % . ± erro -padrão da média

As leituras de sobrevivência das larvas do A. a e gypti foram avaliadas em intervalos de 24 horas após o início dos experimentos até atingirem o índice de 1 0 0 % de mortalidade. Esta ocorria pela interferência do diflubenzuron na síntese e/ou reabsorção da quitina, no momento da muda, não sendo uma intoxicação direta nas larvas, como ocorrem com os inseticidas químicos dos grupos clorados, fosforados, carbamatos e piretróides.

No laboratório, a mortalidade de 100% das larvas de A. a egypti

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e 1 ppm. Não houve diferenç a signific ativa entre os períodos m é dio s de te m po de s o b r e vivê n c ia da s la r va s n e s s a s concentrações. Houve diferenças significativas entre os estádios, sendo o 3 ° o mais tolerante à aç ão inibidora do diflubenzuron.

Nos bioensaios de campo, foi constatado que as concentrações não interagiram com os tipos de criadouros ( p < 0 ,05) . Constatou também, que a inibiç ão da síntese e/ou reabsorç ão total da quitina o c o r r ia na c o nc e ntr aç ão de 1 ppm , c o m 1 0 0 % de mortalidade. Nas outras c onc entraç ões houve sobrevivênc ia, apenas no 4 ° estádio, entre 1 e 2 %, provavelmente isso ocorreu pela interferência de variáveis como a luz, temperatura, umidade e hormônios que aparecem na formação da pupa. A temperatura média foi de 24± 7,2° C e a umidade relativa do ar foi de 54± 7,9%. Dessa forma, estes resultados evidenc iam a c onc entraç ão de 1 ppm, c omo dose referênc ia para mortalidade total, dando perspectivas para utilização desse IGR no combate do A. a e gypti.

DISCUSSÃO

Os resultados podem ser considerados como concordantes c om os obtidos em Taiwan2, China, pela similaridade da dose e da mortalidade, por ser estável nessa c onc entraç ão, à luz, temperatura e ao pH da água.

Os resultados obtidos neste trabalho nas c onc entraç ões de 0 ,1 ppm, mostraram redução da emergência entre 8 5 a 9 0 %, enquanto a avaliação desse mesmo produto na Índia, para Cule x quinquefa scia tus mostrou, nessa dosagem, uma redução de 48%. Mas quando se utilizaram doses mais altas, de 0 ,2 e 0 ,4 ppm, os índices de mortalidade variaram entre 8 0 e 9 6 %, dependendo da espécie de mosquito estudada, embora nesse estudo não tenha sido incluída a espécie A. a e gypti. Resultados semelhantes foram obtidos na Califórnia27 ( USA) para Pso ro pho ra co nfinis, pelas doses de 0 ,1 1 e 0 ,2 5 ppm.

Neste trabalho, o diflubenzuron foi dissolvido em água para todos os bioensaios. As concentrações utilizadas foram maiores do que as de outros autores6 7 8 1 0, provavelmente pelo fato de ter sido solubilizado o mesmo produto em acetona e testadas apenas em laboratório. Além disso, havia emergência de adultos com resultados nada animadores com relação a fecundidade e fertilidade, que variava com as concentrações utilizadas e não afetando a geração tratada. Havia diminuição da fecundidade e da fertilidade na geração subseqüente7 8 1 3. Mas as experiências de Taiwan5 no combate ao A. a egypti, nasdoses de 1-5 ppm com o diflubenzuron, corroboram os resultados sugeridos neste trabalho.

Para o uso do diflubenzuron em futuro próximo, ressalta-se a nec essidade de treinamento dos agentes de saúde e a c onsc ientizaç ão da c omunidade, pelo fato do produto não ser veneno e a morte da larva oc orrer pela inibiç ão da ec dise. Essa morte será mais lenta do que os insetic idas c onsiderados c o n ve n c i o n a i s , s e n do c e r c a de u m a s e m a n a . E i s s o , provavelmente, induzirá uma desc onfianç a à populaç ão, c om relação a eficácia do produto, dificultando o trabalho de combate ao m o sq uito . Mas, o uso im e diato de sse pr o duto se r ia rec omendado naquelas loc alidades onde A. a e gypti apresenta r e s i s tê n c i a a o te m e p h o s , q u e é o l a r vi c i da u ti l i za do ostensivamente na faixa c osmotropic al.

Outro fator estimulante para uso desse produto é o fato de ser biodegradável e não c umulativo no organismo, por não ser assimilado pelo intestino de vertebrados2 2. O fato negativo seria a sua aç ão em mudas de outros insetos que c ompartilham c riadouros naturais. Com relaç ão ao A. a e gypti esse aspec to é irrelevante, pois esse mosquito apresenta hábitos urbanos, desenvolvendo-se fundamentalmente em c riadouros artific iais, oriundos de embalagens e artefatos descartáveis e que raramente c o mpar tilham esses c r iado ur o s c o m o utr o s inseto s. Co m relaç ão à água de c onsumo humano, proveniente de poç os freátic os e armazenada em c aixas d’água e similares, o uso não oferec e perigo, pois o diflubenzuron atua apenas na síntese de quitina, durante o proc esso de muda e essa é uma substânc ia restrita aos artrópodes.

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Referências

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