UNIVERSIDADE
FEDERAL
DE
SANTA
CATARINA
PROGRAMA
DE
PÓS-GRADUAÇÃO
EM
ENGENHARIA
ELETRICA
RESTABELECIMENTO
DO
FORNECIMENTO
DE
ENERGIA
ELÉTRICA
EM
SISTEMAS
DE
DISTRIBUIÇÃO
'Dissertação
Submetida
à Universidade
Federalde Santa
Catarinapara
a
Obtenção
do Grau de
Mestre
em
Engenharia
Elétrica'LUDWIG
DADIER
BECERRA
RESTABELECIMENTO
DO
FORNECIMENTO DE
ENERGIA
ELÉTRICA
EM
SISTEMAS DE
DISTRIBUIÇÃO
Ludwig
Dadier
Becerra
“Esta dissertação foi julgada para a obtenção
do
título deMestre
em
Engenharia
Elétrica
Área
de concentração
em
Planejamento
de
Sistemas
de Energia
Elétrica
e aprovada
em
suaforma
final peloCurso
de Pós-Graduação”'Í' ~¬ . ,
y
` ./ ` _ (zw Ii Prof. rge Coelho, D.Sc.
V/ Orientador
ÉQ
Prof Enio
Valmor
Kassick, Dr.Coordenador do Curso de Pós-Graduação
em
Engenharia ElétricaBanca
examinadora
×7
~
O ~
M
Í/Zz
Prof. Jorge =oelho, D. Sc.
Pr sidente. 'P \ 1' _ fi '
/7
'^\I/ow \l)‹J¢-i
zw
V
Prof.
Hans
Helmut
Zürn, Ph. D.'~ zQz »\
.
E
<G/Ê?
-
Prof. Ildemar Cassana Decker, D. Sc.
“A
mi
madre, ejemplo defuerza y dedicación.
A
mia
irmã Fabiola,A
mias tias Isabel e Olga,AGRADECIMENTOS
Ao
professor JorgeCoelho
pela orientação e os conhecimentos transmitidos.Aos
professoresHans Helmut
Züm,
Ildemar CassanaDecker
eEdson
da Silva pelaparticipação
da banca examinadora
e pelas contribuições ao trabalho.Aos
demais
professoresdo Departamento
de Engenharia Elétrica pelos conhecimentostransmitidos ao longo
do
curso.Ao
amigo Marcelo
Menezes
Reis pela ajudano
desenvolvimentodo
trabalho.Aos
amigos
Everton, Claudia, Silvia, Luis eLeandro
pelo apoio moral, pelos bonsmomentos
que
passamos
juntos e pelaetema
amizade.Aos
colegasdo
curso, pessoal das baias edemais
amigos, pelos bonsmomentos
vividos.“A
mis
amigos
René,Grover
y Freddy por su amistad sincera”.Ao
Conselho
Nacionalde
Pesquisa eDesenvolvimento
Tecnológico -CNPq,
eLABPLAN/UF
SC, por viabilizarem materialmente a realização deste trabalho.Agradeço
aDeus
pelas novas amizades quefiz no
Brasil,sempre
os lembrareicom
muitoSUMÁRIO
LISTA
DE
TABELAS
V
LISTA
DE
FIGURAS
VINOMENCLATURA
VIIIABREVIATURAS
X
RESUMO
XIIABSTRACT
XIIIÍNDICE
1.|NrRODuçÃO
1 1.1OBJETIVOS
3 1.2ESTRUTURA
DO
TRABALHO
3 2.REv|sÃO
BIBLIOORÁFIOA
4
2.1INTRODUÇÃO
42.2
CONFIABILIDADE
DE
SISTEMAS
DE
DISTRIBUIÇÃO
42.3
RESTABELECIMENTO
DO
FORNECIMENTO
EM
SISTEMAS
DE
DISTRIBUIÇÃO
72.3.1 Restabelecimento
do
Serviço através de Regras Heurísticas 72.3.2 Restabelecimento
do
Serviço através de Sistemas Especialistas 82.3.3 Restabelecimento
do
Serviço através deRedes
Neurais 92.3.4
Métodos
diversos 92.3.5
Métodos
de Corte deCarga
e Fluxos deCarga
ll3.
RESTABELECIMENTO
DO FORNECIMENTO
DE ENERGIA
ELÉTRICA
3.1INTRODUÇÃO
3.2
DESCRIÇÃO
DA
TOPOLOGIA
DE
UM
SISTEMA
DE
DISTRIBUIÇÃO
3.3METODOLOGIA
CSTD
3.3.1
Modelagem
dosComponentes
3.3.2 Seleção dos Estados
3.3.3 Análise de
Desempenho
do
Sistema3.3.3.1 Processo de ldentificação dos Cortes
3.4
METODOLOGIA
PARA
O
RESTABELECIMENTO
DO
FORNECIMENTO DE
ENERGIA ELETRICA
-CSTD-R
3.4.1 Eventos de falha considerados pela metodologia
CSTD-R
3.4.2 Classificação dos
caminhos
minimos
3.4.2.1
Ordem
de descontinuidade3.4.2.2 Escolha dos
caminhos
mínimos
3.4.3
Modelagem
daReconfiguração do
Sistemacom
Restrições deCarga
eRestrições
na Capacidade
de Suprimento3.4.3.]
Módulo
de entrada de dados -DADOS
3.4.3.2
Módulo
deReconfiguração do
Sistema -RECONFIG
*
3.4.3.3
Módulo
derenumeração
dosramos
e nós -RENUM
3.4.3.4
Módulo
para estratificar oscomponentes
-NÍVEIS
3.4.3.5
Módulo
de soluçãodo
Fluxo deCarga
-FLUXO
3.4.3.6
Módulo
de Desligamento de carga -DESLIG
3.4.3.7
Módulo
de saída de resultados -SAÍDA
3.4.4 Energia
não
Suprida(ENS)
3.5
MÉTODOS
DE CORTE DE
CARGA
3.5.1
Determinação da Capacidade
Crítica -Método
de Convergência Binária3.5.2 Corte de
Carga
- Subestações3.5.2.1 Corte de
Carga
Proporcional3.5.3 Corte de
Carga
-Redes
de Distribuição3.5.3.1 Restabelecimento
com
Prioridades3.5.3.2 Restabelecimento das Cargas mais
Próximas
14
14 15 16 17 18 20 21 22 22 2424
24 25 2526
26
27
27
27
28
28
30 31 32 32 32 33 343.6
ELUXOCRAMA DO
PROCESSO DE RESTABELECIMENTO
3.7CONCLUSÕES
4.
APLICAÇÃO
DA METODOLOGIA
CSTD-R
4.1INTRODUÇÃO
4.2
SISTEMA TESTE
I4.2.1 Sistema de Distribuição Helênico,
Gmpo
54.2.2 Resultados
da
Aplicaçãoda
MetodologiaCSTD-R
4.2.2.1 Falha ativa
da
chaveCH-l5
conjugada à falha passivada
linhaLT-2
4.2.2.2 Falha ativa
do
chaveCH-
6 conjugada à falha passivado
linhaLT-11
~4.3
SISTEMA TESTE
II4.3.1 Sistema de Distribuição Helênico,
Gmpo
1 - [12]4.3.1.1 Falha ativa da chave
CH-48
conjugada à Falha Passivado
transfomador TR-21
4.4
SISTEMA TESTE
III4.4.1 Sistema de Distribuição modificado ligado à Blarra 2
do
RBTS
- [29]4.4.2 Resultados
da
Aplicaçãoda
MetodologiaCSTD-R
ao Sistema ligado àBarra 2
do
RBTS
4.4.2.1 Falha ativa
da
linhaLT-32
4.5
NÚMERO
DE
RESTABELECIMENTOS
E
TEMPO DE PROCESSAMENTO
4.ó
CONCLUSÕES
5.
CONCLUSÕES
E
SUGESTÕES
5.1CONCLUSÕES
GERAIS
5.2
CONTRIBUIÇÕES
DO
TRABALHO
5.3
APLICAÇÕES
E
DESENVOLVIMENTOS FUTUROS
35 35
37
37
38 38 4l 4247
49
49
52 55 55 59 61 6367
68
68
69
70
ANEXO-I
MÉTODO
DA
SOMA
DAS
CORRENTES
1.
DESCRIÇÃO
DO MÉTODO
DA SOMA
DAS CORRENTES
2.
ALGORITMO
DO MÉTODO
DE SOMAS DAS CORRENTES
AN
EXO-II
1.
LISTA
ADICIONAL
DE
CONTINGÊNCIAS
-SISTEMA TESTE
I2.
DADOS
ADICIONAIS
DO
SISTEMA TESTE
IIILISTA
DE
TABELAS
Tabela 4.1:
Dados
doscomponentes
em
pu. (Potência base 100MVA).
Sistema Teste I.Tabela 4.2:
Dados
das barras deCarga
e Geração. Sistema Teste I.Tabela 4.3:
Dados
de Confiabilidade doscomponentes
. Sistema Teste 1.*Tabela 4.4: Lista de Contingências para os pontos de carga
LP-10
e LP-19.Tabela 4.5: Lista dos
caminhos
mínimos
para o ponto de carga LP-10.Tabela 4.6: Lista dos
caminhos
mínimos
para o ponto de carga LP-19.Tabela 4.7: Procedimentos de restabelecimentos considerando Falha Ativa
no
chaveCH-15
conjugada à Falha Passivado
linha LT-2.Tabela 4.8: Procedimentos de Restabelecimento apresentadas
em
[12] para o Sistema I.Falha Ativa
da
chaveCH-15
conjugada à Falha Passiva da linha LT-2.Tabela 4.9: Procedimentos de restabelecimento para o Sistema Teste I, considerando Falha
Ativa
da
chaveCH-6
conjugada à Falha Passivada
linha LT-1 1.Tabela 4.10:
Dados
doscomponentes
em
pu. (Potência base 100MVA).
Sistema Teste II.Tabela 4.1 1:
Dados
das barras deCarga
e Geração. Sistema Teste II.Tabela 4.12: Lista de Contingências para o Sistema Teste II. (Falha Passiva de dois
componentes).
Tabela 4.13: Lista de Contingências para o Sistema Teste II. (Falha Ativa conjugada à Falha
Passiva).
Tabela 4.14: Lista de Contingências para o Sistema Teste II. (Falha
Temporária
conjugadaàFalha Passiva).
Tabela 4.15: Procedimentos de restabelecimentos considerando Falha Ativa da chave
CH-
48, conjugada à Falha Passiva
no
transfomador
TR-21.Sem
corte de Carga.Tabela 4.16: Procedimentos de restabelecimentos viáveis considerando falha ativa na chave
CH-48,
conjugada à falha passivada
transformador TR-21.Com
corte decarga.
Tabela 4.17:
Dados
das linhas de Distribuiçãodo
Sistema Teste III.Tabela 4.18:
Dados
dos Transfonnadores de Distribuição 11/0.415 kV. Tabela 4.19:Dados
das Barras de Carga. Sistema Teste III.Tabela 4.20:
Dados
de Confiabilidade dos componentes. Sistema Teste III.V
40
41 41 42 4444
4547
47
50 51 51 51 52 53 5357
57
58 59Tabela 4.21: Lista de Contingências para o Sistema Teste III.
Tabela 4.22: Lista de Contingências para o Sistema Teste III.
Tabela 4.23: Procedimentos de Restabelecimento considerando Falha Ativa
do
componente
LT-32.
Sem
corte de carga.Tabela 4.24: Procedimentos de Restabelecimento considerando Falha Ativa
do
componente
LT-32.
Com
corte de Carga.Tabela 4.25:
Número
de Restabelecimentos Analisados. Sistema Teste I.Tabela 4.26:
Número
de Restabelecimentos Analisados. Sistema Teste II.Tabela 4.27:
Número
de Restabelecimentos Analisados. Sistema Teste III.Tabela 4.28:
Tempos
deCPU
(s.).LISTA
DE
FIGURAS
Figura 3.1: Topologia deum
Sistema de DistribuiçãoFigura 3.2 1
Modelo
de operação emanutenção
programada.Figura 3.3 1
Exemplo
de cortes mínimos.Figura 3.4: Energia
não
Suprida.Figura 3.5 (a)-(e): Processo de convergência binária para determinar a capacidade crítica.
Figura 3.6 :
Fluxograma da Metodologia
CSTD-R.
Figura 4.1 Figura 4.2 Figura 4.3 Figura 4.4 Figura 4.5: Figura 4.6:
Representação dos
componentes no
Grafo.Sistema de Distribuição Helênico -
Grupo
5.Grafo
do
Sistema Teste I, após a Falha Ativa da chaveCH-15
conjugada à FalhaPassiva
da
linha LT-2.Estado
do
Sistema Teste I após o Restabelecimento. Falha Ativa da chaveCH-15
conjugada à Falha Passiva
da
Linha LT-2. (Procedimento N°2,componentes
aoperar
CH-22
eDJ
-23).Estado
do
Sistema Teste I após o Restabelecimento. Falha Ativada
chaveCH-6
conjugada à Falha Passiva
da
linha LT-ll. (Procedimento N°2,componentes
aoperar
CH-21
e DJ-23).Sistema de Distribuição Helênico,
Grupo
-1.VI 60 60 62 62 63 63
64
66 16 17 19 29 31 34 3940
43
46
48
49
Figura 4.7: Grafo
do
Sistema Teste II.Figura 4.8 : Grafo
do
Sistema Teste II após o Restabelecimento. Falha Ativa da chaveCH-
48
conjugada à Falha Passivado
transformador TR-21. (Procedimentonúmero
2,
componentes
a operar CI-I-63 e DJ-72).Figura 4.9: Sistema de Distribuição ligado à Barra 2
do
RBTS.
Figura 4.10: Grafo
do
Sistema Teste III -Modificado.
Figura 4.11: Estado
do
Sistema Teste III após o Restabelecimento. Falha Ativana
linhaLT-
32. (Procedimento
N°
1,componente
CH-111)
Figura 4.12:
Esquema
comparativo dos Restabelecimentos Analisados. ~Figura 4.13:
Comparação
dosTempos
deCPU
da MetodologiaCSTD
eCSTD-R
para ostrês Sistemas Testes.
Figura 1 : Representação
Monofásica do
Sistema.À
Ô
fl
/lff tcENS
Ci
Í' Pif
cz Pê/ :cjPT
PL
SBASE
Z laço _sbt
Vz-NOMENCLATURA
Taxa
de falha (falhas/ano).Taxa
demanutenção programada
(ocorrências/ano).Taxa
de reparo (reparos/ano).Taxa
de reparo referente àmanutenção programada
(reparos/ano).Tempo
dechaveamento
(horas).Energia não Suprída
(MWh).
Cortemínimo.
Duraçao
esperadado
evento de falha (horas).Potência
máxima
de ponto de carga afetado i(MW).
Fator de carga
do
ponto de carga afetado 1".Potência
fomecida
ao ponto de carga í, após a operação dechaveamento
j(MW).
Tempo
dechaveamento da
chave j (horas).Potência total
média fomecida
às cargas desligadasquando
acontece a falha
(MW).
Potência total
média fomecida
às cargas desligadas após asoperações de
chaveamento
requeridas para restaurar o serviço(MW).
Potência
Base
(MVA).
Matriz de impedância de laço.
Potência
complexa
doramo
de carga 1'(pu.).
Tensão
da barra 1'(pu.).
Íbl.
Ez
Vs
ÍLI.
Z(¡
- Corrente
da
barra í (pu.).-
Queda
de tensãono
ramo
i (pu.).-
Tensão do nó
fonte (pu.).- Corrente na seção
do
alimentador damalha
1'(pu.)
__1)_l.
A
CB
CH
CST
CSTD
CSTD-R
DC
DJ
ELETROSUL
FS
km
kV
LG
LP
LT
MHZ
MVA
MVar
MW
MVVh
N.A. Proc. pu.ABREVIATURAS
Ampère.
Cabo.Chave
Seccionadora.Confiabilidade de Sistemas de Transmissão.
Confiabilidade de Sistemas de Transmissão e Distribuiçao.
Confiabilidade de Sistemas de Transmissão e Distribuição
com
Restabelecimento.
Direct current (Corrente contínua).
Disjuntor.
Centrais Elétricas
do
Suldo
Brasil.Fusivel.
quilômetro. kilovolt. Ponto-fonte.
Ponto de carga.
Linha de Transmissão
ou
Distribuição.Megahertz. Megavolt-ampère.
Megavolt-ampère
reativo. Megawatts.Megawatts
hora.Nonnalmente
aberto. Procedimento. por unidade.RBTS
-Roy
Billinton TestSystem
s. - segundo.
Xll
RESUMO
Neste trabalho é apresentada
uma
metodologia para Restabelecer oFomecimento
de Energia Elétricaem
sistemas de distribuição radiais, após a ocorrência deuma
falha, baseada natécnica dos
caminhos
mínimos, considerando restrições de sobrecarga noscomponentes
erestrições na capacidade de suprimento.
O
Restabelecimentodo
Fomecimento
é feito via reconfiguração da rede, utilizando osrecursos de
chaveamento
que possui o sistema, chaves e disjuntoresnormalmente
abertos.Caso
o sistema
reconfigurado venha
a apresentar sobrecargas, são propostas três metodologias decorte de carga: Corte de
Carga
Proporcional, Restabelecimentocom
Prioridades eRestabelecimento das Cargas mais Próximas.
A
análise das contingênciasem
sistemas de distribuição énormalmente
realizada, a partirde
uma
lista pré-determinada de contingências. Neste trabalho é propostauma
técnica de seleçãodas contingências mais críticas:
em
primeiro lugar são consideradas todas as contingências quesão cortes
mínimos,
para o ponto de carga sob estudo,em
segunda instância são consideradas ascontingências para as quais alguns dos elementos falhados pertencem ao
caminho
mínimo
quealimenta o ponto de carga
em
condições normais de operação.A
metodologia é aplicada a três sistemas teste: oGmpo
l eGrupo
5do
Sistema deXIII
ABSTRACT
This
work
presents amethodology
for restoring the supply of electrical energy in radialdistribution systems, afier the ocurrence of a failure. This
methodology
is basedon
the minimalpath technique, considering constraints of overload
on
thecomponents
and supply capacityconstraints as well.
The
supply restoration ismade
by network reconfiguration using the switching tools ofthe system, switches
and
breakers normally open. If the restored system is still overloaded, threemetodologies are proposed for solving this problem, cutting the load: proportional load cut,
restoration with priorities
and
restorationof
closer load.The
contingency analysis in distribution systems is usually performedby
a contingencylist previously determined. In this work, a selecting technique
of
themore
critical contingenciesis proposed. Firstly, the contingencies that are
minimum
cuts are considered in relation to theload point of study. Secondly, the contingencies for
which
some
of the failedcomponents
belongto the
minimum
path that supplies the load point, in normal operation, are considered.At
theend
of this work, themetodology
is tested in three test cases, for validating: bothGroup
1and
Group
5 of the Helenic distribution System,and
the distribution systemRBTS
Bus
2.CAPÍTULO
1.
|NTRoDuçÃo
O
restabelecimentodo
fornecimento de energia elétricaem
sistemas de distribuiçãodevido a
alguma
contingência é, ainda, muito dependente da experiência edo
conhecimento quepossui o engenheiro de operação
do
sistema de distribuição.O
engenheiro de operação deveanalisar e executar,
em
um
curto periodo de tempo,uma
série de altemativas fazendo uso dosrecursos de
chaveamento
que possui o sistema, disjuntoresnormalmente
abertos (N.A.), e chavesseccionadoras N.A.,
com
o objetivo demaximizar
a carga a ser restabelecida,'fazendo uso dosrecursos totais
do
sistema baseado nas condições de carga da rede.T
Para auxiliar ao engenheiro de operação
na tomada
da decisão,foram
desenvolvidasvárias metodologias
que permitam
analisar as possíveis sequências dechaveamento
para cadaevento de falha, e escolher aquele procedimento que
melhor
satisfaz as condições de operaçãodo
sistema,com
um
número mínimo
de operações de chaveamento.Nesta dissertação a metodologia utilizada para restabelecer o fomecimento,
do
mesmo
modo
que
a metodologiaCSTD
(Confiabilidade de Sistemas de Transmissão e Distribuição),está baseada
na
teoria de grafos e requer oconhecimento
de todos oscaminhos mínimos
quelevam
de cada ponto de carga ao ponto inicialdo
fomecimento.A
metodologiaCSTD
[5, 7, 8, 33], permite a avaliação de Sistemas de Transmissão eDistribuição, para estudos de planejamento, calculando índices que
permitem comparar
váriasaltemativas,
ou
diferentes políticas de operação deuma
mesma
configiração.Os
índices de confiabilidade calculados são: frequência das interrupções (falhas/ano),duração
da
interrupção (horas) e indisponibilidade totalou
probabilidade de falha (horas/ano)para cada ponto de carga e para todo o sistema.
A
metodologia de restabelecimento implementada, foi adicionada à metodologiaCSTD,
tomando-a
uma
ferramentamais
versátilpodendo
ser utilizada tantono
planejamentocomo
naoperação de sistemas de distribuição. Neste
documento
o resultado desta associação serádenominada
deCSTD-R
(Confiabilidade de Sistemas de Transmissão e Distribuiçãocom
Capítulo 1 - Introdução 2
A
metodologiaCSTD-R
gerauma
lista de restabelecimentos para cada evento de falhaanalisado pelo
programa
de confiabilidade -CSTD,
levandoem
conta restrições de sobrecarganos
componentes
e restriçõesna
capacidade de suprimento,quando
sob contingências o sistemanão
tem
capacidade para atender todos os pontos de carga.Para escolher a alternativa
mais adequada
a metodologiaCSTD-R,
fornece trêsparâmetros de comparação: o valor da Energia não Suprida, a
ordem
de descontinuidade e asperdas por efeito Joule.
A
confiabilidade deum
sistema de distribuição,ou
a continuidade, é significativamenteinfluenciada pela habilidade para conseguir
um
restabelecimento rápidodo
serviço de energiaelétrica aos consumidores e, sair rapidamente de
um
estado de falha aum
estado de operação deemergência
onde
algunscomponentes
podem
apresentar sobrecargas. Para eliminar assobrecargas
do
sistema são utilizadas técnicas de corte de carga [9, 12, 14, 19, 24].Um
sistema de distribuição énomialmente
divididonum
subsistema de distribuiçãoprimário,
formado
pelos pontos quefomecem
energia ao sistema, eum
número
de subsistemassecundários de distribuição
que normalmente
são operados radialmente,formado
porum
pontoque
fomece
energia ao sistema e que pertence ao sistema primário, e porum
determinadonúmero
de pontos de carga. Para conseguiruma
operação confiável deum
sistema dedistribuição, é importante restabelecer o
fomecimento
a todos os consumidores rapidamente,após a ocorrência de
uma
contingênciaem
alguma
seçãodo
sistema.Quando
uma
falhaacontece, são efetuados os seguintes procedimentos:
0 Isolamento
da
falha:A
seção falhada deve ser isoladado
restodo
sistema, através deabertura dos disjuntores tão rapidamente quanto seja possível.
0 Restabelecimento
do
serviço:Devido
ao isolamentodo componente
falhado, algunscomponentes não
falhadospodem
ser desligados,ficando
sem
energia.O
serviçotem
que
ser restabelecido a essas seções afetadas, atravésdo chaveamento
de algunscomponentes da
rede,mantendo
ainda a radialidadedo
sistema.O
sistema passa aoperar
num
estado de emergência.0
Reparo
da
falha:A
seção falhadatem
que ser reparada, e otempo
de reparopode
depender de vários fatores tal
como
a localizaçãoda
falha, a disponibilidade de gruposCapítulo 1 - Introdução 3
0 Restabelecimento
ao
estadonormal
de
operação:Uma
vez que oscomponentes
falhados são reparados, o sistema volta a seu estado nomial de operação,
onde
todosos pontos de carga são atendidos, através de
uma
nova
sequência de chaveamento.1.1
OBJETIVOS
Este trabalho
tem
os seguintes objetivos:0 Estudar metodologias para restabelecer o
fomecimento
de energia elétrica após aocorrência de
uma
falha, para a utilizaçãono
planejamento da operação e/ouplanejamento da expansão.
Maximizando
as cargas restabelecidas, utilizando acapacidade total
do
sistema.0 Considerar restrições de sobrecarga nos
componentes
e restrições na capacidade desuprimento.
0
Melhorar
o
atendimento ao usuário.0 Estudar metodologias de corte de carga.
0
Devido
ao elevadonúmero
de contingências que se apresentamem um
sistema dedistribuição, desenvolver
uma
técnica para selecionar aquelas contingências maiscríticas.
1.2
ESTRUTURA
DO
TRABALHO
No
capítulo 2 desta dissertação, e realizadoum
levantamento bibliográfico dos trabalhosmais
significativosabordando
as seguintes áreas:0 Avaliação da confiabilidade de sistemas de transmissão e distribuição. 0 Restabelecimento
do
suprimento de energia elétrica apósum
evento de falha. 0 Metodologias para corte de carga.0 Fluxo de potência para sistemas radiais.
No
capítulo 3 é apresentada a metodologiaCSTD-R
(Confiabilidade de Sistemas deTransmissão e Distribuição
com
Restabelecimento) desenvolvida nesta dissertação, que estábaseada
na
teoria de grafos e requer oconhecimento
de todos oscaminhos
mínimos
quelevam
Capitulo 1 - Introdução 4
carga: a primeira metodologia realiza
um
Corte deCarga
Proporciona]em
todas as cargasdesligadas pela contingência [9, 12], a segunda [l4, 19, 24] é o Restabelecimento
com
Prioridades,
que
fazuma
classificação das cargasem
ordem
de importância, e finalmente aterceira é o
método
de Restabelecimento das Cargasmais
Próximas. Neste capítulotambém
eproposto
uma
classificação das contingências mais críticas:em
primeiro lugar são consideradasas contingências que são cortes
mínimos
para o ponto de carga sob estudo,em
segundo lugar sãoanalisadas as contingências para as quais alguns dos
componentes
falhados pertencem aocaminho que
alimenta ao ponto de cargaem
condições normais de operação. Esta classificaçãodas contingências
não
foi feitaem
nenhum
dos trabalhos anteriores, constituindoem uma
contribuição ao estudo de Sistemas de Distribuição.
No
capítulo 4, a metodologiaCSTD-R
é aplicada a três sistemas teste propostos naliteratura: as subestações
do
sistema de distribuição Helênicodenominadas
deGrupo
l eGrupo
5 [12] e o sistema de distribuição ligado à Barra 2
do
RBTS
(Roy
Billinton Test System) [29].No
capítulo 5, são apresentadas as principais conclusões e contribuiçõesdo
trabalho,juntamente
com
as sugestões para desenvolvimentos futuros.E, finalmente, nos
Anexos
é feitauma
descriçãodo
método
deSoma
de Correntes [26],CAPÍTULO
2.
li! I
REVISAO
BIBLIOGRAFICA
21
INTRODUÇÃO
Neste capítulo será feito
uma
revisão da literatura existente acerca de: Restabelecimentodo
Fomecimento
de Energia Elétricaem
sistemas de distribuição apósum
evento de falha,avaliação
da
Confiabilidade de Sistemas de Distribuição, metodologias para corte de carga, efinalmente sobre alguns
modelos
defluxo
de carga utilizadosem
sistemas de distribuição.2.2
CONFIABILIDADE
DE
SISTEMAS
DE
DISTRIBUIÇÃO
Em
1975 Billinton eGrover
apresentaram três importantes trabalhos [1, 2 e 3] paraavaliar a confiabilidade de Sistemas de Distribuição e subestações [4].
O
algoritmo desenvolvidopermite a quantificação
da
confiabilidade atravésdo
cálculoda
frequência e duração da falhapara todos os pontos de carga. ~
Entre as características
mais
importantesdo
método
utilizado,podem
ser citadas:0
A
seleção dos estadosdo
sistema é feita atravésdo
método
deenumeração
implícita,denominada
de técnica dos conjuntos de cortes mínimos.0
O
critério dedesempenho
considerado é a continuidadedo
suprimento ao ponto de carga.0
São
considerados os seguintesmodos
de falha:0 Falha
permanente ou
passiva,quando
é necessário o reparo para que ocomponente
volte a operar, e
que
não remove
de serviçocomponentes
sãos.0 Falha ativa, falha de
algum componente
que resulta naremoção do
serviço de outroscomponentes
sãos (não falhados), atravésda
atuação da proteção.0 Interrupção
do fomecimento
pormanutenção
programada.0
A
probabilidade de ocorrência de duas falhas ativas simultâneas é desprezível.0
A
probabilidade de saídas múltiplas de trêsou mais
elementosnão
são consideradas.Capítulo 2 - Revisão Bibliográfica 6
0 Pode-se considerar
equipamentos
de proteção reais, isto é, não100%
confiáveis (graças àprobabilidade de disjuntor preso).
0 Possibilita o uso
da
medida
corretiva de transferência de carga através de chaves e disjuntoresnormalmente
abertos (N.A).0
No
casoem
que
o sistema tiverum
só ponto de carga, a metodologia determina quais oscomponentes que
falhadoscausam
sobrecargasem
outros, forçando a cortes parciaisno
fomecimento
de energia elétrica para eliminar as sobrecargas. Se o sistema tiver mais deum
ponto
de
carga, será necessário processarum
fluxo
de potência para determinar oscomponentes
sobrecarregados. Inclui-se a influência dos cortes parciais nos índices totais deconfiabilidade.
Baseado
principalmente nos trabalhos de Billinton e Grover [l- 4],no
inicioda
décadado
80, os especialistasda
área de planejamento daELETROSUL,
desenvolveram a metodologiaCST
- Confiabilidade de Sistema de Transmissão [5, 6]. Esta metodologia baseia-sena
teoriados processos de renovação independentes e, para
enumeração
das contingências, utiliza ocritério dos conjuntos de cortes mínimos. Para a análise
do desempenho
usa-se o critério decontinuidade de
fomecimento
de energia ao ponto de carga sob análise.Os
modos
de falha considerados nesta metodologia são: falha passiva, falha ativaisolando o
elemento
falhado, falhas ativaschaveando
elementosnormalmente
abertos (N.A),falhas por disjuntor preso, e falhas conjugadas
com
manutenção
programada.A
ocorrência decontingências múltiplas (saída de três
ou mais
elementos) é desprezada.Em
1986
Oliveira [7], verificouque
oCST
também
pode
ser utilizado para o análise de~ ~
sistemas de distribuiçao, sob
algumas
restriçoes.Reis,
em
1993 [8], estendeu a metodologia inicialmente aplicada a sistemas detransmissão
também
para sistemas de distribuição, considerandoque
afilosofia da
proteção paraum
sistema de distribuição é diferente daquela utilizadaem
um
sistema de transmissão.1..
Um
sistema de transmissao por ser malhado,tem
um
sistema de proteçãomultidirecional, enquanto
que
os sistemas de distribuição,embora tenham esquemas
de recursosde
chaveamento que
ostoma
malhados,operam
defonna
radial e, portanto,com
um
sistema deCapítulo 2 ~ Revisão Bibliográfica 7
utilizada
num
sistemade
distribuição édenominada
deCSTD
(Confiabilidade de Transmissão eDistribuição). Este trabalho apresenta
também
o tratamento das incertezas nos dados.2.3
RESTABELEÇIMENTO
DO
FORNECIMENTO
EM
SISTEMAS
DE
DISTRIBUIÇAO
O
restabelecimentodo fomecimento
de energia elétrica é efetuado através das maisvariadas técnicas,
compreendendo
técnicas baseadasna
teoria de grafos, regras heuristicas,sistemas especialistas e redes neurais.
2.3.1
Restabelecimento
do
Serviço
através
de
Regras
Heurísticas
Uma
técnicaque tem
sido aplicada para daruma
solução aoproblema
do
restabelecimento de potência é a busca heurística.
O
espaçodo problema
levaem
conta duas variáveis inteiras (O,1),que determinam
se achave está ligada
ou
desligada.Baseado
neste princípio Morelato e Monticelli [15],em
1989,utilizaram
um
método
de buscaem
profundidade, depth-first. Para direcionar na busca dasolução Ótima são utilizadas
um
conjunto de regras práticas baseadasna
experiênciado
operador.
A
solução visa minimizar o índice de balanço de carga.Taylor e
Lubkeman
[16],em
1990, apresentaramum
conjunto de estratégias de buscaheurística para
reconñguração
de alimentadores sob condições nomiais de operação.A
avaliaçãode todas as possíveis configurações
não
resulta viável devido ao elevadonúmero
delas, assim,para reduzir o
número
de altemativas é propostoum
conjunto de procedimentos heurísticos.O
método
determina a construção deuma
árvore de decisão para apresentar as operações dechaveamento
disponiveis. Para avaliar as várias altemativas foi utilizadauma
estratégia queprocura a
melhor
árvore inicial, best-firsr tree. Para desenvolver a busca heurísticaem
ramos,regras práticas
foram
formuladas para diminuir o espaço de busca afim
de se chegar à soluçãoótima
ou próxima
à ótima.As
opções dechaveamento
quepodem
resultarem
sobrecargas,problemas
de tensão,ou
outras restrições de operação, são eliminadasdo
conjunto viável desoluções.
Um
outro eficientemétodo
heuristico para detenninar onúmero mínimo
dechaveamentos,
que
restabelece o serviço aosramos
deum
alimentador de distribuição queforam
isolados devido a falhas forçadas
ou
programadas, foi apresentado porShinnohammandi
[17],Capitulo 2 - Revisão Bibliográfica 8
normalmente
abertas. Através deste procedimento o serviço é restabelecido a todos osramos
isolados a jusante
da
localizaçãoda
falha, enquanto satisfaz as restrições de operação da rede:manter a radialidade e os limites
da
linha e de capacidade dos transfonnadores.Paralelamente, foi apresentado outro
método
de busca heurística porHsu
et alii [18],em
1992, o qual faz o restabelecimento
do
serviço assumindo que a localização da falha é conhecidae
que
azona
falhadatem
sido isolada. Neste trabalho não são consideradas falhas nosramos
laterais
dos
alimentadores.O
algoritmo de busca foi implementadoem
linguagem C.Devi
Shusheela eAnandalingam
[l9],em
1995,demonstraram
que a busca por largura,breadth-frst, é mais conveniente
do que
a buscaem
profimdidade, depth-first, utilizada porMorelato e Monticelli [l5]. Para
complementar
o método, é utilizadauma
poda
com
acorrespondente
economia
de tempo, desconsiderando caminhospouco
promissores.O
método
encontra a estratégia
que
envolve omenor
número
de chaveamentos para restabelecer ofomecimento cumprindo
com
as restrições de carga estabelecidas. Se o sistema apresentasobrecargas faz se
uma
priorizaçao das cargas.2.3.2
Restabelecimento
do
Serviço
através
de
Sistemas
Especialistas
Com
basena
experiênciado
pessoal de operação (especialistashumanos) pode
serelaborado
um
conjunto de regras para determinar as cargas e os setores aserem
restabelecidos, atransferência de carga entre alimentadores e a determinação
da
sequência de chaveamento. Nestesentido
um
sistema especialista foi implementado por Sakaguchi eMatsumoto
[20],em
1983,com
16 regras para restabelecer o fornecimento apequenos
sistemas, baseadono
julgamento deespecialistas
em
operações de chaveamento.Liu,
Lee
eVenkata
[21],em
1988, desenvolveramum
sistema especialista de ajudaoperacional, para restabelecimento e redução de perdas
em
sistemas de distribuição equipadocom
180 regras
(PROLOG).
Neste método, a área de saída é divididaem
grupos,onde
cada grupo éalimentado por
um
alimentador diferente, equando
aconteceuma
interrupçãodo
fornecimento o grupo inteiro é transferido aos alimentadores vizinhos.A
transferência de carga é feita através deum
conjunto de regras baseada na reserva marginalda
capacidadeda
linha.Um
sistema especialista equipadocom
31 regras(PROLOG)
foi desenvolvido porShahnawaz
et alii [22],em
1993.As
restrições dos alimentadores édenominada
demargem
deCapítulo 2 - Revisão Bibliográfica 9
desta capacidade
que
está sendo utilizada.As
restrições dos alimentadores e as tensões nos nósterminais
foram
verificadasusando
simples cálculos de quedas de tensãosem
a necessidade deum
fluxo
de carga.2.3.3
Restabelecimento
do
Serviço
através
de
Redes
Neurais
Hsu
eHuang
[23],em
1995,propuseram
uma
abordagem
baseadaem
redes neurais econjuntamente
com
uma
metodologia para identificar a configuraçãodo
sistema foi utilizadacom
sucesso para restabelecer o serviço.O
método
de identificaçãoda
reconfiguração considera vários planos derestabelecimento; isto é conseguido através
do
incrementodo
número
de operações dechaveamento.
A
rede neural utilizada éuma
multilayerfeed
forward.Os
nós dacamada
de entradarecebem
sinaisdo
meio
externoque
diretamentepassam
os sinais aos nósda próxima
camada.Neste trabalho as cargas laterais da área fora de serviço e a reserva marginal
do
alimentadorvizinho são consideradas
como
entradas da rede neural;na
camada
de saída obtém-se o estadode operação on/ofi" das chaves seccionadoras.
2.3.4
Métodos
diversos
Saídas forçadas e
programadas
são bastante frequentes nos alimentadores deum
sistemade distribuição.
Uma
práticacomum
quando
aconteceuma
falha é primeiro isolar a zona afetadado
alimentador atravésda
abertura das chaves seccionadoras. Para alimentadores de distribuiçãoradiais,
como
écomumente
o
caso, esta operação resulta na isolação de algunsramos
sãos ajusante
da
área afetada.Então
deve-se restabelecer o serviço a essesramos
via reconfiguração darede,
o que
implica a utilização de chavesnonnalmente
abertas existentes entre osramos
isolados e os alimentadores adjacentes.
Uma
vez que oproblema
da falha é solucionado, 0serviço
pode
ser restabelecidoem
todos os alimentadores, e 0 sistema voltará provavelmente asua configuração original.
Castro et alii [9],
em
1980,propuseram
algoritmos quedetenninam
a localizaçãoda
falhae
geram
instruções dechaveamento
baseadoem
técnicas de buscaem
árvores, utilizando tabelasde
chaveamento que
podem
ser definidas pelo operador.Um
algoritmo de busca é utilizado paratransferir as cargas
que
são distribuídas proporcionalmente entre os alimentadores, para aliviarCapítulo 2 - Revisão Bibliográfica 10
Aoki
et alii [l0],em
1987, apresentaramum
algoritmo para transferir a carga deum
alimentador a outro através
do chaveamento
automático de chaves seccionadoras, sujeito àsrestrições
do
transformador eda
capacidadeda
linha.Continuando na
mesma
linha de pesquisaAoki
et alii [l1],em
1988, desenvolveramum
método
no
qual as cargasna
área forado
serviço são transferidas aos transformadores adjacentesda
área afetada, baseadoem
restrições de corrente e tensão.Dialynas e
Michos
[12],em
1989, apresentaramuma
técnica demodelagem
interativaque
foi desenvolvida para detectar e analisar todas as altemativas dechaveamentos
disponíveis,as quais
podem
restabelecer ofomecimento
de energia aos pontos de carga após a ocorrência deuma
falha e selecionar ochaveamento mais
apropriado e econômico.A
técnica está baseada na teoria de grafos e requer o conhecimento de todos oscaminhos
mínimos
que levam de cada
ponto de carga ao ponto fonte para várias condições de operação.O
restabelecimentodo fomecimento
de energia é obtido através dos seguintes passos: 0 Detectar oscomponentes
falhados e isolar as seções apropriadasdo
sistema ao abrir aschaves seccionadoras adequadas.
0
Fomecer
potência às seções fora de serviço não-falhadas, atravésdo
fechamento daschaves
normalmente
abertas.0 Restabelecer o serviço de energia
num
estado de operação na qual todos os pontos de carga sãofomecidos
através deuma
rede radial.Este
método
considerano
máximo
cinco descontinuidadesno caminho mínimo,
devidoprincipalmente a
que
todas as chaves N.A. estão localizadasem
subestações, as quais sãoequipadas geralmente
com
esquema
de barra demanobra
que proporcionamuma
grandeversatilidade de operação.
Devido
à localização centralizada das chaves, tem-seuma
reduçãono
tempo
de chaveamento, e estetempo
serámenor
ainda se o sistematem
facilidades de telecomando.Todas
as possíveis soluções são classificadas pelonúmero
dechaveamentos
a seremrealizados.
Embora
esta classificação das alternativas de restabelecimento permita a seleçãoda
ação
mais
econômica
em
termos de chaveamento,nem
sempre
todos os pontos de cargaafetados são restabelecidos, devido principalmente às sobrecargas que
podem
se apresentar. ParaCapítulo 2 - Revisão Bibliográfica 11
proporcionalmente a sua
magnitude
atéque
as sobrecargas sejam eliminadas. Finalmente seráselecionada a altemativa
que melhor
satisfaça as condições de cargado
sistemacom
omenor
número
de chaveamentos.Uma
nova
técnica foi apresentada porSarma
et alii [13]em
1994,onde
a rede é reduzidaao se equivalenciar alguns conjuntos de nós. Assim, a rede reduzida
pode
ser facilmenteanalisada para encontrar
caminhos
alternativos de suprimento de potência aos pontos de cargaafetados.
O
método
procura todas as árvoreschamadas
de árvores de interesse, interested trees,que
são formadas por nós correspondentes aonó
fonte e a todos os pontos de carga da redereduzida.
Cada
interested treeforma
uma
possível estratégia de restabelecimento de serviço.Sugere-se
que
a primeira interested treecom
menor
peso,menor número
de operações dechaveamento, e
que
satisfaz as restrições de tensão e corrente, seja adotadacomo
procedimento para o restabelecimento.Complementando
0 trabalho anterior,Sarma
et alii [14]no
mesmo
ano, apresentaramuma
metodologia para determinar o conjunto das três melhores estratégias para o restabelecimento(em ordem
de prioridade) levandoem
conta as seguintes características:0
Mínimo
número
de chaveamentos.0 Perdas mínimas.
0 Satisfazer as restrições de corrente e tensão.
Todas
as possíveis estratégias para restabelecer o serviço aos pontos de carga afetadossão determinadas pela
mesma
metodologia apresentadaem
[l3], atravésdo
conceito dasinterested trees.
2.3.5
Métodos
de
Corte
de Carga
e
Fluxos
de
Carga
Muitas vezes, o sistema
reconfigurado
após a contingência não satisfaz as restrições de operação e apresenta sobrecargasem
alguns doscomponentes da
rede. Nestes casos é necessáriomodelar
as restrições da carga.Castro et alii [9], Dialynas e
Michos
[l2], paramanter
o sistema dentro demargens
deoperação aceitáveis,
propõem
a diminuição da carga dos pontos queforam
afetados pelo eventode falha proporcionalmente a suas magnitudes
no
instante da falha.Sama
et alii [14]fazem
uma
Capítulo 2 - Revisão Bibliográfica 12
Outro trabalho nesse sentido foi apresentado por
Teo
eGooi
[24],em
1994, queapresentam
um
sistema de restabelecimentocom
o objetivo demaximizar
as cargas religadasapós
uma
contingência.O
método
se baseiaem
dois algoritmos de restabelecimento,uma
basede
conhecimento do
estadoda
rede euma
base de conhecimentodo
restabelecimento.A
aquisição
do conhecimento
é automática, sendo efetuada através deum
simulador de sistemas dedistribuição.
Um
dos algoritmos está baseado na técnica trace~and-cut (deslocamentono ramo
de
cima
para abaixo eda
esquerda para a direita,ou
seja, o restabelecimento das cargas é feitonessa seqüência), sendo que o outro algoritmo restabelece a
máxima
carga baseadoem um
esquema
de prioridades predefinido. Este sistema de restabelecimentopode
ser integrado aosistema gerenciador
do
sistema de distribuição.Shusheela e
Anandalingam
[l9],também
consideramuma
ordem
de prioridade para ligaras cargas, por
exemplo
os hospitais e serviços essenciaistem
um
alto grau de prioridade.Para detectar as sobrecargas nos
componentes
da redena
maioria dos trabalhos sãoutilizados
fluxos
de carga.Na
metodologia apresentada porShirmohammandi
,[17] é utilizadoum
fiuxo
de carga para redes de distribuição fracamentemalhadas
e utiliza técnicas paracompensar
a abertura dos laços através de injeções de corrente [25]. Esta metodologia e'uma
extensão
do
método
desoma
das correntes [26] apresentado por Lin,Huang
eHuang
em
1987.Na
metodologiaimplementada
porDevi
Shuseheela eAnandalingam
[l9], para verificaras sobrecargas
no
sistema, é utilizadoum
fluxo de cargaDC.
2.4
CONCLUSÕES
Neste capítulo foi apresentada
uma
descrição sucinta referente à confiabilidade desistemas de transmissão e distribuição,
em
especial daqueles trabalhos que serviram de base àelaboração
da Metodologia
CSTD,
a qual será utilizada nesta dissertação.Do
conjunto de metodologias apresentadas para restabelecer ofomecimento
de energia, otrabalho apresentado por Dyalinas e
Michos
[12]além
de apresentarbons
resultados é bastanteversátil, adicionalmente,
do
mesmo
modo
que oCSTD,
utilizauma
técnica baseadana
teoria degrafos e requer o
conhecimento
doscaminhos minimos que levam
de cada ponto de carga aoponto fonte.
Do
programa
de confiabilidade,CSTD,
disponivelno
Laboratório de PlanejamentoCapítulo 2 - Revisão Bibliográfica 13
contingências.
Com
auxílio da técnica de restabelecimento, o sistema é reconfiguradotemporariamete utilizando os recursos de
chaveamento
que disponíveis.A
finalidade é melhorar o atendimento ao usuário, diminuindo o valor da Energia não Suprida durante este período de emergência, atéque
oscomponentes
falhados sejam reparados e o sistema volte a seu estadonormal
de operação..
Do mesmo
modo
que outrosmétodos
de otimização, a técnica escolhida [38], efetuauma
enumeração
implícita de todos osmodos
de falha, elegendo (otimizando) as contingências maiscríticas
em
relação ao critério de continuidade de atendimento.A
utilização desta técnicaminimiza
onúmero
dechaveamentos
necessários para fechar ocaminho
mínimo
[39].Caso
o sistemareconfigurado
apresentealgum componente
sobrecarregado, será feitoum
corte de carga através de três metodologias:
0 Corte de carga proporcional nas cargas desligadas [9,12].
0 Restabelecimento preferencial para as cargas mais importantes (Restabelecimento
com
Prioridades), [14,l9,24].0 Restabelecimento das cargas
mais
próximas ao ponto fonte,na
rede reconfigurada,com
a finalidade de diminuir as perdas por efeito Joule, (Restabelecimento das Cargasmais
Próximas).Para detectar os
componentes
sobrecarregados será utilizado ométodo
deSoma
dasCorrentes [26],
que
foi utilizadocom
sucesso porGauche
[3l], mostrando sua robustez eCAPÍTULO
3.
RESTABELECIMENTO
DO
FORNECIMENTO
DE
ENERGIA
ELETRICA
3.1
INTRODUÇÃO
A
confiabilidade deum
sistema de distribuição é influenciada significativamente pelacapacidade
do
sistema de conseguirum
restabelecimento rápidodo fomecimento
de energiaelétrica aos consumidores, após a ocorrência de
um
evento de falha, e ainda, retomarrapidamente a outro estado de operação
no
qualnão
sejam violadas as restrições de operaçãodo
sistema
que
possam
ocasionaruma
nova
interrupçãodo
fornecimento.Para solucionar este
problema
propõe-seuma
metodologiadenominada
deCSTD-R,
Confiabilidade de Sistemas de Distribuição e Transmissão
com
Restabelecimento, para analisartodos os possíveis procedimentos de
chaveamento
paraum
determinado evento de falha, eescolher aquele procedimento que satisfaz
melhor
as condições de operaçãodo
sistema,com
um
número mínimo
de operações de chaveamento.A
metodologiaCSTD-R
implementada
está baseada na teoria de grafos e requer oconhecimento
doscaminhos
mínimos
que
levam
cada ponto de carga ao ponto fonte [l2].A
partir da metodologiaCSTD
[8,33], Confiabilidade de Sistemas de Transmissão eDistribuição, obtém-se
um
conjunto decaminhos
euma
lista de contingências para cada pontode carga.
Devido
ao elevadonúmero
de contingências geradas peloCSTD,
é feitauma
seleção dascontingências
mais
críticas:em
primeiro lugar são consideradas as contingências que são cortesmínimos
para o ponto de carga sob estudo,em
uma
segunda instância são consideradas ascontingências para as quais alguns dos
componentes
falhados pertencem aocaminho
mínimo
que
alimentao
ponto de cargaem
condições normais de operação. Esta seleção prévia dascontingências críticas
não
foi realizadaem
nenhum
dos trabalhos citados nas referências oque
representa
uma
contribuição ao estudo de sistemas de distribuição.A
metodologiaCSTD-R
apresenta duas variantes,na
primeira delas a sua utilização éCapítulo 3 - Restabelecimento do Fomecimento de Energia Elétrica 15
distribuição operadas de
fomia
radial,onde
tem
preferência as soluçõesque
diminuam
mais ovalor da Energia
não
Suprida,ENS,
com
um
número mínimo
de operações de chaveamento.Caso
o sistema apresente sobrecargas, se faz necessárioum
corte de cargas proporcional àscargas fora de serviço [9, 12].
A
segunda variantepode
ser utilizadaem
redes de distribuição,onde
os pontos de cargaestão distribuídos ao longo
do
alimentador.Quando
determinada seçãodo
alimentador falha, ascargas desligadas são transferidas ao alimentador vizinho utilizando os recursos de
chaveamento
que
minimizam
o valorda
Energia não Suprida e as perdas por efeito Joule.Se
0 sistemareconfigurado
sobrecarrega alguns componentes, é realizadoum
corte de carga observando-sedois critérios.
No
primeiro critério, preferencialmente são ligadas as cargas mais importantes[l4,l9,24], e
no
segundo, conectadas as cargasmais
próximas ao ponto fonte,com
a finalidadede minimizar as perdas por efeito J oule.
3.2
DESCRIÇÃO DA TOPOLOGIA
DE
UM
SISTEMA
DE
DISTRIBUIÇÃO
Um
sistema de distribuição,embora
sejaformado
porum
conjunto deramos
e apresenteuma
configuração malhada, deve operar deforma
radial.Cada ramo
está constituído porum
conjunto decomponentes
em
série: transformadores de potência, linhas, cabos, disjuntores,chaves seccionadoras e fusíveis, entre outros.
Cada
componente
é definido por seus nós extremos,um
nó
inicial eum
nó
final,onde
osnós representam os pontos de interligação entre os componentes.
Além
disso, existem nós origem e nós terminais, representando os pontos fonte e os pontos de carga respectivamente.Em
sistemas de distribuição pode-se definir dois tipos de ramo, osramos
unidirecionaisnos quais o fluxo
de
potência é permitidoem
um
só sentido, e osramos
bidirecionais,onde
ofluxo
pode
circularem
ambos
sentidos,dependendo do
estado de operaçãodo
sistema.Os
nós eramos
devem
ser enumerados. Por outra parte, para cadacomponente
devem
serespecificados seus nós final e inicial, explicitando-se, ainda, sua orientação (unidirecional
ou
bidirecional) e
finalmente
deve ser especificado seumodo
de operação:normalmente
abertoou
normalmente
fechado.Um
sistema de distribuiçao está divididoem
um
sistema primário de distribuição eum
número
de subsistemas secundários de distribuição [12,l3].O
sistema primário éuma
redeCapitulo 3 - Restabelecimento do Fomecimento de Energia Elétrica 16
secundário está ligado ao sistema primário e necessariamente deverá ter
uma
operação radial,embora
apresenteuma
configuração
malhada.Cada
subsistema secundário estáformada
porum
ponto fonteque fomece
energia eque
pertence ao sistema primário, e porum
determinadonúmero
de pontos de carga, cadaum
deles alimentado porum
único caminho.Para facilitar a aplicação
da
metodologia, cada subsistema secundáriopode
ser divididoem
duas partes claramente definidas.Uma
parte é constituída pela subestação elétrica está ligadaao sistema primário, e a outra é a rede de distribuição
que
está ligada à subestação elétrica etem
pontos de carga distribuídos ao longo
do
alimentador.A
topologia deum
sistema de distribuição“lili
típico é apresentada
na
Figura 3.1."Till
I E Subestação E | E Rede de E' Elétrica Distribuição|< Êiâtegia nm no
*
Subsistema Secundárioei
. . . _
de Distribuição de D'Smbu'ça°
Figura 3.1: Topologia de
um
Sistema de Distribuição3.3
METODOLOGIA
CSTD
De
um
modo
geral, o algoritmo para a avaliação da confiabilidade de sistemas dedistribuição, através
da
metodologiaCSTD
[8, 33, 34], consta dos seguintes passos:0
Modelagem
dos componentes.0 Seleção dos estados.
0 Análises
do desempenho.
0 Cálculo dos índices de confiabilidade.
A
modelagem
doscomponentes
está baseadana
teoria dos processos de renovaçãoindependentes, que exige apenas
que
as distribuições de probabilidade dostempos
de falha ereparo sejam as
mesmas
para cada ciclo opera-falha-repara, permitindo, assim, o uso deCapitulo 3 - Restabelecimento do Fomecimento de Energia Elétrica 17
A
seleção dos estados é feita através deum
método
deenumeração
implícitadenominado
técnicas dos conjuntos de cortes
minimos
[3 8].São
determinados todos os conjuntos deelementos que,
quando
falhados,interrompem
todos oscaminhos
entre fonte e carga.O
modelo
de análisedo
desempenho do
sistema é baseado na continuidade de fomecimento. Estemodelo
consiste, basicamente,em
verificar se aconfiguração
de equipamentos e condições operativas deum
determinado estadodo
sistema permite osuprimento de energia elétrica desde
um
ponto fonte ate' o ponto de carga sob análise.Os
índices de confiabilidade calculados são: frequência da interrupção (falhas/ano),duração
da
interrupção (horas) e a indisponibilidade totalou
probabilidade de falha (horas/ano)para cada ponto de carga e para o sistema
em
geral.3.3.1
Modelagem
dos
Componentes
A
metodologiaCSTD
adota omodelo
de falhas proposto por Endrenyi [36],em
que sedistinguem três estados nos quais
um
componente pode
ser encontrado:um
estado de operação nonnal, outroem
que
ocomponente
falhado está isolado, devido à atuação da proteção,juntamente
com
outroscomponentes não
falhados eum
terceiro estadoem
que apenas ocomponente
que efetivamente falhou está isolado para reparo.A
manutenção programada
(preventiva) é considerada através de
um
modelo
a dois estados, independentesdo
ciclo defalhas.
O
modelo
descrito acima, é apresentado a seguir:Ã
Saída
forçadaÂu
/JuManutenção
Isoladopara
Programada
reparo
Figura 3.2 1 Modelo de operação e manutenção programada.
onde: