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Análise econômico - financeira da Concessionária Estadual de Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário do Rio Grande do Norte - CAERN

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

HELENO RIBEIRO DA SILVA

ANÁLISE ECONÔMICO - FINANCEIRA DA CONCESSIONÁRIA ESTADUAL DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO DO RIO GRANDE

DO NORTE - CAERN

NATAL, RN 2019

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ANÁLISE ECONÔMICO - FINANCEIRA DA CONCESSIONÁRIA ESTADUAL DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO DO RIO GRANDE

DO NORTE - CAERN

Monografia apresentada a Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN, em cumprimento às exigências legais, como requisito parcial à obtenção do título de Bacharel em Ciências Contábeis.

Orientador: Prof. Dr. Alexandro Barbosa.

.

NATAL, RN 2019

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Elaborado por Shirley de Carvalho Guedes - CRB-15/404

FICHA CATALOGRÁFICA

Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN Sistema de Bibliotecas -

SISBI

Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN - Biblioteca Setorial do Centro Ciências Sociais Aplicadas - CCSA

Elaborado por Shirley de Carvalho Guedes - CRB-15/404 Silva, Heleno Ribeiro da.

Análise econômico - financeira da Concessionária Estadual de Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário do Rio Grande do Norte - CAERN / Heleno Ribeiro da Silva. - Natal, 2019.

88f.: il.

Monografia (Graduação em Ciências Contábeis) - Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Centro de Ciências Sociais Aplicadas, Departamento de Ciências Contábeis, Natal, RN, 2019.

Orientador: Prof. Dr. Alexandro Barbosa.

1. Contabilidade - Monografia. 2. Desempenho econômico - Monografia. 3. Desempenho financeiro - Monografia. 4. Saneamento Básico - Monografia. 5. Indicadores de desempenho - Monografia. I. Barbosa, Alexandro. II. Universidade Federal do Rio Grande do Norte. III. Título.

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ANÁLISE ECONÔMICO - FINANCEIRA DA CONCESSIONÁRIA ESTADUAL DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO DO RIO GRANDE

DO NORTE - CAERN

Monografia apresentada à Banca Examinadora do Trabalho de Conclusão do Curso de Ciências Contábeis da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, em cumprimento às exigências legais como requisito parcial à obtenção do título de Bacharel em Ciências Contábeis.

Aprovada em: 05 / 12 / 2019

BANCA EXAMINADORA

Prof. Dr. Alexandro Barbosa – Orientador Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN

Orientador

Prof.ª Dra. Adriana Isabel Backes Steppan Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN

Membro

Prof.ª Dra. Gilmara Mendes da Costa Borges Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN

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AGRADECIMENTOS

Após sete anos e meio de faculdade, batalhando para alcançar um objetivo, passando por vários momentos de dificuldades e alegrias, chegando hoje a um passo de conquistar o tão sonhado diploma, chega o momento de agradecermos àqueles que fizeram parte dessa jornada, pois ninguém vence sozinho.

Agradeço primeiramente a Deus, pela vida, saúde, inteligência, força e disposição, por ser companheiro, estando comigo nessa jornada de curso, me ajudando a superar todas as dificuldades e por sempre estar comigo em todos os momentos.

A todos meus familiares e amigos, por se orgulharem de mim, em memória de meu pai, Antônio Ribeiro, pela vida, pelo amor e carinho. À minha mãe Maria das Neves, por me proporcionar a vida, carinho, amor, por me apoiar com palavras de ânimo, pelo apoio, moral, psicológico e financeiro, por tudo que ela fez por mim, por tudo que ela representa em minha vida, pela torcida e as orações, para que tudo desse certo, por estar ao meu lado em todos os momentos de minha vida, nos momentos alegres e difíceis, me incentivando, me dando força para prosseguir.

A meus irmãos, irmãs, sobrinho (as) pelo apoio, torcida, por tudo, pelo orgulho que sentem por mim. A minha cunhada Marta Bernardo, minhas amigas, Micarla Gomes, Micalyne Gomes, pelo apoio, elogios e a força. A todos os professores (as) mestres (as) e doutores (as) do curso de Ciências Contábeis da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, por transmitir seus conhecimentos de forma única e segura, ao longo desses sete anos e meio de curso, pela paciência, incentivo, carinho, respeito, por me fazer acreditar que sou capaz de alcançar meus objetivos.

Obrigado, ao meu professor e orientador da monografia e projeto de Iniciação Científica, Prof. Dr. Alexandro Barbosa, pela oportunidade de ter me inserido neste projeto tão importante, a professora, orientadora do Curso de Ciências Contábeis, Prof.ª Dra. Daniele Rocha, a todos os docentes, mestres e doutores, que fizeram parte da minha história acadêmica, e contribuíram para minha formação profissional.

A toda equipe multiprofissional da Secretaria de Assistência e Inclusão (SAI), pelo apoio social, pedagógico, psicológico, financeiro, especialmente ao Prof. Dr. Ricardo Lins (Diretor e Presidente da SAI) a Dra. Catarina, as Assistentes Sociais, Erika Ferreira, Karine Fechini, Juliana, Daniele, a pedagoga Prof.ª Elaine Cristina, enfim, a toda a equipe de profissionais que compõe a Secretaria de Assistência e Inclusão (SAI), por tudo que fizeram por mim, sem o apoio e o suporte social, pedagógico, psicológico, financeiro, teria sido muito

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difícil me manter, no Curso de Ciências Contábeis na Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN, por todos esses períodos, e concluí-lo. A todos os tutores, por me orientarem durante todos esses períodos (2014 – 2019), para que pudessem superar as dificuldades encontradas no decorrer do curso. Alanderson, Aldemy, Daniel Coutinho. A todos da diretoria, e da coordenação do curso de Ciências Contábeis, pela atenção, consideração e respeito.

Deixo meu agradecimento a todos os meus amigos de curso, que já concluíram, e aos que estão concluindo, agradeço em especial, aos meus amigos: Marcelo Costa de Azevedo, Maria Daiane Rocha, Rafaela Ribeiro de Pontes, Daniel Coutinho Lins, Hiago Dutra, Hugo Freire, Rozane Carvalho, Elven José, Salvador Ucuama, Ricardo Rocha, Rozane Carvalho, Hellen Gomes, Natalia Costa, Anna Karla, Karla Patrícia, Ana Karine, Rafael Correa, Francinaldo Cândido, Lucas Schwarz , Marinaldo da Silva, Eton Jones, Túlio Silva, Marcel Gomes, pelo companheirismos, por dividir comigo os momentos difíceis, e de alegrias, pelos mesmos me ajudar, e compartilhar conhecimento, sempre que precisei.

Enfim, só tenho a agradecer por todos da coordenação os períodos que passei na Instituição – UFRN, compartilhando e adquirindo conhecimento, constituindo boas amizades. Muito obrigado a todos!!!

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O presente trabalho teve como objetivo descrever a utilização de indicadores de análise de balanços no processo de análise do desempenho econômico-financeiro da Companhia de Saneamento do Rio Grande do Norte (CAERN). Para alcançar o objetivo foram coletados os dados dos demonstrativos contábeis da companhia publicados no Diário Oficial do Rio Grande do Norte como, também, os que se encontram disponíveis no sítio eletrônico da CAERN. Os dados foram apresentados em tabelas processadas utilizando-se a planilha eletrônica Microsoft Office Excel 2003. Conforme os resultados obtidos no decorrer da pesquisa, os indicadores demonstram que os investimentos a curto de 2013 a 2017, mostrou resultados positivos, já no exercício de 2015, verificou-se redução de 23,01%. Isso se justifica pelo acumulado das obrigações a curto prazo, que foi de 28,49%, desse modo, esse crescimento ocorreu principalmente pela aquisição de empréstimos e financiamentos e das obrigações com contribuições sociais, além dos encargos financeiros sobre empréstimo, que além dessas, outras despesas também impactaram negativamente nos indicadores da empresa. Portanto, constatou- se um baixo investimento em bens e imobilizado da companhia, já que esses ativos estão relacionados diretamente com as atividades principal da companhia. Conclui-se, portanto, que a companhia necessita melhorar sua política de investimentos, principalmente, em ativos permanentes, para garantir dessa maneira melhor qualidade dos serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário à população, como precisa melhorar a política de cobrança da companhia, já que de acordo com os dados analisados, constatou-se o alto índice de inadimplência com os títulos do contas a receber a mais de 181 dias, afetando dessa forma o caixa da empresa. Tendo em vista, a importância das empresas prestadoras de serviço da área de Saneamento Básico e Esgotamento Sanitário do país, o presente trabalho tem como objetivo o estudo e a relevância das informações das demonstrações contábeis, e dados gerados pela análise dos índices econômicos, tendo como enfoque o Balanço Patrimonial, e as Demonstrações do Resultado do Exercício. Levando em consideração a importância dos indicadores econômico-financeiros da Concessionárias de Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário do Rio Grande do Norte – CAERN, no período pré-definido entre 2013 a 2017. Certamente, a perdas no contas a receber, tem contribuído para falta de investimento, principalmente em ativos permanentes da companhia.

Palavras-chave: Saneamento básico. Desempenho econômico-financeiro. Indicadores

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This paper aimed to describe the use of balance analysis indicators in the process of analyzing the economic and financial performance of the Rio Grande do Norte Sanitation Company (CAERN). To achieve this objective, data from the company's financial statements published in the Official Gazette of Rio Grande do Norte were collected, as well as those available on CAERN's website. The data were presented in tables processed using the Microsoft Office Excel 2003 spreadsheet. According to the results obtained during the research, the indicators show that short-term investments from 2013 to 2017 showed positive results, already in 2015, There was a reduction of 23.01%. This is justified by the accumulated short-term obligations, which was 28.49%, thus, this growth was mainly due to the acquisition of loans and financing and social contribution obligations, in addition to the financial charges on loans, which, besides these, Other expenses also negatively impacted the company's indicators. Therefore, a low investment in assets and fixed assets of the company was found, as these assets are directly related to the main activities of the company. It is concluded, therefore, that the company needs to improve its investment policy, especially in permanent assets, in order to guarantee better quality of water supply and sewage services to the population, as it needs to improve the company's collection policy, According to the data analyzed, the high default rate of accounts receivable over 181 days was found, thus affecting the company's cash position. Given the importance of service companies in the area of Basic Sanitation and Sanitary Sewage in the country, this paper aims to study and the relevance of the information in the financial statements, and data generated by the analysis of economic indices, having as focus on the Balance Sheet, and the Income Statement. Taking into account the importance of the economic and financial indicators of the Rio Grande do Norte Water Supply and Sanitation Concessionaires - CAERN, in the predefined period from 2013 to 2017. Certainly, losses on accounts receivable have contributed to the lack investment, mainly in the company's permanent assets.

Keywords: Sanitation. Economic and financial performance. Economic and financial

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Tabela 1- Percentual de domicílio permanentes atendidos por serviços de

saneamento no ano 2000... 19

Tabela 2 - Conta de Investimento em curto prazo... 33

Tabela 3 – Conta a receber a curto prazo... 34

Tabela 4 - Evolução do estoque... 35

Tabela 5 - Evolução do capital próprio... 37

Tabela 6 - Evolução do capital de terceiros de curto prazo... 37

Tabela 7 - Evolução do capital de terceiros de longo prazo... 38

Tabela 8 – Resultado financeiro líquido... 40

Tabela 9 – Lucro (prejuízo) líquido do exercício... 41

Tabela 10 – Evolução das disponibilidades, créditos circulares e estoques... 42

Tabela 11 – Perdas prováveis de créditos vencidos a mais de 181 dias... 44

Tabela 12 – Evolução dos investimentos em longo prazo... 45

Tabela 13 - Evolução das obrigações e do patrimônio líquido... 46

Tabela 14 - Evolução da disponibilidade, contas a receber e estoques... 50

Tabela 15 - Evolução de contas a receber em longo prazo... 51

Tabela 16 - Evolução dos investimentos, imobilizados e intangíveis... 52

Tabela 17 - Evolução das obrigações e do patrimônio líquido... 54

Tabela 18 - Evolução dos serviços prestados... 58

Tabela 19 - Evolução das receitas operacionais e dos serviços prestados... 59

Tabela 20 - Evolução do capital corrente líquido... 62

Tabela 21 - Evolução dos indicadores de liquidez... 64

Tabela 22 - Evolução dos indicadores de endividamento e estrutura... 67

Tabela 23 - Evolução do giro do ativo... 69

Tabela 24 - Evolução do Retorno sobre o Ativo (ROA)... 71

Tabela 25 - Evolução do Retorno Sobre Investimento (ROI)... 73

Tabela 26 - Evolução Retorno sobre o Patrimônio Líquido (ROE)... 74

Tabela 27 - Evolução da margem operacional... 76

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Gráfico 1 – Percentual de domicílios particulares permanentes atendidos por

serviços de saneamento no ano 2000... 20

Gráfico 2 - Contas de investimento em curto prazo... 34

Gráfico 3 – Contas a receber de clientes... 35

Gráfico 4 - Evolução dos estoques... 36

Gráfico 5 - Evolução da estrutura de capital... 39

Gráfico 6 - Evolução do resultado operacional líquido, resultado financeiro líquido e lucro líquido... 41

Gráfico 7 - Evolução dos investimentos a curto prazo (ativo circulante)... 43

Gráfico 8 - Evolução do faturamento, das contas a receber e das perdas... 44

Gráfico 9 - Perdas prováveis de créditos vencidos a mais de 181 dias... 45

Gráfico 10 - Evolução dos investimentos em longo prazo... 46

Gráfico 11 - Evolução das obrigações e do patrimônio líquido... 50

Gráfico 12 - Evolução da disponibilidade, contas a receber e estoques... 51

Gráfico 13 - Evolução de contas a receber em longo prazo... 52

Gráfico 14 - Gráfico 16 - Evolução dos investimentos, imobilizados e intangíveis... 53

Gráfico 15 - Evolução das obrigações e do patrimônio líquido... 57

Gráfico 16 - Evolução dos serviços prestados... 58

Gráfico 17 - Evolução das receitas operacionais, dos serviços prestados... 59

Gráfico 18 - Evolução do capital circulante líquido... 64

Gráfico 19 - Evolução dos indicadores de liquidez... 65

Gráfico 20 - Evolução dos indicadores de indevidamente e estrutura... 68

Gráfico 21 - Evolução do giro do ativo... 70

Gráfico 22 - Evolução dos indicadores de rentabilidade... 75

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CCL - Capital Circulante Líquido

CE - Composição do Endividamento

GA - Giro do Ativo

IRP - Imobilização de Recursos Permanentes LC - Liquidez Corrente LG - Liquidez Geral LI - Liquidez Imediata LS - Liquidez Seca ML - Margem Líquida MO - Margem Operacional

PCT - Participação de Capital de Terceiros ROE - Retorno Sobre o Patrimônio Líquido ROI - Retorno Sobre Investimentos

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1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO E PROBLEMATIZAÇÃO... 13

1.2 OBJETIVOS... 15

1.2.1 Objetivos Gerais... 15

1.2.2 Objetivos Específicos... 15

1.2.3 Justificativa... 16

2 A EVOLUÇÃO DO SANEAMENTO BÁSICO NO BRASIL... 18

2.1 UM BREVE HISTÓRICO SOBRE A POLÍTICA DE SANEAMENTO NO PAÍS... 18

2.2 HISTÓRIA DA COMPANHIA DE SANEAMENTO BÁSICO E ESGOTAMENTO SANITÁRIO DO RIO GRANDE DO NORTE – CAERN... 20

3 INTERPRETAÇÃO E ANÁLISE DOS DEMONSTRATIVOS FINANCEIROS. 22 3.1 INDICADORES ECONÔMICO-FINANCEIROS DE ANÁLISE... 22

3.2 ANÁLISE HORIZONTAL E VERTICAL... 23

4 ANÁLISE DA LIQUIDEZ E CAPACIDADE PAGAMENTO... 24

4.1 INDICADORES DE LIQUIDEZ... 24

4.2 INDICADORES ENDIVIDAMENTO E ESTRUTURA... 26

4.2.1 Indicadores de Rentabilidade... 28

4.2.2 Rentabilidade das Vendas... 30

5 METODOLOGIA... 31

5.1 TIPOLOGIA DA PESQUISA... 31

5.2 TRATAMENTO DOS DADOS ANALISADOS... 32

5.2.1 Análise Horizontal (AH) do Balanço Patrimonial... 32

5.2.2 Estrutura de Capital... 36

6. ANÁLISE HORIZONTAL (AH) DAS DEMONSTRAÇÕES DO RESULTADO DO EXERCÍCIO... 40

6.1 ANÁLISE VERTICAL (AV) DO BALANÇO PATRIMONIAL... 42

6.2 ANÁLISE VERTICAL DOS ITENS OPERACIONAIS DA DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO... 58

6.2.1 Análise de Indicadores... 61

6.2.2 Indicadores Endividamento e Estrutura... 67

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7.1 RENTABILIDADES DAS VENDAS... 75

8 CONSIDERAÇÕES FINAIS... 79

REFERÊNCIAS... 81

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1 INTRODUÇÃO

1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO E PROBLETIZAÇÃO

O Brasil é um país de dimensões continentais, com sua economia diversificada em constante desenvolvimento, mesmo com a atual crise econômica, continua crescendo lentamente. Muito ainda precisa ser feito para que o país continue crescendo economicamente, principalmente nas áreas de saúde, segurança, saneamento básico e educação, tendo em vista o intenso processo migratório do meio rural para a zona urbana das cidades brasileiras nas últimas décadas, por motivos econômico-financeiros, nos quais fez a população ocupar as grandes capitais do país.

Portanto, como estas cidades não acompanharam esse crescimento, criou-se um grande déficit habitacional para atender essa população, que atrelado a este problema, veio a necessidade de maior expansão do saneamento básico, que segundo a Lei nº 11.445/2007, estabelece as diretrizes de saneamento básico e a universalização desta atividade assegura os princípios fundamentais.

A Lei nº 11.445/2007 é muito relevante, por estabelecer as diretrizes que se faz necessário, é de extrema importância para regulamentação do setor de saneamento básico no país, além de estabelecer mais responsabilidades ao gestor público, e das prestadoras de serviços, como também, proporciona os mesmos direitos a serem seguidos pela população.

Portanto, esta lei foi sancionada com o intuito de definir as diretrizes nacionais de saneamento básico mantendo-se assim, os princípios fundamentais, os quais deverá gerir as atividades deste setor tanto nas esferas estaduais, municipais e federais.

O saneamento, está entre os princípios fundamentais do ser humano, que é o acesso à água potável, ao esgotamento sanitário, as formas corretas de evitar que as águas sejam contaminadas (como por exemplo, mares, lagos, açudes, rios, etc.), portanto, a reutilização desta água, se tratadas de forma adequadas será muito importante para a saúde pública, e para o meio ambiente.

A Lei nº 11.455/2007, foi sancionada, visando estabelecer principalmente, as diretrizes federais no âmbito de saneamento básico, que trata dos princípios essenciais que devem gerir a prestação de serviço, ou seja, a lei proporciona mais autonomia e responsabilidade, para que os gestores, das esferas estaduais e municipais, e em conjunto com o governo federal, ampliar a política de saneamento básico de forma planejada, em todos seus aspectos, econômico, técnico

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e sociais, da participação de órgãos competentes, no controle social da política nacional de recursos hídricos.

Nas últimas décadas, houve um grande avanço nesta área de saneamento básico pelas empresas desse segmento, que desempenha um papel tão importante na sociedade, que é a expansão do saneamento básico, e do tratamento correto dos resíduos sólidos, e o esgotamento sanitário, evitando, assim, contaminação do solo, e a preservação do meio ambiente de maneira sustentável.

A precariedade do saneamento básico em nosso país, é uma das principais causas responsável pela disseminação de doenças decorrentes da falta de higiene, principalmente em grande parcela da sociedade de baixo poder aquisitivo, as quais estão concentradas em sua grande maioria nas zonas rurais, e religiões de periferias das grandes cidades, principalmente, nas capitais do país.

O acesso a água potável, é um direito todos os cidadãos e cidadãs, assegurados pela constituição Federal, que visa garantir mais melhoria, saúde, e qualidade de vida a população, que além da prevenção de doenças, como por exemplo: verminoses, febre tifoide, cólera, leptospirose, shigelose, hepatite, amebíase, giardíase entre outras.

Portanto, o presente trabalho tem como objetivo, fazer uma análise de balanço econômico-financeiro da Companhia de Saneamento Básico e Esgotamento Sanitário do Estado Rio Grande do Norte - CAERN.

QUAL O PROBLEMA?

O estudo e análise de balanço da companhia CAERN, visa a compreensão e entendimento do seguinte problema: Qual a situação do desempenho econômico-financeira da CAERN? Para responder esta pergunta, o objetivo desta pesquisa consiste em analisar a situação econômico-financeira da Companhia de Saneamento e Esgotamento Sanitário do Rio Grande do Norte (CAERN). Para que se possa chegar ao resultado final da pesquisa obtidas através dos dados e informações da Companhia de Saneamento e Esgotamento Sanitário do Rio Grande do Norte (CAERN), tendo como base a análise de indicadores e análise de balanços patrimoniais e das demonstrações do de resultado do exercício referentes aos exercícios sociais de 2013 a 2017. Com esse estudo da análise financeira é possível determinar o nível de liquidez e a capacidade de solvência, além de evidenciar o desempenho financeiro da empresa.

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1.2 OBJETIVOS

1.2.1 Objetivos Gerais

Este trabalho tem como objetivo geral descrever a análise econômico-financeira, através da utilização de indicadores de análise de balanço financeiro e do desempenho econômico da Concessionária de Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário (CAERN).

1.2.2 Objetivos Específicos

No intuito de alcançar o objetivo geral da pesquisa, foram determinados alguns objetivos específicos que serão observados como a seguir:

• Relacionar os indicadores de análise de balanços e desempenho econômico-financeiro para a avaliação da Concessionária de Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário (CAERN); • Calcular os indicadores de análise de balanços e desempenho econômico-financeiro da Concessionária propostos para a avaliação da Concessionária de Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário (CAERN);

• Interpretar os indicadores de análise de balanços e desempenho econômico-financeiro da Concessionária propostos para a avaliação da Concessionária de Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário (CAERN).

O presente estudo tem como intuito a análise de desempenho de balanço econômico- financeiro da Concessionária de Saneamento Básico e Esgotamento Sanitário do Rio Grande do Norte (CAERN), através de análise de Balanço Patrimonial e Demonstrações do Resultado do Exercício.

Segundo a Constituição Federal de 1988, o setor de saneamento é considerado como um dever da União, Estados, e Municípios, mesmo que na realidade este último citado não possa contribuir de forma efetiva motivada pela falta de recursos econômica (FIGUEREDO, 2012). Ainda de segundo a Lei n° 11.445/07, de 05 de janeiro de 2007, define o saneamento básico como um conjunto de atividades que inclui desde a infraestruturas e instalações de abastecimento de água, ao esgotamento sanitário, limpeza urbana, manejo de resíduos sólidos, e drenagens de águas pluviais. De outro ponto de vista, esta Lei estabeleceu mais responsabilidade para os entes da federação, tanto nos âmbitos federais, quanto nas esferas estaduais e municipais.

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1.2.3 Justificativa

Tendo em vista, a importância das empresas prestadoras de serviço da área de Saneamento Básico e Esgotamento Sanitário do país, o presente trabalho tem como objetivo o estudo e a relevância das informações das demonstrações contábeis, e dados gerados pela análise dos índices econômicos, tendo como enfoque o Balanço Patrimonial, e as Demonstrações do Resultado do Exercício. Levando em consideração a importância dos indicadores econômico-financeiros da Concessionárias de Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário do Rio Grande do Norte (CAERN), no período pré-definido entre 2013 a 2017.

Portanto, o estudo em questão, justifica-se por determinar a importância da elaboração e cálculos dos índices econômicos - financeiros tendo como base o Balanço Patrimonial, e as análise dos indicadores econômico, ferramenta essencial aos gestores na tomada de decisões das empresas. Diante de um mundo moderno e globalizado, faz-se necessário que se tenham empresas cada vez mais capacitadas e modernas, para que venham a atender todas as perspectivas da sociedade, em todos os aspectos, tanto econômico-financeira, social e que tenham políticas públicas, eficiente para o meio ambiente. O acelerado desenvolvimento tecnológico, econômico, tem levado competividade entre as organizações no mercado, cuja principal finalidade é proporcionar aos seus clientes, serviços mais eficientes e de melhor qualidade, que as mesmas possam atendam as reais necessidades da sociedade.

Segundo Pereira (2013, p. 5), as atividades operacionais de uma entidade são relevantes para fins de análise financeira. Em uma fábrica, por exemplo, podemos dizer que suas atividades compreendem a aquisição de insumos, e a transformação dos mesmos em produtos, e a venda desses produtos, entre outras.

No entanto, o desenvolvimento destas operações, exige despesas em máquinas, pesquisas e desenvolvimento, marketing, investimentos em recursos humanos, treinamento em capacidade técnica dos colaboradores da empresa, para que os mesmos consigam almejar os objetivos esperados pela indústria, e proporcionar aos clientes, melhores atendimentos e prestação de serviços mais eficientes.

No entanto, é essencial que a empresa no decorrer de todos estes procedimentos, obtenha lucro para cobrir todas as despesas, e ao mesmo tempo, consiga gerar caixa para honrar seus compromissos financeiros com terceiros. No caso, a análise financeira da entidade, avalia os resultados e possibilita a correção da rota da empresa, caso seja necessário. O lucro gerado pela

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empresa depende de vários fatores, como a capacidade de oferecer produtos com qualidade e preço competitivo.

A Contabilidade por ser uma ferramenta indispensável, pois proporciona soluções que oferece informações relevantes, cujo intuito é possibilitar e auxiliar os administradores nas tomadas decisões mais significativas, de forma mais dinâmica, e segura, contribuindo assim, para o aprimoramento do sistema de informações e colaborando, assim com o crescimento da empresa.

Assim, a contabilidade não se limita apenas como instrumentos de obrigações tributárias das empresas, mas também, como uma importante ferramenta, utilizando todas as leis e normais, que regem a administração pública, e privadas, é também de grande importância para os gestores, e para divulgação de informações mais relevantes, e seguras para as empresas.

Nesse contexto, o presente trabalho, propõe analisar a saúde econômico-financeira da concessionárias de Abastecimento de Agua e Esgotamento Sanitário, Rio Grande do Norte – CAERN, sendo a mesma situada na região Nordeste do país, utilizando dados da análise das demonstrações contábeis, e assim, expor de forma clara e objetiva, a situação econômica – financeira desta prestadora de serviço.

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2 A EVOLUÇÃO DO SANEAMENTO BÁSICO NO BRASIL

2.1 UM BREVE HISTÓRICO SOBRE A POLÍTICA DE SANEAMENTO NO PAÍS

De acordo com Albuquerque (2014) os primeiros passos no setor de saneamento básico, deu-se no ano de 1969 quando os estados passaram a assumir o controle do saneamento básico no país, com criação do Plano Nacional de Saneamento (PLANASA), serviços que até antes era de competência dos municípios brasileiros.

O Planasa, só teve efeito a partir de 1971, quando se destinou recursos aos estados, para constituir as suas próprias Companhias Estaduais de Saneamento Básico (CESBS). É de extrema importância que as companhias de saneamento básico são entidades de economia mista majoritariamente controlado pelo governo de cada estado brasileiro.

Portanto, sendo uma empresa estatal, ela dispõe de todo o controle desde a administração até a comercialização das atividades de água e esgoto auferido mediante concessões pelos municípios. Ainda segundo Albuquerque, o Planasa, contava com recursos do Banco Nacional de Habitação (BNH) que por meio de recursos provenientes de empréstimos e do Fundo de Garantia por Tempo de Serviços (FGTS) que concedia créditos especiais para as companhias, porém, os empréstimos do BNH, não era realizado pelos estados, pois, as companhias, só tinham direito a metade dos recursos era atribuídos as concessionárias.

Após a extinção do BNH em 1986, o Planasa passou por dificuldades financeiras, não teve condição de se manter, chegou ao fim, em 1992. No entanto, apesar dos avanços no setor de saneamento básico, durante o Planasa, ainda não foi o suficiente para alcançar a universalização do saneamento básico no país. Ainda, de acordo com Albuquerque após o fim do Planasa, houve vários investimentos no setor de saneamento básico por alguns Bancos internacionais, como o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) o Banco Mundial (BIRD), o governo Federal efetivou vários investimentos com a constituiu novos programas como por exemplo: o saneamento para núcleos urbanos, o Pró-Saneamento, e o Programa de Ação Social em Saneamento. Mas apesar de todos os programas e investimentos no setor, não foi o suficiente para atingir a universalização do saneamento básico no país.

Segundo Albuquerque e Ferreira (2012), no decorrer do ano 2000, todos os serviços na área de saneamento, era exercido totalmente pelos estados. No entanto, de acordo com Albuquerque e Ferreira (2012), no fim de 1998 existiam unicamente 30 processos em licitação ou já homologados, de concessões plenas ou parciais, enquanto mais de 3.600 municípios era atendido por 27 CESBS outros 1.800 tinham seus serviços prestados pela administração direta.

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Em função das dificuldades de obter recursos para realizar novos investimentos na área de saneamento, pois o setor público sob normas de controle em decorrência das dívidas que o setor se encontrava. Com isso, impossibilitava a obtenção de novos empréstimos em Bancos Públicos ou privados. Portanto, os investimentos na área de saneamento, começaram a diminuir, por falta de acessibilidade as novas linhas de créditos, já que as cesbs tanto municipais, quanto estaduais, não atendiam as principais exigências dos Bancos, BID e o BIRD (ALBUQUERQUE; FERREIRA, 2012). A tabela a seguir revela a situação do saneamento básico no país em 2000.

Tabela 1 - Percentual de domicílios particulares permanentes atendidos por serviços de saneamento no ano 2000

Região % Abastecimento de água % Coleta de esgoto

Norte 44,3 2,4 Nordeste 52,9 14,7 Sudeste 70,5 53 Sul 69,1 22,5 Sudeste 66,3 28,1 Brasil 63,9 33,5 Fonte: IBGE (2002).

De acordo com a análise IBGE (2002) a tabela 1 evidencia as disparidades regionais e os indicadores do serviço de saneamento nas regiões do país, sendo a que menos se investiu foi a região norte, enquanto, a sudeste foi a que mais se beneficiou com o saneamento básico.

Conforme com os dados da pesquisa, o gráfico a abaixo, evidencia em percentuais as diferenças regionais dos serviços de saneamento pelo país, sendo a região Norte com baixo índice de investimento ficando em apenas 44,3%, enquanto a região que mais se destacou foia região Sudeste, chegando ao total de 70,5% de área saneada.

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Gráfico 1 - Percentual de domicílios particulares permanentes atendidos por serviços de saneamento no ano 2000. 80 70,5 69,1 70 66,3 63,9 60 52,9 53 50 44,3 40 33,5 30 28,1 22,5 20 14,7 10 2,4 0

Norte Nordeste Sudeste Sul Sudeste Brasil

% Abastecimento de água % Coleta deesgoto

Fonte: IBGE (2002).

2.2 HISTÓRIA DA COMPANHIA DE SANEAMENTO BÁSICO E ESGOTAMENTO SANITÁRIO DO RIO GRANDE DO NORTE - CAERN

A CAERN (2018), foi criada sob a Lei nº 3.742, de 26 de junho de 1969 (p. 03), é uma companhia de economia mista, da qual o capital social é predominantemente governamental, sendo o Governo do Estado do Rio Grande do Norte, é sócio , e controlador majoritário.

Constituída em 02 de setembro de 1969, pelo governador Monsenhor Walfredo Gurgel, para atender as reais necessidades da sociedade potiguar, com abastecimento de água e esgoto, sendo a CAERN uma das maiores empresas em saneamento básico do Rio Grande do Norte, pioneira no saneamento básico do Estado Norte-rio-grandense, cujo principal objetivo da companha é distribuição de água potável a população, contribuindo, dessa forma, com saúde, e qualidade de vida da sociedade potiguar.

Por ser uma empresa inovadora, está incorporada as demais empresas do mesmo segmento de saneamento básico, respeitando os fatores socioeconômico, e o meio ambiente. A CAERN é composta por 65 sistemas de abastecimento de água divididos em 153 sedes de municípios e 13 localidades. No RN são 40 sistemas de esgoto abrangendo 39 municípios e 1 localidade (Praia de Pipa).

(22)

Apenas 15 cidades do Estado possuem sistemas de abastecimento de água que não pertencem a Companhia. O serviço da Companhia de Água e Esgoto do Rio Grande do Norte (CAERN), é responsável pela distribuição de água, esgotamento sanitário, e coleta de esgoto por quase todos os municípios do RN, gerando mais satisfação a todos os seus consumidores. De acordo com a CAERN (2018), “a missão da empresa, é colaborar e promover melhorar e qualidade de vida a população do RN, atendendo as principais carências de abastecimento de água e saneamento básico, e esgotamento sanitário, obedecendo todos os aspectos sociais, econômico e ambientais. Segundo a empresa CAERN, adquirir reconhecimento da sociedade norte-rio-grandense, pela excelente qualidade dos serviços prestado, e na ampliação nos serviços de abastecimento de água potável, saneamento e esgotamento sanitário, de forma eficiente, e sustentável.

No que concerne aos valores da instituição, são estes:

2.2.1 Valorizar o ser humano; 2.2.2 Focar nos resultados;

2.2.3 Satisfazer o cliente;

2.2.4 Compromete-se com o meio ambiente;

2.2.5 Ter ética e transparência.

O setor de saneamento básico é muito relevante para o desenvolvimento de um país, principalmente sobre os aspectos econômicos, político e social, despertou-se a necessidade de analisar a saúde econômico-financeira das concessionárias de abastecimento de água e esgoto do estado do Rio Grande do Norte.

(23)

3. INTERPRETAÇÃO E ANÁLISE DOS DEMONSTRATIVOS FINANCEIROS

De acordo com Pereira (2013, p. 267), análise financeira consiste em promover um diagnóstico geral da situação das demonstrações financeira de uma empresa, cujo intuito principal é analisar todos os dados financeiros, como por exemplo, Balanço Patrimonial, Fluxo de Caixa, Demonstrações do Resultado do Exercício, movimentações financeiras, políticas de investimentos projeções de vendas, projeção do fluxo de caixa, analisa também as condições endógenas, e exógenas, como por exemplos, de condições endógenas, a capacidade organizacional da empresa, o empenho dos colaboradores, a motivação, treinamento, reuniões entre administradores e funcionários, trabalho em equipe, incentivo para maior comunicação entre colaboradores da empresa, cuidados com possíveis conflitos, mudanças de produtos, capacidade gerencial, e tecnológica da entidade, entre outros. Enquanto as condições exógenas, refere-se os fatores externos, a seguir: as políticas sociais, mudanças de hábitos, mercado competitivo, fenômenos naturais, entre outros.

Dessa maneira a análise financeira excede as demonstrações financeiras, são apenas meios pelas quais obtemos as informações sobre a situação financeira da empresa, sendo o principal objetivo, auxiliar na tomada de decisão de empresa, na prestação de serviço de qualidade, e nas informações seguras, para que se possa chegar-se ao um parecer, ou relatório final, contribuindo com os administradores, e com o crescimento da empresa, de formasegura, e eficiente.

Para analisar e estudar as demonstrações financeiras necessita-se do estudo de várias técnicas de muitas áreas do conhecimento, que abrange principalmente Matemática, Análise de Dados Contábeis, Métodos Quantitativos, Estatísticas, e a própria Contabilidade, entre outras, para que se possa chegar ao resultado desejado, assim, auxiliar os gestores nas tomadas de decisões da Entidade.

3.1 INDICADORES ECONÔMICO-FINANCEIROS DE ANÁLISE

Entre as diversas maneiras para se verificar uma análise de balanços, a que melhor opção é por intermédio dos indicadores econômico-financeiros. Estes por sua vez, obtidos das demonstrações financeiras as quais são constituídas pelas empresas.

Ao calcular esses quocientes, podemos obter dados que fornecerão uma visão complexa da saúde financeira da entidade, haja vista que o uso desses indicadores visa, sobretudo, nos

(24)

possibilita fazer uma avaliação dos dados, e compará-los com outros índices já preestabelecidos. Como há diversos índices, cabe à empresa avaliar quais são seus objetivos perante a análise, para então selecionar os indicadores que mais irão se adequar as suas necessidades, pois como Matarazzo (1998) mesmo afirma, “o importante não é o cálculo de grande número de índices, mas de um conjunto de indicadores que nos possibilite conhecer a saúde econômico- financeira da empresa, conforme o nível de profundidade almejada da análise”.

Geralmente, estes indicadores se dividem em quatro categorias, em conformidade com seu foco e finalidade na análise, são eles: liquidez, estrutura e endividamento, rentabilidade, e rentabilidade das vendas.

3.2 ANÁLISE HORIZONTAL E VERTICAL

De acordo com Assaf Neto (2010), a Análise Horizontal é a relação que se faz entre os valores de uma mesma conta ou grupo de conta em diferentes exercícios sociais.

(1)

Essa fórmula evidencia que o número-índice, é uma conexão entre o valor de uma rubrica ou grupo de contas contábeis em determinada data (Vd) e seu valor obtido na data-base

(Vb). Sendo Vd o valor monetário encontrado no exercício que se pretende verificar por meio

do índice, e Vb é o valor equivalente e que foi verificado no exercício em que está efetuando a

comparação.

A análise horizontal apresenta como principal finalidade analisar o crescimento dos itens presentes cálculos contábeis, como por exemplo balanço patrimonial e demonstração dos resultados, e nas demonstrações dos Fluxos de Caixa através dos períodos em análise, com intuito de verificar prováveis tendências passadas e futuras.

(25)

4. ANÁLISE DE LIQUIDEZ E CAPACIDADE PAGAMENTO

4.1 INDICADORES DE LIQUIDEZ

De acordo com Assaf Neto (2013), a análise de liquidez revela a situação financeira de uma organização, ou seja, evidencia se a empresa dispõe de recursos financeiros para honrar seus diversos compromissos financeiros com terceiro, como mostra a seguir.

(2)

O Capital Circulante Líquido (CCL) descreve a folga financeira da empresa em curto prazo da empresa e é encontrado pelo quociente entre o ativo circulante (AC) e passivo circulante (PC). É bem definido por Assaf Neto (2010, p. 143) como o “excedente das aplicações a curto prazo (em ativo circulante) em relação às captações de recursosprocessados também a curto prazo (passivo circulante)”. O ideal é que o CCL seja positivo demonstrando que a empresa dispõe de recursos a longo prazo aplicados no ativo circulante, podendo está “folga” ser investida no giro da empresa.

Porém, o CCL pode apresentar-se nulo ou negativo, o que representa um desequilíbrio financeiro. Quando nulo, significa dizer que não apresenta a folga financeira considerada necessária para manter o giro da empresa. Quando negativo, significa que a empresa apresenta um desequilíbrio financeiro, estando parte de suas aplicações de longo prazo financiadas por recursos de curto prazo (ASSAF NETO, 2010).

(3) Ativo Circulante

Liquidez Corrente =

Passivo Circulante CCL= AC – PC

CCL negativo, o que demonstraria que a empresa não consegue realizar suas atividades mensais apenas com o dinheiro advindo do próprio negócio, sendo necessário a reorganização da gestão da empresa e a tomada de recursos com terceiros (bancos e/ou sócios).

(26)

De acordo com Pereira (2013) a liquidez corrente evidencia a relação entre o ativo circulante e o passivo circulante de uma empresa, irá determinar em reais o quanto a empresa dispõe em valores monetários e imobilizado conversíveis em curto prazo em dinheiro, para cada $1,00 de dívidas de curto prazo. Portanto, suponha-se que quanto maior for este índice, mais alta será possibilidade de a empresa financiar seu capital de giro.

Se: Supõe:

Liquidez Corrente > 1,0 Capital Circulante Líquido Positivo

Liquidez Corrente = 1,0 Capital Circulante Líquido Nulo

Liquidez Corrente < 1,0 Capital Circulante Líquido Negativo

Segundo Pereira (2013), o indicador de liquidez Seca demonstra o quanto a empresa possui em disponibilidade (dinheiro, depósitos bancários a vista, e aplicação financeira de liquidez imediata), aplicações financeiras em curto prazo e duplicatas a receber, para fazer em face de seu passivo circulante. Ou seja, este quociente demonstra a porcentagem das dívidas a curto prazo em condições de serem saldadas mediante a utilização de itens monetários de maior liquidez do ativo circulante, essencialmente, a liquidez seca determina a capacidade de curto prazo de pagamento.

(4)

Segundo Pereira (2013), o índice de Liquidez Geral irá evidenciar o quanto a empresa possui em valores monetário, bens e direitos realizáveis a curto e longo prazo, para fazer face à suas dívidas totais. Essa análise revela a liquidez de curto prazo quanto de longo prazo de cada R$ 1,00 que a entidade mantém de dívida, o quanto existe de direito e haveres no Ativo Circulante. Também é realizável ao longo prazo, sendo utilizado como uma medida de

Ativo Circulante – Estoques Liquidez Seca =

Passivo Circulante

Quanto a interpretação: Quanto maior, melhor

(27)

segurança da empresa à longo prazo, revelando sua capacidade de saldar todos os seus compromissos.

(5)

• Índice de liquidez maior do que 1: indica que a empresa possui alguma folga para saldar suas obrigações com terceiros;

• Índice de liquidez igual a 1: os valores que a empresa dispõe é o mesmo que ela tem para quitar seus compromissos;

• Índice de liquidez menor do que 1: Significa que se a empresa necessitasse pagar todas as suas dívidas de curto prazo, ela não teria recursos de imediato para quitar suas obrigações.

A liquidez imediata indicador irá avaliar os valores disponíveis que a empresa tem de imediato para pagar suas dívidas com terceiros a curto prazo. Ainda de acordo com Assaf Neto (2010, p. 173), evidencia a porcentagem das dívidas a curto prazo circulante em condições de serem liquidadas imediatamente. Este índice é extremante baixo pelo fato de a empresa nãoter interesse em manter valores monetários em caixa, por se tratar de um ativo operacionalmente de reduzida rentabilidade.

(6)

4.2 INDICADORES ENDIVIDAMENTO E ESTRUTURA

Segundo Iudícibus (2010) este indicador evidencia as fontes de fundos entre si, procurando retratar a posição relativa de capital próprio com relação ao capital de terceiros e quocientes de muita importância, pois indicam a relação de dependência da empresa com ao capital de terceiros. Conforme Pereira (2013), a participação de capital de terceiros revela o

LI = Disponível

Passivo Circulante

AC + RLP Liquidez Geral =

PC + ELP

Quanto a interpretação: Quanto maior, melhor

(28)

percentual de capital de terceiros, em relação ao patrimônio líquido, demonstrando a dependência da empresa em relação ao capital de terceiros.

(7)

Conforme Pereira (2013), a composição do endividamento relaciona o quanto da dívida total da empresa deverá ser paga a curto prazo, em relação aos compromissos totais com terceiros. Em relação a interpretação, quanto a interpretação do índice da Composição do Endividamento é no sentido de que “quanto maior, pior”, mantidos constantes os demais fatores. A razão é que quanto mais dívidas para pagar a Curto Prazo, maior será a pressão para a empresa gerar recursos para honrar seus compromissos. Admite-se que quanto mais curto o vencimento das parcelas, maior será o risco oferecido pela empresa. De outra forma, empresas com endividamento concentrado no Longo Prazo, principalmente decorrente de investimentos efetuados, oferecem uma situação mais tranquila no curto prazo.

(8)

O índice de imobilização do PL indica quanto do Patrimônio Líquido da empresa está aplicado no Ativo Permanente, ou seja, o quanto do Ativo Permanente da empresa é financiado pelo seu Patrimônio Líquido, evidenciando, dessa forma, a maior ou menor dependência de recursos de terceiros para manutenção dos negócios.

CE= Passivo Circulante

Passivo Circulante + Exigível a Longo Prazo PCT= Passivo Circulante+ Exigível a Longo Prazo

Patrimônio Líquido

Quanto a interpretação: Quanto maior, pior

(29)

(9)

Sendo: AP = Ativo Permanente PL = Patrimônio Líquido

4.2.1 Indicadores de Rentabilidade

Conforme Matarazzo (1998), os indicadores de rentabilidade evidenciam qual a rentabilidade dos capitais investidos, ou seja, quanto renderam os investimentos, e, portanto, qual o grau de êxito econômico da empresa. Este índice evidencia a lucratividade de uma empresa propicia em relação aos investimentos totais representados pelo ativo médios (PEREIRA, 2013, p. 240).

De acordo com Pereira (2013), giro do ativo descreve a relação entre as vendas do período e os investimentos totais efetuadas empresas, que estão representados pelo ativo total médio.

(10)

No que concerne ao retorno sobre o ativo (RSA), segundo Pereira (2013) este índice evidencia a lucratividade que a empresa propicia em relação aos investimentos totais. No

IRP= ATIVO PERMANENTE

GA = Vendas

A interpretação do índice de IPL é no sentido de que “quanto maior, pior”, mantidos constantes os demais fatores. As aplicações dos recursos do Patrimônio Líquido são exclusivas do Ativo Permanente e do Ativo Circulante. Quanto mais a empresa investir no Ativo Permanente, menos recursos próprios sobrarão para o Ativo Circulante e, em consequência, maior será a dependência a Capitais de Terceiros para o financiamento do Ativo Circulante. O ideal em termos financeiros é a empresa dispor de Patrimônio Líquido suficiente para cobrir o Ativo Permanente e ainda sobrar uma parcela suficiente para financiar o Ativo Circulante.

(30)

entanto, este índice descreve o desempenho da empresa de forma generalizada a rentabilidade do Ativo é calculado quando se deseja ter uma ideia de lucro no total da empresa. Este indicador possibilita a identificação de quanto a entidade obteve de lucro líquido em relação ao total do Ativo, ou seja, a aplicação dos recursos.

(11)

Segundo Assaf Neto (2010), o retorno sobre os investimentos descreve o retorno recursos da empresa, constituído pelos acionistas e credores, ou seja, evidencia o total de dos recursos investidos pelos os proprietários de capital.

(13)

Conforme afirma Pereira (2013), o índice de Retorno Sobre o Patrimônio Líquido (Return on Equity - ROE), evidencia o quanto de prêmio os acionistas ou proprietários da empresa estão obtendo em relação a seus investimentos no empreendimento.

(12)

ROI = Lucro líquido

Ativo médio total 𝑥 100

ROE = Lucro Operacional 𝑥 100 Patrimônio Líquido ROA = Lucro Operacional

Ativo Total

Quanto a interpretação: Quanto maior, melhor

Quanto a interpretação: Quanto maior, melhor

(31)

4.2.2 Rentabilidade das Vendas

Como afirma Assaf Neto (2013), os índices evidenciam qual resultado obtido para cada venda efetuada. Portanto, este indicador calcula o grau de eficiência de uma organização em produzir benefício econômico (lucro) por intermédio de suas vendas.

De acordo com Assaf Neto (2010), a margem operacional demonstra o desempenho da empresa medido em função de valores efetivamente utilizados em suas operações normais, quanto das receitas de vendas foi destinada a cobrir despesas operacionais e quanto transformou-se em lucro.

(14)

Margem Líquida, conforme Marion (2012, p. 158) “este índice indica quantos centavos de cada real de venda restaram após a dedução de todas as despesas (inclusive o Imposto de Renda). Quanto a interpretação, quanto maior a margem, melhor”.

(15)

ML = Lucro Líquido MO = Lucro Operacional

Vendas Líquidas

Quanto a interpretação: Quanto maior, melhor

(32)

5 METODOLOGIA

5.1 TIPOLOGIA DA PESQUISA

Em relação aos objetivos gerais, esta pesquisa é do tipo descritivo. Para fins das informações foram utilizados os balanços financeiros como ferramentas relevantes no processo na análise de desempenho econômico-financeiro da Companhia de Saneamento Básico e Esgotamento Sanitário do Estado do Rio Grande do Norte (CAERN) e em seguida representar, classificar e interpretar os dados analisados. Conforme Gil (2006, p. 42), o intuito da pesquisa descritiva é “a definição das características de determinada população ou fenômeno ou, então, o estabelecimento de relações entre variáveis”.

Portanto, nestes estudos serão analisados o balanço patrimonial e as demonstrações do resultado do exercício dos últimos cinco anos (2013 a 2017) da CAERN, da qual a principal função da concessionária é a atuação no Abastecimento de águia, e esgotamento sanitário, contribuindo e promovendo com a saúde e qualidade de vida a sociedade do RN.

A metodologia utilizada para o desenvolvimento do trabalho foi à empírica-positiva através das informações coletadas nas demonstrações contábeis da Companhia de Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário do Rio Grande do Norte (CAERN), nos anos de 2013 a 2017. Convém ressaltar que os estudos de caso experimental são os que têm origem de perspectivas teóricas existentes e se desenvolvem a partir de uma razão normativa, visando à maneira de como esta deve ser aplicada na prática, que pode servir para observar as dificuldades de efetivar novas propostas e seus respectivos benefícios (RYAN; SCAPENS; THEOBALD, 2004, p. 193).

Em relação à forma de abordagem dos objetivos, as pesquisas, conforme Matias-Pereira (2010, p. 71) podem ser classificadas em quantitativa e qualitativa. Deste modo, a pesquisa classifica-se em quantitativa pelo enfoque de verificar numericamente, ou seja, podendo traduzir-se em números, opiniões e informações para poder classificar e analisar.

Ao se tratar dos processos técnicos, as pesquisas podem ser classificadas em bibliográfica, documental e experimental. Este trabalho se enquadra na pesquisa bibliográfica, ao qual foi elaborada a partir de material já publicado, constituído principalmente de livros e artigos científicos que contribuem significativamente com a produção do conhecimento científico, revelando uma fundamentação teórica; também se enquadra neste trabalho a pesquisa

documental, por ser desenvolvido a partir de materiais que não obtiveram tratamento analítico,

(33)

No intuito de alcançar o objetivo geral, esta pesquisa foi elaborada em duas etapas, sendo a primeira caracterizada pelo levantamento bibliográfico, a respeito dos assuntos aos quais se relacionam com o objetivo. Por fim, na segunda etapa as informações coletadas foram analisadas utilizando-se a análise de tabelas com relações percentuais, descrevendo-a em uma pesquisa de natureza quantitativa.

5.2 TRATAMENTO DOS DADOS ANALISADOS

A Análise dos dados foi desenvolvida a partir dos balanços patrimoniais e das demonstrações do resultado do exercício CAERN, dos períodos ocorridos de 2013 a 2017, publicados tanto no Diário Oficial do Estado Rio Grande do Norte, quanto no Sitio oficial da Concessionária. Os dados analisados nas demonstrações contábeis da Companhia CAERN são apresentados em tabelas, calculados na planilha eletrônica Microsoft Office Excel 2003. Para análise de cálculo do presente estudo, foram utilizados diversos indicadores financeiros como mostra a seguir.

5.2.1 Análise Horizontal (AH) do Balanço Patrimonial

A análise horizontal do balanço patrimonial no período de 2013 a 2017, teve como intuito determinar o desempenho dos valores adquiridos, explanando a posição destas demonstrações por meio de avaliação do crescimento dos principais itens patrimoniais. Deste modo, o presente estudo tem como objetivo analisar a evolução dos principais itens patrimoniais por serem processados em cinco segmentos:

• Evolução dos principais elementos dos ativos (investimentos); • Evolução do ativo permanente;

• Passivos (financiamentos) de curto prazo; • Passivos (financiamentos) de longo prazo; • Evolução da estrutura de capital.

O estudo dos itens que compõe os ativos e passivos de curto prazo possibilita entender a política de investimentos (ativos) e financiamentos (passivos) aplicada pela empresa, bem como a maneira pela qual a companhia avalia sua forma de liquidez.

O dado exposto nas tabelas refere-se à evolução dos itens patrimoniais do período de 2013 a 2017 em relação aos investimentos e financiamentos de curto prazo da CAERN.

(34)

A tabela 2, demonstra a evolução das contas de investimento de curto prazo da companhia.

Tabela 2 – Conta de investimento em curto prazo

2013/2012 2014/2013 2015/2014 2016/2015 2017/2016 Acumulado Média 133,43% 12,18% -23,01% 36,70% 28,74% 188,04% 37,61% Fonte: Dados da pesquisa

Os indicadores mostram a evolução dos investimentos a curto prazo no período de 2013, obtendo um crescimento de 133,43%, no caixa e equivalente de caixa em comparação a 2012, pois, os dados revelam uma redução no contas a receber de 12,66%, além dos investimentos em Certificados de Depósitos Bancários (CDBs) e Certificados Bancários de Intercâmbios (CDI) no valor de R$ 3.218.294, com resgate a curto prazo, menos de 90 dias. Contanto, isso fez favorecer o Caixa da empresa no decorrente período.

No período de 2014, a disponibilidade da companhia registrou uma queda de 12,18%, motivado pelo aumento dos custos dos serviços prestados e das despesas administrativas em 6,41%. De acordo com as notas explicativas, a companhia investiu em CDBs com rendimento a curto prazo, em menos de 90 dias no valor de R$ 4.608.385.

Já em 2015, a disponibilidade decresceu em 23,01%, devido aos custos dos serviços prestados que aumentou 15,70%, em relação a 2014, e dos aumentos das despesas administrativas de 7,33%, além do aumento das despesas financeiras em 25,50%. Como percebemos, em 2016, o disponível da companhia cresceu 36,70%, contanto, as despesas administrativas cresceram 50,01%. Em contrapartida, as despesas financeiras decresceram 22,24%. No caso de 2017, o disponível da empresa, cresceu 15,73%, em comparação a 2016, no entanto, as despesas administrativas, reduziram em 15,52%, enquanto as despesas comerciais também decresceram 55%. No final do período, a empresa registrou um acumulado de 188,04%, como se observa no gráfico a seguir.

(35)

Gráfico 2 – Conta de investimento em curto prazo

Fonte: Dados da pesquisa

As Contas a Receber de curto prazo da companhia apresentaram a seguinte evolução, como mostra a tabela 2.

Tabela 3 – Conta a receber a curto prazo

3013/2012 2014/2013 2015/2014 2016/2015 2017/2016 Acumulado Média -12,66% 29,84% 44,80% 17,61% 3,27% 95,52% 23,88% Fonte: Dados da pesquisa.

De acordo com as notas explicativas e os dados analisados, a empresa apresentou um decréscimo em 2013, cujo principal motivo foram o aumento de títulos vencidos a mais de 181 dias, no valor de R$ 185.099.056, o qual representou um aumento de 15,68%.

No entanto, no exercício de 2014, podemos observar um aumento de volume no contas a receber, neste exercício, os títulos a receber a mais de 181 dias, os quais cresceram 14,28%. O maior volume de “contas a receber” foi 44,80% em 2015, tendo como consequência uma insuficiência de caixa, acarretando prejuízos a companhia, e um crescimento de 14,96% a mais em relação ao ano anterior. Ainda, é perceptível a maior redução de contar a receber em 2017, em 3,27%, de acordo com os indicadores analisados. Neste sentido vemos um aumento nos períodos anteriores, principalmente em 2013, 2014 e 2015, os quais apresentaram um acumulado de 95,52%, e média do período de 23,88%, significando, em média, 23,88% da

Série1

188,04%

37,61%

(36)

receita da companhia, que não entraram no caixa da companhia para quitar seus compromissos com terceiros. Portanto, o gráfico 3, descreve a situação do contas a receber da CAERN.

Gráfico 3 – Contas a receber de clientes

120,00% 100,00% 95,52% 80,00% 60,00% 44,80% 40,00% 29,84% 23,88% 20,00% 17,61% 3,27% 0,00% 3013/2012 2013/2014 2015/2014 2016/2015 2017/2016 Acumulado Média -20,00% -12,66%

Fonte: Dados da pesquisa.

A tabela 4, descreve o comportamento dos estoques.

Tabela 4 – Evolução dos estoques

2013/2012 2014/2013 2015/2014 2016/2015 2017/2016 Acumulado Média 34,63% 41,51% -30,51% -46,99% 24,00% 22,64% 4,53% Fonte: Dados da pesquisa.

Como se observa na tabela 4, o comportamento dos investimentos em estoques teve resultados positivos em 2013, representando um valor de R$ 26.707.480, dos quais (de acordo com as notas explicativas) em 31 de dezembro de 2013 fechou o ano com 80,88% dos materiais em almoxarifados, enquanto 19,12%, dos materiais em trânsitos.

Todavia, no final do período de 2014, a empresa registrou aumento em seus estoques, no valor de R$ 37.794.592, ou 41,41%, chegando ao final do exercício, com 88,84% de seus materiais em almoxarifados, e 11.16% de materiais em trânsito. Contanto, em 2015, percebe- se uma redução nos estoques da empresa, atingindo R$ 26.262812, sendo deste, 86,83% de

(37)

materiais no almoxarifado, e 13,17% de materiais em trânsito, apresentando uma redução de 30,51%, se compararmos a 2014.

Quanto ao exercício de 2016, também vem apontando um decréscimo, pois, de acordo com os dados estudados, a companhia apresentou um estoque de

R$ 13.921.000. Já no final do período de 2017, voltou a atingir crescimento positivo, pois, de acordo com “relatório da administração” da CAERN, os estoques, representaram R$ 17.762.000, sendo 87,97% em materiais em almoxarifado, e 13,03% de materiais em trânsito, representando, portanto, um crescimento de 24%, comparando-se ao ano anterior, chegando ao final do período analisado com um acumulado de 22,64%, e uma média de 4,63%, como descreve o gráfico a seguir.

Gráfico 4 – Evolução dos estoques

Fonte: Dados da pesquisa

5.2.2 Estrutura de Capital

Esta parte da análise horizontal procura compreender como a empresa está financiando suas aplicações em ativos ou se obteve opções por capital próprio ao correspondente capital de terceiros. No decorrer dos índices apresentados, o maior crescimento foi no período de 2013, na ordem 15,60%%, provavelmente demonstrados pelo lucro de R$ 613.436.937, de acordo com o balanço patrimonial.

Já nos demais exercícios, 2014 a 2017, o crescimento dos créditos está relacionado com aumento futuro de capital da empresa . De acordo com os dados analisados, observa-se que o

50,00% 40,00% 34,63% 30,00% 20,00% 0,00% 2013/2012 2014/2013 2015/2014 2016/2015 2017/2016 Acumulado Média

(38)

lucro gerado pela companhia em todos os períodos não foi suficiente para cobrir o prejuízo acumulado, apresentando um acumulado de 28,48%, e média de 5,769%.

A tabela 4, evidencia a evolução do capital próprio (patrimônio líquido), na organização de financiamento da companhia, a qual apresentou as seguintes variações de 2013 a 2017:

Tabela 5 – Evolução do capital próprio

2013 2014 2015 20016 2017 Acumulado Média 15,60% 10,52% 1,82% -2,83% 3,37% 28,48% 5,69% Fonte: Dados da pesquisa.

A tabela 5, descreve o comportamento das dívidas a curto prazo, assim como se observa a variação no decorrer dos exercícios pesquisados. No período de 2013, apresentou aumento, no entanto, diminuiu em 2014, obtendo um decréscimo em 2015, voltando a aumentar em 2016 e 2017, conforme mostra os dados a seguir.

Tabela 6 – Evolução do capital de terceiros de curto prazo

2013 2014 2015 20016 2017 Acumulado Média 24,57% 7,82% -4,26% 15,70% 9,38% 53,21% 10,64% Fonte: Dados da pesquisa.

Vale ressaltar que o crescimento de 24,57% foi decorrente pela conta fornecedor, que representou R$ 35.052.537, 17,40% e contas da COSERN, a qual expressou o valor de R$ 16.383.239, pois aumentou 134,13%, em relação ao período anterior.

No tocante a 2014, a redução aconteceu pela diminuição na conta COSERN, que decresceu em 34,51%, por outro lado, subiu em contas fornecedor 21,36%, e pelo aumento com as obrigações sociais, que cresceram 17,02%, e pela aquisição de empréstimos e financiamento no valor de R$ 10.683.616, utilizados para aquisição de máquinas, equipamentos e veículos pesados, empréstimos o qual foi reclassificado a longo prazo, fator este que fez reduzir as dívidas neste período.

Contanto, em 2015, constatou-se o decréscimo das dívidas, originado pela redução da conta fornecedor que representou uma queda de 23,46% e a redução da conta COSERN, em 29,82%. Observa-se que essa redução foi ocasionada pela obtenção de empréstimos e financiamento, que cresceu 108,00%, o qual ajudou a controlar as dívidas neste período. No período de 2016, as dívidas a curto prazo voltaram a crescer, justificada pelo aumento das dívidas das obrigações tributárias, que cresceu 29,84%; obrigações sociais com crescimento 25,22%; e Contas COSERN, expressando aumento de 77,28%, em comparação a 2015.

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Dentre os períodos analisados, apontaram o exercício de 2017, com os maiores percentuais em dívidas, destacando-se conta fornecedor, que aumentou 47,52% obrigações tributárias, as quais tiveram aumento significativo de 183,75%, e as obrigações sociais, cresceram, quanto a Conta COSERN, cresceu apenas 8,10%, Conclui-se Portanto, que o Capital de terceiros a curto prazo, fechou o período com acumulado de 53,21%, e média de 10,64%.

Tabela 6 – Evolução do capital de terceiros de longo prazo

2013 2014 2015 2016 2017 Acumulado Média -8,13% 62,20% 36,43% 38,67% 18,00% 147,17% 29,43% Fonte: Dados da pesquisa.

Em relação às dívidas a longo prazo, de acordo com a tabela, o comportamento das dívidas a longo prazo, se observa, no exercício de 2013, a redução em todas as dívidas, exceto as dívidas com provisões para demanda judiciais, que aumentou 8,06%.

No exercício de 2014, o parcelamento com impostos cresceu 91,70%, as provisões para demandas judiciais continuaram aumentando ao longo de todo o período, em 33,19%, e a conta COSERN, que apresentou de 4,33%.

No decorrer de 2015, as dívidas com empréstimos e financiamentos aumentou 36,40%, esse crescimento se deve principalmente, pela aquisição de empréstimo e financiamento de 2014, o qual foi refinanciado, e reclassificado como pagamento a longo prazo, tendo como consequência, o aumento da conta empréstimo, juntando o parcelamento do empréstimo do de corrente ano. Já as dívidas para demandas com provisões judiciais continuaram crescendo, atingindo 64,52%, e as Receitas Diferidas, que cresceu, 110,76%.

Em relação a 2016, os dados apontaram maiores crescimento nas contas de provisões para demanda judiciais, as quais obtiveram maior crescimento, no período, chegando a 126,29%, seguida das Receitas Diferidas, pois teve aumento em 74,03%, enquanto as demais dívidas deste período, apresentaram decréscimo.

Quanto a 2017, percebe-se o aumento ocorrido no parcelamento com impostos, os quais apontaram aumento de 15,22%, enquanto as demais obrigações apresentaram redução. Portanto, as obrigações com terceiros a longo prazo fecharam o período com acumulado de 147,17%, e uma média de 29,43%. O gráfico a seguir revela o comportamento da estrutura de Capital, ao longo do período de 2013 a 2017.

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Gráfico 5 - Evolução da estrutura de capital 160,00% 147,17% 140,00% 120,00% 100,00% 80,00% 62,20% 53,21% 36,43% 38,67% 29,43% 60,00% 40,00% 24,57% 17,72% 15,70% 18,00% 20,96% 7,82% 9,38% 10,64% 20,00% -8,13% -4,26% -2,20% 2,22% 4,19% 0,00% -20,00% 2013 2014 2015 20016 2017 Acumulado Média

Capital de Terceiro a Curto prazo Capital de Terceiro a longo prazo

Capital Próprio

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6. ANÁLISE HORIZONTAL (AH) DAS DEMONSTRAÇÕES DO RESULTADO DO EXERCÍCIO

A análise horizontal da demonstração do resultado tem como intuito mostrar o comportamento dos custos e das despesas em relação às vendas obtidas no período e seus efeitos a respeito do resultado do exercício.

Portanto, a presente pesquisa evidencia a evolução dos dados em relação da redução, ou crescimento dos itens analisados nos custos, despesas, e receitas das contas na demonstração do resultado da CAERN. Diante disso, os dados demonstrados na análise horizontal da demonstração, que abrangem o período de 2013-2017 apresentam as seguintes conclusões:

A tabela 8, demonstra a evolução da receita operacional de serviços oferecido pela Companhia, no período dos anos analisados, a qual apontou um crescimento positivo emtodos os anos pesquisados.

Tabela 8 - Resultado financeiro líquido

2013/2012 2014/2013 2015/2014 2016/2015 2017/2016 Acumulado Média

-27,95% 65,81% 61,18% -19,35% -33% 46,36% 9,27%

Fonte: Dados da pesquisa.

Conforme os dados apresentados na tabela 8, a companhia apresentou redução no exercício de 2013, principalmente pela redução das despesas financeiras que reduziu em 17,34%, em 2014, este índice atingiu 65,14% (conforme as notas explicativas). Os principais aumentos das despesas financeiras ocorreram com as taxas e juros, o qual representou o percentual de 78,08%, do total das despesas financeiras, enquanto as taxas de concessão com município representaram um percentual de 10,68% em 2015, cresceu 21,51%, resultando num percentual de 61,18%, no resultado financeiro líquido em 2015. o exercício de 2016 a 2017, nota-se redução nos dois períodos, tendo como principal fator a diminuição dos juros e taxas de empréstimos e financiamento, que em 2016 representaram 96,82% do total das despesas financeiras, tendo uma redução em comparação a 2015, de 21,51%, fechando 2016, com resultado financeiro líquido negativo de 19,35%. Em 2017, a diminuição dos juros e taxas de empréstimos e financiamento 79,74%, do total das despesas financeiras, apresentou redução de 33%, se comparado a 2016, apresentado, portanto, o resultado financeiro líquido resultou no acumulado de 46,36%, e média anual de 9,27%.

Referências

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