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Subsídios creditícios à exportação

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Academic year: 2017

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Gregório F. L. Stukart.

I) O Crédito Subsidiado na Conjuntura Econômica Atual.

11) O Uso de Instrt~entos adequados para o Equilíbrio Externo. 111) Antecedentes na Literatura e Dados Utilizados.

IV) Dimensão E:' L i ,-,: to dos SubsídiOS Creditícios na Economia Bra

sileira.

V)

O

Modelo Utilizado como Base das Estimativas.

VI) Estimativas dos Efeitos dos Subsídios Creditícios sobre a Exportação.

VII) Sumário e Conclusões.

QUADROS

I) Variações Anuais de Preços e Desvios em Relação

à

variação do Indice de Preços por Atacado - DI em %.

11) Taxas de Juros Alternativas (% ao mês)

111) Saldos, Juros e Subsídios calculados para cada Linha de Cré dito

à

Exportação 1971/1982.

IV) Volume de Crédito, SubsídiO, Base Monetária e Receita Tribu tária (Cr$ rrilh~es)

V) Variáveis Exr, ~ icativas do Efeito do Crédito Subsidiado sobre a Exportação.

VI) Estimativas de Coeficientes das Variáveis Explicativas da Ex portação - Variável dependente log X.

(3)

I. O Crédito Subsidiano na Conjuntura Econômica Atual

A crise financeira internacional desencadeada fins de 1982 pelos problemas do México e da Argentina tou repentinamente o processo de desenvolvimento através

em

limi-de financiamento externo em praticamente toda a América Latina. O ajustamento,a que os países estão tendo que submeter suas e-conomias,provocou provavelmente a maior recessão que se tem notIcia em tempos modernos.

Pelo menos no Brasil já foi demonstrado que a re-dução da renda real e a duração da recessao já ult.rapassararn de longe qualquer período de crise, mesmo a dos início dos a-nos 30.

O processo de ajustamento externo se constitui ba-sicamente em reencontrar o equilíbrio de nossas contas exter-nas diante de ~~a nova realidade de queda do ingresso de ca-pitais de empréstimo. Tendo esgotado as reservas do país, e afastado a hipótese de uma negociação ampla da dívida -- ou seja, tendo optado pelo pagamento de juros e amortizações con-tratados,às autoridades restou aumentar as exportações e re-duzir as importações de bens e serviços do pais.

(4)

Porém, uma vez recuperada a atividade econômica, as importa-çoes voltam a aumentar.

A atuação direta sobre a Balança de Bens e Servi-ços (não fatores) pode ocorrer através de alterações da taxa de câmbio ou de instrumentos específicos. Estes são tarifas e barreiras n~o tarifárias sobre as importações e os subsi-dios e incentivos às exportações.

Já existe alauma literatura sobre o assunto, po-rêm relativamente pouco foi escrito sobre os efeitos dos sub-sldios creditIcios. Por outro lado, devido a seu efeito di-reto sobre as contas das Autoridades Monetárias consideradas da maior importância no programa de ajustamento da economia brasileira, os subsídios creditlcios tiveram que ser cortados drasticamente no paIs,a fim de se obter os resultados monetá-rios que foram propostos. Deste modo, paradoxalmente no mo-mento em que mais se precisava uumentar as exportações cortou-se um instrumento de seu incentivo, aparentemente importante, em função de metas de ajustamento mais amplos de toda a eco-nomia. O desempenho das exportações incentivadas internamen-te pela maxidesvalorização de fevereiro de 1983 e pela pro-

-pria recessão interna do país tem sido um dos pontos positi-vos do ajustamento da economia. Isto poderia indicar que os novos instrumentos de incentivo foram adequados para substi-tuir o crédito subsidiado, ou que este crédito de toda forma

-nao se constituiu em instrumento eficiente de promoçao as ex-portações.

(5)
(6)

lI. O Uso de Instrumentos Adequados para o Eguilíbrio Externo

O instrumento adequado e específico para a Balança de Bens e Serviços (não fatores) é a taxa de câmbio que enca-rece os bens transacionáveis internacionalmente (importáveis e exportaveis). Isto gera uma queda de importações e aumento das exportações tanto através de substituição do consumo des-tes bens por não transacionaveis como da produção nacional Ampla evidência 2 r avor do uso da taxa de câmbio

é

encontrada

na literatura teórica (vide por exemplo Johnson, H.G. 1965). No Brasil, em parte porque o efeito inflacionário de uma desvalorização pode ser amplificado pela indexação da economia e ainda pior pela "dolarização" de parte do setor financeiro, a taxa de câmbio

é

subutilizada,tendo-se preferido os instrumentos específicos já citados.

Porém, existe também uma desconfiança gerada pelo desconhecimento dos efeitos da taxa de câmbio, em nosso país que se inicia com a crença (contradita por praticamente todos os estudos empíricos corno os de Cardoso e Dornbush(1980) e Bra ga e Markwald (1983» de que a desvalorização afeta pouco as exportações - - estas teriam uma elasticidade preço baixa. De outro lado, devido a indexação, alguns autores defendem (rara-mente por escrito) que nao

é

posslvel realizar uma desvaloriza ção real porque a inflação por ela causada seria igual a

valorização. Este comportamento implica que praticamente

(7)

bra-si1eira - - importações ou exportações representam apenas 8% do PIB e ainda com grande extensão territorial e transportes caros para o exterior. A evidência da maxidesva10rização de

.

fevereiro de 1983 é de exatamente o oposto. Os preços dos bens transacionáveis variaram substancialmente mais do que os dos não transacionáveis o que se pode observar comparando va-riações dos índices de preços por atacado, em que os pesos dos bens transacionaveis são- relativamente mais elevados (matérias primas importadas e combustíveis por exemplo) com variações de Indices de custo de vida em que entram bens tipicamente nao transacionãveis (corno os serviços pessoais e habitação por exemplo) •

No quadro que segue podemos observar as variações da taxa de câmbio (representando os bens transacionáveis), do IPA-DI,com um conteúdo relativamente grande de transacionáveis, e os índices de custo de vida com conteúdo relativamente maior de não transacionáveis.

Nos êois anos anteriores

à

maxidesva10rização de fevereiro de 1983 o maior desvio em relação a variação do IPA

é

de 3,9%, enquanto no ano após a maxi os desvios são todos

.

(8)

QUADRO I

VARIAÇÕES ANl;{\ I_º_!?~ ~REÇO~ E DESVIOS EM RELAÇÃO

A

VARIAÇÃO DO INDICE PC:' "RECOS POR ATACADO DI -, EM %

!ndice Jan 82/Jan 81 Jan 83/Jan 82 Jan 84/Jan 83 Taxa Câmbio I 96,4 (l, 9) 04,8 (0,5) 292,3 (24,2)

IPA

94,6 (0,0) 04,3 (O, O) 235,2 ( 0,0)

IPL-RJ

98,3 (3,9) 05,2 (0,8) 180,3(-23,3)

INPC

93,1 (-1,6) 04,0 (-O, 2) 170,3(-27,6)

Não

é

da alçada deste "trabalho, detalhar este tipo de argumentação, servindo apenas para lembrar que o uso dos instrumentos alternativos raramente se justifica em relação ao uso da taxa de câmbio, tanto em bases teóricas corno empíricas. Cabe ainda dest..a~ar o aspecto discriminatório deste instrumen-tos que podem ~er U L1izados para desenvolver setores, produ-tos ou mesmo firmas ~specificas dentro da economia, o que em certos casos pode até ser desejado. A contrapartida, no en-tanto não deve ser esquecida, já que a concessão de incentivos a determinados setores, aumentando sua exportação, permitirá às autoridades manter a taxa de câmbio sobrevalorizada em re-lação a uma situação de ausência de incentivos. Os setores nao incentivados da exportação serão portanto ainda penaliza-dos por uma remuneração menor de suas vendas externas. Este

é

(9)

Esta atitude das autoridades de manter a taxa de câmbio a nIveis de desvalorização menores possíveis, ou seja de ~justar a taxa de câmbio em função dos instrumentos alterna tivos existentes e não de determinar os incentivos acima de u-ma taxa de câmbio lide equilíbrio" (definido como aquela que as autoridades julgam ser a taxa correta) é facilmente ~

comprova-vel se imaginarr:'()~:; o deficit que surgiria de uma retirada de restriç5es

&

importação e de subsIdios

ã

exportação.

Naturalmente os que nao creem na necessidade de uso mais intensivo da taxa de câmbio dirão que os intrumentos al-ternativos substituem a variação cambial devido aos problemas que ela causa, especificamente a inflação. Parece-nos bastan-te óbvio que tarifas e subsidios provocam o mesmo efeito de elevação de preços de bens transacionáveis, mesmo que através de canais ligeiramente distintos. Se considerarmos a neces-sidade de financiamento dos subsidios, seus efeitos podem ser até maiores sobre a inflação.

Finalmente, ~uilnto u 0tu~~ao sobre importaç5es ou sobre exportaç6es, decorre de modelos de desenvolvimento da economia respe'~t';varr~nte abertos ao comércio ou fechados. A diferença en trc <'" '.es modelos foi bastante discutida na li

te-ratura dos anos 60. Como resultado desta discussão, podemos citar as vantagens do modelo aberto: desenvolvimento de seto-res em que o pais possue reais vantagens comparativas, possi-bilidade de absorção de tecnologia mais avançada e sobretudo menor possibilidade de esgotamento do próprio processo.

(10)

8

abertura financeira da economia, fica ainda rais di ficil se<"TW.r o rrcx'lelo de femarrento do comércio, já CTUC e1es são inCXJrtl!'d.tíveis el al0UnS as:rectos fu~ . darrentais.

Portanto, diante de de~isões de substituir a taxa de câmbio por ins '.rumentos aI ternati vos, os incentivos e sub-srdios a exportação podem ser considerados "second-best" para equacionar o problema externo, enquanto as barreiras às impor-tações seriam um "least best".

Finalmente,dado que se escolha incentivar as cx-portações cabe perguntar qual seria o incentivo mais eficiente.

o

subsidio direto propriamente dito - para exportações de valor 100 o exportador recebe um x do governo- deu lu<?ar a vias

indi-retas de se obter resultados semelhantes, como incentivos fis-cais e creditícios.

(11)

III. Antecedentes na Literatura e Dados

Utilizados

A literatura de subsidias a exportação na qual

es-te trabalho se baseia se inieta cronologicamenes-te com Cardoso,

(1980) que calcula uma série de incentivos, basicamente

fis-cais,as exportações.

Estes subsIdios são incluídos na

variá-vel de preços relativos que Cardoso e Dornbush (1980 a) usam

p~

ra estimar

Ulna

equaçao de oferta de exportações

brasileiras.

Musalem (1981) utiliza a mesma metodologia, porém calcula

os

subsIdios incluindo os de origem creditícia para uma série que

termina em 1978.

Neste trabalho partimos da metodologia de

Musa1em

para calcular os subsídios creditIcios com dados até 1982

e

com algumas substituições que foram necessárias e que

estão

explicadas na sessão de dados.

Porérn,para a estimação dos efeitos dos

subsIdias

sobre as exportações partimos do modelo de equações

simultâ-neas de Goldstein e Khan (19781 que foi adaptado e

estimado

para o Brasil por Braga e Markwald (1983).

Este último

arti-go contém, inclusive , um excelente resumo e avaliação de

vá-rias equações utilizadas para explicar as exportações

brasi-leiras, durante os últimos anos, e as razões para utilizar

o

modelo de Goldstein e Khan.

O modelo foi estimado com dados anuais, para o

pe-ríodo 1959/81.

Todos os valores foram transformados em

Indi-ces, tornando corno base os valores relativos ao ano de

1970

(12)

mo base 1959.

A quantidade d~ manufaturados exportados (X

t ) foi obtida a partir do lndice de quan~l~ das exportaç6es da indGs-tria de transformação publicada pela Conjuntura Econômica e calculada pela Fundaçâo GetGlio Vargas.

o

preço da exportação de manufaturados foi medido pelo Indice de preços de exportação da inàGstria de manufatu-rados, da me~F cl . 1 ' ) 1 i cação.

Os bol~~ins do Banco Central do Brasil foram a

fon-te para a taxa de câmbio nominal média (E

t ).

o

índice de preços por atacado de produtos indus-trializados (oferta global) calculado pela FGV foi o {ndice de preços domSsticos considerado (P~) .

....

Para o preço mundial das exportações de manufatura-dos eram testamanufatura-dos dois índices: o Indice de valor unitário das exportações dos países industrializados publicado pelo

In-ternational Financial Statistics do Fundo Monetário Internaci-onal e o índice de valor unitário das exportações mundiais de manufaturados, publicado pelo Monthly Bulletin of Statistics das Naç6es Unidas.

Não f;.'rnccendo lill1 índice especifico para a renda

mundial, adotou-si2 '::omo proxy o volume das importações

mun-diais, representado pelo índice de quantum das exportações mun diais publicado pelo International FinanciaI Statistics.

(13)

entre o produto efetivo e o produto potencial.

A série do produto potencial foi gerado da seguin-te forma:

y*

t

y*

=

produto potencial y

=

produto efetivo

, sendo

o

indice de subsidios fiscais

5

exportaç~o utiliza-do foi aquele ,,;_·t',2 .entado por Musa1em (1980), com a extensão da série at~ 1981 feita por Braga

e

Markwa1d (1983) que gen-tilmente nos cederam este dado, que infelizmente não foi ainda calculado para 1982, inpedindo a inclusão deste ano na estima-tiva de nossas regressoes.

Os dados de base mon~t~rja, empréstimos totais ao setor privado !!rovém de vários números do Boletim do Banco Cen-traI do Brasil. Os empréstimos totais ao setor privado tem uma descontinuidade em 1972, quando se inicia a série pub1i-cada atualmente. Procuramos, baseados neste ano ajustar pro-porcionalmente o período 1969 a 1971.

O saldo de empréstimos subsidiados a exportação pr~ vém das fontes citadas a seguir e não inclue os adiantamentos de contrato de c3mbio.

(14)

creditícios à exportação é dificultada pela diversidade de li-nhas de crédito oferecidas pelos diferentes agentes para dife-rentes finalidades. Até 1978 os dados relativos às diferentes linhas de crédito subsidiadas eram regularmente publicadas pe-lo Relatório da CACEX. A partir de 1979, entretanto, tais in-formações deixaram de ser publicadas regularmente. O traba-lho de pesquisa só pode prosseguir graças ao Banco Central e ao Banco do Brasil que sentilmente cederam as séries de taxas de juros e saldos de cada linha. Entretanto, a apresentação

dos balancet~s da Finex, dos quais foram retirados os saldos

de suas linhas J~ crédito, difere daquela do Relatório da CA-CEX, de 1978. Finalmente, no relatório do Banco Central de 1980 encontramos um quadro global de saldos de crédito das au-toridades monetárias ao setor exportador que difere um pouco das duas fontes acima. Tal fato agravado por várias mudanças de resoluç6es que disciplinam o cr~dito ao setor exportador di ficultou a identificação e a consolidação de algumas linhas de crédito de menor import5nria, ?0~endo, daI, surgir alguma e-ventual impropriedade.

A metodologia utilizada foi basicamente aquela su-gerida por Musalem. Entretanto, Musalem utilizando dados in-completos para 1978, considera as taxas de juros vi~orantes

neste ano como constantes, o que, nao e verdadeiro. As taxas das várias linha~, de: crédi to variaram substancialmente ao lon-go dos anos. Este trabalho procurou estimar o subsídio implI-cito considerando as taxas vigorantes em cada ano e se~~_

apresentação dos balancetes do Finex.

(15)

-F(.JY',';",) considerados separadamente os empréstimos

in-ternos em cru?c j J ',s e em dólares. Em todos os casos

conside-rou-se um prazo padrão de um ano para os empréstimos, bem co-mo foi preciso impor expectativas'racionais dos agentes eco-nômicos em relação

ã

taxa de desconto esperada e a taxa espe-rada de desvalorização cambial.

i

i

m

=

=

=

Financiamentos domésticos em cruzeiros

Considera-se o subsídio absoluto corno dado por:

taxa de juros cobrada dia das taxas mensais

( i - i)

m

1 + i

m

em cada durante

, onde

linha de o ano); taxa aI tcr'1C1tiva de mercado;

valor de t ~1C;' do crédito em cruzeiros, dia do saldo do ano e do ano anterior.

financiamento

calculada T)ela (mé

me

A taxa de mercado considerada corno alternativa ao tomador de empréstimo foi a inflação, medida pelo IGP-DI, mais 10%. Tal taxa pressupõe expectativas racionais dos banqueiros mais "spread". Note-se também que a taxa de juros utilizadas por Musalem, taxa de letras de câmbio -- 360 dias deixou de ser publicada pelo Banco Central em 81, o que impede sua utili zação em trabalhos futuros. Existem taxas mais adequadas como o custo do capital de empréstimo junto de bancos de comerciais ou de investimento publicadas pela revista "SUMA Econômicalt,p~

(16)

14

QUADRO 11

TAXAS DE JUROS ~LTERNATIVAS (% AO MtS)

---_._._--Ano 1968 69 1970 71 72 73 74 75 76 77 78 79 1980 81 82 83 Fontes: !ndice Preços 10% (média)

Geral de - DI +

( 1) 2,56 2,86 2,16 2,18 1,93 1,91 3,12 2,81 3,79 3,37 3,48 5,36 6,80 6,17 6,37 10,21

Custo do Capital ao Hutuário de Financeira (2)

(média) 3,80 3,62 3,69 3,64 3,38 3,12 3,30 3,11 4,29 4,38 4,85 4,99 5,63 8,84 N.D N.D

(1) Conjuntura Econômica - vários

Remuneração do Capital Bancos Comer Bancos de Inves ciais (3) timento (3)

(Dez ao ano) (Dez ao ano)

4,30 4,50

4,50 4,60

4,90 4,92

6,97 6,65

8,30 8,00

12,00 9,40

10,02 10,02

números

(2) Boletim do Banco Central do Brasil. Vol. 18, n9 11, Nov. 82

-

dados para Brasil Total

( 3) Suma Econômica Vol. 5 n9 5, maio 84

(17)

em alguns anos fazem com que mesmo estas taxas de juros nao traduzam fielmente as variações do que seria a taxa alternati-va de mercado. As taxas citadas encontram-se no Quadro 11, para comparaçao.

o

procedimento descrito acima foi aplicado

à

li-nhas de crédito oferecida pelo Banco Central,

à

linha 14-11 do Banco do Brasil, ao Proex e a todas as: linhas do Finex, com excessao da linha destinada a exportação de produtos manufatu-rados.

Flnanciamentos domésticos em dólares

Este processo se caracteriza por contratação em dólares convertidas em cruzeiros

à

taxa de câmbio do dia.

lO EO

~

i I

=

=

=

=

o

subsIdio é dado por:

valor de face taxa de câmbio taxa anual de taxa de juros

arnento~

do

(1 + 6)(1 + i l )

1

+

i

m

, onde:

financiamento em dólares;

da data úc contratação do empréstimo; valorização cambial;

anual cobrada nesta modalidade de financi

=

taxa de juros externa alternativa para o tomador considerouse a LIBOR média anual fornecida pelo Interna -tional FinanciaI Statistics.

(18)

Ap5s calculados os subsídios implíticos em cada

linha de crédito procedeu-se a 3g~egação, com o fim de obter o

montante total de subsIdias anual.

Todos os subsídios calculados foram colocados na

forma:

1T -- sub-calculado

va lo r e-x-p-o-r-taçao de m-,

-a"'::n-u-f=-a-t-u-r-a-d-=-o-s-Uma vez calculada a série dos TIS, tomou-se o ano

de 1959 corno base e construiu-se o índice. Os subsídios

cre-ditícios só foram calculados a partir de 1970 tornando-se os

de Musalem ajustados para a taxa de juros de mercado diferente,

para o período 1969-70.

No quadro I I I encontram-se os saldos das diversas li

nhas de crédi tos acompiJnh:tdos de sua re specti va taxa de juros,

da taxa de juros de mercado e finalmente o subsídio total em

cruzeiros, para os anos tie 10~~ d l3b2, para os quais dispusemos

de dados.

O subsídio creditício total, somatório dos subsídios

em cruzeiros das várias linhas de crédito.encontr~l-se no Qua

(19)

REFINANCIAI>1ENTO A MANUFA'ftJRl,DOS EXPORTÁVEIS (PRODUÇÃO) RES. n9 674 (*)

anil im !;,aldCl

'197'1 ;.~ .. (J rl 29.50 5~!OOOO 1972

.. , r

[J ~:!~j"80

98",000 '1973 t J " _ . ! ~~5. 50 "1293000 '1974 H .. Uu ',4.60 20/t~!000

'1975 H.OO 39.40 594'1000

1976 8.00 ~i6. 20 ""1368000 '1977 8.00 't8.80 '18El2~:000

'1978 8.00 50.80 26360000

1979 8.00 87 .~w 't ~! (J '1

o o o o

'1980 22.73 '1 ~?(). ~w 7/t2/t5000 'i <,;'81 ·'tO.OO HJ5. ~!O ~?~i9 770000

'198~~ 40.00 '109.70 "; 6 02 9 8

o () o

Fonte: Banco Central do Brasil

subsidio

43'166 'I Cló403 '158754 42;W64 899089 2670594 4 '138951 64'11769 '14462884 ~:!5729733 49807373 '1'16344'157

(*) IDe lui Fe f j nanciamento é: Bancos COr.!erciais de

Dcsenvolvi~ento e de Investimento

REFINANCIAt,1EN'l'O A !v1ANU,FA'.i;U!;P.DO~ EXPORTÁVEIS (COMERCIALIZ~~KO) PESo n9 330/643 (*)

i.{no im !:,,", 1 do subsidio

1971 B.De 29.~0 '141000 '1 '1 7 O 1'.

'1972 8.00 ?5.!30 '14"1000 19950

'1973 8.00 ~!5. ~O 23[JOfJO 25866

'1974 8.00 '.4.60 3'1/000 69226

'1975 8.00 39. /,0 It 5/000 87172

'1976 8.00 56.20 't78000 '1 ';4260 1977 8.00 'tl3.80 6 /,0000 153274

1978 El.OO 50.ElO 777000 201086

'1979 8.00 87.20 '1377000 455653

1980 ~"'2. 73 '120. ~!O 304HJOO 977798 1<781 /tO.

no

10::J.~"'0 2'1230000 3855919 -19B2 "tO.OO '1 ()'t .70 74812000 '15961200

Fonte: Boletim do Banco Central do Brasil

( * )

Inclui Hefinilnciamento a Bancos Comerciais

Desenvol vimen t:o e de Investimento

(20)

FINANCIAI\1EN'rc,s ., EXPORTAÇÃO EM CONSIGNAr.ÃO (FINEX)

ar! o Im '"a 1 do sub!.:;idío

'197'1 1/.60 ~! 9.50 '1,,54 8a

"1972 '17.60 2~j. 80 '1 ~67 98 '1973 '17" 60 ~~5.~jD "1',(/2 96 '1974 '16. ElO .(,4.60 :3 O Ó ;,~ ',37

1975 16.08 39.',0 3195 505

'1976 '16.80 56. ~?O 65'.7 '1 ;;'~28

'1977 '16.80 1,8.80 33'1~? -1068

'1978 '12.00 ~jO. 80 93(J~?9 "12520 '1979 'i :~ • () O 87. ~!O EI',997 3!://,60 '1980 30.00 'i ~:O. ~W 13~: 8'10 4.1'.609 '198'1 60.00 'i 05 ft ~!.O 3397'16 5~?0'12

'1982 60.00 1(19. lO ~)85~~69 7 ',062

FINANCIAt ... 1ENTOS A PROHOÇÃO COMERCIAL NO EXTERIOR (FINEX)

anD Im saldo ::;llb!;;idIO

'197'1 '15.00 29. ;jO ~!2/t/t '16'1 '1972 15.()0 ~~~j. 80 6 /,72 ~17 4 1973 '15.00 ~~ 5 • ~)O 113'.56 "I (J 'I~:

'197 I, '15. DO ',1,.60 lU/OU ~2992

'1975 "15.00 :39. fIO ~U!32 'li B6

'1976 '15.00 56. ~~O 1,26B 929

'1977 '12.00 1,8.80 ~~5~U,0 :16 /,8 1978 '12. no ~jO. 80 22'101 6090 1979 12.00 87 .~W 1'1079 666 /t

(21)

LINHA 14-11

ano im 'si:.dclo subsidio

-197-1 -12.00 ~~ 9. ~_)Q 1Uó243 21-18', -1972 12.00 25.80 ~! (-J9 8 21 261-1'1 1913 -12.00 ;'!~j. 50 '.196B3 38-160 -1974 -1~? 00 ',",.60 6 ~l~~ ~~

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PROEX

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1974 D.UD 1,.ft .60 li U

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'1976 ~ .. (:t-} ~.'.i6. ~~O [l3:~OOO 12883'1

1911 ~.~ • !, ; '-j ",8.80 -1 ~~500(JD ~!99556

1978 h .. ; 1;-, :'i0.80 -1880000 1,58368 -1919 8 .. ::1U 87.20 ;!43'tOOO 9'1~~~;76

-1980 ~:2.50 1 ~!O. ;!O 5D18000 16~)3179

(22)

.< no'

1 (f /1

'1 "17.2

1(/ /:3 'I Cf 7·.

'19/~j '1976 1977 '1978 '1979 'n~130 198'1

'j r; fi ~~

FINANCIAMENTOS À EXPOR'fArÃO DE PPODUTOS ~1A.1\lUFATURADOS (FINEX)

eies c ,'\;' ti ta:,; efet im saldo subsidiD

8.00 'H.53 ~~3. 69 29 • ~.'iO "I (18506 390~51 é'.6 8.00 '10.98 '19.86 2~5.00 49'.-172 1076057'5 7.50 0.65 8"~W ;!5.50 5993"18 8'.08'.a'l 7.50 2 '1 .3'1 29.33 44.60 1008823 '189:30~j63

7.50 '12.65 2'1 .'10 39. 'tO 2-,563:-J5 6"19:36.'.87 7.25 36.B6 't6.78 ~j6 • ~:O -,', 9 ~15 8 '1 1 It~?:330"1:19

7 • ~~5 ;3U.75 4(J. ~~3 'tO.80 799:1664 34/764:352 7 ., .. -.. l" .. ;J 3'1. '16 '.0.67 ~:;o. 80 '1536~W05 62 '1 ~19 3 '1 O~?

7 • c_u '1<7 '10' •• 67

'1'19.51 87 • ~~O 3'186342'1 255'19'.-1387

7~75 54.76 66.73 lZ.!O.;!O 777()22~~6 1235tl3 '1 ~!85

7.75 96." O '1" '1 • :3 O 105.20 '1 'f68866;~6 '1 idO

9" " ,'1./ 1 '17 • D8 10';.70 ~!5'1 ~'1 ;!6~,)3 ?e'10

FINANCIN--lENTOS A VENDAS DE ESTUDOS E PROJETOS 'r~CNICO-ECONÓ~nCOS E DE ENGENHARIA (FINEX)

ano

197'1 0.00 '1972 0.00 '1973 0.00

'1974 0.00

'15-'75 0.00

'1976 '12.00 '1977 12.00 '1978 '12.00 1979 13.00 '1980 30.00 1981 60.00 1982 60.00

im ~:;aldCl SlJbsidlo

29. ~jQ O O

25.80 O O

25.50 O O

4' •• 60 O O

39. 'ta

o

o

56.20 5~~23 738

48.80 5~~23 '129'1

~jO. 80 '1 '.'.079 "19~W7

87 • ~?O 2 It 76', 't5 519345 1 ;!O. 20 64~~9006 '182~W~9

10~.20 lb-,34340 ~?510087

'109.70 ~'.0·18964 ',793822

tlJi'u.,\t,;AO GETULlO VARGAS

(23)

E DE ENGENHARIA (FINEX)

ano IIll ~;t.~ 1 do subsidio

'1 <77'\ , .00 29. :50 O O

'197~! '_, • (j O 25.80 O O

'1973 0.00 ~~~) .. 5(J O O

1974 0.00 '.',.60 O O

'1975 0.00 39.40 O O

'1976 0.00 ~j6. ~w () O

'1977 12.00 't8.80 ;:!538't 3'138 'í978 12.00 ~)() • 8 () 7536 't~23~5

'1979 '1

:1.

00 87. :;0 ~~ 3 'f40 6'138

1980 :30.00 '1 ~!O. ~W 1 ~""t80 lJ56 '1981 60.00 1 (J 5 • ;:0 '1 '16',7 2657 1982 6fj • DO H19.70 ~596~_)63 7207';

FINANCIi\ ... ~EN'rO PAPA INVESTHíLNTOS VINCULADOS A A'I'IVIDADES DE EXPORTAÇÃO (FINEX)

;·\no i rI! ~~a 1 do !sljb~~ i di D

'1971 0.00 29.50 O O

'1972 0.00 25.80 [) O

1973 0.00 ;~5. 50 O ()

197

'I

0.00 ',4.60 ~:O5 ',3

1975 0.00 39.

,,O

3'10 84

'1976 0.00 56. ;!o '159 84

'1977 1 :3 • 20 '.8.80 896;~2 '10739 '1978 '12.25 50.í30 '186'178 3 r-'1,., '1

J~._ dL.

1979 1~J.~iD Si'. ;W ~!19157 776~:'t

(24)

FINANCIA..tqENTOS 'A COMERCIAL 1 Zl' ... r.ÃO DE PRODUTOS ~1ANUFATURADOS PARA EXPORTA\-ÃO

arlo Im ~:; Cl. 1 d

(J ':; 11 t 5 j d i a

'197'1 '10.00 ;29.~:iO /,{;OO '1182 '1972 in.DO ~2~~. 80 1 ~51 (lO 1 ~231 "1973

.

~~

n

25.50 34:300 ;?<:;5~?

1974 d ',4.60 ;?36;WO 3D'í 92

"1975 , , O 39~'fO

9 O~! ~2 ClCJ 1'1"1880 '1976 1 ~) • (! O ~,:,6. 20 23'14:30Cl .',55087

'1977 I'i

.uo

48"BO 4'1876(J0 8~2~'i846

'1978 8.UO 50.BO ',371000 1 ~! '1 ~j ~:; " 2

1979 8.83 87 .. ;W ~jl07nU(J

~:! 'I 'I lDOS

1980 ;~;;! • ~}O 'I ~? O • ;:! () 11 ()'1 ::)UIJO 38 .it~!'11 2

'198'1 ',0.00 -HJ~j. ;JO .{,7S'57~j'd 9 'té'j :3 7 Ii 5

"1982 ',0.00 I (F'. 70 ,'\ . - r

.-i,: (J(JO /, S' D ~! 51 2 9

, . ..: .. ~ /

_.

0",..,"'0 u",r,: 1"n","",ll11-:',I~\rTL"·l)·.':,1\D'

o ....

r p1\!-?"., E;'(PORTArAO

FINANCIAJ.1ENTOS PARI ... PRO 'U-.h. _ ;.1", _ • " " "" _ J~_ r

(FINEX)

ano 1111

!:'

,i

1 ti o suhsidio

'197'1 (J.DO ;?9.50 O !)

'11172

0.00 ;!~j. tiO () O

1973 U "DO ~.! 5 .. ~j D ()

O 11

17 " i, ' JO /t4.60 i ;".;10 1 :? '7 ",

'1975 : :" • [J O 39"',0 ~:;? 7 H20

~:~ '1 O ~~ ~

-1976 ?! J. O[J 56.20 39'1620

8'1693 1977 '1;,1.00 '113.80 163930

68697

1978 '12.00 ~:ID.BO 66930 ;!9699

'1979 12.00 87. ;20

:-l/Iono

~~rJ~~72

1980 30.00 1~?O.~:0 6DUOO "i 9252

'198'1 60.00 '1 O~J. ;:0 O 660B '1982 60.00 109.70

(25)

Ano

1971 1972 1973 1974 1975 1976 1977 1978 1979 1980 1981 1982

AO PROG~~ ESPECIAL DE INCENTIVO Â EXPORTAÇÃO

i des camb lilx>r saldo

8.00 14.53 8.52 0.24287 O

8.00 10.98 7.46 0.19259 O

7.50 0.65 11.24 0.11963 O

7.50 21.31 13.01 0.37092 O

7.50 12.65 8.99 0.7.2777 O

7.25 36.86 7.58 0.47233 9081

7.25 30.75 8.00 0.41210 39929

7.25 31.16 10.73 0.45233 405095

7.25 104.67 13.96 1. 33241 1550837

7.75 54.76 16.36 0.80078 1161826

7.75 96.10 18.51 1. 32398 760249

9.25 98.70 15.11 1.28723 433249

subsidio

O

O

O

O

O

(26)

Dimensão e Efeito dos Subsídios Creditícios na Economia Brasileira

Antes de proceder a uma estimativa do efeito dos sub-sidios' crcditlcios sobre ~ .xportaç~o, procurou-se, nesta sess~o,

compará-los e a sua evolução, com alguns parâmetros da brasileira.

economia

Uma avaliaç~o dos subsIdias no Brasil em 1977, feita pelo Instituto Brasileiro de Economia da FGV chegou as seguintes cifras-resumo:

Principais Subsidios em 1977 (Cr$ bilhões)

Subsidios Cr.··(c1;:~·'·ios - Setor A9r~c~la

- Manufaturados Export5veis - Outros

- Total

SubsIdios Fiscais - Exportações - Outros

- Total

Total de Subsidios Componentes em % a

- Receita do Tesouro

- Aumento (]:1 Base r·1onelária Produto I ' : L ' no Liquido

48

6

28 82

11

28

39

121

50% 215%

6%

(27)

mados, porque o crédito a exportação concedido pelo Banco do Bra-sil está incluído em outros créditos.

Com rclnç30 aos outros subsidias a exportação, Musa-lem calculou as .-:\j 'ntes taxas (%) de promoção à exportação de manufaturados em 1977:

Isenções Fiscais 31,2

Incentivos Fiscais 23,9 Subsídios Creditícios 12,3

Draw-Back 4,4

'fO'rAL 71,5

Os subsídios creditlcios, escolhidos como terna deste

-trabalho, embora representem Qma taxa de promoçao menor que OS de

origem fiscal, foram os que apresentaram maior crescimento em 75/78 e provavelmente não receberam maior atenção individualizada na literatura ccon6mica.

Inicia18cnte comparamos o total de ompr~stimos subsi-diados que lcv,1DLd ,',~. com a base WOm.:t..';r ia I JZl que e~tes emprésti

mos, quando gerados através de redescontos especiais aos bancos ou através de empréstimos diretos pelas Autoridades Monetárias

-(Banco do Brasil) aos exportadores aumentam a base. A excessao se ria quando recursos da União, provenientes basicamente de impos-tos, fossem deslocados para as Autoridades com o fim especifico de cobrir tais empr&stimos.

Ambas as hipóteses se encontram no QuadrolV onde se pode verificar que os saldos de empr~stirnos subsidiados

à

export~

(28)

A.'lOS Saldo dOs flnprestinos Subsidiados

1970 233

1971 1024

1972 1933

; r ) " " } "

J.:7,'.) 2596

1974 4263

1975 11343 1976 21526 1977 36393 1978 53506 1979 94389 1980 192486 1981 511973 1982 1130257

lillOS Saldo dos

Emprestim:Js Subsidiados

_._~---1~J71 791

1972 909

1(173 663

1974 1667 1975 7080 1976 10183

1977 14867

1978 17113

1979 40883

1980 98097 1981 319487 1982 618284

VOLUME DE CHf:DITO SUBSíDIO, BASE MONETÂRIA E RECEITA TRIBUTÁRIA

Cr$ milhões

Subs leU os Sase Elnprest im:Js Receita Rec . Tr ibut. IrrpHdtos I-bnetária /Base % Tributária /Subsidios

em%

---~---. -- ~-

-17162 1.36

74 23392 4.38

145 27724 6.97 232 40776 6.37 646 54202 7.87

1298 73934 15.34 88687 1.46

3927 110752 19.44 149088 2.63

6159 166863 21.81 210990 2.92

9650 241823 22.13 309605 3.12

21928 445853 21.17 445100 4.93

41738 699475 27.52 958208 4.36

85141 1188137 43.09 1837315 4.63 222824 2219311 50.93 3629553 6.14

VARIl\CÕF:S

..

subsIdios Base A Errprétinns Receita /:, Rec. Tri!Jut. Impllci t-_i)S tbnclr:rr ia //~ B,:tse em % Tributária /6Subsidios

em%

- -

-. -_.-

----74 6230 12.70 71 4332 20.98 87 13052 5.80 414 13426 12.42 652 19732 35.08

2629 36818 27.66 60401 4.35

2232 56111 26.30 61902 3.61

3491 74960 22.83 98615 3.54

12278 204030 20.04 135495 9.06

19810 253622 38.68 513108 3.86

43403 488662 65.38 879107 4.94

(29)

uti 1 i z ando as va r i i)ç'OeS dos saldos de en:préstimos

sub--sidiados pode-se calcular a contlihuiç~o destes empréstimos pura

o aumento da base monetiír-:ia. r.:sta contribuição v3ria de um mlnlmo

.

.

de 5%,

em

1973, tI um má.:n .. mo de 65'1:, em 1981.

Po~criilm05 imaginar que AO inv~s de empréstimos

subsi-diados, o governo cuncedessc o subsIdio implIcito, de forma direta

aos exportadores. Nc:te caso, a parcela de receita tributãria a ser

arrecadada adjciona]~ente encontra-se na G1tima coluna do QuadrolV.

Da necessidade de um aumento de 1,5% dos impostos, chegar-se-ia a

um aumento superior a 6% em 1982, cujo efeito multiplicador

reduzi-ria consideravelmente a r0nda do paIs.

No ca~o brasileiro com seus deficits governamentais e

inflação crescente p~rcce mais re,,:dista supor que o financiamento

dos empr6stimos subsidiados tenha sido feito via cxpans~o da base.

Embora,a terceira forma de fin~ncidmcnto, que seria a emiss~o de

tltulos públicos, ou seja, atravL's de: expdnsão da dívida interna,

-nao possa ser descartada.

Com uma s6rie de hip6tescs altamente simplificadas pr~

curamos estimar a influ~ncia que o crEdito subsidiado poderia ter

sobre os preços :1(),'_; ·:~c< emos rlo 1972 a 1981.

SUI:~ê;~;- :;, que o crédito subsidiado foi int.egralmente

fl:

nanciado via aumento da base mcnetãria. Pelas fontes, a base

pode-ria então ser dividida em crédito subsidiado a exportaç~o S e

ou-tros O.

(a) B =: S + O

Da relacão entre aBase Monetária, o multiplicador

.

m,

e os meios de Pagamento M (definidos como MI ' temos

(30)

-cquaç<:lo quantitativa da moeda, onde k e o 1n verso da veloct;,!,· '-"nda da moeda, Y a renda real e p o nIvel de preços:

(c) 1-1 ;= k P Y

Substituindo B de (a) em (b) e M resultante em (c)

P2

demos obter

(d) S + O

=

(k . Y/m) P

Todos os valores acima podem ser substituidos pelos seus valores ocorridos. Porém como nos interessa estimar urna taxa

-Ps' de crescimento de preços que potencialmente tem sua origem na expansao dos empréstimos subsidiados ~ exportaç~o dividimos P em

{Ps' Po} ou seja preços decorrentes de aumento do crédito a expo~

tação e outros. Substituindo em (d) e colocando em forma de taxas de crescimento I L L',; ÍC-:;r:ilS com - obtemos, cientes de uma aproxima

-çao indevida pc'i:; trabalhamos cem varlaçoes infinitesimais

-(e) S/B S + O/B O ~ (k. Y/m) P + P

o s

Finalmente utiliz~mos Wla hip6tcse simplista de que a parcela de crescimento da base representada pelos empréstimos a

exportaç~o cujo efeito potencial sobre preços se deseja calcular, representa wn crescimento marginal, e na economia brasileira 1n-tegralmcnte inflacionário de base. Esta hipótese permite igualar o crescimento da base devido aos empr~stimos n exportaç~o S/B. S,ao crescimento dos preços, P

(31)

-O/B. 0= -(k. Y/m) Po

Substituindo-se os valoFes de 1971/1~81 na primeira ex

-pressao obtemos P s

=

2184,29% ou seja uma taxa anual de 36% ao ano contra uma taxa média total de inflaç~o de 48%, efetivamente ocor-rida.

(32)

o

Modelo Utilizado como Rase das Estimativas

---~_ ..

_--_._---~---Utiliza~os o modelo de ~quilrbrjo de Coldstçir e

Khan (1978) conforme adaptado por àraga e Markwald (1983) para estimar os efe; :-os do crédi to subsidiado sobre as exportações. Este modelo confor~e destacam os autores "sup6e que o processo de ajustamento de quantidades e preços a seus valores de equi-librio se completa durante a unidade de tempo de observação" , provavelmente mais adequado para o prazo de I ano que utiliza-mos.

-Reproduzimos a esuaçao utjlizada pelos autores aci-ma citados para respectivamente a oferta de exportações e de-manda por exportações:

PX t· E t . ( 1 + s

1

---~-_._-

I

I

Pt ! I

onde:

X~

=

quantidade de cxportaç6es ofertada; PXt

=

preço das c:--:j:.crtações (em dólares) ; Et

=

taxa de câmbio Cr$/US$i

(1+5 )= índice de incentivos fiscais;

t

Pt = indice de preços domésticos; e

Ut

=

Indice de utilização de capacidade.

( l' )

(33)

das exportações, levando os exportadores a aumentar suas ven-das externas.

A variâvel utilizaç~o d~ capacidade (U

t ) procura captar a infl1j·::;ncia do comportamento cíclico da demanda inter-na sobre a declf3~ ~e exportar: quanto menor esta demanda, re-fletida num baixo nível de atividade doméstica, maior seria o estímulo ao redirecionamento das vendas para o mercado

ex-terno.

Devido à especificação logarítmica, as elasticida-des-preço e com respeito

à

utilização de capacidade sao dadas diretamente por 01

e

D

2" A expectatj.va

é

de que

aI

>

O

e C1

2

<.

O.

Por sua vez, a demanda de exportações pode ser es-pecificada como:

onde:

10g Xd

=

a + D 10g

t

Pa

1'1

I

PX

I

t '

1----1

I PXI-l

t I

+ B

2 log YWt

Xd = quantidade d'! exportações demandada; t

PX

t

=

preço das exportações {em dólares}; PXW

t

=

preço mundial das exportações (em dólares); YW

t - renda mundial.

(B)

e

(34)

tivemos que nos contentar com o método de variáveis instru-mentais do programa ESP.

Para comparaç~o estimamos a mesma equaçao de Braaa e Markwald e apresentamos <:tmbas a seguir.

Egua~ão de Oferta Braga e Markwald (1) log X

t

=

-6,4566

+

2,1911 log (-7,30)d (12,62)a Nossa estimativa

(-9,62) (l2,09}

Equação de Demanda Braga e Markwalà

( 3). 10g PX

=

-1,4680

-

0,1581 log

t

(4,48)a ( l , 86) b R2 - 0,9852 Nossa estimativa

(4)log PX= -0,770590

-

0,091515 100 t

(-0,931 (-0,42)

As duas estimativas nao

-X t X t

-sao todo de estimação c diferente e também

+

+

-1,1902 log U t

(l,67)c

(-1,88)

0,4974 log YW

t

+

100 PXW (3,24)a

M.S.E.

=

1,4616

0,260975 log YW t (-0,64)

comparáveis Ja que o me

.

-o dad-o de subsídi-os cre diticios. Pode-se porém notar que os sinais são iguais e uma grande semelhança dos valores dos resultados.

Em nossa estimativa a equaçao de demanda apresenta resultados inferiores tanto no que tange as estatísticas t de

(35)

2

Student (entre parenteses) como no que se refere ao R de 2

0,3064 comparado ao R de 0,8695 da equação de oferta. Os

2 - _ _ _

(36)

Estimativas dos Efeitos dos Subsídios Creditícios sobre a Exportação

Nos trabalhos anteriores a variável preços das equ~

çoes de oferta de exportações tem sido construída através de combinações diversas entre a taxa de cambio nominal ~, o ín-dice de preços dcméstico P, o ínín-dice de preços das

çoes PX e finalmente a taxa de subsídios s.

exporta-Para separar o efeito dos subsídios creditícios sub dividimos a variável preço.

Utilizamos PX.E. (1 + sl)/P e (1 + n) onde sI e a taxa de subsídio não creditício e n a taxa de subsídio cre-ditício forma que (1 + SI) ( l + 11)

=

(1 + s) onde s e a taxa de subsídio total. Para a taxa de subsídio não creditícios sl utilizamos a série calculada pelos .:lutares já citados, que nos foi fornecida gentilmente por Hc]son Braga. n, e a taxa de subsídio creditício calculado neste trabalho. A utiliza-ção destas vari5veis na c~ti~~~~c da oferta de exportações se encontra na equação (4) do Quadro VI Dados os resul-tados insatisfacórios, analizados a seguir, procuramos os mo-ti vos que levar} ,,':; 1f a não representar satisfatoriamente o

subsídio creditício.

(37)

que esta receita seja o único efeito do crédito subsidiado para o exportador, que teria a sua disposição ·um mercado de capi tais i-";erfei tan1t:nte competi ti vo, o que sign1 fica acesso irrestrito a crédito, dadas as taxas de juros vigentes.

Para incluir variáveis que possam representar efei-tos diferentes do crédito subsidiado sobre a exportação par-timos de dois tipos de argumentos teóricos:

1) o mercado de crédito foi submetido no período em questão a racionamento dos montantes concedidos, tabelamento de juros, discriminação entre tomadores (pequenos e médios ver sus grandes, nacionais versus multinacionais e estatais) a-lém das imperfeições normalmente encontradas nestes mercados

(grandes tomadores frequentemente tem maior acesso ao merca-do de crédito) ;

2) alguns autores tem sug~ri do a lnc J usão da q'...Ian-·

tidade real Je moeda na função de produção agregada (vide Shaw, ES (1973, p2(j. 36 e 37) sugerindo que esta variável tem outro efeito além do efeito indireto baixar a taxa de juros e aumentar o investimento e portanto o capital.

Acredi tamos que na realidade

é

a disp:mibilidade de

cré-dito que faz aurentar a produção - rXJssibilitando un custo nenor de esto-cagem inclusive

re

produtos acabados. A rroeda representa una. "proxy"

pa-~di d . t-.:L-.. (1)

ra o cre to a ecoronua caro um VUJ.

(1) Na realidaoo para um Sistema ;'bnetário simplificacb M:>eda

= crédito

-Base, rorro rerronstrado Em Dxnbush e Fischer (1981) e haverrlo UI'Ta

(38)

Neste trabalho, tendo acesso aos dados de crédito podemos utilizá-los diretamente.

36

A imperfeição do mercado de crédito, portanto, por si só sugere que o valor do crédlto concedido a um determina-do setor deve ser uma das determinantes de sua produção, bem como o preço (juros) a que este crédito

é

concedido, argumen-to este reforçado pelos trabalhos macroeconômicos citados.

A variável utilizada como taxa de subsídio nos tra-balhos anteriore5.. chamada de TI é:

SUX

=

Subsídio Créditício a Exportação em Cr$ x 100 Exportações de Produtos Industrializados em Cr$ Construímos duas variáveis adicionais para uma ex-pansao alternativa dos efeitos do crédito subsidiado:

EMP

=

Vollli~e_fte Crédito Subsidiado à Exportação x 100 Volume de Crédito ao Setor Privado

que representa a fração (%) de crédito alocada especificamen-te ao setor exportador - esta ~~~ç5o se refere apenas ao cré-dito subsidiado, já que parte do crécré-dito normal provavelmente se destina a empresas exportadoras, e não foi incluido.

SEX

=

Subsídio Creditício a Exportação em Cr$ x 100 Volume de Crédito Subsidiado

à

Exportação em Cr$ seria a taxa de J \;;:'os subsidiados média, ou seja o montante de subsídio por cada cruzeiro de crédito subsidiado.

(39)

represen-VARIÂVEIS EXPLICATIVAS DO EFEITO DO CR~DITO SUBSIDIADO SOBRE A EXPORTAÇÃO -

%~*)

ANO- TSUX TSEX 'rEMP TCRX

1971 1,71 7,27 1,82 23,61

1972 1,88 7,52 2,37 25,09

1973 1,88 8,94 2,17 21,10

1974 2,99 15,16 2,25 19,74

1975 4,65 11,44 3,82 40,64

1976 10,17 18,24 4,67 55,74

1977 8,91 16,92 5,24 52,68

1978 8,20 18,04 5,20 45,50

1979 9,58 23,23 5,45 41,25

1980 6,94 21,68 6,53 32,03

1981 ç ~

..

, , , ....

9,14 39,15

~- , _ ., ....

-'- - i - -'

1982 LO .. t:íS 19,71 10,72 54 ,06

(40)

tando i uma das três variáveis acima descritas, chamamos (l+i) de I i de modo que ISUX, IEMP e ISEX sao as variáveis utili-zadas nas equaç6es. e aparecem no Quadro V.

Os resultados da inclusão destas variáveis se en-contram no Quadro VI nas equações (5) a (7).

A variável ISUX na equação 4, que resultou da sim-pIes separaçao do efeito do slIDsídio creditício da variável preço utilizada nos trabalhos anteriores, aparece com sinal trocado ao que se esperava e com a estatística t de Student indicando nao ser estatisticamente significativa.

a variável IEMP, da equação (5) aparece com o sinal espeLldo '~',-,r a estatística t de Student indicando ser significativa ,lO nível de 10%.

A variável ISEX, a taxa de subsídio dos juros, tam-bém apresenta sinal esperado e significativa ao nível de 10%. Finalmente a inclusão simultânea de ISEX e IEMP (já

que representam a taxa de juros sW1sidiado e o volume de cré-dito, portanto duas facetas distintas do crédito subsidiado apresentou resultados semelhantes aos dos obtidos com a inclusão independente de cada variável, ou seja sinais corre-tos e grau de significância de 10%. Tornando-se o R das 2

e-quações (5) (6) e (7) pode-se verificar que a contribuição marginal de ISEX e IEHP para explicar X é de respectivamente

2 e 4%.

(41)

de isolar também o efeito da taxa de câmbio na equaçao. Des-ta forma a variável PX.E (1 + sl)/P foi dividida em três PX/P, E, (I + sI) e recstimClmos as equações

ma.

apresentadas

aci-Inicialmente recstirnamos a equaçao com todos os sub sídios englobados na variável (1 + s) em (8). A comparaçao entre (1) e (8) indica, como seria de esperar, um aumento do R2,já que existem mais variáveis explicativas na segunda e-quação que ;lpr'2c:c'X:;r:j.'> sinal correto e significância acima de 10% para todas ~~ variáveis resultantes da desagregação da variável preço. No entanto o coeficiente da variável U tor-nou-se não si0nificativo estatisticamente.

Novamente, ao separar os subsídio creditícios a ex-portação dos outros subsídios, na equação (9), encontramos si nal invertido em relaç50 ao esperado e o coeficiente da va-riável ISUX cstatistic~m~ntc s50 si~nificante, como já havia ocorrido na equação (4).

A inclusão de IEt·tp e ISEX como variáveis alternati-vas para representar o efeito do subsídio creditício nas equ~ ções 10 e 11 também repetiu o padrão das equações 5 e 6, is-to é, apresentaram o sinal esperado, embora a segunda variá-vel não ten..'1a apresentado nívariá-vel de significância.

Finalmente, colocando ambas variáveis na (12) repetiu-se o padrão da equação (7), novamente com nao apresentando nível de significância estatística.

Neste caso, enquanto a inclusão adicional de

equaçao ISEX

(42)

aumenta em 4% o

nI

leI de explicação da equaçao pelo R2, ISEX nada adiciona.

representado

Em todas as equaçoes a estatística Durbin Watson a-presentou níveis insatisfatórios indicando a presença de au-tocorrelação dos resíduos ou falta de uma variável independe.!! te. Não dispondo de m~todos para corrigir a autocorrelação numa estimação com variáveis instrillnentais, não foi possível resolver este problerna,que poderá ser enfrentado com facili-dades computacionais mais avançadas nas quais estimaremos o modelo num futuro próximo.

Quanto a falta de uma variãvel dependente cabe no-tar que a inclusão de IErlP no Quadro VII resolveu o problema com o uso de variável preçc desagregada jã que não ocorre no Quadro VI, on.( a estatística D.W f'Culilllece insatisfatória.

Foi taIT~ém testada uma variável leR resultante de

( l + 'l'CRX) .

TCRX

=

Saldo de E~réstiIi1os Subsidiados a Exportação Exportação de Produtos Industriàis

cujos resultados não sendo significativos, não foram apresen-tados. Esta variável e ISEX (subsídios a exportação/saldo de empréstimos subsidiados representariam simplesmente uma de-sagregação de ISUX (Subsídios/exportação).

(43)

enha dado resultados tão significativos.

Enquanto a taxa de subsídio necessariamente entra-ria sob a forma (1 + s), a relação entre crédito a exportação e crédito total, não sendo variável preço, poderia entrar na equação sob a forma 'l'IEHP

=

CE/ C'f x 100 e nao IEMP

=

CE/CT lcO + -mo foi feito. Porém TIEMP apresentou o sinal de seu coefi-ciente trocado e sem significância, o que pode indicar a ne-cessidade de maior estudo de IEMF e de seus resultados esta-tísticos. Cabe éL nda alertar que os empréstimos a exportação

(44)

ESTIMATIVAS DE COEFICIENTES DAS VARIAVEIS EXPLICATIVAS DA EXPORTAÇÃO - VARIAVEL DEPENDENTE LOG X

Equaçóes Variáveis Independentes R

2

Log X == c 10g PX. E ( 1 +s 1 ) 10g ISUXt 10g IEMPt 10g Isex 10g U

P

( 4 ) -1,04521 3,07502 -5,15159 -2,81830 0,83

(-0,05) (5,1)a ( -O , 8) _ _ --l::1, 99) c

.

( 5) -64,5809 1,82915 11,1586 -O ,807163 0,92

(-2,40)c (3,96)a (1,73)c (-O ,66)

(6) -26,8730 2,16508 2,28639 - 2,39988 0,90

(-5,96)a (6,78)a (l,63)c (-2,4) c

( 7) -66,6731 1,49019 10,1592 2,13018 -1,0491 0,94

(-3 OS) a J _ - - - -(369)a

,

- - --~-~--- _. - - - -(l,81)c - - - ---~, (1 84)c (-O ,97)

D.W

0,89

0,74

0,93

0,94

A

(45)

Equações V0~l5veis Independentes . "-_.- R2 D.W 10g X

=

c 10g E le.q i:'\/P --_._-. -" 10g (l+s )

--_._--

',-;(::: li

8 -11,2857 1,89189 1,69114 1,42989 -O ,55 34 0,94 1,10

(-2,70)a (4,50)a (3,89)a (1,55) c (-0,45)

10g X

=

c 10g E 10g PX/P_ _~o9( 1 +~s-1-) 10g 15 UX 10g IEr-'.I> 10g IS_I:;~ __ +log U

9 - 6,84066 2,29960 2,14792 2,05767 -2,0289 -1,32897 0,92 1,02

(-0,40) (2,94l a (2,49)a (lt 34 )c ( -O , 42) ( -O ,67)

10 -59,5267 O ,9 5063 0,76122 1,1978 11,6493 0,554529 0,98 1,73

(-4,22)a (2,98)a (2,36)c (l,81)c (),56)a ( 0,63)

11 -18,0228 1,90872 1,76542 1,7017 1,14642 -1,2664 0,94 1,07

(-1,99)c (4,89)a (4,20) a (l,48)c (0,76) (-O, 79)

12 -59,9133 0,936687 0,748884 1,18134 11,6576 0,105408 0,539485 0,98 1,74 (-4,17)a (3,12)a (2,51)c (1, 79) c (3,49)a (0,12) (0,57)

Nota: Os índices a e c representan níveis de significância estatística de respectivamente 1% e 10% para a estatística t de Student.

.t:>.

(46)

Sumário e Conclusões

Diante da crise financeira internacional, o p~

!s

teve que realizar um programa ,de ajustamento drástico, em que o desempenho da balança comercial e, portanto o aumento das exportações se constituem no ítem mais importante. O me-lhor conhecimento dos instrumentos que afetam a balança comeE cial, que' permita o seu uso adequado, se tornaram urgentes.

Dentre os instrumentos de política comercial destaca-se a taxi:le câmbio como o mais eficaz. Porém, alguns motivos, justificados e não-justificados, resultam na sub-util! zação da política cambiária. Os incentivos a exportação prov~

velmente se constituem no "second besttl

, instrumento que repr~

senta a melhor alternativa, na impossibilidade de utilizar pl~ namente as variações adequadas da taxa de câmbio. Este traba-lho se propõe a analisar subsídios crediticios, isto é aqueles implícitos em taxas de juros menores que as de mercado,nos em préstimos concedidos oam o fim de desenvolver as exportações.

Destaca-se,inicialmente,o problema dos subsfdi os creditIcios não representarem necessáriamente apenas um in centi vo a exportar, nas I • sim um incentivo a tornar crédito sub

sidiado, o que mesmo com controles eficientes, pode não repr~ sentar exatamente a mesma coisa.

SuL' nipóteses di versas dos trabalhos anteriores

sobretudo em rei açi:io ao mercado de capitais I constroem-re três va

(47)

dife-

1-do valor das exportações de industrializa1-dos. ISEX é simple~

mente o subsídio de juros recebidos pelo tomador dos emprésti

mos, I E M P

é

a percentagem do Grédito total,concedida ao se tor exportador.

Destas variáveis a que apresentou melhores re-sultados foi IEMP, indicando que a quantidade de crédito par~ ce ser mais relevante do que a taxa de juros subsidiada, no sentido de incentivar as exportações. O subsídio embutidonos juros abaixo dos de mercado representou também resultados ade quados. A varifivel tradicionalmente utilizada ISUX terã de ser estudada em maior detalhe, jã que as regressoes apresent~

ram resultados insatisfatórios. Porém a própria taxa (ISUX) demonstra quanto teóricamente o cruzeiro teria que ser desv~

lorizado para compensar os subsídios creditícios, sob urna se-rie de hipóteses mencionadas no texto. Pode-se verificar que esta taxa chega a um máximo de 10,65% em 1982. Naturalmente ter-se-ía que levar em conta o efeito inflacionãrio de tal desvalorização, para calclllarem appnas seu efeito real.

Utilizando a equação (5) do texto pode-se cal cular o efeito teórico do crescimento dos empréstimos subsid~

dos durante o período de 1971 a 1981(1). Este efeito teria

si-(1) Calculou-se este efeito notando que

um aunento de IEMP

=

1 + EMP/EM!?P de 1,0182 para 1,0914 entre 1971 de, 7,19% oorresfOl1deu a um CteSC~

to de E1-1P /EMPP de 402,20% . Cato a elasticidade da oferta de

(48)

[-do de aumentar as exportações em 80%, ou seja de 6,7% ao ano. Porém calculamos também a inflação potencial causada pela expansão da base monetária, supondo ser esta a forma do governo financiar os em~réstimos subsidiados.Achamos que estes' empréstimos poderiam b~r gerado uma inflação adici~

nal de 36% ao ano. A perda de competitividade gerada por tal inflação, utilizando a mesma equaçao (5) geraria uma queda de exportações de 65,85 ao ano (1) •

Portanto, nos dez anos em questão, os subsldi os creditIcios teriam reduzido as exportações anualmente em 59,78% não fosse a desvalorização, que compensou a inflação interna. Na realidade a desvalorização foi de 33,26% a.a. g~

rando um aumento de exportações de 60,84% a.a. conforme o cál culo acima.

Não há dúvidas que o efeito do crédito a expoE tação sobre a inflação foi exagerado, conforme explicado na equação em que foi calculado, mas nao deixa de se constituir num problema sério.

Calculou-se finalmente, baseado nos coeficien tes da equaçao (5) qual o máximo de inflação anual que os em préstimos às exportações poderiam ter provocado a fim de não afetar as exportações.

O

aumento anual de exportações seria

(l) Se considera.rrros que ljP tem uma elasticidade de 1,82915 (a::eficiente de Px!p. E (l+s1) da equação (5) );supondo PX, E I (l+sl) cx::nstantes e

(49)

ria ser 6,07%/1,82915 (a elasticidade preço calculada)

=

=

3,32% a.a ..

Dificilmente o cr-édi to sub'sidiado a exportação teria resultado numa inflação adciona1 de apenas 3,3% ao ano, o que indica que seu efeito pode ter sido negativo sobre as exportações.

(50)

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