www.rbceonline.org.br
Revista
Brasileira
de
CIÊNCIAS
DO
ESPORTE
ARTIGO
ORIGINAL
Influências
do
exercício
físico
na
qualidade
de
vida
em
dois
grupos
de
pacientes
com
câncer
de
mama
Jurema
Gonc
¸alves
Lopes
de
Castro
Filha
a,∗,
Ana
Karine
Pires
Miranda
b,
Francisco
Farias
Martins
Júnior
c,
Herikson
Araujo
Costa
d,
Karla
Régia
Ferreira
Viana
Figueiredo
e,
Mario
Norberto
Sevilio
de
Oliveira
Junior
fe
João
Batista
Santos
Garcia
gaProgramadePós-Graduac¸ãoemSaúdeMaterno-Infantil,CentrodeCiênciasBiológicasedaSaúde,UniversidadeFederal
doMaranhão,SãoLuís,MA,Brasil
bPós-Graduac¸ãoemSaúdeeAmbiente,CentrodeCiênciasBiológicasedaSaúde,UniversidadeFederaldoMaranhão,SãoLuís,
MA,Brasil
cEspecializac¸ãoemCiênciaseMedicinadoEsporte,CentrodeCiênciasBiológicasedaSaúde,UniversidadeFederaldoMaranhão,
SãoLuís,MA,Brasil
dProgramadePós-Graduac¸ãoemSaúdedoAdultoedaCrianc¸a,CentrodeCiênciasBiológicasedaSaúde,UniversidadeFederal
doMaranhão,SãoLuís,MA,Brasil
eCursodeEducac¸ãoFísica,CentrodeCiênciasBiológicasedaSaúde,UniversidadeFederaldoMaranhão,SãoLuís,MA,Brasil
fDepartamentodeEducac¸ãoFísica,CentrodeCiênciasBiológicasedaSaúdeUniversidadeFederaldoMaranhão,SãoLuís,MA,
Brasil
gDepartamentodeMedicina,CentrodeCiênciasBiológicasedaSaúdeUniversidadeFederaldoMaranhão,SãoLuís,MA,Brasil
Recebidoem7dejaneirode2013;aceitoem22denovembrode2013 DisponívelnaInternetem9dedezembrode2015
PALAVRAS-CHAVE
Neoplasias; Treinamento; Qualidadedevida; Câncerdemama
Resumo Oobjetivodesteestudofoiinvestigararelac¸ãoexistenteentreexercíciofísicoeseus efeitosnaqualidadedevidadepacientescomcâncerdemama,pós-cirurgia(seismeses) sub-metidasaexercíciosfísicosenãosubmetidas.Participaramdoestudo24mulheressedentárias divididasaleatoriamenteemdoisgrupos:grupoexperimental(N=12),submetidoaexercícios (GE=52,41±9,11anos)eGrupo Controle(N=12), nãosubmetido(GC=49,58±4,94anos).Para tratamentoestatísticofoiusadooprogramaBioEstat5.0,apósaverificac¸ãodanormalidade pormeiodotestedeShapiro-Wilk,comresultadodedistribuic¸ãonormal,usou-setestetpara amostrasdependenteseforamanalisadosisoladamenteogrupocontroleeogrupoexperimental pós-treinoeotestetparaamostrasindependentesrelacionandogrupocontrolee experimen-tal pós-treino,ambosconsiderandoop<0,05.Osresultados dopresenteestudomostraram queparaoGEcomparadoaoGChouvemelhoriasnosdomíniosvitalidade(p=0,01),aspectos sociais(p=0,02)elimitac¸õesporaspectosemocionais(p=0,03).Conclui-sequeapráticade
∗Autorparacorrespondência.
E-mail:juremafilha@hotmail.com(J.G.L.deCastroFilha).
http://dx.doi.org/10.1016/j.rbce.2015.11.008
exercíciofísicopós-cirurgiadecâncerdemamacontribuiparamelhoriadosaspectos psicoló-gicos,sociaisefísicos,poréméimportanteconsiderarquaispráticaspodemserdesenvolvidas eemqualmomentodotratamentopodemserinseridas.
©2015Col´egioBrasileirodeCiˆenciasdoEsporte.PublicadoporElsevierEditoraLtda.Todosos direitosreservados.
KEYWORDS
Cancer; Training; Qualityoflife; Breastcancer
Influencesofphysicalexerciseonqualityoflifeintwogroupsofpatienteswithbreast cancer
Abstract Theaimofthisstudy was toinvestigate therelationship betweenphysical exer-ciseanditseffectsonqualityoflifeinpatients withbreastcancer,post-surgery(6months) underwent exerciseandnot submitted.The study included24 women, sedentaryrandomly dividedinto twogroups: experimentalgroupunderwent exercise(GE=52,41±9,1years)and controlgroupnotsubjected(GC=49,58±4,94years).Forstatisticalanalysisprogramwasused BioEstat5.0,aftertestingfornormalitybytheShapiroWilk testwasusedttestfor depen-dentsamplesbeinganalyzedseparatelythecontrolgroupandtheexperimentalgroupandpost workoutttestforindependentsamplesrelatingcontrolandexperimentalgrouppostworkout, consideringbothp<0.05.TheresultsofthisstudyshowedthatfortheEGcomparedtotheCG, therewereimprovementsintheareas:Vitality(p=0.01),SocialFunctioning(p=0.02)and limitations-emotional(p=0.03).Weconcludethatphysicalexerciseduringcancertreatment helpsinimprovementofpsychological,socialandphysical,butitisimportanttoconsiderwhat practicescanbedevelopedandatwhattimeoftreatmenttherecanbeinserted.
©2015Col´egioBrasileirodeCiˆenciasdoEsporte.PublishedbyElsevierEditoraLtda.Allrights reserved.
Influenciadelejerciciofísicoenlacalidaddevidadedosgruposdepacientes concáncerdemama
Resumen Elobjetivodeesteestudiofueinvestigarlarelaciónentreelejerciciofísicoysus efectosenlacalidaddevidadepacientesconcáncerdemamadespuésdelacirugía(6meses) quepracticaronejerciciofísicoyenla deaquellasquenolopracticaron.Elestudioincluyó a 24 mujeres sedentarias, divididas aleatoriamente en dos grupos: el grupo experimental (n= 12)practicóejercicio(GE = 52,41 ±9,1 a˜nos)yelgrupocontrol(n= 12)nolopracticó (GC = 49,58 ± 4,94 a˜nos).Paraelprogramadeanálisisestadístico seutilizóBioEstat5.0. DespuésdelaverificacióndenormalidadmediantelapruebadeShapiroWilk,seutilizóla pru-ebadelatparamuestrasdependientesqueanalizóporseparadoelgrupocontrolyelgrupo experimentaldespuésdelentrenamiento.Enamboscasossetuvoencuentaquep < 0,05.Los resultadosdeesteestudiomostraronqueenelGE,encomparaciónconelGC,hubomejoras enlasáreasde:vitalidad(p = 0,01),funciónsocial(p= 0,02)ylaslimitacionesporaspectos emocionales(p= 0,03).Llegamosalaconclusióndequeelejerciciofísicoduranteel trata-mientocontraelcáncerayudaamejorarpsicológica,socialyfísicamente,peroesimportante tenerencuentaquéprácticassepuedendesarrollaryenquémomentodeltratamientoéstas puedenllevarseacabo.
©2015Col´egioBrasileirodeCiˆenciasdoEsporte.PublicadoporElsevierEditoraLtda.Todoslos derechosreservados.
PALABRASCLAVE
Neoplasias; Formación; Calidaddevida; Cáncerdemama
Introduc
¸ão
Ocâncertemsecaracterizadocomoumgrandeproblema de saúde pública pela alta prevalência tanto em países desenvolvidoscomoemdesenvolvimento.Éumadas pato-logiasquemaismatamatualmente,justificaaspesquisase
buscas portratamentosmenosinvasivos, porémeficientes (CaperutoeNavarro,2009).
ocupacional (indústrias químicas etc.), ambiente de con-sumo (alimentac¸ão, medicamentos), ambiente social e cultural(InstitutoNacionaldeCâncer,2010).
Conceitua-secâncercomoumconjuntodemaisdecem doenc¸asqueapresentamcomoprincipalcaracterística cres-cimento rápido e desordenado de células que invadem diferentestecidoseórgãosepodemespalhar-separaoutras regiões do corpo.Esse processo é chamadode metástase (InstitutoNacionaldeCâncer,2010).
Neoplasia é outro termo usado para designar câncer, caracterizadaporumaproliferac¸ãoanormaldotecido,que fogeparcialoutotalmenteaocontroledoorganismoetende àautonomiaeàperpetuac¸ão,comefeitosagressivossobre ohomem(ABCdoCâncer,2010).
Dentre os diferentes tipos de câncer, o de mama apresenta-se comoa neoplasiademaioríndice de morta-lidade noBrasil, apesarde seuprognóstico serdetectado commaisfacilidade.DadosdoInstitutoNacionaldoCâncer apontaramquepara2012e2013oBrasilpoderiachegar a 52.680novoscasosdecâncerdemama comumrisco esti-madode52casosacada100milmulheres(InstitutoNacional deCâncer,2012).
Como possibilidades de tratamento para esse tipo de câncer estão a quimioterapia, radioterapia, terapia hormonalouhormonioterapiaealgunsprocedimentos cirúr-gicos (mastectomia, quadrantectomia) (ABC do Câncer, 2010).
Classificada em mastectomiaradical (retiradatotal do tecidomamário,músculospeitoralmaioremenore linfade-nectomiaaxilarcompleta),mastectomiaradicalmodificada (extirpac¸ão da mama e esvaziamento axilar radical, com preservac¸ãodomúsculopeitoralmaior)emastectomia sim-ples(remoc¸ãocirúrgicadetoda amama compreservac¸ão detodo o sistemalinfático edos músculospeitoral maior emenor)eaquadrantectomia(retiradadoquadrante cor-respondenteàlocalizac¸ãodonódulo). Oprocedimentoea extensãoparaquaisquerdessascirurgiassãodeterminados pelotipo,graudosresultadosdosexamesepelaexperiência docirurgião.
Entretanto,segundo Battaglinietal.(2006), háque se considerarqueapesardetodasessaspossibilidadesde trata-mentosurgemtambémosefeitoscolaterais(náuseas,perda deapetite,perdadecabelo,depressão,dificuldade respi-ratória,ganhode peso)a dependerdotratamento usado. Como efeitos comuns entre pacientes em tratamento de câncerestãoafadigaeacaquexia.Aprimeiraémais comu-menterelatadaecaracteriza-sepelasensac¸ãodecansac¸o extremodevidoàcombinac¸ãodesintomasfísicosementais (Nunes etal.,2007).Segundo Diettriche Miranda (2005), esseéosintomaparaoqualsetêmassoluc¸õesmenos satis-fatórias. Uma das indicac¸ões para tentar minimizá-laé a estimulac¸ãodepequenasatividadesparapreservaraforc¸a muscular. Quanto à caquexia, é caracterizada pela perda depeso,atrofiamuscular,fadiga,fraqueza,perdade ape-tite e desnutric¸ão aguda desencadeada por desequilíbrio metabólico noindivíduoportador detumor (Nunes etal., 2007).
Além dosefeitos físicos, odiagnóstico decâncer, asso-ciado aos efeitos colaterais promovidos pelos diferentes tratamentos, causaum grande impacto no campo emoci-onale psicológicodessas mulheres.Preconceito, medoda morte, sofrimentoda mutilac¸ão, receiodosurgimento de
linfedema,sentimentodedesvalorizac¸ãosocialsão aspec-tosquecontribuemparagerarimpactosemsuasvidasede seusparentesegerarproblemaspsicossociais.Esseéumdos motivosparaqueotratamentodessaspessoasdevaser efe-tuadoporumaequipemultidisciplinar,cujoobjetivoétratar opacientenasuaintegralidade(Maklufetal.,2006).Dessa forma,torna-seimportanteavaliaraqualidadedevida des-sasmulheres,pois,segundoMaklufetal.(2006),ocâncer demamaeseutratamento,muitasvezesmutilador,podem conduziramulheraalterac¸õesna suaautoimagem, perda funcional,alterac¸õespsíquicas,emocionaisesociais.
SegundoaOrganizac¸ãoMundialdeSaúde(OMS), entende--se por qualidade de vida ‘‘a percepc¸ão do indivíduo de sua posic¸ão na vida no contexto da cultura e sistemade valoresnosquaiseleviveeemrelac¸ãoaosseusobjetivos, expectativas,padrõesepreocupac¸ões’’.Contribuindopara issoestáo exercíciofísico; comofatorde prevenc¸ão,sua práticaregularedevidamente prescritaapresentarelac¸ão direta com a diminuic¸ão dos fatores de riscos no desen-volvimentodeváriasdoenc¸aseaténareduc¸ãoem30%de algumtipodecâncer.Auxiliandonotratamentodocâncer,o exercíciofísicoatuanamanutenc¸ãodopesocorporaltotal, nasfunc¸õesneuromusculares,podediminuiracaquexiaea fadigaeatuardiretamentenobem-estarenaqualidadede vidadessespacientes(MotaePimenta,2002).
Diantedoexposto,oobjetivodesteestudoéavaliaros efeitosdoexercíciofísiconaqualidadedevidadedois gru-posdemulherescomcâncerdemama,umgruposubmetido aumprogramadeexercíciofísicoeoutronão,e correlaci-onarasvariáveisestudadasentreeles.
Material
e
métodos
OestudofoiaprovadopeloComitêdeÉticaemPesquisada UniversidadeFederal doMaranhão.Foramselecionadas24 mulherescomdiagnósticodecâncerdemama,nafaixade 40a67anos,pacientesdoHospitalAldenoraBello,emSão Luís(MA),sobacompanhamentomédicoe apartirde tria-gemconvencionaldainstituic¸ão,nomínimoháseismeses pós-intervenc¸ãocirúrgica,emcontinuidadecomtratamento coadjuvante, nãopraticantes deexercícios físicos regula-resecomumperfilpsicológicodepressivo,segundoanálises doprontuáriohospitalarqueadotaaEscaladeAnsiedadee Depressão(HAD).
Foramexcluídasdapesquisapacientesquenão demons-traramqualquerinteresseemparticipar,bemcomoaquelas quetinham alguma dificuldade oulimitac¸ãopara se loco-movere pacientes que estivessem em metástase em alto grau(fatorlimitanteador);bemcomopacientesque falta-vamaostreinosmaisdecincovezesconsecutivas esema reposic¸ãodostreinosaolongodas12semanas.
coadjuvante usado no início do câncer até o início da aplicac¸ãodapesquisa.
Aavaliac¸ãodaqualidade devidafoifeitapor meiodo SF-36versãoreduzida,questionáriogenérico, multidimen-sional,confiáveledefáciladministrac¸ãoquefoitraduzido evalidadoporCiconellietal.(1999).Essequestionáriofoi aplicadoantesdaprimeirasemanaena10a
semanade trei-namentoporumdospesquisadoresdaequipe.
OSF-36éconstituídopor36questõesquecompreendem oitocategoriasoudomínios.Sãoelas:
• Capacidadefuncional(CF):avaliaaslimitac¸ões relaciona-dasàcapacidadefísica;
• Limitac¸ãodosaspectosfísicos(LAF):avaliaaslimitac¸ões quantoaotipodotrabalhoerelacionamastarefasdavida diáriaprática;
• Dor: avalia a existência da dor, a sua intensidade e o quantoelalimitaasatividadesdodiaadia;
• Estadogeraldesaúde(EGS):avaliadasaúdedopaciente deformageral;
• Vitalidade (V):está relacionada ao vigor, àenergia e à fadiga;
• Aspectossociais(AS):analisaasocializac¸ão;
• Limitac¸ãodosaspectosemocionais(LAE):avaliaaspectos dobem-estarpsicológicodopaciente;
• Saúdemental(SM):avaliaansiedade,depressão,mudanc¸a decomportamentoobem-estarpsicológicodopaciente.
Sua análise está atreladaao escore de 0 a 100, 0 é o piorescore,ouseja,piorqualidadedevida,e100omelhor escore,equivalenteaumamelhorqualidadedevida.
Umavaliadorexperiente,quenãofaziapartedaequipe depesquisadores,foiresponsávelporcoletarosdados obti-dospelaavaliac¸ãofísica,entreeles:antropometria,peso, estatura,avaliac¸ãodasamplitudesdemovimento(ADM)dos ombros,pormeiodeflexímetromarcaSanny,como obje-tivodeverificarosefeitosdaintervenc¸ãodotreinamento, bemcomodos alongamentosnas pacientesdoestudoque jáhaviasofrido intervenc¸ãocirúrgica,e umdos pesquisa-doresfoiresponsávelpelaavaliac¸ãodaforc¸amuscularpor meio do protocolo teste de carga submáxima com várias repetic¸ões.Esseprotocolo,usadoparaanalisaraforc¸a mus-cular,foiadotadoemfunc¸ãodocomprometimentononível de condicionamento físico causado pela neoplasia. Redu-ziu,assim,aspossibilidadesdeumaeventualincidênciade lesõesededesconfortomuscular,induzidospeloestressedo esforc¸ofísicofeito,‘‘devendosermenorcompesos submá-ximosquepodemsermovidos/levantadospormaiornúmero derepetic¸ões,se comparados com pesos máximos, movi-dos/levantadosatravésdeumaúnicarepetic¸ão’’(Guedes, 2006,p.435).
Diversos autores corroboram que a mastectomia pode gerarcomplicac¸õesimediatamenteapósacirurgiaoumais tardiamente, como a limitac¸ão dos movimentos do brac¸o e ombro, o linfedema e variados graus de fibrose e da articulac¸ãoescapuloumeral(Araujo,1998;Mamede,1991; KisnereColby,2005).
Comoprocedimentoadotadofoiestipuladopelo avalia-doruma carga. Apaciente tinha demovimentá-la em no máximo12repetic¸õesefazerduastentativas.Paraalgumas pacientes,naprimeiratentativaoavaliadorobservouquea
cargaeraexcessiva,poisnãoconseguiramcompletarasérie. Na segundatentativa, após cinco minutosde intervalo, o avaliador concluiu que a carga estava adequada, tomou comoreferência aexecuc¸ãodasérienumritmoconstante esomentenofimapresentoudificuldadesparaterminá-la. As progressões das cargas foram feitas de acordo Prestes etal.(2010),comde2%a5%dacargaparapequenosgrupos muscularesede5%a10%paraosgrandesgruposmusculares. Osexercícios usados para avaliac¸ão daforc¸a muscular foram:flexão daperna, pull overcomhalteres, extensão daperna, remadacomhalteres, agachamentolivre,rosca bíceps,panturrilhaempé,trícepstestaeabdominal, orde-nadosporsegmentos.Ascargasvariavamentre0,5a3kge usaramcomoinstrumentoshalteresecaneleiras.
Protocolodeintervenc¸ãodosexercícios
OprogramadeexercíciosaplicadosaoGEfoifeitonasalade fisioterapiadohospital,comdurac¸ãode10semanas,asduas primeiras voltadas para familiarizac¸ão com os exercícios. As pacientes exercitavam-se três vezes semanais durante 50 minutos, com intensidades submáximas determinadas noiníciodo estudode acordocom asavaliac¸ões daforc¸a muscular.
As sessõesincluíam exercícios deresistência aeróbiae alongamentosgeraisnoinícioenofimdotreino.Oformato dassessõesdetreinamentoaconteceuem circuito, envol-veu atividade cardiovascular (cincoa 10 minutos),subida e descidanostep(cincominutos),usodecicloergômetro. AintensidadefoiavaliadapormeiodaescaladeBorg(Borg, 2000) e exercícios resistidosalternados porsegmentos na seguinteordem:extensãodeperna,roscabíceps,pullover, agachamento,trícepstesta,flexãodaperna,remadaalta, abduc¸ão,abdominaisepanturrilhaempé.
A partir da terceira semana, as pacientes executaram duasatrêssériesdecadaexercício,com12repetic¸õesaté ofimdoestudo.Osmovimentosparacadaexercícioforam executados auma velocidadede quatrosegundos na fase concêntricaequatrosegundosnafaseexcêntricado movi-mento, durante cada repetic¸ão para cada exercício, com intervalodedescansocondizentecomamudanc¸adeestac¸ão (aproximadamente40a50segundos).
Osmateriaisusadosduranteostreinosforam: cicloergô-metrodamarcaHouston,modeloHF5.1Magnetic---Houston Fitness, com sistemade carga magnética, steps, halteres (0,5a 5kg), caneleiras (0,5a5kg),bastões, colchonetes, discodeequilíbrioemedicineballde1kg.
Análisedosdados
Tabela1 Valoresdemédiaedesviopadrãodeidade, esta-turaemassacorporaltotal(préepós-treino)
Variáveis GC(n=12) Média±desvio padrão
GE(n=12) Média±desvio padrão
Idade 49,58±4,94 52,41±9,11 Estatura(cm) 151,9±3,45 156,3±9,41 Massacorporaltotal(kg)
Pré-treino 64,1±6,86 64,3±11,15 Pós-treino 65,0±8,3 64,2±9,38
GC,grupocontrole;GE,grupoexperimental.
Resultados
Osresultadosencontradosnaavaliac¸ãoentreosgrupos con-troleeexperimental referentesàidade,estaturaemassa corporaltotalpréepós-treinoencontram-senatabela1.
Noquetangeàidade,oGCapresentaidademínimade 40 anos e máxima de 67; para o GE os valores são 42 e 59anos,respectivamente,oquecausouaumentonamédia edesviopadrão.Atabela2relacionaosdomíniosdo questi-onárioSF-36versãoreduzidaaplicadonogrupocontrolenos momentospréepósas10semanasdoexperimento.Nela, osdomíniosLAFeASapresentaramresultadossignificativos. Atabela3apresentaosdadosreferentesaogrupo expe-rimentalaotérminodoprogramadetreinamento.Paraesse grupo,submetidoaumprogramadeexercícios,aanálisedos dadosapresentoualterac¸õessignificativasparaosdomínios
capacidadefuncional(CF)elimitac¸õesdosaspectosfísicos (LAF).
Natabela 4, comparando o GC ao GE, noperíodo que precediaaintervenc¸ão,osdadosdemonstramqueapenaso itemLAFapresentouvaloresdiferentesentreosdoisgrupos eresultouemvalorestatisticamentesignificativo.
AanálisedosdadosentreGCeGEapósperíodode treina-mentoéapresentadanatabela5,emque,peloquestionário dequalidadedevida SF-36versãoreduzida,obtiveram-se diferenc¸assignificativasemseisdosoitodomíniosavaliados.
Discussão
Opropósitodesteestudofoiinvestigararelac¸ãoexistente entreexercíciofísicoeseusefeitosnaqualidadedevidaem pacientescom câncer demama, pós-cirurgia (seis meses) submetidasaexercíciosfísicosenãosubmetidas.
QuantoaosdomíniosapresentadospeloSF-36, acredita--sequeosmelhoresescoresdoGEem relac¸ãoaoGCpara o domínio CF sejam resultado da integrac¸ão dos vários sistemas corporais agindo associadamente, promovendo melhorias de forma ampla nesses indivíduos. Conforme
Battaglinietal.(2003),oexercícioaumentaovolume car-díacoparasupriroxigênioenutrienteseeliminardióxidode carbonoeresíduosmetabólicos.Logo,osistemarespiratório lidacomumaumentodetrabalho,troca deoxigênioegás carbônicoentresangueeatmosferaseguidodosistema ner-vosoevárioshormônios,quetêmdeintegrararespostado organismoaoexercícioeregularasmudanc¸as metabólicas queocorremnosmúsculoseemoutrostecidos.
Tabela2 Comparac¸ãoentreosdomíniosSF-36nogrupocontrole(GC)préepósas10semanasdoexperimento
DomíniosdoSF-36 Pré-treino(média) Pós-treino(média) p
Capacidadefuncional(CF) 60,42 53,33 0,4906
Limitac¸ãodosaspectosfísicos(LAF) 8,33 43,75 0,0214a
Dor(DOR) 50,62 51,87 0,8653
Estadogeraldesaúde(EGS) 71,42 67,92 0,5074
Vitalidade(V) 64,17 56,92 0,3753
Aspectossociais(AS) 67,01 53,12 0,0480a
Limitac¸ãoporaspectosemocionais(LAE) 35,76 58,33 0,2214
Saúdemental(SM) 68,42 63,17 0,4162
GC,grupocontrole.
a Diferenc¸aestatisticamentesignificativa;p<0,05.
Tabela3 Comparac¸ãoentreosdomíniosdoSF-36préepóstreinodoGE
DomíniosdoSF-36 Pré-treino(média)GE Pós-treino(média)GE p
Capacidadefuncional(CF) 63,17 85,00 0,0388a
Limitac¸ãodosaspectosfísicos(LAF) 32,50 71,67 0,0019a
Dor(DOR) 61,71 79,83 0,0968
Estadogeraldesaúde(EGS) 71,22 80,42 0,1588
Vitalidade(V) 65,42 75,42 0,2462
Aspectossociais(AS) 68,75 84,37 0,0818
Limitac¸ãoporaspectosemocionais(LAE) 52,75 66,67 0,4463
Saúdemental(SM) 77,33 71,67 0,4662
GE,grupoexperimental.
Tabela4 Comparac¸ãoentreosdomíniosdoSF-36prétreinoentreGCeGE
DomíniosdoSF-36 GC GE p
Capacidadefuncional(CF) 60,42 63,17 0,7983
Limitac¸ãodosaspectosfísicos(LAF) 8,33 32,50 0,0419a
Dor(DOR) 50,62 61,71 0,2576
Estadogeraldesaúde(EGS) 71,42 71,21 0,9734
Vitalidade(V) 64,17 65,42 0,8716
Aspectossociais(AS) 67,01 68,75 0,8704
Limitac¸ãoporaspectosemocionais(LAE) 35,76 52,75 0,2598
Saúdemental(SM) 68,42 77,33 0,2687
GC,grupocontrole;GE,grupoexperimental.
aDiferenc¸aestatisticamentesignificativa;p<0,05.
Tabela5 Comparac¸ãoentreosdomíniosdoSF-36póstreinoentreGCeGE
DomíniosdoSF-36 GC GE p
Capacidadefuncional(CF) 53,33 85,00 0.0017a
Limitac¸ãodosaspectosfísicos(LAF) 43,75 71,67 0.0434a
Dor(DOR) 51,83 79,83 0.0083a
Estadogeraldesaúde(EGS) 67,92 80,42 0.0316a
Vitalidade(V) 56,92 75,42 0.0347a
Aspectossociais(AS) 53,12 84,37 0.0007a
Limitac¸ãoporaspectosemocionais(LAE) 58,33 66,67 0.6180
Saúdemental(SM) 63,17 71,67 0.3703
GC,grupocontrole;GE,grupoexperimental.
aDiferenc¸aestatisticamentesignificativa;p<0,05.
Apesardenãotermosmensuradodiretamenteosistema imunológico,Ortegaetal.(1998)referem-seàmelhoriada capacidadefuncionaldosistemaimunológicoempacientes comneoplasias.Oexercíciopareceinfluenciaradefesado hospedeirocontraainfecc¸ãotantoviralecâncereresultar naativac¸ãodosistemaimunológicodeformasemelhanteà queocorreemumainfecc¸ãoleve.Pedrosoetal.(2005) des-tacamqueoexercíciofísiconoperíododotratamentopode colaborarnaativac¸ãodemecanismosbiológicos,aumentar enzimas atuantes nos radicais livres e nas células Natu-ralKiller, asquais podemdificultara formac¸ãode tumor. Aativac¸ãodosistemaimunológicoconsequentementefará com que organismo torne-se menos vulnerável a outras doenc¸as,oquefatalmentecomplicariaseuquadroclínico.
Oaumentodoescorecomrelac¸ãoaodomíniolimitac¸ão dosaspectosfísicosdoGErefleteemmelhoriasdealgumas capacidadesfísicasconseguidaspor meiodotreinamento. Afaltadapráticaregulardeexercícioscomprometeas ati-vidadesdiárias,emfunc¸ãodaperdadaflexibilidade,forc¸a eresistênciamuscular. Diettriche Miranda(2005) aponta-ramrevisãoefetuadaporCourneyaetal.(2002)emmaisde 40estudosqueinvestigaramapráticadaatividadefísicae aqualidadedevidanossobreviventesdecâncere mostra-ramqueaatividadefísica,tantoduranteaquimioterapiae radioterapiaquantonopós-tratamento,apontoubenefícios positivos naqualidade devida com melhoriasdaaptidão, melhoriadacomposic¸ãocorporalereduc¸ãodafadiga,bem comomelhoriadoestadodehumor,taiscomodepressãoe ansiedade,entreoutros.
A diminuic¸ão do desempenho de atividades básicas do diaadiainterferediretamentenaqualidadedevidadessas
pacientes,poispassama sesentirincapazesde desempe-nhartarefasdomésticassimples,comolavarlouc¸a,roupae varrercasa.Essefoiumdosrelatosdamaioriadasmulheres pertencentestanto aoGCquantoGEdetectadosna anam-nese: a queixa de sentirem-se ‘‘inválidas’’, incapazes de fazeratividadessimplesocasionadasporlimitac¸ões impos-taspeladoenc¸aeproibic¸ãodafamília.
Dessaformasugestiona-se que a conduta demanter o pacienteemrepousoduranteotratamentodecâncerparece potencializarosefeitos colateraisepromoverdeclíniodas capacidadesfuncionais,associadatambémaproblemasde aspectospsicológicos.
Quantoaodomíniodor,avaliadoviaanamnese,sua exis-tência,intensidadeeoquantoelalimitaasatividadesdodia adia,édescritacomofatorlimitanteparaváriasdas ativi-dadesdiárias. Adoré resultado daprópriapatologia, dos procedimentosdetratamento.Namaioriadasocorrências, mesmoadoenc¸ajánãoexistindo,deixasequelas,em que essasdoressãopersistentes,eotratamentofarmacológico éomaiseficazparaseualívio(Delgado,2008).
forma, a perda de peso diminuiria a produc¸ão de citoci-naspró-inflamatórias(IL-6,TNF␣)eaumentariaaproduc¸ão deanti-inflamatórias(IL-10;IL-1ra).Paraisso,adiminuic¸ão na ingestãocalóricae oaumentona feituradeatividades físicasfuncionariamcomestratégiaseficazesparareduc¸ão da inflamac¸ão geral. Essas evidências podem explicar a diferenc¸aestatisticamentesignificativaparaodomíniodor entreGEeGC.
Quanto ao domínio EGS, relacionado à saúde geral do paciente, embora nãose tenha adotado nestapesquisa o acompanhamentodeexamesemarcadoresparaalguns indi-cadoresbiológicos,oquestionárioSF-36sinalizoumelhorias significativasdosescoresrelacionadosaessedomíniodoGE comrelac¸ãoaoGC.
SegundoBattaglinietal.(2003),essasmelhoriaspodem ser explicadas pelos benefícios proporcionados pelo exer-cício físico aos diferentes sistemas corporais, entre eles o sistemamuscular esquelético, cujo desenvolvimento de novas célulassaudáveis ocorre em substituic¸ão às células saudáveisquemorreramcomoconseqüênciadotratamento decâncer.
Quanto ao sistema pulmonar, são apontadas melhorias relacionadasao volume pulmonar,diminuic¸ão dotrabalho respiratório e maiorcapacidade de trocas gasosas devido àsadaptac¸ões adquiridas pelo aumentona capacidade de endurance dos músculos respiratórios. Melhorias no sis-tema endócrino afetam todos os demais, como exemplos a diminuic¸ão da produc¸ão de hormônios tiroxina e trio-dotironina, que têm efeitos biológicos sobre o consumo de oxigênio, sistema nervoso central e periférico, mús-culoesqueléticoecardíaco,metabolismodecarboidratose colesteroledocrescimentoedesenvolvimento.Alémdisso, alterac¸õesnometabolismopodempotencialmentelevar a complicac¸õescardíacas,emfunc¸ãodoaumentoda quanti-dadedecolesterol,devidoàdiminuic¸ãodometabolismode carboidratos(Battaglinietal.,2003).
De modo geral, Battaglini et al. (2003) aponta que o exercício proporciona melhoriasno metabolismo, balanc¸o hídrico,transportedeoxigênioefuncionamentodosistema nervosocentrale periféricoecriaumahomeostaseglobal quepossivelmentedaráaopacienteumsentimentogeralde bem-estar.
Essesfatorestambémexplicamasmelhoriassofridasno domínio vitalidade, apesar de Dimeo et al. (2003) consi-derarem que esse estado, em paciente com câncer, não apresentamelhoriasignificativa,esimpioria,epode com-prometerasatividadesdiáriasdopaciente;poressemotivo étidacomofadigacrônicaemfunc¸ãodoextremocansac¸o, contribui para uma constante perda de desempenho e resultanumaqualidadedevidabaixa,antes,duranteeapós otratamentodaneoplasia.
Apesar dea fadiga, nessapopulac¸ão, nãoestar relaci-onada apenas a fatores físicos, e ser potencializada pela combinac¸ãodosfatoresemocionais,apráticadeexercícios aeróbios em indivíduos sadios temmostrado um aumento nacapacidadederesistênciamuscularàfadiga,emvirtude dasadaptac¸õesmuscularesadvindasdessetipodeestímulo, oqueaumentaonúmerodevasossanguíneosmusculares, aumentaonúmerodemitocôndriaseacarretamelhoriasda capacidadeoxidativamuscular(Nunes,2007apudHolloszy eCoyle,1984).Emboranãosepossaafirmarqueos mecanis-mosresponsáveispeladiminuic¸ãodasensac¸ãodefadigaem
pacientescomcâncerpraticantesdeexercíciode resistên-ciasejamfrutosdasmesmasmodificac¸õesnometabolismo muscular,jáexistemalgumasevidênciasquesugeremque issosejapossível(Nunes,2007apudHolloszyeCoyle,1984). Com relac¸ão ao domínio aspectos sociais, observa-se um‘‘p’’significativoparasocializac¸ãonoGE, consequên-ciadoconvívioocorrido duranteostreinosreforc¸adopelo aumento da autoestima, do apoio familiar, dos amigos e daequipeenvolvidanoprogramadeexercíciofísico.Essas informac¸õesestãoemconformidadecomosdados aponta-dosporEvangelistaetal.(2009),apartirdosestudosfeitos porO’ConnorePuetz(2005)eporBurnhameWilcox(2002). Eles concluíram que um programa de exercícios aeróbios feitos de forma regular está associado com aumento nos sentimentos de energia, o que ocasiona diminuic¸ão da sensac¸ãodefadiga,tensãoedepressão,alémdemelhorara socializac¸ãodaspacientes.Aconvivênciacompessoasque compartilhamdosmesmosproblemasfortaleceeencoraja noenfrentamentodadoenc¸aesuasconsequências.
Operíododetreinamentopossibilitouaessasmulheres nãoapenas cuidadosfísicos por meiodos exercícios, mas tambémaaproximac¸ãoeocompartilhamentodeproblemas comunsatodaselas.
O estudo apresenta limitac¸ões no que se refere ao númerodeparticipantes; dificuldadesparaconseguir uma amostra homogênea e todas no mesmo período de tra-tamento, a não mensurac¸ão de marcadores bioquímicos, quantidadedediasparaefetuarotreinamento.
Conclusão
Osresultadosdopresenteestudoapontaramefeitos positi-vosnosaspectosfísicosesociaiseauxiliaramnotratamento demulheresacometidasporcâncer demama. Entretanto, paraqueoexercíciosejaefetivoeseguronessapopulac¸ão, eledeveserprescritorespeitandoprincípioscomo individua-lidade,tipo,intensidade,frequênciaedurac¸ãodoexercício, incluindonoprograma detreinamentotantocomponentes anaeróbiosquantoaeróbios.
Considera-se,portanto,queapráticadeexercíciofísico duranteotratamentodecâncer contribuiucom melhorias dosaspectospsicológico,socialefísico,poréméimportante considerarquaispráticaspodemserdesenvolvidascomesse públicoeemqualmomentodotratamentoessaspodemser inseridas.
Conflitos
de
interesse
Osautoresdeclaramnãohaverconflitosdeinteresse.
Referências
ABC do Câncer. Abordagens Básicas para o Controle do Cân-cer. Educac¸ão à Distância. INCA, 2010. Disponível em: < https://ead.inca.gov.br/course/view.php?id=43>Acessoem:12 dezembro2011.
AraujoRZ.Reabilitac¸ãopós-mastectomia.In:PiatoS,editor. Diag-nósticoeterapêuticaemmastologia.2a
ed.RiodeJaneiro(RJ): Atheneu;1998.p.181---7.
BattagliniC,BottaroM,DennehyC,BarfootD,ShieldsE,KirkD, etal.Efeitosdotreinamentoderesistêncianaforc¸amuscular eníveisdefadigaempacientescomcâncerdemama.RevBras MedEsporte2006;12:153---8.
BattagliniC,BattagliniB,BottaroM.Theeffectsofphysicalexercise oncancer:areview.RevistaDigital-BuenosAires2003;57, Dis-ponível em:< http://www.efdeportes.com/efd57/cancer.htm >Acessoem:20dezembro2011.
BurnhamTR,WilcoxA.Effectsofexerciseonphysiologicaland psy-chologicalvariablesincancersurvivors. MedSciSports Exerc 2002;34:1863---7.
Caperuto E, Navarro F.Lipídios, patologiasassociadas e exercí-cio:câncer/caquexia.In:LIMA,W.P.(org.).Lipídioseexercício:
aspectosfisiológicosedotreinamento.SãoPaulo:Phorte,2009, p.119-130.
CiconelliRM,FerrazMB,SantosW,MeinãoI,QuaresmaMR.Traduc¸ão paraalínguaportuguesaevalidac¸ãodoquestionáriogenérico deavaliac¸ãodequalidadedevidaSF-36(BrasilSF-36).RevBras Reumatol1999;39:143---50.
Courneya KS, Friedenreich CM, Sela RA, Quinney HA, Rhodes RE. Correlates of adherence and contamination in a ran-domized controlled trial of exercise in cancer survivors: an application of the theory of planned behavior and the five factor model of personality. Ann Behav Med 2002;24: 257---68.
DelgadoGL.Tratamentodador.In:LopesA,etal.,editors. Onco-logiaparagraduac¸ão.SãoPaulo:Tecmed;2008.p.269---81.
DiettrichSHC,MirandaCRR.Atividadefísicaeosefeitoscolaterais de tratamento do câncer.Revista Agora 2005;01(4), Disponí-velem:<http://www.fes.br/revistas/agora/ojs>Acessoem:04 agosto2011.
DimeoF,SchwartzS,FietzT,WanjuraT,BöningD,ThielE.Effects ofendurancetrainingonthephysicalperformanceofpatients withhematologicalmalignanciesduringchemotherapy.Support CareCancer2003;11:623---8.
EvangelistaAL,LatorreMRDO,RibeiroKCB,MourãoNettoM,Pizão PE.Variac¸ãodaqualidadedevidaem pacientestratadascom
câncer de mama esubmetidas a um programade exercícios aeróbios.RMB,RevBrasMed(RioJ.)2009;66:200---5.
GuedesDP.Manualpráticoparaavaliac¸ãoemeducac¸ãofísica. Baru-eri:Manole;2006.
HolloszyJO,CoyleEF.Adaptationsofskeletalmuscletoendurance exerciseandtheirmetabolicconsequences.JApplPhysiolRespir EnvironExercPhysiol1984;56:831---8.
InstitutoNacionaldeCâncer.Estimativa2010:Incidênciade cân-cer no Brasil. Disponível em: <http://inca.gov.br/impressão. asp?op=cv&id=32>.Acessoem02setembro2011.
Instituto Nacional de Câncer. Estimativa 2012: Incidência de câncer no Brasil. Disponível em: <http://www.inca.gov.br/ estimativa/2012/index.asp?ID=5>.Acessoem28abril2012. KisnerC,ColbyLA.Exercíciosterapêuticos:fundamentose
técni-cas.4aed.Barueri:Manole;2005.
Mamede MV.Reabilitac¸ãode Mastectomizadas:um novoenfoque assistencial.[Tese].RibeirãoPreto(SP):EscoladeEnfermagem deRibeirãoPreto/USP;1991.
Makluf ASD, Dias RC, Barra AA. Avaliac¸ão da qualidadede vida emmulherescomcâncerdamama.RevBrasCancerol(Online) 2006;52:49---58.
Mota DDCF, Pimenta CAM. Fadiga em pacientes com câncer avanc¸ado:avaliac¸ãoeinterpretac¸ão.RevBrasCancerol(Online) 2002;48:577---83.
NunesEA,NavarroF,BacurauRFP,PontesJuniorFL,FernandesLC.
Mecanismospotenciaispelosquaisotreinamentodeforc¸apode afetaracaquexiaempacientescomcâncer.RevBrasPrescrFisiol Exerc2007;1:1---17.
O’ConnorPJ,PuetzTW. Chronicphysicalactivity andfeelingsof energyandfatigue.MedSciSportsExerc2005;37:299---305.
OrtegaE,PetersC,BarrigaC,LötzerichH.Aatividadefísicareduz oriscodecâncer?RevBrasMedEsporte1998;4:81---6.
PedrosoW,AraújoMB,StevanatoE.Atividadefísicanaprevenc¸ão enareabilitac¸ãodocâncer.Motriz2005;11(3):155---60.