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1197600690
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Fundação Getulio Vargas Escola de Adminis'lraçii.o
dê Empresas de Silo P8UtO
Biblioteca
1197600690 ,
---~~--- - -,-- • __ J
I N ~DIO E
-~-.,...,----'-I Ri stó:r:i co sucinto dos bancos comerei aí,G
II
Desenvolvim.ento
dos bancos comer-ciais normas OJ_SC:.Lp•. . 1"a.naooras'"
o_o
siE)-e as
tema bancário e do mer-oado de capat8.is" G
pelos ban coa o
fi.cic::.i s €ts ~'aduai s!t'~o. ft. o ••••••• ~ •• 4t •• Cl • .r,
Problemas financeiros
J3i'bl:tografi8."e~.o.<J •• "" ••• ".".".Go •.••eo ••••
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Este trabalho, elaborado para atendel' ao x'ogulaIDento do
Üurí30 n I~ t d J., ~ •. • t ~ :"'I ..,-., •
•.•e íles ,ra o em il.Q.l;Ul:ll.S.raç ao oe ..t!.ID.p::.-esD.s, V:lSQU um exten-·
so campo, . d' J ~ 1 -,-,.
8J.n a a n ex}? t.orac.o ,. oa s z i.nanças e em
es;;>e-o1a1f dos bancos comerciais brasileiros.
t,
1
,
I.
~ s envo l ví.do pelo Pro f"ATy Bouz an e pelo Pro f •.Carlos de Faro Pa s
I
so e , ambos da Fundação (}et!ilio Vargas, POTém, mesmo esses não ~I
enfocaram o problema fina!J.ceiro.r A n0<3t.18 j'Y\t~11C!.~O fo; mt·'~ to maã ~ no se-ntido de Lcvan ta'r Da
~ .• """ '" ,~". 'v_ :r"'" .~ ._,,'~.' 'c<.-.."';; _
I
pr-o bâ emaa exí.s ten te s , do qU0 procurar as sOlugõ.s'ss já que paz a '!
isso seria necessário tempo sufiCi ente, pe squí, aas amplas " colai
bors..ção 1a.8 entidades bancárias."I
I
li
~
J ção do sistema ba.ncário antes da reforma "bancária e para tanto:,
I·.
1."._~ ---anç811,10 .c:.,' m;;....-.~o das exc e.Lerrtea oontrí. btüções de ~Paul Hugon ,J.)od.-I
va.l Teixeira Vieira e Al'Y I3011za.n. I~aparte l.'ela:~iva a bi st6ri a'. econômí.ca do 13rasil1J tomamos as obras de Caio Pr-ado õx : e Paul'
IHUgOn~
bemcomo, a
doProf." Jos6 Paschoal Rosetti."!
Jti
existem trabalhos pione5.ros n·9813a 6rear tal como Qcle-Procuramos da.r t neet e trabalho suma idêia genü dS\. evo
Lu-I
~ ~ ~
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I
j
meiobancãrio, face a essa lei: Nessa pgrte~~ , valemo-nos~ dps I'l'
contribuições do Pr of •. M~.rio Henz-f que Simonsen, do Pr of sOar'Lo s ' .
de Paro PasSOSt do Proi. AryJ30uzan e ·da nossa exp er-í êncã.a p1"o-
I
fissional. .
I
Tendo em vista que o levantamento de dados englobou ape- _I
I
nas os dados él.e um banco oficial e at adua'Lt procuramos si tuar os ;I
pl'oblemas enf r ent ados por tais tipos de ins·ti 1jui.ção finh!1Ceira,i
I
relacionando-os na medida do possivel com os problemas dos ban-I
i'-Il$U_.,....•
_J__ ~...,
__
.,ott<••••*_ _ .-.-.. _.~_ ~~"tG>.,,- ••._ •• _ ••• _---- •._'-_ ••••••.•.• - •••••_ •••..• "-'-_ .•• Â.•..•..••~~.r~ ••.~lJulgamos de interesse apontar o que havia ocorrido ante s '
r·-~-""'~---_.
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--~"'---p--_....
_-,,-:-- --,
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cos comerciais.I
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paz-a os
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~
- 4 ..,.
Os problemas financeiros, comuns a todos os bancos, foi
-abordado no item. IV" sendo que v oLtam.os a nossa atenção
controles já existentes e ver-í.f í.oamos a mecãnã ca vdo seu
funcio-em termos mais .r ac.i onaf.s na área de controles financeiros dos f
namen+o , A nossa moclesta contribuição, nesse campo visou
tor-".
nar p6blico~ dê alguma formar aquilo que já começa a ser feito'
I
'
.banco s comeroiais.
. A pe squf ea $- que na verdade pr ef er-ímo.s tomá-la como uma in
I
vestigal;ão $ tentou verificar a ::,e1aç13:0 existente entre a c ono eni
i, ''''' d e t;· , ".• d d 6 í t A
I
1ir-açao e empr e s n.mo a e ccnc ens r-açao e ep 81. oSe ~ concentrai
ção· é tida nos meao s bane ár-í.o a oomc fator negativo no desempe-_I
nho global de qualquer banco t porém n enhum tr,:i"balho foidesen-I
volvido ainda para se comprovar empfrã camerrt e esse f:::tto. Dai ya
Os resultados de~sa vi3ta
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r-I
I
I
i
,
, nossa tentati va de estab'21ecer o X'olac:!_o!J.s.mento sup rao í,tado t
.1
com o que pudemos inferir algumas conclusoes~-. do como base, apenas os dados ele um banco t devem ser interpl'et.@:
mello t sem o que este trabalho não seria concluído.
Agradecemos a orientação do Prof. ~oTi1ton Huppert Monte Oa.r
J
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(
I
dos com muita cautela e reserVBo
Os erros
-por_ven-tura existentes, são d.e nossa ã nt e.í ra respon aabí li da de ,
-0-0-0-_. _
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c om a conaequen te fl'unquia ao e omâr cá o Lnte rno é a!
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STSl.N.9_o.-2JL
Cf:!I
11l_
.:OOS BIgWOS COMERCIAI S NOl1R~W~
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1
:Para se relacionar qualquer dado
hist6ricoa respeit.o
dosI
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!
i. Banco s Comerciai s no :Brasil, sempre se faz necessário t antes d.e Itudo uma.digressão sobre a evo), ução ec onônd ca do paf s , porqnan"
t
~ to aque'Las es'lião intirnf'unente relacionados com este s f'az.endo mes
~
"'-J lá
! mo parte integrante Lmpcr tant e deste e
!
I~ Assim~ um :referenaial hist6:rico t a chega.da da Cort(~ :Heal
I
~
!
~ ao Brasil em.1.808" serve como marco para o inícj_o das ativida- e
t 6 I
i 1
~ das bancárias no paf s , I
I !
A aber'~u:ra dos pozeo s 11raslleiros aos navios estrangeiros, i
i
li bercl;:;·tc1.R b} ~
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. 1 !. ,.. 'l • ~ /. t ' 1~. -"" _. '" ....
a.mp an'raçao o.e J..lJ Q~:3 r::..as na co cnaa r oz-am cua s nas P;[':l nca.paa s.
cí pa'l.ment s para o fornecimento de receitas ex·traol~dinârias ao
!
m.edtdi~s tomadas pelo Principe Regente elo :Brasil, DeJoão VI"t
I
~
f
I
i
A par dessas medidas de caráter liberal, v.íuando a adequ.§,
ça.o (li) realidades
entio presentes
foi 0fet~ada acri~
ção do primeiro Banco do Brasil em 1808. Contudo
t o objeti 1'0
des s a pl'lmeiro banco não estava oonjugaõb a. um quadr-o maâ s
pIo dentro da eccnomí.a , Fora uma medida isolada, voltada nrin
1: ...:•.
Es t ado o
Sem. ã.dvida alguma, naquela ~pooa a visão econ8nica dos hE.
meus do governo era adstrita a aspectos particulares e o
enten-I
dimen"to global das m6.1tiplas facetas econ6micas,· dos int0r-rel§cionamentos dos diversos setores. e dos inter-penetramentos dos
Se a ati vação da economia face à.s primeiras medi das ioplicava •
. f
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to era dissociada .de um quadro mais amplo da Dolitica
econBmica.
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í
Desse modo, a politica monetária-financeira levada aefei
fatos monetários nas diversas âr ea s era mais difícil.
numa. adequação dos meios de pagamento, esta 2lão fo:t tomadE'~nos
moldes m):rreto Se
6
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~,~n".'~'1'f~--"'''Cõi:r.<'lo'_'''':~''_-'~""",,,~~~,,,,,,,", __ ._._,,,.,_.~.I'__''.1O_'''''',,, __ O_.__ '_W __ 4__ ~ ~~~~
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Por essa época, a desordem monetária era:flagran te, tama- ~· nha a di"fcrsidade e a muItiplicidac1e dos instrumentos existên-.
I
I
teso Além do escambo, predominavam as mais diversas formas de 11....!
moeda~ Op6
e a barra de ourop mócdas de ouro vindos da Corte.'I
ounhada s na Colônia e inclu.si ve moedas espanhol.aa, circulando 1 •I
o on junrtamerrte , MEvidentementej essa desord.cm dificultava ,qua.1-..-
~-, quer açao no sentido da normaâ.Lzaçao das transa90es ou qua Lqucr
I
outr o tipo de controle.I
~·
No plano intern.acionals dada a fragilidade de no sea eecr.';,2· mLa , a balança c oraercLa.L se apresentava d(?fici tária... Os probl2,
I
mas que adviam dessa si tüação, somadas ~ desordem existente,co!!]•
•I
punham o quadr-o enfrentado por DeJoão VI durante a 81.1a esta.à.a, F
~no paas •.
~
f.
A evasão do ouro face aos déf'icits da balança comercial,
· fJ,S c1.espesas púb.l.í.c a.s crescen·tes dada a dispendiosa manu.tBnção'
ti
t
da Oo:r.'te e a receita Lnauf'Lcd errte para equilibrar o nor'çamerrto".i
deram. o passo j,nicie.l para a inflaçãb~ O Banco do Brasi1 queI
detinha o privilégio de emitir noüae pagáveis à vis",a - estas •l
idre~prl.'neLs"t:>t....nrum~aetni"lt~a~lSface às cí rcunat.âacãa» acima apontadas - serviu.. à poli tica d.o Principé R.egente~por sinal mal
l
c onduz í.da , A época exigia medidas drásticas, o.orrtud oinfluen-ciado pelos princípios liberais de Adam Sm!th, adotou a
concep-~
-çao l1letalista, levando à emissao maciça e consequentê desvalori
,...
zaçao da moeda.
O
que se nota a partir dessa época, estendendo-seporto-do o períoporto-do.imperial e avançando pela primeira República
é
umadissocia.çáo das medidas tomadas com as reais necessidades da
E-A bem da verdade, o corpo de conhecimentos na área da
I
I
ida Economia. Os problemas zu.rgidos eram. combatidos isoladamen- ,
L· .
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'c onomí.a era bastante precário. Comojá foi dito, naoexistia
: 7
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te e muitas vezes, o mal era i1nperfei tamente diagnosticado eI, solução adota.da não surtia os efel tos e aper-adoe , Quando muj_to I
~ se tornavam paliativos 'lua gez-avam.; em c onsequêno í,a, efeitos co
t
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~a
la"tera:i.s em outras áreas"
A ir...flação, o problema cambí.a'L, a instabilidade poli ti.caS'
as rebeliões e uma série de f'atos serão a tônica dominante
até
o
final do século.o
tratamento dispensado a cada fa.to, de forma isolada, deixando a moeda eomo :Lnstrumento
à
parte no z-oLdos processos j.mplan"tados e ao mesmo tempe, o desconhecimento 9
das nuanc es que envolvem uma pOli-tica. monetária-fiscal global I
I
i
dificul travam o crescimen.to ordenado e equd.Lí.bz-aô o da .:f~conomiaI
Nacional .•
quando D<oJoão VI r(~gressou. a Portugal em 1821$) o
Banco do Brasil se viu totalmente sem encaixe me-t;á.lico e à
bei-ra da. :falência..,. Esta nã.o ve í.o 8:. t~:":'d8.!'~.sendo que em.1828, peE·
~ - ··r •
. ; de~ primeiramente o à_irei to ~ em1S8ão9 vi.ndo a ser substi tuido r
I
·,";"
fu.nção peJo Tesotlroo!
Ó fracasso do lQ Bane o do Brasil, entre outras
conseq,uên-~
aia.s, gerou uma desconfiança generalizada 110 sistema bancário.'
Esse fato veio agravar ainda mais as finanças públicas, já deb,!
li"tada pelos volumosos dispêndios para atender à consolidação f.
do novo regimeo O país saído da tU.tela da. Metrópole e dando os
primeiros passos do primeiro impêrio1 se via às voltas com
inú-smeros problemasc
Assim~ D"Pedro I recebera como herança, todos os desman-_
dos da pOlítica monetárí'a efetuadas por seu pai, D..João VI.. A
crise do "xem-xem", a baixa do câmbio e problemas de ordem poli
tico-social at estiam que o período que se seguiu à independência
,.,
ao foi dos mais promissores.
Somente a parti!.' de. 1836,. é que a confiança no sistema
bancário foi restabelecida, de modo que se observou
a
criação '---~---.;,' .
! ::.
I
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~~~,~ HbQo ~•••.:s::J_""~--';II>._",_~""_~.~,,,,~ ..._.•, .••.•••~.~,.••••.•._., .••_. __ •• ~•• "_ ••T."':,••. ~ ••<:••-:."t'= ...,:.-":;.;.~:~'''''''''v' •• ...- .". ;.~,=_ ..;;<. ••• ~~•.••~.:;,:.,:,~ ••••. _"~ •••-:..:-..<.~_ .•.~-""""","~._ •...._ ..•_ ..•.,,,,"1
I
de diversos bancos no país. O Banco do Ceará (1834) foi c'riado,I
I
porém não chegou. a funcionar. Em 1839, foi criado o Banco Co-I
I
I
,
,
I
I
niez-cí.a.L d o Rio de cJaneiro; em 1840 foram criados em
são
PauLo eMinas Gerais outros Bancos Comerciais; em 1845~ o Banco do Mara
nhão e em 1847r o Banco do Pará.
Até a adbidj.cação de DvPedz'o I e nos nove anos de Regên-_
c La , o país <:!nfrerrt 011. pz-ob.Lemaa na área monerár-La , AlgU1uas
me-didas isoladas foram +omaô.aa para sanear
.
a moeda, tal como a im. - I
!
plantada pelo ministro da Fazenda Rodrigues Torres que diligen- f
I
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t
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i
ciou no sentido d.e co.tocar as finanças em ordem. Oútra m.edi.da~
de certo efeito fo~ a ta.rifa Alves Branco em 1844~ eujo
objeti-vo foi a de tornar a tarifa ad.uaneira mais realista •.. E8sa
ten-ta tiva visava pI'otege:r: a inà.tJ.stiria :Lncj~piente e ;iá, mostrava in~
I
::
a.ícios do interesse governamental em estimular outros setores vproà.utivos~ alélllda t:r,ad.iciona.l mOrJ0cu.ltura agr:Lcolae
I
I
I
I
Rntretantoll a medida mais importante, somente foi
implan-tada a modificaçao•..• do padrao·~ourc .•...,
ela de fato a. c1ef3valorização da moeda •.
Em 1849~foi
adotado oregime do monometalisILlo ouro e foi tentada a uniformização do
sistema monetário •.
Observa-·se, por-tarrt o, que ocorreu uma evolução no pensa-_
mento eoonômico na 6poca, talvez se desarraigando um pouco da-_
I-queLes principios que nor-teavam, até entao, toda a poLftLca
mo-netáriao
Paralelamente:a essa medida, ocorreram descobertas
abun-dantes de minas de ourd naCalif6rnia
(EuA)
e Austrália, demo-do que o ouro se tornou, de certo modo, menos escasso ••
Se as medidas tomadas (tarifa Alves Branco e adoção do mo
nometalismo ouro) foram benéficas à Economia, que já se encon-.
trava em expansão,. obaer-vou-ese ainda a estabilização da. taxa de
I
•
I
câmbio e o favorecimento nas "e1ações. d.e:"trocas in~~r:iona~~Ju __ -~ __ . Tr&__ "~. _
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Alémdisso. as convulsõessociais e pol:!ticas (rebeliões,
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tava os benefícios decorrentes da Hevolucão Industrial.. As má t
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I quãna.s a vapor y as estradas de ferro e novas técni.cas industri-
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, ai s começar-am a pen e't ra.r nesta parte da Américf;1 e o Braeã.L tam-i
t
b êm não se furtou aos sellsbenefícioso Isto posto ~ ascondi.-~ ç'ões eram extremamente favoráveis ao crescimento e ao
desenvol-I
I
vã.mezrto do país •.i
I""
na região oentro+auã, do pai St começaram a. mudar radicalmente a,I
economia do pai a ~~
! va s divisas foram arrecaáadaso
~
lção da produção cafeei:t:'a, damoe a seguir quadro dem.onstre,tivo t
j
!. :l t ,.. ~~~,,;~.~1 .. ..f'!'J~' ~ -. .,
. 0.8,r~·::r_.:t01.paça.o br2.S1._6J.ra no co n ,;eX1~Oo.a pr o uuç ao munca a.í,••
I
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A imigraç ~o cresc6ntee a implanta.ção d.a cultura do
Com a evolução das exportações do café,
no-i
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Pe.ra ·se -ter UTl1a:iõ.éta da
evoll".l-_r_R_O_·D•.••L•.•TÇ•••l_~O_:F_3.;...H_A._SILEI RJs.
--,
zou_·_-PE1"U:ODOS PC I1C}~NTAGEIVl
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1820/29
18,18
1830/.39
29,70
1840/49
40tOO
1850/59
52,09
1860/69
49,07
1870/79
49,09
.1880/89
56~63
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59,70
1895/99
66,78
1900/04
75,64
I
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J!'onte: ROSETTI, Jos6 Pas cno al, ~. Economj.a :Brasj.1e
i.·
:ra - Apostila do
Curso
deOPENM:AHKET-CITEC
/8018a de Valores de
S.?aulo-1973
Aliás, a principal c8.Tacter!stica da economia brasileira
l
nasegunda metade do século XIX é €L p roeurí.nêncí.a da. cultura ei
.
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"-c ''''"- - cc .• ,". -"-._'--.-' - - ._-"-- ••.• _•••••.•.••••• - •••• ~.- '~ •••• ,."._ •• -._,,--_.~ ••.•••••• ~ ••••••• _ ••• ~ ••• -- •.•• --_ ••• _-.~,.._ •.•• -._ •• -_." .• __ ~._,~ ••• ~"r'._~.~_~_~..."I
..& ~ ••• ~
~ expor~açao nesse produto, como
mostram os seguintes dados:I
i
,
.\!
~~DADE)11
'1
EXI'OP'1~~""'7(OD? (1/Tt'''f;'- 1.,"11'" '\.trILP"r.n;"c~ DE SACAS
I
i. ~-';;: . .h;:x'. "..~ .••.L';';' .••••.••
:~~.!..
_.!_·:.l_'''_Â_'''~ ;..;....;.. fi,I
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DEOEI'fIOS SACAS DE 60 KG ~I,. ---' ..- ----/-.----"--~---
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1821 30
30178
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,~ 1831/40 lOlt430 ~
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~ Ponte s 110SE'llTIj Josê Pa scno e'I op~cii;'Q ~
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pag" 21t
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I.·. Esse pe rf odo de no asa }~~C"H\!'ia 'f'()-l :r'''''''l,'Íóp~,;p'y) ••••L)<C''')ArO I;.•
~. .••.. };J .!-!-y JI...,J v v . k •• ~. "","- .~-;; C"... .Io.f..!,~~J. ~ >.J l:J...,t-J;.;>1. "'~ 'V;o,s~ ~
!
entremeado apenas por algumas clifiouldades tei1lporárias$ Contudo, ,!
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no'tou-8ee:x:t;:rao]:~-ªirj,á+':lo-' '~'~--:..
,oxescim8:td;o na at;ividade agrícola, ca'l.ca!
~->."-:' lU ,.~ i
I r I
" ào no e u'Lti vo do caf'ê sempr-e crescente, enquan+o a indústria,! J.
k mais protegióa, implantou-se. ef e.tí vamente , de forma modesta e in ~
í
~
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cã pd.en t e ,i
i}:1' ~. ;\l ~ ~
~O setor bancár-í o1. noto c--ae a infl\Jência inglesa favora.-· s
~
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~ í
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I.
ve11 cuja organização viria nos fornecer subsídios ao
vimentoc-Desse modo , a economia em frànco desenvo1 vi.mento e as
fi-nanças públicas em- ordem propiciavam um novo câí.ma alenta.dor .•
Em 1851, o tercej"ro Banco do Brasil fora c.i"i'ado, mediante
p.
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a fusão do Banco Comercial do Rio de Janeiro com o Banco de
.
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Ii1auá, graças à inicia.tiva. do atuante Visconde ele Mauá,proprie-I
tárj.o desta último.. Cuop're Lembra rmoa queo
seg~ndo Banco do,I
Brasil não vingou sequer antes de ne.sc e r , tragado pelas tttrou-_11~ncias
da. desconf:i.ançaap6sa
fal~ncia do primetro Bano o do!
Bra.sil .•I
i
l.•.\,...r" .•...,.•.••~•.•••"l',...,O'l.~"";:l.~ .•.•••••~ •••..•.••_ .••&.'IS.••.,...~~ .••••"'..,...,.•.•,~__ .~'....,....,...•.,..,.••""'"".• "'".•••__ ..•_ •..,.•.•••.••.••.._"_ ..••"',;.""'.••.••" ..•••.••.••.•••' •.,.~,.•.._ ...,,~ '__ ""'_'_'""_"""""''''''_''''_.''''~~'_'"~''''' '''''''._'''''''''''''I't-_,. •.•.•_·
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11
i~i-!':A~:'C""'~~~'_~""'~'~-'-"'-"'_""""""''''~-'''''.ooç;"._".._ ..•.-,_ ...•.""-,",",,,","~:.•.__ ....- . ....;a.•••.•••~ ,...•.__ '_, •. J;\ •.••••. ~~
mi~~são e a urrí.daôe emí.cscr-a foi de novo estabelecida. Oorrtud o ,
i
e s ea medida não se efetivou de f'ato , "De
1853
al85'7
t a plu.-ra-I
lidade de emissão sobreviveu, mas os progressos da unidade fo-
I
~
ram n:f.tidoss estando em fa.vor do Banco do Brasil e de suas fili
I
~ f.
I
i
~ ~
l864t C0111 o acontecimento si.multânco de dois fatos Lmpoxtante a,
I
I
Prün.eirarllente, uma grande casa bano ár-La do Ri.ode Janej.ro - 8. tI
Casa Antônio Souto ~~:fal:Ltl levando cone í.goa confiança no siste
I
t
i
Iria bancário", Em seguida~ estour-oua Guerra do Par aguad , qu.e geI
1,
~t'rou uma dívida ele mais de 600.000 contos de réis nas f'Lnanca.s•• ' g
l
_
'.'.
I
p~blicas" A emissao maciça para cobrir o d~ficit quebrou a es-I
~:- 1
1 ,'
f tabilidad.e aparente da moeda e o país voltou. a sentir, com impe
~
I
-to, os efeitos da inflaçãoe~ ~ •
~ d.e f'o.l, z-est.abeLec Lôu , o país pode voltar ao equilíbrio
orçam.en-i
tárioef
LncLue.Lve apr-e aentiando rtsuperavits!t:o país retomou o ritmo antef.
.~
rior"
ais a importância crescente de emissãore (1)"
Essa fase de IH'OSIJeridadee equilíbrio viria a ruir em
f30mente quando f'Lnôou a Gnerra, d.o Par-aguad, e a. norma.Lí.da-.
Assim~ novamente C()lU a balança comercial equilibrada, - ,
!
Alguns fatos anormais, como a falência do Banco de Mallá •
em
1875 e a seca do Nordeste, bem como~a
perda relativa nas re1ações de trocas internacionais, notadamente com o café e a bor
racha" pertubariam o ritmo da economia
até
o final do im.pério.A possibilidade da libertação dos escravos agitava os meios
I
so
ciais e pOlíticos e já se anteviam dificuldades, caso se concre
tizasse tal fatoe Algumas medidas acaute1adoras foram tomadas,
visando minorar os efeitos depressivos de ~a provável abolição
da escravatu.ra. O Fundo de Emancipação dos Escravos e e alarga
mente do crédito bancário são exemplos dessas medidas. :ontv.do,
I'
I
a liberação da mão-de-cb:r.aescrava não se faria sentir tao for- IL
(1) HUGONrPaul - A Moeda - Editora Pioneira - 2a.edição - 1972i
12
-r...
··~ó_._.~.~..."."_._---~~._--_.~---~-"-~'-~ .._,,~-_ ••.,.•.•.,""._---_._ ••~"'~",.-,.~~~-" ..••.,..•=,-~.:~.".
...,---_....
,
mente, porquanto já, se observava~ há, a.Lgum t.empo, a substit;ui-_
- I
ça o <3.0·GJ:aball.Loe sc ravo pelo '(iJ:'abalhad0r branoo, imigrantes na
i
I
I sua mad or'La,l
Após a Guerra do Paraguai até o advento da Repú.blica, a
I
i. ~
f
vida financeira do pafa se aparef.nou, liA multj.plicida.de dai
i
.,.
JI
c r í.açao dos bancos, elas empre sas f'Lnanc eí.a-aa em geral, das com-i
j
panhias de seguro, dos negócios da Bolsa, permite captar e mobi í,J no
I
~ lj.zar em larga e sca.La as fontes de acumu.Laçao capi talistao Apa.~
j
."...
recerá no Brasil uma réplicas modesta embora e muito afastada I~,;
~~ de seus modelos, das grandes praça.s ~financeiras da Europa e dos f
I
Estados Ur.d.dosS'. com uma atividade e ritmo de vicIa que pr ocur'am '~
6 apz-oxãmar=ae delas" HU1J1a palavras a an+Lga colônia segregada e
J
~ vegetando na mediocridade do isolamento? se moderniza e se
es-J força por sinoron:Lz.ar sua at:tvidade com a do mundo capitalista'
i
~
~
j
I. c ontemporri.neo" <l> (2) i
I
A Repú.blica colheu os benefícios do Império, entretanto,'
!
l
f~ recebeu por herança a aueêno í.a de eficaz proteção contra. a c on-
i·
t
i
I
corl'ên.cia exterior, bem como" os ônus da liberação d.a mão-de-o-i
I
bra servil.
O efeito dessa liberação se fez sentir muito mais,
I
I
na necessidade de expandir o crédito para atender aos salários'
.1
I
monetáriost antes inexistentes ou pouco significantesGPor
0S-t
~ ~
I
saépoca já se observava também u.mala:cgamento da faixa raonetá-I
i
ria. no pais, em consequência da transferência da atividade eco-i
( nômica da regil?:o nordeste para o centro-sul, como resultante da
!
J I
I
crescente expansão da atividade cafeeira.Ao
mesmo tempo, essei
!
tipo de cultura, altamente sazonal, gerava
àépoca da colheita'
I
I
uma necessidade maior de moeda e na entre-safra uma demanda de 1I
~
t
crédito acima do normal. As crises de liquidezse sucediam, da ~• da a inexistên.cia de Wl1 sistema de controle dos meios de paga-.:... ~
I
1
~ mento que norteasse o fluxo; de a,~orclo com as necessidades
re-I
(2) PRADO JRo ,- Caio .- Hist6:l'ia Ec onônrí.ca -d~-B~asil -- Editora .[ - j
; Brasiliensc - 9a.,ed.í.ça o -1965
z:
pags.199/200o. )- 13
i
1;1"'''"~'''''''''''''''''''''-.4<.n:l'''.::$''''''''-~---'''-~---""""",,,,,~ ••~ .•.••••••.•.n"--"'-'-1<'>"~--"~--""""-_,-'~1-_""'-''''''''''~~''''~If''II...-If~.'',,,,,,,,,,~,,_1O.~~'U:'''"~~r.:
'I
l
gí.onaí.a, "i
J . Ho"Gava-.se,porbanco , a premência de med.l.da.s que contornas !:
',J
L, 11'
I
sem esses 6blces., c:. em 18<38, a. lei bancária ôe 24 de ncoembr o !~ AI I
i
preconizava a volta à pluralidade bancária de emissao.. CriavamI
I
-se por essa lei bancos emissores imperiais, provinciais e muni
I
cã pad s , A emissão poderia ser feita med.í.ant e gar-arrt í.a de títD.- t
I
fl. los (la dívida púbLí.ca ou our-o; Aas í.m, em 5 de janeiro de 18891'
I
~ o
Bano
o Nacional do Brasil e' o Bane o desão
PauLo foram autori- !l
l
I
zad oe a funcionar como óx>gãos emissores e a 6 de julho do mesmoI
I
ano, o Baneo do Comérc!io., Todos os três bancos paasar-í am a emii
I
{
I,
tir,
las treando suas emissões comouro,
(3 ) ~I
Entretanto, com a Proclamação da Repúblj.ca em 15 de novem. ~I
1'.
'
·bro él6
1889,
foram ca.nceladas essas autol'iZaçõ8s.. Logo no COlli!:,f ço da gestão do Governo Provisóriog face ao cancelamento dasau
l
!
torizaçõcs d.ecs0s três D8..ll-'JOSj pr8..t í.cament e ine::.:istiam bancos _~.
R emissoresc: ASSii:Il.~ deferiu-se o pedido de 10 baneos que
solici-~ tavam o direito de emissão •. °Ru.i Barbosa~ ao efetuar a reforma'
pela lei de 17 de janeiro de l890S! aI +ez-ou eube'tano í.aâmen+e a
lei anterior •. .A divisãq dO'pais em "três regiões financeiras: '
norte, centro e sul, teve como fonte inspiradora o sistema
ame-I
ricano.
Emcada umadessas regiões :funcionaria umbanco
ems-I
sors muito embora, também estes fun.cionassem como bancoscomer-a ciais.
De conformidade com
o Proio
Doriva1 Teixeira Vieira, esseI
.:
:c::t:a:::a
:::e:::a~:::.;
::g~:o B:::::~\:::r~:c
:::8: :
o:::
I
co do Brasil; a zona'norte seria controlada pelo Banco Su.l-Ame- !
i
t
ricano para os estados de Pez'nambuc ó , rara:lba, Rio Grande doj
~
da ~
os
!
. .---- - J
(3) VnURAg Dori va.L Teix.eira - Evolução elo Sistema Monet.ár'Lo -
!
t"".~
"M_")~';'~~'~:'~"~~-r9..:::_~~~,,~tt9,:~~w,._é1~!:..-"Q'§R~::~o;!'2§~
!._.o~
.._...__ .._,_..
_~w ..•_~_.o.~,,_._~ ~..~,_.,~
o'
J
Norte e Ceará; pelo Banco Emissor da Bahia para os estados
,
.
. - 14
~'7\1~~""""'-"~---""_""-..."..~..,c;,-~-"'--;"""""'''_.I_~f''*It.''"f''I __ ''_''''~ ~'A"U_t-''''."t'''"''_''''~._",,_.,~_,-...tMI'"
I,' estados do Pa.rá,' AmazoIlas !.,'.
s Piau.í e Maranhão; 8. região sul fica- ,
~ ria com o Banco Erllissor do Sul.
I
Os estados de são Paulo e Goi~ís, na x'eg:Lão central,. tiiTe-
1
~
; raro. a sua em.issão regulada pelo Bane o União de
são
Paulo, que -i
I
obteve parte do privilágio de emiss;o de Banco dos Estados Uni-I
I
dos do Brasil". (4)I
I
Além da. diversidade de -b~COS emissores, havia também, aaaI
~ diversidade de lastro nas emissoes9 variando desde ap6lices
!
~ I,'.
t
dí-v-ida pública, ouro e até lastr'os .mistos de ouro e titulos.!
I·
Eetava abez-t o o camí.nh.o para o Encí.Lhamento, O aumento fí
I
da eIOiss;o :foi extraordinário. A especulação na BOlsa, a infl!,!I
~
-
,
'
i
çao crescente, a queda do oâmbao , a evasão do our of a falsificgI
-
r·
çao de notas." '8. at.ivLdade comercial fellril" -tudo .isso contribxLu f
~ I I
i
i
para. a crise de 1900~ que eu.ínn.nou com a falência do banco ofi... :~
t
t
cia1 e de numer-oeos outros estabelecimentos.. (5) . f
~ I
~ Assil1ale-se~ no entanto" qu.ejá a partir de 18981 o minis
I
~ tro J·oaquim Mu,rtinho iniciara enérgico trg,balho de saneamerrto i
!
J ~
~ monetário.. .Fioi assinado um :'funding Loari'", es babe Leo endo um a
i
~, i
!
~ corda com os credores estrangeã.r cs , Tentou-se uma pol tica
de-i
· fIacionária visando a vaJ~orizaçiio da moeda e a r-ecupez-açac do~
~I
j
I
poder aquã.aí, tivoG!
I Com a criação do Fundo de Garantia e do Fundo eleResgate' ~
I
do papel-moeda em18g9,
procurou-se dar mais solidez ao sistema.I
I
Desse modo, não obstante a queda do Banco da República doI
í
Brasil em 1900, o início do séculoxx:
f'oimarcado por uma gran-,
I~
!
,
,
~
l
ere a abertura de agência em Cu.ri tiba e Paz-anagúá , et mais tarde, ~
l
t ..., ,~
ii
ainda nes se mCS!lW ano, inaugura filiais em Fortaleza e Sao Lu.í.a ~t
~
i do Mara~~ão. Em março, o Lcndon and River Plate Bank abre uma ~
i !
~ (4) VIEIRA, Dorival TAixeira - op, cí.t , '. ~
,
~t (5). RUGON, Paul - pp •. c.i te __w_ •• ••~,__ ._ •._ ...•_.~- __ .,_~~."_'"' .•~__ ~.~•••.•••"_ ..•••,. ~_i
t""",;.t~ ..-;.._~.,~"'._""-"."'''''''''''' •.•.•-•., .•.•• .'~-"''''~~ ..•..•'''••••.•'_ .•.__ ••s; -er~. ;
"Em fevel"eiro de 1900, o London and BrasiIian Bank
-...
I
- 15 ~
F. .
-_.-"~ ...,;f;.t.~~_ •••~."",...o../-"'-""''''''~",",,_ •.p pC' - _
'- ••..•••••--...",.,~_~"" ••~., .•~,.."~1I, .•••••_ ..__ l'\..•.•__ -••••••..•••• .,,,..~ •.•.•• """" ...•••••••.•--...-.._,...nr..,
H
'.'. I.~I
J filj.a.l em Vi t6ria e em maio outrra em
sã,Q
Paulo. Em abril, cria- I:.: -13e o ~anc"'" o de cus 9:',0 ...(t t' ;:{U.J:.'2.1 d.e -:l.raca~a9P" acgua'do em junho e j~ i.,
I
lho pela criação do Crédit Foncier du B:résil e o Banco Mercan- _i
I
til do Rio de Janeiro, respectivamente.. Em setembro, o Banque'I
I
Française et Italienne pour l'Amerique du Sud f'unde= ae com o'!
I
Banco Commer-o í.a.Le I talo-Brasiliano , e J.ogo de;pois abre agênciasI
~
-
-
I
~ em Santos, e subagênc í.as em Ribeirao Pr eto, Sao Carlos do Fi - ~
t
nnaã , Botu.catu e Espírito Santo do Pj.:ühalH~(6)t
r
1i
A partir de 190:;, quanôo foi cr-Lado o novo Banco do Bra- i.i"·
3il, Cl,.,ljos estatutos foram aprovados em30
de dezembro desse li\
! mesmo ano, o sistema bancário consegue alcançar uma certa esta-
i
t
t,i ~
I
bilidadee r.,í I
I ' Até o inicio da I Grande Guerra~ o pais In:,osperot1. à base i I
i
!~ da industrial.iza.çao orescente e ca.Lcada na produção cada vez "
~. i
f
I
.~ ma.ie intensiva do caf'é , G:ca,l:1,c}es ·pr()g:r.~esson se ohsenra!'8JI2 no se
!
IN"
-
~
~ tor da ur-banf.zaça.o , da energia eletrica e da indu.strializaçaoe
í
l
~,.
~
tI. A baixa do cambio em decorrencia da. Gu.er:ra provocou a
SU!! \
~~ ~
I
pensão da. Caixa de Conversão.. As di:ro.iniJ.tas reservas de ouro e j!
de div-isas, :face à evasão, obrigar8lll o Governo a decretar a SUB I!
lI
pensão da co:n:verE!ibj.lidade das no ta a, Novo "funding loan" foi ~I
assinado em 1914. II
Passada a crise da GU.erra de 1914/18, a Economia do pais' !. retomou o ritmo desenvolvimentista e no setor banc ár-áo a partir
i
I·
de 1920, duas meô.í.dae .Lmpor-tan+es são tomadas. A pr-í.me í.ra de- _I
,
I las, o serviço de compensação de ohe que s , cujos estatu.tos .toram I
!
.I
! aprovados em 1919 e cujo funcionamento se operaria em junho de e
I t
'1' 1921t viria dar nova amplitude ao uao do che que , A S8é:,"Unda,fOil
N ~
l
a c r í.açao da Carteira de Redescontos junto ao Bane o do Brasil,· kf
que possibilitaria um reforço ao sistema bancário. ~
K Nesse ano de 1921.~ foi suprim.ido o Fundo de Resgate que' ~
I
.
i
!-(6) VIEIRA, Dorival Teixeira - o~.~t~~~:.=21~~_~ __
._._.J
....,16 _.
r·'~:,,"~-.u..:r~--..-_·
-...
..~
i
f
I
I
I
I
~ t ~i
vada de falhas.I
I
i
i
I,' o
~item de exportação sofreu o impacto prim.etram.GXltet'
~ ~ ~
I
-"'-""!I'O:I--~"'--~""""'"·"~·-'''''-''''''''··_''''''''''''_''''''_''~~'''·'''l'·''--'''' __ '_''''~~_...u...r'_~'I"""-!'IIó'_""_~""'~
k
t
i
it
f iI
I f. ~ i· ~ ; 1 r·d o :foi tOID.8J.1.doforma , em substituição à. sisi;(;mática anterior e.l
I
~ i ! o. i ~ ~
o SJ...s- p
i
i
f l ;: f.envolveria. t
I
i
i
O C8,féf o noas o maior i, í
I:
O efeito se ~
~
j t
i
sequências da c1'iseo Seguiram-se o déficit na balança de paga-
t
~
mentos e a baixa de câmbio. Novamerrte, o ouro e as divisas de-
I
f
aapar ec er-am, Como consequência a Caixa de Estabilização foi li
i
I
I
Em 1932f criou-se a Caixa de Mobilização Bancária, pa.ssa~
!
Essa Caixa visava 117'1:1':_.0 t
~ &
1
mover a mobilização das importâncias aplicadas em operações se-
i
I
guras,. mas de demorada liquidação, realizadas pelos Bancos de -I
t
1
1. dep6si tos e(7d)escontos, nacionais eestrangeirosp estabeJ.ecidos· 'fi
no paísrt•
i
~
tl."egara ao Dr. José Maria Whitaker a responsabilidade de sanear
f
I
.l:::~;b::~::~
..
~~:;:;.==_"i
a_Y'_~_ba~=~~~.~_::~~jhavia sido criado em1899 e o Fundo de Garan.tíafoj. conf'Laô o ao
Banco do Br-aeí L, face à crise do dólar q:J.8 se refletiu no Bra-.
8i1 sob forma de nova evasão de ouro e divisas .•
Um ano antes) fora criada a Inspetori8. G·eral de Banc oa , !
, N ,
orga o subordinado ao thnisterio da Fazenda e que tinha por esco
po fiscalizar os bancos e casa.s bancárias •.
, Nota-iae , por tazrt o, que paulat:i1l8.m:::nteil um sistema integ:r~
Até a implantação da. 'lei nº 4595 em 31 de dez embr-o de
1964~ notar-se-á diversas tentativas no Helltido de dotar
tema financeiro nacd ona.L
de
um e squema ma ís efied.ente e maiscoerente com a pOlítica econômica do' país"
Deetar+e , a crise de 1929 que abalou o munô o ,
í - ~ .
pó: s em pr-of'unda convu.Laao ec ouoraz.ca.,
a Laata-ou gradativamente e a economia como um todo sofreu as c on
qui dada. em1930 ..
do a funcionar junto ao Banco do Brasil .•
en_. 17
-t
~~~ ••••-""",---- ••.t •••••.•.,·.,...,.;:.~·..,."t"~'~"~',.,...,_.7'Itftn1I~r:.~~•..atr~~·"M"""_"_"- .•• . .
f
'
._
~ -~".'-~"-'---'-
_
~._'~--_._.~.b·~···_-'----~·'l
!
c as fl1nçõesae
um Banco Cen.tTaJ_~ engLcbando o controle do me rc a !I 8.' ,.~ I
I
do financeiro", Oon'tudo , 8[-38e projeto ficou apenas na t~ntativa,i
I . f
I
restando como saldo positivo a man.i.festa intensão do governo em. ~. f
!
sanear a ec onomí.a , I.i
É interessante notar que apesar (la gravidacle da c rí.se , 'r,!" {l I
~ não se observou" como nas cr;.Lses anteriores" falências bancários I"
I
.
b como as ocorridas no começo ôo século..
-!
A res·trição inrpos(Jc;a, pela c:cise- internacional, principal~ _!
I
mente, no que tange 1> exportação, propiciou o aceleramento do 1._I
:processo de substitl,lição de :importações e a diversificação dose i~
,
ti produtos agrícolas" A indllstrialização se desenvolveu a pa.ss os
!
~
f. rápidos" estimu.18.da -nela neo e s s í.ãaâe de' a.tendimento à demanda i ~
~ , .1: i
f ~
i interna crescenteS' pela impossibilidade de importação de muitos ~
i
itene , face à vertiginosa queda das expor taçce s , pr:Lnci}1almenteI
1: . l
I
do ca.ré , Além da queda em. volume fisicof observou.-se umapara-I
;; lela deterioração nos preçosoI
Em seguida à crises a desordem monetária mundLa.LseSl..lce-f
-~ deu" Mesmona, Inglaterra~ país tradic:i.o:n,al na manu+ençao da or
~
t
dem monetáriaf a moeda foi decretada como de curso forçado.. PaI
I
ra que fosse possível o désenvolvimento nacionals aestabiliza-, ção do poder aquisitivo externo da moeda era necessário.. Em
1936, foi organizado o contrro.l.e de. câmbio com esse objetivo, me
diante o uso de duas taxas de câmbã o, sendo uma livre e outra o
ficial.. Ao que tudo indica esse controle revestiu~se de
suces-so, pelo menos relativo, já que pela cobrança de imposto de
5%'
N
sobre as letras de importaçao, o Tesouro pode dispor de razoável
!
I
fonte de receita.. I
~
BmJ.939s e8toV.rou a 11 G:ran.de Guerra e novamente ocorreu.' i
I
~
f uma drás'tiica redução nas im.portações. No entanto, dê'sta :feita, f
i" _.... ii
J .••....•.-'!.. f
I
as exportações cr-esc ez-am face à,.necesSidac.e de suprimento aos I ;I
países beligerantesoAC\llI).t1.iou-s~um
razoável saldo favorável'1
. ~ . -. I
- 18
r~~~---"----I
na balançacomercial.
Porou:ro-~~~-:'s~=::-:-::~~-~::l
I
vam suapenaas j de modo tál que as r9servc..s :rr.et:ili.cas 30.'81eva.~-__I!
~
i
tComo
I
a.La'rgaraerrt o da economia face à expansão da p:ról)ria agricu.lturaF
i
-
~pelo cz-eao ãraen't o rpopuf.ao í.onaô., pela criaçao de novos oerrtrr-oa ur' à
-i
banas e pela industrialização cre soerrte , a par da :Lntensi:fiea- t
-
~-~
çao da atividad.e comerc La.l , observou-se a expanea.o da rede 'ban- ~
. I
~
,
•.... ,.
Em 1944, o governo estabeleceu. a Caixa de Mobí.Lã.aaçao e ~
t
Fiscalização Banc âr-í.a, em substj.tu.ição 8, Caixa de l'tIobiliz,ação t ~
f
rA nova Ca.í.xa visava I !
j
nassegurar aos bane os ~ mobilidade d.e aeu s ativos que permiti s- -
I
aem, em qua'Lque r emergência!, faze:c f'aee aos Sf.mB c ompr-omí.saoe ~
i
j
com depositantes e às necessidades gerais da economia do pa.ís" (8b
r
Pelo decreto-lei nº
7,,293~
em1945
foi criada a f)tlperill=_~i
tendência da Moeda e do Crédito - SUMOC1 que tinha :por finalida !
. - f
~
de exercer o controle do :mercado monetário e preparar a
organi-I
zação de um Banco Central. A criação da ST.n.lOC, na verdade, ti-
I
nha rai.zes no compromisso assumido pelo govern.o bz-aaã.Leí.r-o , na
I
I
À SUMOC competia receber as reservas dos bancos particula
i
r-es , controlar o crédito e fixar as porcentagens, das reservas ' ,I
bancárias.. Como a SUl/iOC não conservava essas reservas, coube ' ,
ram"
A indústria nao í.ona.l que tomara impulso pela crise de
1929, recebeu novo alento com as necessidades da guerrao
Bancáz-í,a que havã.a sido extinta em J-9420
conferência monetária realizada em Bretton-Wood.
esse papel ao Banco do·:Brasilo Ao Banco do Brasil coube taIllbém
a função de executar os serviços de Redescontoo
que da: ::O::P::::~:e:x:ç::r:t::S::l:::::l:::::i:o:e:::~
I
I
!
de mercado aberto estava também sob
I
I
..-~ ...•. _..._. ..-. ""_~_l
1
I
I, mil o ruz eLr oe , .A IJvl1tica
a alçada desta.
L-;~ __~"..,....-....'_.___:_.oe_~.•fl)<Ar~'_'_ ••,...--••••••••-.nII'., _
.-sos de insolvência, quando os dep6sitos fossem in.feriores a 100
- 19 .~
-.
t
r.-....=.,..".'''~'~~_·_~·..-..-_w,.~~~.,,~~''''~,
..
,~.,-$••_-'~.~'~.~-_.~~~·_'''~~--~· __ ·~~··"~~~••~"··'"~~=~~~---~1
~ W )j
I
Assim~ as funçoes de um,verdadeiro Banco Cen'tral f'Lcaz-aia '!
i
dispersas entre a SUMOCe o Banco do :Brasily. enbe;jando a.Lguma.s It
!
d.istol'ções nosistema bancário.I
I
Esse eaquema, euoí.nt ament-e exposto, vigorou até o adverrt.c!
-
I
da Lei. nº
4595
de31
de dezembro de 1964, quando entao realmen- ItI· te f01.. cr1ado. o B~nco Centro, 1 do Brasi1~ I.'I
Q
I
i
No setor bancár-í,o , facea
POlít:ca da SUl/fOC? empr-e end Lda ',I
~ no sentido da inte:cior-j.zação e expanaao da rede banc áz-La, obser .1
1.
i
f vou-se uma desenfreada corrida de aber-tura de novas agêno í.ae , _ '
ti ;
!
que pe rdur ou até 19636 Para se ter uma id.éia desse c r'e ac í.merrt o,I
I
I ~t
cumpre sa.lientar que em 1946 haviam 20111 estabelecim.entos e em. ~i
196311 esse númez-o havia ascendido par-a 60481"!
J -, !,.. '
t
Essa expaneao se deveu +ambém a ou+rce f'a+ore s , os CF1Ris I :I·
t
~ iremos ana1izar no item seguinte. Poclemos ressa1tar que além t !
~
I
da inflaça.o galopante e da descontrolada expansão dos me:i.os dep
!
pagamento iJ.u.e geraram distorções em. todo o sistema econômico~ a'i
falta. de uma pol:í: tica, bancár-í.a ad equada e il1tegx'ada f'e.,cj.litou II
I
I
~
I
e obr-eraane Lr-a a aludida !llllltiplicação de Ao •
agenc:J.as e
-0-0-0-0-'.t- . ~ 'f
11 -DESENVOLVIlAE1\fTO REOEN~rE DOS J3JUrCOS COIVIEHOIAIS E AS NORMAS'
•..
DISCIPLINADORAS DO SISTE11A' BAJWAHIO
TAIS.
J Para que se possa ter uma idéia dos controles 6xistentesr I
i
até o advento da lei4595
ô.e 31 de dezembro de1964,
naabertu-H ra de novas agências era regulamentada pela concessão das
C8.r--Ü
tas :pa tentes e spec fa í.s que as Jirai t.avam, no máximo, a 10 por
banco e por ano , sendo que nas cidades de são Paulo e Rio de Ja
ne í r-o ee ta quantidade se reduzia a duaa" o (9)
i
I',.
país, a resultante potencial (384· x lo=
3.840) de abe rtur-a~ novas agências
é
esparrt oea , (10)t
I
~
t
I
i
~
f
,
I
f
I
(
I
Ora, se considerarmos que ,em
1954
existiam384
bancos no )i
f'
I
i
i
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,
I
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I:
I
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I
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,'.I
,
i
J
i
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I
o conceito d~ desenvolvimento econômico passou a ser tema. comUlll.t
de'
'"
Todavias a possibiJ~idade po tencria.L nao se concretizaria
apenas pelas fac í.Lí.daôaa oferecidas., Sem dúva.da outros fatores
provocaram. o aproveitamento dessas f'ac Ll.Ldad oe , de modo tal que
o número de agênc í.ae bancár-í as atingisse o total de 6., 48l em
1963"
Assim, dentro desse contexto mal estruturado em tex'mos de
controle, os bancos comerciais operavam com r-e La.t í.va facilidad.e,
e, o pr6prio crescimento da rede bancária pôde ser considerado'
como um sinônimo de "sucessoll•
O país, o.entro do processo de substi tuiçã,o de import~açõesS'
industria~izou-se rapidamente a partir do governo Kubistchek e
Contudo, ao lado desse crescimento econômico verificou-se o
fe-nômenoda inflação crescente e a década de 60 foi profundamente
marcada pelo estigma da depauperaçã~ paulatina da moeda.
I
Como recrudescerinfJ.acionário, os bancos comerciais adao ,
I
..
-
..
d - -.ao,
I
taraJ!.l.-se·a nova OrU8J:11e pas$aram a oper8,):'':', e mono a sét.Lvaguar-_ ;,L(
9) PASSOS f· Carl.os ele Faro - Estrutu:- Financ eira e De§enVOlV~~i
r~""~"''''o,!O~'---''',~ ..•.----_ ..__ ..•.•.•._ .•-...,-""·u" •••',.~"._-_"._."""~~~.,,,,,tfOÓ;'~.•._..••~ •., .,....,...._"""••.•_. __ ~ ••.•.•.•__ ""'"~_~_ •.• ;,,,...
( 1
I
dar os seuBinteresses~ O fenômeno inflacionário veio exigir oI
" realj.nhamento de forças no sentià,o de minimizar oa efeitos dano ;
, r
I
'
sos a.ele aecorrentes. A crescente desvalorização do c ruae í.r o, ti
i
!
poderia pr-ovocar' nos bancos oomer-c í.ao.e a erosã,o moneté.r-í.e. dos ~
!
seus a t.i.voe financeiros.. A distribuj.çã,o (le Lucnoe fictícios p.~ ~
I
deria Berar a aescapitalizaç;o e para evitá-la,
boa parte dos '
I
I
lucros dever;.a ser colocada
emreserva
oI
a Vale dizer que a partir desse enfoque os banque i.r-os nac:Lo-
!
g ~
, ~,~ na.í.s se viram desafiados a inovar os métodos de trabalho e I
8.. r-e
r
I:,
formular sua política operacional..Até então
os bancos oomer-I
It
!
i
ciais
traziam.consigo o tradicional
"modueoperandi" da áurea
éI
" poc a do café, aa.Lvo algumas ezo eçce a, O comedimento, a cEmte- ~
I
~
f
t La,
a
sobriedade e a minimizaçao do' r-ísc o, aliado ao consenso i ~i
d,e solidez S9 aobr-eaaaaam marrí.f'e s tamarrto , Lnc Lua í.ve no aepec to 'i
l
f' { ~~~:~•..vo"'\ ,,~jI"'J, .••..-.~~: F;,... ,,,!;...,, ••.,",r~~ ,·...~t; r1 l=lr-:,~'i pr.,.~,·,A •..",," t'"'I C. , ....•c)-r"'-" ~ "'i""II": r..•SI
~, -~-~ ÇA~Ç~~V~ U~ =~~V~.~ U~~ ~ÕO~v~~Q ~~~v~~~~ O
I
~ O surB:imento de uma nova. var í áve.L desafiadora o,brifrou-os ~ I
t '-' ~ :
r
a uma mudança radical na :forma de atuare Observou.-se, por con-I
~,' I
fi s equênc í,a., a extraordiniria dinamização das atividades bancázâee , !
11',' A defesa ~J descapt talizaç
ão
somente poderia ser aãcançaõa t í1
,'
mediante lucros cresoentes que possibilitassem o reinvestimentc)
!
!
sistemático OJ."a, tal ôee í.dera to :pressupõe também.um ritmo dei
,
" '", o , í . ,
aplicaçoes da carteira de emprestimos a n veia crescentes, con-
I
!
dição essa apenas viável se o~ recursos captados acompanharem
-
I
. "pari passutl tal crescimento Tais recursos podem ser dividi-_ !
'
i
dos, teoricamente, quanto às~suas fontes, em próprios ede ter- t,i
ceiros~ Obviamente, a imin~ncia~.
da descapita1ização torna difi. .~
!
I
c11 a utilizaç~o dos recursos prórpios em ritmo crescente, Bufi II
::::::8
r:;::u a::::::e::i:::::::ll~:b::S
o:p~::::~:::
(::::::::'
d:
• terceiros) e o esforço na captaçao junte 0,0 públicct Y8io a rc~
j,', (,].0) P'A.SSOQ,t, ',;
t
A ~ Carlos de Faro - op~ cit. pag,37.
.
~"'JII'V"/~'_tIPr'.,.:.~ ~, ,••••••.._•.•.•••~_ ••,~ •...,;-__ , ••_.,f/t~ __ •• __••••__ ._ ••••__ •••__ ••••• ~_ ••• •••••••,_.:_ .••••••..-' ••4_••• ....".,...••"",.,_._..-~ •••••_ ••·.··J.
. .- 22 ~
r"""""''''=-~·'''-'_·_-'''-·--·-'··--'~~~~···'V7···~'-'~~~··--~~'~---~~~~--,.-~-~
..-.,,--.--~.~--
...
,"-~.:.,
.."~~,.-~,~
;
querer mu.dançassubstanciais na imagemtraoicional
das agências
I
bano ár-Laa,
I
1
do ~
"laj' out" das agências, que de austeras e
aôbr-í.ae ,passaram
a
I
surrtuoaas e conf'or-táve.í.s , <'ti.. cLí errt.- - e La'" G.ll antes.n composta..'
:r
.lor uma' "
felite especialt perd.eu essa carac"terística na. medida em qu.e se ~
obaer-vou-ue uma IJa.i.llatilla e sj.stem.sC:tica transformação
popula.rizou. o serviço públj.co"
A cz-esceu te n8cessidade d® depósitos forçou. tal mudança de ~
~
~
~!
a tendimen.to e mais, na pz-opcr'çao em que a transfç.J.;"'IDaçaoresu.l ta ~
'!!
servi-A aber-tu.ra de novas -
I
.;
agências,facilj.taéi.8. ,co:nforruejá foi expoeto no item anterior, f
í
,1
pelas Au.toridades Monet.árd aa , também. veio atender às necG8f.3ida~ ~1
I
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I
ne~es:::::-::sa:::::t::'l::::::::d:::
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:~P::e::~s::n:;:r::
I
timos e dos depósitos -'para combater a erosaom.onetaria nao t
Ir
 solução não
I
foi expontãnea.. Havia uma cau.sa por trás disso tudo, motivada'
i
pela pr~9pria inflação.. Ninguém em sã consciência, em tempos de ~
I
j.nflação crescente, deixaria os seus recursos. ociosos, princi~._ ~
I'
pa.Lmen.te tlepof:Ü'~ados em oUllco,rel1den.do uma taxa de ju.ros nega-I
.
'
t
I
tiva. Contudo, os dep6si tos bancários c r-o ace'ram no período" Por \I
outro lado, os bancos tambémaumentaramsuas apll.caçõc••, igual-
!
L..._ ..
~--- __ --_---
..--- ..
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v a em pz-oôu t.o posi tilro? oe. bancos pr ocu.rai-am Leva r seus
§os cada vez mais pr6ximo aos clieuteso
de s de expansão dos servj~ços bancár í.os ,
Como C!ons equênc La dessas modificaçõ'2s obseryou,~se ;
aumerrt o do núme r o de f'un.•.cionáriof);
- aumento no custo operacJ.onal dos bancos;
~
aumento n.os depósitos;
1
I
I
aumento da lucratividade no setor bancário~
processo de realimentaç~o da inflaçioé
t
- 23
r:~~'e:::t:=-::x~-:e~:::-:~::ti
va:·-:mo-:-:~~c:·l
!
este aparente pa'rad oxo? Comoé
que se explica. a eobr-evavênc í.a '!
I
de todos esses bancos ne.ase per:(odolf 81 o ClU8 é pior$'o cresci- f!
mento de todos ou da maioria deles?I
i
i
!
,.,
Na verdade, o processo inflacion.ár:.i.o gera curiosas ao.lu - I"r.
1
,
çoes , Apesar da lei da. usura limitar o teto máx.tmo de 12% asa ,para os jtJ.ros ativos? os banque í.r ca engenhosamente c obr-avam aLén
I
~ da taxa efetiva de 12% ava; ~ comi8sões~ emo.lument os e taxas der
!
~ dí t ..) 1 1 ,'" d' - r
f
expe aen e<> 1ara e amence ~ nao pagavam aos r' OpOSJ..tantes nada ' ~â •.•• ~
I
além dos6%
8. ••8.0 sobre os valores deposi tados-. Para a c onceaaao fI de empréstimos, ainda eJdgiam 1)JIlareoiprocidade ele mais ou. me... ~
i
,
J nos 30% sobre o crédito aber to e a cobrança ,dos juros sempre
f.
',; foi antecipado, ou seja, utilizavam o sistema de deec orrt o por' ~
I
I, dentro.. Atnavés desses artifícios a taxa de juros chegou a a
t
~ i
.1
tingir 37% a.a,. o 'lua evidentemeute c cmpenaava os b.all'laoircc.I
R Em contrapar-t í.da, os tomado:res de empréi:3timos
9 mesmoa
es-r. ~
!
sa elevadataxa se sentiaminteressados, por
quan'to a taxa infla
I·
c ã onár-í.a a sup.Lant.ava , Ademais, as c1espe~:lasfinanceiras decor- t
rentes dessas operações de crécli to eram ag.r'egadas ao custo do i
f
produto, de tal sorte que, na realid.auet o empresário obtinha o ~
~
retorno do valor de apend.i.do , f
!
Como correr do processo, a inflação que tivera origem na ~
I '
demanda excessiva associou-se à inflação de custo~ pelo proces-
i
t
so realimentador acima descr:l.to~
I
Tudoisso explica a crescente procura de crédito, mase os
I
depósitos, como cresceram~}
i
À primeira vista. isso poderá parecer incoerente, porém, o
i
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i
quadro a seguir, demonata-a c La'ramerrte tal fato.
i
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QUAD@_..Irr
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!>~I)eSITºS DOS 13ANCOS CGrl"íEHCIAIS .i
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24
-
---,.,,---,---DEPQSITOS ::OOS BANCOS aOJWEROIAIS
---'-....;;...;....-(em b:L11'lões de Cr$)
l-i
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perfeitamente a inflaçãoo·1
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r-eaí.e era-natural que os detentores de poupanças se del'iÍnteressasi
sem em apliaá-las em dep6sito a prazo.. Os dep6sitos à vista,-I
todavia, resistiam à inflação, pois individuos e empresas não 'I.
podiam dispensar seus encaixes~d~
movimento. e os bancosconti-nuavam sendo o melhor lugar para guardá-los e Foi esss. reeistên:
Depósitos nos Papel-t.1oeda
.Anos Ba."1COS
Com.er-ciais (1) em circulação
1951 69s 1
1952
77~21953
1954
~-955
105~3
37?9
49~O
122,1
1956
147
17
200~3
1957
)-958
1959
1960
241
j8
35l~7
99,7
127~1 169~1
196+
1962
1963
6651>9 1~094,l0
255,8
1964.
1e793v 3
3,,217~9
396\17
683,8
1965
6e041,410155,8
1 ..
729,9
!2nt~: Re1atóri'0 elo .Bane O Central elo Brasil, cita
do Carlos de Faro Passos - opocit~
1:
'fato notório que os depósitos a prazo diminu.irarn. sensi~~veLmerrte nesse período" porém ;:os .depósi to à vista aoompanhar-am
Ambos esses reSlll tad.os se explicam '
facilmente: com taxas de juros fortemen.te negativas em termos c
eia que permitiu qu.e os Bancos Comerciais respeitassem a lei da
25
-~1Ifro'lO"''''Cl.l:>c'Q':! .b_~_'_'''"_~,' ~~-~ W_'_~_' __ -"__ :-'>"" __ '. ~1__ ~"''' __ ''-=-'''''''''''\Io""_,,,,,,_t_ ••~;;._.~,<1t •.
i '
,
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Ai está, a razã.o principal do cz-eac í.ment.o dos dep6si +os , aE;xiliado em parte pelo avolum::uaento dos meios depagamento~
1"
I
i
I
moeda em :poder do púb.LLco,i
O Prafe Carlos de Faro Passos, assinala outros fatores com~
I
pLemerrtar-ea , tais comost
t
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{ ~ ~ I ~I
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1
! R!
dos empréstimos, concediàos ••1
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quet
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~ I' ~l
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1I
o receio de aplicar ( ou depositar ) os seus capita~s a
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longo pr-az o, uma vez que se vivia. em uma c onjurrtura :Lnf'lat
-\
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~ 1. jI
~ f,i
1
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I
/;Evidentemente ..
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a competição para a captação desses dep6si- jI
a ,li
I
tendimento aos clientes modificou-se radicalmente, a ponto de ',.elevar significativamente o custo de captação desses
recursos,-I
·1
I
O Prof. Mário Henrique Simonsen descreveu esse pr-oc esao, - t
'l
apontando tlqu.eas taxas nominais ô.e juros (empréstimos) subã a-._ ~
.~
/ ~
dê uma forma ou outra contribuia para colocar maior volume de t
a inex:i.stência.de
ti
tu:.Losfinanceiros que pudessem. ser ~adquiridos pelos poupadores;
cionária;
..•
o deE;COlllteci.men"'Go das oper-aç ces nas Bolsa de Valores (a~
sar do volullle :.reduzIdo de neg6cios nestas instituições),
e
.• o crescime:ú:tor~piào da ec ononrl.a br-as.í.Led.ra , (J..2)
Além desses fatoress- aind.a poderíamos acrescentar a exigêJ2
cia dos saldos médios (reciprocidade) pelos bancos aos seu.s
!l1U.-tu.ários? o que propiciava uJJla:xetenção compuls6ria lia priori" ,
tos se acentuou entre os diversos bancos, de tal sorte que o
claro está, apenas remunerando os depositantes dentro das
fai-sem com a inflaçãos ultrapassando amplaraente as barreiras da
~
do tI
~ ~
ponto de vista do e'luilíbrio do mercado de crédito" As
élistor-I
'\
, . l
l
~~""'_(~'C(12) PASSOS,__ , ••.,."",Carlos;_.r""~""""",1'_'''~-'''''''''''''-'''--'''.''~'•..•de Faro -7-...,... ....op.cit.~..._~ -pag .•...·...."'-'-, •._·.,..·..•...-__ ...__',..53
A-""_' •••'__ ·_.,._•...·,,~···••.••'K.~_..!
lei da u.sura, era algo perfeitamente normal e até desejável,
- 26 M~
~"-...·H.·.. . ,""'. '. ."
de empréstimo subirem conside~
ravelrü.ente, mas as do depésitos cont.tnuarae adstri tas 8,0[3
clás-A dist~l1cta anormal f:íll'tre as duas
taxas li sustentável apenao l1L1TJl per! odo
disputar. com v~jemªncta os dep6si-_
a ~eT)~p~An+n~. um +~n~) Cl.~e·
me-cado-c.:.c" •• l: ..•...•••...•-~ ..~tt..!. .J,~... V..J,..J:'\ '#.L t;:;.v, _
E ai se ô,esenvolve!1. um dos
rame..se
inúm.eras contas d.e dGp6sit08 ele muito movimento e poucotsaldo !,' excesso de empr-ego de pe;-3so8..1
assim. poz' d1ante Eo
Como consequência,
os bancos passaram a t€~rlaltfs&imos custos
Os' gxáfioos a aeguí.r , ap r'e sencado s por LHif.
Chris~Gof.fel'·-son, dão uma cLaz'a idêi.a. da evolução das taxas de juros' e dos ~
c usto s ope racã onaã s e dos lU,OI'Of:3 li<luido8q
GRttFI CO lH~ 1
ft!._...",.,.~ _
20%