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Infecção por bactérias gram-negativas multirresistentes em uma unidade de terapia intensiva pediátrica oncológica: fatores de risco e resultados.

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Academic year: 2017

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ARTIGO

ORIGINAL

Infection

with

multidrug-resistant

gram-negative

bacteria

in

a

pediatric

oncology

intensive

care

unit:

risk

factors

and

outcomes

Patrícia

de

Oliveira

Costa

a,∗

,

Elias

Hallack

Atta

a

e

André

Ricardo

Araújo

da

Silva

b

aCentrodeTransplantedeCélulas-TroncoHematopoéticas,InstitutoNacionaldoCâncer(Inca),RiodeJaneiro,RJ,Brasil bUniversidadeFederalFluminense(UFF),Niterói,RJ,Brasil

Recebidoem23dejunhode2014;aceitoem12denovembrode2014

KEYWORDS

Cancer;

Pediatricintensive careunit;

Infection;

Multidrug-resistant gram-negative; Riskfactor; Outcome

Abstract

Objective: This study aimed at evaluating the predictors and outcomes associated with multidrug-resistant gram-negative bacterial (MDR-GNB) infections in an oncology pediatric intensivecareunit(PICU).

Methods: Data were collected relating toall episodes ofGNB infection thatoccurred in a PICUbetweenJanuary of2009andDecemberof2012.GNBinfectionsweredividedintotwo groupsfor comparison:(1)infectionsattributedtoMDR-GNBand(2)infectionsattributed to non-MDR-GNB.Variablesofinterestincludedage,gender,presenceofsolidtumoror hemato-logicdisease, cancerstatus,centralvenouscatheteruse,previousPseudomonasaeruginosa

infection,healthcare-associatedinfection,neutropeniainthepreceding7days,durationof neutropenia,lengthofhospitalstaybeforeICUadmission,lengthofICUstay,andtheuseof anyofthefollowingintheprevious30days:antimicrobialagents,corticosteroids, chemothe-rapy,orradiationtherapy.Othervariablesincludedinitialappropriateantimicrobialtreatment, definitiveinadequateantimicrobialtreatment,durationofappropriateantibioticuse,timeto initiateadequateantibiotictherapy,andthe7-and30-daymortality.

Results: Multivariate logistic regression analyses showed significant relationships between MDR-GNBandhematologicdiseases(oddsratio [OR]5.262;95%confidenceinterval[95%CI] 1.282---21.594;p=0.021)andhealthcare-associatedinfection(OR18.360;95%CI1.778---189.560;

p=0.015).There were significantdifferences betweenMDR-GNBandnon-MDR-GNB patients for thefollowing variables: inadequateinitial empirical antibiotic therapy,time to initiate adequateantibiotictreatment,andinappropriateantibiotictherapy.

DOIserefereaoartigo:

http://dx.doi.org/10.1016/j.jped.2014.11.009

Comocitaresteartigo:deOliveiraCostaP,AttaEH,daSilvaAR.Infectionwithmultidrug-resistantgram-negativebacteriainapediatric oncologyintensivecareunit:riskfactorsandoutcomes.JPediatr(RioJ).2015;91:435---41.

Autorparacorrespondência.

E-mail:patyocosta29@bol.com.br(P.deOliveiraCosta).

(2)

Conclusions: Hematologic malignancyandhealthcare-associated infectionwere significantly associatedwithMDR-GNBinfectioninthissampleofpediatriconcologypatients.

©2015SociedadeBrasileiradePediatria.PublishedbyElsevierEditoraLtda.Allrightsreserved.

PALAVRAS-CHAVE

Câncer;

Unidadedeterapia intensivapediátrica; Infecc¸ão;

Bactérias gram-negativas multirresistentes; Fatorderisco; Resultado

Infecc¸ãoporbactériasgram-negativasmultirresistentesemumaunidadedeterapia intensivapediátricaoncológica:fatoresderiscoeresultados

Resumo

Objetivo: Esteestudovisouaavaliarospreditores eresultados associadosàsinfecc¸õespor bactérias gram-negativas multirresistentes (BGN-MR) em uma unidade de terapia intensiva pediátricaoncológica(UTIP).

Métodos: Foramcoletadosdadoscomrelac¸ãoatodososepisódios deinfecc¸ãoporBGNque ocorreramemumaUTIPentrejaneirode2009edezembrode2012.Asinfecc¸õesporBGNforam divididasemdoisgruposparacomparac¸ão:1)infecc¸õesatribuídasaBGN-MRe2)infecc¸ões atri-buídasaBGNnãomultirresistente.Asvariáveisdeinteresseincluíramidade,sexo,presenc¸a detumorsólidooumalignidadehematológica,câncer,usodecatetervenosocentral,infecc¸ão anteriorporPseudomonasaeruginosa,infecc¸ãohospitalar,neutropenianossetedias anterio-res,durac¸ãodaneutropenia,tempodeinternac¸ãoantesdaUTI,durac¸ãodainternac¸ãonaUTI eusodequaisquerdosseguintesnos30diasanteriores:agentesantimicrobianos, corticoste-roides,quimioterapiaouradioterapia.Outrasvariáveisincluíram:tratamentoantimicrobiano inicialadequado,tratamentoantimicrobianodefinitivoinadequado,durac¸ãodousode antibió-ticosadequados,tempodeiníciodaterapiaantibióticaadequada,mortalidadeemsetediase mortalidadeem30dias.

Resultados: Asanálisesderegressãologísticamultivariadamostraramrelac¸õessignificativas entreasBGN-MReasdoenc¸ashematológicas(razãodechance(RC)5,262;intervalodeconfianc¸a de95%(ICde95%)1,282-21,594;p=0,021)einfecc¸õeshospitalares(RC18,360;ICde95% 1,778-189,560;p=0,015).Houvediferenc¸assignificativasentreospacientescomBGN-MReBGNnão MR com relac¸ão àsseguintes variáveis:recebimento de terapia antibiótica empírica inicial inadequada,tempoparainíciodotratamentoantibióticoadequadoerecebimentodeterapia antibióticainadequada.

Conclusões: Amalignidadehematológicaeainfecc¸ãohospitalarforamsignificativamente asso-ciadasàinfecc¸ãoporBGN-MRnessaamostradepacientespediátricosoncológicos.

©2015SociedadeBrasileiradePediatria.PublicadoporElsevierEditoraLtda.Todososdireitos reservados.

Introduc

¸ão

Pacientescomcânceremalignidadehematológicatêmrisco elevadodeinfecc¸ões.Váriosfatorescontribuemparaesse risco,incluindoaimunossupressãorelacionada àdoenc¸ae aostratamentos agressivos, como quimioterapia, radiote-rapia,uso deesteroidese otransplantede células-tronco hematopoéticas.1 Assim, a infecc¸ão continua sendo uma

complicac¸ãofrequenteempacientescomcâncereé

respon-sávelporinternac¸õesnaunidadedeterapiaintensiva(UTI).1

Entretanto,com osrecentes avanc¸os dos tratamentos de

câncereasmelhoriasnocuidadofundamental,umnúmero

cadavez maiordepacientescom malignidades

hematoló-gicasestá sendo internado na UTI.2 Apesar das melhorias

nosresultados associadas aum melhor cuidado,a

morta-lidadecontinuaelevadaempacientesgravementedoentes

comcânceroumalignidadeshematológicas,principalmente

napresenc¸adeinfecc¸õeshospitalaresadquiridasnaUTI.2

Especificamente, a taxa de infecc¸ões relacionadas a

bactérias gram-negativas multirresistentes (BGN-MR) em

pacientescomcâncer aumentaglobalmente.3 Contudo,as

opc¸ões de tratamento de infecc¸ões por BGN-MR

normal-mente são limitadas. O Carbapenem é o medicamento

escolhido para infecc¸ões causadas por micro-organismos

produtores de ␤-lactamase de espectro ampliado (ESBL),

porémseuusopodenãoseradequadoeminfecc¸ões

causa-dasporPseudomonasaeruginosa,Acinetobacterbaumannii

ouStenotrophomonasmaltophilia,cujaresistênciaao

Car-bapenemécadavezmaior.Hámuitopoucosnovosagentes

antimicrobianosdisponíveisparaotratamentocontra

BGN--MR.4Devidoàfaltadenovosagentesparatratarinfecc¸ões

resistentes,osmédicosdevemfazerusodeantibióticosde

formacriteriosaeadequadaparalimitarodesenvolvimento

debactériasresistentes.5

Apresenc¸adecâncer,malignidadehematológicaeuma

internac¸ãoanteriorouatualnaUTIaumentaoriscode

mor-talidade em pacientes com infecc¸ões por BGN-MR.6 Além

disso, a infecc¸ão por BGN está associada a bactérias MR

em pacientes pediátricos com câncer e com neutropenia

febril.7Estudosanterioresforneceraminformac¸õessobreos

fatoresderiscoparaacolonizac¸ãoouinfecc¸ãoporBGN-MR

empopulac¸õesdepacientesselecionados,comopacientes

comtransplanteeaquelessobcuidadointensivooudelongo

prazo.8,9Estudosqueenvolverampacientescomcâncertêm

focado em infecc¸ões na corrente sanguínea. Estão

(3)

microbiologia dessas infecc¸ões em outros locais, como o

tratourinário,otratorespiratório,otratogastrointestinal

eapele.Issoocorreapesardofatodeessasinfecc¸õesnão

seremraras.10

Em especial, sabe-se pouco a respeito dos fatores de

risco e dos resultados das infecc¸ões porBGN-MR em uma

UTI pediátrica oncológica (UTIP). Portanto,este estudo é

destinadoaavaliarosfatoresderiscoeosresultados

asso-ciadosainfecc¸õesporBGN-MRemcrianc¸ascomcâncere/ou

doenc¸ashematológicas.

Materiais

e

métodos

Projetodoestudo

Fizemosumestudocaso-controlenaUTIPdoInstituto Naci-onaldoCâncer(Inca),RiodeJaneiro,Brasil. OIncaéum hospitalpúblicoterciáriodeoncologiaeaUTIPdeseisleitos aceitasomentepacientescomtumoressólidose malignida-des hematológicas. Osprincipais motivos para internac¸ão naUTIPsãooscuidadospós-operatórioseascomplicac¸ões infecciosasempacientesoncológicos.

Coletamosdadosdetodososepisódiosdeinfecc¸ão rela-tivosaBGNqueocorreramentre1◦

dejaneirode2009e31 dedezembrode2012em pacientesdaUTIPaté18anose hospitalizadospormaisde24horas. Ocomitêdeéticada UniversidadeFederalFluminenseaprovouoestudo.

As variáveis incluem idade, sexo, presenc¸a de tumor sólido ou malignidade hematológica, câncer e presenc¸a de cateter venoso central. Também foram coletadas informac¸õesantesdadata dainfecc¸ãopor BGN: infecc¸ão anteriorrelacionada aP.aeruginosa,neutropenianos últi-mossetedias,durac¸ãodaneutropenia≥3dias,durac¸ãoda

internac¸ãonaUTI>3dias,durac¸ãodainternac¸ãoantesda UTIeinfecc¸ãohospitalar,alémdousodeagentes antimicro-bianos,corticosteroidesequimioterapiae/ouradioterapia nosúltimos30dias.

As infecc¸õescausadasporBGNforamdivididasem dois grupos: 1) infecc¸ões atribuídas a BGN-MR e 2) infecc¸ões atribuídasaBGNsuscetível(BGNnãoMR).Osgrupos apre-sentaram semelhanc¸as a respeito do local da infecc¸ão. Os pacientes foram incluídos mais de uma vez na aná-lise de episódios de infecc¸ão separados. Outras variáveis incluíram:tratamentoantimicrobianoinicialadequado, tra-tamentoantimicrobianodefinitivoinadequado,durac¸ãodo usodeantibióticosadequados,tempodeiníciodaterapia antibiótica inicial adequada, mortalidade em sete dias e mortalidadeem30dias.

Definic¸ãodetermos

Umepisódiodeinfecc¸ãofoidefinidocomooisolamentoda BGN na presenc¸a de sinais ou sintomas clínicos compatí-veis a partir do terceiro dia antesda data dainternac¸ão na UTIP até o último dia de internac¸ão na UTIP. Foram incluídasinfecc¸õeshospitalaresepresenc¸adeinfecc¸õesna internac¸ão.

Foram usados os critérios diagnósticos do Centro de Controle e Prevenc¸ão de Doenc¸as. A BGN foi isolada das culturas de sangue, urina, fezes, lavado broncoalveolar, aspiradotraqueal,líquoroupontadocateterduranteesse tempo. Oaspiradotraquealfoicoletado apartir detubos

endotraqueaisedatraqueostomiadepacientessubmetidos aventilac¸ãomecânica.

Os critérios de diagnóstico para pneumonia incluíram secrec¸ão traqueobrônquica purulenta ou novas bactérias patogênicas isoladas do aspirado traqueal e ≥ 2 dos

seguintes critérios: febre (temperatura>38◦C);

leucóci-tos>12.000células/mLouaumentode<4.000células/mL; infiltrac¸ão nova e persistente (> 48 horas) detectada em radiografiado tórax;novo surgimento oupioria detosse, dispneiaoutaquipneia;oupioriadatrocagasosa.Os valo-reslimite dasamostras deculturausadasnos critériosde pneumonia foram≥ 104 CFU/mL noaspirado traqueal ou

lavadobroncoalveolar.

Asculturasdecateteresforamfeitasquandoumcateter foiremovidoparaverificarumasuspeitadeinfecc¸ão relacio-nadaaocateterintravascular,sepseoueritemainexplicado sobrejacenteaolocaldeinserc¸ãodocateteroupurulência nolocaldeinserc¸ãodocateter.Nomínimoumdosseguintes sinaisousintomasfoiexigidoparaodiagnósticodeinfecc¸ão relacionadaa cateter:febre (>38◦C),dor,eritema, calor

nolocal na região vascular sem outra causa reconhecida e>15 colôniascultivadasa partirdeumaponta dacânula intravascularcomousodeummétododecultura semiquan-titativaeausênciadehemoculturaouorganismoscultivados dosangue.

Oscritériosdediagnósticodeinfecc¸ãodotratourinário incluíramuroculturapositivade≥105CFU/mLcommenos

de duas espécies de micro-organismos e pelo menos um dosseguintessinaisousintomasfoiexigidoparao diagnós-tico:febre(>38◦C);disúria;sensibilidadesuprapúbica;dor

noângulocostovertebralousensibilidadesemoutra causa reconhecida.

Oscritérios de diagnóstico de gastroenterite incluíram surgimentoagudodediarreia(fezeslíquidaspor>12horas) comousemvômitooufebre (>38◦

C),ausênciade proba-bilidade de causanão infecciosa (por exemplo, testes de diagnóstico, regime terapêutico que não agentes antimi-crobianos, exacerbac¸ão aguda de umadoenc¸a crônica ou estressepsicológico) e agente patogênico entérico detec-tadoemumaculturadefezes.

Ainfecc¸ão porBGN-MRfoiconsideradana presenc¸ade

Enterobacteriaceae produtora de ESBL, micro-organismos com mecanismos de resistência intrínsecos, como S. maltophilia e Elizabethkingia meningoseptica, ou BGN resistentes ao Carbapanem. P. aeruginosa e A. baumanii

resistentesaoCarbapanemforamconsideradasBGN-MR.A infecc¸ãopolimicrobiana envolveuoisolamentodemaisde umpatógenodeumaamostradecultura.Ainfecc¸ãofoi clas-sificadacomohospitalarquandoteveinício>48horasapós ainternac¸ãonohospitaldoestudo(enfermariaouUTIP).A neutropeniafoi definidacomo umacontagem absolutade neutrófilos<500/mm3naamostradesangue.

A malignidade hematológica incluiu leucemias e linfo-mas.

(4)

Otratamentoantimicrobianoinicialfoiconsiderado ina-dequado caso o regime de tratamento inicial não tenha incluído no mínimo um ativo antibiótico contra o micro--organismoinvitroequandootratamentoantibióticonão iniciounadatadaculturapositiva.Em pacientescom cul-turas debactérias produtoras deESBL,o tratamento com penicilina e cefalosporina foi considerado inadequado. O tratamento antimicrobiano definitivo inadequado ocorreu quandoo pacientenão recebeuativoantibiótico contrao micro-organismoinvitroduranteoperíododeinternac¸ão.

Oóbitoematésetediasou30diasapósadatadacultura positivafoi consideradoamortalidadedesete ou30dias, respectivamente.

Procedimentosmicrobiológicos

A classificac¸ão bacteriana foi feita pelo laboratório de microbiologiadoInca comouso dométodoautomatizado Vitek(Bio-MerieuxInc., Marcyl’Etoile, Franc¸a) e manual-mente confirmada pela identificac¸ão bacteriana isolada e pelaresistênciaantimicrobiana,segundoasnormasdo Ins-titutodeNormasLaboratoriaiseClínicas(CLSI).

Análiseestatística

A análise estatística foi feita com o SPSS v17 (SPSS Inc., Chicago, Illinois, EUA). Um valor de p<0,05 foi conside-rado estatisticamente significativo.As variáveis contínuas sãoapresentadascomomedianaseaanálisecomparativafoi feitacomtestestindependentes.Ostestesqui-quadradoe deFisherforamusadosparacompararvariáveiscategóricas e foramcalculadas razõesde chance (RC) com intervalos deconfianc¸ade95% (ICde95%).As análises deregressão logísticaunivariadaidentificaramvariáveisestatisticamente significativas(p<0,05)relacionadasàinfecc¸ãoporBGN-MR paraainclusãonaanálisederegressãologística multivari-ada,feitacomummodelogradativo.

Resultados

Houve765internac¸õesnaUTIPentre1◦ dejaneirode2009

e31dedezembrode2012.Houve101episódiosdeinfecc¸ão porBGN em 76pacientes em 86internac¸ões e 47(46,5%) dessesepisódiosforamrelacionadosàinfecc¸ãoporBGN-MR. Ospatógenosqueocorreram commaisfrequência den-treasBGN-MRforamosseguintes:A.baumannii,oito(17%);

S.maltophilia,sete(15%);Enterobacterspp.,sete(15%);e

Klebsiellapneumoniae,sete(15%).Ospatógenosque ocor-reramcommaisfrequênciadentreasBGNnãoMRforamos seguintes:P.aeruginosa,22(41%);A.baumannii,14(26%);e

K.pneumoniae,oito(15%).Ainfecc¸ãopolimicrobianaesteve presenteemumpacientecomBGN-MR(2%,n=1/47)eem doispacientescomBGNnãoMR(3,8%,n=2/54).

Dentreosepisódiosdeinfecc¸ãoporBGN,BGN-MRforam encontradas nas seguintes frequências em cada uma das cepas de bactérias: 100% (n=2/2) de Morganella morga-nii, 100% (n=1/1) de Citrobacterspp., 87,5% (n=7/8)de

Enterobacterspp.,50%(n=5/10)deEscherichiacoli,46,6% (n=7/15) de K. pneumoniae, 36,4% (n=8/22) de A. bau-mannii, 18,5% (n=5/27) de P. aeruginosa e 0% (0/2) de

Proteusmirabilis.Houveseteepisódiosdeinfecc¸ãoporS. maltophiliaequatroepisódiosdeinfecc¸ãoporE. meningo-septica,micro-organismoscom mecanismosderesistência

intrínsecos. Houve três episódios deinfecc¸ão polimicrobi-ana: um deK.pneumoniae e E. coliBGN não MR, umde

KlebsiellaoxytocaeE.coliBGNnãoMReumdeP.aeruginosa

eS.maltophiliaMR.

No grupo com BGN-MR, as bactérias foram isoladas com maisfrequênciadoaspiradotraqueal(n=17, 36,2%), seguido por hemocultura (n=8, 17%), urocultura (n=4, 8,5%) e cultura da ponta do cateter (n=3, 6,4%). No grupo BGN nãoMR, as bactérias foramisoladas commais frequência do aspirado traqueal (n=22 40,7%), seguido porurocultura(n=10,18,5%),hemocultura (n=10, 18,5%) e uma combinac¸ão de hemocultura e cultura da ponta do cateter (n=4, 7,4%). Houve concordância entre os micro-organismos isolados quando a BGN foi isolada de uma combinac¸ão de cultura diferente; 63,8% (30/47) do grupoBGN-MRe70,3%(38/54)dogrupoBGNnãoMReram pacientessubmetidosaventilac¸ãomecânica.

Asdoenc¸as maisfrequentes nogrupocom infecc¸ãopor BGN-MRforamtumornosistemanervosocentral(91%), neu-roblastoma (15%), linfoma não Hodgkin (15%) e leucemia linfoblástica aguda (15%). No grupo com BGN não MR, as doenc¸as maisfrequentes foramtumor nosistemanervoso central(52%),neuroblastoma(11%),rabdomiossarcoma(6%) e tumor de Wilms(6%). Apenasum paciente nogrupo de estudofoisubmetidoatransplantedemedulaóssea.

Ascaracterísticasdemográficaseclínicasestãodescritas natabela1.

Adurac¸ãomédiadaneutropeniafoide0diasemambos

osgrupos (infecc¸ão porBGN-MR,média de0-36; infecc¸ão

porBGNnãoMR,médiade0-6;RC3,747;ICde95%

1,222-11,488; p=0,021). Adurac¸ão médiadainternac¸ão na UTI

foideoitodias(0-80)nogrupocominfecc¸ãoporBGN-MRe

doisdias(0-45)nogrupocominfecc¸ãoporBGNnãoMR(RC

2,296;ICde95%0,001-0,015;p=0,024).

Os resultados da regressão logística univariada estão

descritosnatabela1.Naanálisederegressãologística

mul-tivariada,apresenc¸adedoenc¸ashematológicas(RC5,262;

ICde95%1,282-21,594;p=0,021)einfecc¸ãohospitalar(RC

18,360;ICde95%1,778-189,560;p=0,015)foramassociadas

deformasignificativaàinfecc¸ãoporBGN-MR(tabela2).

As outras variáveis associadas à infecc¸ão por BGN-MR

estão detalhadas na tabela 3.Os pacientes com infecc¸ão

porBGN-MRreceberamcom maisfrequênciaterapia

anti-biótica empírica inicial inadequada(74,5%) do que os do

grupo BGNnãoMR (37%,p<0,001) eo tempoparainiciar

aterapiaantibióticaadequadafoimaiornogrupoBGN-MR

(médiadedoisdias)doquenogrupoBGNnãoMR(médiade0

dias,p<0,001).OgrupoBGN-MRtambémestava

significati-vamentemaissuscetívelareceberterapiaantibiótica

defini-tivainadequada(10,6%emcomparac¸ãocom0%,p=0,014).

Discussão

Há poucos estudoscom pacientes pediátricos oncológicos internadosna UTIe cominfecc¸ão porBGN-MR.A maligni-dade hematológicae a infecc¸ãohospitalar surgiram como importantesfatoresassociadosàinfecc¸ãoporBGN-MRneste estudo.

A sepse aumenta a mortalidade em crianc¸as com síndrome da disfunc¸ão múltipla dos órgãos.11 Existem

muitasvariac¸õesregionaisnaincidênciadecadapatógeno

(5)

Tabela1 Variáveisdemográficaseclínicasrelacionadasainfecc¸ãoporbactériasgram-negativasmultirresistentes(BGN-MR) emumaunidadedeterapiaintensivapediátrica(UTIP)analisadaspormeioderegressãologísticaunivariada

BGN-MR n=47 n(%)

BGNnãoMR n=54 n(%)

RC ICde95% Valordep

Sexomasculino 25(53,2%) 27(50,0%) 1,360 0,519-2,486 0,749

Idade(anos)a 7(0,2-18) 6,5(2-17) 0,650 0,948-1,089 0,650

Doenc¸ahematológica 18(38,3%) 6(11,1%) 4,966 1,768-13,944 0,002

Situac¸ãodocâncer(controlada/remissão) 7(14,9%) 13(24,1%) 0,552 0,200-1,526 0,252

Catetervenosocentral 45(95,7%) 48(88,9%) 2,812 0,540-14,662 0,220

Neutropeniab 34(72,3%) 40(74,1%) 1,092 0,452-2,640 0,844

Durac¸ãodaneutropenia≥3dias 13(27,7%) 5(9,3%) 3,747 1,22-11,488 0,021 Terapiaantibióticaanteriorc 46(97,9%) 43(79,6%) 11,760 1,457-95,035 0,021 Infecc¸ãohospitalar(enfermariaeUTIP) 46(97,9%) 36(66,6%) 23,000 2,930-180,523 0,003

Usodecorticosteroidesc 42(89,4%) 50(92,6%) 0,672 0,170-2,664 0,572

Durac¸ãodainternac¸ãoantesdaUTIa 3(0-89) 1(0-56) 1,006 0,978-1,034 0,679 Tempodeinternac¸ãonaUTI>3dias 30(63,8%) 20(37%) 3,000 1,332-6,756 0,008 Quimioterapia/radioterapiac 33(70,2%) 39(72,2%) 0,907 0,382-2,150 0,824 Episódioanteriordeinfecc¸ãopor

Pseudomonasaeruginosa

7(14,9%) 10(18,5%) 0,770 0,268-2,215 0,628

IC,intervalodeconfianc¸a;RC,razõesdechance;UTI,unidadedeterapiaintensiva.

a Relatadocomomédia(faixa).

b Nossetediasanterioresdaculturapositivadebactériasgram-negativas

c Nos30diasanterioresdaculturapositivadebactériasgram-negativas.

Tabela2 Resultadosdaanálisederegressãologística multivariadaparaverificaroresultado dasbactériasgram-negativas multirresistentes(BGN-MR),incluindoasvariáveisqueforamestatisticamentesignificativasnaanálisederegressãologística univariada

BGN-MR n=47 n(%)

BGNnãoMR n=54 n(%)

RC ICde95% Valordep

Infecc¸ãohospitalar 46(97,9%) 36(66,6%) 18,360 1,778-189,560 0,015 Doenc¸ashematológicas 18(38,3%) 6(11,1%) 5,262 1,282-21,594 0,021 Durac¸ãodaneutropenia≥3dias 13(27,7%) 5(9,3%) 2,802 0,602-13,035 0,189 Tempodeinternac¸ãonaUTI>3dias 30(63,8%) 20(37%) 1,680 0,613-4,606 0,313 Terapiaantibióticaanteriora 46(97,9%) 43(79,6%) 3,082 0,296-32,049 0,346

IC,intervalodeconfianc¸a;RC,razõesdechance.

a Nos30diasanterioresdaculturapositivadebactériasgram-negativas.

Tabela 3 Resultados eoutras variáveisassociadas àpresenc¸a debactérias gram-negativas multirresistentes(BGN-MR) em pacientesdeumaunidadedeterapiaintensivapediátrica

BGN-MR n=47 n(%)

BGNnãoMR n=54 n(%)

Valordep

Tratamentoantibióticoinicialadequado 12(25,5%) 34(63,0%) <0,001 Tratamentoantimicrobianodefinitivoinadequado 5(10,6%) 0(0%) 0,014 Tempoparainíciodaterapiaantibióticaadequada(dias)a 2(0-10) 0(0-7) <0,001 Durac¸ãodousoadequadodeantibióticos(dias)a 10,5(5-22) 10(2-23) 0,608

Mortalidadedesetedias 5(10,6%) 3(5,6%) 0,345

Mortalidadede30dias 12(25,5%) 9(16,7%) 0,273

(6)

consideradosnatomadadedecisõesacercadeantibióticos empíricos.5

Estudos recentesrelataram altastaxasdeinfecc¸ãopor

BGN-MRna UTIPouem pacientespediátricosoncológicos.

Emcrianc¸ascommalignidadeshematológicaseneutropenia

febril,51,6%dosepisódiosdebacteremiaporK.pneumonia

resistiramaoceftazidima.12Alémdisso,emoutroestudoem

pacientespediátricos oncológicoscom neutropeniafebril,

50%de Acinetobacter spp., 44,4% deE. coli,66,7% de K. pneumoniaee100%deP.aeruginosaeramMR.7Ocorreram

casosMRem57,1%depacientespediátricosoncológicoscom

bacteremiaporP.aeruginosa13eem31,4%decrianc¸ascom

bacteremiaporP.aeruginosasubmetidasaquimioterapiae

transplantedecélulas-troncohematopoéticas.14

Na UTIP, 30% dos casos deK. pneumoniae15 e 23% dos

casos de Enterobacteriaceae16 eram cepas produtoras de

ESBL.AresistênciaaoCarbapenemempacientes

pediátri-cosnaUTItambémécomum,observadaem62%doscasos

deA.baumannii.17

Neste estudo, a MR foi detectada em 50% de E. coli,

46,6%de K.pneumoniae, 36,4% deA. baumannii e 18,5%

deP.aeruginosa.

Estudos recentes em crianc¸as com neutropenia e

cân-ceremdiferentesperíodosindicaramumaumentonataxa

deinfecc¸õesrelacionadasàA.baumannii.7AA.baumannii

MRéconsiderada, atualmente,umdospatógenos

desafia-doresem pacientes gravemente doentes,7 principalmente

pacientespediátricos,devidoàausênciadenovosagentes

antimicrobianoseficazes.Nesteestudo,aA.baumanniifoi

responsável por 21,8% (22/101) de todos os episódios de

infecc¸ão por BGN e foi a bactéria MR mais comum(17%,

8/47),oqueconfirmaaimportânciadesseagenteetiológico

nessapopulac¸ão.

Neste estudo, os tipos mais comuns de infecc¸ão, por

ordemdefrequência,forampneumonia,infecc¸õesda

cor-rente sanguínea e infecc¸ões do trato urinário. Outros

estudosmostramqueosprincipaislocaisdasinfecc¸ões

hos-pitalaresnaUTIPforampneumoniaeinfecc¸õesdacorrente

sanguínea.18,19Quandosubmetidosaprocedimentos

invasi-vos,comoventilac¸ãomecânica,pacientesoncológicosficam

maissuscetíveisaumacomplicac¸ãoporinfecc¸ãodoquea

populac¸ãogeral.

Empacientescomtumorsólido,oprincipaltratamento

normalmente é cirúrgico. Contudo, pacientes com

malig-nidadehematológicanormalmente recebemquimioterapia

mais agressiva, o que resulta em maiores períodos de

neutropenia, mais episódios de neutropenia febril e uso

maisfrequentedeantibióticos.Alémdisso,comopacientes

hematológicosnormalmente apresentam doenc¸as

patofisi-ológicas específicas que podem alterar o comportamento

farmacocinético de antimicrobianos, pode ser necessário

diferenciar os horários de administrac¸ão e os regimes

posológicos de antimicrobianos dos horários e regimes

padrão. Especificamente, doses maiores (p. ex.,

ami-noglicosídeos, fluoroquinolonas), infusão prolongada (p.

ex., beta-lactamases) e monitoramento de

medicamen-tosterapêuticossãoimportantes paraaprimoraro usode

antimicrobianos.Osprincípios farmacocinéticoe

farmaco-dinâmicodevemserlevadosemconsiderac¸ãoaoprojetaros

regimesantimicrobianos, já queestá cada vez maisclaro

que concentrac¸ões abaixo do ideal no local da infecc¸ão

podemcontribuirparamaiorresistênciamicrobiana.20

Nossos resultados a respeito de infecc¸ões hospitalares

também corroboram aqueles relatados em estudos

ante-riores em crianc¸as com câncer.21 As taxas de infecc¸ões

nosocomiaisederesistênciaantibióticasãomuitomaiores

naUTIPemcomparac¸ãocomoutrasunidadeshospitalares.

Asinfecc¸õesnosocomiaisafetamaté30%dospacientesna

UTIe ocorrem5-10vezescommaisfrequênciadoqueem

pacientes que nãoestão na UTI.5 Em umestudo de

paci-entes pediátricos com infecc¸ão nosocomial, a incidência

geral deinfecc¸ãonosocomial erade2,5%e variava de1%

em unidades pediátricas em geral para 23,6% na UTIP.18

Diversos fatores podem contribuir para essas diferenc¸as,

inclusiveousodemaisprocedimentosinvasivos,máhigiene

dasmãos,lapsosemtécnicasdeassepsia,pressãoseletiva

por antibióticosdevidoao uso inadequado,transferências

de paciente dentro do hospital, doenc¸a de base grave,

desnutric¸ão e imunossupressão.5 Neste estudo, o tempo

de internac¸ão na UTI, o uso anterior de antibióticos e a

durac¸ão da neutropenia foram associados à infecc¸ão por

MRnaanáliseunivariada,masnãonaanálisemultivariada,

provavelmente devido ao fato de essas variáveis

esta-reminter-relacionadasainfecc¸õeshospitalaresoudoenc¸as

hematológicas fortementeassociadasà infecc¸ãopor

BGN--MRnaanálisemultivariada.

Foramrelatadasasrelac¸õesentreinfecc¸õesbacterianas

resistenteseresultadosinsatisfatórios.5Umfator

determi-nantenoresultadodepacientescominfecc¸õeséaescolha

deumaterapiaempíricaadequada nasprimeiras48 horas

apósoiníciodossintomasenasprimeiras24horasapósuma

hemoculturapositiva.4Nesteestudo,ogrupocominfecc¸ões

porBGN-MRfoisubmetidoaterapiaantibióticaempírica

ina-dequadacommaisfrequênciadoqueogruposeminfecc¸ões

porBGN-MRe otempoparareceberterapiaadequada foi

maiorparaospacientescominfecc¸õesporBGN-MR.Houve

tambémmaiortendênciademortalidadedesetee30dias

nospacientescomBGN-MR;contudo,issonãofoi

estatisti-camentesignificativo.

Umestudoanteriorempacientespediátricoscomcâncer

tambémnãorelatoudiferenc¸asestatisticamente

significati-vas na mortalidade relacionada a infecc¸õesoua todasas

causasdevidoàsinfecc¸õesporBGN-MR.21

Arelac¸ão entrea oportunidadede terapia adequadae

o prognósticoé complexa. Osmédicos tendema

prescre-verterapiaantimicrobianaprecocedeespectroampliadoa

pacientescomapresentac¸õesclínicasgraves.Em

contrapar-tida, aterapia antimicrobiana normalmente é postergada

empacientesquenãoapresentamdisfunc¸ãodosórgãosou

que apresentam hemoculturas tardiamente positivas. Por

fim, pacientes com rápida progressão para morte nunca

receberamterapiaantimicrobiana.22

Nesteestudo,o tempomédio parainiciarterapia

anti-bióticaadequadafoidedoisdiasemcrianc¸ascominfecc¸ão

porBGN-MRsemimpactosobreamortalidade.Faltam

estu-dosrelacionadosaoefeitodademoraeminiciarantibióticos

adequados sobrea mortalidadeem pacientespediátricos.

Contudo, em estudos comadultos, umatraso de2-3 dias

eminiciarantibióticosadequadostevepoucoefeitosobrea

mortalidadedospacientes.23-26

Ospontos fortesdoestudo atualincluemapopulac¸ão,

que apresentou umacombinac¸ão defatores derisco para

infecc¸õesporBGN-MR:câncereinternac¸ãonaUTI.

(7)

podeajudarosmédicosaidentificarospacientesque

exi-gemmaisatenc¸ãoduranteaprescric¸ãoempíricadeterapia

antimicrobiana, acompanhamento especial e medidas de

controledeinfecc¸ões.

Este estudo temalgumaslimitac¸ões, inclusivea coleta

de dados retrospectivos em uma pequena amostra.

Ape-sar disso, não houve dados ausentes e foram observadas

diferenc¸assignificativas.

Conclusão

Pacientespediátricoscomcâncerhematológicopodemser acometidos por infecc¸ão hospitalar, supostamente associ-adaaBGN-MR.Issoreforc¸aa necessidadedetreinamento acercadosriscosdetransmissãoedasmedidaspreventivas dosprofissionaisdasaúde(porexemplo,comomanusearos equipamentos).Devemserimplantadasprecauc¸õesde con-tatoatodosospacientescomcolonizac¸ãoouinfecc¸ãopor patógenosMRe umprotocolodeantibióticoscombasena epidemiologialocal.

Conflitos

de

interesse

Osautoresdeclaramnãohaverconflitosdeinteresse.

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Tabela 1 Variáveis demográficas e clínicas relacionadas a infecc ¸ão por bactérias gram-negativas multirresistentes (BGN-MR) em uma unidade de terapia intensiva pediátrica (UTIP) analisadas por meio de regressão logística univariada

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