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Um estudo sobre o uso de jogos nas aulas de Matemática

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE - UFRN/SEDIS CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA

ESPEC I AL IZ AÇ ÃO EM EN S IN O D E M AT EM ÁT IC A P AR A O EN S IN O MÉD IO

TAMIRIS MARIA MORAIS DE SOUZA

UM ESTUDO SOBRE O USO DE JOGOS NAS AULAS DE MATEMÁTICA

APODI 2016

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TAMIRIS MARIA MORAIS DE SOUZA

UM ESTUDO SOBRE O USO DE JOGOS NAS AULAS DE MATEMÁTICA

Monografia apresentada à Pós-Graduação de Ensino de Ciências e Matemática da Universidade do Federal do Rio Grande do Norte – UFRN como avaliação da disciplina de Metodologia da pesquisa em Ciências Naturais e Matemática.

Orientadora: Danielle de Oliveira N. Vicente

APODI 2016

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TAMIRIS MARIA MORAIS DE SOUZA

UM ESTUDO SOBRE O USO DE JOGOS NAS AULAS DE MATEMÁTICA

Monografia apresentada à Pós-Graduação de Ensino de Ciências e Matemática da Universidade do Federal do Rio Grande do Norte – UFRN como avaliação da disciplina de Metodologia da pesquisa em Ciências Naturais e Matemática.

Aprovado em: __/__/____

BANCA EXAMINADORA

__________________________________________________________________ Professora Esp.Danielle de Oliveira N. Vicente

Universidade do Federal do Rio Grande do Norte

__________________________________________________________________ Professor Me. Odilon Júlio dos Santos

Universidade do Federal do Rio Grande do Norte

__________________________________________________________________ Professor Dr. Iesus Carvalho Diniz

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DEDICATÓRIA

Dedico a Deus que me deu sabedoria, paciência de chegar até aqui e aos meus pais que acreditaram na realização desse sonho.

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AGRADECIMENTOS

Primeiramente agradeço a Deus a sua segurança durante as viagens de Apodi a Martins todas as manhãs. Abençoando para que nada acontecesse. Agradeço também pela saúde, luz e força durante essa longa jornada de Pós-Graduação. Pela fé que ele nunca me deixou cair em fracasso;

A minha mãe Terezinha e meu pai Chico que sempre estiveram ao meu lado me incentivando;

A minha amiga: Ionara, que sempre me ajudou nas disciplinas do curso. Nunca me abandonou mesmo na situação em que foi aprovada numa disciplina, persistiu por mim e estudou comigo para que eu também alcançasse o objetivo;

A Arimateia – meu esposo – por estar ao meu lado nos momentos difíceis e de angustias. Ele sempre dizendo que Deus iria me dar sabedoria, segurança e tranqüilidade no momento da prova;

E Principalmente a Danielle que com sua sabedoria e humildade tem me orientado pacientemente todos os passos desta pesquisa;

Enfim, a todos que contribuíram e que acreditaram fortemente em mim.

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Para poder sobreviver, todo ser humano e cada grupo cultural desenvolvem espontaneamente determinados métodos matemáticos. (D´Ambrosio,1982).

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RESUMO

O presente trabalho foi desenvolvido a partir de estudos teóricos e um estudo de caso com alguns professores, relacionados à utilização de atividades com jogos no processo de ensino-aprendizagem da matemática. No primeiro momento procurou se descrever aspectos relativos ao jogo como a definição e alguns tipos de jogos. Depois, apresenta-se um quadro com diversas vantagens e desvantagens dos jogos na sala de aula; em seguida, intervenção do docente e planejamento das atividades. Inseriram-se no trabalho quatro jogos, que podem ser usados em sala de aula, para auxiliar na aprendizagem da matemática e também foi aplicada uma aula inédita. Por fim, fizemos a aplicação de um questionário com os educadores, no intuito de investigar se eles utilizam atividades com jogos nas aulas de matemática e com que freqüência isso acontece. Na seqüência, analisando os resultados exibidos pela pesquisa, mostrou-se de maneira satisfatória, por constatar que dentre os entrevistados, uma grande parcela aplica atividades com jogos como instrumento de auxílio para o entendimento de um conteúdo matemático exposto em sala de aula, enquanto que, a pequena parte dos entrevistados preferirem utilizar exercícios do livro didático como recurso facilitador da aprendizagem. Todavia, a matemática escolar é apenas uma das formas de se fazer matemática. Essa que é muito relevante para o desenvolvimento profissional.

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ABSTRACT

This work was developed from theoretical studies and a case study with some teachers, related to the use of activities with games in mathematics teaching-learning process. At first he tried to describe aspects of the game as the definition and some types of games. Then, we present a table with several advantages and disadvantages of games in the classroom; then the teaching intervention and planning activities. They formed part of the job four games, which can be used in the classroom to assist in learning mathematics and was also applied an unprecedented class. Finally, we made the application of a questionnaire with educators in order to investigate whether they use activities with games in math classes and how often it happens. Subsequently, analyzing the results shown by the survey, proved satisfactorily, to note that among the respondents, a large portion applies activities with games as an auxiliary tool for the understanding of an exposed mathematical content in the classroom, while , the small part of the respondents prefer to use exercises of the textbook as a facilitator of learning resource. However, school mathematics is just one way of doing mathematics. This is very important for professional development.

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LISTA DE QUADROS

Quadro 01: Vantagens e Desvantagens da utilização de atividade com jogos ... 17 Quadro 02: Livro Didático ou Atividades através de Jogos ... 26

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LISTA DE FIGURAS

Figura 01: Cartela do Bingo ... 20

Figura 02: Baralho da Equação 1º grau ... 21

Figura 03: Dominó das equações Algébricas ... 22

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ... 12

2 OS JOGOS COMO FERRAMENTA PARA ENSINAR MATEMÁTICA ... 15

2.1 O que é jogo? ... 16

2.2 Vantagens e desvantagens da utilização de atividades com jogos ... 17

2.3 Algumas atividades com jogos matemáticos ... 19

2.3.1 Jogo do Bingo ... 19

2.3.2 Jogo do Baralho das equações do 1º grau ... 20

2.3.3 Jogo do Dominó das expressões Algébricas ... 21

2.3.4 Jogo das frações ... 22

3 VISÃO DO EDUCADOR ... 24

4 AULA INÉDITA ... 28

5 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS ... 29

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 32

REFERÊNCIAS ... 34

APÊNDICE ... 35

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12

INTRODUÇÃO

A matemática é uma ciência que está presente na vida de todos os indivíduos, e que tem uma influência persuasiva na vida cotidiana dos sujeitos, além disso, contribui para o crescimento cultural, social e econômico do nosso país. Desse modo, ela não consiste apenas em demonstrar teoremas teóricos, a matemática é um autêntico tesouro para a civilização devido aos mais diversos conhecimentos envolvidos.

Apesar de ser uma ferramenta que deve ser utilizada com sabedoria e sensatez é um tanto complexa e requer habilidades, as quais podem ser desenvolvidas ao passo que se vão adquirindo as competências e intimidade com as fórmulas, teoremas, postulados (...). Tem incontestavelmente a capacidade de desenvolver valores educativos dos indivíduos, mas não se pode desconsiderar que para sua utilização se faz necessário o uso de alguns instrumentos – como o compasso que é um instrumento de faz arcos de circunferências, também serve como ferramenta para várias construções geométricas, a régua que traça segmentos de retas, o esquadro desenha ângulos e outros que auxiliam na construção do conhecimento matemático.

A essa pesquisa surgiu a partir de um trabalho realizado na Especialização em Matemática para o Ensino Médio da Universidade do Federal do Rio Grande do Norte – UFRN, no qual o educador da disciplina de Jogos dos Discos nos propôs realizar uma análise crítica sobre as atividades desenvolvidas em sala. Diante dessa atividade despertou-me o interesse de compreender melhor o uso de Jogos nas aulas de Matemática.

Diante do exposto elaborei a seguinte pergunta que norteou essa pesquisa: O professor utiliza-se desse recurso como ferramenta didático pedagógico no processo ensino aprendizagem em matemática? Outras perguntas foram elaboradas a partir dessa principal para melhor entender o processo: Qual o entendimento do professor de matemática sobre esse recurso? Com que freqüência o professor se utiliza dessa ferramenta durante suas atividades de sala de aula?

A partir desses questionamentos elegei o seguinte objetivo: verificar a utilização de atividades com jogos por professores de matemática nas escolas pública. Com isso tem-se como caminho aplicar um questionário aos professores de matemática e depois analisar os questionários.

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13 Quando falamos na utilização de atividades com jogos no processo de ensino e aprendizagem da matemática estamos chamando a atenção para repensarmos a nossa prática educativa, mas sabemos que é necessário refletir com bastante cuidado as mudanças metodológicas, pois requer dos sujeitos uma visão crítica dos objetivos a alcançar. Para isso os PCN´s nos apresenta que os jogos além de ser um objeto sociocultural em que a Matemática está presente, ele é uma atividade natural no desenvolvimento dos processos psicológicos básicos.

Neste contexto é necessário refletir como será o planejamento das atividades com jogos no processo de ensino-aprendizagem, pensar de maneira pedagógica como devem ser construídos os procedimentos de cada atividade, procurando compreender criticamente como o jogo poderá contribuir de forma a ajudar aos estudantes.

Então, o trabalho tem o caráter investigativo, cuja pesquisa foi qualitativa. O campo de investigação foram os professores, dos quais foram realizados estudos de caso visando à reflexão sobre a utilização de jogos nas aulas de matemática. Assim, utilizei um questionário direcionado ao público mencionado.

A prática deste projeto apresenta um grande desafio, que é o de verificar se ocorre a utilização de atividades com jogos no processo ensino e aprendizagem da matemática. Para tanto, na tabulação de dados foi usado o método qualitativo e quantitativo, visto que apresenta as informações mais organizadas, facilitando as interpretações.

O presente trabalho está dividido em seis capítulos assim distribuídos: o primeiro capítulo é a introdução onde se discorre de forma sucinta todo o desenrolar do trabalho

O segundo capítulo intitulado os jogos como ferramenta para ensinar matemática, procuramos relatar a sua origem, a definição, alguns tipos de jogos, a vantagem e a desvantagem que os jogos podem proporcionar.

No terceiro capítulo faremos a exposição do que pensam alguns professores sobre o uso dos jogos nas aulas de matemática, onde aplicaremos um questionário aos professores de matemática.

O quarto capítulo obtivemos a aplicação de uma aula inédita em sala de aula com alunos do 8º ano do ensino fundamental.

O quinto capítulo realizamos as discussões dos resultados apresentados na pesquisa aplicada buscando o entendimento dos fatos e relacionando com as teorias utilizadas na construção desse trabalho.

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14 Por fim, o sexto capítulo as considerações finais no qual enfatizo as reflexões que contribuíram imensamente para elaboração do trabalho com a finalidade de apresentar e esclarecer os motivos pelos quais propomos a utilização de atividades com jogos no desenvolvimento do ensino e da aprendizagem em matemática.

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15 2 OS JOGOS COMO FERRAMENTA PARA ENSINAR MATEMÁTICA

Antigamente o ato de brincar era uma atividade característica tanto dos adultos quanto das crianças, analisando ainda que todas as crianças deveriam estudar a matemática de forma atrativa, sugerindo como alternativa o jogo didático.

O educador precisa inovar suas aulas para chamar a atenção dos alunos, para ajudar a melhorar o aprendizado dos alunos. A matemática já vem passando por algumas transformações, principalmente quando falamos das novas tendências educativas. Conseqüentemente alguns estudos vêm sendo feito nos últimos anos sobre o novo método de ensino em matemática, uma das perguntas que se destaca: Como melhorar o ensino de matemática? Diante dessa questão, nota- se que é preciso diversificar a pratica pedagógica de ensino para que venhamos contribuir em um melhor desempenho do conhecimento em matemática. Assim, o educador precisa refletir sobre sua prática docente, pois segundo afirmar Lorezato (2006).

O sucesso ou o fracasso dos alunos diante da matemática depende de uma relação estabelecida desde os primeiros dias escolares entre a matemática e os alunos. Por isso, o papel que o professor desempenha é fundamental na aprendizagem dessa disciplina, e a metodologia de ensino por ele empregada é determinante para o comportamento dos alunos (LOREZATO, 2006, p. 01).

É necessário buscar novos métodos de ensino, nos quais a interatividade seja rotineiramente possível na aula e também o alcance da participação ativa do aluno e que o mesmo possa se sentir parte da construção do conhecimento junto ao professor. Segundo Jesus (1999) ao se referir as palavras do autor Kishimoto (1992), o qual fala que:

O jogo veio ganhar um valor crescente na década de 60, com o aparecimento de museus, com concepções mais dinâmicas, onde nesses espaços as crianças podiam tocar e manipular brinquedos. Este processo de valorização do jogo chegou ao Brasil no início da década de 80, com o aumento da produção cientifica a respeito de jogos e o aparecimento das “brincadeiras”. Ao longo dos tempos o valor do jogo na educação vem oscilando. Em momento presente de críticas e de reformulação da educação os jogos são lembrados muitas vezes como alternativas capazes de solucionar problemas da prática pedagógica (KISHIMOTO, 1992 apud JESUS, 1999 p. 29).

O jogo demorou um pouco para ganhar valores educativos no nosso país, mas nos dias atuais podemos perceber que o mesmo tem se mostrado presente na

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16 vida de muitos estudiosos. Pois é muito comum encontramos produções cientificas que defendem o potencial dessa ferramenta educativa, especialmente no ensino de matemática.

2.1 O que é jogo?

Os jogos nas aulas de matemática ajudam a criar contextos de aprendizagem significativa. Além de estimular o pensamento independente, a criatividade e a capacidade de resolver problemas. Os jogos matemáticos desenvolvem a autoconfiança, a organização, a atenção, a concentração, o senso coorporativo e o raciocínio lógico.

De acordo com Sulzbach (2005) ao se apoiar nas ideias de Baz (2001), define o jogo sendo como:

O jogo pode ser definido como o modelo teórico de conflito que ocorre entre jogadores com situações onde: há várias pessoas envolvidas; a solução coletiva depende da decisão individual dessas pessoas envolvidas; há uma relação de dependência entre tais pessoas envolvidas (ou melhor, existe um conhecimento em comum); há a avaliação de todos os fatores no processo decisório (BAZ, 2001 apud SULZACH, 2005, p. 16).

Já na visão de Grando (1995) defende que:“ etimologicamente a palavra jogo vem do latim locu, que significa gracejo, zombaria e que foi empregado no ligar de ludu: brinquedo, jogo, divertimento, passatempo”.

Adiciona ainda Grando(1995) ao se referir a Huizin (1990) que:

A palavra e a noção de jogo foram sendo construídas nas diversas civilizações, não definidas por um pensamento lógico ou científico, mas na “linguagem criadora”, isto é, em inúmeras línguas diferenciadas. Neste sentido não se poderia esperar que cada uma das diferentes línguas encontrasse uma mesma palavra e idéia para exprimir a mesma noção de jogo (HUIZIN, 1990 apud GRANDO,1995, p. 31).

Com base na colocação dos autores acima compreende-se que a definição de jogo é muito abrangente. A pessoa pode se relacionar com momentos variados, o que permite, através do lúdico, interagir com a mutação, que todo jogo há um conjunto regras a serem seguidos, onde há disputas, trocas de idéias e

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17 conhecimento. Contudo, o jogo quando visto em um contexto educacional torna-se um recurso apreciado pelos educadores, em que o mesmo possibilita produção e discussão de conhecimentos.

2.2 Vantagens e desvantagens da utilização de atividades com jogos

Quando procuramos utilizar algum método que melhor facilite a transmissão do conhecimento, temos que estar atentos nas vantagens e desvantagens que nos proporciona um novo método de ensino matemático.

Grando (2004) acrescenta que a inserção de jogos no contexto de ensino- aprendizagem implica em vantagens e desvantagens. Exibiremos abaixo o quadro apresentado e organizado pela referida autora:

VANTAGENS DESVANTAGENS

- (re) significação de conceitos já aprendidos de uma forma motivadora para o aluno;

- introdução e desenvolvimento de conceitos de difícil compreensão; - desenvolvimento de estratégias de resolução de problemas (desafio dos jogos);

- aprender a tomar decisões e saber avaliá-las;

- significação para conceitos aparentemente incompreensíveis; - propicia o relacionamento das

diferentes disciplinas

(interdisciplinaridade );

- o jogo requer a participação ativa do aluno na construção do seu próprio conhecimento;

- o jogo favorece a interação social entre os alunos e a conscientização do trabalho em grupo;

- a utilização dos jogos é um fator de interesse para os alunos;

- dentre outras coisas, o jogo favorece o desenvolvimento da criatividade, do senso critico, da participação, da competição “sadia”, da observação, das várias formas de uso da linguagem e do resgate do prazer em aprender;

- as atividades com jogos podem ser

- quando os jogos são mal utilizados, existe o perigo de dar ao jogo um caráter puramente aleatório, tornando-se um “apêndice” em sala de aula. Os alunos jogam e se sentem motivados apenas pelo jogo, sem saber porque jogam;

- o tempo gasto com as atividades de jogo em sala de aula é maior e, se o professor não estiver preparado, pode existir um sacrifício de outros conteúdos pela falta de tempo;

- as falsas concepções de que se devem ensinar todos os conceitos através de jogos. Então as aulas, em geral, transformam-se em verdadeiros cassinos, também sem sentido algum para o aluno;

- a perda da “ludicidade” do jogo pela interferência constante do professor, destruindo a essência do jogo;

- a coerção do professor, exigindo que o aluno jogue, mesmo que ele não queira, destruindo a voluntariedade pertencente à natureza do jogo;

- a dificuldade de acesso e disponibilidade de material sobre o uso de jogos no ensino, que possam vir a subsidiar o trabalho docente.

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18 utilizadas para desenvolver

habilidades de que os alunos necessitam. É útil no trabalho com alunos de diferentes níveis;

- as atividades com jogos permitem ao professor identificar e diagnosticar algumas dificuldades dos alunos.

Quadro 01: Vantagens e Desvantagens Fonte: Grando, (2004, p. 31-32).

Como podemos notar no quadro 1 a utilização do recurso é composto do lado positivo de negativo. Ainda observa no lado positivo, com os jogos, possibilidades de trabalho em grupo, interdisciplinaridade e atividades de diferentes níveis de ensino.

Com relação ao lado negativo do citado quadro, percebe-se que grandes partes provem de um mau planejamento de ensino, para o docente é importante, ter em mente seus objetivos e a forma de execução da atividade. Não podemos deixar de citar ainda que em Grando (2004) elenca-se contribuições para o processo de intervenção pedagógica que os docentes devem se preocupar.

Diante dessas idéias a autora afirma que:

Garantir o cumprimento e a compreensão das regras do jogo, sem a preocupação em modificar a qualidade da ação do aluno em um primeiro momento. Deixar o aluno à vontade para agir. Esclarecer dúvidas; Perguntar ao aluno sobre decisões tomadas ou serem tomadas, e estratégias desenvolvidas. Por exemplo: Você fez uma boa jogada? Qual a melhor jogada nesta situação? Quais opções de jogadas você tem (antecipação/ previsão)? Será que o seu adversário fez uma boa jogada (análise)? Será que sua estratégia sempre dá certo (comparação) ? Observa-se que a comparação é uma forma de chamar a atenção do adversário para o jogo; Solicitar que o aluno justifique suas jogadas e suas análises apresentadas; Propor facilitadores e/ou desafios maiores, conforme as necessidades do aluno; Incentivar o aluno a “jogar pensando alto”, descrevendo o que pensa e faz, a fim de que possa identificar procedimentos e estruturar o raciocínio. Além disso, incentivar a observação de regularidades, elaboração de estratégias e análise do jogo. O aluno, ao explicitar verbalmente as suas análises de possibilidades no jogo e tomadas de decisões, evidencia os procedimentos utilizados para tentar vencê-lo. Assim, a tomada de consciência da própria ação, análise do jogo e determinação de regularidades pode ser discutida com o professor; Sistematizar, juntamente com os alunos, os conceitos matemáticos intrínsecos ao jogo (GRANDO, 2004, p. 35-37).

Assim nesse sentido, os cuidados e apoio dos educadores são necessários para auxiliarem os alunos na construção desta “ponte”, a fim de que o jogo não se torne um “jogo pelo jogo” sem relação com a matemática.

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19 2.3 Algumas atividades com jogos matemáticos

A seguir apresentarei 4(quatro) sugestões de atividades com jogos , para auxiliar os professores em geral, mas principalmente, aqueles que apresentam dificuldades no acesso e disponibilidade de material sobre o uso de jogos matemáticos no contexto escolar.

Portanto, enveredando no caminho com a utilização deste recurso didático em sua metodologia de ensino, de forma, a atender os requisitos como: um bom planejamento, o cuidado na forma de intervenção nas atividades, a organização da sala e a divisão de grupos. Com isso, impossibilitando desvantagens mencionadas na seção anterior, e possibilitando a busca de um ensino por excelência.

2.3.1 Jogo do bingo Objetivo:

Trabalhar as quatros operações fundamentais da matemática e o desenvolvimento do raciocínio lógico através do calculo mental.

Conteúdos:

Soma, subtração, multiplicação, divisão e raciocínio lógico.

Matérias:

Um placar com todos os possíveis produtos resultantes das tabuadas, folhinhas imitando cartelas, papelão para fazer o placar e os números das pedras.

Regra:

 Geralmente o jogo é trabalhado de forma individual;

 Os números são chamados em forma de expressões numéricas, onde o aluno precisa resolver a expressão e em seguida verificar se o resultado obtido encontra-se na cartela;

 Os alunos que tiverem o resultado marca em sua cartela;

 O ganhador será o aluno que completar primeiro uma fila (linha ou coluna) da cartela;

(20)

20

Figura 1: Cartela do Bingo Fonte: LEM1 da EEPJFN2

2.3.2 Jogo do baralho das equações do 1º grau

Objetivo:

Estudar as equações do 1º grau com uma incógnita e o desenvolvimento do cálculo mental

Conteúdo:

Equações do 1º grau com uma incógnita

Matérias:

30 cartas de baralhos formado por várias equações expressas de diversas formas, cola, tesoura, cartolina grosa e uma caixa para guardar as cartas.

Regras:

 O número de participantes pode ser a partir de 02 jogadores;

 Embaralhar as cartas e distribui igualmente as cartas para os participantes;  Os participantes sorteiam quem começa o jogo;

Associa-se a cada equação a solução correspondente e vice-versa, ou seja, a carta será lançada e o adversário observará se tem a carta que responde a jogada feita, se tiver joga a carta, se não tiver passa a vez para o adversário;

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21

Figura 2: Baralho das Equações do 1º grau Fonte: LEM da EEPJFN

2.3.3 Jogo dominó das expressões algébricas

Objetivo:

Desenvolver as expressões algébricas, as quatro operações e o pensamento dedutivo.

Conteúdo:

Expressões algébricas com divisão, multiplicação, subtração, soma e lógica.

Matérias:

Mini – caixa para guardar o jogo, coleção, 28 peças de dominó compostas de perguntas e respostas. Quanto ao material usado para confeccionar as peças o aluno ficará a vontade, podendo usar recortes de papelão ou isopor, cartolina grosa, dentre outros.

Regras:

 Serão distribuídas em partes iguais as peças do dominó para os participantes do jogo;

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22  Os grupos de jogadores decidem quem começa o jogo;

 À medida que vai sendo feitas as jogadas o próximo a jogar sempre deve observar se tem a peça que responde a pergunta ou resposta lançada;

 Ganha o jogo o participante que ficar primeiro sem nenhuma peça na mão, ou seja, que jogar todas as suas peças do dominó de forma correta.

Figura 3: Jogo Dominó das Expressões Algébricas Fonte: LEM da EEPJFN

2.3.4 Jogo das frações

Objetivo:

Interpretar e resolver problemas de frações encontrados através das jogadas realizadas no tabuleiro.

Conteúdo:

Interpretação de situações - problema e fração.

Materiais:

Um tabuleiro de papelão ou isopor, marcadores de diferentes cores, coleção hidrocor, cartolina, folha de ofício e um dado de 06 faces.

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23 Regra:

 O jogo pode ser trabalhado a partir de duas pessoas;  Haverá um sorteio para decidir quem começará o jogo;  Cada jogador ficará com um marcador de cor diferente;  Todos os marcadores inicialmente ficarão no número 1;  A primeira pessoa a jogar lançará o dado de seis faces;

 O valor obtido no dado será o número de casas que o jogador deve andar;  No decorrer das jogadas irá se deparar com problemas de fração, onde o

jogador precisa resolver para dar continuidade ao jogo e passar a vez para o adversário;

 Ganha o jogo o jogador que conseguir percorrer todo tabuleiro e chegar a casa 72.

Figura 4: Tabuleiro do Jogo das Frações Fonte: LEM da EEPJFN

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24 3 VISÃO DO EDUCADOR

O trabalho foi desenvolvido através de uma pesquisa de natureza qualitativa exploratória, envolvendo dois momentos. Trata-se de um estudo de observações e um estudo de caso.

Este segundo momento teve como objetivos, coletar as opiniões de alguns professores sobre a importância, dificuldades enfrentadas e com que freqüência estas atividades com jogos são utilizadas em sala de aula no processo de ensino-aprendizagem.

Quanto no primeiro momento deste trabalho, optei pelo campo da educação matemática, os quais enfatizam conceitos amplos neste assunto. Em relação ao segundo momento, o procedimento selecionado para coleta de dados foi um estudo de caso.

Trabalhou-se o questionário com 5 professores que leciona a disciplina de matemática. Os participantes se dispuseram a colaborar com o trabalho. Estes são profissionais com idade entre 22 e 42 anos. Quanto a qualificação profissional, 1 está cursando mestrado, 2 estão cursando Pós-Graduação em Matemática para o Ensino Médio no IFRN. Os demais docentes são graduados em licenciatura plena em Matemática, efetivados através de concurso público, com experiência entre 1 e 14 anos.

Podemos considerar que o processo de coleta de dados teve início a partir da conversa com os docentes em seguida, apresenta-se o questionário em seus aspectos e fatores relevantes na busca dos olhares docentes sobre utilização de atividades com jogos na escola, com isso, proporcionando um contato mais direto com o universo da pesquisa e seus participantes. Assim, os dados foram coletados com inteira aceitação por parte dos colaboradores (Docentes).

Aplicamos o questionário com 06 questões, procurando-se saber a estima e freqüência das atividades com jogos são utilizadas como recurso didático. Além disso, buscar-se entender os aspectos relevantes, no qual, desvirtuam alguns professores, para não utilizarem dessa ferramenta em sala de aula.

A essa reverência, os professores indagados assim se posicionaram: “No momento estou afastada do universo „„sala de aula‟‟, como professora, por motivos de capacitação para cursar mestrado em Ensino de Matemática, mas sempre que havia um conteúdo que proporcionasse abstração para o aluno, Geometria Espacial, eu procurava adentrar recursos pedagógicos como forma de indicar uma alternativa

(25)

25 metodológica em minhas aulas” (Professor A). “De modo geral, faço uso dos jogos no segundo e no terceiro bimestre, através de um projeto intitulado Salão de jogos Matemáticos, exibição de jogos relacionados aos conteúdos e até mesmo campeonatos de xadrez” (Professor B). “Geralmente insiro jogos nas aulas quando identifico que determinados conteúdos se tornou de difícil compreensão para os alunos, a partir disso, procuro um jogo que possa trabalhar tal dificuldade evidenciada por eles. No entanto, esse processo se dar no decorrer das aulas” (Professor C). “Tento implementar ao menos uma atividade com jogos ou materiais manipuláveis a cada bimestre.” (Professor D). “Como nunca pesquisei sobre jogos, não estou preparado para usar sempre jogos nas minhas aulas ”(Professor E).

Na sequência, procurou-se conhecer com os pesquisados qual(is) a(s) principal(is) dificuldades enfrentadas para a utilização de atividades com jogos no ensino da matemática: “No meu caso, é o pouco tempo devido o horário da noite e

treinamento e pesquisa que não tenho sobre jogos matemáticos ” (Professor E).

A mesma questão outro, professor, se expressa da seguinte forma: “O tempo é muito crucial, pois são muitos os conteúdos de matemática que devemos trabalhar, e o tempo pouco, e os jogos não vêem inseridos nos livros didáticos. Para isto é preciso, o professor ter conhecimento de vários jogos, sabendo assim, que quando for trabalhar referido conteúdo, ele pode introduzir aquele jogo” (Professor B).

Busquei ainda saber as opiniões dos docentes a respeito de quais as principais habilidades que são despertadas no discente com o uso de atividades com jogos em sala de aula:

“O uso de jogos nas aulas de matemática é uma das possibilidades de diminuir bloqueios apresentados por muitos de nossos alunos que temem a Matemática e sentem-se incapacitados para aprendê-la. Dentro da situação de jogo, onde é impossível uma atitude passiva e a motivação é grande, notamos que, ao mesmo tempo em que estes alunos apresentam também um melhor desempenho e atitudes mais positivas frente a seus processos de aprendizagem” (Professor B).

Na opinião de outro participante, mencionam-se habilidades, tais como: “Sem dúvida o raciocínio lógico, a socialização, e o interesse” (Professor D).

A quarta questão aborda, que entre a resolução de exercícios do livro didático ou atividades através de jogos, quais os docentes consideram como ressaltante e

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26 enriquecedora para os alunos exercitar e compreender, um conteúdo apresentado em sala de aula? O resultado está ilustrado na tabela abaixo:

Quadro 02: Livro Didático ou Atividades através de Jogos

Vale destacar o comentário “Marquei os dois pontos, porque acredito que só acontece realmente aprendizagem significativa com a junção dos dois. Não há dúvida que o jogo é uma ferramenta importante para o ensino, no entanto, para sortir um efeito maior tem que existir também o método tradicional”(Professor C).

Prosseguindo a aplicação do questionário, solicitei descrever algumas atividades com jogos que já foram desenvolvidas em sala de aula e se os resultados foram satisfatórios. Dessa forma, obteve os seguintes comentários:

“Todo ano letivo, eu aplico um projeto chamado salão de jogos matemáticos, nesse projeto, os alunos confeccionam seus próprios jogos, assim eles podem escolher o conteúdo que tem mais facilidade e aplicar seus conhecimentos no jogo. Este projeto ocorrer em todas as turmas, geralmente no segundo bimestre e no fim do bimestre os alunos fazem uma apresentação geral no auditório da escola. No mais, sempre levo alguns jogos digitais que tenho o que facilita, pois eu faço uma exposição com uso do Datashow, assim os alunos podem ver a aplicação do conteúdo trabalhado no jogo, já desenvolver também campeonatos de xadrez, isto quando encontro um bom número de alunos que saibam jogar xadrez e tenham interesse em aprofundar seus conhecimentos. De modo geral, os

Professor

Atividades através de

jogos Resolução de exercícios do livro didático.

A

X

B

X

C

X

X

D

X

E

X

(27)

27 resultados alcançados foram excepcionais, os alunos aprendem mais de forma dinâmica do que de forma tradicional” (Professor B).

“O uso do geoespaço para ministrar aulas de geometria espacial, onde o resultado foi bastante positivo, melhorou muito o entendimento dos alunos sobre conceitos básicos como arestas, vértices, faces, entre outros, alavancando o desenrolar da disciplina” (Professor D).

Por fim, a aplicação do questionário, indagou-se aos professores pesquisados, se deveria haver um espaço dentro da aula de matemática contendo atividades com jogos. As justificativas a seguir são ilustrativas desse ponto de vista:

“Sim. O novo desperta bastante a curiosidade dos alunos, e consequente a isso incentiva o envolvimento destes nas aulas ministradas, ainda a utilização de jogos como recurso pedagógico tangencia um pouco a abstração implícita aos conteúdos de matemática, facilitando o entendimento dos alunos” (Professor D).

“Sim. Recentemente, desenvolvi meu TCC da especialização através de uma aplicação direta de um jogo em sala de aula, para se trabalhar o conteúdo de ângulos, os resultados foram sensacionais, pois a curiosidade dos alunos aprenderem o jogo e vencer a disputa com os colegas os motivou a aprender o conteúdo. O jogo trabalhado foi o jogo de sinuca na forma de aplicativo, nele abordamos os tipos de ângulos, reta bissetriz, conceito, entre outros. Ao final da pesquisa, foi constatado um ótimo resultado, e avanço no rendimento escolar dos estudantes”(Professor B).

“SIM, e isso é muito importante, pois é uma forma de auxiliar o docente nessa tarefa as vezes tão árdua de ser mediada, então possibilitar viés mitológicos que possam corroborar com as praticas docentes, é sem duvida uma possibilidade de melhoria nesse universo, que na maioria das vezes possui um papel complicador na vida do aluno” (professor A).

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28 4 AULA INÉDITA

A prática foi realizado na Escola Municipal Professora Lourdes Mota, no município de Apodi-RN, na turma do 8º Ano do ensino fundamental no turno matutino que tem 42 alunos.

A visita a escola para o desenvolvimento do experimento foi realizada do dia 11 de Maio de 2016 no horário matutino. Ao iniciar a aula me apresentei e informei o motivo da minha presença na sala, logos após, expliquei um pouco do conteúdo abordado e em seguida explique a regra do jogo. Antes entreguei aos alunos uma cartela para eles marcarem o bingo.

O contato dos alunos com os jogos no primeiro momento deu-se através da familiarização do material concreto para conhecer os objetivos do jogo e sua regra, em seguida, em forma de individual, começaria a fazer as jogadas, que para se obter êxito, teriam que dominar certos conteúdos da matemática que envolvia o jogo. Observou-se que as jogadas não aconteciam de forma constante e em ritmos habilidosos, porque os alunos tinham dificuldades em dominar conteúdos da matemática presente no jogo em execução. O jogo era sempre interrompido, em que jogadores levavam certo tempo em analisar o problema matemático para depois marcar o número na cartela. Notou-se ainda, em vários momentos, alunos respondendo o problema matemático errado e assim, fazendo as jogadas erradas, na qual a maioria das vezes passava despercebida pelo adversário que prosseguia o jogo como se tudo estivesse exato.

E desta forma os jogadores prosseguiam em suas jogadas, em que este tipo de erro era constante. No primeiro momento, alguns alunos não demonstravam tanto interesse pelo jogo, porque alegava ser difícil brincar de forma que teriam que saber o conteúdo para ter êxito nas jogadas.

Ao concluir atividade, agradecei aos alunos pela participação na atividade e ao professor pelo espaço cedido e apoio no momento do desenvolvimento do experimento.

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29 5 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Procurei na pesquisa, analisar se o professor utiliza atividades com jogos como ferramenta didático pedagógico no processo ensino aprendizagem em matemática, a partir desse objetivo, elaborei questionamentos que possibilitasse ter uma visão sobre a prática desse recurso nas aulas de matemática. A partir das respostas fornecidas, fiz uma reflexão das idéias expressa pelos professores com a concepção da importância de atividades com jogos.

No que se refere à frequência com que os educadores utilizam atividades com jogos na sala de aula, percebeu-se que apenas o professor E, não faz uso desse recurso em sala durante o ano letivo, o mesmo indagou que o horário das aulas dificultava a aplicação de atividades com jogo. Já os demais professores indagados, argumentaram que utilizam dessa ferramenta em sua metodologia ensino, embora seja apenas ainda com uma atividade por bimestre.

Ao interrogar sobre quais as principais dificuldades enfrentadas para utilização das atividades com jogos no ensino da matemática, verifiquei que há dificuldade da utilização de modelagem matemática, pois na opinião dos docentes: “a falta de recursos disponíveis na escola e fazer com que o aluno relacione à atividade a aula de matemática e que o mesmo consiga fazer está relação e não entenda que é apenas uma atividade recreativa”.

Com relação ao jogo aplicado foi uma forma de conhecer melhor os alunos, pois os mesmos deixaram transparecer as dificuldades apresentadas com os conteúdos da matemática. Alguns alunos expressavam que era muito divertido trabalhar a matemática através dos jogos, outros falaram que era chato, porque precisava dominar os conteúdos da matemática, e apresentavam dificuldade em trabalhar o material didático. Isto era um motivo para alguns alunos que não conseguiam ter êxito nas jogadas pensar em desistir de trabalhar o jogo, e só não acontecia desistência, porque usava-se a estratégias de que a atividade estava levando em consideração a participação dos alunos nas aulas . Este fato ocorreu ao fazer aplicação do “Jogo do Bingo”, mas alguns alunos já se mostraram mais atenciosos, entusiasmados, empolgados e dedicados em trabalhar o recurso, embora tenham continuado demonstrando dificuldade ao fazer uso do material.

Os alunos tiveram muita dificuldade ao trabalharem o jogo e com frequência presenciava-se jogadas erradas, na qual a maioria das vezes o adversário não

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30 percebia o erro das jogadas feitas, prosseguia no jogo e às vezes também realizando jogadas de forma errada.

Estes jogadores sempre estavam chamando a professora para tirar dúvida e assim, terem condição de continuar o jogo, este tipo de problema foi demonstrado por todos os alunos da sala de aula trabalhados. As dificuldades dos alunos eram claras em relação à falta de domínio do conteúdo presente no recurso didático que trabalhavam, e acredita-se que este fato acontecia em decorrência da maioria deles terem dificuldade em dominar conteúdos anteriores à série em andamento.

A matemática é uma disciplina importante, necessária e obrigatória nos currículos escolares, assim compete ao educador traçar metas que possam despertar no aluno um ensino comprometedor, ativo e significativo. E para isso é indispensável métodos inovadores nas aulas, no qual acredito que o jogo é um desses recursos que pode contribuir para esse processo do ensinar e aprender. Uma vez que a investigação realizada com o citado recurso mostrou-se adequados e segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais (1998) de Ensino Fundamental indica que os objetivos da disciplina matemática no ensino fundamental é possibilitar ao aluno competências como:

 Identificar os conhecimentos matemáticos como meios para compreender e transformar o mundo á sua volta e perceber o caráter de jogo intelectual, característico da Matemática, como aspecto que estimula o interesse, a curiosidade, o espírito de investigação e o desenvolvimento da capacidade para desenvolver problemas;

 Fazer observações sistemáticas de aspectos quantitativos e qualitativos da realidade, estabelecendo inter-relações entre eles, utilizando o conhecimento matemático (aritmético, geométrico, métrico, algébrico, estatístico, combinatório, probabilístico);

 Selecionar, organizar e produzir informações relevantes, para interpretá-las e avaliá-las criticamente;

 Resolver situações-problemas, sabendo validar estratégias e resultados, desenvolvendo formas de raciocínio e processo, como intuição, dedução, analogia, estimativa, e utilizando conceitos e procedimentos matemáticos, bem como instrumentos tecnológicos disponíveis;

 Comunicar-se matematicamente, ou seja, descrever, representar e apresentar resultados com precisão e argumentar sobre as suas conjecturas, fazendo uso da linguagem oral e estabelecendo relações entre ela e diferentes representações matemáticas;

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 Estabelecer conexões entre temas matemáticos de diferentes campos e entre esses temas e conhecimentos de outras áreas curriculares;

 Sentir-se seguro da própria capacidade de construir conhecimentos matemáticos, desenvolvendo a auto-estima e a perseverança na busca de soluções;

 Interagir com seus pares de forma cooperativa, trabalhando coletivamente na busca de solução para problemas propostos, identificando aspectos consensuais ou não na discussão de um assunto, respeitando o modo de pensar dos colegas e aprendendo com eles.

Diante do que foi exposto pelos PCNs, noto-se que a tarefa do educador não é fácil, pois possibilitar ao aluno do ensino fundamental a sair com todas estas competências requer esforço tanto por parte do aluno como também do educador, que tem que ter acima de tudo criatividade para lidar com o ensino de forma que o mesmo torne-se atrativo e interessante aos alunos.

Ficou evidente o quanto é importante à utilização de atividades com jogos no processo de ensino e aprendizagem da matemática, mas que os professores pesquisados mostraram utilizar esse recurso com freqüência na sala de aula. Embora tenham argumentado conhecer as potencialidades dessa ferramenta no contexto escolar. É importante que os educadores procurem buscar novas metodologias para o ensino da matemática, e que eles adotem em suas aulas recursos metodológicos que colaborem para o aprendizado do discente, como é o exemplo das atividades com jogos.

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32 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Diante do estudo realizado foi possível perceber que os jogos matemáticos é um suporte didático de ensino e aprendizagem em matemática, com possibilidades de aplicação em sala de aula, ficando evidente que esse instrumento didático-pedagógico desperta motivação, melhora a participação do aluno nas aulas e facilita o entendimento nos conteúdos da disciplina. Com isso, além de ajudar no processo ensino e aprendizagem percebe-se que o jogo quando bem trabalhado pelo educador e utilizado nos momentos oportunos, contribui ainda para uma melhor relação entre alunos durante sua execução em grupo. E esta forma de abordar o conteúdo torna-se favorável no sentido dos alunos trocarem conhecimentos, um melhor comportamento e concentração em sala de aula, dando mais atenção e importância às aulas da disciplina.

Retomando a questão inicial sobre: “com que frequência você utiliza atividades com jogos em sala de aula?” pode-se concluir que embora seja evidente a importância dos jogos no processo do ensino de matemática, a pesquisa realizada com os professores, demonstrou que a maioria utiliza desse recurso em sua metodologia de ensino.

Embora, todos os professores indagados, em outro momento do questionário tenham defendido que atividades com jogos deveriam ter um espaço dentro da aula de matemática, por proporcionar inúmeras habilidades aos discentes e ser um recurso facilitador aos afazeres do mestre, e ainda, por transmitir os conteúdos de forma significativa e divertida, além de possibilitar, uma maior interação entre aluno-aluno e aluno-aluno-professor. Pretende-se numa próxima oportunidade aplicar atividades com jogos matemáticos estudados, para comprovar os prováveis resultados comentados durante a realização do trabalho.

Este trabalho teve a finalidade de estudar o uso de jogos como suporte didático pedagógico, nas aulas de Matemática, contribui para o processo Ensino – Aprendizagem desta disciplina. Os resultados foram alcançados com êxito, pois percebemos que através do jogo é possível conhecer melhor o nível de conhecimento dos alunos e trabalhar o recurso conforme as dificuldades apresentadas por eles. Além disso, os próprios alunos demonstraram satisfação com a forma de ensino através deste recurso e entendeu que o referido recurso ajudou a despertar algumas habilidades que estavam bloqueadas, tal como o desenvolvimento do cálculo mental através do raciocínio lógico.

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33 A pesquisa realizada teve como objetivo geral analisar o uso de jogos no processo Ensino – Aprendizagem em Matemática. E os objetivos específicos se enquadram em investigar e avaliar as experiências de alguns professores da utilização dos jogos com alunos nas aulas de Matemática. Através dos resultados obtidos vimos que os objetivos do estudo foram alcançados com êxito e a hipótese tomada inicialmente sendo: “A utilização de jogo didático em sala de aula contribui para que aconteça um melhor desempenho dos alunos com a disciplina matemática”, foi confirmada, pois identifiquei através da experiência realizadas em sala de aula e também com base nas argumentações dos alunos trabalhados que o jogo contribuem para o processo de ensino e aprendizagem em Matemática, colaborando assim, para um bom desempenho dos alunos com a disciplina Matemática.

Portanto, através da realização deste estudo fica evidente a importância do

jogo matemático como sendo um recurso didático que ajuda no processo ensino-aprendizagem da matemática, embora tenha sido enfrentado no início, por alguns alunos participantes, como sendo chato jogar, de forma que teriam que dominar certos conteúdos da matemática. Mas, sabe-se que o propósito de trabalhar o jogo educativo é exatamente este, de explorar os conteúdos através do próprio jogo em execução e não jogar por jogar.

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7 REFERÊNCIAS

BRASIL, Parâmetros Curriculares Nacionais: Matemática / Secretária de Educação Fundamental. – Brasília: MEC / SEF, 1998.

GRANDO, Regina Célia (1995). “O jogo e suas possibilidades metodológicas no

processo ensino aprendizagem da matemática”. Dissertação de mestrado.

Campinas: UNICAMP. Disponível

em:http://www.bibliotecadigital.unicamp.br/document/?code=vtls000084233. Acesso em 25/04/2016.

GRANDO, Regina Célia. O jogo e a Matemática no Contexto da sala de aula. 2° Edição São Paulo: Paulus, 2004. (Coleção Pedagogia e Educação).

JESUS, Marcos Antonio Santos (1999). “Jogo em educação matemática: análise

de uma proposta para 5ª série do ensino fundamental”. – Campinas, SP: [s,n].

LOREZATO, Sergio (2006). Para aprender matemática. – Campinas, SP: Autores Associados. (Coleção Formação de Professores).

SULZBACH, Sirlei Inglês (2005). “Definição e Especificação Formal do Jogo

Diferencial Lobos e Cordeiro”. Universidade Federal do Rio Grande do Sul-

UFRGS. Programa de Pós – Graduação em Computação. Porto Alegre- RS.

Dissertação de mestrado. Disponível em:

http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/10546/000543246.pdf?...1. Acesso em 25/04/2016.

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Anexo 1 – Questionário: Um estudo sobre o uso de jogos nas aulas de Matemática.

Universidade do Federal do Rio Grande do Norte – UFRN Centro de Ciências Exatas e da Terra– CCET

Especialização em Ensino de Matemática para o Ensino Médio – EEMEN Discente: Tamiris Maria Morais de Souza

Identificação:

Escola:

Participante: _____________________________________________________

( ) Autorizo que meus discursos sejam utilizado na construção da monografia.

QUESTIONÁRIO SOBRE UM ESTUDO SOBRE O USO DE JOGOS NAS AULAS DE MATEMÁTICA

O objetivo deste questionário é coletar as opiniões dos professores sobre a importância da utilização de atividades como jogos no processo de ensino e aprendizagem da matemática. Os dados obtidos servirão para reflexão e suporte para a monografia de tema: Um estudo sobre o uso de jogos nas aulas de

Matemática. Portanto, a seriedade nas respostas das questões é de suma

relevância.

1 Com que freqüência você utiliza atividades com Jogos em sala de aula?

___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________

2 Qual (is) a(s) principais dificuldades enfrentadas para a utilização de atividades com jogos no ensino de matemática?

___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________

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37 3 Em sua opinião, quais as principais habilidades são despertadas no aluno com o uso de atividades com jogos na sala de aula?

___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________

4 Das atividades abaixo, qual você considera mais importante e enriquecedora para o discente exercitar e compreender um conteúdo apresentado em sala de aula? ( ) A resolução de exercícios do livro didático

( ) Atividades através de jogos

5 Descreva algumas atividades com jogos que já foram desenvolvidas em sala de aula. Os resultados foram alcançados?

___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________

6 Você acha que atividades com jogos devem ter um espaço dentro da aula de matemática? Justifique. ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________

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PLANO DE AULA

CONTEÚDO: Soma, subtração, multiplicação, divisão e raciocínio lógico

OBJETIVOS: Trabalhar as quatro operações fundamentais da matemática e o

desenvolvimento do raciocínio lógico através do cálculo mental.

RECURSOS: Um placar com todos os possíveis produtos resultantes das

tabuadas, folhinhas imitando cartelas, papelão para fazer o placar e os números das pedras.

DESENVOLVIMENTO: No primeiro momento, foram discutidos os passos a

serem percorridos para realização do jogo juntamente com o professor da sala de aula. No segundo momento os alunos realizaram a atividades sobre as quatro operações em sala de aula e já no terceiro momento os alunos foram convidados a marcar a cartela o resultado obtido nos cálculos.

Referências

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