Universidade
de
Évo.a
-
Portugal
Mestrado
em
Educação
A
EDUCaÇÃo
sExuAL No
cunnÍculo
DE
FORMAÇÃO
DE
PROFESSORBS
DAS
SERIES
INICIAIS
Dissertação apresentada ao
Depaúamento
de Educação daUniversidade
deÉvora
para
obtenção doGrau
deMestre
em Ciências da Educação.Autora:
Ana
Lucia
Alves
do hlascimentoOrientador:
Prof.
f)outor
JoséCarlos Bravo Nico
(â ú,lsr
8\6
Évora,
Poúugal
Universidade
de
Évora
-
Portugal
Mestrado
em
Educação
A EDUCAÇÃO SEXUAL
NO
CURRÍCULO
DE
FORMAÇÃO
DE PROFESSORES DAS SERIES
INICIAIS
Disseúação apresentada ao
Departamento
de Educação daUniversidade
deÉvora para
obtenção doGrau
deMestre
em Ciências da Educação.Autora:
Ana
Lucia Ahes
do NascimentoDissertação apresentada para obtenção do grau de Mestne em Ciências da Educação sob à orientação do Professor, Doutor. José Cados Bravo Nico.
Évora,
Poúugal
A E&rcação
Sennl
nosCwrículas
de Formação de Professores dos SeriesIniciais
DEDICATÓRIA
Dedico a todos os professores que colúorarm com a
proposta deste tabalho.
Em
especial, ProP VítorTrindade e Prof José Carlos Bravo Nico.
ii
A E&tcação
sennl
noscwrículos
de Formação de Professores dasséríes
Iniciais
AGRADECIMENTOS
Aos
meus ahmos comquem--ttPP*
4rendo
ai'""*il*
p*urt-*ã
tà**ia'd"
nt*-ue'm
salade
aula-Aos meus amigos que mê incentivuam' nesta jornada
"À "õã"ltf , vãd"''.ti"iu
t Rita Martins'
À minha frmflia e em especial, ry meu
qT'Agilson
;;;t
r"*
q*
r"roJ"
túnao
o- sonho de viaiar;;ü;é
É"dr,
1s do da minha defesaI
minha mâe genética Djmir e Maria Nita''hãe
de coraç,ão".A
Educaçãosexual
noscurrículos
de Fonnação de Professores das seriesIniciais
Epígrafe
A Educação Suual, especifrcanerúe' dqe ter o obietivo de promwer a felicidade, prepowdo as pessoas PÜa
üÜ:m
de mopira respowávelt;;*;;;d;i;-sendo
*íi^ o-
asente de promoçõo da Íelicidadetudividual e coletiva
D;;-;
o'n"ípa**'-estar
a surtiço não só do ind,tví&n, mas tanbém dasociedade'
Nelson Vitiello
A E&tcação
sennt
nosc*rículos
de Formação dc Professores das seriesIniciais
REST]MO
O
presentetabalho
trata
da reflexãono
curso de Formação de Professores das Sériestoiciais do
Ensino
Fundamental.o
curso
é o
Programa Especialde
Graduação deProfessores
-
PGP, queqralifica
professores da rede mrmicipal do Estado deAlagoas'
para Licenciatura das Séries
Iniciais
emnível
superior' Omotivo
do estudo se deu porconta da não inserção da Educação da Sexual
na
sua gfadecunicular'
Pra
tanto'
foi
imprescindível
a
aniâlise das maaizes curricularesdo
curso em estudo' gomo tâmbémoutros
documentosque
pudesse,mcompÍovaÍ
a
veracidadedos
fatos'
A
EducaçãoSexual como Tema
Transversalnos currículos
escolaresé
uma
propostada
Lei
deDiretrizes
e Bases da Educação Brasileira-
LDB
n"
9.394t96' que da mesrna maneira que impõea..orielrtação
sexual'
em sala de aula, nãohabilita
seus professores paratal
orientação. O currículo de Forrração de Professor, no caso o PGP esüí bemdistante do
que
se espera da preparaçãodo
professor para atender aos anseiosde
uma propostapedagógicaquedirecioneasquestõesdoexercíciodasexualidadehrrmanaDaía
importância de se fazer
,ma
reflexão na grade curricular, para qtre assim seja possíveloferecer
trma
formação
doce,lrtedentro
dos princípios da
realidade
sócio-cultural' atendendo aos alunos com segurança e comexercício da sexualidade humana'
nafiralidade
nas dúvidas que se referem aoPalavras-chave:EducaçãoSexual.FormaçãodeProfessor-Currículo.
v
Sq Eúrcúion Cwriculwn inTeaclpr
Training of
Elementty Sclaol
ABSTRACT
This
paper dealswith
the reflection
in
teachertraining
coursesthe
initial
gradesof
elementary school.
The
courseis
the
Special Programfor
GraduaÍe Teachers-
PGP'which
qualifies teachersin
themrmicipal
syste,mof the
stateof
Alagoas,in
the seriesinitiated
in
Degreelevel.
The
reasonthe
study
wasnot
dueto
the inclusion
of
sex
Education
in
their
grade
curriculgrr. Thus,
it
was
essentialto
review
the
coursecurriculum of the matrices rmder study, as
well
as other docume'nts that could prove theüuth
of
the facts. Sex Fducation asTopic
Crossin
schoolis
a proposalof
theLaw
of
Gúdelines
and Basesof
EducationBrasileira
-
LDB N"
9394/96,which
requires thesame
way
asthe "sexual
Orientation"in
the classroom,not
empoweringtheir
teachersfor this
orientation.The
curricuhrmof
teachertraining,
wherethe PGP
is well
awayfrom what
is
expected
of
the
teacher preparation
to
meet
the
aspirations
of
a pedagogical proposal, which target the issues of the exercise of human sexuality' Hencethe importance
of
being areflection
in
gradect[riculum,
so thatis
possibleto
offer
ateacher
raining in
the principlesof
socio-cultural,eality,
given the studelrts safely andnaturally
with
the
questions
that
concern
the
exercise
of
human
sexuality'palavras
- chave:sexual Education
- TeacherTraining
-curriculum'
A Educação
sennl
noscwrículos
de Formaçdo de Professores das sériesIniciais
Íxorcu
DE
TABELAS
vlll
Nrimero de sexo doPólo deMarechalDeodoro.
no 01
FI.JNESA n" 02
I
e cunt()Sofertadosnan" 03
II
ecunps
ofertadosnaFUNESA
Santanadono 04
I
I
I
ecnnCIs ofertados na FI.]NESA Palmeira dosI
v
§ursos ofertados naFUNESA
UniãodosPalmares/Al. n" 05 edos
no 06
v
e oscursios naFI.'NESA
Sãon" 07 dos Pólos do PGP nos de
no 08 dashmnasdoPó1ode
Mareúal
DeodoroDisribuição
do nirmero de ahmospoÍ
mrmicíPio doPólo deMarechal Quadro no 09Deodoro.
da Educação Quadro
n'
10 Recolhimento dainfommçãoquetratâ dadiscussão Sexual
ert
minisüada noPGPRecolhimento da informaçãoonde aquestão da sexualidade
foi
tatada
Quadron"
11sala de
aula
com reflexão em
atividades
foram
Quadro not2
Recolhimento da informação que tratadas que
desenvolüdasem sala deaula com o temasexualidade humana
Recolhimentoda informação que trata danecessidade de secontemPlar
Quadro
n"
13Sexual sala de
aula
a em Educação
Recolhimento da informação de sugestões de projetos de
Quadro
n"
14SériesIniciais.
Sexual nas
aptidões adquiridas pard a Quadro
n"
15 Recolhimento da informaçiio que tratadas
discussão dos temas referentes a sexualidade comaconclusão do PGP
Sexual na escola-para
tabalhar
a do PGPcontibuição
da Recolhimento da informação Quadron' I
6 Universidade de EvoraA Educação
sennl
noscurrículos
de Formação de Professoresfus
sériesIniciais
Íx»rcn
cERAL
Capítulo I
-
A História
da SexuaHdade1.
Contribuição
dallistória
da Sexuelidade na Educação 1.1 .O Conceito
Ilistórico
da SexualidadeSexualidade
Humana
noContexto
1.3.
A
VisãoAntropológica
doExercício da
1.4. O
Exercício
da Sexualidade nasCulturas
OcidentaisCristis...
"""32
Capítulo
II
-A
Pedagograda
Sexualidade doCorpo"""'
"""'37
2.
A
Sexualidade do2.1.
AFunção
doCorpo
noExercício
da2.2. Lsexualidade
doCorpo
noContexto
2.3.
APedagogia
dasDiferenças
de2.4.O
Gênero Sexualda
capítulo
rlr
-A
Educaçãosexual
naEstrutura
curricular
Brasileira..--.-....--...."' 58 3.A
Educação Sexual e o3.1. As
Teorias
do3.2. As Abordagens Pós-críticas do 3.3.
O
Currículo
na Educação3.4.
A
Educação Sexual no3.5.
A
Educação Sexual comoTema
Parte
- II -
DimensãoPrática""'
"""""93
Capítulo
IV
-
DefrniçãoMetodológica""'
""""""""94
4. Descrição
4.1. Defrnição da PoPulação
-4.2.Coleta
doscapítulo
- v-
A
Educaçãosexual
e ocurículo
de Formação deProfessores"""l00
5.3. Descrição do
5.4.
O
PGP doMunicíPio
deMarechal
5.5. Análi§e dos Conteúdos da EstruÚura
SexuaL...18
1.2
.4
74
A E&rcação
sextnt
noscurrículos
de Formação de Professores das sériesIniciais
capítulo
-vI
-
A
Educeçãosexuel
nol)iscurso
dos Formandos/Professores"""'127
6.
A
Recolha dasParte
-
IV
A Educação
sennl
noscurrículos
de Formação de Professoresfus
sériesIniciais
NNTRODUÇÃO
AEducaçãoSerualnosCwrículosdeFonnqãodeProfessoresdasSérieslniciais
sexualidade é uma relação íntima e profimda do ser humano' É regulada
pelasleis,pelosdecretosquedeterminamproibiçõesoupermissões'
o
aprendizado sexual busca uma posttrra interna quevai
do não saber ao saber,paÍa
que seja transformadoo
descoúecido em algo
familiar'
util
e
pÍazeroso'para se
vivenciar a
sexualidade, basta se despir de corpo e de espírito, e é justamenteesta ação, que não ooorre no ato do estupro'
como
sãomuitas
as questõesdo
exercício da sexualidade' entãoo
temaestá sendo
delimitado
no
currículo de
Formaçãode
Professor das SériesIniciais
da
Educação Btásica no
Brasil'
As
gradescurriculares
do
curso
de
Forrração de
Professordas
sériesIniciais do
Ensino Fundamental brasileiro, ainda estão respaldadas numa metodologiavoltada para
o
capitalismo visando à produção, como objetivo
deencontar
formas deadministração
do
tabalho
humano.
"Isso
gera
nns
pessoasum
sentimento
dedesumanização
e
alienaçdo,
poissua
natureza
como
'pessoa'
é
dcsconsiderada" ' (Camargo&
Ribeiro.
1999244).É
partindo
desta des,manizaçãoe
alienaçãoque
a
violência sexual se faz presente na camada social'
ParaqueocolTaumainovaçãopedagógicanoensinodaEducaçãoSexual
nas escolas de
nível
superior noBrasil,
é necessári'auma organzaçlo
do planejamentodidático, para
que
serrs
alunos
possam
int€ragir, participar
e
produzir
o
seuconhecimento
a
partir de
desafios. Nessametodologia
há
uma priorização
do
ser
humano em sua totalidade
contibuindo
dessa forma para o processo de tansformação'ParaconcretizarapesquisafoitomadaaFacúdadedeFonrraçãode
Professoresdo
Programa
de
Graduaçãode
Professoreso
(PGP)'
da
Frmdação
universidade
de Alagoas-
FLJNESA, Pólovtr
-
no município
de Marechal DeodoroemAlagoas.Brasil.TalPóloéformadoporprofessores/alunosdeMarechalDeodoroe
dos municípios
circunüziúos - pilar,
santaLuziado
Norte, coqueiro
secoo Barrade
são
Miguel,
sahrba e Boca da Mata" todos situados no estado de Alagoas -Brasil'
o
PGPvem
atender aos pnofessores que estão em sala de aulapor
estasprefeituras e que só possuem
o
cgrsio Pedagógico, ou NOrmal anível
médiO'ou
ainda'cursos
equivalentes,então
os
prefeitos fizeram este
investimento
para
com
os
fimcionários do quadro da educação, com
o
objetivo
não só da qualificação' mas pelaA Educaçõo
setcwl
noscurrícdos
de Formação de Professores das séríesIniciais
imposição da
Lei
de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira' que ob'riga o professor das SériesIniciais ater
um cunl«l superior'o
PólovII
está situado na cidade de Marechal Deodoro-
Alagoas' com580
alnnos/professoresconcluindo
o crrso
em Dezembrode
2006'com a
colação de grau prevista para marçode
2007. Estes alunos estâodistibúdos
em l
l
turmas' sendol0
de Séries Iniciais eI
de EducaçãoInfantil'
É
a
gradec,rricular
do
PGP, que
serviÍá de
amostrapara
que fique
comprovada a não contemplação da Educação sexual nos
currícúos
destes professores' como tambéÍnoutos
documentos que confirmarão a hipótese em estudo'O presente estudo tem os seguintes objetivos:
a) Apresentar a história da sexualidade humana e a sua contribuição para a Educação Sexual.
b) Refletir a pedagogia do corpo e sua forma de aprendizado sexual'
c)
Anatisar
a
importância
da
constução
do
currículo para
a
EducaçãoSexualnaFonnaçãodeProfessordasSérieslniciais.
d)MostaranÍiocontemplaçãodaEducaçãoSexualnoscrrrsosde
Formação de Professor das séries Iniciais do Ensino Frmdamental no
Brasil'
e)
MosEar,atavés
dos discursos dos professores/formandos'do Pólo
deMarechal Deodoro as dificuldades que eles enfrentam quando se
fiata
da questão sexualem sala de aula.
O eshrdo é composto por 4
(quato)
partes'A
primeira parte vaitatar
da dimensão teórica' que é composta por 3 (três) capítulos.o
primeiro capítulo relata a história da sexualidade humana' este capítulo é degrande
importânciapdra que
a
Educação Sexual seja entendidacomo
um
tema
que envolve um contexto sóciocultural e não, tão somente, um tema de natureza anatômica efisiológica,
como pensam a maioria dos edtrcadores. 'ootrabatla
de oríentação sextml deve ser propostocom
base [,..J rw dcfinição de serualidade't"'1'
Debater os tabus' ospreconceitos[...J buscando
ampliar
os conhecimentos sobre avida
sexual e aprópria
sennlifude-.(Pinto,1999:19).osegmdocapítulovaitratardaPedagogiadocorpoe
a
forma
como elefimciona
dentrodo
contexto pedagógico, principalmente' quando setrata
do
gênero sexual.O
terc,eirocapíttrlo
apresentauma
análiseda
consffução doA Educação
sexual
noscwrícalos
dc Formação de Professores dosséries Iniciais
c,nículo
na dinâmica
do
ensino-aprendizagem,no
sentidode
enquadrara
Educaçãosexual dentro de uma proposta que venha a ser contemplada nas grades curriculares da
Formação de Professor das Séries Iniciais no
Brasil'
A
segundaparte,
a
dimensãoprática
é
formada também
por
3
(tês)
capítulos.Neles
são expostasa
definição metodológicq que
estrí presenteno
quarto
capítulo, a esüutura do cgrso de Formação de Formação de Professor das Séries Iniciais
no
Brasil,
apreselrtandomodelos
de
Formação
de
Professor;
caructerbaçáa daInstituição
que ofereceo
crllso
e a
dinâmicado
PGP, que estão descritosno
quinto
capítulo e
o
discurso dos professores/fomrandos, queÍicou
num capítulo à parte como recolha dos dados o que formara o sexto capítulo'Naterceiraparteencontam.seasconsideraçõesfinais,ondeestão
expressa§i as conclusões da investigação
e
as sugestões que poderãocontribuir
paÍa aproposta pedagógica dos cursos de Formação de Professor das séries
Iniciais'
Na quarta
parte são apresentadas as referências bibliognâficaÍi' que serviram de subsídios teóricos paÍa o relatório da Pesquisa'
Finalmente, espera.se que este estudo venha servir de reflexão para que se
teúamcrrrsosdeForrraçãodeProfessordasSérieslniciaiscoeÍentescomarealidade
sóciocultgral, principalmente,
no
tocante à Educaçãosexual'
quehoje'
trata-sede um
tema que não pode está distante do ambiente da escola 'ocabe à escola
abrir
um espaçopora
que
essos lacuras possarn ser devtfumente preenchidos' enseiandoa possibilidade
dcumavisãomaisamplaemaisancoradanaviyênciasobreostemasdasenlalidade',.
(Pinto, 1999:27).
A
investigaçãofoi
rcatizabno
Brasil, no estado de Alagoas' portantotoda
a
dissertaçãoenconta-se redigida
na língua
poúrguesa
obedecendoàs
normas da
gramática
brasileira
os
doctrmentos em anexosque
caraúsrizama pesqúsa documental' todos estão de acordo com as noÍÍnas das Instituições que disponibilizarampatafazs
parte da fundamentaçãoda
dissertação. Es.tasInstituições
sãoa FUNESÀ Pólo
de
MarechalDeodoro e
aPrefeiturado
mesmomunicípio'
A Educaçdo
sennl
rns currículos
de Formação de Professores das sériesIniciais
PARTE
N
DNNffiNSÃO
TEORICA
A
Mucação sexual
noscttrículos
de Formação de Professores das sériesIniciais
CAPÍUITTO
N
A
HNSTORNA
DA
SEXUATIDADE
F{UN4ANA
A Educação
sexual
noscurrículos
de Formação de Professoreshs
sértesIniciais
1.
A
CONrRrBrrrÇÃo
DA
HISJÓry4_?O_
SEXUALIDADE
NA
EDUCAÇÃO SEXUAL
Sqo: é incompreensível o intqesse em torno do assafro depois de tantos milhwes de anos deuso (Millôr Fernandes)
A
sexualidade se manifestaem
todasas
fases devida do
ser humano'Entetanto,
na
história
da
humanidade,
tais
manifestações
foram
negadas' principalmenteente
os povos cristãos,tal
como nos é referido porVitiello
(1994:.5)"'o
curioso
deste eventoé
que
ru
tradição
bíbltca mais antiga
conhecemos'a
tradição
jwista
(aproximadamente 950a.c), não
existe nenhum desprezopela
nattreza
sexualdo
homem.,.A
sociedade depoisde
cristo é
quem se encarregou pelos preconceitos sexuais, ate hoje assimilado por nós'A
influência
do Novo
Testamento'em
especialna cútura
ocidentalvincúou
o
exercício da sexualidade àgenitáia
comfins
reprodutivos, concepção' estaque
ainda
pennÍlnece até os dias atuais'Na
história
da
sexualidadehumana
o
sexo se
apresentouora
como atividade sagrada, ora como demoníaca.Na
Antiguidade,por
exemplo' era algo ligadoao
divino,
il
na
eracristã
ao pecado,à
vergorú4
portanto demoníaco' Entnetanto' a sexualidade na sua essência nemé divina
nemdiabólica'
mas uma aüúdade humana'Benetti (1996:28), nos
afirma
qrle "nem pecaminosa nem perfeita, tnas como uma buscadc
umaforma
de ser, de se
relactorur,
de
dar vida e
obterprazer"' ou
seja'
umasexualidade saudável.
1.1.
Conceito
Histórico
da Sexualidade
llumana'
Falar
em
sexo, fazer sexo
era algo
que
requeria
muitas
resffições'principalmente na época em que a Igreja e
o
Estadoatavés
dos mecanismos do podertentaram
contolar
as experi&rcias senrais das pessoas- De rmr lado, a Igreja apoiada em seus dogmas e no pecado poroufo
lado, o Estado ÍepressoÍ embasado nos saberes da Ciência. Foucault(19s5:27)ao
se referir à repressão sexual coloca que..os
atos senlais
devem, portanto, ser submetidos
aumregime
extremomente cauteloso"'A Educação
seruat
noscutrículos
dp Formaçdo de Professores dassffies
Inicíais
A
palavra sexo é usada freqüentemente, em todo conkxüo social'A
ela sãoatribuídas às diversas colocações, que
vão
desde:o
sexofrágil e forte'
sexoativo
e passivo, sexofrio
e quente, sexo masculino e feminino, até mesmo a conotação moral ereligiosa de sexo sujo, vergorhoso,
feio
e pecaminoso' Fundamentado neste moralismo'o
sexofeminino é a
causa da tentaçãoe
do
pecado, cabendo ao homemo
poder de censurapara a mulher queexprimi
sua sexualidade de forma autêntica'Sexo é uma palavra de origem Íomana. É derivada do verbo latino secore'
o
que
significa "sq)aÍar, cortar".
Durante
mútos
seculos,o
sexo
foi
referido'
tãosomente,
a
separaçãode
g&rero sexual:feminino
e
masculino'
"Sexoé
a
condiçdoorgânica que distingue
o macln daftmea",
(Dr.
Maranõn, apudMartinez
&
Pascual'1998:90).Esteconceitoéextensivoparaalgrrnsarrimaiseplantas.
Portanto,
o
sexo
se
refere
às
diferenças
nos
níveis biológicos
da sexualização hgrnana. Esseconceito
é
arnpliado "como
um
coniunto de
Enlidodes
orgônicas,
psíquicas, sociais, cuhttrais, éticase
reltgiosas queformam
e estruturam as diferenças entre homem emulher".
(op.ciq
1998:92)'Isto, narelação do gênero sexual'otermosexosignificavaoriginalesimFlesmente"oresultadodadívisdo
da
humanidadeno
segmentofeminino e
no
segmentomasculino"
${eeks,
2001:41)referindo-se, portanto, às diferenças de gênero, homens e mulheres, e ainda' as formas como tais homens e mulheres se relacionam'
Do
decorrerdos
séculos,o
que se pode
observaré
uma
evolução nocomportamento sexual, ora avançando em seus conceitos, ora regredindo com discursos
moralistas
e
seutilizando do
poder estatal,no
sentido demoralizar
o
comportamentosexual, ,,a liberdade sextml seria maís estritamente, timitoda
pelas
ittstiuições e pelas leistanto
civis comoreligiosas"'
(Foucaulq 1985:46)'Enquanto
isso tem
o
mtmdo antigo vivendo
o
exercícioda
sexualidade como uma forma de referenciar os deuses, que ainda de acordo com Foucault (1985:47)"as
sociedades antigas permanecerum sociedade dc q»omiscuidade ondea
existêncíaera levada
"empúblico",
sociefudes
tambémonfu
cada
um
se
situava
emfortes
sistemas
de relações
locais,de
vínculosfamiliares,
de
dependências econômicas' derelação de clientela e de amizade"'
A
sexualidadeé
determinada
pelo
conjunto
de
atividades,
que
são justificadas pelo fato do serhlmano
ser gm sujeito sexuado e comotal
sendo o homemum ser racional então, torna-se um zujeito
eótico
e afetivo' No processoeótico'
o ErosA Educação
sewal
noscurrículos
de Formação de Professores das seriesInicíais
é
primordial,
poiso
mesmo atua como uma pulsãono
póprio
interior do
ser humano' ,,Eleprovoca
uma copulaçdo sem pauso e, contudo, estéril, das duassub-unifudes'
o
Eros
Etc
n(Nce da separação domasculirn
efemínitn".
(Catonné,1994:17)'A
palavra
Eros
é
colocada
no
dicionário paÍa significar uma
atração intensapor
algo ou alguém; desejo vigoroso;princípio
de ação, cuja energia é alibido'
Eros é
o
intemredirário entreo
humano eo divino:
através de todas as formas do be10arasta
s
impele
pdÍa
a
Beleza
supra-sensível.o
Eros estií
em toda
a
parte, principalmente, nas relações humanas eno
que se refere ao exercício da sexualidade'seria o ..estar apaixonado".
Ao
setansportar
para o lado afetivo encontamos a palavraÁgape
o
que vem
a
significar
o
afeto profundo
e
afeição,
o
que
corresponde à serenidade e profundidade de sentimentos. Platãodiz
queo
amor "é uma loucura que é dádivadivinq
fonte das principais bênçãos concedidas ao homem."Platão
(2000:103-106),
em
$la
obra
litenária
"o
Banquete",
fu
considerações a Eros e ao Amor.Historicamente,
o
exercício
da
sexualidade humanatem
a
terra
como primeiro elemento cultuado pelo home,m. Durante o período Paleolítico, a Terra Mãefoi
tida
como divindade da fertilidade e com a evolução do tempovai
se transformar em a Deusa Mãe. Nesta época, o homemdescoúecia
o §eu papel na fecundidade e acreditava queamulher sozinhatinhao
poder de engraüdar'Eros como
wn
dos mais velhos dos deuses' E, sendo o mais velho' é alémdisso a causa dos maiores bens Ererecebemos;
["']
Eros i'ltlpi'? coragem aseus adeptos e os torna semelhontes
a$
que Pot núttrua são bravíssimos'i.i
dt
iodos os danses, o Amor o mais aúig9' o mais augusto de todos' oiáN
"q*
de tornar'o homem virtuoso e feliz &trante a vida eapós a morte.
No período Paleolítico, que
9§ yyalosos
Y*
po! -'olta de 10Ú1000 a10000
a
C-, anltaav*si a fttiltutade e a feamdidade, e nãofoi
dficil
,rtot"t""",
a onalogia entrà arctra e amulhq' Ambasforamvistas comoii
o""t"
,op*
dígo*
a vidaE se possuíam este podw' eron tombém
,*piÃar"i
pela-acolhidade
sanfruto
semvida
e
sanfuuro
renascimenio. @uros, 2001 :17-
l8)'Acreditava-se que
a
funçãorcpÍo&Itiva
da mulher, nesteperíodo'
estava totalmelrte, desassociada do exercício da sexualidade,ou
seja' da copulação' Esse fato 19AEducaçãoSewatnosCurrículosdeForuloçãodeProfessoresdasSérieslniciais
era
descontrecidopelo
homem.
A
fecrmdaçãoera
üsta
como
um mistério'
que
ao mesmo tempo causava medo e encanto'opoderdeprocriaçãodamulherveiolheatribuiÍtrmrespeitofeminino
perante aos homens,
tal
poderfoi
estendido sobre a terra,os
arrimais e vegetais' umavez
que,,a mulfter
era
vista cotttoa
senlwra
da vidfl
em
todosas
suas vertentes'Fecunda, divinizada, ela era capaz não só de consertar esse poder
para
sipróprio'
mas também detransmiti-lo
a todos os segrnentos donahreza".
@arros, 2001:18)'Vúvas,conchaseocrevermelhoformavamsímbolosqueprovocavama
fec,ndidade e foram investidos de poderes sagrados.
A
simbologia desses elementos era da seguinte maneira:"A
concharepresentan
a vulvo, responsóvel pela passagempara
o mundo.o
ocre vermelho era o sangue que envolviaofeto"
-(op.
cit, 2001:19)'o
períodoPaleolítico
foi
um
momentode
grande riquezade
estatuetasfemininas em homenagem à fecundidade'
Passando para
o
períodoNeolítico,
nele será encontada a revolução dos sexos. Pois, neste período, o homemjá
tiÍiha
consciênciado
seu papel na fecundação' mesmo assim o prestígro feminino nãofoi
alterado'A
Deusa Mãe continuou sendovista
como símbolo
da
fecundidade
e
da
fertilidade;
a
Senhorada vida
e
da
morte'principalmente pelos mistérios que envolviarn a concepção, a gestação e o nascimento'
,,O
homerndo
Neolítico,
verdndeirantente,adorou
e
ctrltuou
a
mullpr'
co'no
utna imagem daDeusa".
@alTos, 2001:24).Tal
adoração e cultuação' se fizerampor
contado enigma que a mulher tepresentava para homem, que envolvia o mistério da vida e da morte e a capacidade e a sua capacidade de procriação'
Ainda
noNeolítico, atavés
da domesticação dos animais é queo
homempode observar que as ftmeas eram incapazes de procriarem sozinhas' Barros
Q00l:.24)
nos
afirma
que,"se
afimea
animal
não gerova sozinhs,
ela'
assimcotno
a têmeahumana
e
a
terra,furrcionava
cofno receptáanlodo
gtdo
quenela
era
introduzido" 'Com
esta descoberta,o
homem conseguiu relacionara
vida
com
ajrmção dos
dois sexos,o
masculinocom o feminino, e
sendo assim ao seretiÍar
damulher "o
cetro
e
coro(t de
ser
mágicoe divino,
culmiruria
cotno
advento dopotritrcado'
em que elaperderia
todo seuprestígio
e, subiugadapelo
homem,seria
lançada àstreva§"'
(op'
cit.2001:25).
A
partir do Neolítico, a mulher estabelece uma ligação com as águas e como
fogo.A
primeira,no
sentido da instabilidade e a segunda compreendendo à forçada
A Educaçdo
sennl
rns
curtículos fu
Formação de Professores das sériesIniciais
vida a
qual
estavaligada à
fecundidadee fertilidade,
o
queiria
decidir
o
destino dohomem.
Na
Idade dos Metais,o
papel do macho na fecundação se tornouüsível'
uma vez que a clença
primitiva atribúa
a possibilidade de engravidar a serpente falo,poder tão somente da mulher.
No
processo de fecundação, o que se ameditava eÍa que alua
exercia a função de machofertilizante
e esta concepçãotiraria
toda a participaçãodo homem nareProdução humana'
como
neste período,o
homem começaa
entendera
sua participação nareprodução humana,
então,
se
estabelecea
relação
de
gênero
sexual
deixandotransparecer
os
primeiros sinais
de
discriminação feminitao"do
homem
adulto'esperava-se
que
Íosre prirrcipalmente umguerreiro; à
mulherficavam
reservados os deveres dolar
e da maternidade"'
@arros, 2001: 41)'É
neste sentido,que
começaa
organizÂçãodos
sexos, dandoorigem
àsociedade
patiarcal, onde
a
vida
da
mulher ficava
disposta
pÜa
ocasamento/maternidade
ou
prostituição, "nêio haveria
outra escolln'
a
atividadefeminina
estotarestrita
aolar
ou ao bordel, semmaior
liberdade"'
(op'cit
2001:42)'Aos homens
foi
destinado o papel de procriador e ocontole dafamília'
Comrelaçãoàmaternidade,osmeninoseramospreferidosporquese
tornavam
guerreiros, enquantoque as
meninas causavarn prejuízos econômicos porconta dos cúdados requeridos e dos dotes que eram Íepassados ao se casarem'
A
idade dos Metais é assim catasteizafu'pelo domínio do macho'1.2.^sexualidadeHumananoContextoFilosóÍico.
A Antiguidadefoi uma civilização do espetácalo (Michel Foucault)
Nafilosofiaocidentalmtigqprecisamente,osgregos,oexencícioda
sexualidade eratido
como
um
exercício@tico,
onde
se buscavaa
espiritualidade'üsando
uma conduta
moral, mas
"4
tradição
fitosóftca
ocidental' damiruda pelo
ascetismo
Íaz da
setcualidadeum problema
de
menor importârrcia"'
(Catonné'1994:15).
A Educação
smnl
noscurrículos
de Formação de Professoresfus
seriesIniciais
A
sexualidadenrma
óücafilosófica
está embasada namitologia'
e nela o sujeito se vê num mundo natural, onde estrá mergulhado ngm coÍpo de caníter sexual'com
isto, ele elabora os símbolos com os quais vêem acontribuir
para aconstnrção
da
sua
existência
social. Partindo
da
elaboraçãodos
símbolos
e
da constnrção socialé
que sãofúricados
os
seus mitos.O
homem pagão,por
exemplo, como bem diz Évola apud BarrosQ00l:27)'
Criou os seus Deuses à sua imagant e semelhança e todos os slus ytseios
torrài
,"a*
as díf*ençasqyíewohimt
os saosforomproietados nas divindades. O lomem pioctnottuplicr,
a pmtir dos deuse's' o segredo ea
essência do sqo. P'wa ele, o sstro, múes de*istir
ftsicamente'qistia
como urn princípio trartscendetúe' Antes de se materializor
ru
natweza;; ;r;í*;t,
ete Tazrap*r9
ao ai7ensão d'9 sagrado' do cósmico' doÃpítnA,
iogo, ro rymtidade de deusas e deuses qte o lwmem-ctiou' oq;;
;i;t"fi;t;
akmçr
eraa
essência do eterno feminino e do etqnomasanlino.
Hesíodo, poeta grego,
do
seculovtr ac.
fezuna
narrdção da história dos deuses colocando que deles nascem os elementos cósmicos primordiais, surgindo daías
forças cósmicas, que animam as relações sexuais'
DentrodaMitologiaGreg4tambémsebuscamexplicaçõesparaosmitos
sexuais.
Na
suaorigem,
estavao
caos e
depoisa
Terra
e
o
Amor' caos
segundo Catonné (1994:16)é
"o
mais belopor
entre os deusesimortais'
aquele que rompeos
membros e que, no
peito
dctodo
deus como de todo homem, domao
coração e o sóbioquerer".
Na
hisória
mitológica'
a constantemente Pelo Céu, Urano'Terra,
Gaiq
é
solicitada
sexualmente,Hesíodoopoetanosdizquedestesabraçosirrcessantes'deste
recobrimento pümanefie, r?osoerom numuuos
fillas'
O pai' tomado deiai,o
po,
etes,n"ind"-ot
no
seio daTqra
Pwa castigo opai
Ete impede au nn,*-itl*
devq
a luz' a mde imagina am mdil (Cotonné'1994:16).
Eentãoque,aTerra.Mãeconfeccionaumafoicedemetalbrancocomo
objetivo de cortar os testículos do pai, Urano.
Ao filho
Cronos é incumbida a tarefa de decepar os tesdculos de Urano e' qgando isto acontece ocone oprincípio
da separaçãoente
o Céu e a Terra. E oprincípio
da castração original, o princípio da separaçãoente
22A Educação
Serual
nos Currículos de Formaçdo de Professores dos SeriesIniciais
o feminino
eo
masculino resultando umatansformação
doAmor
e doEros
"osfilhos
desta unidojri
podem
sair das entrant as daTena'Mãe"-
(cotonné ,19941.17)'Ainda
na narrativa de Hesíodo, ele fala no nascimento deAfrodite,
Deusado
Amor.
Esta nasce do membromutilado
deurano,
que expele uma espuma branca, que é ao mesrno tempo espenna e espuma do mar. AfroditÊ nasce cercadapelo
"Amor epelo Desejo". (cotonné,
1994:17).seu nome é tirado da
espumado mar
aphros'Portanto, os seres
divinos,
nos quais os homens procuraram projeção eram precedidosde movimelrtos
de
aproximaçãoe
separaçãoe
nestes movimentos,o
deusAmor
estaonipresente.
A
onipresença doAmor
é encontrada nafilosofia
Sega e Platão (428127-347 a.C)
foi
um filósofo
fundamental nesta questão. seu pensamento pode ser definido como uma erotica, ousejq
"um pensomento que define apesquisafilosófica
cotno urna tensão erótica e que identifica aprópriafilosoJia
do Amor" ' (catonné, 1994:17-18)'O
Banquete de Platão (2000) éum
üatado, totalmente dedicado ao amor'nele,
ainda,catonné (1994:18)
"o
amor é deiinido
como esteser intermedimio
quepermite
ao humanoatingir
o divino
emsi
mesmo e imortalizar-se pelo pensamento'A
beleza é wnas das viaspara
estaprática
de
si, esta c,scese, no sentido grego do termo" 'A
idéia do
Belo
vem
desdeabeleza fisica
e a
educação estética se fazpresente, é
aí
que são encontados ojogo
da seduçãoe o
desejofisico strgindo
destafonna o amor sensual, sendo assim a sexualidade estende-se a todos os belos coÍpos'
Numa segunda etapu abelezaesüâ atrelada à educação moral, que
diriguia
o
amor paÍa uma bela atma, belas açõeso
que conduz aocoúecimento'
Porultimo'
vem a educação intelectual como eixo e o alnor pelas ciências como atrativo'
É
possível, efião, coincidiram
o absoluto do Belq onar a belua em si*Zr*o
e Parasi
mesma O amor permíte entãocriu
na beluo' nãosegmdo o
*rpo,
mas segmdo g alma' hgen&on+e belos discursos;ír'íoio
-ti-itras
ao es;írito. Cgno-conseguircio o anor fmal' comoit*oÍio
ignora a atvidade smtal' ((áromé, 1994:18-19)'Nesta dimensão,
o
alnoÍ
é também visto comoüa
mediadora que permiteter acesso à verdade e partindo deste
princípio
é que se é lançada aidéia
do sacriflcio sexual.Paramelhor
definir
apassagemeótica
comum aoeótico
filosófico
busca-se
Michel
Foucault naHistória
da Sexualidade, onde ele analisa como ojogo
do amor 23A Educação
sewal
noscwrículos
de Fôrmação de Professores dassffies Iniciais
gfego masculino.
Dentro
desteamor masculino
o
filósofo
Sócrates, aparece como mestre da verdade ocupando a posição de eromenes, aquele que fazamoÍ'
Por suavez'
seus alunos tornam-se
erastes,ou
seja, amantes.Dentro
desta eróticafilosófica
"osjovens
amat
tes apaixonam-sepela
verdade
e
emtnciam aosprazeres sexuais'
aosaphrodisia
[...]
aErcle quefor
nais
sábio no afiror será também o mestre da verdade; eserá sua yez de ensinar
ao
amado contotriunfar sobre
seus deseios etornnr'se
maisforte
de si ntesmo". (Cotonné, 1994:.19)'É
nesta relação amoÍosa, clue surgeo
personagem do mestre ocupando o lugar do enamorado e os jovens ansiosos pela verdade tornam-se objeto do amor'são
encontradas, ainda,outas
noçõesalém
da
sexualidadeno
casio; oarnor,
o
erotismo
e a
procriação que, para
melhor
entendimentoseria
necessário estabelecer as suas relações som a sexualidade emsi'
A
procriação
esta relacionadaao ato
sexual.Entetanto,
podem-seter
relações sexuais sem que a finalidade seja a reprodução e
isto
vem sendofeito múto
antes da era da confiacepção, comoo
exemplo das prostitutas sagfadas'Ao
analisar a procriação médica assistida o que se pode constatar é o ato de procrim isento da relação sexual, com exemplo temos; a inseminaçãoartificial,
bebê de proveta eoutas
formasde geração de vida em laboratórios genéticos'
Quanto ao erotismo podemos dizer que ele designauma arte de amar' seria ele característico do exercício sexual, enquanto
atiüdade
humana Sendo assim' ojogo
amoroso é realizado eroticamente sem necessariarnente, t€coÍrer à sexualidade
genital
seria, portanto as carícias que antecedem ao
ato sexual'
como
escreveEtiemble' "c
erótica tem como
princípio
oiogo
e realiza-se cofna
arte de nãoprocriÜ" '
(catonné'
1994:.20).Ao
se reportar paÍao
amor pode-seafirmar
que este significaprincípio
deaproximação,
portanto
princípio unificador de todo
cosmico' Neste
se'lrtido'inclú
amizaÃe
e
visa
à
harmonia enae
os
seÍes.
Conseqüentementede
acordo
com Empédocles deAgriento
(Filósofogego
da era 490'435 uC'\"podemos seporar o annore as relações sexuais".
(Op'cit
1994:22)'opensame,lrtodeEmpédoclesécomrmgadocomopensamentode
sigmund Freud no tocante ao exercício da sexualidade humana, onde
atal
sexualidade éjustificada
além do ato sexual propriamentedito'
A Educação
sennl
noscurrículos
de Formaçãofu
Professores das sériesIniciais
Primeiranente, a squalidade é desemboaçada desa
relação estreita demais comos
órgõos genitais, sendo colocada como u:ma fançãoíorporo,
maisen[lobate
e
visandoo
Prruer'qte
entra apenas seanndtiamente a sertiço da reprodttção; em segundo lugw' coloctse;*;
^
moções sarrta*, às quoit o nosso utso lin§iístico aplica o tumo plurívoco de " omor "' - (Catonné, 1994:22)'Freud,aoÍoencontraropensame,lrtoe,mpedocleanotrassucessõesde
mistura
e
sepaÍação entrepulsão
de
consenraqáoda
especiee
de
si
e
a
pulsão
dedesüuição, manteve
o
dualismo em suas sucessivas teorias das pulsões' onde opróprio
Freud faz oposição ao
Eros.
"Por otalogia
como
nossoPar
fu
pulsões fundamentais'nós
somos arrastados, alémdo
domínioda vida, até
opar
de opostos quereina
no
mundo inorgânico: atração e
rerylsão'.
(Freud apud Catonné'
1994222)' Portanto' se asexualidade
for
reduzida ao ato sexual, pode seÍ concebido sem amoÍ' como acontece nos crimes sexuais, no cÍlslo o estupÍo'1.3.AVisãoAntropológicadoExercíciodaSexualidade.
Felizes os países alios deusesfazen arnor' @tiemble).
A
sexualidadedos
povos
primitivos era
exercitadacomo
um
ato
dosdeuses,
o
queviria
a repÍoduzir
um
ato sagrado.As púticas
sexuais das deusas não estavam separadas da espiritualidade desses povos. Era através do rituat daprostituição
sagrada que a Grande Mãe sacralizavaa sua sexualidade'
A
história
da
sexualidade humana'na
antigUidade'tem
seus primeiros anticristãos representadosnas civilizações
da
Babilônia, Grécia
e
Roma'
Para estascivilizações,
o
exercício da sexualidade humana não representava nenhummal'
A
sua
reflexão crítica e,lrüe
o
alnor ea
sexualidade constituía uma arte deüver'
os
prazenes
carnais seriam
,ma
escolha de ordem pessoal para a modelação de uma belaüda'
Nas
cult,ras
antisas,o
exercício da senralidade eraalgo
sagÍado estavarelacionado à divindade, ao matrimônio e ao coito sexual com as prostitutas sagÍadas'
Ainda,
na Antiguidade, o pÍazer sexual era onipresente eo
arnoÍpor
sua vezeÍaelevado à categoria de arte. O exercício da sexuatidade era umaatiüdade
que testernrmhav
a
a
belezae
o
valor
de uma
civilização'
Nesta condição'cn
Babilôniq capitaldaantigaMesopotâmia.ABabilôniaeraoancesüalcultural
25
r\1
t)
I
A Educação
swtnl
noscurrículos
de Fonnação de Professoresfus
sériesIniciais
antigo.
Desenvolveu-sea partir do
4omilênio, primeiro com
os
sumérios'povo
de origem desconheci da,e apartir do 4o milê,nio com os acadianos, povo semítico'os
babilônios
eralnpovos
antigos, quetinham orgulho de
suacultura
e cultuavamo
amor sensual commotivo
deorgúho.
O
Antigo
Testamento desprezou aBabilônia,
classificando-acomo
a
cidade
maldita
e
prostituída
segundo
a
Bíblia
Sagfada no Apocalip se
"Babilônia,
a grande, amãe daprostituição
e das abominações daterra".
@íblia
Sagrada' 1982z16-17:1571)'
A
Babilôniafoi
a civilização que se encaÍregou de organizar o exercício dasexualidade
fora
do
casamento. Para ela, nãoexistia
o
pecadoda
carne.o
amor
nacivilização
babilônica era ato natural, onde eram retomadas culturalmente' as práticasdo culto
eróüco.
O
historiador
Sego
do
séculoV
a'C',
Heródoto apud
(Catonné'1994228) com indignação narra que:
O costume mais vergonhoso dos babilônios é o seguinte:- t9d1 rytlher do país deve, urna
vu
em sua vida,tomu
lugor num smnrbio de Afrodite eunir-se a um estranho.-.-À
*àoi
port" og"âo seguintg modo: uma coroa de corda ao redor da"rb;;;
r*"
i"
sinal-cte soa semidão à deusa) ... Saandoa
mulher senta-se neste local, ela nõo retorna pora oasa ontes Ete um;t;t"lr;
wrhaiogadoit*i'o
"*
san colo e Ete ela-tenla se tmido a ele nointerior do locat ,anto..- A Etantia pode ser ido módica Etanto se queira; não é preciso temu
qi
oiutt'*
reieíte o homem; ela não tem esse direito'pois esse dinheiro torn*se sagrado"' Depois de ter-se unido a ele' estando
'lt*"
d"
suas obrigações religiosas pma com a dansa' ela retorna p(ra c6ta; -i,Ãix
iia",
naí havera anneiro que chegue pma go'hbla'Mesmo
a
Babilônia
encoÍajando
a
pÍostituição sagradq
a
qual
é apresentada comogma conqústa
daciülização,
ainda são encontrados elementos da sociedadepatiarcal
comoo
casamento monogâmicoe
as relações exEas conjugaise
nesta Íelação os homens mantinham relações sexuais tanto com suasi esposas como com as concubinas , as hetairas e prostitutas. Neste contexto, so as esposas estavam presas à
fidelidade conjugal e ainda, cabia ao homem o exercício dabissexualidade'
AprostituiçãosagradaeadefloraçãoÍifualfoirrmcoshrmemuito
p:aticado tanto
no oriente
como
no
ocide,lrte.A jovem
púbere oferecia àDeus'
nos templos sagradosa
suavirgindade e
so após essa oferenda é que ela era consideradavirgem
medianteo
sentidoreligioso,
estabelecendo sua ligaçãocom
Eros' princípio
feminino. "Era
virgem porque representava o sublíme, o angelical damoternifude;
ao mesmo tempo eraprostituto, porque despertan
o deseio e volúpia nosexo"'
@arros'2001229). Como
prostituta
ajovem
sentava-seno
templo à
espera de qualquerum
A
Educaçãoserual
noscurrículos
de Formação de Professores das sériesIniciais
homem que lhe oferecesse
diúeiro
e seja qual fosse a quantia" ela aceitava' pois estavacumprindo o sagrado ritual do amoÍ'
A
difrculdade que se temhoje,
de entender esseritual é a
conotação dasterminologias
da
prostituição
e
da
virgindade'
Na
Antiguidade'
as
deusas virgensconcebiam seus
filhos
sem perder a virgindade,isto
porque a virgindade estavaligada
ao sagrado e ao Eros feminino.
os
filhos
das deusas eram charnados depmthenoi -
qttequer dizer
nascidosda virgem. Virgem
estava relacionadaà
mulher não
casada celibatária, que não tinha nada aver
com a inocência, pureza ou mesmo castidade'É
amesma oposição
que
enconta em latim
entreos t€rmos
virgo'
não casada
e
virgo
intacta, a casta.
Nas civitizações uúigas,
a
virgindadeera
d'ecoatq
moral e'ürrt;;;,;;;-o rolio''"^
d[endia e nem esta'a sob o podu ott-iiíio
*r*iaoa"
de um homem como detuúora de nna soboania queoutorga'a a Deusa
qr,;';-;;;;t
responsável pela maternidade',pelarenwação
da ,an
uà,
pelo
rerys7mery?dos
mortos' Assim'';;;;;;,*t"
a
crandibeisa
Mae'à
Prostituta celeste' Puta divinaComo nos diz J-
Mulute:
"Ela recunao
casenento mas não os amantes; ela se recttsa o ser escravs' mas mantém em essaniddo"' @arros, 2001:30).o
casamentona
Grreciaktigq
eravisto
comoo
alicerceda
sociedade' sendo afamília o
principal núcleo desse contrato e base necessiária pata a perpetuação da espécie. Neste período, nãoexistiaum contato jurídico
que legalizasse o casamento'ocontatoeraestabelecidoenfieasfamítiasdosnoivoseeracaracterizadope|ohédna
através
de
um
rit,l.
Este consistiaem uma
procissãoformal,
onde
a
mulher
serialevada até a casa do
noivo'
Nohédna,aprimeiraforrralidade,eramospresentesdecasamento,que
serviam como dote do
futuro marido
parao
pai
danoiva'
Esses presentes eramjóias
caras, animais, roupas e outros artigos pessoais de grande
valor'
nunca emdinheiro'
Havendoseparaçãodocasal,oMdruretornavaàsmãosdohome'mcasoa
mulher
fosse considerada culpadapela
separação'se
ocoÍresseo
cont'ário' ou
sejao
fosse o homem culpado pela separação, então o
hédru
ficariade posse com a famflia da
mulher. Esta regra
tiúa
um objeüvo, que era desestimular a separação'pois a perda do
hédnaseconstituíaemrrmgrandeprejúzoeconômicoparaambaÍiaspartes.
A
segpda
formalidade
do
casamentose
concretizavapela
entrega danoiva
na casa do marido.Isto oconia logo
após a ceiamatimonial'
que norrnalme'Irte'A Educação Sexual nos Currículos de Formaçdo de Professores das Séries
Iniciais
erurealizadana casa do pai da noiva. Após a ceia e a qútação do
hé*ra,
então, a noivaseguia yyy;aacasa do marido em uma caÍruagem enfeitada Músicos, parentes e amigos
caÍregavâm tochas acompanhavam
a
procissão cantandoo Himetuu (Hyméruios)
o cântico nupcial.O
que se observa, é que osrituais do
casamento no decorrer dos séculosaté os dias atuais do século
)O(I,
têm suas formalidades nos princípios do casamelrto daGrécia
futigq
pois ainda
se
tata
de
um
contato, so
que
hoje,
o
bem
jtrídico
determinando qma partilha ou grna comunhão de bens. O hedru rep'resenta os bens quesão levados e que serão construídos com essa união'
A
separação, por sua vez, ainda representa um sérioprejúzo
econômico naüda
dos
casais.
O
ritual
religioso
é múto
semelhanteno
tocante
à
celebração cerimonial, quandoo pai
da noiva entrega parao noivo
a suafilha
diante doaltar'
Ali
estrá selado o compromisso "até que a morte os sepatre"'
O casamento vem
adquiú
uma forma legal a partir do período clássico em Atenaso provavelmente, instituída pelo legislador Sólon (seculoVI
a
C')'
Para validar o casamento eram impostas duas condições: a engi'esis (garantia) uma especie de contratoente
o
futt[o
marido eo
pai da noiva.A
outra condição é a ékdosis, que consistia na entrega da noiva à família do noivo.O
casamento
só
seria oficiatizado
se
üvesse
cumprido
estas
duasformalidades que
iria
assegurar todos os direitostanto
ciüs
oomopolíticos
aosfilhos
que üessem anascerdestaunião-A
eng!,esis se caracterizava porum
acordo verbal ocorrido diante do altarda famítia
na pÍesença de testemtrnhas.No
decorrer da cerimônia,o
noivo troca
umaperto
de
mãocom
o pai
danoiva
e
são pronunciadas palavras solenes para selar ojuramento.
como
se
vê,
é
o
mesmo
que
acontecenas
cerimônias
de
núpcias, atualmelrte. Enquanto isso, a noiva assistia toda a cerimônia em silê'lrcio.Para
o
cidadãogÍego,
o
casamento efi,a
forma encontada para que
amulher
engraüdassee
viessea ter Íilhos
do
sexo
masculino,o
que
assegrrmia acontinuação da
família
e também seteria
a gmantia de que essesfilhos
cúdassem dos paisnavelhice.
A
afação
sexual entre
os
cônjugesera algo
raro,
pois
os
homens
só dormiam com suas esposas, apenas para engfavidá-las. Quando a questão erao
pÍazersexual
e
$ms
fantasias sexuais, estas pr:áücas erarn realizadasfora de
casacom
aslhetairas,as prostihrtas, e as
concubinas
A Educaçdo
Sental
nosCwrículos
fu
Formaçãofu
Professores das SériesIniciais
A
palavra hetairas
significa
amigq
companheira.
Eram
mulheresprovenientes
da
classedos
essravos, ex-escravose
imigrantes,ou
ainda,
filhas
de prostitutas e ex-prostitutas. Sua firnção era acompanhar os homens em banquetes, ondeofereciam os seut serviços sexuais.
Eram
mulheresbem
educadas,tinham
boas maneirase
sempre estavam asseadas e prontas para oferecero
seucoÍpo'
geralmente, por um preçomuito alto'
Istoaind4
hoje, acontece, principalmente, no Brasil, onde se têm as "garotas de progÍamas"que
servemde
acompanhantespaÍa altos
executivos
e
políticos de
Íenome-
Os prostíbulos, ainda sãorlnarealidade,
afual no Brasil.As
prostitutaspor
sua vez eram mulheres queviviam
em prostíbulos.No
vocabulário
gÍego,
"a palantraprostituta
épóme,
derivada do verbopérnemi
(vender),ou seja, aquela
que
estáa
veÍtda".§rissimtzis,
2002:86).E
a partir dessa palavra queforam gerados os terrros pornogfafia, pomognáfico e
pronógafo.Elas
eram escÍavas ouex-escravas,
que
tinham sido
liberadaspor
algum
amante.Como
as lrctairas,
elas vendiam o co{po, so que denfto de um prostíbulo.As
concubinas eram mulhereslivres
e
sua funçãoera procriar,
caso aesposa tegítima fosse estéril, ou então, gerasse meninas. O concubinato era a saída que
as múheres
estrangeirastinham para se
manterem
em
Atenas. Seus
filhos
eram considerados legítimos.Na
Romafutigq
secútivava o
gosto pelavirilidade,
ou seja,o
exercícioda sexualidade htrmana correspondia a uma
livre
virilidade,
entetantonutiam
um ódioao ato da felação e
cunilíngua
Estes eram objetos de maledicências eirfrnias-
Também se praticavao
bissexualismo"pwa o
homem,o
deseio sexual, desde que seia ativo,pode
voltar-se tanto
pora
o
swo
oposto
comopara
Seupróprio sexo"'
(Catonné, 1994:38).Na
concepção romana,o
sexo poderia ser vendido ou comprado afravés da relação vencedor e vencido.O
casa6ento rornanoeÍa
um
ato privado e
não necessitava de qualquermagistrado,
civil
ou religioso
para sancioná-lo,tudo
aconteciaentre as famílias
dosnoivos,
o
que tornavagm
atoinformal. "É
umato
ínformal,
não escrito- Ent suma, o casamentoera
um acontecimentoprivado,
como é,pwa" o tnivada' Tal
consistêrciajurídica
numa sociedade dedireito
nõo preiulga,para
tanto, a estabilidade da união"-(Catonné, 1994240).Com isto
a
dissoluçãodo
casamento romano tornava-sefácil,
amulher poderia romper com
o
casameNúo, levando seu dote. Odinheiro
era aprincipal
ruze,ropaÍa o contrato de casamento, o que se desposava era o dote.A Educação
sexual
noscurrículos
de Formação de Professoresfus
sériesIniciais
Havia
casamentopara
ter
descendenteslegítimos, ainda
que
houvessefacilidade para a adoção rornana.
o
que mais se garantia era a continuidade da linhagem do cidadão.Já
no
período republicano,
a
Roma
Imperial qresenta
duas
condutas morais paÍa o exercício da sexualidade. Primeiro, recomendava atodos os cidadãos que se casassem,isto üsando à
autonomiado
homem na iggaldadecom os
deuses' Com esta concepÇão,a
mulher
representaum
objeto
sexlal,
os
senhoresmaridos
podiam passá-la deum
amigo paÍa outro, pois esta era consideradagm
ser irresponsável' Caso houvessealgum
envolvimento sentimentalcom
o
arrigo
em
que estava servindo eracaractsrizakoo adulterio, e então, o marido era Íecriminado pela má conduta da esposa
e com isso ficava desafortunado pela falta de firmeza como senhor'
uma
segrmda moral estabelecia que para ser um homem de bem, teria quecopular com a finalidade de procriar.
O
casarnento então, passa ater
outra conotação'Um
bom marido deve respeitar a sua mulher e isto faz com que o casal romano passe ater
uma
atitude monogâmicaunida
pelo
sentimentoafetivo'
Nestesentido'
a
esposa adquiria ostatusde
companheira. Ela sai donível
de doméstic4 o que era estabelecido pela antiga moral e passaafazsparte
do círculo de amigos domarido'
e com isso seu comportame,lrto passa a ser valorizado no mundo greco-roÍnano'PartindodesteprincrproéqueMarcoAurélio,IrmperadorRomano,
colocavao
adultério masculino como uma
posturatão
grave,tanto para
o
homem' quantopara
mulher e
acrescentavaainda que, não se devia
tomar
a
mulher
como amante. Então, é proclamada a teicanuléi4
que estabelecia o casamentoente
patícios
e
os
plebeus, que antes essaforma
deunião não
seria possível'O
casamentoú
era possível enúe os plebeus e patrícios, se tais plebeus fossem enriquecidos pelo seu lucro no comercio.AéticasexualdaAntieuidadeorientaparaumexercíciodesexrralidade
direcionado pdra
uma
heterossenralidade
de
reprodução
sem Íomper
oom
abissexualidade.
O
CÍistianisno
é que vem Íomper esta rupturadento
datadição
hebraicaé
então,que
apaÍece SãoPaulo,
o
apóstolo
da
era
de
JesusCristo
condenando ahomofilia
como
um ato
ocontra
a
natureza'.
A
partir
desta
concepção'
só
aheterossexualidade seria