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Caracterização morfológica de fontes de resistência de meloeiro a Rhizoctonia solani.

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Pesquisa /

Research

brasileira

brasileira

I

númeras doenças radiculares afe-tam o meloeiro (Cucumis melo) nas principais áreas produtoras de melão nos estados do Rio Grande do Norte e Ceará (Andrade et al., 2005a). Dentre estas, a rizoctoniose, causada pelo fungo

Rhizoctonia solani, vem se destacando como uma das mais importantes (An-drade et al., 2005a). Os sintomas da rizoctoniose apresentam-se como

tom-bamento de plântulas, cancros nos talos, podridão de raízes e frutos, tendo como consequência o declínio ou colapso de ramas, o que reflete diretamente na produtividade e/ou qualidade dos frutos (García-Jiménez et al., 2000).

A espécie R.solani é um habitante natural do solo e apresenta uma ampla gama de hospedeiros, sendo extre-mamente difícil realizar seu controle

(Sitterly & Keinath, 1996). Até o mo-mento, medidas de controle químico têm sido pouco efetivas e no Brasil não existem produtos registrados para o controle do patógeno em meloeiro (Agrofit, 2014). O controle cultural tem se mostrado pouco eficiente devido à grande longevidade das estruturas de resistência do patógeno (escleródios) no solo e à ampla gama de hospedeiros SALES JÚNIOR R; NUNES GHS; SILVA KJP; COSTA GG; GUIMARÃES IM; MICHEREFF SJ. 2015. Caracterização morfológica de fontes de resistência

de meloeiro a Rhizoctonia solani. Horticultura Brasileira 33: 196-202. DOI - http://dx.doi.org/10.1590/S0102-053620150000200010

Caracterização morfológica de fontes de resistência de meloeiro a

Rhizoctonia solani

Rui Sales Júnior1; Glauber HS Nunes1; Katchen JP Silva1; Gabriel G Costa1; Izabel M Guimarães1; Sami

J Michereff2

1UFERSA, Depto. Ciências Vegetais, C. Postal 137, 59625-900 Mossoró-RN; jrrui@hotmail.com; glauber@ufersa.edu.br;

katchenjulliany@hotmail.com; izabelmguimaraes@hotmail.com; 2UFRPE, Depto. Agronomia, Av. Dom Manoel de Medeiros s/n,

52171-900 Recife-PE; sami@depa.ufrpe.br

RESUMO

A rizoctoniose, ocasionada pelo fungo Rhizoctonia solani, é uma doença frequente em áreas cultivadas, intensivamente com melão (Cucumis melo) no nordeste brasileiro. O objetivo do presente

trabalho foi identificar e caracterizar morfologicamente fontes de

resistência de meloeiro a R. solani. No primeiro ensaio foi avaliado o nível de resistência de 22 acessos de meloeiro coletados no nordeste brasileiro, frente ao isolado RS-21. Os acessos resistentes do primeiro experimento juntamente com 13 linhagens do cruzamento ACP x

AF-646 foram avaliados para reação aos isolados RS-22 e RS-23 em um

segundo ensaio. Utilizou-se o delineamento inteiramente casualizado

com cinco repetições. Foram identificados como fontes de resistência

os acessos T-A-08, T-A-09, T-A-19 e a linhagem ACP-AF-06. Nos dois ensaios de inoculação, as sementes foram plantadas em solo infestado com o patógeno pela incorporação de 50 mg de substrato (grãos de arroz) colonizado/kg de solo. A avaliação dos acessos foi

realizada após 45 dias, com o auxílio de escala de notas de 0 a 4,

para agrupamento de cada genótipo em cinco classes. As fontes de resistência foram caracterizadas morfologicamente em um ensaio em

blocos casualizados com três repetições. A caracterização identificou os acessos T-A-08 e T-A-19 como sendo pertencentes à variedade

botânica momordica e o acesso T-A-09 e a linhagem ACP-AF-06,

pertencentes às variedades acidulus e inodorus, respectivamente. As fontes de resistência poderão ser utilizadas em futuros programas de melhoramento genético visando obter genótipos (linhagens e híbridos simples) resistentes a R. solani.

Palavras-chave: Cucumis melo, rizoctoniose, germoplasma, resistência genética.

ABSTRACT

Reaction of melon accessions to Rhizoctonia solani

Rhizoctonia root rot, caused by Rhizoctonia solani, is a common disease in areas intensively cultivated with melon (Cucumis melo) in the Northeastern Brazil. The objective of this study was to identify and characterize morphologically resistance sources of melon to R. solani. In the first trial, twenty-two melon accessions collected in the Northeastern Brazil were evaluated for their reaction to the isolate RS-21, in an experiment with the completely randomized design and

five replications. The resistant accessions of the first experiment and 13 inbred lines of the ACP x AF -646 cross were evaluated for their

reaction to the RS-22 and RS-23 isolates on a second trial carried

out in a randomized design with five replications. The accessions T-A-08, T-A-09, T-A-19 and the line ACP-AF-06 were identified as

sources of resistance. In both inoculation trials, seeds were planted in infested soil (50 mg of colonized rice grains/1.0 kg of soil). The

evaluation of accessions was performed after 45 days, with a score scale from 0.0 to 4.0 to cluster genotypes in five classes. Resistance

sources were characterized morphologically in an essay carried out in randomized block design with three replications. The characterization

identified the T-A-08 and T-A-19 accessions as belonging to the

botanical variety momordica and the T-A-09 accession and the ACP-AF-06 inbred line as belonging to the varieties acidulus and inodorus, respectively. Resistance sources may be used in future breeding programs aiming to obtain genotypes (inbred lines and hybrids) resistant to R. solani.

Keywords: Cucumis melo, rhizoctonia root rot, germplasm, genetic resistance.

(2)

suscetíveis, o que vem a dificultar a ro -tação de culturas (Andrade et al., 2005b; Michereff et al., 2008).

A utilização de cultivares resistentes constitui uma medida estratégica no manejo integrado de doenças uma vez que é de fácil adoção por parte do pro-dutor, compatível com outros métodos de controle, e conveniente do ponto de vista ecológico, pois não traz danos ao homem e ao meio ambiente. Dentro desse contexto, uma primeira ação é a identificação de fontes de resistência no germoplasma disponível para ser incorporado em linhagens elite em eta-pas subsequentes do programa visando resistência genética a determinado patógeno.

A busca de fontes de resistência deve ser feita no germoplasma primário da cultura. No caso específico da espécie Cucumis melo, considerada a mais polimórfica dentro do gênero Cucumis

(Luan et al., 2010), mesmo tendo seu centro de origem, domesticação primá-ria e secundáprimá-ria em regiões distantes do Brasil, possui variedades tradicionais adaptadas às diferentes condições edafo --climáticas nacionais. As variedades tradicionais de melão, introduzidas a partir do século XVI pela imigração, ainda estão presentes devido ao processo de seleção realizado ao longo dos anos pela agricultura familiar. Essas varie-dades vêm sendo coletadas junto aos agricultores do Nordeste brasileiro, bem como em outros estados da Federação (Delwing et al., 2007).

Ressalta-se que o trabalho de coleta, multiplicação e caracterização de aces-sos tem grande importância por dois aspectos. O primeiro está relacionado com a própria preservação da variabi-lidade genética existente na agricultura tradicional. A intenção é manter essa variabilidade presente nas propriedades, conservando-a em bancos de germo-plasma ou mesmo in loco, evitando, por conseguinte, a erosão genética pela introdução de cultivares melhoradas. Um segundo aspecto está relacionado com os programas de melhoramento genético, pois as variedades tradicionais são importantes, principalmente, por se constituírem em fontes de alelos. Com efeito, as informações geradas na caracterização podem auxiliar o

melho-rista na identificação de genitores com fenótipos desejáveis como resistência aos principais patógenos da cultura, alto teor de sólidos solúveis e longa vida pós-colheita (Torres Filho et al., 2010).

Não obstante, mesmo com a coleta do germoplasma, são escassos os traba-lhos de caracterização morfológica em meloeiro, sendo necessária, portanto, uma maior quantidade de informações (Neitzke et al., 2009; Aragão et al., 2013). Por outro lado, são inexistentes relatos sobre a reação de acessos cole-tados no nordeste do Brasil à R. solani. Esses dois fatos motivaram a realização do presente trabalho visando a caracteri-zação morfológica e a reação de acessos e linhagens de meloeiro à R. solani.

MATERIAL E MÉTODOS

Material genético - No primeiro experimento foram avaliados 22 aces-sos de meloeiro coletados no nordeste brasileiro (Tabela 1).

No segundo experimento foram avaliados sete acessos T-A-08, T-A-09, 10, 13, 17, 19 e T-A-20, doze linhagens oriundas do cruza-mento ACP x AF-646, seus genitores e os híbridos Sancho, AF-646 e AF-682 (Tabela 2). O híbrido ACP tem fruto pequeno (1,0 kg), casca amarela, lisa, polpa esverdeada, alto teor de sólidos solúveis (13ºBrix) e apresentou resistên-cia ao fungo R. solani em observações anteriores. O híbrido AF-646 possui

casca amarela, polpa branca e teor de sólidos solúveis na faixa de 9 a 12ºBrix. Todos são híbridos simples e andromo-nóicos. O avanço das gerações de auto-fecundação foi realizado pelo método descendente de uma semente ou SSD (Single Seed Descendent). As linhagens foram avaliadas em campo, em três locais, e selecionadas para produtivi-dade e qualiprodutivi-dade de frutos (firmeza da polpa, cavidade interna, teor de sólidos solúveis e espessura da polpa). Durante a realização deste trabalho as linhagens encontravam-se na geração S10.

Isolado e preparação do inóculo -

No primeiro experimento foi utilizado o isolado RS-21 obtido de raízes de meloeiro, ‘Vereda’, proveniente do campo de produção de Baraúna-RN. No

segundo experimento foram utilizados os isolados RS-22 e RS-23 coletados de raízes de meloeiro, ‘Sancho’, provenien-tes da horta didática do Departamento de Ciências Vegetais da Universidade Federal Rural do Semi-Árido, em Mossoró.

O inóculo de R. solani foi prepa-rado em Erlenmeyers contendo 50 g de substrato de casca de arroz e 30 mL de água destilada, sendo estes au-toclavados (120°C, 30 min, 1 atm). O fungo foi cultivado em meio de cultura batata-dextrose ágar (BDA) durante sete dias. Após esse período, três discos de cultura com 5 mm de diâmetro foram transferidos para cada recipiente que continha o substrato esterilizado. Em seguida foram incubados em câmaras tipo B.O.D. com 25±2°C e luminosidade contínua durante 10 dias. O substrato colonizado pelo patógeno foi acondicio-nado em sacos de papel e colocado para secar em condições de laboratório, por 48 horas (Noronha et al., 1995). Após esse período, o substrato foi triturado e pesado, obtendo-se amostras de 50 mg/ kg de solo (Andrade et al, 2005a).

Foi utilizado um solo areno-argiloso, classificado como Argissolo Vermelho Amarelo, conforme Embrapa (1999), previamente esterilizado em autoclave (120°C, 1 hora, 1 atm). Os resultados da análise química do solo foram: pH (água 1:2,5)= 6,74; Ca= 2,23 cmolc/kg;

Mg= 0,52 cmolc/kg; Al= 0,0 cmolc/kg; (H + Al)= 0,26; P= 202 mg/kg; K= 60 mg/g; Na= 31 mg/kg e condutividade elétrica do extrato (1:5 dS/m)= 0,031. Não houve necessidade de correção do solo por calagem ou adubação.

Avaliações - Ambos experimentos foram conduzidos em casa-de-vege-tação, sendo o primeiro realizado no período de outubro a novembro de 2008, enquanto o segundo se deu no período de março a abril de 2011. Os valores de temperatura do ar variaram entre 26-29°C e a umidade relativa entre 45-65% no primeiro experimento, enquanto no segundo experimento foram de 25-33ºC e 59-63%, respectivamente.

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câmara séptica. O semeio foi feito em bandejas de poliestireno expandido com 128 células contendo o substrato Plant-max®, e aos 14 dias deste foi realizado

o transplantio das plântulas para vasos plásticos contendo 2 L de solo infestado artificialmente, momento antes do trans -plantio das mudas, pela incorporação de substrato colonizado com R. solani (50 mg/kg de solo).

Os experimentos foram conduzidos em delineamento inteiramente casuali-zado com quatro repetições, sendo cada unidade experimental constituída por um vaso contendo quatro plantas. As plantas foram regadas diariamente de forma manual.

Os acessos foram avaliados aos 45 dias após o transplantio quanto aos ní-veis de severidade da rizoctoniose, com o auxílio de uma escala de notas de 0 a 4 (Noronha et al., 1995), adaptada para as raízes de meloeiro, onde 0= ausência de sintomas; 1= hipocótilo com pequenas lesões; 2= hipocótilo com grandes lesões sem constrição; 3= hipocótilo totalmen-te constrito, mostrando tombamento; e 4= tombamento de plântulas e/ou morte total das mesmas. A severidade média da doença foi utilizada para agrupar os acessos nas seguintes classes de resis-tência: 0= similar a imune (SI); 0,1-1,0= altamente resistente (AR); 1,1-2,0= mo-deradamente resistente (MR); 2,1-3,0= suscetível (SU) e 3,1-4,0= altamente suscetível (AS).

Análises estatísticas - Os resultados de severidade foram submetidos ao teste não paramétrico de Kruskal-Wallis com nível nominal de significância de 5% de probabilidade (α= 0,05). As análises fo -ram processadas no Software R, Versão 2.10.1. (R Core Team, 2013).

Caracterização morfológica dos acessos/linhagens resistentes - A ca-racterização dos acessos foi realizada em um delineamento em blocos casua-lizados com três repetições. A unidade experimental correspondeu a uma linha composta por dez plantas no espaçamen-to 2,0x0,3 m. Os caracteres qualitativos utilizados foram cor do epicarpo, cor do mesocarpo, rachadura de fruto, ex-pressão sexual, abscisão do pedúnculo e aroma (IPGRI, 2003). As avaliações foram feitas pela observação visual das características. Os caracteres

quantita-tivos avaliados foram número de frutos por planta (razão entre o número total de frutos e o número de plantas total da parcela); massa média do fruto {todos os frutos da amostra foram pesados com uso de uma balança, expressa em gramas (g)}; índice de formato (obtido pela relação entre diâmetro longitudi-nal e diâmetro transversal, medido na região equatorial do fruto com auxílio de um paquímetro); espessura da polpa {utilizando um paquímetro foi tomada na região equatorial, a partir dos frutos seccionados transversalmente, a parte do fruto que contém o início da cavidade placentária até o início da formação da casca, expressa em milímetros (mm)}; firmeza da polpa {após corte transversal do fruto, foram tomadas três leituras por fruto em cada lado da polpa, na região equatorial, equidistantes em relação ao comprimento e à espessura da polpa, foi utilizado um penetrômetro modelo Wagner® com pluncher de ponta cônica

de 8,0 mm (Fruit Pressure Tester – FT 011. MOD) para medir a resistência na polpa, os resultados foram expressos em Newton (N)}; sólidos solúveis {foi retirada uma amostra de aproximada-mente 2/3 da espessura da polpa na região equatorial do fruto, no sentido da cavidade; a amostra foi pressionada manualmente até que uma parte do suco fosse depositada em um refratômetro digital (Digital Refractometer Palette 100), e os resultados foram expressos em ºBrix}.

Para os caracteres quantitativos realizou-se a análise de variância em um modelo composto pelo efeito de blocos como aleatório e o efeito de acesso como fixo. O agrupamento dos acessos foi realizado pelo método de Scott & Knott (1974). Todas as análises foram processadas no programa Sisvar Versão 5.3 (Build 77) (Ferreira, 2011).

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Em estudos que têm como objetivo a identificação de fontes de resistência a um determinado patógeno é importante que a qualidade do inóculo, o método de inoculação e as condições ambientais proporcionem uma boa discriminação evitando escape ou a classificação errônea dos genótipos. Nesse sentido,

considerando que o método de ino-culação empregado foi validado em outras oportunidades, mostrando-se eficiente (Michereff et al., 2008), que as condições ambientais observadas no presente trabalho (temperatura média = 28,6°C ± 3,0 e umidade relativa média = 37,23%) estão dentro da faixa ideal para que ocorra infecção de R. solani (Booy

et al., 1987) e que os genótipos susce-tíveis exibiram sintomas extremamente severos, permitindo a discriminação dos acessos conforme verificado nas Tabelas 1 e 2, infere-se que o inóculo produzido foi ativo e de boa qualidade.

No primeiro ensaio, observou-se efeito significativo de acessos para reação a R. solani (χ2 = 30,18; p<0,05)

(Tabela 1). Os acessos foram agrupados em quatro classes de resistência, sendo a maioria (63,64%) classificada como mo -deradamente resistente (MR) (63,64%), sendo estes: T-A-01, T-A-02, T-A-04, 05, 07, 10, 11, T-A-12, T-A-14, T-A-15, T-A-16, T-A-18, T-A-21 e T-A-22. Os acessos T-A-03, T-A-06 e T-A-13 foram classificados como suscetíveis (SU), totalizando 13,64%. Por outro lado, os acessos T-A-08, T-A-09, T-A-17, T-A-19 e T-A-20 se destacaram com valores médios inferio-res à nota 1,0 (Tabela 1). Entre estes, os acessos A-08, A-09 e A-20 foram altamente resistentes (AR) e os acessos T-A-9 e T-A-17 não apresentaram sin-tomas da doença, sendo considerados imunes (IM) ao patógeno.

Os acessos T-A-08, T-A-09, T-A-17, T-A-19 e T-A-20 que se destacaram no primeiro ensaio quanto à reação ao iso -lado RS-21 mais o acesso T-A-13 foram inoculados com outros dois isolados de R. solani. Além desses materiais foram avaliadas linhagens do Tipo Amarelo e os seus genitores ACP e AF-646. Observou-se efeito significativo de acessos/linhagens para reação aos dois isolados de R. solani (χ2 = 44,05;

p<0,05) (Tabela 2).

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mate-riais frente ao patógeno em estudo. Por outro lado, os acessos T-A-20 e T-A-17 anteriormente classificados, respecti -vamente, como altamente resistente e imune ao isolado RS-21 (Tabela 1) foram altamente suscetíveis aos isolados RS-22 e RS-23.

Os acessos T-A-10 e T-A-13 classi-ficados como medianamente resistente e suscetível no primeiro ensaio, respec-tivamente, foram altamente suscetíveis aos isolados RS-22 e RS-23 (Tabela 2). Em observações realizadas a campo, tem se verificado a suscetibilidade do acesso T-A-13 nessas ocasiões.

Outro aspecto a ser ressaltado é que os resultados envolvendo os acessos avaliados nos dois ensaios evidenciam

heterogeneidade fitopatogênica entre os isolados, confirmando a variabilidade na população de R. solani. Alguns trabalhos têm demonstrado a grande variabilidade de R. solani (Meinhardt et al., 2002; Mahmoudi et al., 2005; Sartorato et al., 2006).

Concernente às linhagens, verificou --se que somente a linhagem ACP-AF-06 foi altamente resistente aos isolados RS-22 e RS-23. As demais linhagens foram altamente suscetíveis ou suscetí-veis a ambos os isolados (Tabela 2). A resistência da linhagem ACP-AF-06 foi provavelmente herdada pelo seu genitor ‘ACP’ uma vez que referida cultivar mostrou-se resistente em ensaios an-teriores (observações de campo, dados

não publicados).

Os trabalhos realizados visando a identificação de fontes de resistência do meloeiro à R. solani são raros no Brasil. O único trabalho encontrado na literatura que aborda a reação de genó-tipos de meloeiro a R. solani foi reali-zado por Michereff et al. (2008). Esses autores avaliaram a reação de híbridos simples de vários tipos de melão a dois isolados do fungo. Foi verificado que, quando considerados os dois isolados do patógeno, simultaneamente, os híbridos Sancho, AF-1805, Athenas, AF-682, Torreon e Galileo comportaram-se como altamente resistentes. Contudo, no presente trabalho não se confirmou a resistência dos híbridos Sancho e AF-682 (Tabela 2). Uma provável explica-ção para as diferenças verificadas entre os dois trabalhos pode ser decorrente da variabilidade genética inerente ao patógeno, tendo em vista que foram utilizados isolados diferentes nos dois estudos.

Outro trabalho visando a identifica -ção de fontes de resistência de genótipos de meloeiro a R. solani foi realizado por Salari et al. (2012). Avaliando 18 culti-vares iranianos em dois experimentos, os referidos autores identificaram como medianamente resistentes as cultiva-res Ghandak, Sfidak khatdar e Sfidak bekhat. Este fato evidencia a dificuldade em se identificar fontes de resistência a R. solani. Fato também verificado no

presente trabalho, uma vez que foram identificados apenas três entre 22 aces -sos e uma linhagem entre doze avaliadas (Tabelas 1 e 2).

A caracterização do germoplasma disponível quanto à reação aos pató -genos de interesse é importante, pois estabelece um elo entre as informações disponíveis em bancos de germoplas-ma e o melhorista. Além disso, para o meloeiro, é importante que as fontes de resistência identificadas sejam ca -racterizadas para variáveis qualitativas e quantitativas relacionadas ao fruto, produto comercial desta cucurbitácea.

A caracterização morfológica evi-denciou heterogeneidade entre os aces-sos/linhagens resistentes e híbridos para todas as variáveis qualitativas e quanti-tativas avaliadas nos frutos (Tabela 3).

Os acessos/linhagens diferiram

Tabela 1. Reação de acessos de meloeiro coletados no nordeste do Brasil a Rhizoctonia solani (RS) [reaction of accessions of melon collected in the Northeastern Brazil to Rhizoctonia solani (RS)]. Mossoró, UFERSA, 2007.

Acesso RS-21

Rank Média CR

T-A-01 42,38 2,00 MR

T-A-02 36,75 1,75 MR

T-A-03 55,88 2,75 SU

T-A-04 35,13 1,75 MR

T-A-05 36,75 1,75 MR

T-A-06 66,50 3,00 SU

T-A-07 48,00 1,25 MR

T-A-08 29,50 0,50 AR

T-A-09 15,00 0,00 IM

T-A-10 46,25 2,00 MR

T-A-11 51,88 1,50 MR

T-A-12 35,13 1,75 MR

T-A-13 66,50 3,00 SU

T-A-14 44,00 2,00 MR

T-A-15 40,75 2,00 MR

T-A-16 42,38 2,00 MR

T-A-17 15,00 0,00 IM

T-A-18 44,00 2,00 MR

T-A-19 22,25 0,25 AR

T-A-20 29,50 0,50 AR

T-A-21 42,38 2,00 MR

T-A-22 36,75 1,75 MR

χ 2 30,2

CR= classe de reação a R. solani (reaction class to R. solani) (Michereff et al., 2008);χ2= valor

de qui-quadrado significativo a 5% de probabilidade pelo teste de Kruskal-Wallis (chi-square value significant at 5% by Kruskal-Wallis test); IM= semelhante a imune (like immune);

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quanto ao número de frutos por planta, com uma amplitude de 12,2 frutos por planta. O acesso T-A-09 foi o mais prolífico com 13,3; seguido dos acessos T-A- e T-A-19 com 2,7 e 2,6 frutos por planta, respectivamente (Tabela 3). Os acessos foram mais prolíficos em rela -ção à linhagem resistente e aos híbridos. Em cultivos comerciais de melão no nordeste brasileiro, o número médio de frutos por planta é 1,2. Com efeito, todos os acessos podem ser utilizados em programas de melhoramento.

Houve variação quanto à massa mé -dia do fruto, com valores de 0,9 a 3,1 kg (Tabela 1). Conforme a lista dos descri-tores do meloeiro publicada pelo IPGRI (2003), no presente estudo, os frutos do

acesso T-A-09 foram classificados de pequenos a intermediários (@ 0,9 kg). Os frutos dos híbridos Sancho, AF-682, Torreon e Galia, bem como da linhagem ACP-AF-06 foram considerados inter-mediários (1,0-1,3 kg), enquanto os frutos dos acessos T-A-08 e T-A-19 e do híbrido Sancho são considerados muito grandes (>2,6 kg). O mercado externo prefere híbridos com frutos de tamanho intermediário, com exceção do tipo Pele de Sapo (Esteras et al., 2013). Nesse sentido, os acessos T-A-08 e T-A-19 não se encaixam no perfil do consumidor quanto a esta característica.

Os frutos variaram quanto ao índice de formato, definido como a relação entre o comprimento longitudinal e o

transversal, com valores entre 1,0 e 2,5 (Tabela 3). Segundo Paiva (2000), frutos com forma esférica têm índice de formato inferior ou igual a 1,0; com forma oval, têm índice de formato entre 1,01-1,50 e comprido têm valor superior a 1,5. Considerando essa classificação, os acessos T-A-08 e T-A-19 e o híbrido Sancho possuem frutos com formato comprido. O híbrido Galia é considerado esférico e os demais ovais (Tabela 3).

Concernente à espessura da polpa, o menor valor foi observado no acesso T-A-09 (2,7 cm) e o maior valor foi veri-ficado no híbrido Sancho (Tabela 3). Os acessos apresentaram menor espessura da polpa em relação àquelas verificadas em genótipos melhorados (híbridos e linhagens) (Tabela 3).

A maior firmeza de polpa foi ob -servada no acesso T-A-09, enquanto os menores valores foram constatados nos acessos T-A-08 e T-A-19 (Tabela 3). A maior firmeza da polpa no acesso T-A-09 era esperada pelo fato de frutos da variedade botânica acidulus serem extremamente rígidos (Fergany et al., 2011). Por outro lado, a menor firme -za da polpa dos frutos foi observada nos acessos T-A-08 e T-A-19, sendo a textura com característica farinácea, característica de melões indianos do grupo momordica (Dhillon et al., 2007, 2009). Os materiais melhorados (hí-bridos e linhagens) devem ter firmeza acima do valor mínimo exigido (22,0 N) para que cheguem aos mercados da Europa e Estados Unidos com qualidade apropriada para consumo.

Quanto ao teor de sólidos solúveis, os resultados variaram de 4,1 (T-A-08) a 12,3ºBrix ‘Sancho’ (Tabela 3). Obser-vou-se que os acessos possuíam baixos valores para esse descritor, contrastando com os valores superiores dos materiais melhorados (híbridos e linhagem). O teor de sólidos solúveis é um dos princi-pais caracteres relacionados à qualidade do fruto do meloeiro. Frutos com valores próximos a 9,0ºBrix são aceitos para comercialização. Estudando a qualidade de vários tipos de melão exportados pelo porto de Natal, Sales Júnior et al. (2006) constataram que frutos com valores entre 9 e 13ºBrix são comercializados no mercado europeu.

De um modo geral, a caracterização

Tabela 2. Reação de acessos e linhagens de meloeiro coletados no Nordeste a dois isolados de Rhizoctonia solani (RS) [reaction of melon accessions collected in the Northeastern Brazil to two isolates of Rhizoctonia solani (RS)]. Mossoró, UFERSA, 2011.

Acesso/linhagem RS-22 RS-23 Rank Média CR Rank Média CR

ACP-AF-06 11,70 0,80 AR 8,1 0,4 AR

ACP-AF-08 76,70 3,80 AS 64,5 3,4 AS

ACP-AF-10 68,40 3,60 AS 72,7 3,6 AS

ACP-AF-12 60,10 3,40 AS 56,3 3,2 AS

ACP-AF-18 68,40 3,60 AS 76,8 3,8 AS

ACP-AF-21 56,10 3,20 AS 60,4 3,4 AS

ACP-AF-24 60,10 3,40 AS 85,0 4,0 AS

ACP-AF-32 68,40 3,60 AS 35,4 2,4 SU

ACP-AF-33 76,70 3,80 AS 68,6 3,6 AS

ACP-AF-34 85,00 4,00 AS 68,6 3,6 AS

ACP-AF-36 68,40 3,60 AS 68,6 3,6 AS

ACP-AF-42 76,70 3,80 AS 76,8 3,8 AS

‘Sancho’ 68,40 3,60 AS 68,6 3,6 AS

‘AF-682’ 68,40 3,60 AS 68,6 3,6 AS

‘AF-646’ 60,10 3,40 AS 76,8 3,8 AS

T-A-08 19,50 1,60 MR 11,9 0,8 AR

T-A-09 11,70 0,80 AR 11,9 0,8 AR

T-A-10 64,40 3,40 AS 52,2 3,2 AS

T-A-13 68,40 3,60 AS 76,8 3,8 AS

T-A-17 68,40 3,60 AS 68,6 3,6 AS

T-A-19 11,70 0,80 AR 11,9 0,8 AR

T-A-20 60,10 3,40 AS 52,2 3,2 AS

χ2 70,44** 44,05**

CR= classe de reação a R. solani (reaction class to R. solani) (Michereff et al., 2008);

χ 2= valor de qui-quadrado significativo a 5% de probabilidade pelo teste de Kruskal-Wallis

(chi-square value significant at 5% by Kruskal-Wallis test); IM= semelhante a imune (like

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evidenciou que os acessos identificados como resistentes a R. solani possuem maior prolificidade e menor qualidade de frutos, ou seja, menor espessura da polpa e baixos valores de sólidos so-lúveis (Tabela 3). Todavia, os acessos resistentes têm potencial para serem uti-lizados em programas de melhoramento visando resistência a R. solani.

Com relação à classificação quan -to à variedade botânica das fontes de resistência a R. solani identificadas, verificou-se que os acessos T-A-08 e T-A-19 pertencem ao grupo botânico

momordica, enquanto o acesso T-A-09 pertence à variedade botânica acidulus. A linhagem ACP-AF-06 pertence ao grupo inodorus, por ter genitores deste mesmo grupo.

Os melões momordica (Cucumis melo Grupo momordica), também denominados de snapmelo, são nativos da Índia e são utilizados em saladas. A principal utilidade em programas d e m e l h o r a m e n t o g e n é t i c o d o meloeiro é sua utilização como fonte de resistência genética a doenças e pragas como, Fusarium oxysporum

sp. melonis, Podosphaera xanthii,

Pseudoperonospora cubensis e Aphis gossypii (Dhillon et al., 2011). Os acessos T-A-08 e T-A-19 apresentaram

todas as características marcantes da variedade momordica. Esse tipo de melão é cultivado por pequenos produtores da região Nordeste (Dantas

et al., 2012). No Rio Grande do Norte é comercializado em feiras e supermercados, sendo consumidos com açúcar após as refeições ou em sucos em razão de seu baixo teor de sólidos solúveis. Uma característica indesejável observada nestes acessos foi o surgimento de rachaduras nos frutos durante a fase de maturação.

Frutos da variedade botânica acidulus

são nativos dos trópicos úmidos do Sul da Índia. Os frutos são monóicos, ovais ou elípticos, casca lisa de coloração amarela brilhante e polpa extremamente rígida e de coloração branca ou creme. Possuem baixo sólidos solúveis e au-sência de aroma. São consumidos em saladas e pratos típicos da Índia como o ‘Sambhar’, um ensopado vegetal com tamarindo (Tamarindus indica) (Fergany et al., 2011). As característi-cas descritas para frutos da variedade

acidulus foram observadas no acesso T-A-09. Este tipo de melão é consumido em salada nas regiões Norte e Nordeste do Brasil.

A linhagem ACP-AF-06 é do tipo Amarelo, o de maior aceitação pelo

mercado externo. Os frutos possuem boa conservação pós-colheita, elevado nível de sólidos solúveis (>10-13ºBrix) e ausência de aroma. Essas caracte-rísticas permitem que acessos deste tipo de meloeiro possam ser incluídos imediatamente em cruzamentos que visem melhorar a resistência a R. solani, reduzindo o tempo gasto para o desenvolvimento de novos materiais, dependendo, entretando, do método de seleção aplicado para se chegar ao referido propósito.

Os resultados obtidos no presente trabalho são relevantes pelo fato deste ser o primeiro relato de fontes de re-sistência a R. solani em germoplasma cultivado por agricultores brasileiros. A identificação dos três acessos re-sistentes proporciona alternativas de genitores para o trabalho contínuo con-tra a rizoctoniose do meloeiro. Mesmo com a baixa qualidade dos frutos, os acessos resistentes podem ser utilizados como fontes de resistência genética em programas de melhoramento genético visando obter genótipos (linhagens e híbridos simples) resistentes ao referido patógeno.

AGRADECIMENTOS

Os autores agradecem ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científi -co e Tecnológi-co (CNPq) pela - conces-são de recursos para a realização desse trabalho.

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Tabela 3. Caracterização morfológica de acessos de melão coletados no nordeste do Brasil (morphologic characterization of accessions of melon collected in the Northeastern Brazil). Mossoró, UFERSA, 2011.

Acesso GB CC CP NF MF IF EP FP SS

T-A-08 3 Cr Br 2,7b 2,5a 2,1a 2,8b 18,1c 4,1b

T-A-09 4 Am Br 13,3a 0,9b 2,2a 2,1b 42,6a 5,5b

T-A-19 3 Cr Br 2,6b 2,4a 1,7b 2,7b 17,2c 4,8b

ACP-AF-06 2 Am Br 1,1c 1,2b 1,1a 4,5a 28,6b 10,4a

‘Sancho’ 2 Vr Bv 1,1c 3,1a 1,7b 5,5a 26,1b 12,2a

‘AF-682’ 2 Am Br 1,3c 1,3b 1,1a 4,7a 26,2b 10,9a

‘Torreon’ 1 Ve La 1,2c 1,3b 1,0a 4,9a 27,9b 12,1a

‘Galia’ 1 Ve Ve 1,2c 1,1b 1,1a 4,1a 24,6b 12,3a

1= cantaloupensis; 2= inodorus; 3= momordica; 4= acidulus; Ve= verde (green); Am= amarelo (yellow); Br= branco (white); Cr= creme (cream); La= laranja (orange); Bv= branco-esverdeada (greenish-white); Vr= verde-rajada (green-stripped); GB= grupo botânico (botanic group); CC= cor da casca (rind color); CP= cor da polpa (pulp color); NF= número de frutos por planta (number of fruits per plant); MF= massa média do fruto, kg (average

fruit weight, kg); IF= índice de formato (format index); EP= espessura da polpa, cm (flesh thickness, cm); FP= firmeza da polpa, em N; SS (flesh firmness): SS= sólidos solúveis totais, % (soluble solids, %); médias seguidas pela mesma letra pertencem ao mesmo grupo pelo

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