Resolução por Construções e por Inversão
por
Alan George Ferreira da Cruz
Apolnio
Resolução por Construções e por Inversão
†
por
Alan George Ferreira da Cruz
sob orientação da
Prof a
. Dr a
. Elisandra de Fátima Gloss de Moraes
Trabalho de Conlusão de Curso apresentado ao
Corpo Doente do Curso de Pós-Graduação em
Matemátia em rede Naional - PROFMAT - DM
-CCEN -UFPB,omorequisitoparial paraobtenção
do título deMestre em Matemátia.
Setembro/2014
João Pessoa - PB
†
A Deus primeiramente e depois a minha professora orientadora Elisandra, de
quem fui aluno em minha pós-graduação, e que, om sua ompetênia pedagógia
e muito arisma inspirou-me a esolher este tema, no qual tive grande satisfação
em aprofundar meus estudos. A orientadora sempre disponível em resolver
minhas dúvidas que foram muitas, ampliando minha apaidade e permitindo
que eu onduzisse este, segundo minhas próprias diretrizes, estimulando, assim,
o desenvolvimento de meu espírito pesquisador. A minha esposa, Franileide, e
as minhas lhas, Hanna Sophia e Hianna Saphira, que tanto sofreram om minha
ausêniaquandodaelaboraçãodesteTCCedosdiversosnaisdesemanaduranteas
aulas dourso. Um agradeimentomuito espeial aos olegasCristiano Benevides,
BrunoTrajanoeGenaldodeOliveira,amigosdestalonga jornadaqueontribuíram
Dedio este trabalho a minha esposa,
Franileide, as minhas lhas Hanna
Sophia e Hianna Saphira, aos meus
Este TCC apresenta um roteiro de estudo, direionado a ursos superiores
de Lieniatura em Matemátia, visando melhorar a qualidade da formação dos
futuros professores em Geometria. O resultado nal deste trabalho é a solução
dos Problemas de Apolnio por dois métodos de resolução. Através da geometria
tradiional e pelaGeometria Inversivapriorizando uma sequênia didátiaqueleva
o leitor a partiipar doseu proesso de onstrução. Otexto orientaainda algumas
onstruções em um ambiente omputaional e, num estudo guiado, faz uso da
GeometriaDinâmia(emnossoaso oGeo-Gebra)parapromoveraexperimentação
e a desoberta de relaçõesgeométrias.
Introdução 1
1 Construções geométrias 3
1.1 Pontos, retas eirunferênias . . . 4
1.1.1 Cirunferênia eretas tangentes . . . 10
1.1.2 Média geométria ouproporional . . . 16
1.2 Geometria inversiva . . . 17
2 Os Problemas de Apolnio 25 2.1 PPP . . . 26
2.2 RRR . . . 28
2.3 PPR . . . 33
2.4 PPC . . . 35
2.5 PRR . . . 38
2.6 PCC . . . 41
2.7 CRR . . . 44
2.8 PRC . . . 48
2.9 RCC . . . 51
2.10 CCC . . . 60
Um trabalho de Geometria deve desenvolver habilidades de visualização,
onstrução de desenho, argumentação lógia e de apliação na busa de soluções
de problemas; ompetênias importantes naompreensãoeampliaçãodaperepção
do espaço e onstrução de modelos para interpretar questões da matemátia e de
outras áreas do onheimento. Mas, omo bem sabemos, o ensino de Geometria
nas esolas públias está longe de atingir estes objetivos. Sobre as ausas que
levam a esta deiênia, várias pesquisas apontam tratar-se de um írulo viioso:
Alunos despreparados em Geometria iniiam ursos de Lieniatura. Se este
urso não os prepara adequadamente, estará qualiando prossionais inapazes
de ontribuir para melhoria desta situação. É na formação do professor que
este írulo pode ser rompido. Há neessidade de uma formação adequada do
professor para trabalhar as demonstrações em geometria, a m de que os alunos
possam se apropriar dos oneitos e habilidades geométrias, neessários para
trabalhar no ensino fundamental e médio. O presente trabalho busa desenvolver
um roteiro de estudo direionado ao urso de Lieniatura e ursos de atualização
de professores para o desenvolvimento de habilidades em Geometria, partindo
de oneitos já onheidos até a resolução dos problemas de Apolnio por meio
da Geometria tradiional aliada a Geometria Inversiva. A idéia é explorar e
demonstraralgumaspropriedadesdaGeometriaEulidianaedageometriaInversiva
lógio. Sugeridos ao leitor, a utilização de régua e ompasso aliada a um ambiente
omputaional,estimulandonovasdesobertaseoutraspossíveisrelaçõesexistentes.
OstrabalhosomautilizaçãodaGeometriaDinâmiavêmrevelandoumatendênia
didátio-pedagógia onvergente om os trabalhos da Geometria Experimental:
A onfrontação de resultados na onstrução de determinados oneitos inluindo
proessos de validação e argumentação geométria. Aredita-se que a resolução
destes problemas será um preparo para a resolução dos famosos Problemas de
Apolnio,queonsistem emproblemas de tangênia envolvendo trêsobjetos,sendo
estes pontos, retasouirunferêniaspara umapanhado históriodavidaeobrade
Apolnio sugerimos a referênia [11℄. O texto prioriza uma sequênia didátia que
apresenta não somente o resultado do trabalho desenvolvido, mas instiga o leitor
a partiipar de um proesso de desenvolvimento de suas próprias ompetênias
por meio de desaos propostos. Como pré-requisito, espera-se do leitor uma
familiaridadeomosoneitos básiosde umursodeDesenhoGeométrioenoções
de Geometria Dinâmia. Atualmente existem muitos matemátios onsientes da
importânia da geometria, desde o âmbito aadêmio até dentro da sala de aula,
desejando uma melhor aprendizagem para nossos alunos. Entretanto, em vários
momentosdopassadooestudodageometriaerarenegadooumesmodeixadoapenas
para o nal do ano letivo prinipalmente no ensino básio. O ensino hamado de
tradiional dageometriadeixauma launa,poisesse ensinoé dadobasiamenteem
aulasexpositivasresolvendo fórmulas. Onossomaiorobjetivoéoloaroensino
de geometria eaapresentação de idéiasmatemátiasimportantes einteressantes de
modoque seja ompreensível para um grande públio de ensino médio, estudantes
Construções geométrias
Por onstruções geométrias entendemos aquelas feitas om régua e ompasso
omo os gregos faziam, o que pode envolver um grande número de etapas. A
impreisão é inerente em onstruções feitas à mão, tornando-as inexatas, por isto
voê poderá usar um software de geometria dinâmia omo o geogebra. Nosso
objetivo aqui é mostrar que a onstrução pode ser feita, e indiaremos todas as
etapas neessárias para a sua exeução. O nosso leitor não terá problemas em
fazer todas as onstruções que trabalharemosnestas notas, é preiso que o mesmo
ompreendaousodosoftware geogebraououtrode apaidadesimilarpara efetivar
suas onstruções.
Vamos fazeromo Eulides, onde as grandezas são medidas om números reais.
A distânia entre dois pontos está relaionada om a medida do omprimento do
segmento delimitado pelos pontos extremos e o ângulo é a medida assoiada a
uma abertura entre duas semirretas de mesma origem. Em nosso estudo usaremos
algumasdas proposições, deniçõese teoremas básiossem demonstrá-los paraque
as onstruções tornem-se mais fáeis, a leitura deste trabalho menos ansativa,
porém as mesmas podem ser onsultadas em livros de geometria onde estão
retas podem ser onstruídas a partir de dois pontos e uma irunferênia pode ser
onstruída dado o seu entroe outro ponto poronde elapassa.
Sabemos que para os antigos gregos a régua não tinha propriedades métrias
e o ompasso era de pontas aídas isto é, não xa o raio quando a ponta que
está sobre o entro se move. Um ompasso assim não pode ser utilizado para
transporomprimentos. Nasonstruçõesapresentadasonsideraremosumompasso
de pontas xas (o ompasso mantêm o raio se desloarmos a ponta de um entro
paraoutro)riandoporissoapossibilidadedetransportaromprimentos. Asguras
que apareem neste trabalho foram feitas utilizando um programa de Geometria
Dinâmia hamado de geogebra, que as torna mais laras e preisas. Há um
onjunto de onstruções básias (omo por exemplo, enontrar o ponto médio de
um segmento ou traçar a perpendiular a uma reta que passa por um ponto) que
estão predenidasnos programasde geometria dinâmia,porémnós indiaremosas
onstruções básias que serão feitas aqui. Ao usar o software, indiamos os passos
indiados na onstrução de ada gura, failitandoa sua apliaçãoe onstrução.
1.1 Pontos, retas e irunferênias
Para deixar o trabalho mais ompleto apresentamos aqui alguns resultados
básios dageometria Eulidiana.
Denição 1 A mediatriz de um segmento de reta é a reta perpendiular a esse
segmento que ontém o seu pontomédio.
Denição 2 Um lugar geométrio é um onjunto formado por todos os pontos
que tem uma propriedade omum. Essa propriedade é a araterístia do lugar
Proposição 1 A mediatriz de um segmento é o lugar geométrio dos pontos
equidistantes dos extremosdeste segmento.
Prova. Suponha que P é um ponto equidistante dos extremos
A
eB
e queM
éo ponto médio do segmento
[AB
]
. Veja Figura 1.1. Então pelo aso (LLL) vemosque os triângulos
∆AMP
e∆BMP
são ongruentes, então os ângulos∠
AMP
e∠
BMP
têm a mesma amplitude. Como são suplementares e adjaentes ada umdeleséumânguloreto. DestemodoPMéperpendiulara
[AB
]
eomoM
éopontomédio do segmento temos que
←−→
P M
é a mediatrizde[AB
]
. Reiproamente se P éum ponto da mediatriz do segmento
[AB]
então∠
AMP
e∠
BMP
são retos. Poroutro ritério de ongruênia de triângulos
(LAL)
os triângulos∆AMP
e∆BMP
são ongruentes. Logo
dist(A;
P
) =
dist(P
;
B)
.A onstrução deste lugar geométrio atende aofato de que qualquer ponto que
esteja a uma mesma distânia
k
de A e de B é um ponto da interseção de duasirunferênias om o mesmoraio
k
e entros, umaemA
eoutra emB
.Figura1.1: Mediatriz omo lugar geométrio
Exemplo 1 Construção da mediatriz de um segmento.
Solução: Dado um segmento, de extremos P e Q, traemos a mediatriz deste
1. Vamos onstruir uma irunferênia de entro P e raio
x
uja medida é maiorque
[P Q]/2
;2. Depois onstruímosoutra irunferênia de entroQ e raio
x
;3. Estas irunferênias seintersetam nos pontosC eD;
4. Agora trae a reta
b
que passa pelos pontos C e D. Esta interseta o segmentoP Q
num pontoM;5. Já que ospontosC e D são equidistantes de P e Qsegue da Proposição 1 quea
reta
b
éa mediatrizdosegmentoP Q
.Figura1.2: Construção damediatriz
Denição 3 A irunferêniairunsrita em um triângulo é a irunferênia que
ontêm os três vérties deste triângulo.
Exemplo 2 Construção da irunferêniairunsrita em um triângulo.
Solução: Seja
∆ABC
um triângulo.1. Trae as mediatrizesde dois lados dotriângulo,porexemplo,
[AB
]
e[BC]
.2. Marque o pontoO, ponto de interseção das duas mediatrizes.
Figura1.3: Cirunferênia irunsrita emum triângulo
Airunferêniaonstruídaontémostrêsvértiesdotriângulo,poissendoOum
pontodamediatrizde
[AB]
tem-sequeOA
=
OB
,logoB pertene airunferêniade entroOeraio
OA
. DamesmaformaOB
=
OC
logoCperteneàirunferêniade entroO eraio
OA
. Assim, omoOA
=
OC
,opontoOpertene a mediatrizde[AC]
. Portantoas mediatrizesdo triânguloonorrem noponto O.Denição 4 O ponto de enontro das mediatrizes dos lados de um triângulo é
hamado o irunentro deste triângulo.
Denição 5 A bissetriz do ângulo
∠
AOB
é a semirreta−→
OP
, que divide o ânguloem dois ângulos adjaentes e om a mesma amplitude
∠
AOP
=
∠
P OB.
Proposição 2 A bissetriz de um ângulo é o lugar geométrio dos pontos
equidistantes dos lados do ângulo.
Prova. Seja
∠
P OQ
umângulo. Suponha queKéum pontodabissetrizdo∠
P OQ
VejaFigura 1.4Se Aé oponto de interseção de
r
eOP
eB éo pontode interseçãode
s
eOQ
, pelo aso (LAA) segue que∆AOK
e∆BOK
são ongruentes. DaíAK
=
KB
de modo que K está no lugar geométrio dos pontos equidistantes dosladosde
∠
P OQ
. Reiproamente,sedist(K, OP
) =
dist(K, OQ)
tomandoA
∈
OP
e
B
∈
OQ
tais quedist(K, OP
) =
KA
edist(K, OQ) =
KB
temos que∆AOK
e
∆BOK
são triângulos retângulos om hipotenusa e um ateto iguais, logo sãoongruentes. Logo
∠
P OK
=
∠
AOK
=
∠
BOK
=
∠
QOK
o que garante queK pertene a bissetrizde
∠
P OQ
.Exemplo 3 Construção da bissetriz de umângulo.
Solução: Seja
∠
P OQ
um ângulo de vértie O e de lados−→
OP
e−→
OQ
. Aompanhea onstrução naFigura1.4.
1. Marque um pontoA nasemirreta
−→
OP
e o ponto B na semirreta−→
OQ
de formaaque
OA
=
OB
;2. Trae a perpendiular
r
aolado−→
OP
que passe porA;3. Trae a perpendiular
s
aolado−→
OQ
que passe porB;4. Marque o pontoK, ponto de interseção das perpendiulares;
5. A semirreta
−−→
OK
é abissetriz de∠
P OQ
.A justiativa desta armação é dada através da ongruênia dos triângulos
retângulos
∆KAO
e∆KBO
de hipotenusaOK
eatetosOA
=
OB.
Denição 6 O Inentro de um triângulo
∆ABC
é o ponto omum das bissetrizesdos ângulos internos do triângulo.
AprovadaexistêniadoInentrodeumtriânguloéfeitanaonstruçãoseguinte.
Figura1.4: Bissetriz de um ângulo
inentrodeste triângulo eo raio
r
é adistânia omum doinentroaos lados destetriângulo.
Exemplo 4 Construção da irunferêniainsrita numtriângulo.
Solução: Considere um triângulo
∆ABC
. Veja Figura1.5.1. Trae as bissetrizes de dois dos ângulos internos do triângulo, por exemplo,
∠
BCA
e∠
BAC
.2. Marque o ponto I, pontoomum destas bissetrizes.
3. Trae uma perpendiular por I a um dos lados do triângulo,porexemplo,
[AC]
.4. Marque o pontoP, pontode interseção da perpendiular om
[AC]
.5. Trae a irunferêniade entro I e queontem P.
Vejamosqueestaéairunferêniainsritaem
∆ABC
. JáqueopontoIperteneas bissetrizes dos ângulos
∠
ACB
e∠
BAC
tem-seque:dist(I;
AB) =
dist(I;
BC) =
dist(I;
AC) =
IP,
Ou seja, I está a mesma distânia dos lados do triângulo. Além disso, omo
dist(I;
BC) =
dist(I;
AB)
,opontoItambémpertene abissetrizdoângulo∠
ABC
,Figura1.5: Inentrode um triângulo
1.1.1 Cirunferênia e retas tangentes
Denição 7 Dizemos que uma reta
r
é tangente a uma irunferêniaΓ
em Pquando P é o únio ponto na interseção de
r
eΓ
. Quando há dois pontos nainterseção de
Γ
er
dizemos quea reta é seanteà irunferênia. Se nãohá pontosem omum, dizemos que a reta é exterior à irunferênia.
Denição 8 Um ângulodiz-seinsritonumairunferêniaseovértieéumponto
da irunferêniae adaum dos seusladosinterseta airunferênianum segundo
ponto diferente do vértie.
Uma demonstração para osresultados aseguir pode ser enontrada em[12℄.
Teorema 1 A amplitude de um ângulo insrito numa irunferênia é igual a
metade da amplitude do aro por elesubtendido.
A Figura 1.1.1 ilustraeste resultado.
Proposição 3 Uma reta
t
é tangente a uma irunferêniaC(O;
r)
num ponto P,om
P
∈
C
, se e somente se, as retas←→
OP
e~t
são perpendiulares e←→
OP
∩
t
=
P
.Figura1.6: Aro apaz
Solução: Considere uma irunferênia
C(O;
r)
de entro O e raior e um pontoP de C.
1. Trae um raio
[OP
]
.2. Trae uma perpendiular a
[OP
]
que passe porP, omo mostraa Figura1.7.Figura1.7: Reta tangente a uma irunferênia
PelaProposição 3 temosque esta reta é tangetea
C(O;
r)
emP
.Exemplo 6 Construção de retas tangentes a uma irunferênia por um ponto
Solução: Sejam
C(O;
r)
umairunferêniaePumpontoexternoaC(O;
r)
,omona Figura1.8.
1. Trae o segmento
[OP
]
.2. Marque o pontomédio M dosegmento
[OP
]
.3. Trae uma irunferênia de entroM e que passa porP.
4. Marque os pontos de interseção das duas irunferênias,
T
1
eT
2
. Os ângulos∠
P T
1
O
e∠
P T
2
O
são ângulosretos peloTeorema 1.5. Trae as retas
←→
P T
1
e←→
P T
2
.Figura1.8: Retas tangentes porum ponto exterior àirunferênia
Estas retas são tangentes à irunferênia
C(O;
r)
pois são perpendiulares aosraios
[OT
1
]
e[OT
2
]
nos pontosT
1
eT
2
respetivamente.Exemplo 7 Construção de uma irunferênia tangente a uma reta num ponto
dado e que passepor um outro ponto exterior à reta.
Solução: Sejam
r
umareta eP
um pontoexterior àreta. SejaaindaT
umpontode
r
. Queremos determinar umairunferêniaC
queseja tangentear
emT
equepasse por
P
. Pela Proposição 3 sabemos quer
deve ser perpendiular ao raioOT
Figura1.9: Cirunferênia tangentea uma reta a um ponto exterior
reta
r
que ontêm o pontoT
. Poroutro lado, a distâniadeT
edeP
aoentro dairunferênia tem de ser igual, ouseja,
dist(O;
P
) =
dist(O, T
).
Pela Proposição 1 sabemos que
O
deve pertener a mediatriz do segmento [TP℄.Então vamos à onstrução.
1. Trae a reta
s
perpendiular a retar
que passe porT
.2. Trae a mediatriz,
m
, dosegmento[T P
]
.3. Marque o pontoO, ponto de interseção das retas
s
em
.4. Trae a irunferêniade entro Oe que passe porT.
Esta é airunferênia prourada.
Proposição 4 Osentrosde duasirunferêniastangentese oponto detangênia
são olineares.
Prova. Sejam
O
1
eO
2
os entros das irunferênias tangentes no pontoT
e sejaO
1
, T eO
2
são pontos da reta perpendiular at
que passa porT
. Logo os pontosO
1
,O
2
eT
são olineares.Exemplo 8 Construçãodeumairunferêniatangenteem umpontodadodeuma
irunferênia e quepasse por um determinado ponto exterior a irunferênia.
Solução: Sejam
C(O;
r)
uma irunferênia eT
um ponto deC
. Seja aindaP
um ponto exterior a
C
. Pela proposição anterior os pontosO
,T
e o entro dairunferênia a onstruir são olineares. Por outrolado, o entrodairunferênia
soluçãoestá amesmadistâniade
T
edeP
então pertene amediatrizdosegmento[T P
]
. Assimvemosque sóexiste soluçãoquandoasretasm
e←→
OT
são onorrentes.neste aso, vamos aonstruçãoquepode ser vistana gura1.9.
1. Trae a reta queontêm os pontos
O
eT
.2. Trae a mediatrizdosegmento
[T P
]
.3. Marque o ponto A de interseção dareta
←→
OT
e damediatriz. (Se forem paralelasnão hásolução).
4. Trae a irunferênia
S
de entro emA
e quepassa porP
.O ponto
A
por pertener a mediatriz de [PT℄, ou seja, está a mesma distâniade
T
e deP
portantoT
pertene aS
. Mas omoO
,T
eA
são olineraes e[OT
] + [T A] = [OA]
as irunferêniassão tangentes emT
.Exemplo 9 Construção de tangentes omuns a duas irunferênias.
Solução: Sejam
C(O;
r)
eC
′
(O
′
;
r
′
)
duas irunferêniasdadas,om
r
6
=
r
′
,omo
na Figura1.11.
1. Trae a reta
a
queontêm osentros das irunferênias;2. Traeuma reta
b
quepasse peloentrode estáintersetaainunferênia emdois pontosA e B;
3. Trae uma reta
c
paralela a retab
que passe por O', está reta interseta airunferênia ' emdois pontos Ce D;
4. Trae uma reta
d
que passe por[CD℄ ou[AB℄ eestá interseta aretaa
nopontoH
1
;5. Por
H
1
determine os pontosmédios deOH
1
eO
′
H
1
, N eM respetivamente;6. Agora onstrua a irunferênia om entro em M e que passe por
H
1
, estainterseta a irunferênia' nos ponto
T
1
eT
2
;7. Agora onstrua a irunferênia om entro em N e que passe por
H
1
, estainterseta a irunferênia nos ponto
T
3
eT
4
;8. Assimpor
T
1
eT
4
passaumareta tangenteasirunferêniasc
ec
′
analogamente
por
T
2
eT
3
passa a outra reta tangente.9. De formaanalogaenontramos
H
2
om sendo ainterseção [AD℄ om aretaa
ou[BC℄ om a reta
a
;10. Agora alulamosopontomédiode
H
2
eOomotambémH
2
eO'enontramosospontosEeF,traçamosirunferêniasomentronestespontosEeFquepassem
por
H
2
. Estas irunferêniasintersetamc
ec
′
emquatro pontos
S
1
,S
2
,S
3
eS
4
;11. Assim, por
S
1
eS
4
passa uma reta tangente às irunferêniasc
ec
′
.
obrigatoriamente tangentes a outra irunferênia já que os raios denidos pelos
pontos de tangênia são transformados em raios paralelos na outra irunferênia.
Então osraiostransformadostambémsão perpendiularesasretas,sendoestas,por
isso tambémtangentes aoutra irunferênia.
Figura1.11: Retas tangentes a duas irunferênias
1.1.2 Média geométria ou proporional
Denição 9 A média geométria de dois segmentos de omprimentos p e q dados
é um segmento de omprimento
x
tal quex
2
=
p.q
.Exemplo 10 Construção da média proporional.
Solução: 1. Construa o segmento
BC
de tamanhoq;2. Construa o segmento
DC
de tamanho pom D∈
BC
;3. Determineo ponto médiok de
BC
;4. Determineuma irunferênia de entro Ke raio
KB
;5. Construa uma reta
r
perpendiular aBC
passando porD;irunferênia.
Uma vez que
GD
é uma altura do∆BCG
temosque:CG
2
=
DC.BC
=
p.q
e temos
CG
a média geométriadeBC
eDC
.Figura1.12: Média Geométria
1.2 Geometria inversiva
A Geometria Inversiva teve seu desenvolvimento num períodobastante reente
em relação a todo o desenvolvimento da Matemátia, que é milenar. Data-se do
séulo XIX, e tem omo responsável Jaob Steiner (1796-1863). O seu trabalho
serviu para soluionar problemas que até então eram impossíveis ser resolvidos
pela Geometria Eulidiana, dentre estes está o famoso problema de Apolnio que
onsiste em traçar irunferênias tangentes a outras três irunferênias dadas.
Outrosproblemasdegeometriaeulidianapuderamserdemonstradosdeformamais
simpliada,omo éasodoteoremade Ptolomeu(Oteoremade Ptolomeuarma
é igual àsoma dos produtosdos lados opostos).
Para dar iníioao estudodageometria inversiva, vamos primeiramentedeniro
inversode umpontoemrelaçãoaumairunferêniadeentroOeraio
r
arbitrário.Denição 10 Seja
C(O;
r)
um írulo de raior
e entro O.A
6
=
O
um ponto noplano. Um ponto
A
′
∈
OA
←→
diz-se o inverso de A relativamente a C quando
OA.OA
′
=
r
2
.
Observação: A éo inverso de A' relativamentea
C
se, esomentese,A
′
é inversode
A relativamente aC.
Seja
C(O;
r)
um írulo de raior
eentroO.A apliaçãoqueaplia adapontoPdoplanonoseuinversoemrelaçãoaCéditainversãoomrespeitoaC.O ponto
O éo poloou entro de Inversão,oíruloCoírulodeinversãoe
r
apotêniade Inversão.
Atendendo adeniçãoeaobservaçãofeitaaima,ainversãoéentãoumabijeção
de pontos (diferentes de O) do plano eulidiano nele próprio. Também é laro da
denição que a distâniado polode inversão, que é O, a um ponto é inversamente
proporional a distânia do seu inverso a O. É usual denir uma extensão desta
apliação a todos os pontos inluindo O mantendo a propriedade de que quanto
mais próximoum pontode enontrade Omais afastado está doseu inverso. Assim
aresenta-se ao plano um ponto,
∞
, e onveniona-se que o inverso do polo Oé
∞
,
(O
′
=
∞
)
e
∞
′
=
O
. As propriedades da inversão vão ser utilizadas nas
justiativasde todas asonstruções apresentadas aqui e vão failitara soluçãode
alguns problemas geométrios.
Proposição 5 Sejam
C(O;
r)
um írulo eW
1
, W
2
dois írulos ortogonais a C etais que
W
1
T
não são pontos de C.)
Prova. Suponha que o ponto P'é um ponto da semirreta
−→
OP
. ComoW
1
, W
2
sãoortogonais a Centão temos:
P ot(O;
W
1
) =
P ot(O;
W
2
) =
r
2
ou seja
OP .OP
′
=
r
2
,
e assim para mostrar que P e P' são inversos em relação a C resta provar que
O, P e P' são alinhados. Suponha que não, ou seja que
OP
T
W
1
=
{
P, Q
′
}
eque
OP
T
W
2
=
{
P, Q
′′
}
omQ
′
6
=
Q
′′
, então
OP .OQ
′
=
r
2
e
OP .OQ
′′
=
r
2
,
OP .OQ
′
=
OP .OQ
′′
,
Q
′
=
Q
′′
o que é absurdo, uma vez que
W
1
T
W
2
=
{
P, P
′
}
,logo
Q
′
=
Q
′′
=
P
′
.
Exemplo 11 Construção do inverso de um ponto P em relação a um írulo.
Solução: Para onstruir oinverso de umpontoPemrelaçãoaum írulo
C(O;
r)
basta traçar dois írulos ortogonais aC quepassem por P emarar ooutro ponto
de interseção,
P ot(P
;
Z
1
) =
AP
2
−
r
2
e omo
AP
=
OP
entãoP ot(P
;
Z
1
) =
OP
2
−
r
2
.
Por outro lado,
P ot(P
;
Z
1
) =
OP .P
′
P
. Logo,
OP
2
−
r
2
=
OP .P P
′
,
OP
2
−
OP .P P
′
=
r
2
,
OP
: (OP
=
P P
′
) =
r
2
,
OP .OP
′
=
r
2
. Então P' éo inverso de P.
Proposição 6 Sejam
C(O;
r)
umírulo e[AB
]
um diâmetro perpendiulara−→
OP
,sendo P um ponto do exterior de
C
. Seja aindaQ
= [AP
]
T
C
então o inverso deP om relação a C é o ponto de interseção da segmento
[BQ]
om a semirreta−→
Figura1.13: Oinverso de um ponto Pem relaçãoa um írulo
Prova. Os triângulos
∆OBP
′
e
∆OP A
são semelhantes (já que são triângulosretângulos e
∠
P
∼
=
∠
B
). Então:OP
OA
=
OB
OP
′
⇒
OP .OP
′
=
OB.OA
=
r
2
logo P' é oinverso de P.
A proposição seguinte permite ver que ainversão tem um arater diferente das
tranformações usuais, nomeadamente as isometrias, pois pode alterar o aspeto
das guras, já que pode transformar retas em irunferênias e vie-versa. Desta
araterístia pode-se tirar partido para resolver problemas geométrios, tratando
os inversos dos objetose voltandoa inverter.
Proposição 7 Sejam
C(O;
r)
eC
1
(O
1
;
r)
duas irunferênias es
uma reta.Considere a inversão de polo O, então:
1. a inversa de
s
é a prória reta se o entroO
∈
s
e é um írulo passando por Ose
O /
∈
s
;2. a inversa de
C
1
é uma reta seO
∈
C
1
e é um írulo seO /
∈
C
1
.Prova. 1.
•
SeO
∈
s
′
:
Seja
P
6
=
O
um ponto qualquer da retas
pelo que já foi dito anterimente o pontoinverso P' pertenem a reta
←→
OP
. Ou seja os inversos de todos os pontos des
sãopontosdareta
←→
OP
ouseja naretas
. Então a inversa dareta éa própriareta (oma onvenção de
O
′
=
∞
e
∞
′
=
O
)
•
SeO /
∈
s
:Seja X opéda perpendiular traçadade Oa
s
′
e seja Pum pontoqualquer de
s
′
.
Sejam X' e P' osinversos de X eP respetivamente.
Ostriângulos
∆OXP
e∆OX
′
P
′
são semelhantes. Oângulo
∠
OP
′
X
′
éum ângulo
Figura1.15: O inverso de uma reta s' emrelação aum írulo
Figura1.16: O inverso de um írulo emrelação aum írulo
é a imagem inversa de s uma vez que a imagem de qualquer pontode s pertene a
D. Seráfáil de ver que
s
′
=
D
.
2.
•
SeO
∈
C
1
então, atendendo ao item anterior e ao fato de o inverso doinverso é o próprio ponto, tem-se que a inversa de
C
1
é uma reta perpendiular aodiâmetrode
C
1
que ontêm o pontoO.•
Se O não pertene aC
1
, sejam P um pontodeC
1
eQ
=
−−→
O
′
P
T
C
1
. Sejam aindaP' e Q'os seus inversos. Então
−→
OP .
−−→
OP
′
=
−→
OQ.
−−→
OQ
′
=
r
2
e
−→
OP .
−→
OQ
=
P ot(O;
C
1
) =
p
portanto pode-se reesrever as igualdades aima:
−−→
OP
′
−→
OQ
=
r
2
p
=
−−→
OQ
′
−→
OP
oquemostraqueP'eaimagemdeQeQ'éaimagemdePpelahomotetiadeentro
O erazão
r
2
p
em írulos)a imagemde
C
1
éum írulo.Convém hamar a atenção que a homotetia não oinide om a transformação
inversa (basta ver que a imagem de P é num aso P' e noutro Q'). Também o
entro de
C
′
1
não pode ser a imagem deO
1
pela inversão ontrariamente ao queaontee na homotetia. Veja-se agora mais algumas propriedades da inversão que
serãopartiularmenteúteisnaanálisedassoluçõesdoProblemadeApolnioquando
resolvido através desta transformação.
Proposição 8 Seja
C(O;
r)
um írulo. Para além de C as únias irunferêniasque am invariantes por inversão do polo O são as que ortam C ortogonalmente.
Prova. Seja
C
1
(O
1
;
r
1
)
uma irunferênia diferente de C. Para queC
1
=
C
′
1
ahomotetia referida no ponto anterior terá razão 1. Então
r
2
p
= 1
ou seja
r
2
=
p
eportanto
P ot(O;
C
1
) =
r
2
logoC e
C
1
são ortogonais.Proposição 9 Sejam
C(O;
r)
uma irunferênia er
es
duas retas que seinterseptam em um ponto P. Então as imagens de
r
e des
,r
′
e
s
′
, interseptam-se
no inverso P' de P fazendoum ângulo igual ao das retas
r
es
.Prova. Suponha que
P
6
=
O
e quer
es
não passam por O. Já foi visto que asinversas de
r
e des
,r
′
e
s
′
respetivamente, são irunferêniasque passam por O.
VejaFigura1.17. Astangentesa
r
′
ea
s
′
em
O, t
1
et
2
,sãoparalelasrespetivamentea
r
e as
. Então o ângulo entrer
′
e
s
′
é denido omo o ânguloentre as retas
t
1
et
2
queé igual aoângulo entre as retasr
es
.Oânguloentreduasirunferêniaséomenordosângulosentreasduastangentes
num dos pontos de interseção. Então a reíproa do teorema aima também é
verdadeira. Como onsequênia direta desta proposição e para nalizar esta seção
Figura1.17: Oângulo entre duas retas permanee apósinversão das mesmas
e irunferênia, propriedade esta que será usada na resolução dos Problemas de
Apolnio.
Proposição 10 Sejam
C(O;
r)
eW
(A;
s)
duas irunferênias er
uma retatangente a W num ponto P, então a imagem
r
′
de
r
é tangente aW
′
, imagem
de W, emP'.
Figura 1.18: O ponto de interseão entre uma retas e um írulo permanee após
Os Problemas de Apolnio
O problema de tangênias de Apolnio tem um enuniado simples e de
fáil ompreensão mas a sua solução nem sempre é evidente. Tradiionalmente
o problema divide-se em dez asos, fruto das ombinações da natureza dos
objetos: pontos, retas ou irunferênias. Atualmente quando se fala dos
problemas de Apolnioestamosse referindoaoqueonsideramos últimoaso, (três
irunferênias), é porque este aso englobatodos os outros;onsiderar (omo o fez
Gregonne) ospontos, irunferêniasde raionulo, easretas, irunferêniasde raio
innito. Para não riar dúvidas neste trabalho as irunferênias têm raio nito
e diferente de zero. Como já referimos o onheimento deste problema deve-se a
Pappus que o inlui na sua obra Coleção Matemátia om o seguinte enuniado:
Dadas três oisas, ada uma delas pode ser um ponto (P), uma reta (R) ou uma
irunferênia (C), traçar uma irunferênia que deverá passar pelos pontos (no
aso de serem dadospontos) e ser tangente aada uma das linhasdadas.
As dez ombinações das oisas onsoante a sua natureza são formalizadas a
2.1 PPP
Problema 1 (PPP) Vamos onstruir uma irunferênia tangente a três pontos
dados.
Observação 1 Neste aso a solução só é possível se os três pontos não estiverem
alinhados.
Exemplo 12 Construção: (PPP)
Solução: Veja Figura2.1.
1. Vamos onstruir três pontos quaisquer A,B e C, não alinhados;
2. Agora ligamosos três pontos fazendo um triângulo;
3. Determinamos ospontos médiosdos segmentos M,N e W;
4. Traçamos as perpendiular aos segmentos passando pelos pontos médios estas
retas seenontramem umpontoKeste pontoéoenontrodas mediatrizonheido
omo irunentrojá denido anteriomente.
5. AexistêniadestepontoKé assegurada,poisasperpendiularesa[AB℄ ea[AC℄
não são paralelas. Se o fossem [AB℄ e [AC℄ também o seriam e portanto os três
pontos seriam olineares o que ontrariava a hipótese. O ponto K em relação ao
triângulo
∆ABC
ouestá nointeriorouestá noexterior ousobreum dossegmentos.6. Consideremos o pontono interior dotriângulo
7. AgoraonstruiremosumairunferêniadeentroKequepasseporA
C(K;
KA)
8. Destaformaenontramosa irnunferênia desejadaque passa pelos pontos A, B
e C.
Exemplo 13 Construção: (PPP) Através da geometria inversiva
Solução: Veja Figura2.2.
Figura2.1: Solução (PPP) Cirunferênia tangentea três pontos dados
2. VamosonstruirumairunferêniaomentroemAquepasseporB
C(A;
AB)
;3. DevemosenontraroinversodeCemrelaçãoairunferêniaonstruídadeentro
A assim enontramosC';
4. Agora traçamos uma reta que passe por B eC' uma reta
a
;5. Assim quando onstruírmos a inversa da reta
a
em relação a irunferênia deentroA e raio
AB
,C(A;
AB)
6. Destaforma enontramos airunferênia desejada que passa pelos pontos A, B
e C.
2.2 RRR
Problema 2 (RRR) Vamos onstruir as irunferênias tangentes a três retas
dadas.
Observação 2 No aso das retas serem paralelas ou serem onorrentes num
mesmopontoobviamentenãohásolução. Seasretasforemonorrentesduasaduas
uma das situações a onsiderar aparee omo proposiçãonos Elementos de Eulides
Dado um triângulo onstruir um írulo, que, na linguagem atual, se pode enuniar
omo dado um triângulo onstruir uma irunferênia insrita. Basta, neste aso,
onsiderar então o triângulo denido pelos pontos de interseção das retas dadas e
onstruir a irunferênia irunsrita. No entanto, esta não é a únia solução.
As outras soluções são enontradas através das bissetrizes externas dos ângulos do
triângulo, a situação que falta onsiderar é a de duas das retas serem paralelas e
a tereira ser seante as duas. A ideia da onstrução das soluções é a mesma,
i.e., enontrar os pontos uja distânia a ada uma das retas dadas seja a mesma
omeçando por enontrar para ada par de retas.
Exemplo 14 Construção: (RRR) Três retas onorrentes duasa duas.
Solução: Veja Figura2.3.
1. Tomamostrês retas onorrentes duas aduas uja interseção são ospontosA, B
e Cformando um triângulo
∆ABC
;2. Agora onstruimosasbissetrizesinternasdo
∆ABC
enontrandoopontokomoentrodas bissetrizes, onheido omo inentrodo triângulo
∆ABC
;3. Depoistraemos uma perpendiular a um dos segmentosquepasse porK,assim
enontramos opontode interseção entre esta reta e o segmento neste aso o ponto
D;
4. Vamos onstruir uma irunferêniade entro Kque passe por D,
W
(K;
KD)
;de interseção neste aso o ponto G;
6. Agora vamos traçamos uma perpendiular ao segmento
BC
que passe por G,enontramosum pontode interseção entre esta reta eo segmento
BC
opontoH;7. RestanosonstruirumairunferêniadeentroGequepasseporH,
W
′
(G;
GH)
.
De forma análogaenontramos as outrasduas irunferênias.
Figura 2.3: Solução (RRR) Cirunferênia tangente as retas onorrentes duas a
duas
Exemplo 15 Construção: (RRR) Através da geometria inversiva
Solução: Veja Figura2.4.
1. Tomamostrês retas onorrentes duas aduas uja interseção são ospontosA, B
e Cformando um triângulo
∆ABC
2. Agoraonstruimosasbissetrizesinternasdo
∆ABC
enontrandoopontoKomoenontrodas bissetrizes, onheido omo inentrodotriângulo
∆ABC
.o ponto Ede interseção entre estas retas
4. Agora vamos onstruir uma irunferênia om entro no pontos E de raios
qualquer; agora onstruimos as inversas das retas
a
eb
que não ontém o entrodas irunferêniasde entro E
G(E;
EG)
assim enontramos asinversasa
′
e
b
′
em
relação airunferênia
G(E;
EG)
;5. Vamos traçar as tangentes em relação as irunferênias
a
′
e
b
′
onstruindo as
retas I e
j
6. Agora vamos traar a inversa dareta Iem relaçãoa irunferênia
G(E;
EG)
7. Assimobtemosa irunferênia l' irunferênia insritanotriângulo
∆ABC
.8. Agora traçamos as bissetrizes externas, onde M é o ponto de enontro destas
Figura2.4: Cirunferêniatangente as retas onorrentes
bissetrizes, assim traçamosuma perpendiulara reta
c
passando porM, maramosopontoN de interseção entre as retas
c
e a perpendiularp
;9. Traçamos uma irunferênia de entro N e raio qualquer, depos alulamos as
inversas das retas
a
eb
enontrando as irunferêniasa
′
e
b
′
retas tangentes a estas duas irunferênias enontrando as retas r e
s
resta agorainverter a reta r emrelação airunferênia
Q(N
;
NQ)
10. Assim onstruimos a inversa desta reta
r
enotrando a irunferênia desejadotangenteas retas
a, b,
ec
.Deformaanálogaenontramosasoutrasduas irunferênias,omosevênaFigura
2.5.
Figura2.5: Solução(RRR)Cirunferêniatangentearetasonorrentesduasaduas
Exemplo 16 Construção: (RRR) Duas retas paralelas e umareta seante.
Solução: Veja Figura2.6.
1. Sejam
a
eb
duas retas paralelasec
uma reta seante;2. Trae as bissetrizes
∠
ABC
e∠
BCD
, o enontro destas bissetrizes e ponto G,agora trae uma perpendiular a reta a passando por G,obtendo opontoI omo a
interseção daperpendiular om areta
a
;3. Agora vamosonstruirumairunferêniadeentroGquepasseporI
K(G, GI)
;5. Agora deformaanálogaonstruimosairunferêniaWde entroG,
W
(H, HJ)
.Figura 2.6: Solução (RRR) Cirunferênia tangente a duas retas paralelas e uma
transversal
Exemplo 17 Construção: (RRR) Através da geometria inversiva
Solução: Veja Figura2.7.
1. Sejam
a
eb
duas retas paralelasec
uma reta seante;2. Trae as bissetrizes
∠
ADC
e∠
ECD
, o enontro destas bissetrizes e ponto G,agora traeuma perpendiular a reta
c
passando porG, obtendo oponto Fomoainterseção daperpendiular om reta
c
;3. AgoravamosonstruirumairunferêniadeentroFeraioqualquer,alulamos
as inversas das retas
a
eb
enontramos as irunferêniasa
′
e
b
′
assim quando
traçamos as retas tangentes a estas irunferênias enontramos três retas
i, h
ej
.Sendo a reta
j
paralelas retasa
eb
.4. Portanto a inversão da reta
i
em relação a irunferêniaW
(F, HF
)
é airunferênia desejada
i
′
, ouseja airunferênia tangente astrês retas dadas.
qualquer
p(K, KL)
alulamosasinversaseenontramosasretastangetes, edepoisenontramosa inversa dareta
q
, logoahamos aoutra irunferênia prourada.Figura 2.7: Solução (RRR) Cirunferênia tangente a duas retas paralelas e uma
transversal
2.3 PPR
Problema 3 (PPR)Construirasirunferêniasquepassempor doispontosdados
e sejam tangentes a uma dada reta.
Observação 3 Neste tereiro aso também pode não haver soluções se ambos os
pontos pertenem a reta ou se ada um está situado em semi-planos diferentes,
ou ainda quando uma reta denidos por estes dois pontos formem uma reta
perpendiular om a reta dada, não existe nenhuma irunferênia que possa
os doispontos são exteriores a reta e denem uma reta onorrente om a dada.
Considere então uma reta e dois pontos que não pertençama reta e tais quea reta
denida pelos pontos seja seante a reta dada. A ideia base da onstrução assenta
nas propriedades do eixo radial de duas irunferênias e portanto de potênia de
um ponto já que se houver mais do que umasolução elastem que obrigatoriamente
intereptarememAeem Bea reta
←→
AB
éoeixoradialdas irunferêniassolução.Exemplo 18 Construção: (PPR)
Solução:
1. Sãodados umareta
a
edois pontosCeD quenão pertenem areta. Alémdissoareta
←→
AB
eonorrenteomareta←→
CD
onde Eéopontodeenontroentre asretasa
eb
; 2. Agora trae airunferêniaW
(F
;
EF
)
, agora trae uma perpendiular areta
b
passando pelo pontoC, esta interepta a irunferênia Wno ponto G;3. Vamos onstruir uma irunferênia de entro E raio [EG℄
W
′
(E, EG)
, esta
interepta areta
a
noponto I eJ;4. Agora traamos a mediatriz do segmento
CD
e do segmentoJD
enontramosassim o ponto K;
5. Portanto para onluirmos, tomamos o ponto K omo entro da irunferênia
de raio[KD℄,está éuma das irunferênias prouradas.
Análogamente onstruiremos outra irunferênia om os pontos I, C e D omo
mostra agura.
As irunferênias
C
1
eC
2
são de fato as únias soluções. Se se onsiderar umaoutra irunferêniaqueontenhaospontosCeD eseja tangenteauma reta
a
nospontosI eJ talque
I
6
=
E
=
6
J
hega-sea um absurdo. Uma vez quea potêniadeE omrelação aestá irunferêniaseria também
EC.ED
=
EG
2
então jpertenia
Figura2.8: Solução (PPR) Cirunferêniatangentea dois pontos euma reta
Exemplo 19 Construção: (PPR) Através da geometria inversiva
Solução:
1. São dadosuma reta
a
edois pontosCeD quenãopertenemareta,agoravamosonstruir uma Cirunferêniade entro emD que passe por C;
2. Vamos traçar a inversa da reta
a
em relação a irunferêniaW
(D, CD)
enontrandoa irunferênia
a
′
, agora traçamos as tangentes de
a
′
quepassam por
C enontramos asretas
b
ed
;3. Portanto quandoalulamosas inversas dareta
b
ed
emrelaçãoairunferêniaW
(D, CD)
enontramosas iruferêniasdesejadas quepassa pelos pontos CeD etangente a reta
a
.2.4 PPC
Problema 4 (PPC) Construir as irunferênias que passem por dois pontos e
Figura2.9: Solução (PPR) Cirunferêniatangentea dois pontos euma reta
Observação 4 Para resolvermos este problema, devemos onsiderar ambos os
pontos dados no interior da irunferênia dada ou ambos no exterior, pois se eles
pertenerema regiões distintas da irunferênia não haverá solução.
Exemplo 20 Construção(PPC)
Solução:
1. Dadosos pontosC e Ee uma irunferênia de entroA e raio
AB
,W
(A, AB)
;2. Agora trae uma reta
←→
CE
, alulando a sua mediatriz, assim onstruimos umairunferênia ujo entro pertena a mediatriz e interepte a irunferêia W em
dois pontosI e H;
3. Traando uma reta porestes dois pontos, perebemos que esta reta intersepta a
reta a que passa por
←→
CE
no pontoj;4. Agora traamos uma reta que passe por
←→
JA
entro da irunferênia W, assimdeterminamos oponto médio dosegmento
JA
, enontrando opontoK;5. A partirdestetraamosoutrairunferêiade entroKeraio
JK
airunferêiaG
G(K, JK
)
,estainterseptaairunferêniaWnospontosMeL,assimenotramos6. Agora vamos traçaruma irunferêia om os pontos C, E e M, traçamos a reta
←→
ME
e alulamos a sua mediatriz, esta intersepta a mediatrizdo segmentoCE
noponto
O
1
,assim enontramos o entrodairunferênia desejada.7. De foma análogatraamos a irunferêia que passe pelos pontosC, E e L,ujo
entroe
O
2
.Figura 2.10: Solução (PPC) Cirunferênia tangente a dois pontos e uma
irunferênia
Exemplo 21 Construção:(PPC) Através da geometria inversiva.
Solução:
1. Dados os pontos C e D e uma irunferênia de entro A e raio
AB
, bastaonstruirmos uma irunferêniade entroD e raio
CD
;2. Agora alulamos a inversa da irunferênia ,traçamos as tangentes doponto
C airunferênia
c
′
enontramos as retas
a
eb
invertendo estas retas enontramosFigura 2.11: Solução (PPC) Cirunferênia tangente a dois pontos e uma
irunferênia
2.5 PRR
Problema 5 (PRR)Construiras irunferêniasquepassempor umpontoesejam
tangentes a duas retas dadas.
Observação 5 O problema será obviamente impossível quando as retas são
paralelas e uma das retas separa o ponto da outra. Na situação que se vai analisar,
as retas são onorrentes e o ponto é exterior as retas. Existem outras soluções,no
entanto o entro de uma qualquer solução está a mesma distânia das retas, então
tem queserumpontodabissetrizdeumdosângulosformadospelasretas. Claroque
para que haja solução a bissetriz a onsiderar terá que ser a do ângulo que ontêm
o ponto.
Exemplo 22 Construção:(PRR)
Solução:
1. São dadas duas retas
r
es
onorrentes e um ponto Pexterior a ambas;2. Traeabissetriz
b
doânguloformado pelasretasr
es
equeontémopontoP,Oirunferênia nestas ondiçõesse for tangente auma reta também oserá a outra.
3. Construa o simétrio de P, P' relativamente a
b
. Qualquer irunferênia deentro em
b
e que passe por P terá obrigatoriamentede passar por P' O problemaou reduzido a onstruir uma irunferênia que ontenha os pontos P eP' e seja
tangenteauma dasretas que,omojáfoi referido,étambémtangenteaoutrareta.
4. Vamos apliaa onstrução do aso PPR para ospontosB, B' e a reta
r
.Dadas as retas
r
es
e ponto B qualquer traemos a bissetrizda reta que ontém opontoB, traemos uma perpendiular abissetriz passando por B;
5. Maramosainterseção destepontoD, onstruauma irunferêniadeentroDe
raio
DB
obtemosopontoB' interseção dairunferênia om a reta perpendiulara bissetrizenontramoso ponto opontoE;
6. Assim sendo a interseção das retas
←→
BB
′
om a reta
s
, agora traçamos o pontomédio de
BE
enontramos oponto F;7. Agora traçamos uma irunferêia de entro F e raio
F E
, vamos traçandouma perpendiular a
EF
passando por B' assim obtemos o ponto G omo sendo ainterseção desta reta ea irunferênia de entroF eraio
F B
;8. Vamos agora onstruir outra irunferênia de entro E e raio
EG
estáirunferênia intersepta a reta
s
nos pontos H e I desta forma enontramos ospontosde tangênia prourado;
9. Assim devemos onstruir uma irunferênia que passe pelos pontos I, B e B'.
Basta alularamediatrizdosegmento
B
′
H
este intersepta a bissetrizdas retas no
pontoJ;
10. Para nalizar onstruiremos uma irunferênia de entro J e raio
JB
,onluimos assim uma das irunferênia tangente as duas retas que passa pelo
pontoB.
De forma análoga onstruimos a irunferênia de entro K e raio
KB
, a outraFigura2.12: Solução(PRR) Cirunferêniatangente a um ponto eduas retas
Exemplo 23 Construção:(PRR)Através da geometria inversiva.
Solução:
1. Construir as irunferêniasque passem porum pontoe sejam tangentes a duas
retas dadas.
2. Na situaçãoque se vaianalisar as retas
a
eb
são retas onorrentes eo ponto Dé exterior asretas;
3. Vamos traçar uma reta perpendiular a reta
a
que passe por D e intersepta amesma nopontoE;
4. Assim vamos onstuindo uma irunferênia om entro em D e raio
DE
agoratraçamos a inversa das retas
a
eb
emrelaçãoa está irunferênia;5. Sendoassim enontramosas irunferênias
a
′
e
b
′
;
6. Vamos agoratraçar asretas tangentes aestas irunferênias
a
′
e
b
′
enontrando
7. Para nalizarvamos inverteras retas
f
eg
emrelaçãoa irunferêniade entroD eraio
DE
portanto enontramos asirunferênias tangentes as retasa
′
e
b
′
que
passa pelopontoD estas são asirunferênias
f
′
e
g
′
omoqueriamosenontrar.
Figura2.13: Solução(PRR) Cirunferêniatangente a um ponto eduas retas
2.6 PCC
Problema 6 (PCC)Construirasirunferêniasquepassempor umpontoesejam
tangentes a duas irunferêniasdadas.
Observação 6 Para este problema temos dois subasos soluionáveis: as duas
irunferêniasserem seantes e o ponto exterior a ambas (há duas irunferênias
omo solução), e o subaso que iremos tratar em seguida que onsiste de duas
Exemplo 24 Construção: (PCC)
Solução:
1. Vamos onstruindo duas irunferênias
w
1
ew
2
e um ponto P exterior asirunferênias;
2. Começando traçando uma reta que passe pelos entros das irunferênias
O
1
eO
2
;3. Agora traçamos uma reta quepasse por
O
1
e outraparalela aesta passando porO
2
estas interseptam as irunferêniasnos pontosE e GemO
1
eF eH emO
2
;3. Traçamos uma reta que passa em
←→
EF
esta intersepta a reta que passa pelosentros das irunferêniasno ponto
d
1
traçe uma reta quepasse por←→
d
1
P
;4. MaramosospontosKeInaretaquepassapelosentros
O
1
eO
2
respetivamentetraçamos uma irunferênia que ontenham os pontos K, I e P esta intersepta as
irunferênias
W
1
eW
2
nos pontos Qe R;5. Vamos traçar as retas que passam por
←→
KQ
esta intersepta a reta←→
d
1
P
no pontoS;
6. Traçamosuma irunferêniade de diâmetro
SO
1
esta interseptaW
1
nos pontosU e V estes são os pontos de tangênia de Se
W
1
.7. Da mesma forma traçamos a reta
←→
IR
esta intersepta a reta←→
d
1
P
no ponto T,pelodiâmetro
T O
2
traçamosoutra irunferêniaqueortaa irunferêniaW
2
nospontosZe W, assim enontramos ospontos de tangênia;
8. Agora para nalizar traçamos uma irunferênia om os pontos V, Z e P está
irunferênia e Tangente a
W
1
eW
2
omo queriamosenontrar.9. De forma análoga traçamos outra irunferênia quepasse pelos pontos W, U e
P esta também é uma irunferênia desejada omo mostra a gura, existem mas
Figura 2.14: Solução (PCC) Cirunferênia tangente a um ponto e duas
irunferênias
Exemplo 25 Construção: (PCC) Através da geometria inversiva
Solução:
1. Vamos onstruir astangentes (interioreseexteriores) asirunferênias
W
1
eW
2
e ponto P ujoentros são os pontos
O
1
eO
2
;2. Construa uma irunferênia de entro P e raio
P O
1
utilizando a geométriadinâmiao geo-gebra traçamos as inversas das irunferênia
W
1
eW
2
traçamos astangetes destasduas irunferêniasenontramos as retas
a
,b
,f
eg
;3. Agora vamos traçar as inversas destas retas en relação a irunferênia de
diâmetro
P O
1
, assim enontramos as irunferênia desejadas por nosso problema,Figura 2.15: Solução (PCC) Cirunferênia tangente a um ponto e duas
irunferênias
2.7 CRR
Problema 7 (CRR)Construirasirunferêniasquesejamtangentesa duasretas
e uma irunferênia dada.
Observação 7 Como os asos anteriores o número se soluções distintas vai
depender da posição relativa dos três elementos. Não há solução se as retas
são paralelas e exteriores a irunferênia dada e uma das retas está entre a
irunferênia e a outra reta. O número de soluções pode ser uma, duas, três,
quatro, seis ou oito. Aqui vaimos analisar uma situação om quatro soluções:
a irunferênia está entre as duas retas e estas são onorrentes e exteriores a
Exemplo 26 Construção: (CRR)
Solução:
1. Vamostraçar duasretasonorrentes
a
eb
emum pontoA,eumairunferêniaW de entro O;
2. Traçamos a bissetriz das retas
a
eb
enontramos a retah
, agora traçamos umareta
l
perpendiular a retah
(l
⊥
h)
passando por O;3. A interseção destas retas éo ponto J, onstruimos uma irunferênia de entro
J que passe porO, esta intersepta areta
l
nopontoK;4. Traçamos uma perpendiular a
l
passando por este ponto uma retaj
, omo ompasso traçamos uma irunferênia
W
′
no ponto A e traçamos uma reta
e
perpendiular a reta
a
onde aretae
intersepta a irunferêniaW
′
nos pontos Fe
G;
5. Traçamos paralelas a reta
a
que passem pelos pontos F e G, estas intersepta areta
l
nos pontos H eV;6. Calulamos opontomédio de
HO
enontramos o ponto D, agora traçamos umairunferênia de entroH quepasse por D;
7. Assim esta irunferênia intersepta a reta
f
nos pontos R e S, traçamos asmediatizes de
SK
eRK
;8. Logoesta intersepta abissetriznospontos ZeX,traçamos retasquepassampor
ZO
eXO
estas interseptam a irunferêniaW nos pontosM e N;9. Bastatraçamos asirunferêniade entroZquepasseporMeoutraomentro
em X quepasse porN, enontramos duas das irunferênias desejadas.
10. DeformaanálogarepetimososproedimentoparaopontoVenontramosoutras
Figura 2.16: Solução (RRC) Cirunferênias tangente a duas retas e uma
irunferênia
Exemplo 27 Construção: (RRC) Através da Geometria inversiva
Solução:
1. Aqui vaimos analisar uma situação om quatro soluções: a irunferênia está
entre asduas retas e estas são onorrentes e exteriores airunferênia.
2. Vamostraçar duasretasonorrentes
a
eb
emum pontoA,eumairunferêniaW de entro Oe raioqualquer entre as retas
a
eb
;3. Agora onstruiremos uma irunferênia W no ponto A e traemos as retas
perpendiular as retas
a
eb
, assim enontramos as retase
ef
;4. Depoistraçamos asparalelas as retas
a
eb
, assim enontramos asretasg, h, i
,eFigura 2.17: Cirunferêniasauxiliares eretas auxiliares
5. Agora traçamos uma perpendiular a reta
h
passando pelo ponto O, estaintersepta areta
h
noponto J;6. Traçemosumairunferênia
p
de entro OquepasseporJ,assiminvertemosasretas
a
eb
em relaçãoa esta irunferêniap
;7. Enontramos duas irunferênias
a
′
e
b
′
, depois traçamos retas
l
em
retastangentes asirunferênias
a
′
e
b
′
;
8. Agora invertemosas retas
l
em
em relaçãoa irunferêniap
;9. Assim enontremos duas irunferênias
m
′
e
l
′
tangentes as retas
h
ej
quepassando peloponto O;
10. Maramos oentrodestas irunferênias
m
′
e
l
′
enontramosospontosD e K;
11. Traçamos retas que passam por
DO
eKO
, esta intersepta a irunferênia Wnos pontosL e M;
12. Agora onstrua asirunferênias de entroD eque passamporL, eaoutrade
13. De formaanálogaonstruimos asoutras irunferênia;
Figura 2.18: Solução (RRC) Cirunferênias tangente a duas retas e uma
irunferênia
2.8 PRC
Problema 8 (PRC) Construir as irunferênias que sejam tangentes a uma
irunferênia, a uma reta e que ontenham um ponto dado.
Observação 8 Onúmero de soluções distintas deste aso varia entre zeroe quatro
onformeasposiçõesrelativasdostrês elementos, exetonasituaçãoem queoponto
pertene a irunferênia e a reta é tangente a irunferênia, em que há innitas
soluções distintas.
no número de soluções. Oquadro que se esolheu para analisar é aquele em que os
três elementos não se intersetam, i.e. o ponto é exterior a reta e a irunferênia
e a reta é também exterior a irunferênia.
Exemplo 28 Construção: (PRC) São dadas uma reta
l
exterior a umairunferênia
C(O;
r)
de entro O e raior
e um ponto P quenão pertene a retal
e não pertene irunferênia
C
.Solução:
1. Traeumareta
t
perpendiulararetadadaquepassepeloentrodairunferêniadada. Marquem os pontosA e B pontosde interseção de
t
om a irunferêniaC
.Marque ainda oponto M opontode interseção dareta
t
om aretal
;2. Trae a irunferênia auxiliar
S
que ontenha um dos pontos A ouB, (seja B)e os pontosP e M. Marque o ponto Q, o outro ponto da interseção de
S
e da reta←→
AP
. Assima potênia de A om relação aqualquer irunferênia que ontenha ospontosQ eP é igual apotênia de A om relação a
S
.3. Construam a irunferênia
W
1
(O
1
;
r
1
)
,W
2
(O
2
;
r
2
)
tangente a retat
e queontenha os pontos P e Q (aso PPR). Estas irunferênias são duas das
irunferênias prouradas. Elas são tangentes a
t
e ontém o ponto P, não restadúvidas poisa onstruçãoassim oexigiu. SejaE oponto de tangêniade
l
omW
1
e H o outropontode interseção dareta om
W
2
.4. De formaanáloga onstrua uma irunferênia s que passe pelos pontosP, M e
B;
5. Traemosuma reta
AP
,esta intersepta a irunferênias
noponto U, traemosa reta
←→
UT
,a mesmaintersepta a retal
no pontoV;6. Construa uma irunferênia de diâmetro
UV
de forma semelhante atéFigura 2.19: Cirunferêniastangente aum pontouma reta e uma irunferênia
Exemplo 29 Construção: (PRC) Através da Geometria inversiva
Solução:
1. Vamos onstruir uma reta
a
, um ponto P e uma irunferênia W de entro O,iniialmentetraçamosumaretaquepassapor
P O
earetainterseptaairunferêniaW no pontoF;
2. Agora onstruimos uma irunferênia de entro P e raio
P F
, assim vamosalular a inversa da reta
a
em relação a está irunferênia de entro P, obtendouma irunferênia
a
′
, alulando a inversa da irunferênia W, obtemos uma
irunferênia
W
′
;
3. Vamos traçaras retas tangentes a estas duas irunferênia;
4. Agora ao traçamos as inversas destas retas obtemos as irunferênias
Figura 2.20: Solução(PRC) Cirunferênias tangente a um ponto uma reta e uma
irunferênia
2.9 RCC
Problema 9 (RCC) Construir as irunferênias que sejam tangentes a duas
irunferêniase a uma reta dadas.
Observação 9 O número de soluções distintas varia também om as posições
relativas das retas e da irunferênia. Claro que se as irunferênias estão em
semiplanosdiferentes, denidospelareta, nãohá solução. Também obviamentenão
há solução se uma das irunferênias é interior a reta e for exterior a ambas. A
onstrução que se vai estudar é aquela em que as irunferênias são exteriores e
estão no mesmo semiplanodenido pelareta.
Exemplo 30 Construção: (RCC)
Solução: