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Caracterização sócio-econômica dos licenciados da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio de Janeiro

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(1)

CARACTERIZAÇÃO SÕCIO-ECONÔMICA DOS LICENCIANDOS DA FACULDADE DE EDUCAÇÃO DA UNlVERS IDADE FEDERAL

(2)

CARrCIERIZ1\çlD sCcIo-Ecnt'MICA 0C6 UaNCIAIn3 M FAaJIDADE IE

EIXJCrQ'b

DA tNIVER3IDAIE F'ElEAAL

00 RIO DE J1:NEIR)

Maria Diva do NéScbrento Silva

'lese stbnetida e ~ eDItO requ:isi to

pm:cial para

a

obtenç~ cb

grau d3 nes

-tm em Educc:ç~.

Riod3Janeiro

Flndaç~ ~túlio Vargas Instituto

d3

Estuébs

Avançaebs em

Edtx:aç~

(3)

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1

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I

I

I

I

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I

I

I

PARTE I

PARTE II

SUMÃRIO

1. INTRODUÇÃO

1.1. COLOCAÇÃO DO PROBLEMA

...

2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1. A ESCOLHA PROFISSIONAL

2.1.1. Fatores Psicológicos e sócio-econômicos. 2.1.1.1. Fatores psicológicos na escolha

profissional . . . . • . . .

2.1.1.2. Fatores sócio-econômicos na es-colha profissional ••...••.•••.

2.2. PESQUISAS SOBRE O }~GISTfRIO ..•.•••.•••••...•• 2.3. O CURSO DE FOR}~ÇÃO PEDAGóGICA ...•....•••••.

PARTE III

3. METODOLOGIA

3.1. OBJETIVOS BÁSICOS

3.2. LIMITAÇÕES NA ABORDAGEH DO PROBLn~ ...••.

3.3. O UNIVERSO ... ..

3 .. 4.. A .A}lOSTRA ... to . . . ..

3 .5. A E LABORAÇÃO DO QUES T I ONÃRI O .... ' ... .

3.6. OS ITENS DO QUESTIONÁRIO ••..••.•••••...••..•

3.7. O PRt:-TESTE ... I . . . ..

PARTE IV

4. RESULTADOS

Pago

1 4 4 10 14 22 23 25 2S 25 25 26 26 29

4.1. APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS ...• •.. ... ... 30 4.2. AVALIAÇÃO GLOBALIZADORA

4.2.1. Segundo os dados individuais ... . 4.2.2. Segundo as atividades de lazer ....•....

4.2.3. Segundo a escolaridade iv

30 30

31

(5)

4.2.4. Segundo a escolha do magisterio •.•••••• 33 4.2.5. Segundo ao trabalho... 34· 4.2.6. Segundo

ã

família ••••••••••••• ~... 35

4.3. CONCLUSÕES •••••••••••••••••••.••••••••••••••••

4.4. SUGESTÕES

...

REFERfNCIAS BIBLIOGRÃFICAS

ANEXOS

BIBLIOGRAFIA

v

37

(6)

ir

..

r

..

I

~

~

~

, ,

RESUMO

A partir da afirmativa de que os licenciandos nao

ti-nham padrões de interesses compatíveis com a carreira do magistério,

i

niciamos a busca das razões daquela escolha ocupacional. Na revisão bi bliogrãfica feita encontramos dois fatores: primeiro, os de ordem psi-cologica que são áreas relativas a interesses, personalidade e inteli-gência; segundo, os fatores soCio-econômicos.

Os fatores socio-econômicos foram objeto deste estudo, .Sendo campos tos por dados pessoais e dados familiares que foram pesqu~

sados atraves de um questionãrio elaborado e aplicado por nos a clien-tela do Curso de Formação pedagôgica da Faculdade de Educação da Uni-versidade Federal do Rio de Janeiro .

Encontramos dados que nos levaram as afir2ações de que: o magistério está se tornando uma profissão feminina; os futuros pro-fessores são oriundos da escola pública. possuem experiências ligadas a educação e estão sócio-economicamente situados entre as classes dia e media inferior.

Vl

(7)

me-I

i

I

I

I

I

I

I

I

I

-',

I

I

!

I

J

.1. INTRODUÇÃO

A necessidaue de pesquisar os interesses apresentados por a1unQs no grau superior de ensino

é

permanente. O grau alcançado induz a suposição de uma escolha profissional já feit~ apenas enquanto não se pôde ainda constatar a que diversidade de interesses um curso superior está no momento atendendo: interesses de níveis diversos de necessidades, interesses dispersos, interesses disparatados momentane~

mente conjugados e,sobretudo,interesses com fraca correlação com habi-litação profissional que o curso faculta.

Dentro desse enfoque básico, tomamos como nosso ponto de partida o trabalho da professora Clvia Sternick (1), cujos resulta-dos e conclusões levaram uma dominante negativa: não havia compatibili dade entre os interesses dos alunos e da carreira do magistério.

Quais, então~ os fatores que motivam ou determinam os alunos a se inserir no Curso'de Formação Pedagógica e a segui-lo, se os interesses os distanciam das motivações inerentes a carreira em si? Qual

e

a sua expectativa e o que a gera? Eram as perguntas que ficaram na se~U~ncia natural do trabalho de Cívia Sternick (1) e que nos arrlS

camas a querer responder parcialmente.

Tais indagações foram ainda suscitadas ou es timuladas por nossa vivê'ncia docente no referido curso. d;:;ixando-nos a experlen-Cla de um alunado sujeito "a variações: ora interessado, satisfeito e reinvindicador, ora desinteressado,insatisfeito e pas~ivo.

1.1. A COLOCAÇÃO DO PROBLE~~

O problema que nos propusemos discutir foi verificar as causas que levam QS alunos dos diversos Institutos da Universidade

Fe-deral do Rio de Janeiro a se inscrever no Curso de Formação Pedagógica da Faculdade de Educação e segui-lo.

A primeira tentativa de responder

ã

indagação foi pela presunçao de que estavam interessados no magistério, mas esta foi neg~

(8)

se-~;t

~

~~

~

~

~

i

2.

ria mais fácil de se obter que o de bacharel. Não acreditamos que isso seja convincente, pois os alunos t~m seus institutos g~ralmente na I-lha do Fundão devendo deslocar-se para outro local bastante distante, para assistir aulas, dado que a Faculdade de Educação e o Colégio de Aplicação, onde é feita 'a parte pratlca do curso, se situam respectiva mente na Praia Vermelha e na Lagoa. Esta distância, é claro, traz se-rias dificuldades de conciliação de horarios, tendo em vista que fre-qUentam também seus Institutos de origem cursando o 79 ou 89 períodos, dificuldades que não são levadas em conta pelos alunos no ato da ins-crição no Curso de Formação Pedagógica da Faculdade de Educação. Quan-to ao conteúdo dos dois cursos, é deveras arbitraria afirmar que um ou outro, bacharelado ou licenciatura, seja mais accessível. Ainda outra alternativa seria sobre as perspectivas do mercado de trabalho para b~

chareis e licenciados. O fato

é

que os alunos dos institutos podem op-tar pela licenciatura e/ou bacharelado; o que os leva a escolher a li-cenciatura, se não têm padrões de interesse compatíveis com o magisté-rio e, se há outra alternativa a seguir, o curso de bacharelado?

Iniciamos com uma revisão bibliografica sôbre escolha o cupacional, com a qual tentamos delimitar as variaveis que intervem no processo. Tal tarefa tinha como finalidade buscar respostas as nossas . indagações, que eram: O que leva as pessoas a optarem por detêr~inada

profissão? ,Se os alunos do Curso de Formação Pedagógica da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio de Janeiro não demonstram padrões de interesses c~mpatíveis com o magi~t~rio por que ingressaram naquele curso (Formação Pedagógica)? A busca de respostas a essas per-guntas levou-nos a fatores de ordem psicológica e de ordem sócio-econô

m~ca, aqueles muito dependentes deste, embora haja influência mutua.

A partir da revisão da literatura sobre escolha profis-sional, deparamo-nos com vários caminhos por onde enveredar. Escolhe-mos o dos fatores sócio-econômicos, que nos daria uma visão da popula-çao que desejávamos estudar, para que então, em outras etapas pudesse-mos explorar os fatores de ordem psicológica, que já tinham sido obje-to de especulação inicial no trabaiho da professora cívi3 Sternick(l).

Com a escolha assentada, tentamos buscar um instrumento validado que IlL)S levasse a caLH.:tcriza.;;o soclo-ecollômic~l; na llL·squisa

(9)

; r~

I

;;í.1;i

1

,

i .

~l

!

..

3.

dos sofriam críticas profunda$ por parte dos pesquisadores. Diante dis

50, animamo-nos a construir nosso próprio instrumento que atendesse ao

que tínhamos em mente: caracterização sócio-econômica do alunado do Curso de Formação Pedagógica da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio de Janeiro e que passou a ser o nosso problema. Claro que o instrumento poderá sofrer inúmeras críticas mas atendeu a nossos objetivos.

(10)

4.

2. REVISÃO llIBLIOGRÂFICA

2 .1. A ESCOLHA P l{O:? I SS IONAL

N.:l"revisão da literatura sobre escolha profissional

I

ve-8 ) ve-8

em Donald Super

(2)

e Anne Roe

(3)

que os fatores m.:l.is im:?ort.:ln _ .

. tes, que impelem o homem ao trab.:llho, são as necessidades de:

- comunicação - relações humanas

- ati vid:lde - rnovimanto

- subsistência

Dessas

n~cessidades

gerais, por assim dizer,

ten~s

-terminantes dê origem psicológica, social e econômica. Deixamos

cla-ro que as divisões que daqui por diante faremos não s50 estanques e

que, as deterrnindntes citadas

l

são

int~ratuantes;

só as separamos pa

ra fins de estudo. Dessa

fo~a,

as necessidades psicológicas agem nas

necessidades sócio-econômicas e'

vice~·versa.

2.1.1.

Fatores i)sicológicos

As

det~rminantes

psicológicas podem ser enfocadas sob

I

três aspectos:

",

-

intelig~nciLl.

- personalidade

.- interesse

A inteligência

é

considerada como a capacidade de ra

-ciocínio do indivíduo e pode ser estimada a partir da observLl.ção

B

avaliação do

cOID?ortam~nto

deste, sendo que o raciocínio pode ser

re-co~~ecido

através de suas manifestações; esta

é

a definição dada por

Super

(4)

e muito citada nos trabalhos de Psicologia Profissional.

o

assunto pode ser enfocado sob dois aspectos: a inteli

gência geral e os fatores específicos da

intelig~ncia,

todos relati

vamente

interdep~ndentes.

A

t~oria

dos fatores da inteligência foi •

exposta por Spearman

(5)

e também por Thurstone, e s8gundo ela todas

as formas de atividade cognitiva

t~rn

em comum um grupo de fatorês

fund~ntais;

no entanto, os elementos específicos s50 diferentes num

mesmo indivíduo

~ara

diferentes cu.pacidadcs •

O

número de fatores

é

(11)

J

d

,

r-r-~

tr

~

~"

i:i

t:.·":~ ,

.

..;\

~

I ...

5.

julgamos mais globalizantes e que sao: o verbal, o numérico e o espa-

-daI. Apesar de essa divisão ser demasiado simplista atende ao presc!:. te estudo.

Anteriorm~nte considerava-se a inteligência como sendo um complemento' independente dos outros aspectos da personalidade; hoje em dia, essa posição não é mais aceita e se considera a inteligência como uma das funções da personalidade total, ar englobando outros as-pectos alem dos estritamente cognitivos. A inteligência, desta forma, teria aspectos conativos e cognitivos como Wecksler (6) afirmou na Dé-cima Segunda Conferência da Associação Americana de Psicologia.

A tão conhecida medida de inteligência - o quociente ln telectual - mostra que a variação que esta apresenta nas várias ida-des do indivíduo é insignificante, se bem que certas circunstâncias de ordem física e emocional possam afetar o desempenho nos testes. Tambem sabemos que estados precoces de privações afetam alguns ou todos os fa tores intelectuais; tem-se notado que os que sofreram privações nos primeiros anos de vida não alcançam um nível de desenvolvimento mental que poderiam ter sob outras circunstâncias; parece certo, entao, que uma prlvaçao prolongada reduz a estimulaç~o intelectual.

Do exposto vemos que

uma ligação muito estreita en-tre inteligência e personalidade; como aquela, esta tar;1bér.i traz difi-culdades para a pesquisa, pela subjetividade do conceito, tornando di-fícil a enumeração e de~crição de suas variáveis. Esse fato leva a uma teorização variada que algumas vezcs se complementa e, ec outr2s, se contrapoe. O que verificamos é que existem v~rias teorias SODr:ó> a for-

-.

mação da personalidade a nossa disposição e o proble~a posto: é qual "escolher? Optamos pela de Haslow (7) que ~ bem divulgada e relativamen

te simples, prestando-se bem aos propôsitos deste estudo.

Haslow (7) considera que o indivíduo

e

um todo integra-do e organizaintegra-do. Para ele as classificações e a compreensão devem cen-trar-se na natureza humana, devem ter mais o aspecto de finalidade e

levar em conta as necessidades que'podem ser conscientes e/ou incons-cientes. Tambem crê que se deva consi ierar a situação dentro da qual o indivíduo reage, embora acreditando que sta, por si sô, 113.0 determina

(12)

• I

6.

não podemos levar em

cont~ som~nte

ü integrüção do organismo mas

de-vemos considerar ü possibilidade de

r~açõ~s

isoladas, dspccíficas ,

parciais e segmentüdas.

Maslow

(7)

afirmü c:tinda que

a

pcrsonülidüde

é

afetada

por

naccssidad~s qu~ poà~m

ser:

- necessidades primárias .-

n~c~ssid~des fisiológic~s:

sede, sexo, fome e sono.

-

ne~ssidadas

secund5rias: •

necessid~de

de

segurança

• necessidade de

~mor

e

üfe-to

necessidade de respeito ,

importânciü, auto-estinü,

independênciü e

üuto-r~a­

lização

necessidade de adr1uirir co

nh.ecimentos

• necessidade

d~

conpreenscJ.o

• nece3sidcJ.àe de belezü

As necessid~d~s

primárias ou fisiológicüS

5 ...

0 as ln.:lis ur

gentes a em nível de carência ini!)2n .:lS secundáriQ.s; estas

~pcJ.r...;cen

como motivadoras consistentes da conduta quando

aquel~s'estão

satis

-fel tas •.

As necessid.:ld·~d

fisiológicas

difer~m

das outras por possuirem

aparentemente localizaç2.0 sorailtic.:l m.:lS podem alterar todo o org.:tnismo.

são as mais importantes;.;;: él. condut.:. que implicc..

n~ su~

satisf.:lção pode

servir pura canéllizar .:lS necessid.:ld8s

secund~rius. O·

org.:tnisrno em

es-tado de carência tend2 a ser dominado por elas, fazendo com que as ne

ccssidades secund5rias

desap~reçami

esse domínio, contudo, das

neces-sidad~s

primárias, nno se

estabel~ca

quando o indivíduo tam

consciên-c1a.d~

que pode alcançar a SUél

gratificação em breva

~Sp.:lÇO

de

ten-po.

Todas as necassidades são recorrentes: o importante

é

o imediatis

mo da satisfação,

~uando

a necessiàade

apar~ce,

e sim, a certez.:l de

que

d

possivel em determinado

~spaço

de tempo sua

s.:ltisf~ção.

(13)

7.

riores. Estes apresentam padrões inatos e modificáveis através de con-dicionamento do comportamento, entretanto, quanto mais subimos na esca la filogenética, mais os padrões se tornam menos determinantes, modifi cando-se para alcançar objetivos diferentes, que voderiam ser deseja-dos instintivamente. ~ claro que o homem possui necessidades básicas que parecem ser inatas, mas a satisfação delas

ê

obtida mediante pa-drões de conduta variáveis, os quais podem até desaparecer sob certas circunstâncias.

Na palavra de Anne Roe (3), "as necessidades parecem ser malS débeis e reprimíveis quanto malS elevada sua ordem na hierar-qUla das necessidades; talvez tambem seja certo que quanto mais eleva-do o lugar que ocupa na classificação, não aparecerá em toeleva-dos os seres humanos. Isso não quer dizer que essas necessidades nao sejam

realmen-te institivas. Uma caracrealmen-terística de um processo de evolução nao apar~ ce de forma típica nos memQros de toda a espécie e mesmo uma caracte-rística totalmente estabele~ida pode faltar em alguns de seus membros, ainda que essa falta'seja encarada como patológica. ~ bem provável que as necessidades mais elevadas procedam dos ultimas desenvolvimentos e-volutivos do homem e muitos não estão ainda fortemente

que não possam ser destruídos".

esOtabe lecidos

As necessidades secundárias talvez sejam as malS direti

.~ vas da conduta do homem, pois o nosso meio social parece estar organi-zado para atender as primárias, deixando assim lugar para eclosão das secundárias, quando o meio social não atende as necessidades fisiológi. cas, parece ser elas que dirigem o comportamento dos indivíduos, impe-dindo que as secundárias emerJam.

Podemos ver que as pessoas necessitam sentir-se segu-ras; em nossa sociedade esse tipo de necessidade secundária difere en-tre as pessoas quanto ao grau de satisfação. f ~âcil perceber a neces-sidade de segurança nas reações infantís diante de estranhos ou fatos desconhecidos, porque o conhecido ê mais seguro do que o desconhecido; talvez por isso, a maioria dos indivíduos pareça preferir um mundo or-ganizado e rotineiro e a busca de conhecimentos es tej a i ntim.:!mente li-gada a necessidade de segurança. Como afirma Anne Roe (3), a aquisição de conhecimentos t! bâsic~l para o hOnl.:m c é através dela quc' SL' pode e~

(14)

8.

s~gurança, ~nquünto

aqueles sentem, também nacessidndu de aquisição

de

co~~~cimentos.

Destu últimn tülvez advenha a necessidade de

com--

~

preensao sobre o mundo

qu~

nos rodeia e sobre nos mesmos.

Outras

necessidad~s

secundárias como amor e afeto sao

evidenciadas na conduta do holtb2m, o qual nocessi

ta

dar e recaber

amor

de

seus pares, bem corno sentir que füz

~art~

de um grupo

B

ser pe'ça importante nele. Ligada ü essa -necessidade, talvez nuis que

às

outras, está,u necessidade de respeito, auto-estima e

inde~endê~

cia. O indivíduo precisu sentir-se respeitado em seu grupo

pur~

lo-grar auto-estima, pois esta

é

fund~ntada

eXutamBnte no respeito

I

que o grupo tem pelü pessoa.

A necessidade d.;;!

ind~pGnd~nciü t~l

--vez

d~ntro

desse grupo, a mais diversificada, da vez

qu~ ~stfi

estrdi

tmnente lig&:lda. com a persollc.lidade;

entret~nto,

o f.:'.to

~ qu~

cada

I

indivIduo necessita de um determinado grau de indupcndüncia

p~ra

seu bom

desenvolvim~nto.

Parücu qUê uindu

h5

no ser huna.no uma

nGc~ssidadê clst~­

tiC.:l, tr~duzidü ,;?81il

t ..

md~ncia

üo belo,

s~

bclm que o conceito da b..-;""

lc::ziJ. vurie

d~

socL:d2.da a sociud.::.de

B

dcl

cl:JOCu.

~

époc.:l.

A tcrceiru. dcter;,-:in:lntd psicológica comprd0nd.2. os

int,J-resses, que :,:>Odem ser encar.:ldos corno um aspGcto da persoD.:llidade;não

são entidades

~sicológicas

independentes

ê

são detcrrinados de mÚlti

p~U.s

formas. O conceito

d~ int~re53e

vem expo3tq de

Lnneir~

um pouco

diferent.; entre os v5rios autor8S e com nuancas

qu~

aqui n2io se

faz

nacessãrio colocar. Escolhemos

~

definiç50 d0 11attiazzi

(8)

qu~

dfi

um enfoque psicológico aos interesses; crâ

'1Ucl

o

r.t ..

üo sej:l eler.l.,';!nto

decisivo para o interesse ãe uma pessoa,

d~t~rmin~do

estd as

~r~­

ferênci~s ~r est~

ou

uqu~lü

utividaue, o

qUê

faz com que

c~nalize I

sUuS

energi~s ~m dir~çno

ao objeto, garantindo, d8stu forrou,

~

aten-ção naquêlcl

s~ntido.

O

int~r~SSê ~ dir~cional, corr~spond~ndo

às

ne-cessidades mais profundas da

~Çssoa,

55

rnotivaçõ~s. Sup~r

(2)

b~s~un

dO-Sd nos

~todos

de

avaliaç~o

dos intereSsês, afirmu existir três

interpret~ções

dos interesses:

int~ressas expr~ssos

intçr~ssas manife5t~dos

-

int~resses

inventariados

(15)

.

9.

pressões verbü1s de gostos

~ pref~rências

e mudam, sistematicamente,

dQ.

infanci.:l para a

adol~sc~nciu;

com o ?clSSar dos .::!nos ficam ID.:lis·

estã~is

mns continuam a se relacionar uns com os outros. Quando as

pref~rências

se mostram

constunt~s durant~

certo

?~rlodo

de tempe,em

crianç~s

a adolescentes, ac.::Lb.:lm por influir na ocupaç5o que escolhem

e na

ast.:milidad~

que desfrut<:ml nelc:l. Os inb.3resses munifestc:ldos s50

os que

S~

referem

~ p.:lrtici?aç~o

na

c:ltivid~dd

ou ocupüç50 preferidus

~ s~

deprcandem da nnálise objGtiva do

comport~ntoi

parece

qu~

mu-drun

com

.;l

idade, ainda que alguns tenhilm car5tur mais ou menos

p~r

-man~n~.

Os interesses

~nifestados

dos adolescentes guardam relaç5.o

com os interasses

inv~ntari~dos

apenas na parte

p8~nente d~

prG

-ferencias. Os interesses

illvent~ri:J.dos

sno os medidos por testt:.:s

qUç

ressaltam os Cc:lmpos de preferância, sem que o indivíduo

~rceba .:l

. área ou a ocupação

pr~ferid.:l.

Todos baseiam-se no acúmulo de

infor-mações recebidas que o indivíduo possui.

Foram feit33 várias

~lnálises

sôbre interesses e

SUl)·~r (2)

cita as feitns por

V~rnon, Spr~ger, Kud~r,

Guilford

~

Strong

~u~

os

classific.:nn em:

inter~sses

ciantíficos

- interesses linguísticos

interesses sociais

interesses eD

n~gócios

Na interpretaçno

U0S inter~sses

devemos lavar em conta as

v5rias influências que s0fren du naio. Super

(2)

.:lchü qU8 a

cl~sse

social influenciu muito os

int~reS3es

e que os

hom~ns

350 mnis in

-teressados em

ativid~des

científicas,

mec5nic~,

físicas, políticas

e vendüs que a3 mulheres; que

~stas,

por suu vez, dirigem-se mais •

para atividades com pesso.:1s, trab.:llho social . .3 administrativo,

~ns!

no, litaratur:l,

músic~r

e .::lrte. D..::sta form.:!, parece que o sex0 influi

na

ascolh~

profissional,

j5

qu~

u

~xperi~ncia

que os indivíduos

pos-suem numa profiss:lo espúcifica nno

p:lr~cc

afctur ús .

interess~s

pro-fissionais; os estudnnt8s

o~tâm

nos testús de

interes5~

quase us

~smus

pontJs que

as pessous

(lUd t~m ~xperiênci.:\

nu setor.

ÃO qu~

se sUpÕe,

~s ?ri~iras eXl~ri~nci~

dJ vida pvdJm

:lf~t~r

us

int~res­

ses e residem

n~l.::l5

as v.::lri.lçõ.;s dos mJSI110s.

Alúm dos f.:!t0re:3

j5

citados, há

grand~

rclaç30

entr~

inte-r~ssa ~ int~lig~ncia,

níVel dd vidu etc.

Par~ce

que tanto

U5

fato-I

i

I

I

1

I

,

(16)

10.

psicológicos como os sócio-econômicos influenciam os interesses.

2.1.1.1.

Fatores psicológicos na escolha profissional

A inteligência, a personalidade e os interesses estao intimamente ligados

ã

escolha profissional e torna-se geralmente difí-cil saber que elemento determinou esta ou aquela escolha. Por isso a-bordaremos os três fatores em conjunto procurando na medida do ~

POSS1-vel separá-los mas advertindo que essa divisão nao compromete a ideia de dependência e interação que há entre eles.

A inteligência parece ser parcialmente responsável pela escolha profissional pois está intimamente ligada com aspirações pro-fissionais; o indivíduo através de sua vida ate ao momento do ingresso no trabalho tem idéia, real ou irreal, de suas capacidades e procura ~

ma ocupação de acordo com as características que tem ou julga ter. Cla ro que essa escolha vai atender

ã

hierarquia de necessidades que o meio incutiu nele. O fato e que os indivíduos tendem a gravitar em tor no de níveis ocupacionais e tarefas apropriadas de acordo COQ sua cap~

cidade intelectual, podem fazer tentativas aquem ou alem daquelas cap~ cidades, mas geralmente estabilizam-se num nível que esteja eQ confor-midade com elas. O mercado de trabalho pode interferir nisso m~s o as-sunto será tratado na parte referente a determinantes soc~o-econômicos.

Chegamos ao ponto de poder estabelecer uma dependência, se bem que relativa, das aspirações com relação

ã

inteligência, apesar de nao negarmos a influência de fatores s~cio-econômicos. Assim, o 1n-dividuo procura ocupaçoes de acordo com seu nível intelectual, muito embora as pressões possam fazer com que aspire a tipos de trabalhos

e-levados demais para si; também acontece que determinadas subculturas tendem a restringi"r as ambições de seus membros·. Segundo Super (2) nos centros urbanos parece que as pressões sociais estimulam um nível de aspiração realista nos mais intelig~ntes; podem tambenl, porém, provo-car aspiraçoes i~reai~ nos menos inteligentes. Dessa maneira todos sao influenciados e os mais inteligentes não fazem uma escoll13 melhor ex-clusivamente por sua capacidade intelectual. As pesquisas de Anne Roe

(17)

di-I

I

I

I

I

ll.'~'··; .,

ferenças podiam ser atribuídas antes a fatores motivacionais,ainda que, a inteligência determinasse ser ou nao biólogo. Segundo Super(2)

ê

pr~

vavel, contudo, que ocorram diferenças de inteligência na obtenção de certos lugares, isto

ê,

os melhores executivos estariam nas melhores companhias, os ~elhores professores nê~ escolas que oferecem melhores condições de trabalho.

Do exposto vemos que a inteligência em condições nor-mais e ideais e o primeiro fator a ser levado em consideração na esco-lha profissional. Os outros fatores são os ligados

ã

personalidade, se incluirmos motivação como aspecto da personalidade e interesses COmo parcialmente dependentes daquela, as ocupações podem oferecer meios p~ ra satisfação de varias necessidades direta ou indiretamente. A liga-ção entre trabalho e necessidades primarias prende-se, a nosso ver, mais ao sustento do indivíduo, isto é, muito mais a fatores sócio-eco-nômicos que a fatores psicológicos,ja as necessidades secundarias são fatores eminentemente psicológicos. Para tanto, vejamos as variadas ne cessidades secundarias em confronto coma escolha profissional: a ne-cessidade secundaria de segurança consiste em o indivíduo sentir~se se guro num emprego sem ficar na iminência de desemprego, que poria e~ p~

rigo o atendimento das necessidades básicas. Talvez seja por isso que muitas pessoas se sujeitam a empregos de remuneração baixa ~as que ofe recem segurànça, como o funcionalismo público (do quadro) que percebe geralmente remunerações abaixo das pagas pelas empresas particuiares mas em contrapartida oferece maior estabilidade. Pode-se afirmar que os indivíduos geralmente escolhem de preferência trabalhos que ofere-çam segurança futura, ainda que o salário seja menor, frente a qual-quer outra ocupação de m'aior remuneração mas mais insegura. As necessi dades de integrar-se em um grupo, de dar e receber afeto podem ser sa-tisfeitas através do trabalho. Para que uma ocupação seja satisfatória para uma pessoa, esta deve sentir-se parte do grupo ocupacional, parte intrínseca ao seu funcionamento e através disso sentir-se útil e querl

da. \~alker e Guest (9) ao longo de seu livro I>fhe Man on thto' Assembly

Line!' afirmam que o sentimento de a'~onímato, de despe rsona 1 i zaçã,)

-

e

(18)

tra-J

1

12.

balho com maquinas altamente auto-suficientes onde cabe ao operador a-penas abrir e fechar chaves em intervalos prolongados e observar o pai. nel.

Segundo Donald Super (2) os traços de personalidade nao apresentam uma ~elaç~o d(ferencial bem definida e significativa com as preferências, êxito e satisfações profissionais. Quando as profissões podem ser definidas com precis~o e exatid~o

é

possível encontrar dife-renças significativas entre os indivíduos que se dedicam a cada uma. Existem profissões t~o bem estruturadas que só pessoas que possuam tra ços específicos de personalidade conseguem êxitos e satisfação nelas; outras há, com t~o pouca estruturação que indivíduos de personalidades distintas sentir-se-ão plenamente satisfeitos nelas. Estas últimas pa-recem as mais comuns. Por esse motivo, as imagens esquemáticas sobre profissões não devem servir de fundamento científico para a escolha o-cupacional; podem todavia, oferecer expectativas de representação do indivíduo em uma ocupaçao escolhida, ou melhor, sugestões sobre as fa-cilidades ou dificuldades da auto-realizaç~o do indivíduo.

As necessidades de respeito e import~ncia levam ao aten dimento da ;üto-estima. O indivíduo

e

respeitado e peça integrante no seu trabalho; logo importante no contexto. O êxito

ê

um produto direto dessas variáveis, assim como a satisf~ção no trabalho em seu aspecto psicológico·. O êxito conseguido na ocupação não parece estar relaciona do com a inteligência, ~elo menos em algumas ocupações e~ que se espe-rava que fosse fator determinante e Super (2} afirma que quando o ind~

víduo domina seu campo de trabalho, há muitas condições que influem mais 'sobre o êxito profissional do que a própria inte ligência.

Por cutr6 lado, ter trabalho já indica estica de outro, como tambem ter alcançado a etapa de adulto, ou seja, ter atingido in-dependência e liberdade.Segundo Donald Super (2) IIOS sentimentos de es

tima estão estritamente ligados com a quantidade de res?onsabilidaJe no trabalho. Pode-se verifi~ar isso nas classi~icaç;cs de

das ocupações e nos estudos de satisf.:lç:io no trabalho. l~~'SS'"

possuem !TI.:lior importância os graus de liberdade e respODS :1:> i.l id~lJe de uma ocupaçao que as habilidad.:>s exigidas ou os salárills I-)::,t iJ,)s. A~­

guns indivíduos com problel:l;ls afl,tiv\.)s de vid.3 Oll nH'::Ü.Jrll~ d,' );["UPOS ::1i:..

(19)

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• I

13.

o prestígio de sua posiçao na empresa tao altamente gratificantes, as-sim corno a relação afetiva com os companheiros. As ocupações possuem grande importância corno fontes de satisfação de necessidades básicas e talvez toda a nossa sociedade esteja mobilizada em torno do trabalho e xatamente por esse motivo; não importa que a relação seja causal ou não, o importante é que ela exista; o trabalho tem aspecto valorativo e essencial para a maioria dos homens.

Os estudos sobre o relacionamento entre as demais neces sidades secundárias e o trabalho são muito escassos, mas podemos veri-ficar que a necessidade de adquirir conhecimentos, por exemplo,

ser atendida através de um trabalho intelectual; nos estudos de

pode Anne Roe (3) sobre cientistas isso ficou confirmado, mas a autora assinala que: "estas necessidades não aparecem somente em intelectuais e não se expressam exclusivamente em atividades superiores", levando a supor que a maioria das pessoas prefiram trabalhos que acrescentem conheci-mentos aos.já adquiridos. A necessidade de auto-realização parece dif~ renciar os esforçados dos nao esforçados. O indivíduo geralmente se es força quando o trabalho ê do seu agrado e este determina um grau de comprometinK'nto ou envolvimento pesso.11. Quando as condi çõcs ele traba-lho não são satisfatórias ou indivíduos buscam a satisfação necessária

e~ passatempos. Com relação

ã

satisfação, como fator de ajustamento do ,indivíduo não só ao trabalho corno

ã

vida, visto ser ~le um sistema ~n­

tegrado, podemos ainda acentuar fatores objetivos que contribuem ou nao para o problema, tais como: as condições físicas do trabalho, org~ nização do fluxo de trabalho e preserva~ão da integridade do eu.

A pesquisa de ~itty e Lehman (lO) 'demonstrou que os chamados "trabalhos de gênio" provêm de indivíduos de capacidade inte-lectual média fortemente estimulados para o progresso, havendo assim certa correlação entre preferência por uma ocupação e determinados as-pectos da personalidade. A partir desses dados criam-se duas correntes sobre escolh3 profissional: a primeira, qUe enfatiza os f.:ltores ' inte-lectuais como determinantes; e outr.:l d.:md,-, a primazi,l é1l1S fatores

cio-econonncos.

-

so-A s.:ltis[aç30 e o ~xito ;1oJe::l ser deCL'Il"l"Cntcs dl1 interes

se no trabalho e vice-versa. Has h:i situa.;ocs em que Ll Jl";l'j() d~ conse

(20)

l~.

prov~e;:r ur;\Ll d.~dic~ção

ao trübal!lJ rnciur CJU8 o int.::r.3ss,,:::

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a

cla3s~ ~Uia ~

.:lqu;la

~u~

faz

r.~is qUC3t~O Ü~

gostar

~a atividad~

que irá dcsom?cnhar. 14ui

é

nçcessáriu Jistinguir cntrd 3atisfaçãa no trabalho

~n

si

~

satisfa-(;5.0

auferiaa i?ela si tU.J.ção dd trat,al!"lo, .:!sta últ ima traduzida como

prdstigio, salários etc. hssim para a

class~

média a sati3fação no

trabalho

s~ria

u

resulta~o

de ?adrões

d~ interess~s

adaquados ao tra

balho que

S~

vai executar. Schwebe a Me Cormach

(11)

suger~rn

que os

interesses devem ser= ades:uado3

élO

trab.::ll:lo em si,

à

situaç50 em que

ele se realiza e ao papel a ser desempúnáado pelo individuo, caso •

contrário ocorre

cJ.

insatisfação.

O

indivíduo interassado em seu

trç:.-halho geralmente

I~rmanace

nele àurantelarqo tempo, se bem

~U0

ou-tros fatores possaM influir na cstru)ilidaue ocupacional;

D.:l3

aam àú

vida o

int~r.::!s::;e

é

um

det~rminante

de grande

~)cso. a.~sr.lO

rluando os

interesses da ?essoa não estão lirõados ao trabalho 2sta procura

ati-vidades fora dele que possam 3atisfazê"los.

2.1.1.2.

sócio-econômicos na escolha oro-

+,

-~

fissional

ll.l~m

dos

fator~s já

ralaeionô.dos ..; '1ue se ligam

;:l,

gessoa,- :lá outros que influúnciam e determinam, com grüncle ;:Jeso, a

escolhd

profissioilal.~

aao os fato!:"e3 sÓciu-cconômicos.

f;

difícil a

separação desses fatore3 dos

~e

origen

~sicolôgica,

pois estão tão

intirnarnent~

relacionados

'lU-3

não

.~odemos

afirnar,

COT:1

segurança, o

quanto ou quais estão

clet~rrninando

maa

escolha

~rofi3sional.

O certo

é

que todos influêncian na escolha profissional, tantu os fator13s"

r>sicológic05 corno o;:; s3cio-econôrnieos, cr:iliora na maioria doa

traba-lhos atuais sobre o assunto

I

corno os d0 Su:?er

(2)

encontremos naior

ênfa~e

na

influênci~

dos fatores sócioeconômicos na escolha pro

-fissional. Parece--nos (:rue

asu~le

autor e qrande

~art8

de outros

I

(21)

ti'

lS. feitas com outras sociedades primitivas as descrições

culturais como de Margaret Mcad (passim).

antropológicas

Os fatores sócio-econômicos englobam as áreas referentes

a:

- comunidade família - saúde

educação lazer

experiências

preferências de trabalho

Existem nítidas diferenças entre as sociedades que pos-suem aproximadamente o mesmo nível de civilização. liA bagagem cultural

total de uma comunidade pode limitar parcialmente as formas de expres-são de seus membros. Iss~ pode repercurtir diretamente com o fracasso da tentativa em de se manter determinada ocupação, ou com o ostracismo social daqueles que a seguem, e, indiretamente, na não valorização dos element6s culturais por parte da sociedade que pode chegar a nunca dar

conhecim~nto deles a seus membros. Felizmente com o aumento

progressi-vo da cultura nos poprogressi-vos, quase todos os membroi de um grupo podem co-nhe.cer as ocupações que somente são exexcidas em certas comunidades; p~

rem não basta saber que há outros tipos de vida ou ocupação em outras localidades; e, também necessário que o conhecimento seja considerado pela própria pessoa como uma possibilidade viável e·aceitável pela pr-ª. pria sociedade e mais especificamente pelo seu grupo"~ Outro importa~

te fator cultural e o grau de conformidade exigido pela sociedade,tan-to em termos da rigidez com que se deve seguir determinados padrões de conduta, como, também, em termos de estereótipos aceitáveis por e-las.

A família

e

uma entidade social, psicológica e econom~­

ca; social porque e constituída por várias pessoas que attlam corno uni-dade; psicológica porque seus membros têm necessidades, atitudes e sen timentos que sao importantes para êles e para o funcionaml'nto da f'lmI-lia; e econômica porque oferece certos serviços, fabrica ou proJuz bens e os distribui dentro e fora da unidade familiar. A famIlia pode

ainda ser considerada subjetivamente em iunç~o das atitudl's e rcLaç~es

(22)

.1

rn

"':·"TJ·

~

..

.,

16.

recursos econômicos e atividades que apresenta.

~ a família que oferece oportunidade

ã

criança e ao ado lescente de identificar-se ou não com os diversos modelos de papeis que são interpretadQs pelos adultos. Alem disso, cria e desenvolve c~r tas necessidades nas crianças, modela seu sistema de valores, oferece experiências em variadas atividades e enseja aquisição de informações etc. Exerce pressões, que variam em grau; sobre a cr1ança e o ado-lescente, influenciando sua escolha profissional; essas influências re fletem-se desde cedo determinando preferências. O ingresso em determi-nado tipo de escola, a ocupaçao e inclusive o êxito ou satisfação al-cançados no trabalho são forjados substancialmente pela família.

As crianças começam a adquirir atitudes e valores so-c1a1s muito cedo. Inicialmente, sao influenciados pelos pais; em segui da a essa influência junta-se a dos companheiros, da vizinhança e da escola. Corno as preferências profissionais constituem atitudes a res-peito do próprio trabalho e das ocupaçoes, num sentido que varia de u-ma valoração muito positiva ate uu-ma muito negativa,

ê

natural que as crianças que se identificam com seus pa1S e a subcultura a que perten-cem comeperten-cem logo a manifestar preferências pelos tipos de ocupação que aqueles dois fatores (pais e subcultura) valorizam.

À medida que o adolescente começa a prepar-ar-se p'Ha en

tr~r na força economicamente ativa, vai ser influ~nci~do por fatores

do meio-ambiente e por fatores ps icológi.cos, na tenta ti va ele adcquar--se aos padrões representativos apropriados a suas prdferências profi~

sionais. Essas preferências são adquiridas segundo as int'ormaçoes rece . bidas acerca das varlas profissões, o~ atraves das oportunidades que tenha de observar outros indivíduos executando diferentes funções, bem como avaliações feitas sobre o comportamento do mercado de tr2balho, sendo esses fatores, mais do meio a~biente. Os fatores psicológicos que tambem influenciam são o conhecimento da realidade pessoal do indi víduo: informações sobre suas capacidades ou aptidões que podem ser a7'" valiadas através de registros verbais da família, pela escola, por te~

tes ~sicolõgicos etc. e mais outras características individuais como:

grau de independência, tipo de pers0nalidade etc.

~ de grande import~ncia que a criança ~ 0 adole,-;cente

(23)

melhor, modelos de profissionais, para que baseados neles possam proceder a sua escolha. Caso tal não se dê, pode ocorrer uma es-colha inadequada, como em pessoas de classe mais humilde, as quais frequentemente não encontram em seu meio modelos de cunho' ocupacional adequados as suas preferências, nem tampouco na sua família, atividades de acordo com as suas aspirações. Por isso as relações sociais da família são bastante decisivas porque, quan-do variadas, oferecem modelos também variaquan-dos. Os indivíduos da camada inferior, quando desejam conseguir um emprego diferente' dos seus pares não contam, geralmente, com fontes de informações a respeito do trabalho pretendido, nem com apoio, por ser a pro-fissão desconhecida; talvez influencie, aqui o fator psicológico, "Mêdo do desconhecido". Não conseguem obter dados sobre os estu-.do.s que a ocupaçao requer, essas informações pode ser fei tas ' quase que exclusivamente através das relações sociais da família ou na escola; através de filmes, palestras, leituras etc. O tra-balho desse tipo é recente no Brasil e por isso ainda deficiente ou inexistente em al~uns núcleos.

Apesar de a família nao ser o único fator determinante de ' certos comportamentos relativos à escolha profissional

é

a que mais contribui para eles. Os hábitos, as expectativas de êxito' que atamília tem, também constituem fatores de êxi.to posterior. Os indivíduos criados em ambientes que propici~ e reforçam os 'êxi tos, mesmo que previstos de antemão, chegam a desenvolver um aútêntico hábito de êxito e este

ê

estendido à vida social, esco-lar e de trabalho, sempre que as atividades empreendidas sejam ' adequadas a sua capacidade e adestramento. A aquisição de hábitos de êxito depende de estar o indivíduo bem orientado na escolha' de atividades adequadas às suas capacidades. Assim o indivíduo ' que adquire esse hábito de seguir escolhendo bem e obtendo êxitos futuros. A família não influi só na escolha do campo em que a pe.s. soa prefere trabalhar através dos modelos profissionais apresen-tados, mas também na intensidade do esforço que dedicará

à

ocuP.é3: ção mediante os hábi to's criados, não só de êxito como vários

ou-tros. Por exemplo, quando a família deixa seus membros atuarem' com. independência própria estes tenderão a atuar na vida profis-sional da mesma forma por uma espécie de generalização de compo~

tamento.

(24)

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18.

e formando um sistema. Davidson c Anderson (12) verificaram que a posi çao s~cio-econ~mica e a categoria ocupacional de uma geraç~o podem ser uma continuação das zeraçõe5 imediatamente anteriores. No fen~meno in-tervem diversos fatores, entre eles a capacidade intelectual que, ain-da que sujeita a modificações ambientais, como casos de desnutrição etc.,

ê,

em princípio, de caráter hereditário, dependendo de maior ·ou menor mobilidade social. Os membros mais inteligentes de uma sociedade tendem a alcançar postos mais elevados na escala socio-econômica e ocu pacional; seus filhos podem por sua vez obter um bom lugar e têm, ge-ralmente, inteligência suficiente para manter-se nele. Quando o indiví duo

ê

pouco inteligente tende a descer de nível ~ seus filhos nascer~o

em me~os de condiç~o social inferior e com poucas possibilidades de

ascensao social porque geralmente as famílias de classe inferior tem relações soc~a~s limitadas, os companheiros do pai s~o assalariados co mo êle e nao têm capacidade de decisão; por isso não podem oferecer o-portunidades de trabalhos aos filhos de seus colegas. O trabalho de Hollinsgshead (13) versa exatamente sobre as limitações ae oportunida-des que são oferecidas aos jovens de classe inferior. J~ os indivíduos pertencentes

à

classe média têm tendência a progredir; porque tê:!l ace~

so a várias alternativas ocupacionais por serem as relações sociais da família mais amplas e com as diferentes camadas sociais; sob Clrcuns-'tâncias favorãveis podem escolher dentro de uma grande gd~a de oportu-nidades de trabalho, atraves do relacionamento com as classes superio-res. A tradição de progresso constitui uma t~nica dos seus membros,tor nando-se quase uma obrigação pessoal. Berdie (14) demonstrou que a d~

dicação ao colégio depende em grande parte da valorização que a famÍ-lia dã à educação. Nas sociedades de tendência tradicionalista e que fomentam o progresso e ascens~o de seus membros, os integrantes de fa-mílias de posiç~o sócio-econ~mica inferior podem aspirar a ocupações superiores a de seus pais, mas as crlanças de classe superior só.podem aspirar a ocupações do mesmo nível da de seus pais. Tal situação leva os primeiros a terem um sentimento orientado para o progresso, muito mais acentuado que os ~ltimos (classe superior).

Não existe nenhuma soci~dade, qualquer que seja o grau de complexidade, em que a posiçao ocupacional do pai n;o influa de

al-gum mod~) na futura posição SÓCiO-l'Ll)!10mica do fi lho (o l'L~ncei tu a que

(25)

'-"'ft. •

.~-:~

~

19. fluincia varia de uma sociedade a outra e de um grupo a outro dentro de uma mesma sociedade, assim como de uma família a outra. Segundo Ha-vighurst (15) o grau e o tipo de educação que se deseja ou se pode ob-ter influencia diretamente a escolha da ocupação e geralmente o indivL. duo permanece no mesmo grupo sócio-econômico de seu pai ou algum pare~

te.

Barnett, Handelman, Stewart ~ Super (16) realizaram es-tudos utilizando a "Escala de Nível Ocupacional" de Strong para inves tigar qual a influência do ambiente cultural familiar na escolha pro-fissíonal do filho. Os dados obtidos sugerem que a ocupação do pai po-de po-determinar a vocação do filho, ao passo que o ambiente cultural da mãe e um determinante do nível sócio-econômico que o filho pode vir a ter; assim, os descendentes de trabalhadores especializados cujas mães procedem de ambientes sócio-econômicos de classe media tendem a ter va lores semelhantes aos da mãe, que no presente caso são os da classe me dia, talvez porque adquiram delas o enfoque positivo que essa

(media) dã

ã

educação. A primeira vista pode parecer que a ~ae

camada seja mais influente do que o pai no que diz respeito a escolha profissional; mas isto parece não ser tão importante, pois há muita se~elhança entre as ocupações dos pais e filhos, conforme se ve em numerosas pesquisas realizadas. A sociedade pode esperar que o filho siga a profissão do pai, ou que, existindo uma maior mobilidade social entre as gerações,~

le ascenda de nível (o certo e que nunca espera que êle desça).

E

as duas alternativas variam segundo a sociedade, a regiao e a epoca.

Do que foi dito depreende-se que o grau de instrução e ~ fator de considerável importincia, mas a correlação entre educação e o nível profissional não é total. A maior parte das carreiras requer um nível de educação e adestramento específico e para quem nao apresente tais requisitos é quase impossível trabalhar numa determinada profi~

sao. Anne Roe (3) afirma que o curso superior que o indivíduo fez nao determina a profissão que vai abraçar e que os estudos

sao maiS significativos nesse particular.

Outro aspecto SOCio-economiCO importante ~ 3 facilidade

ou nao com que se pode obter educaç~o. Se o adolescent~ nao t~m possi-bilidade de realizar seus estudos s('cunJ:1rios, n:1o pOlk:<i L'S,'U Lher

(26)

p~

~

• I

20. possam cursá-la; há restrições. de vários tipos: por exemplo, o desejar adquirir educação universitária prende-se mais ao contexto social do que

ã

r~al capacidade dos indivíduos. r;ão estaríamos dispostos a fre-qUentar a universidade, se nenhum de nossos companheiros de escola não pensasse em fazê-lo. Warner (17) e Havighurst (18) afirmam que a poss.!. bilidade de freqUentar a universidade varia segundo: a posição social, a profissão do pai, a motivação individual e o status sócio-econômico. Efetivamente a posição social e a possibilidade de mobi lidade social não são os únicos legados que os pais transmitem aos fi-lhos; outra influência, se bem que sutil,

ê

da religião em que os pals educam seus filhos. Os valores religiosos, que influenciam seu compor-tamento, têm grande possibilidade de afetar suas preferências profis-sionais, pois cada religião apresenta aspectos que ressaltam determin~

dos traços de personalidade e estes, como já foi dito, influenciam de certa forma a escolha profissional. Assim sendo, por exemplo, o cataI.!. cismo prega' o conformismo com a ordem natural das coisas e a sub~~ssão

ã

autorid~de, no caso específico Deus, ~as esta atitude

ê

posteriorme~

te generalizada na própria vida fora da religião como afirma Super(2). Anne Roe (3) afirma que os filhos dE protestantes e de r::J.tri",ônios mi~

tos ocupam níveis mais elevados que os filhos de cat~licos, r::as ~ãck

(19) em. sua pesquisa cor:: operarias católicos e protestantes nau encon-trou nenhuma diferença entre as aspirações e a r::obilüdace nos ~ois gr~

pOSo Faz-se necessário ressaltar aqui que essas pesquisas foram feitas nos Estados Unidos onde os católicos são minoria.

A savde e outro fator determinante na escolha profissi~

nal, por ser um estado que possibilita ou nao trabalhar.

Ha

restri-ções fundamentais relativas

ã

saúde em certos indivíduos que os incap~

(27)

~

~-,

1

21.

o mal do indivíduo porque este vai se tornando gradativamente menos pr~ dutivo; somente em poucos casos a linha de trabalho do doente mental mantem-se estável. Os deficientes mentais, sao os que apresentam uma de ficíência intelectual acentuada com repercussoes, muitas vezes, em ou-tras áreas do comportarr.ento humano. O que os caracteriza e que o traba-lho deve ajustar-se a eles pois sua capacidade adaptativa, alem de redu zida, é difícil; neles a escolha profissional deve ser adequada às cap~

·cidades e incapacidades e por isso faz-se necessário sejam ajudados na escolha por orientadores treinados para orientação de deficientes.

O lazer poderá interferir na escolha profissional pois a través de recreações a criança pode forjar suas preferências. Por exem-plo, a criança que presencia seus pais passarem várias horas lendo e que participa de discussões a cerca de leituras ou assuntos

intelec-tuais, fica certamente com um sistema de valores e um esquema de comp0.5, tamento bem definido; ela difere bastante da que vê seus familiares a-proveitando as horas de lazer com atividades físicas. O certo é que o lazer proporciona indiretamente experiências de trabalhe que mais tarde podem influir na escolha profissional.

(28)

22.

2.2.

OUTRAS PESQUISAS SODRE

MAGIST~RIO

Além dos estudos mancionados, podemos

nind~

dividir

os

~studos

espe.:cific.:unento br.:lsileiros

cl

os e3tudos não br:t3i18iros.

Os

priR~iros, sobr~

o magistério

br~sileiro,

não

nbord~ ~m n~nnum

momento o problema

pro~osto

inicialmente. preden-se mais

~ ns~ectos

do desempenho n:t função do m.::.gistério, como o de rtarinngela C<l::>is

-trano

T~lles (20), J03~

C::.rlos nogueira Ribeiro (21), Lúci3 Ilarques

Pinheiro (22), AnIsio Teixeir.:l (23) e I3abel Dias Neves (24), ou ao

"status" do professor como JClyr.tt;;!

d'~

Abreu. Já os estudos da EIs\;;;;!

Célr-vülho

Corr~a (25)

sobre 03

~gr~ssos

dos Cursos

d~ Ped~gogi::.

do

Esta-do da GU.:lnabar.:l; o d..:! Ernesto h8V':;;S (26),

~ue

caracteriz:l

SÓCiO-clCO-~raic.:uu,.;;nte

os

prof~ssores

de segundo

gr~u

d.J.

cid;J.d~

de Fort,:lleza

-d

O

de 'Aparecida Joly Gouveia (27) .:lproximnm--·se mais di.;! nossa

problem5-ticn. Este úl tir,lo, por ,-=xemplo,

5

um estudo

dGt::llh.:ldosobr,~

norm;.:..lis-tas

qu~

nos

üS

ViS30 dos

candid~t03

.:lO magistério

d~

curso Drimário

da dgcada

d~

60.

S~ri.:l ndc~ssário

talvez uma

p~s~]Uisa

mais atual e,

do confronto d:ls

du~s,

Verificar qU.:lis a3 idclntidadus e mudélnças

ocor-'rid.:ls. l·tJ.s p.J.r.J. o magistBrio de s<::gundo grau, cuso dos licdnciandos

que desajarnos

~studar,

nao

conhec~mos

outros ústudos a12m do d.::.

~ro­

fessora Cívia

3t~rnick

(1)

j~

cit.:ldo.

Dos estudos não brasileiros sêlclcionamos ::?3Stluis.J.

ba-·seando"',nos no ta.L1anho da amostr:l e na relevância dos estudos. Os

qUi.;!

foram çxaminados Sém sarem mencionados diferom d03 mencionados en

as-pecto.:;

irrelevant~s.

Podemos dividir. tais pesquisas

~m:

a) sobre o

magi.;;t~rio

e b) so!:>ré;; os aspir:lntGs ao

m~gist8rio.

No

!?rim~iro

caso

temos Dodge

(28),

com estudos soór(;! ci:lri:lcturI3ticas da

?arsoni:llià~ãd

dç bons ;?rOfêSSoresi mas a;?ri;.;scntou umn liGt.J.

qUé;;

r:uis parece

d~

gr.J.u

da Ir..:l.turidad..:; das

;?~5Sd::l';;;

daI nao

s~r

fator reldvaI'tc para ess.J.

.J.ti-vidad~

em particular.

J~

Evnns

(2J)

em

1953 ~st~dou ati~ud~s fnc~

ao

magist8rio, mediante uma oscal.J.

0l.:lbor~dn ~special~~nte D~ra ~ss~

fim, pomo fatôr de

com~etência ~arn

o ensino. Nisso recorreu

.J.

qunli-fi~çõe:3

apontad:ls )or

sU1?~rvisores

em cinco escolas d\..-

rnagist~rio

na

Ingl.:lt:~rr;)..

Não encontrou

corr~l.::.çõ(;s

sirynific.::ltiv.:ls

0ntr~

as ati··

tud~s fac~ ~o m.:lgist~rio ~ .J. ~ficiênci.J.

do magist0rio,

nem dntrü 03

(29)

?~

~!

. i

~.

~

'~.:",

~

,

.

Os estudos sobre os aspira~tcs ao magisterio, que também designados en tre nós como li'cenciandos, são os de Best

23.

-sao

(30),

Gould (31), Seagoe (32) e Tudhope (33) e prendem-se principalmente a antecedentes familiares dos aspirantes, projetando alguma luz sobre as razões de escolha do magisterio como ocupação. Algumas conclusões des-sas pesquides-sas são: os professores provem geralmente de cidades;os pais dedicam-se mais a negócios e trabalhos especializados que a outras pr~

fissões; muitos tiveram parentes ou amigos professores; têm interesses humanísticos; interessam-se pelas materias que enSlnam e demonstram segurança.

Tambem Schmid (34) realizou análise fatorial sobre gru-pos de homens e mulheres que asplravam ao magisterio, empregando vari~

veis de ~lguns questionários. Não pôde extrair padrões claros mas veri ficou discrepância entre homens e mulheres.

2.3. O CURSO DE FO~~ÇÃO PEDAGÓGICA

As inforr::ações que pucem0s obter relati'.:as ao Curso de Formação Pedagógica são as seguintes:

a) quanto aos objetivos - o curso destina-se

ã

formação

I '

do magistério de primeiro (quinta a oitava séries) e segundo grau. Sua clientela provem das seguintes unidades da Universidade Federal do Rio de Janeiro:

1. ~nstituto de Biologia

2. Instituto de Ciências Sociais

3.

Instituto de Filosofia

4. Instituto de Física

5. Instituto de Hist;ria '6. Instituto d~ G~o-Ciências

7. Instituto de Natemãtica 8. Instituto de Psic010gia

9. Instituto de Quír.:ic:: la. Escola de Belas Artes

11. [scolG. Je Educa;;;:! .. , Físil:a e Desportos

12. Es co L.I J e E n f l' rr.l,lt:L'I:! ;\11<1 ~~ ( ry

(30)

- -;a

~~~

óléói

.::r~

~

~

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....

~

.

24.

b) quanto ao currículo - o Curso oferece idêntico cur rículo aos alunos provenientes dos diferentes Institutos e Escolas,sa! vo a Escola de Educação Física e Desportos, que não será examinada por esse motivo.

E:

ministrado na Faculdade de Educação e no Colegio de A-plicação da. Universidade Federal do Rio de Janeiro, sendo que na pri-meira são ministradas as materias teóricas (não havendo materias eleti vas, apenas são oferecidas di sciplinas obrig"atõrias) e no segundo as matérias práticas: didáticas e práticas de ensino.

E:

realizado em 2 p~

ríodqs e e em regime de creditos.

o

currículo e o seguinte: Disciplina

Psicologia da Educação-I Psicologia da Educação-lI Filosofia da Educação Sociologia da Educação

Estrutura e Funcionamento do 19 Grau Estrutura e Funcionamento do 29 Grau Didá tica I

Didática I I

Prática de Ensino Totàl

Car~a horária

60 60 60 60 30 30 30 30 120 480

~9 de

Créditos 3 3 3 3

2

2 2

2

6

(31)

25.

3. METODOLOGIA

3.1. OBJETIVOS BÃSICOS

O assunto a ser pes~uisado tem por finalidade caracte-rizar social e economicamente o alunado do Curso de Formação Pedagógi-ca da Faculdade de EduPedagógi-cação da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

3.2. LIMITAÇÕES NA ABORDAGEM DO PROBLEMA

Não nos chegou às mãos, nem conhecemos qualquer estudo no sentido de caracterizar a população que desejávamos conhecer além da tese da professora Cívia Sternick (1) referepte aos interesses da-queles discentes.

As limitações que chamamos de contextuais, referem-se às restrições do próprio estudo (a Faculdade de Educação da Cniversida de Federal do Rio de Janeiro) mas fora~ impostas por nosso pressuposto básico, a tese da professora Cívia Sternick que usou na sua

os licenciandos daquela instituição.

3.3. O .UNIVl::RSO

pesquisa

O anexo 1 mostra o universo'do Curso de Formação Peda-gógica da Faculdade de Educação da Universidade Federal co Rio de Ja-neiro em 1976.

3.4. A ANOSTRA

A amostra foi de cinqUenta por cento da população, ten do sido excluída a Escola de Educação Física e Desportos PQlos motivos apontados no ítem 2.3.

A percentat;em foi de cinqUenta por cento (Se,,:) da pop~

lação e os indivíduos qu~ participar~~ d~ pesquisa f0ra~

(32)

3.5. A ELABORAÇÃO 00 QUESTIONÂRIO

A caracterização sócio-econômica que nos propu. semos a fazer foi aferida através de questionário indiv:Ldualpropu. Ati

-vemo-nos ao aspecto da escolha profissional; assim extraímos da re visão bibliográfica a respeito do assunto variáveis que nos levaram a elaborar o seguinte esquema básico para construir os ítens do questionário a ser aplicado:

a) dados individuais • pessoais

• lazer - atividades recreativas • instrução - estudos realizados • experiências de trabalho

b) dados familiares e domésticos do indivíduo

3.6. OS íTENS DO QUESTIONÁRIO

A.

O

Estudante

1.

Dados individuais

Nessas questões obtivemos uma caracte rização pessoal que nos daria conhecimento sobre a predominância do

(33)

I~

íQ

tlW

~

~

~

27.

isso, tal divisão.

A freqUência às atividades de lazer nos dá também uma i déia.dos hábitos dos futuros professores, visto que são divertimentos ditos culturais.

a prática de esportes liga-se também à saúde, às i-déias e aos hábitos sobre a valorização desta.

2. Instrução - estudos realizados

Nesses ítens relativos

ã

instrução, desejávamos saber se a clientela provinha de colégios estaduais, onde nao se pagam anuid! des, ou de colegios particulares, onde ocorre· o contrário: elas são pa-gas. As bolsas de estudo tambem são auxílios oferecidos aos estudantes que demonstrem não ter meios de pagar seus estudos. A freqUência ou não a cursos pré-vestibulares leva-nos a formar a idéia da necessidade ou não de complementação doa estudos realizados no segundo grau.

Quanto ao ítem referente às opções de cursos foi indica dor da gradação de preferências do indivíduo e as indagações sobre inter

rupções do curso nos valeram para aquilatar o interesse e os problemas que os indivíduos enfrentaram durante ele.

Os horários, as fOr::1as "de es tudo e as faci lidades do mesmo dão-~os uma visão da vida presente do estudante, bem como de seus hábitos e disponibilidades de tempo.

Talvez os ítens relativos ao magistério fosse;n os ma~s

4"

importantes. Inicialmente pensamos em utilizá-los junto com os ltens de

.-

trabalho.

-

também relativos

experlencias de Has como saa ao curso a que os estudantes presentemente estão se submetendo, resolvemos colocá-lo neste ítem. Eles refletem as causas da escolha profissional, bem como as pretensões futuras e os sentimentos vividos durante o decorrer

curso que realizaram.

3. Experiências de trabalho

do

Referências

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