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ANO
XVIII-N~
2
Num.
avulso 1$200
Maio
de
1934
• REVISTP. MENSAL
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_ _
Diretor:
ALFREDO
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\.SSINA'rURAS
:
Para o Brasil j um ano .... •
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6 meies . ....12$000 6$000
REDAÇÃO : RUA SETE DE SETE~IBRO, 174 União Postal ... . .. . 15$000
.
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..
. . . . ..
...
.
Red ...••...•...•.•
Pedro A. Pinto . ... . .... .
Hemete rio dos Santos ..
Othelo Rt:is ... .....•..
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A
1\. Paz de Lc li eia
Topicos
Sociedade Pcslatozzi
T..ingua ~Ialerna
Carta a um professor
Países estrangejros
PAZ
SUMARIO
Mestre-Escola .. ... · · · · ~ecl, ... . . . ... . . . CeJina P,1dilha .. .... . Ataria do Carn10 V. P,'frei-, palav1
inha".-A Quimica na vida cotidiana
O en~ino da Historia Natural nos Es ..
tados Unidos
Pratica da Escola Nova
DE LETICIA
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Toda a correspondencia deve ser dirigidaá
redação : Rua 7 de Setembro, l7426
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TOPICOS
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arrierés», de madame Descoendres.
Considerando o apoio moral
dispen-sado
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ociedade Pesta!ozzi
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pelo
Secre-tario da
Educação,
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dr. Noraldino Lima
propõe que
se
o aclamem presidente de
honra da
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Sociedade» com o que a
assem-biéa unanirne1nente concorda.
Continuando
,
a presidente falou da
necessidade de se fazer algo em prol da
inf ancia socialmente abandonada e propõe
á
a
s
sembléa a seguinte modificação no
artigo I, capitulo I
,
dos estatutos em vigor
de acordo con1 a faculdade qtte ll1es
con-fere o artigo
25,
dos mesmos estatutos:
<<Fica
instituida nesta Capital, sob a
denominação
de
«
Sociedade
Pestalozzi»,
uma associação civil, destinada a proteger
é)
infancia socialmente abandonada e
anor-mal, preservando a sociedade dos
ele-1nentos associais e a raça das influe11cias
11ocivas
da
anormalidade mental.
Con
s
idera-se
socialmente
abandonada
a
criança
·
não
amparada
pelos pais
,
tt1to-res
ou
instituiç
õ
es e que não disponha de
meios d
e
subsistenciás
para se manterem,
a não
ser
o exercício da mendicidade, ou
trabalhos exaustivos
,
incompativeis coin a
idade.
·
i
\.crescentar.se
á nova letra ao artigo
IV
:
!'
A
organi
za
ção
e
manutenção de
ca-s
as
e abrigos proprios
ao amparo
n1ate-rial
e
moral
da cria11ça,
cuidando-se 11ele
da higiene,
edt1caçã
·
o
e
orientação
profis-s
ional
tios
menores socialmente
abando-11ados
,
.
P
rose
gu
in
do
nas
sttas
consideraç
i'í
es,
diss
e
a
presidente que
111uitas crianças
,
jor-naleiros por
exemplo,
têm um nivel
men-tal
sttperior
ao
se
rviço que d
ese
mpenham
e,
dai,
a neces
sid
ade de se a
1
1exar
á
Casa,
oficinas
de rre-
ap
rendizagem
f)rofissional,
onde
eles
poss
~
m
orientar-se.
Postas em discttssão,
as propostas são
un
n
nin1em
e
nte
aprovadas,
sob palmas
de
as
se
m biéa.
A
presidente
deu,
então, a nalavra
ao
dr. Tavares Basto
s,
que
passot1 a ler o seu
relatorio, cujo resun10
e,
mais ou menos.
o
seguir,te
:
'
•
'
28
... i\.
ESCOLA
PR1tv11\J,
J .:\'
O Consultorio
Medico Pedagogico
Descreve o clássico jest1ita grande
atendeu a
91crianças,
nãa
só da Capital~ ternporal e diz
:
''
... houve·se por
mila-como de
outras
proéedencias.
gre não
ca
s
sar a
s
âncoras
,
p
ôs
to que
ii-Os
des
c
endentes de alcoolatras f
i
gu- ves
s
em lançadas tôdas quantas levavam.
''
raram nesses caso5 com a maior freqt1en- (fôlha n.
443. 2ªcol.
)
eia. Foi curioso notar se a pequenez da
O
franc
ês
conservou ca
s
ser e ou
t
ras
cifra dos descendentes de tuberculo
s
os. palavras da raiz, ex. gr.
cass
zz,·
e
:
ca
ssa
r,
Come
ç
am a revelar-se os dados sobre os de casso, subsiste na
s
expre
s~
ôe
s
ca
ssar
casos de alienação mental. Os casos de
direitos
,
cassar licença
,
cas
s
ar procura
ç
ã
o.
nervosismo t
ê
n1 como origen1, em geral
·
,
os côrte de cassação
,
etc. etc.
erro
s
educaci
o
11ais em familia.
Caçar, com ç
,
é
a
s
sim defini
d
o
-p
er-'
E
'
comum surgir uma situação morbi-
1
sigt1ir os ani111ai
s
silvestres
a
fim de os n
1
a-da
pelos processos caseiros Je
'
rigor ex-
1tar ot1 de os apanhar vivo
s'
'
cessivo, tolerancia den1asiada, etc.
E
m sentido figurado empre
g
a
-s
e
ca-Fica assim patt 11teada a
necessidade
çar no lugar de apanhar
,
c
o
lher, r
e
colh
e
r
,
de urna
campanha
social vasta e pratica, capturar, captar.
que possa esclarecer os educadores em
Como os documentos
,
no c
aso,
de
familia.
que se trata, n
ã
o f
o
ram anulado
s e
ape-Termin
.
ando, o dr.
-
Tavares Bastos a nas aprendid
o
s, talv
ez
seja
m
e
s
1110 pr
e
fe-Ieitura do 1elat
o
rio, a presidente teceu ai- rivel e
s
crever-
s
e c
a
çar
,
do lati
m popula
r
guns comentari
a
s em
torno
do mesmo e
c
aptiar
e
o
u do latim clá
s
si
co
·
c
apta
,
·e,
ib
faz salient
a
r que o trabalho da Soci
e
dade
es
t
,
prender, procurar para J
Jre
n
der
.
Pestalozzi foi bastante eficiente e c
o
ncita
No sentido de caç
a
r, no d
e
ve
1
1a
1
"i,
os
s
ocios pre
s
entes, dados os fins huma- de apanhar a caça, t
e
m o anti
g
o
p
roven-nitarios da
S
ociedade, a
conseguiren1
o çal
cassa
,·
;
mas o it
a
li
a
no e
sc
r
e
ve cas
si
are
maior nun1ero pas
s
ivei
de socios para a e o castelhano cazar.
me
s
n1a.
Da raiz de c
a
ptia
,
a
caça
,
é
o adj
e
cti-vo
capcioso
,
q
ue
s
i
g
nifi
c
av
a o
a111
an
te
... , . . 111111111111111llfl"'"'" . . . . u,11u1u•""' . . " " . " " " " " ' " " '11"'º .. "º"""'11""•
d
a arte v ena t óri
a~
o ca çad
o r . . .H
oje e
a-Língua
·
Materna
_
p
c
i o
s
o
é
en
g a
nad
a
r
,
fal
s
o
, s
o
físti
co
.
Ca
-ptio
é
ar
m
a
d
ilh
a
.
J
á
e
m lat
i
11
1 c
lá
ssi
co
cap
t
io
s
us
e
ra
e
n
-ganad
o
r,
nocivo. prejt1dicial
.
.
.
C
a
ssa
, tecido
,
11
a
d
a
t
en,
co
n
,
caça
,
nem corn ca
ss
ar
e
é
de o
ri
g
em
1
na
l
a
i
a.
~i
on
se
nh
o
r Dal
ga
do en
si
1
1a
;
··
C
ass
a
.
se est
á
certa
(
mal-Ka
s
a
)
Tecido transpare
n
t
e
de
a
!g
o-«
A
Inspecto
r
ia de
.
veículos mandou
caçar
os
documentos do motorneiro.
»(
De
um
de nos
s
o
s
rnatuti11os)
Per
g
unta-me uma aluna
a
grafia de caçar.
dão ou de
linho
que vi
n
h
a a
nt
ig
a
11
1e
r
1
t
e
do ori
e
nte.
C
a
s
s
e em fr
a
11
cê
s
•'
·
Há
,
em portu
g
uês, cassar, do
latim
qiza
ss
a,
·e,
bater, agitar
,
quebrar,
destruir
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cassar
,
de
casso,
as, are, tornar
nulo,
-
O
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re d
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u c
o
m
r
o
s
t
os.
sern efeito,
cancelar, riscar...
com
ctrtere
e cu
ss
t1111, ql
1e a
1
1
ar
e
c(1
11 e
n1
Cassar
,
no primeiro sentido,
de
que- muitas palavras poriu
g
ue
s
a
s
- di
sc
utir
,
d
i
s-brar
,
se
arcaizou. Regista
o
Bluteau um cutivel, repercutir
,
repercu
s
s
ã
o, p
e
r
c
t1tir
,
exemplo,
cto
P
adre
Lucena, de
''cassar_
a percussão,
concus
s
ão, concu
s
sio1
1
á
rio
,
co
n
-âncora'',
no
sentido
de
quebrá-la. HoJe,
ct1tir ...
em linguagem
r,áutica,
cassar
a
vela
é
Disctttir
é
agitar un1a qt1estão, revi
-recolh
ê
-la.
rá-la.
Repercutir
,
literaln1ente, é
ferir
011
Eu
se
desse com o exemplo de Lu- bater
em
redor; percutir
é
bater
;
conc11s-cena
sem
a nota do dicionarista
,
tornaria
são
é
comoção
forte,
extorsão, p
e
culato
talvez
''cassar
a
âncora'',
por colh
ê
-la, e concussionário
é
o
que pratic
a
a
con-suspendê-la
e
é
provável que depois de cussão.
.
,
conhecido o sentido escrevesse
'
'
cassarem
Concutir e
o mesmo
que
abalar
,
faze,
as âncoras
'
',
Mas, conferi a cita e na
I
extremecer. Camilo usou o verbo
em mais
edição princeps, de 1600, de facto está de um passo! ex. gr. ~este ...
'' frei
José-c:ssar.
de Jesus Maria. frade CUJO nome
faz
con
-•
•
•
.
~l\.
ESCO
L
A
PRI
1V
I
A
RI
A
cutir as abóbad
a
s do
i11ferno,
raivoso da
inexorável guerra que lhe fêz
.
..
,
,
.
A B
ruxa
de Monte Córdova. Pág.
11.
200.
Ed. 5
ª
.
·
-E
111 vez de mot
o
rneiro devia
di-zer-se motoreiro. De rnotor e o sufixo
eiro. f a I
s
a ana
l
ogia co111
torneiro
gerott
a
for111a
e
rr
ô
n
e
:i
,
de trso espa
l
l1ado e
talvez
i
nconsert
á
v t.l.
P
E
DRO
A
.
PINTO.
Carta
a uma professora
_
MINHA
COLLEOA.
Ot1vi
as stias queix
as
,
110 bilhete qtte
m
e
envio11
pelo
seu afill1adinho
,
e
vie
senti as s11as dores
:
ellas
minhas são
tambem. E
fiquei
sen1 saber o que
fazer,
e chorei
,
co1n
os soluços
do
Bilac.
Porque
o ei;crever-tanta pericia
,
Tar1ta reqtrer,
Que
officio
tal ... nem J1a noticia
De
ot1tro
qualquer.
•
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
'Vêr esta lingtta,
que
cultivo,
Sem ot1ropeíi:,
Mirrada
ao
halito nocivo
Dos infieis
!
...
1
•
29
,·apa
z
, f
ez
, f
e
liz, ,·
e
t,·o
z
e
c
1·1t
z
. ..
todos,
em
fim
...
Que
se
ha de fazer
?
çsperar.
. .
Ha
brigas diarias
no
D
e
pa1·ta,11
e
1it
o
de
Edtz
c
a
ção
,
da Prefeitura,
com o
en1prego
do
verbo 110
infinitivo.
«
Os
professores
convidam os alumnos
da
escola. . . para
a
s
sisti;·
aos jogos
de
f
o
ot-b
a
ll
,
e
...
não para
assi
s
ti,
·
e
,11 ..
Dei licença aos meninos para
b1·i1
zc
a1
·
,
e
não ... para
bri1icó1·
e
11l
E só
... Não se
gaste
papel
,
com
ba-nalidades.
Do collega
HE
i\
lETERIO DO:::i
S
ANTOS.
14 Maio
9
3
4.
Paizes estrangeiros
ALBANIA
P1·on11ncia do n0me em nossa
lingua:
alb
â
nia.
Nom
e
com que d
e
signam
o
pais os
natu1·ais:
S
lzqipe,tia.
Nome que damos aos
natu1·ais:
a!ba11
ê
ses.
. _ , 1
Reino constitucional, sit11ado na
.
Eu1·opa.
Eu
não_
sei
porque razao e
1
les
escre-
Rei dos albanês
e
s,
.zo.qzi
J,
.
n,tscido em
vem.
-
ri,t
c
t
a
corn
~-
: Jodas as
·
pala vr~s
l
189!'>,
e
leito p1·esidente en1 1
.
925, proclamado
ter1111nadas
em
a,z
c
ta,
e
1t
c
to, 01tc10
e
1J1z
c
ta,
i·
e
i
em
19:28.
todas
se escreven1
com
-
e
-
•
e porque
A Alba11ia ab1·1111°·e a a11tiO'a p1·ovincia
·
ã - . ?
E
- ?v·
º
bn o
a.nc1.a
-
. ·
~cepçao
· .
eJa turca de Scutari e pa1·tes de I{ossovo e
Ya-qualquer
d1cc1onar10 de rimas,, e leia os
nina, e
s
tá situada a Oeste da peninst1la
bal-nossos
p_o~tas de raça,
e
vera corno se
cânica, banl1ada p
e
lo
Ad1·iatico.
1orn_am r1d1culos_os versos que. deite~
se
Ai·
e
a total de cerca
de
25.000
quil-0n1e-cop1ar_en1
a
;;
a,t
c
ta
s,
con1
s.
escr1ptos ....
t1·os qu
1
td1·ados.
População,
pot1co mais de
Brl~c.
o ptrro e caprichoso. desco- 1
milhão.
nhecera :
A Albania declarou
·
Se
independente
em
O
l
lem
O m:>ld
e
ac ara para
h
,
ª
edxptredss
ão 1912, mas
sofr-eu
numerosos
acidentes
em
sua
7
'
vida de estado soberano, até que
em
1928
se
e
ti o .
fi
l
f .d
.
Ai
Iquen, ha de dizer
as
a,z
c
ias
infinitas
rmtouta
ªatua
orn1a e gove1·no, que se vai
Do sonho
?
e
O ,f
,
ã
ue
sus en an o.
ceo
que
oge
ª
1
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O
{
7