fã./gd
}R 180
Ex.l
4 \ 4 '= 'E 1'UNIVERSIDADE
FEDERAL
DE sANTA CATARINA
CENTRO
DE
c1ENc1As
AGRÁRIAS
DEPARTAMENTO
DE
*ENGENHARIA
RURAL
APLICAÇÃO DE
UMA
NOVA
PROPOSTA
DE
METODOLOGIA
PARA
CLASSIFICAÇÃO
DA
APTIDÃO DE
USO
DAS
TERRAS
DA
UNIDADE
GEOMORFOLOGICA
PATAMARES
DO
ALTO
RIO
ITAJAÍ,
NA
NIICROBACIA
ARROIO LAJEADO
-CHAPADÃO DO
LAGEADO/SC
282 816-O
EDSON
LÚCKMANN
\\\\H\\\O
UFSC-EU ...~:.. 1 9 i n \ . . rTrabalho
realizadona
EPAGRI
durante estágio obrigatório para
conclusão
do
cursode
agronomia na
Universidade
Federalde Santa
Catarina
lfiršfi/
APLICAÇÃO DE
UMA
NOVA
PROPOSTA
DE
METODOLOGIA
PARA
ECLASSIFICAÇÃO
DA
APTIDÃO
DE USO
DASTERRAS
DA
UNIDADE*
'~GEOMOREOLÓGICA
PATAMARES
DO
ALTO
RIO
ITAJAÍ,
NA
MICROBACIA
ARROIO LAJEADO
-CHAPADÃO DO
LAGEADO/SC
Autor:
Édson
Lückmann
Orientador:
Eng.-Agr. M.Sc.
-Antônio
A. A. Uberti -CCA/UF
SC
Supervisores:
Eng.
Agr. -Gilberto Tassinari -EPAGRI
-Sede
- Florianópolis -SC
Eng.
Agr. -IvanLuiz
ZilliBacic
-EPAGRI
-Sede
- Florianópolis -SC
APOIO OPERACIONAL:
Digitação: Édson.
Lückmann
AGRADECIMENTOS
Agradeço
principalmente aDeus, que
me
concedeu
a inteligência e asaúde
paraque eu
pudesse
ter aoportunidade
de
estudar eassim
realizar este trabalho.Aos meus
pais,Osmar Lückmann
e LenitaGomes
Lückmann,
aosmeus
irmãos,Edmar
Lückmann
eEdna
Lückmann
Machado,
por
me
darem
todo
o
apoio paraque eu pudesse chegar
ate'aqui.
Aos meus
colegas,que
nas vezesem
que
preciseide
apoio e ajuda para enfrentar osobstáculos durante
o
curso,me
deram
forças para prosseguir.Agradeço
aminha namorada
ecompanheira,
Neusa
Francisco,por
me
escutar nas horasem
que
precisava desabafar,me
compreeder
nas horas dificeis eme
incentivarnos
momentos
de
desânimo.
O
resultado deste trabalhonão
poderia ter alcançadoo
seu objetivosem
as orientaçõesdo
professor
da
UFSC,
Antônio
A. A. Uberti edos
técnicosda
EPAGRI
que trabalham na
Unidade
Central
de
Mapeamento
eLevantamento
de
Solos(UCMLS),
em
especial os técnicos GilbertoTassinari e
Ivan Luiz
Zilli Bacic.Além
destas pessoas,agradeço
a todos aquelesque de
forma
SUMÁRIO
1.
INTRODUÇÃO
... ..õ2.
CARACTERIZAÇÃO
DO
MUNICÍPIO
... ..73 -
MATERIAIS E
MÉTODOS
... ..93.1.- CARACTERIZAÇÃO CLIMÁTICA
DA
MICROBACIA ... ..93.1.1. - Parâmetros climatológicos básicos ... ._9 3.1.2. - Parâmetros relacionados
com
0 potencial hídrico da região... . .... ..93.1.3. -Relações 10 3.2.-
ÁREADEDRENAGEM
... 103.3 - DECLIVIDADE
DA
MICROBACIA ... .. 103.4 - HIPSOMETRIA ... .. 11
3.5 - APTIDÃO AGROCLIMÁTICA ... .. 12
3.6 -
METODOLOGIA PARA
CLASSIFICAÇÃODA
AFTIDÃO DEUSO
DAS TERRASDA
UNIDADE GEOMORFOLÓGICA
PATAMARES
DO
ALTO
RIO ITAJAI' ... .. ... .. 123. 6. 1 - Descrição da região de abrangência ... .. 12
3.6.2-Classes de aptidão de uso ... ... ... 13
3. 6.3 - Parâmetros para definição das classes de aptidão de uso das terras... 14
3.6.3.1 -Declividade (d) ... 14
3.6.3.2 -Comprimento de rampa (c)... 3.6.3.3 - Textura superficial (t) ... 15
3.6.3.4 - Suscetibilidade à erosão (e)... 16
3.6.3.5 - Fertilidade (Í) ... 17
3.6.3.6-Drenagem (h) ... ... .. 3.6.4 - Representação das classes de aptidão ... .. 18
3.6.5 - Descrição das classes de aptidão de uso das terras. ... .. 18
3.6.5.1- Classe 1 ... .. 18
3.6.5.2-C1asse2... ...19
3.6.5.3 - Classe 3 ... .. 19
3.6.5.4 - Classe 4 ... .. 19
3.6.5.5 - Classe 5 ... 3.7 -
CARACTERIZAÇÃO
DAS TERRAS ... .. 213. 7. I - Levantamento, interpretação de dados e produção de
mapas
temáticos ... .. 213.7.1.1
-Mapa
de aptidão de uso das terras ... 3.7.1.2. -Mapa
de uso das 3. 7.2-Solos dominantes ... 223. 7.3 - Etapas desenvolvidas na realização do trabalho ... .. 22
4 -
DESCRIÇÃO
GERAL DA
MICROBACIA
... .. 234.1 -
LOCALIZAÇÃO
GEOGRÁFICA ... .. 234.2 -
CARACTERIZAÇÃO
CLIMÁTICA, FÍSICA E HIDROLÓGICA 24 4.2.1-Dados
bioclimáticos ... 244.2.1.1 - Parâmetros climatológicos básicos ... 4.2.1.2 - Parâmetros relacionados ao potencial hídrico da região... 27
4.2.1.3 -Relações Terra-Sol ... 4.3 - CARACTERISTICAS FÍSICAS
DA
MICROBACIA 29 4. 3.1 -Área de drenagem ... .. 294.3.2 - Declividade média ... .. 29
4.3.3 - Hípsometria ... .. 30
4.4 - APTIDÃO AGROCLIMÁTICA ... .. 31
5 -
CARACTERIZAÇÃO
DAS TERRAS
... .. 335.1 -
REGIÃO
CLIMÁTICA EVEGETAÇÃO
ORIGINAL ... .. 3 3 5.2 -GEOLOGIA
... .. 345. 3. I - Solos Pouco Desenvolvidos ... _.
5.3.2 - Solos
com
HorizonteB
Incipíente ... ..5.4 - DESCRIÇÃO
DA
APTIDÃÕ DEUso
DAS TERRAS ERECOMENDAÇÕES
GERAIS5.4.1 - Classe J ... _. 5.4.2 - Classe 2dt ... .. 5.4.3 - Classe 3de ... .. 5.4.4 - Classe 3h ... 5.4.5 - Classe 3ce .... 5.4.6- Classe 3tf .... 5.4. 7 - Classe 4a'e ... .. 5. 4.8 - Classe 4ce ... .. 5.4.9 - Classe 5d ...
5.5 -
Uso
ATUAL
ERECOMENDAÇÕES
DEUso
DAS TERRAS ... ..6 -
CONSIDERAÇÕES
FINAIS
... ..1.
|NTRoDuÇÃo
O
trabalhoem
microbacias éuma
fonna
ordenada de
promover
o desenvolvimento
agrícola integrado
em
uma
região.E
importantetambém
paraque
se possa concentrar as práticas concervacionistas,procurando
explorarde
fonna
mais
racional os recursos naturais.A
ocupação da
terranão
teveum
planejamento
do
ponto de
vista concervacionista,fazendo assim
com
que
os limites das propriedades setornem
uma
barreiraque
dificulta autilização
de
práticasusadas
para diminuir adegradação
ambiental.É
importanteque
ostécnicos
que
atuam
junto aos agricultoresbusquem
conscientizá-losda
necessidadede
sefazer
um
planejamento
global e integrado dentroda
microbacia, paraque
estapossa
se tornaruma
unidade
sustentável.Para o
auxíliodo
planejamento
conservacionistade
uma
microbacia
é importanteque
se tenha
o conhecimento da
aptidãode
uso
das terras,buscando-se assim
uma
melhor
distribuição das atividades agrosilvopastoris.
Há
muito
tempo
vem
sentindo-se a necessidadede
mudanças na
Metodologia de
Aptidão de
Uso
das Terras,usada
parao
planejamento
das microbaciasno
Estado de
SantaCatarina.
A
Metodologia usada
hojeno
Estado
apresenta critérios avaliadoresda
aptidãode
uso
das terras
que
sãomuito
abrangentes,mas
muitasvezes
estes critériosnão
são importantespara
determinadas
regiões,sendo que
outrosnão
avaliadospodem
ser consideradosmais
importantes
do
ponto de
vista conservacionista.Neste
trabalhobuscou-se
criaruma
metodologia de
classificaçãoda
aptidãode uso
dasterras
que
procura avaliar critérios consideradosmais
importantes para aUnidade
Geomorfológica Patamares do
AltoRio
Itajaí. Estametodologia poderá
serusada
como
base
de planejamento
para as microbaciasque
fazem
parte destaUnidade.
Será apresentado ainda a aplicação
da metodologia na Microbacia Arroio
Lajeado,localizada
no
município de
Chapadão do
Lageado.
Os
resultadosda
aplicaçãoda metodologia
e as
informações
sobreo
clima, vegetação, hidrologia e geologiada
região, setomam
muito
importantes para os trabalhos
que poderão
ser realizados junto aos agricultoresque
possuem
propriedades nesta microbacia.
2.
cARAcTER|zAÇÃo
Do
MuN|ciP|o
O
Município de
Chapadão do
Lageado,
onde
está situada a área estudada, foi criadopela Lei n° 9.980,
de
29
de
novembro
de
1995, foiemancipado
do Município de
Ituporanga edo
Município de
Bom
Retiro e integrará aComarca
de
Ituporanga. Localiza-seno
AltoVale
do
Itajaí,fazendo
parteda Bacia
Hidrográficado
Rio
Itajaí-Açu e distaaproximadamente
170
km
de
Florianópolis.Para
se obter a áreado
Município, foi necessário traçar seus limites,baseando-se
na
Lei
de
criaçãodo
Município,
publicadano
Diário Oficialdo
Estado de
Santa Catarina n°15.317
do
dia30 de
novembro
de 1995
etambém
na
Lei n° 10.105que anexa
localidades,publicada
no
Diário Oficialde
Santa Catarina n° 15.433do
dia21 de
maio
de
1996.Os
limites
foram
traçados sobre as bases cartográficasde
PetrolândiaSG-22-Z-C-VI-2
eAlfredo
Wagner
SG-22-Z-D-IV-1
elaboradas peloIBGE
(Instituto Brasileirode Geografia
eEstatística)
em
1980.Traçados
os limites, encontrou-seuma
área planimetradade
aproximadamente
,mal
122,3 km2.49'.'28'16'
27Í`3U'36"
E7?39'51^
4973926'
Figura
1 -Mapa
preliminar
e localização espacialdo Município de
Chapadão
do
Lageado
-SC-
1996.F. i ._ F «-f 3 ¬
O
acessoao município
realiza-se através das estradasque ligam o
novo
Município
àSC-302
(Ituporanga/AlfredoWagner),
através dascomunidades do
Figueiredoou do Rio
Lajeado.
A
altitudena
sededo
município
éde
aproximadamente
550
metros.O
Município
constitui-sebasicamente
de
pequenas
propriedadesque
produzem
principalmente cebola,
fumo,
milho, feijão e outras culturas e criaçõesde
subsistência.,..__... * ._ .fz-\~ '¬- .- *afiz .Vuc _ .`_` I) \ " z.. ,__f X \ L ...I z, r À !¬_.. ` ,em .I , -...` v» / '~'*~^¬». .L `,`...`__,`___ I V _ , , ,x , _ /\/ ~z¬_. .z p .\_..._¿'\r_~_H`fl
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".,?:,z; Í), » /_ F- /` `^~'¢¬ ...___ <";`Íl.Í 1/ `\ --\ 1.- t. *-›--.W ._" we `‹ vz-7, \ Í ,Q ›« l V. . if? `¬..¬ =,\.?›;~' ""~^~--›¬;___.»~.«¬ "1<`_.› › fifa :ze 5,-:if ..,_~.~ H .L N Gw \ wi' J ê ¬' ._.__J I IFigura
2
-Localização
do Município de
Chapadão
do
Lageado
no Estado de
Santa Catarina
3
-MATER|A|s
E
MÉToDos
3.1.-
Caracterização
climática
da
microbacia
3.1.1. -
Parâmetros
climatológicos básicosAs
temperaturas médias;médias
dasmáximas;
emédias
dasmínimas
apresentadaspara a caracterização climática
da Microbacia Arroio Lajeado
são estimativas parao
municipio de
Ituporanga provenientesdo
trabalhode
BRAGA
et al. (1987),em
que foram
utilizadas as seguintes
coordenadas
geográficas: latitudede 27°
23° S, longitudede 49°
36”W.Grw.
e altitudede
640
metros.Os
dados de
precipitação total; precipitaçãomáxima
em
24
horas; e
número
de
diascom
chuva
sãodo
Posto
Pluviométricodo
DNAEE
(Departamento
Nacional de
Águas
eEnergia
Elétrica)de
Trombudo
Central,de 1946
a 1985,com
as seguintes coordenadas: latitudede 27°
17° S, longitudede 49°
46”W.G1W.
e altitudede
350
metros.
Os
demais dados
apresentados são provenientesda Estação Meteorológica de
Ituporanga
com
latitudede 27°
22° S, longitudede 49°
35°W.G1W.
e altitudede 475
metros.Os
dados meteorológicos
utilizados e apresentados são os seguintes (totais emédias
mensais
e anuais):0 temperatura
média;
0 temperatura
máxima
absoluta;0
temperatura
mínima
absoluta;0
média
das temperaturasmáximas;
0
média
das temperaturasmínimas;
0 precipitação total;
0 precipitação
máxima
em
24
horas; 0 diasde
chuva;0
umidade
relativado
ar;0 velocidade
do
vento;0
número médio
de
diascom
geada;0 insolação;
0 evapotranspiração potencial
0 horas
de
frio abaixode
7,2°C.3.1.2. -
Parâmetros
relacionados
com
o
potencial hídricoda
regiãoAs
probabilidades (P)de
ocorrênciade
estiagensem
um
determinado
mês
foram
calculadas
por
P =
n/m,
onde:n
=
número
de
meses
em
que ocorreram
estiagens em
=
número
totalde
meses
considerados.A
evapotranspiração potencial foiestimada
pelométodo
de
Thornthwaite,modificado
por
Camargo
(OMETTO,
1981).3.1.3. -
Relações Terra-Sol
É
apresentada graficamente a insolação(número médio
mensal de
horasde
brilhosolar) para a região.
Foram também
determinados
os totaisde
radiação solarmáxima
possível parao
159 diade cada mês,
incidentesem
terrenos horizontais eem
terrenoscom
declividade
de
18%
voltados parao
norte e parao
sul,de acordo
com
SILVA
& BRAGA
(1987). Estes valores
foram
convertidosem
percentuais,tendo
como
referência a radiaçãoincidente
no
dia 15de dezembro.
3.2. -
Área de
drenagem
É
a representação planada
área limitada pelos divisores topográficos.A
área éum
dado
fundamental
para definir a potencialidade hídricada microbacia
hidrográfica,porque
seu valor multiplicado pela
lâmina de chuva
precipitada defineo
volume
de água
recebidopela microbacia.
Por
isso considera-secomo
a áreada
microbacia
hidrográfica a sua áreaprojetada verticalmente.
Uma
vez
definidos os contornosda
microbacia, a sua área foi obtidapor
planimetriadireta
da base
cartográficaampliada
para a escala 1:25.000.3.3
-Declividade
da
microbacia
A
declividadedos
terrenosde
uma
bacia, controlaem
boa
parte a velocidadecom
que
se
dá o escoamento
superficial, afetando, portanto,o
tempo
que
leva aágua da chuva
paraconcentrar-se
nos
leitos fluviaisque
constituem a redede
drenagem
das bacias.Afeta
o
tempo
de
concentração, amagnitude dos
picos das enchentes, amaior
ou
menor
oportunidade de
infiltração e a suscetibilidade à erosão
dos
solos,que
dependem
da
rapidezcom
que
ocorreo
escoamento
sobre os terrenosda
bacia.Para o
cálculoda
declividade,determinou-se na base
cartográfica1125000
com
o
auxílio
de
um
planímetro, a área entre curvasde
nível; ecom
um
curvímetro,o
comprimento
das projeções destas curvas
de
nível.A
figura 3 ilustra osparâmetros
utilizados parao
cálculoda
declividadeda
microbacia, feito atravésda
aplicação das seguintes fórinulas, adaptadasde
VILLELA
&
MATTOS
(1975):Ll+L2
Cl-
2
P
2a
P="_"`
Li+Lz
N
D=_lO0
P
10Onde:
a
=
Área
entre as curvasde
nível (área projetada),determinada
com
auxíliode
planímetro(m2);
N
=
Diferença de
nível entre curvas (m);D
=
Declividade
da
área considerada (%);p
=
Afastamento
médio
entre curvasde
nivel, determ. algebricamente (m);Ll
=
Comp.
da curva de
nível superior (m);L2
= Comp.
da curva de
nível inferior (m);A
declividademédia
da microbacia
foideterminada
pela relação entreo somatório
dasdeclividades individuais
de cada
área considerada eo
número
de
declividades individuais.Este cálculo
pode
ser realizado apartirda
seguinte equação:Êflf
.Dm:
z'=171
Onde:
Dm
=
Declividade
média
da microbacia
(%)
Di
=
Declividade
da
área considerada(%)
n
= número
de
declividades individuaisE
Z
_\____
_-a
fz /"\
/p
L2
Figura
3
-Parâmetros
determinantes
para
o
cálculoda
declividade
da
microbacia
3.4
-Hipsometria
É
o
estudo dasmedidas
altimétricasde
uma
detenninada
área.A
curva
hipsométricarepresenta graficamente a variação
da
elevaçãodos
vários terrenosda microbacia
com
referência
ao
níveldo
mar.Demonstra
apercentagem da
áreade
drenagem
que
existeacima
ou
abaixode
uma
determinada
altitude(V[LLELA
&
MATTOS,
1975).A
curva
foideterminada
planimetrando-se as áreas entre as curvasde
nível.3.5
-Aptidão
agroclimática
No
delineamento
da
aptidão agroclimáticaforam
consultadoso
Zoneamento
Agroclimático
do
Estado de
Santa Catarina(EMPASC
1978
eIDE
et al., 1980), aRecomendação
de
Cultivares parao Estado de
Santa Catarina -1996/97(EPAGRI,
1996)
eo
Zoneamento
para Plantios Florestaisno
Estado
de
Santa Catarina(EMBRAPA,
1988).3.6
-Metodologia para
classificação
da
aptidão
de
uso
das
terras
da
Unidade Geomorfológica Patamares
do
Alto
Rio
Itajaí 3.6.1 -Descrição
da
regiãode abrangência
Esta
metodologia
terácomo
regiãode
abragência aunidade geomorfológica
Patamares
do
Alto
Rio
Itajaí, dispondo-seem uma
faixade
direção geralNW-SE
que
seestreita para
o
sul,correspondendo
às partes norte, centro e sudesteda
região aque
sesubordina
(figura 4).Ocupa
10.131Kmz,
que corresponde
a10,55%
da
áreade
SantaCatarina.
Os
principaismunicípios que
fazem
parte desta região são: Taió,Rio
do
Oeste,Pouso
Redondo,
Trombudo
Central,Rio
do
Sul, Ituporanga eAlfredo
Wagner.
A
intensa dissecaçãoque
caracteriza aunidade
com
patamares
e vales estruturais, cujomelhor exemplo
éo
valedo
Rio
Itajaído
Norte
ou
Hercílio, éconsequência
da adaptação da
rede
de
drenagem
à estruturamonoclinal da Bacia do
Paraná.A
presençade
extensospatamares
e relevos residuaisde topo plano
(mesas) limitadospor
escarpas, deve-se às litologiasde
diferentes resistências à erosão,como
os arenitosmais
resistentes e os folhelhos
que
sãomais
facilmente erodidos.Estes
patamares alcançam
a extensãode dezenas de
quilômetros,tendo
recebidono
mapa
geomorfológico
(SANTA
CATARINA,
1986), alegenda D2,
que
corresponde
no
casoa
uma
dissecaçãocom
controle estrutural e litológico, cujos valesapresentam
aprofundamento
entre212
e288m.
Os
relevos residuaisde topo plano
foram
mapeados
como
superñcie
aplanada
(P), limitadospor
escarpasem
degrausque
recebem
0 simbolo de borda
de patamar
estrutural.A
serrada
Boa
Vista, localizadano
sudesteda
unidade,corresponde
aum
destes relevos.A
unidade
em
questão édrenada
pela baciado Alto Rio
Itajaí-Açuonde
sedestacam
seus afluentes e formadores:
Rio
Itajaído
Sul,Rio
Itajaído
Oeste
eRio
Itajaído
Norte
ou
Hercílio,
além
das nascentesdo Rio
Itajaí-Mirim.Os
riosmaiores apresentam
valede fundo
plano, limitadopor
encostas íngremes,com
comija
(abrupto salientecapeado por
uma
camada
de rocha
dura)no
topo
eeventualmente
com
patamares.Apresentam
talvegues simples, curso tortuosocom
trechos retilinizados e corredeiras.Os
trechos retilinizados refletem a adaptaçãodo
rio aosalinhamentos
estruturais.As
corredeiras se ligammais
comumente
às diferenciações litológicas(SANTA
CATARINA.
1986). 'J/Á* -. \ x _ _ I . . ¡ ›'Figura 4
-Localização
da
área
de abrangência da
metodologia
no Estado de
SC
3.6.2 - Classes
de
aptidão
de
uso
Para a avaliação
do
potencialdo uso
das terrasforam
consideradas cinco classesde
aptidão de
uso
das terras.CLASSE
1 -Aptidão
muito
boa
para atividades agrosilvopastoris, climaticamenteadaptadas.
CLASSE
2
-Aptidão
boa
para culturas anuais climaticamente adaptadas e aptidãomuito boa
para asdemais
atividades agrosilvopastoris climaticamenteadaptadas.
CLASSE
3
-Aptidão regular
para culturas anuais climaticamente adaptadas, aptidãoboa
para asdemais
atividades agrosilvopastoris climaticamenteadaptadas.
CLASSE
4
-Aptidão
boa
para reflorestamento, aptidãoregular
para pastagens efruticultura climaticamente adaptadas e
sem
aptidão
para culturas anuais.CLASSE
5
- Preservação permanente.3.6.3 -
Parâmetros para
definiçãodas
classesde
aptidão
de
uso das
terrasPara
adefiniçao
destas classes,foram
considerados os seguintes critérios avaliadores: declividade,comprimento
de rampa,
textura superficial, suscetibilidade à erosão, fertilidade edrenagem.
3.6.3.1 -
Declividade
(ll)Em
áreaspredominantemente
declivosas,como
o
casode
Santa Catarina a declividadeé
o
principal critério para adeterminação
das classesde
aptidão das terras,devido
aogrande
risco
de
perdasde
solo eda
limitaçãodo uso de mecanização
em
grausde
declive acentuados.Segundo
Lemos
e Santos (1984), citadopor
Uberti et al. (1991), atualmenteadotado
por
Santa Catarina, as classesde
declividade são definidasde acordo
com
as seguintes classesde
relevo:*
Plano
-O
a 3%
de
declividade*
Suave ondulado
- 3 a8%
de
declividade*
Ondulado
- 8 a20%
de
declividade*
Forte
ondulado 20
a45%
de
declividade*
Montanhoso
-45
a75%
de
declividade*
Escarpado
->
75%
de
declividadeEste trabalho
propõe
a definição das classesde
aptidãode uso segundo
a declividade,como:
classe 1, os relevos plano esuave
ondulado
(0 a8%);
classe 2,o
relevoondulado
(8 a20%);
classe 3, partedo
relevo forteondulado
(20 a35%);
classe4
, partedo
relevo forteondulado
e partedo
relevomontanhoso
(35 a50%);
e classe 5, partedo
relevomontanhoso
eo
relevoescarpado
(>50%).
3. 6.3.2 -
Comprimento
de
rampa
(c)_ _O
comprimento
de
rampa
setoma
um
critério importantedevido ao
alto riscode
perdas
de
soloquando
as terras são usadas intensivamenteem
áreascom
pendentes
longas,associadas
com
grausde
declive elevados.Este critério será considerado através
do
comprimento
das pendentesem
metros,dominante
em
uma
determinada
gleba e possívelde
ser separadapor
fotointerpretação.Foto
1 - Vistade
uma
área
com
um
comprimento
de
rampa
longo
Será considerado
o
comprimento
de
rampa
somente
nos intervalosde
declividadede
8a
20%
e20
a35%.
Não
será consideradoo
comprimento
de
rampa no
intervalode O
a8%
de
declividade por
não
serum
critério importante para a região eno
intervalo superior a35%
de
declividade ,
devido
arecomendação
do uso
destas terrasnão
oferecer grandes riscosdo
ponto
de
vista conservacionista.Para
o
intervalode
8 a20%
de
declividade, serão consideradas os seguintescomprimentos:
*
Curto
- até100
m
*
Médio -100
a300
m
*
Longo
->
300
m
Para
o
intervalode 20
a35%
de
declividade, serão consideradas os seguintescomprimentos:
*
Curto
- até70
m
*
Médio
-70
a200
m
*
Longo
->20O
m
3. 6.3.3 -
Textura
superficial (t)A
texturado
solo éuma
caracteristicaque
está associada ao materialque deu origem
ao
solo.Na
regiãode
abrangênciada
metodologia, os solos são originadosde
rochassedimentares,
formadas
a partirda
desagregação,decomposição,
transporte edeposição de
partículas provenientes
de
outras rochas.Devido
àgrande
diversificaçãode
materiais depositados nesta região, encontra-sedesde
textura arenosa até texturamuito
argilosa.Este critério é importante
devido
ao seugrande
vínculocom
outras caracteristicasdo
solo,como:
permeabilidade, coesão, porosidade e estrutura, influenciando assimna
facilidadede
trabalhocom
o
solo, aeração, retençãode umidade,
perdasde
solo e nutrientes.A
textura superficial será obtida através das análises granulométricasdo
horizonteA,
e será
baseada na
porcentagem de
argila existente.Serão
consideradas as seguintes classesde
textura:*
Arenosa
-<
15%
de
argila*
Média
- 15 a40%
de
argila*
Argilosa
-40
a60%
de
argila*
Muito
argilosa ->
60%
de
argila3. 6.3.4 - Suscetibilidade
à
erosão
(e)Diz
respeito ao desgasteque
a superficiedo
solopoderá
sofrer,quando
submetida
àqualquer uso,
sem
medidas
conservacionistas.Foto
2
-Área
de pastagem mal
manejada
com
sériosproblemas de
erosão
Este critério está
geralmente
relacionadocom
os fatores climáticos,com
apaisagem,
com
as caracteristicas,manejo
e coberturado
solo.Para
esse critérioforam determinadas
as seguintes classes:*
Nula
-Quando
as terrasapresentarem
um
relevo plano,não
havendo
praticamentenenhum
riscode perda de
solo,dispensando
práticas conservacionistas.* Ligeira -
Quando
as terrasapresentarem
um
relevo planoou
suave
ondulado,mas
que apresentem
algum
riscode perda de
solo, necessitando práticas simplesde conservação
do
solo.*
Moderada
-Quando
as terrasapresentarem
um
relevo ondulado,podendo
ocorrerem
relevoscom
declividadesmenores,
quando
as características fisicasdo
solofavorecerem
àerosão,
ou quando
o
manejo do
solo for inadequado. Necessitade
práticasque requerem
um
nivel tecnológico
médio.
*
Forte
-Quando
as terras apresentaremum
relevo forte ondulado,podendo
ocorrerem
relevoscom
declividadesmenores
quando
as características fisicasdo
solofavorecerem
àerosão,
ou quando
o
manejo do
solo for inadequado. Necessitade
práticasque requerem
um
alto nível tecnológico.*
Muito
forte -Quando
as terrasapresentarem
severos riscosde
erosão,ocorrendo
normalmente
em
soloscom
relevomontanhoso ou
escatpado. Nestas condiçõesnão
érecomendado
o uso
com
culturas anuais e fruticultura.3. 6.3.5 - Fertilidade (I)
Os
solosda
regiãodo
AltoVale do
Itajaí, naturalmenteapresentam
carater álico,necessitando
de
altas dosesde
calcário eadubações
paraque
possam
produzireconomicamente,
conforme
acapacidade
de produção de cada
cultura.Foi
tomada
a saturaçãode
basescomo
parâmetro
indicativoda
fertilidade, pois estapermite
uma
boa
avaliaçãoda
fertilidadedos
solos.Para
calcular a saturaçãode
bases,consideram-se
os teoresde
K', Cal",Mg2°
e(H'+A13"), expressos
em
me/dl.Não
se considerao
Nazi,devido
os teores desteelemento
nossolos
da
regiãoserem muito
baixos. Inicialmente calcula-se asoma
de
bases (S) e acapacidade de
trocade
cátions(CTC),
apartirdos
dados da
análisede
solo, através dasseguintes fórmulas:
S
= K'
+
Cazf
+ Mgzi
CTC
= K* +
ca*
+
Mg”
+
(H
+
A133
A
saturaçãode
bases(V)
é obtida atravésda
seguinte fórmula:V
(0/0):
%X
Para
adeterminação
deste critério, serão consideradas as seguintes classes: *Alta
-(V)
>
50%
*
Média
-(v)
>
35
<
50%
*
Baixa
-(v)
<35%
3. 6.3.
6
-Drenagem
(h)Serão
consideradas as seguintes classesde drenagem,
adaptadasde
LEMOS
&
SANTOS
(1984), citadopor
UBERTI
et al. (1991).*
Excessivamente
drenado
-Quando
as característicasdo
solo (porosidade epermeabilidade
do
material) e/ou a declividademuito ingreme
permitiremum
rápidoescoamento da
água.*
Bem
drenado
-Quando
aagua
éremovida do
solocom
facilidade; sua texturaeralmente é ar ilosa e média.
Geralmente não
aresentam
leizaão
cores acinzentadas ,8
mas
se apresentarem,encontram-se
amais de 100
cm
de
profundidade.*
lmperfeitamente drenado
-Quando
o
solopermanece
saturadode água
porum
periodo significativo,
normalmente
devido
a presençade
uma
camada pouco
permeável na
subsuperficie.
Normalmente
apresentam
gleização entre50
e100
cm
de
profundidade.*
Mal
drenado
-Quando
o
solopermanece
saturado por longos períodos,devido
aremoção
da água
sermuito
lenta.Normalmente
apresentam
indíciosde
gleização amenos
de
50
cm
de
profundidade.3.6.4 -
Representação
das
classesde
aptidão
As
classesde
aptidãode uso
das terras serão representadascom
algarismos arábicosde
1 a 5,
em
escala decrescentede
possibilidadede uso
das terras; e atravésde
letrasque
representam os critérios avaliadores: (d) declividade, (c)
comprimento
de rampa,
(t) texturasuperficial, (e) erosão, (f) fertilidade e (h)
drenagem.
Caso algum
desses critérios limitaro
uso
das terras, a classepoderá
cairda
classe 1 para até classe 5,sendo
acompanhada
da
letraou
das letrasque
fizeramcom
que
a classe fosse rebaixada.Para
a definiçãoda
classede
aptidãode uso
das terras, serão considerados até doiscritérios avaliadores (principais) encontrados
na
gleba.Quando
a escalausada
para os trabalhos (1:25.000),não
pemiitir a representaçãode
detenninadas
áreasno
mapa,
usa-se a classede
aptidãode
uso
das terrasdominante
naquelaárea e cita-se as suas inclusões entre parênteses.
3.6.5 -
Descrição das
classesde
aptidão
de
uso
das
terras.3.6.5.1 - Classe I
Esta classe apresenta aptidão
muito
boa
para atividades agrosilvopastoris,climaticamente adaptadas.
São
terrasque
praticamentenão apresentam
limitações e/ou riscosde
degradação.Enquadram-se
nesta classe, terrascom
declividades entreO
e8%
(relevo planoou
suave
ondulado); textura superficial média; suscetibilidade a erosão nula a ligeira; saturaçãode
bases alta; ebem
drenados,com
exceção
para os soloscom
horizonte Glei(hidromórficos), cultivados
com
arroz irrigado.Neste
caso,recebem
adenominação
de
classe lg.
A
representação das áreasde
classe 1no mapa,
será atravésda
cor verde.3.6.5.2 - Classe
2
Esta classe apresenta aptidão
boa
para culturas anuais climaticamente adaptadas eaptidão
muito
boa
para asdemais
atividades agrosivopastoris climaticamente adaptadas.São
terras
que apresentam poucas
limitações e/ou riscosde
degradação.Neste
caso necessitamde
medidas
simplesde conservação
emanejo do
solo.Enquadram-se
nesta classe terrasque
possuem
uma
ou
mais
das seguintescaracterísticas: declividades entre 8 e
20%
(relevo ondulado);comprimento
de
rampa
curto amédio;
textura superficial argilosa; suscetibilidade a erosãomoderada;
saturaçãode
basesmédia;
e solosbem
a imperfeitamente drenados.A
representação das áreasde
classe 2no mapa,
será atravésda
cormarrom.
3.6.5.3 - Classe
3
Esta classe apresenta aptidão regular para culturas anuais climaticamente adaptadas,
aptidão
boa
para asdemais
atividades agrosilvopastoris climaticamente adaptadas.São
terrasque apresentam
moderados
riscosde degradação
e/ou limitações para a utilizaçãocom
culturas anuais climaticamente adaptadas, necessitandoassim de
medidas
severasde
manejo
econsen/ação
do
solo.Quando
estas terras são utilizadascom
asdemais
atividades agrosilvopastoris, os riscosde degradação
sãomenores.
Enquadram-se
nesta classe, terrasque apresentam
uma
ou
mais
das seguintescaracteristicas: declividades entre
20
e35%
(partedo
relevo forte ondulado);comprimento
de
rampa
curto amédio;
textura superficialmuito
argilosaou
arenosa; suscetibilidade a erosãoforte; e saturação
de
bases baixa.A
representação das áreasde
classe 3no
mapa
será atravésda
cor alaranjada.3. 6.5.4 - Classe
4
Esta classe apresenta aptidão
boa
para reflorestamento, aptidão regular para pastagense fruticultura climaticamente adaptadas e
sem
aptidão para culturas anuais.São
terrasque
apresentam
riscos e/ou limitaçõesmuito
severasde
degradação. Estas terrasquando
utilizadascom
reflorestamento, necessitamde medidas
simplesde
manejo
econservação do
solo; jáquando
utilizadascom
pastagens e fruticultura, necessitamde
medidas
severas paranão
haversua degradação.
Enquadram-se
nesta classe, terrasque apresentam
declividades entre35
e50%
(partedo
relevo forteondulado
e partedo
relevomontanhoso)
e suscetibilidade a erosãomuito
forte.A
representação das áreasde
classe4
no
mapa
será atravésda
cor vermelha.3.6.5.5 - Classe
5
Preservação permanente.
São
terras impróprias para qualquer tipode
cultivo. Estasáreas
devem
sermantidas
para a preservação e abrigoda fauna
e flora.Em
casode
áreas já desflorestadas,recomenda-se o
seu reflorestamentonão
comercial (principalmentecom
plantas nativas), para evitar a degradação.
Enquadram-se
nesta classe, terrasque apresentam
declividades superiores a50%
(Parte
do
relevomontanhoso
e relevo escarpado), áreascom
alagamento
constante (represas,açudes, lagoas e pântanos
não
drenáveis), áreasde matas
ciliares e áreascom
construçõescivis.
A
representação das áreasde
classe 5no
mapa
será atravésda
cor cinza.Tabela
l -Guia
para
avaliação
da
aptidão
de
uso
das
terrasCLASSE
DE
DECLIVIDADE
COMPRIMENTO
TEXTURA
SU-SUSCET.A
FERTILIDADE
DRENAGEM
APTIDÃO
(%)DE
RAMPA
(rn) PERFICIAL(%)EROSÃO
(V %)E
%/.mtv
UJE-
(a)
Nessa
classepoderão
serenquadrados
os soloscom
horizonte Glei(hidromórfrcos),
quando
forem usados
com
a culturado
arroz irrigado.(b)
Para o
intervalode 0
a8%
de
declividade,o
comprimento
de
rampa
não
iráinfluenciar
na
definiçãoda
classede uso
das terras.(c)
Para o
intervalode
8 a20%
de
declividade, as classesde
comprimento
de
rampa
são: curto
= <
100
m; médio
=
100
a300 m;
elongo
=
>300
m.
(d)
Para o
intervalode 20
a35%
de
declividade, as classesde
comprimento
de
rampa
são: curto
=
<
70
m; médio
=
70
a200 m;
elongo
=
>200m.
20
(dl (C) (1) (6) (Ú (11)
0-8
QUALQUER
(b)MÉDIA
NULA/LIGEIRA
ALTA
B.DRENADO
8-20
CURTO/MED.
(c)ARGILOSA
MODERADA
MÉDIA
B./IMPERFD
. 20-35
CURTO/MÉD.
(d) M.ARG./AREN
FORTE
BAIXA
QUALQUER
35-50
QUALQUER
QUALQUER
M.FORTE
QUALQUER
QUALQUER
'
3.7
-Caracterização
das
Terras
As
terrasda microbacia
ArroioLajeado foram
caracterizadasde acordo
com
a suaaptidão
de
uso,uso
atual ,bem
como,
com
os solosdominantes
ocorrentesna
área.3.7.1 -
Levantamento,
interpretação
de
dados
eprodução de
mapas
temáticos
Utilizou-se
como
material básico aerofotospancromáticas
em
escalaaproximada
l:25.000
(vôo
realizado pela Cruzeirodo
Sul -Levantamentos
Aerofotogramétricos,de 1977
a
1979)
ecomo
base
cartográfica foi utilizada a folha topográficade
Petrolândia(SG-22-Z-C-
VI-2), elaborada pelo
IBGE em
l980,em
escala1150000, ampliada
para l:25.000 (escalaadotada
para este trabalho).As
aerofotos utilizadas para este trabalho,foram
as seguintes:Folha 38
-Faixa
1, fotos30975
e30976; Faixa
2, fotos30835,
30836
e30837;
e faixa 3, fotos30302
e30303.
Após
a fotointerpretação definitiva,onde
foram
retiradasimformações de
classesde
declividade e
de
comprimento
de rampa,
os “overlays” sofreram ajustesde
escala para1:25.000, permitindo a transferência
dos temas
interpretados para abase
cartográfica. Estesajustes
foram
feitospor
fotocopiadoraapós
adeterminação dos
fatoresde
correçãode
escala.Os
fatores,que
definiram aampliação
ou
redução dos
“overlays”,foram determinados por
comparação
de
no
mínimo
trêssegmentos de
retascomuns
às aerofotos e à base cartográfica.3. 7. 1. I -
Mapa
de
aptidãode uso
das
terrasA
determinação da
aptidaode uso
das terras, foi obtida apartirda
fotointeipretaçaobásica (declividade e
comprimento
de
rampa), e fazendo-se a análise dosdemais
critériosavaliadores (tabela l).
Na
determinação
das classesde
aptidãode uso
foi utilizada a"Metodologia
paraClassificação
da Aptidão de
Uso
das Terrasda
Unidade
Geomorfológica Patamares
do
AltoRio
Itajaí”, descritosno
item 3.6.Neste
mapa
foram
localizados os pontosde
coletade
solosusados
para a análise fisicae quimica,
além
das características morfológicas.3. 7. 1.2. -
Mapa
de uso
das
terrasPara
adeterminação
do
uso
das terras foi feitoum
mosaico, utilizado-se fotocópiascoloridas das fotos aéreas (77/79), e
com
base neste, realizou-se areambulação,
com
o
objetivo
de
corrigiro
uso
das terras para os dias atuais (06/08/96).3.7.2 - Solos
dominantes
As
classesde
solosdominantes
foram
identificadas a partirde informações
disponíveis, trabalho
de
campo
e análises laboratoriais.Foram
feitas coletas e análisesmorfológicas, fisicas e
químicas dos
horizontesA
e B,em
5 pontos selecionadoscom
afinalidade
de
caracterizar os solosdominantes
e 10 pontoscom
o
objetivode
obsen/ar a fertilidade e a textura superficial dos solosnos
diferentes usos das terras.3.7.3 -
Etapas
desenvolvidas
na
realizaçãodo
trabalho
a) Setorização
da microbacia
eampliação da base
cartográfica para escala 1:25.000.b) Seleção e preparo das aerofotos e delimitação
da
áreada
microbacia.c)
Revisão
bibliográficaenfocando
aspectosde
geologia, geomorfologia, solos,vegetaçao,
uso
da
terra e clima.d) Fotointerpretação, analisando-se, as classes
de
aptidãode uso
das terras, e seleçãode
possiveis pontosde
amostragem
de
solos.Nesta
etapa, foi feitatambém
amontagem
do
mosaico
das fotocópias das fotos aéreas, para a delimitaçãodo uso
das terras.e)
Reambulação, executada por caminhamento,
consistindo de:* atualização
do
uso
das terras e verificaçãoda
aptidãode uso
das terras, efetuando-se os ajustes necessarios para correção das
informações
obtidasna
fotointerpretação preliminar;* coleta
de amostras de
solosem
locais representativosde
cada
classede
aptidãode
uso
das terras.* anotações e
observações de
campo,
que
facilitam a elaboraçãodo
relatório.f) Interpretação
dos
resultados, analisando-se todas asinformações
originadasnos
trabalhos
de
escritorio ede
campo
e dos resultadosde
laboratório das análisesde
solos.g)
Elaboração
dosmapas
temáticos e cálculo das áreas.Na
determinação
de
areas, usa-se os
métodos
da grade de
pontos para áreasmenores
edo
planimetro para as maiores.4
-DESCRIÇÃO
GERAL DA
MICROBACIA
4.1
-Localização geográfica
A
áreaem
estudo,denominada
Microbacia A1Toio
Lajeado, está inserida,segundo o
Instituto
CEPA
(1988), citadopor
BACIC
et al_(l990),na Bacia
Hidrográfica Ill-Itajai-Açu.O
principal cursodӇgua
eo
Arroio Lajeado.A
área estácompreendida
entre ascoordenadas
aproximadas de 49°34”lO”
e49°3l°32” de
longitude oestede
Greenwich
e27°33`16”
e27°36'32” de
latitude sul (figura 5), tendo as cotas variandode
728m
no ponto mais
alto a420m
de
altitude junto à fozda Microbacia
Arroio Lajeado.x Ç: .. l `\, _ A z me z ll l , l l
L
zi
\\ l \_ l \,_ \ ._ `\ .' 1 t / \ × \__V u fl , j 8 ..z. A >_ /, L/ /Í \ 1 /-\ \- \ \`~. .- / J ` t _ :\ ,/ ,I l /J \ \\ \ l \ ¡ z , l _ V _. \ t l, ¡ \ l \ /" V Í \) \› / ` /, › «, ,- › / K , 'I V/ z' 1” , f A / E tl l j ~ f /J/
, ,L._, .z ..¡z›¡ zj [llFigura
5 -Localização
espacialda Microbacia Arroio
Lajeado.
4.2
-Caracterização
climática,
físicae hidrológica
4.2.1 -
Dados
bioclimáticosA
microbacia
Arroio Lajeado,segundo
ametodologia
proposta porKöeppen.
apresenta-se
na
transição entre os climasCfa
(clima subtropicalúmido)
eCfb
(climatemperado
úmido).A
tabela 2 apresenta asnormais
climatológicas para a regiãoda
microbacia.TABELA
2 -Normais
climatológicaspara
a regiãoda
microbacia
Arroio
Lajeado
(Chapadão
do Lageado/SC).
MÊS
1vu':mA :vu(°C) Abs. Abs.
Mx
mm)
(Km/11)TEMP
TEMÍPTEMP
MEDIA
MÉDIA
PREC PREC
Mx
DIAS
DE
UR VELOC
ETP
Mn
TEMP
TEMP TOTAL
24 h (mm)CHUVA
(%)VENTO
(mm)
Mn
(JAN
21.3 35.9 11.6 27.9 16.6 143 82 82 4.6 131FEV
21.4 34.8 7.5 27.9 16.9 149 80 81 4.3 107MAR
20.2 34.4 6.8 26.6 15.9 122 90 81 101ABR
17,5 33.0 1.2 23.6 12.2 87 82 85 5.-1 5.2 75MAI
14.8 29.9 -1.2 21.4 9.3 89 90 87 5.2 42JUN
13.3 28.2 -3.4 19.4 7.6 84 56 88 4.0 31JUL
12.9 29.2 -3.3 19.6 6.9 106 80 85 4.1 28AGO
13.9 29,9 -4.6 20.4 8.0 113 102 83 5.8 41SET
15.1 30.4 0.2 21.4 10.5 138 154 83 8.3 51OUT
16.6 36.8 2,2 23.0 12.6 143 101 79 7.5 76NOV
18.4 36.8 6.7 25,4 13.6 100 85 76 7.2 97DEZ
20.1 35.8 11.2 27.8 15.3 125 104 77 7.1 121 17.0 36.8 -4.6 23.7 12.0 1399 154 82 5.7 9014.2.1.1 -
Parâmetros
climatológicos básicosA
temperaturamédia
anualda
região ede
17,0 °C,sendo
janeiro e fevereiro osmeses
mais
quentes ejunho
e julho osmais
frios.A
temperaturamais
alta registradana
região foide
36,8
°C
e amais
baixa foide
-4,6 °C. Valoresmensais
e anuaisde
temperatura média,máxima
absoluta,mínima
absoluta,média
das temperaturasmáximas
emédia
dastemperaturas
mínimas
são apresentadasna
tabela 2 e figura 6.A
temperaturamáxima
diária ocorreem
torno das 14-15 horas e aminima
quando
do
nascer
do
sol. Entretanto,ocasionalmente
podem
ocorrer temperaturasmínimas
emáximas
diárias fora destes horários.
A
geada
écomumente
definidacomo
a ocorrênciade
temperaturado
ar abaixode
0.0 °C.
De
acordo
com
o
seu efeito visual édenominada
de
geada branca
ou
negra.As
geadas
mais
comuns
na
região são asgeadas de
irradiação,que
seformam
em
noites frias,com
arcalmo
eo céu descobeno.
37
TEMPERATURAS
MÁXIMASABSOLUTAS
àzbrbcmammäfi
JANFEVMARABR
30 25 20 15 10 5 36 35 34 33 32 31 30 29 23 27 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1JAN FEV
MAR
ABR
MAI JUN JULAGO
SETOUT NOV
DEZTENFERA`I`lRAS NÍN|V\ASAí.UTAS
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TEMPERATURA
1v1ÉD1A E 1v1Én1A oAsTEMPERATuRAs
MÁx1MAs E MiN1MAs
-1 i I I I i Í I I I ¡ I
JAN FEV
MAR
ABR
MAI JUN JULAGO
SETOUT NOV
DEZFigura 6
-Temperaturas
máximas
absolutas,mínimas
absolutas,temperatura
média
emédia
das
temperaturas
máximas
emínimas
(°C)na
regiaode
Chapadão
do Lageado-SC.
Existem muitos
métodos
de
proteção (controle) contra as geadas,podendo-se
citar autilização
de
diversos materiaisem
cobertura,como
o
plástico, eo uso da
irrigação poraspersão,
aquecedores
e nebulizadores.Na
grande
maioriados
casos tais técnicasapresentam-
se inviáveis
economicamente. Existem
paraalgumas
situações a utilizaçãode
métodos
preventivos,
como
plantarem
encostas orientadas parao
norte (recebem, desta forma,uma
maior
quantidadede
radiação solar), evitaro
cultivoem
baixadas (o ar frio tende a seconcentrar
em
locaismais
baixos), utilizaçãode
quebra-ventos,além
do
planejamento
daepoca de
plantio para culturas anuais.A
EPAGRI
fornece previsõesde
curto prazo (72 horas )para a ocorrência
de geadas
em
Santa Catarina.Na
região,podem
ocorrergeadas de
abril a setembro,com
maior
probabilidadede
ocorrência
nos meses de junho
e julho.O
número médio
mensal de
ocorrênciade geada na
região é apresentado
na
figura 7.NÚMERO MENSAL
DE DIASCOM
GEADA
2,5 2 1,5 1 0,5 O
ABR
MAI JUN JULAGO
SETHORAS
DE
FRIO < 7,2°CACUMULADAS
350 300 250 200 150
f
100 50 0MAI
JUN
JUL
AGO
SET
Figura
7 -Aspectos relacionados
ao
frioda
regiãode
Chapadão
do
Lageado
-SC.
4.2.1.2 -
Parâmetros
relacionados
ao
potencial hídricoda
regiãoA
precipitação total anualmédia
da
região éde
l.399mm,
com
a seguinte distribuição:30%
no
verão (dez-jan-fev),21%
no outono
(mar-abr-mai),22%
no invemo
(iun-jul-ago) e0
27/0
na primavera
(set-out-nov).Frequentemente ocorrem
meses
secoscom
prejuízos para aprodução,
mas
de maneira
geral a precipitação ébem
distribuída duranteo ano na
região(figura
8). 89 87 85 83 81 79 77 UMIDADE RELAT1vA Do AR (%) 75iš
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1JAN FEV
MAR
ABR
MAI JUN JULAGO
sETouT
Nov DEZESTIAGENS Frequência (%) 60 50 40 30 20 10 0
JAN FEV
MAR
ABR MAI JUN JULAGO
SET OUT NOV DEZPRECIPITAÇÃO (BARRA) E EVAPOTRANSPIRAÇAO (LINHA) 160 140 120 100 80 60 40 zo ,
JAN Fev
MAR
ABR MAI JUN .1u1.Aeo
ser ourNov
DezFigura
8 -Umidade
relativado
ar (%), frequência
de
ocorrência
de
estiagens,precipitação