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Características agronômicas e de qualidade de produto de cultivares de arroz de sequeiro e irrigado

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DE CULTIVARES DE ARROZ DE SEQUEIRO E IRRIGADO 1

JOSE ALFREDO USBERTI FILHO 2 , LUIZ ERNESTO AZZINI3,JACIRO SOAVE4, POLICARPO VITTI, RENATO F. DE FREITAS LEITÃO, ANTENOR PIZZINATTO5,

OMAR V. VILLELA6 e PAULO BOLLER GALLO7

RESUMO Diversas cultivares e progénies-elite de arroz de sequeiro e irrigado foram testadas quanto a várias características agronômicas e parêmetros de qualidade do produto, durante os anos agrícolas de 1982183 e 1983184. A cultivar IAC-165 e as progônies IAC-233 e IAC-150 sobressaíram-se quan-to ao potencial e estabilidade de produção de grãos, dentre os materiais genéticos de arroz de sequei-ao em estudo. A progénie IAC-150 mostrou-se especialmente adequada para o processamento indus-trial, em virtude dos bons níveis alcançados para várias características de qualidade de produto (razôes de aumento de peso e de volume, gelatinização, viscosidade a quente e 'set-back"). A cultivar de arroz irrigado IAC-4440 apresentou excelente potencial e estabilidade produtiva, aliados à elevada resistên-cia à brusone e alto rendimento de grãos inteiros, revelando também ser de cocção muito rápida e com boa soltura de grifos após o cozimento e resfriamento, o que a recomenda para o consumo in natura.

Outros materiais, tanto de arroz de sequeiro como irrigado, mostraram bons nívcis para alguns pará-metros de qualidade, podendo servir como fontes de genes para a melhoria daquelas características em futuros programas de melhoramento genético.

Termos para indexação: Oryza sativa, potencial e estabilidade produtiva, melhoramento genético

UPLAND AND LOWLAND RICE CULTIVAR AGRONOMIC TRAITS, COOKING AND PROCESSING CHARACTERISTICS

ABSTRACT - Upland and Iowiand rice cultivars and seIected progenies have been evaluated as to their yieiding stability and potential, several agronomic traits as well as to cooking and processing charac-teristics in agronomic years 1982183 and 1983/84. Among the upIand rice materiais under testing, the cultivar IAC-165and theprogenies 1AC-233and 1AC1501haveshown reasonableyielding potentiais. The Iatter has also revealed good proportional increases in volume and weight, 10w gelatinization, high vaiues for peak hot-paste viscosity and an exceilent 'set back". Those features make IAC-1 50 quite adequate for processing purposes, e.g., parboiied or canned rice. The Iowiand cultivar 1AC-4440 lias significantly outyielded the other iowland rice materiais in grain production, showing a marked yieid-ing stabiiity and leaf blast resistance. It has also attained high leveis for peak hot-paste and coid visco-sities, which make it proper for ia natura consumption. Other upiand and lowland rice materiais have also presented good leveis for certain cooking and processing characteristics and can be used in future breeding prograrns as gene sources for those specif ic attributes.

Index terms: Oryza sativa, yieiding potential and stabiiity, breeding program

Aceito para publicação em 22 de maio de 1986. Pesquisa parcialmente financiada pela FINEP (Finan-ciadora de Estudos e Projetos) - Convênio EINEPI SAA/IAC número 4.2.82.0412.00.

2 Eng. - Agr.., Ph.D., Seção de Genética - lnst. Agron., Caixa Postal 28, CEP 13100 Campinas, SP.

Eng. - Agr., M,Sc., Seção de Genética - lnst. Agron-, Campinas, SP.

Eng. - Agr., Ph.D., Seção de Microbiol. Fitotécnica - lnst. Agron., Campinas, SP.

Eng. - Agr., M.Sc., Seção de Panificação - Inst. de Tecnol. de Alimentos, Caixa Postal 139, CEP 13100 Campinas, SP.

6 Eng. - Agr., Estação Experimental de Pindamonhanga-ba,CEP 12400 Pindamonhangaba, SP.

Eng. - Agr., Estação Experimental de Mococa - CEP 13730 Mococa, SP.

INTRODUÇÃO

O programa de melhoramento genético de arroz

(Oryza satii-'a) do Instituto Agronômico de Campi-nas (IAC), iniciado há quarenta anos, tem visado a obtenção de cultivares adaptadas às diferentes condições edafodimáticas e modalidades de cul-tivo prevalecentes no Estado de São Paulo, notada-mente para a condição de sequeiro, que é responsá-vel por 90% da safra paulista do cereal. O sucesso do referido programa pode ser avaliado pelo lan-çamento comercial de diversas cultivares de sequei-ro, como a IAC-1246 (Germeck & Banzatto 1972), IAC-47 (Banzatto et ai. 1978), IAC-25 (Azzini et Pesq. agropec. bras., Brasília, 21(12):1283-1296, dez. 1986.

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1284 J.A. USBERTI FILHO et ai. ai. 1979), IAC-164 e IAC-165 (Azziniet ai. 1977)

e irrigado, como IAC-435 e IAC-120 (Germeck & Banzatto 1972), IAC-841 (São Paulo. Secretaria da Agricultura 1982), IAC-899 (São Paulo. Secre-taria da Agricultura 1982), 4440 .e IAC--1278 (Usberti etal. 1986).

A maioria destas cultivares comerciais apresen-ta elevdos níveis de produtividade, boa resistên-cia a pragas e doenças, tolernresistên-cia a estresses am-bientais, etc, mas deixam a desejar quanto a diver-sos parâmetros de qualidade dos grãos, tanto para fins culinários como para o processamento indus-trial.

Um progama de melhoramento genético de arroz visando aobtenção de variedades com me-lhores características culinárias deve levar em con-sideração as preferências do público consumidor. No Brasil, a grande maioria da população mostra tendência acentuada para o consumo de arrozes de grãos longos e finos, de cozimento rápido, com bom ganho de volume apói o cozimento, soltàs e que, após o resfriamento, não se tornem rijos ou agregados. Em alguns países, entretanto, a prefe. rência do consumidor é totalmente diferente. No Japão são preferidos os arrozes de grãos curtos que tornam-se agregados após a cocção, enquanto em determinadas regiões da índia ocorre o empre-go, em larga escala, de cultivares aromáticas, usa-das em diferentes pratos tradicionais.

Cultivares inadequadas para o consumo iii

na-tura podem ser ideais para a industrialização, seja através de enlatamento, "parboilização" ou prepa-. ro de arroz instantâneo.

O principal objetivo desta pesquisa foi o de ava-liar a qualidade dosgrãos de cultivares comerciais e de progénies de arroz de sequeiro e irrigado, com a finalidade de fornecer informações básièas tanto para os programas de melhoramento em andameh-to como para as empresas interessadas na industria-lização do cereal.

MATERIAL E MÉTODOS

No ano agrícola de 1982183 foram instalados cinco experimentos regionais de arroz de sequeiro (Jaboticabal, Tatuí, Ribeirão Preto, Mococa e Pindamonhangaba) e seis de aíroz irrigadá (Caipinas, Mococa, Pariquera-Açu, Pin-darnonhangaba, Poulder IV e Tremembé). No ano agríco-la seguinte (1983184) foram conduzidos quatro experi- Pesq. agropec- bras., Brasília, 21(12):1283-1296, dez. 1986:

mentos regionais de arroz de sequeiro (Pindorama, Tatuf, Capão Bonito e Assis) e cinco de arroz irrigado (Campi- nas, Poulder IV, Pindamonhangaba, Tremembé e Mococa). O experimento de arroz de sequeiro de Mococa (19821 83) e o experimento de arroz irrigado de Pindamonhanga-ba (1983184) foram os escolhidos para a retirada de amos-tras para os testes de qualidade de arroz. Nos experimen-tos foram testadas tanto cultivares já em distribuição co-mercial como progénies-elite, passíveis de lançamento como novas cultivares.

Todos os materiais foram plantados por meio de se-mentes, em parcelas experimentais constituídas de cinco linhas de cinco metros de comprimento cada uma, usan-do-se o espaçamento entre linhas de 30 cm e 60 cm para os ensaios em condições de irrigado e de sequeiro, respec-tivamente. As densidades de semeadura foram de 100 sementes (irrigado) e de 60 sementes (sequeiro) por metro linear de sulco.

• Adotou-se o delineamento experimental de látice par-cialinente balanceado 4 x 4, com quatro repetições por localidade.

Nos ensaios de arroz de sequeiro efetuou-se a aduba-ção, no plantio, na dose de 20-60-30 kg/ha de N-P-lC, sen-do a sen-dose total de N fracionada em 114 no plantio e 314 em cobertura, 40 dias após a emergência das plántulas. Nos ensaios de arroz irrigado utilizou-se 60-60-30 kg/ha de N-P-K, no plantio, fracionando-se a dose total de N da mesma maneira acima referida.

• Durante o estádio vegetativo foi realizado o controle manual e/ou mecânico das ervas daninhas, de acordo com a necessidade.-

O grau de tolerância à brusone (doença limitante à produção de grãos, causada pelo fungoryricularia oryrae

Cav.) foi estimado durante o estádio de florescimento (quando 50% das plantas da parcela experimental estavam em antese), utilizando-se a escala de um a nove sugerida pelo International Rice Research Institute (International Rice Research Institute 1982). Também nesta época foi anotado o número de dias da emergência até a floração.

Durante o estádio de maturação anotou-se a altura mé-dia de planta de cada material em estudo. A colheita foi efetuada após a completa maturação das sementes, sen-do colhidas apenas as três linhas centrais de cada parcela experimental. Os dados de produção de grãos - médias de quatro repetições por localidade - foram transformados em toneladas/hectare. Durante a operação de colheita, efetuou-se a amostragem de grãos, em cada parcela experi-mental, para a realização dos testes de laboratório.

As amostras de arroz foram, inicialmente, descascadas em aparelho marca Burrows modelo MS 416-MD 636, que permite a regulagem prévia da abertura entre os dois ci-lindros, de acordo com o tamanho dos grãos a serem des-cascados. O arroz integral é obtido após a passagem dos grãos entre os cilindros, que giram com velocidades dife-rentes. O brunimento dos grãos foi realizado em aparelho modelo Miller MO-3, durante 20 segundos. A amostra de grãos brunidos foi peneirada, separando-se os grãos intei-

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ros, quebrados (213 e 112 de grãos) e quirera. Estas fra-ções foram pesadas;calculando-se a percentagem de cada tipo presente na amostra, com base no peso da amostra em casca.

Os grãos inteiros brunidos foram classificados por comprimento e forma, de acordo com os padrões sugeri-dos pela FAO, em 1973. Para tanto, 10 grãos de cada amostra foram medidos com paquímetro (comprimento, largura e espessura), com precisão de centésimo de miii'-metro. Na classificação por comprimento existem as clas-ses extra-longo (maior que 7.0 mm), longo (de 6,0 até 7.0 mm), médio (de 5,0 a 5,9 mm) e curto (menor que 5,0 mm). Na classificação por forma utiliza-se a proporção comprimento/largura (C/L), dividida nas seguintes classes:

fmo (maior que 3,0), médio (de 2,4 a 3,0), arredondado (de 2,0 a 2,39) e redondo (menor que 2,0).

Para a determinação da percentagem de umidade, fo-ram moídos 5 g de arroz brunido de cada amostra e colo-cados em cadinhos de alumínio com tampa, previamente tarados. O material foi seco em estufa Carter-Simon a 155C por quinze minutos, deixado em repouso em des-secador por 40 minutos e pesado- A' percentagem de umi-dade da amostra foi então calculada através da fórmula peso inicial - peso fmal

xlOO peso uncial

No teste de cozimento do arroz empregou-se o método de Borasio, com modificações introduzidas pelo ITAL (Instituto de Tecnologia de Alimentos, Campinas) (Vitti et ai. 1975). Inicialmente 1.000 ml de água destilada são colocados no aparelho, onde se dissolvem 10 g de NaCI p.a. Procede-se então ao aquecimento do conjunto até 970C -980C. A seguir são colocados 100 g de amostra de arroz brunido na cesta de arame galvanizado, imergin-do-se a mesma em banho-maria (água de cozimento). Após um minuto, homogeiniza-se a amostra de arroz den-tro da cesta. A temperatura de cozimento abaixa e deve ser elevada até atingir 97 0C -98°C. Deixa-se nesta tem-peratura por 20 minutos sendo depois o aparelho desli-gado. Escorre-se a água de cozimento, lava-se a amostra de arroz cozido com água destilada, deixa-se escorrer bem e pesa-se. Para determinar o volwne do arroz cozido, uti-liza-se uma proveta de 1.000 ml contendo 400 ml de água. A amostra de arroz cozido é mergulhada na proveta, ano-tando-se o volume de água deslocado. Da mesma forma, para quantificar o volume de arroz cru, usa-se uma prove-ta de 100 ml contendo 70 ml de água onde se adiciona 15 g de arroz cru, fazendo-se a leitura dc volume de áaua deslocado.

A razão de expansão de volume (RAV) e a razão de aumento de peso (RA?) foram calculadas com o emprego das seguintes fórmulas:

volume de arroz cozIdo Razão de expansão de volume • volume de arroz cru x 4

peso do arroz cozido peso do arroz cru

A determinação da viscosidade da pasta de arroz foi realizada pelo método desenvolvido por Halick & Kelly (1959), com modificações sugeridas pelo ITAL. A amos-tra de arroz brunido foi, a princípio, moída finamente e peneirada em malha de 0,34 mm, pesou-se 50 g do mate' rial peneirado, na base de 14% oe umidade, misturou-se com 300 ml de água destilada e transferiu-se para o copo do amilógrafo, utilizando-se 150 ml de água destilada para a lavagem. O amilógrafo foi, então, ligado, deixando-se aquecer até 90°C, mantendo-se nesta temperatura por um período de 10 minutos. Em seguida a amostra foi resfria' da até 500C. Os seguintes parâmetros foram anotados: temperatura inicial de gelatinização, temperatura de vis-cosidade máxima, visvis-cosidade a 90 °C, visvis-cosidade após 20 minutos a 95 °C e viscosidade a 500C.

Finalmente, foi realizado o teste de expansão em áI-cali, desenvolvido por Little et ai. (1958)- Para tanto,fo-ram colocados 6 grãos de arroz brunido de cada amostra em placas de Petri contendo 10 ml de solução de KOH a 2,0% ou 2,08%. As placas são cobertas e deixadas 23 ho-ras a 30 0C. O grau de entumescimento dos grãos é julga-do, conforme escala de um a sete. Se os grãos de arroz continuarem íntegros após o processo, a amostra é de alta gelatinização e se dissolverem-se totalmente na placa, é de baixa gelatinizaçZo.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Caracterfsticas agronômicas e potenciais produtivos

Nas Tabelas 1 e 3 são apresentados os resulta-dos obtiresulta-dos em experimentos regionais de arroz de sequeiro, durante os anos agrícolas de 1982183 e 1983184, respectivamente. O ano agrícola de 19821 83 foi uni ano normal para a cultura de arroz de sequeiro, com chuvas bem distribuídas durante o estádio vegetativo e também durante o período de florescimento. Em contraste, 1983184 foi total-mente atípico, com excesso de precipitação duran-te o estádio vegetativo e ocorrência de diversos veranicos (períodos de seca prolongada) no estádio reprodutivo.

Examinando-se, em conjunto, os dados das Tabelas 1 e 3, observa-se que todos os materiais de sequeiro, tanto os de ciclo precoce como os de ciclo médio, mostraram maiores alturas médias de planta em 1983184 (Tabela 3), em dedorrência das condições climáticas favoráveis ocorridas naquele ano. Todos os materiais apresentaram ciclos de fio. rescimento significativamente mais curtos em 1983184 (Tabela 3), quando comparados com os registrados em 1982183 (Tabela 1), aparentemente em razão dos veranicos ocorridos naquele ano Razão de aumento de peso -

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Em relação à produção de grãos, observa-se que as cultivares/progênies-elite de ciclo precoce fo-ram, em média, 22% e 30% mais produtivas do que as de ciclo médio, nos anos agrícolas de 1982183 e 1983184, respectivamente. Dentre os materiais de ciclo precoce sobressaíram-se a IAC-165, IAC-233 e IAC-150, ëmbõra esta última tenha apresentado menor estabilidade produtiva do que as outras (redução de cetca de 30% em pro-dução de grãos em 19 83184, quando comparam-se as produções dos dois anos). A redução média em produção apresentada pelas cultivares IAC-165 e IAC-233, nas mesmas condições, foi da ordem de 20%.

Por outro lado, as cultivares/progênies-elite de sequeiro de ciclo médio mostraram muito mesior estabilidade produtiva do que os materiais de ciclo precoce. A redução média em produção de grãos, quando são comparadosos dadosde 1982183 e 1983184, foi da ordem de 40%.: As piogênies . IAC-117, IAC-39 e IAC-19 apresentaram os melho-res potenciais para produção de grãos, embora com baixa estabilidade produtiva.

Nas Tabelas 2 e 4 são mostrados os resultados alcanados nos ensaios regionais de avaliáção de germoplasma de arroz irrigado nos anos agrícolas de 1982183 e 1983184, respectivamente.

No arroz irrigado ou• de várzea, não ocorren-do o fator limitante umidade ocorren-do solo em nenhum estádio do desenvolvimento da cultura, outros fa-tores podem influenciar o desempenho das plantas. Altas temperaturas (entre 30 0C e 330C) e elevada luminosidade durante o estádio reprodutivo têm a tendência de aumentar significativamente a produ-ção de grãos (Yoshida 1981). Coincidentemente, estas mesmas condiçõés estão geralmente presentes durante os veranicos, que afetam de forma adversa a capacidade produtiva dos materiais de sequeiro. Portanto, os anoi desfavoráveis para as lavouras de sequeiro são, geralmente, altamente benéficos para as culturas de irriado e vice-versa.

Examinando.st os dados contidos nas Tabelas. 2 e 4 nota-se que as alturas médias de planta dos materiais foram inferiores no ano agrícola de 19821 83 (Tabela 2) do que ai observadas em 1983184 (Tabela 4), aparentemente em virtude da ocor-rência, em 1983184, de temperaturas mensais mais

próximas da temperatura ótima durante o estádio vegetativo. Também o fator temperatura, talvez aliado a boas condições epidemiológicas (alta umi-dade relativa e elevado potencial de inóculo), pa-reáe ter causado o aumento significativo de inci-dência de brusone nas folhas em 1983184 (Tabe-la 4). Por outro (Tabe-lado, o ciclo de florescimento manteve-se inalterado para todos os materiais du-rante os dois anOs.

Quanto 1 produção de grãos, as cultivares IAC-4440 è IAC-1278 e a progênie LI 811318 sobressaíram-se em relação às demais. A capaci-dade produtiva destes materiais situou-se ao redor de 7 t/ha (média de 2 anos agrícolas), verifican-do-se também uma excelente estabilidade de pro-dução de grãos. A cultivar IAC-4440 revelou uma redução de apenas 16% na produção de um ano para outro enquanto a cultivar IAC-1278 e a pro-gênie LI 811318 acusaram reduções de 23% e 26% nas mesmas condições, respectivamente

Parâmetros de qualidade de produto

Analisando-se os dados de dimensões de grãos de arroz de sequeiro (Tabela 5),verifica-se que to-dos os materiais apresentaram grãos do tipo extra--longo (com mais de 7 mm de comprimento) e formato médio (relação comprimento/largura - C/L de 2,4 a 3,0). Quanto ao rendimento de grãos inteiros (relação, peso de grãos inteiros/ peso total da amostra de arroz em casca), ca-racterística importante na comercialização do produto, as progênies IAC-233 e IAC-220 mos-traram os valores mais altos (58,6% e 58,2%, res-pectivamente) enqüanto as cultivares IAC-164 e IAC-165 alcançaram níveis levemente inferiores (56,5% e 55,2%, respectivamente). A experiência mostra que 50% de rendiiriento de grãos inteiros é um valor considerado bom pira o arroz de se-queiro. A cultivar IAC-25 aproximou-se bastante daquele padrão (49,4%), o memo ocorrendo com os demais materiais de ciclo precoce em estudo. Dentie os de ciclo médio, a IAC-47 apresentou bom rendimento de grãs intéiros (49,6%), o mes-mo ocorrendo com os demais materiais, com exce-ção da progénie IAC-43 (34,7%).

Na Tabela 6 são apresentados os resultados de dimensões de grãos e de rendimento de grãos iii' teiros de arroz irrigado. A grande maioria dos tra- Pesq. agropeø. bras., Brasília, 21(12):1283-1296, dez. 1986.

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Pesq. agropec. bras., Brasilia, 21(12):1283-1296, dez. 1986. 1290 1w

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tamentos apresentou grãos do tipo extra-longo (com mais de 7 mm de comprimento) e formato fi-no (relação C/L maior que três), com exceção da IAC-4440 e da progênie P 1377 (grãos longos e de formato médio) e da IAC-1278 (grãos extra-longos' e de formato médio). Quanto ao rendimento de grãos inteiros, os maiores valores foram observa-dos, nos seguintes materiais: IAC-4440 (67,3%), P 1377 (65,7%), P 2 5 1 -37-38 (64,7%), IAC-1278 (64,5%), P 1356 (62,7%) e LI 811318 (61,0%). Para o arroz irrigado considera-se 60% de rendi-mento de grãos inteiros como um valor razoível. Apenas algumas ,das progênies mostraram valores próximos daquele padrão - P 119 (58,4%), L-44 (57,2%) e P 2 S 1 -51(56,6%). Os resultados obtidos confirmam o, baixo rendimento de grãos inteiros da cultivar IAC-899,' fator que tem influenciado decisivamente, nos últimos anos, na redução da área de plantio deste material.

Os dados obtidos para diversas características físicas e viscográficas de arroz de sequeiro são apresentados na Tabela 7.

O parSmetro razão de aumento de peso (RAP) indica a quantidade de água jue os grãos absorvem durante o cozimento, influenciando indiretamente a razão de aumento de volume (RAV) Estas carac-terísticas estão estreitamente correlacionadas com os teores de amilose e amilopectina presentes no amido do arroz (Rao et ai. 1952, Williams et ai. 1958). Cultivares com tores mais elevados de amilose e, conseqüentemente, menores teores de arnilopectina," apresentam 'valores mais altos de RAP e RAV.

A amplitude de variação observada para RAP, de 2,36 a 2,94, foi considerada normal para o ar-roz de sequeiro. Da mesma forma, a RAV situou-se' no intervalo de 2,92 a 3,79, também considerado normal. A progênie IAC-150, de ciclo precoce, acusou bons níveis de aumento de peso e de volu-inc (2,75 e 3,50, respectivamente) enquanto a pro-gênie de ciclo médio IAC-49 também atingiu valo-res elevadbs para as duas características (2,89 e 3,79, respectivamente).

A Tabela $ registra os resultados obtidos de RAP e RAV para os materiais de arroz irrigado. A amplitude de variação observada para RAP foi de 2,40 a 3,14 e para RAV, de. 2,89 a 4,83, valores considerados normais para o arroz irrigado. As pro-

gênies LI 81113, MIR L 3 -62 e MIR L 3 46 apresen-taram excelentes resultados para RAP e RAV (3,14 e 4,83; 2,87 e 4,00; 2,87 e 4,00, respectiva-mente.).

O teste de expansão em álcali mede o grau de dispersão dos grãos em sokção de KOH diluída, indicando a capacidade dos mesmos se manterem mais ou menos íntegros após o cozimento ou, em outros termos, mostra o grau de gelatinização dos grãos de arroz. Este teste revelou baixos valores de gelatinização, ap6s a cocção, para a grande maioria das cultivares e progênies estudadas, tanto de se-queiro como irrigado. Isto significa que os grãos permanecem soltos após o cozimento, sugerindo a presença de teores elevados de amilose e, conse-qüentemente, menores teores de amilopectina. No germoplasma de sequeiro estudado apenas as pro-gênies IAC-220, IAC-272 e IAC-136 mostraram ín-dices de gelatinização intermediários, o mesmo ocorrendo com as progênies MIR L 3 -16 e MIR L 3 -62 no germoplasma de arroz irrigado (Tabe-las 7 e 8).

A temperatura de' gelatinização pode ser inter-pretada como uma medida da resistência do grnu-lo de amido ao cozimento. Quanto maior a tempe-ratura de gelatinização, maior é a resistência do ar-roz i cocção, isto é, maior o tempo exigido para o arroz começar a absorver água e também maior a dificuldade para o rompimento da estrutura do amido. Geralmente, os valores normais para o ar-roz situam-se entre 67 0 C e 69 0C. Os dados apre-sentados na Tabela 7 revelam que a grande maioria dos materiais de sequeiro em estudo mostra valores normais para a característica, com exceção das proganies IAC-150 e IAC-43 (70,5 0C, em ambos os casos). Quanto ao arroz irrigado, os resultados obtidos (Tabela 8) mostram amplitude de variação muito maior (de 61,5 0 C a 740 C) do que a obser-vada no germoplasma de sequeiro (de 67,5 0C a 70,5°C).

Outras características viscográficas analisadas nas amostras de arroz foram a viscosidade a quente (90° C) e viscosidade a frio (50 °C), ambas medidas em unidades Erabender (u.B), e o "setback".

A viscosidade a quente (90 ° C) dá uma idéia da viscosidade do amido após o cozimento, relacio nando-se também, indiretamente, com o tempo ne- Pesq. agropeo. bras., Brasília, 21(12):1283-1296, dez. 1986.

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1292 J.A. USBERTI FILHO etal. cessário para a cocção. Quanto maior o valor da

viscosidade a quente (90 ° C), mais rápida a gelati. nização e o cozimento do arroz. O intervalo de variação observado para esta característica no germoplasma de arroz de sequeiro foi de 540 a 1.160 u.B. (Tabela 7). A cultivar IAC-25 apre-sentou o menor valor de viscosidade a quente (540 u.B.), demonstrando ser de cozimento mais lento do que as demais. Por outro lado, a progênie IAC-150 alcançou 1.160 u.B., indicando um amido menos resistente à cocção e, portanto, sendo de gelatinização e cozimento rápido. Os demais ma-teriais de sequeirosituaram-se em níveis interme-diários. No germoplasma de arroz irrigado em estu-do, a cultivar IAC-4440 revelou o maior valor para

viscosidade a quente (1.400 u.B.), o que indica cocção muito rápida, enquanto que a IAC-899 mostrou o menor valor (440 u.B.), sendo de cozi-mento lento (Tabela 8). Os outros materiais de arroz irrigado localizaram-se em níveis médios, a maioria em torno de 760 a 920 u.B., com algumas exceções: LI 81/346 (1.345 u.B.), Li 811318 (1.270 u.B), P 2 S 1 -37-38 (1.210 u.B.) e P 119 (1.180 u.B.).

A viscosidade a frio (50 °C) caracteriza o grau de agregação do arroz após o cozimento e resfria-mento. Quanto maior o valor obtido para este pa-rSmetro, mais solto o arroz deve se apresentar após ser cozido e resfriado. A cultivar IAC-25, com o menor resultado observado (950 u.B.) dentre os materiais de sequeiro, apresentou-se com grãos mais agregados do que os demais, enquanto a pro-gênie IAC-114, com valor de 1.940 u.B., mostrou grãos de arroz bem soltos (Tabela 7). A amplitude de variação dos materiais restantes foi de 1.240 a 1.870 u.B. No germoplasma de arroz irrigado, em estudo, a característica variou entre 1.100 u.B. (LI 81125) e 2.960 u.B. (P 2 S 5 -37-38). A cultivar IAC-4440 mostrou viscosidade

a

frio elevada (2.660 u.B.), o que.indica excelente soltura dos grãos após cozimento e resfriamento (Tabela 8).

O "set-back" mede a tendência de agregação dos grãos de arroz após o segundo aquecimento, em seguida ao primeiro cozimento e resfriamento, geralmente realizados na indústria processadora. Esta característica é muito importante do ponto de vista industrial, desde que os materiais a serem Pesq. agropec. bras., Brasilia, 21(12):1283-1296,dez. 1986.

utilizados como arroz instantSneo, arroz enlatado ou mesmo parboilizado devem mostrar-se bem sol- tos após o segundo aquecimento. O "set-back" é medido pela diferença, em unidades Brabender, entre os valores de viscosidade a frio (50 0C) e os de viscosidade a quente (90 °C). Quanto menor a diferença observada, em valores positivos neste ca- so, mais solto apresenta-se o produto após o se- gundo aquecimento. Dentre os materiais de arroz de sequeiro (Tabela 7), a progênie 1AC-150 apre- sentou o menor valor de "set-back" (+ 80 u.B.), sendo muito apropriada para o processamento in- dustrial enquanto as cultivares 1AC-25, IAC-164 e 1AC-165 revelaram níveis razoáveis de +410 u.B., +570 u.B. e +600 u.B., respectivamente. As pro- gênies IAC-220 e 1AC-114, com valores de "set -back" de +1.180 u.B. e + 1.160 u.B., respectiva- mente, não são adequadas para fins industriais. A amplitude de variação das cultivares e progênies restantes situou-se entre +640 u.B. e +880 u.B. Com relação ao arroz irrigado (Tabela 8), valores relativamente baixos foram registrados para as pro- gênies LI 811346, LI 81125 e LI 811318 (+ 310 u.B., + 340 u.B e 465 u.B., respectivamente), o que leva a crer que estes materiais apresentam razoáveis con- dições para o processamento industrial. Por outro lado, as cultivares IAC-4440 e IAC-1278 não são recomendadas para este fim, em conseqüên- cia dos valores altos de "set-back" observados (+1.260 u.B.).

Analisando o germoplasma de arroz de sequei-ro quanto ao conjunto de parâmetsequei-ros de qualidade estudados, nota-se o excelente desempenho da pro-gênie IAC-150. Além de mostrar bom potencial de produção de grãos, este material é de ciclo precoce com grãos do tipo extralongo, formato médio e com rendimento de grãos inteiros em tomo de 50%. Também revela níveis muito bons de RAP e RAV (2,75 e 3,50, respectivamente), apresentando grãos soltos ap6s o cozimento (baixa gelatiniza-ção). Outras características desejáveis presentes nesta progênie são a viscosidade a quente elevada

(1.160 uS.), indicando que o processo dc cozi-mento é. muito rápido unia vez iniciado, e o ex-celente "set-back" (+80 u.B.), que a torna espe-cialmente adequada para o. processamento indus-trial.

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TABELAS. Dimensões, relação comprimento/largura (C/L) e •rendimentosdegrãos inteiros obtidos em amostras de de-zesseis cultivares/progênies-clite de arroz de sequeiro, extraídas de parcelas experimentais no ensaio regio-na! de Mococa, durante o ano agrícola de 1983184.

Cultr -var/ Teor de . Dimensões dos grãos (em mm) Rendimento de - - - .

progénie-elute umidade

_________________________________________________________________

graos i nteiros

(%) Comprimento Largura Espessura C/L (%) Ciclo precoce IAC-165' 12,8 7,63 2,88 2.00 2.64 55,2 IAC-233 14,3 7,66 2,80 2,00 2,73 58,6 IAC-164 12,8 7,25 2,78 2,04 2,60 56,5 IAC-220 13,5 7,72 2,81 2,10 2:74 58,2 1AC-118 12,9 7,56 2,85 2,07 2,65 49,8 IAC-150 143 7,91 2,80 2,05 2,82 47,8 IAC-25 12,5 7,75 2,82 2,04 2.74 49,4 IAC-40 13,1 7,71 2,84 2.00 2,11 48,3 Ciclo médio IAC-109 12,8 7,71 2,87 2,10 2,68 49,5 IAC-117 12,6 7.10 2,80 2,05 2,53 47,7 IAC-272 13,2 7.26 2,80 2,09 2,59 46,7 IAC-49 14,5 7,50 2,89 2,09 2,59 52,7 IAC-39 12,6 7,70 2,90 2,09 2,65 45,9 IAC-43 12,5 7,39 2,80 2,05 2,63 34,7 IAC-19 12,2 7,37 2,80 2,11 2,63 49,6 IAC-47' 13,1 7.50 2,85 2,10 2,63 49,6

Cultivar em distribuição comercial.

TABELA 6. Dimensões, relação comprimento/largura (C/L) e rendimentos de grãos inteiros obtidos em amostras de de- zesseis cultivares/progénies-elite de arroz irrigado, extraídas no experimento regional de Pindamonhanga- ba, durante o ano agrícola de 1982183.

Cultivar! Teor de Dimensões dos grãos (em mm) Rendimento de

progõnie-elite Umidade grãos inteiros

(%) Comprimento Largura Espessura C/L (%)

1AC-899 11.1 7.72 2,40 1,90 3,20 52,2 LI 811318 12,2 7,93 2.40 2,03 330 61,0 1AC-1278 10,8 7.07 2,42 1,89 2.92 64,5 1AC-4440 11,5 6,89 236 1,85 2,91 673 P1377 11,5 6,87 238 1,26 2,88 65,7 P2S1-51 12,7 7,09 2,43 1,96 2,91 56,6 P1356 113 7,40 2,42 1,92 3,05 62,1 MIR L3-16 11,4 7,90 2,89 1,89 2,73 46.2 LI 81/346 10,8 7,70 235 1,96 3,26 52$ LI 81133 12,0 7.69 2,40 1,95 3,20 51,4 P2S1 37-38 13,0 7.10 231 1,80 3,07 64,7 LI 81125 11,2 7,60 238 1.95 3,19 48,5 MIR L3-62 11$ 1.79 2,79 1,91 2,79 44,9 LI 81113 11,1 7,10 231 1,95 3,07 49,4 P119 11,8 1,67 2,72 2,05 2,21 58,4 L-44 12,4 7.92 2,18 2,09 224 57,2

* Cultivar em distribuição comercial.

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1294 J.A. USBERTI FILHO et ai.

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(14)

1296 J.A. USBERTI FILHO et ai.

Outras progênies de arroz de sequeiro apresen-taram valores excelentes para algumas característi-cas isoladas. Por exemplo, a progênie IAC-49, de potencial produtivo razoável, revelou os valores mais altos para RAP e RAV (2,89 e 3,79, respecti-vamente).

Dentre os materiais de arroz irrigado, sobres-saiu-se a cultivar IAC-4440, mercê de seu notável potencial e estabilidade produtiva, e de seu exce-lente rendimento de grãos inteiros (67,3%). Quan-to às características viscográficas, esta cultivar apresentou viscosidade a quente elevada, o que in-dica cocção muito rápida, e viscosidade a frio tam-bém alta, o que revela boa soltura dos grãos após á cozimento e resfriamento. O conjunto destes resul-tados permite recomendar a IAC-4440 para o

con-sumo in natura.

A avaliação do germoplasma de arroz de sequei-ro irrigado mostsequei-rou maior variabilidade genética, para a maioria das características, entre os mate-riais irrigados, em decorrência de uma base genéti-ca mais ampla, possibilitando um esquema de sele-ção mais eficiente. Nos materiais de sequeiro, com "back-ground" genético relativamente restrito, de-verão ser executados cruzamentos entre linhagens de origem bem diversa tentando-se, assim, ampliar a variabilidade existente e tornar o processo sele-tivo mais efesele-tivo.

CONCLUSÕES

1.0 germoplasma de arroz irrigado, por possuir base genética mais ampla, revelou maior variabili-dade do que o de sequeiro quanto a diversas ca-racterísticas agronômicas e de qualidade de produ-to -

2. Aprogênie de arroz de sequeiro IAC-150, além de razoável potencial de produção de grãos, mostrou excelentes níveis para a maioria dos carac-teres de qualidade estudados. Este material tanto pode ser consumido in natura como é muito ade-quado para o processamento industrial.

3. A cultivar de arroz irrigado IAC-4440 rev-lou excelente potencial e estabilidade de produção de grãos, aliados à presença de diversas caracterís-ticas de qualidade desejáveis, sendo especialmente apropriada para o consumo in natura.

4. Outros materiais genéticos, além da progênie IAC-150 e da cultivar IAC-4440, apresentaram

Pesq. agropec. bras., Brasilia, 21(12):1283-1296, dez. 1986.

bons níveis para determinados parâmetros de qua-lidade, podendo servir como fontes de genes para a melhoria daqueles caracteres em outros materiais de elevado potencial.

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Referências

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