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Desenvolvimento das capacidades motoras em alunos do 7º ano

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Academic year: 2021

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“DESENVOLVIMENTO DAS CAPACIDADES MOTORAS EM ALUNOS DO 7º ANO”

ANO LECTIVO: 2014/2015 DATA: Janeiro de 2017

MESTRANDO: DIOGO ANDRÉ LOURENÇO JESUS ORIENTADORA: Professora Doutora Isabel Gomes COORIENTADORA: Professora Daniela Rocha

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Dissertação apresentada à UTAD, no DEP – ECHS, com requisito para a obtenção do Grau de Mestre em Ensino de Educação

Física nos Ensinos Básico e Secundário, Cumprindo o estipulado na alínea b) do artigo 6º Do regulamento de Cursos de 2ºs Ciclos de Estudo Em Ensino da UTAD, sob a orientação da Professora

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Agradecimentos

À minha mãe pela constante preocupação e incentivo dado para a construção desta tese. Ao meu pai, a estrela mais brilhante do céu…

Aos amigos pelos momentos mais complicados durante este tempo de trabalho. Ao Diogo Zério, companheiro de estágio e de muitas outras “batalhas”

À professora Doutora isabel gomes, por ter estado sempre disponível, pelo incentivo e perseverança, ao longo desta caminhada…

À professora Daniela Rocha, por todo o conhecimento transmitido, pelos debates acerca do trabalho que foi sendo realizado durante o ano lectivo de estágio. A ela, devo muito da minha evolução como professor, em todas as componentes que o definem.

Aos meus alunos, pela entrega e comportamento correcto nas aulas que formam ministradas por mim e, sobretudo, pelos valores humanos que demonstraram.

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Resumo

A dissertação que se segue, encontra-se dividida em duas partes: a primeira, uma componente descritiva do estágio realizado na Escola secundária Dr. João de Araújo Correia, ao longo do ano lectivo 20014/2015, sob a denominação de Relatório de Estágio; a segunda componente trata-se de uma estudo de caso, que tem como objectivo perceber a importância de uma estratégia adoptada pelo Grupo de Educação Física da escola já mencionada.

Quanto ao mesmo estudo de caso, teve como objectivo compreender qual a efectividade da unidade didática de condição física, no desenvolvimento e melhoria das capacidades motoras dos alunos.

A amostra é constituída por 26 alunos, que correspondem à turma do 7ºB da escola Dr. João de Araújo Correia, situada na cidade do Peso da Régua.

De modo a verificar qual evolução das capacidades motoras, procedeu-se à aplicação de uma bateria de testes em dois momentos: o primeiro momento aconteceu no início do ano lectivo e serviu de avaliação diagnóstica; o segundo momento ocorreu no final do primeiro período, tendo como objectivo avaliar sumativamente os alunos.

A bateria de testes aplicada, incidiu nas capacidades motoras: força (inferior, média e superior) velocidade, resistência (teste de cooper e ruffier), flexibilidade e agilidade.

De considerar que, de acordo com o planeamento anual estabelecido pelo Departamento de Educação Física, na escola Secundária Dr. João de Araújo, as aulas de 45 minutos, equivalente a um tempo lectivo, foram todas destinadas à unidade

didática de condição física, tendo preponderância na nota final de cada período e, por conseguinte, na nota final do ano lectivo.

Palavras-Chave: Relatório de estágio; Condição física; bateria de testes; hábitos

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ABSTRACT

The following dissertation is divided in two parts: the first one is a discriptive component of the internship done at Escola Secundária Dr-João de Araújo Corrreia, during the academic year of 2014/2015, under the name of Internship Report; the second component is about a case study, with the purpose of understanding the relevance of a strategy adopted by the Group of Physical Education of the aforementioned school.

Regarding the case study it had the objective. One was to ascertain the sporting habits of class 7thB, the other was the role that the physical condition teaching unit had in the development and the improvement of the students’ motor skills.

The sample is made out of 26 students, all belonging to class 7thB from Escola Secundária Dr. João de Araújo Correia, in the city of Peso da Régua.

In order to verify the evolution of their motor skills, the students were subjected to a set of tests in two different moments: the first one happened at the beggining of the academic year, serving as a diagnostic evaluation; the second one happened at the end of the first trimester of classes, with the goal of evaluating the students at the end of the said trimester, in a summative manner.

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Índice Geral

Conteúdo

Agradecimentos ... 3 Resumo ... 4 ABSTRACT ... 5 Índice Geral ... 6

Índice de Gráficos e Quadros ... 8

1. Introdução ... 10

2. Expectativas iniciais em Relação ao Estágio ... 12

3. Organização e Gestão do Processo Ensino-Aprendizagem ... 14

4. Participação na Escola ... 19

5. Relacionamento com a comunidade escolar ... 21

6. Conselho Executivo ... 22

7. Funcionários ... 22

8. Sala dos Professores ... 23

9. Grupo de Educação Física ... 23

10. Núcleo de Estágio ... 24 11. A Orientadora ... 25 12. Alunos ... 26 13. Desenvolvimento Profissional ... 28 14. Conclusão ... 29 Referências Bibliográficas ... 30 1. Introdução ... 32 2. Revisão da Bibliografia ... 34

2.1 Definições de capacidades motoras condicionais e coordenativas ... 34

2.2- Definição de Resistência ... 35 2.3- Definição de Força ... 36 2.4 Definição de Agilidade ... 37 2.5 Definição de Flexibilidade ... 37 3. Metodologia ... 38 3.1 Amostra ... 38

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3.2 - Instrumentos e procedimentos de análise de dados ... 40

4. Resultados ... 41

4.1 – Resultados Evolução das capacidades físicas ... 41

4.1.1 – Resultados Capacidade Resistência... 41

4.1.2 Força média ... 45 4.1.3 Força Inferior ... 47 4.1.4 – Força superior... 49 4.1.5 – Flexibilidade ... 50 4.1.6 – Agilidade ... 51 4.2 – Resultados globais ... 53 5. Conclusões ... 54 Referências Bibliográficas ... 56 6. Anexos ... 57

6.1. Tabelas do Fitnessgram para a Zona Saudável de Aptidão Física ... 57

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Índice de Gráficos e Quadros

Gráfico 1………42 Gráfico 2………44 Gráfico 3………...45 Gráfico 4………...46 Gráfico 5………47 Gráfico 6………..48 Gráfico 7………..49 Gráfico 8……….51 Gráfico 9……….52 Gráfico 10………53 Quadro 1……… 39 Quadro 2……… 41. Quadro 3……… 43 Quadro 4……… 45 Quadro 5……… 47 Quadro 6………. .49 Quadro 7………50 Quadro 8……… ..51

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1. Introdução

O relatório que se segue, diz respeito ao estágio, integrado no plano de estudos do 2º ciclo em Ensino da Educação Física nos Ensinos Básicos e Secundário da

Universidade de Trás-os-Montes e alto Douro.

Este mesmo ano de estágio, corresponde a todo o 2º ano de estudo,

proporcionando um contacto directo com o contexto real de trabalho, integrando o estagiário numa escola, tendo a seu cargo uma turma que terá de gerir ao longo de todo o ano.

Esta experiencia é fundamental para o desenvolvimento das capacidades do estagiário, pois depara-se com a obrigação de dar reposta aos problemas que são vividos no desempenho da actividade de professor de Educação Física.

Entende-se que quanto maior for o aproveitamento desta experiencia, melhor será a preparação do estagiário para a sua inclusão no mercado de trabalho, pois este é o primeiro contacto com tudo o que envolve o processo de Ensino-Aprendizagem.

Enquanto professor, tive como principal objectivo, melhorar as minhas capacidades, utilizando as ferramentas que adquiri ao longo da minha formação curricular, procurando sempre dar resposta aos novos problemas encontrados, para os quais não me sentia devidamente preparado a dar uma resposta e encontrar uma resolução imediata, tendo em vista, constantemente, o desenvolvimento dos meus alunos, ao nível das competências técnicas em todas as modalidades abordadas, mas também ao nível das capacidades físicas, sociais e humanas, em suma, todo o

desenvolvimento humano.

O meu desenvolvimento profissional ganhou mais dimensão por ter a possibilidade de observar, aprender, trocar impressões, apreender conhecimentos, com colegas de profissão, os quais já se encontram inseridos no processo Ensino-Aprendizagem em contexto escolar, por mim desconhecido, até então.

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Para além desses colegas, de destacar a importância do acompanhamento que tive a felicidade de poder ter, da minha orientadora professora Daniela Rocha, que sempre procurou extrair o máximo de mim, elevando sempre a fasquia, evitando a minha acomodação, obrigando-me a uma procura constante de novas estratégia e métodos para dar resposta aos problemas que fui encontrando ao longo do ano lectivo.

Para além do trabalho diário, como professor da turma do 7º B, a cada final de período lectivo, participei na organização de actividades desportivas extracurriculares, nas diferentes semanas desportivas, habituais na escola onde estive inserido.

Através da realização e participação nas actividades propostas, fui capaz de compreender melhor o que envolve a realização de uma actividade em contexto escolar, algo com que não estava familiarizado.

No relatório que se segue pretendo reatar da forma mais aproximada à

realidade, possível, a minha passagem de aluno para professor. Para isso, irei recorrer a todos os documentos que estão devidamente organizados num dossier de estágio, que suporta todo o trabalho realizado ao longo do estágio curricular.

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2. Expectativas iniciais em Relação ao Estágio

Quando conclui o primeiro ano do 2º ciclo, procurei encontrar uma escola que me acolhesse, com a finalidade de realizar o meu ano de estágio curricular, que se situasse na minha área de residência.

A cerca de um mês do ano lectivo se iniciar, ocorreu um volte-face no que havia já sido acertado. A escola que me iria acolher, não conseguiu reunir todas as condições necessárias para que tal fosse possível. Deste modo, encontrava-me, de repente, sem colocação.

De imediato, procurei encontrar uma solução, pois a conclusão dos meus estudos estava em causa. Felizmente, consegui encontrar uma solução para resolver o problema, que estava de acordo com o meu desejo supracitado, mas, devido ao processo, só fui incluído na escola em finais de Outubro, o que me obrigou a uma rápida integração na escola e obrigação de iniciar imediatamente o exercício de funções.

Segundo Guilbert,1981, o processo Ensino-Aprendizagem pressupõe uma mudança de atitude, mais ou menos permanente, devido à prática ou à experiencia, que permite uma alteração de actuação. Deste modo, a expectativa prendia-se à vontade de vivenciar todas as experiencias quanto as possíveis, dentro do contexto real de trabalho, de modo a melhorar a minha forma de actuar perante as situações que me iriam ser apresentadas ao longo deste tempo de descoberta e aprendizagem.

Sabia que esta minha vontade em ficar num espaço que me era já familiar, juntamente com pessoas que já conhecia, por um lado me deixava mais confortável em exercer as minhas funções enquanto professor. Por outro lado, a pressão de não falhar, perante essas mesmas pessoas, tornou a tarefa mais exigente, pois colocou mais responsabilidade sobre mim, acrescida à comum na passagem para esta nova etapa.

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As expectativas eras as melhores, inserido numa escola já conhecida, propus-me a aprender, sair da minha zona de conforto para vivenciar novas experiências, ao mesmo tempo que procurava aplicar os conhecimentos que fui adquirindo até então. Sabia que não ia ser fácil, pois trabalhar no contexto escolar, era uma realidade da qual não tinha muito conhecimento, muito menos experiência.

Conhecia as condições que iria encontrar, numa escola recentemente remodelada e que oferecia tudo o que precisava para leccionar as diferentes modalidades ao longo do ano lectivo.

Quanto ao espaço destinado às aulas de educação física, tinha algum receio, pois nas minhas experiências anteriores, enquanto treinador de modalidades, dispunha de espaços muito grandes, os quais me permitiam realizar o que planeava, tendo pouca preocupação ao nível da organização dos alunos, mas sabia que nesta escola, dividia-se o pavilhão em 3 espaços, nos quais cada professor tinha direito a utilizar um deles, sendo a utilização do espaço exterior, rotativa.

Sabia que ia ter o apoio dos professores que trabalham na escola onde estagiei, a mesma onde fui aluno, mas também que iriam exigir muito de mim e eu só desejava estar à altura do desafio. A motivação para me superar estava muito alta.

No que diz respeito à minha avaliação, coloquei a fasquia nos 18 valores, pois penso que pela diferença que iria sentir, na transição de uma orientação focada no treino desportivo, para uma orientação focada no processo ensino-aprendizagem, me iria ser difícil adaptar às novas exigências. Contudo, como me considero ser uma pessoa persistente, que procura sempre fazer melhor e não me acomodar ao que fiz até então, penso que poderei atingir esse objectivo.

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3. Organização e Gestão do Processo Ensino-Aprendizagem

O processo Ensino-Aprendizagem, subdivide-se em 4 diferentes etapas: a concepção, o planeamento, a realização e a avaliação. No relato de acontecimentos que se segue, abordarei essas mesmas etapas, retractando o que mais marcante aconteceu ao longo do ano, em cada uma delas.

No dia em que cheguei pela primeira vez à escola, como professor estagiário e conheci a minha orientadora, professora Daniela Rocha, foi-me transmitido, pela mesma que iria poder observar as suas aulas e respectivas turmas, a fim de poder escolher uma delas para ser a que iria ser eu a comandar, ao longo do ano.

Nas turmas que me foram dadas a conhecer eram muito heterógenas, mas todas elas tinham um ponto em comum, muitos alunos, o que se apresentava como um grande problema a contornar, devido aos espaços de aula serem menos amplos que o desejável, julgo eu, por todos os professores que compunham o Núcleo de Educação Física da escola.

Quando observei a turma do 7ºB, que estava a abordar a modalidade de Futsal, não tive duvidas na minha escolha, pois tratava-se de uma turma composta, por alunos com uma idade desafiante, já que a minha experiência sempre fora com jovens adultos ou adultos, e assim teria a possibilidade de alargar os meus horizontes de

conhecimento e, por outro lado, a modalidade de futsal agradou-me pois julgava possuir conhecimentos alargados, acerca da mesma, que me faziam sentir à vontade para a leccionar.

Desde logo, foi-me pedido que realizasse uma unidade didática para cada uma das modalidades que estavam planeadas para o primeiro período: 1-Futsal (aulas de 90minutos); 2- Condição Física (aulas de 45 minutos); algo que penso ter sido muito importante, uma vez que desde imediato fui capaz de planear o que iria abordar, o modo como ia introduzir as progressões dentro das modalidades, ou seja, todas estratégias que iria utilizar ao longo do período.

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No planeamento da unidade didática de condição física, surgiu primeiro grande problema, pois não tinha qualquer experiência nem conhecimento adquirido acerca do que se constituíam as aulas de condição física para alunos do 7º ano, em contexto de aprendizagem escolar.

Este problema manteve-se nas primeiras aulas da Unidade Didática, pois segundo a orientadora, os exercícios que foram sendo propostos e realizados, não se apresentavam efectivos de acordo com o que estava planeado, ou seja, não eram exigentes ao ponto de desenvolver as capacidades condicionais, tal como era suposto.

Procurei encontrar estratégias e exercícios que me permitissem ter o maior tempo possível de atividade motora e que essa atividade se tornasse efectiva para o desenvolvimento das capacidades motoras. Penso que fui capaz de encontrar o caminho certo após algumas aulas, optando por realizar circuitos com exercícios potencializadores das capacidades coordenativas e condicionais, privilegiando a exercitação através das repetições.

No que diz respeito à Unidade Didática de Futsal, foi relativamente fácil de realizar, contudo senti alguns problemas em realizar os planos de aula de forma adequada, visto que o nível da turma era bastante baixo e eu estava habituado a orientar em contexto de exigência mais elevada, com alunos/atletas que possuíam um nível médio ou acima da média no que diz respeito ao conhecimento e capacidade de execução.

Deste modo, apesar das progressões pedagógicas estarem a ser abordadas seguindo uma sequencialização de conteúdos lógica e adequada, os exercícios que foram realizados apresentavam um grau de dificuldade acima do devido para os alunos. Baixar o nível de exigência e de complexidade foi um problema que senti e muitas vezes me fez sentir desconfortável no planeamento das aulas.

Com a chegada do segundo período surge um ponto de viragem nesta minha experiência.

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Consciente dos erros que tinha cometido, que me impediram de ser melhor, procurei dedicar-me a colmatar as falhas anteriores.

A unidade didática de ginástica não se afigurava como sendo a ideal para esse ponto de viragem se consumar, face ao meu parco conhecimento acerca da

modalidade, mas empenhei-me desde o primeiro momento e esse esforço deu frutos.

Desde a primeira aula, formulei uma estratégia e uma organização dos alunos pelo espaço baseada em trabalho por estações, nas quais era abordado um diferente elemento gímnico, começando pelas progressões pedagógicas mais elementares até ao elemento gímnico ser realizado na sua plenitude. Dentro de cada estação foram sempre dadas progressões pedagógicas alternativas, de modo a estarem em consonância com o nível de capacidade evidenciada por cada um dos alunos.

Manter a mesma estratégia ao longo de todo o período fez com que o tempo de actividade motora fosse sempre muito elevado, pois os tempos de transição, organização e instrução foram diminuindo à medida que os alunos se familiarizavam com os procedimentos aplicados nas aulas.

Quanto à Unidade Didática de condição física, também surgiu um ponto de viragem. Observei as aulas da minha orientadora, a fim de encontrar uma estratégia que se aproximasse do que era pretendido. Fui capaz de encontrar uma estratégia semelhante à utilizada nas aulas observadas e aplicá-la na minha turma, ajustando ao nível dos meus alunos. As aulas tornaram-se muita efetivas, os alunos exercitavam os grupos musculares e as capacidades (cardiorrespiratória, reacção, coordenação, etc.) de forma mais veemente.

Penso que foi notória a minha evolução quanto à capacidade de intervir nas aulas, realizando, muitas mais correcções, fornecendo feedbacks, reforços positivos, aumentando o compromisso dos alunos dentro do processo Ensino-Aprendizagem, bem como a sua motivação na realização das aulas.

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Todo este contexto favorável, fez com que o comportamento geral dos alunos, melhorasse, tornando as aulas mais fluidas.

Depois de um período que foi muito bem conseguido da minha parte, com o terceiro, surgiram novos desafios.

Se a Unidade Didática de condição física, que se manteve, estava encaminhada, pois apenas tive de seguir o que fora realizado no período transato, o mesmo não podia ser pensado acerca da unidade didática de Basquetebol.

A modalidade de Basquetebol foi sempre o jogo desportivo colectivo menos apreciado por mim enquanto praticante, por isso tinha mais um desafio pela frente. Motivado pelo que havia feito no período transacto e à imagem do que acontecera no mesmo, desde logo procurei aumentar os meus conhecimentos acerca da modalidade, de forma a poder abordá-la da melhor forma.

A unidade didática foi realizada de acordo com os conteúdos programáticos e respeitando a sequencialização desses mesmos conteúdos. Esta fase de planeamento foi muito importante para mim, uma vez que fui capaz de perceber de que forma é que iria abordar a modalidade, quais as progressões que iria realizar para chegar à

execução correcta de cada gesto técnico, bem como acções inerentes ao jogo formal (5x5).

Com a bagagem da vivência que tive até ao 3º período, optei por realizar estações, normalmente 3, pelas quais poderia dividir os alunos pelo espaço de aula, aproveitando-o da melhor forma possível, ao mesmo tempo que os exercícios eram realizados num espaço bem definido, sobre o qual poderia ter maior controlo.

O tempo de actividade motora foi bastante elevados e a motivação dos alunos foi muito alta, uma vez que não estavam todos a realizar o mesmo exercício e havia sempre a vontade de realizar o presente exercício da melhor forma possível, para passarem ao seguinte.

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Nas aulas de basquetebol dei muita mais preponderância ao jogo como forma de aprendizagem, sendo bastante interventivo, quer ao nível dos gestos técnicos, de forma a aprimorar a sua execução, bem como nos aspectos mais tácticos do jogo, tais como a marcação, cris-cross, etc.

Penso que foi um período que firmou a minha evolução ao longo de todo o ano lectivo, ao nível da minha capacidade como professor.

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4. Participação na Escola

A escola secundária Dr. João de Araújo Correia, através do ser Departamento de Educação Física tem, como tradição, a realização de actividades desportivas na última semana de aulas de cada um dos períodos – “Semana Desportiva”.

Como membro integrante desse departamento, na função de professor estagiário, foi-me solicitado que participasse de forma activa no planeamento, preparação e controlo das actividades realizadas.

No final do primeiro período, foi promovida uma actividade pelo grupo de professores de Educação Física do agrupamento de escolas Dr. João Araújo correia.

Esta actividade consistiu numa prova de corta-mato, a realizar na escola do 2º e 3º ciclos do Peso da Régua e nos seus arredores.

A actividade teve como ponto de partida e chegada o pavilhão Municipal do Peso da Régua, sendo o percurso realizado nos seus arredores e adaptado aos diferentes escalões presentes na prova: Iniciados, Juvenis e Juniores.

Esta actividade contou com a colaboração de diversos professores de ambas as escolas, nos quais eu fui incluído, que tinham em sua posse um mapa que continha os percursos a percorrer pelos atletas dos diferentes escalões e, colocados em lugares estratégicos, impediam que esses percursos fossem adulterados.

Na minha opinião, esta foi mais uma iniciativa conseguida, que tem como objectivo incentivar os alunos para a prática desportiva, combatendo, assim, o sedentarismo que cada vez é mais sentido nas populações jovens.

No mesmo período, foi realizado pela associação de estudantes, um torneio de futsal no qual participei como arbitro e também joguei numa das equipas.

No final do ano lectivo, foram realizadas diversas actividades desportivas. O

Departamento de Educação Física organizou um torneio de voleibol, badminton e o “Tribola”, esta última actividade consiste num torneio entre as turmas, no qual estão inseridas as

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O A organização do torneio de voleibol ficou quase inteiramente entregue à minha responsabilidade. Tive a função de organizar tudo o que foi necessário para a realização do torneio: Poles dos grupos, calendário de jogos, registo dos resultados, apuramento da classificação dentro dos grupos, bem como na fase de apuramento do vencedor.

A escola forneceu-me o regulamento que vigorou nos últimos anos, pelo qual me devia orientar, de modo a estar concordante com o que havia já sido realizado pela escola, em anos transactos.

A atividade foi dividida em 3 grandes grupos de modo a tornar o torneio mais competitivo e homogéneo nas diferentes idades:

Grupo 1: 7º e 8º anos; Grupo 2: 9º e 10º anos e Grupo 3: 11º, 12º anos e Profissionais.

Todas as equipas eram heterogéneas, sendo obrigatório que em jogo estivesse sempre, pelo menos, um elemento do sexo oposto ao maioritário.

Os 7º e 8º anos realizaram o seu torneio da parte de manhã, enquanto os 9º e 10º anos dividiram-se pela parte da manhã e pela parte do início da tarde. Já o

restante grupo teve os seus jogos, a partir o momento em que o grupo anterior acabou até ao final da tarde.

Durante os jogos, tive também a função de arbitrar alguns jogos, de modo a controlar possíveis comportamentos desviantes, que acabaram por não se verificar durante toda a atividade.

Pessoalmente foi bastante desafiante ter esta responsabilidade, uma vez que nunca tinha organizado um evento desta natureza e no qual nada poderia ser

descorado. Penso que a organização foi bastante conseguida, uma vez que tudo decorreu dentro do espectável pelo departamento organizador.

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No torneio de badminton e no Tribola, tive as tarefas de arbitrar alguns dos jogos e dar suporte em tudo o que envolve a organização das actividades.

No mesmo período, foi-me solicitada a participação numa actividade organizada pela Biblioteca Escolar, inserida na “Semana da Leitura”.

A mesma actividade teve a participação de alunos de uma outra escola da cidade de Peso da Régua, no caso, da Escola Profissional da Régua.

Tive uma reunião com a professora responsável pela biblioteca e propus que realizássemos um Peddy-Papper, ideia essa que, prontamente, foi aceite.

Nessa actividade tive a responsabilidade de fazer os guiões para a actividade, organizar os alunos por equipas e gerir uma das estações pela qual todas as equipas teriam de passar a fim de concluírem o seu percurso.

Todas estas actividades nas quais participei activamente, foram importantes para me dar a conhecer tudo o que é preciso ter em atenção quando se realiza uma actividade escolar. Alertou-me para todos os cuidados com o que envolve a actividade, bem como a burocracia que se tem de seguir, para as actividades serem aprovadas e reconhecidas pela direcção da escola.

5. Relacionamento com a comunidade escolar

Na minha opinião, o ambiente onde nos encontramos inseridos influencia directamente o processo Ensino-Aprendizagem. Desta forma, no que diz respeito aos meus alunos, procurei sempre proporcionar-lhes um ambiente assente na

compreensão, tolerância, apoio e proximidade na relação professor-aluno, mantendo sempre o respeito como valor absoluto. Apesar do respeito que todos, sem excepção, tinham por mim, fui capaz de criar relações de amizade que ainda se mantêm, quando nos cruzamos.

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No que concerne à restante comunidade escolar, o meu relacionamento foi sempre muito bom, devido ao facto de já ter frequentado esta escola no meu tempo de aluno do ensino secundário, no qual criei laços que se mantiveram desde esse tempo, com professores e funcionários.

6. Conselho Executivo

Sobre o conselho executivo tenho de agradecer pela disponibilidade que demostraram em acolher-me na escola, bem como, a forma como me receberam. No decorrer do estágio, por vezes, cruzei-me com o director da escola, o professor Salvador, que teve sempre uma palavra gentil, procurando saber como o estágio estava a correr, mostrando-se disponível no apoio para qualquer “problema” que pudesse surgir. Felizmente, não foi necessário.

7. Funcionários

Foi absolutamente fantástico, no primeiro dia em que cheguei à escola e todos os funcionários do ginásio ainda se lembrarem do meu nome. Na fase de adaptação, onde tudo era novidade e havia um nervoso miudinho em cada aula, ou reunião, foi mesmo muito bom, muito motivador, encorajador, ouvir a Dona Guiomar, dizer: “Vai correr tudo bem, professor”.

O que sempre senti de cada um dos funcionários, com os quais a minha relação de amizade já perdurava desde o meu tempo de aluno, foi a satisfação por eu ter conseguido, voltar, como professor estagiário.

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8. Sala dos Professores

A sala dos professores da escola, foi um espaço que não frequentei regularmente, pois no pavilhão destinado às aulas de Educação Física existe um

pequeno gabinete, no qual os professores de Educação Física todos ficavam durante os intervalos ou no tempo antes das aulas começarem. Deste modo, a minha sala dos professores era um espaço apenas frequentado pelo departamento de Educação Física e como tal sempre me senti muito bem nesse espaço. Foi aí que revi exaustivamente cada plano de aula, antes das mesmas começarem, foi nesse espaço que rejubile com as aulas que correram bem, tal como repensei, as que correram menos bem.

Foi também uma sala de debate interno, de delineação de estratégias por parte do departamento, de organização e distribuição de tarefas para as actividades por nós promovidas.

Em suma, era um seguimento do meu espaço de trabalho habitual (o pavilhão), do qual vou ter imensas saudades.

9. Grupo de Educação Física

No que diz respeito ao grupo de educação física, fui muito bem recebido. Desde o primeiro dia que todos os professores se predispuseram a ajudar-me em tudo o que precisasse.

Senti que os professores tinham um especial cuidado em facilitar a ministração das minhas aulas, por exemplo, nas rotações que eram feitas entre os espaços no interior do pavilhão e no exterior, de modo a que o meu planeamento de aula não tivesse de sofrer alterações de última hora que podiam prejudicar o decorrer natural da aula.

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Também na distribuição do material pelos professores que estavam a leccionar a mesma modalidade em simultâneo, senti que me era dada a preferência, de modo a que nada me faltasse.

Existiu, portanto, receptividade à minha inclusão como mais um membro do grupo, podendo até, muitas vezes, ser privilegiado em relação a outros professores, por sua iniciativa própria.

Ao longo das reuniões que fazíamos, foram-me dadas algumas

responsabilidades, tal como fazer um inventário do material existente, ou tarefas bem definidas na preparação, organização e controlo de actividades propostas pelo

departamento. No final de cada uma dessas tarefas sempre me foi dado um feedback do trabalho efectuado e feito um agradecimento por parte dos professores.

10. Núcleo de Estágio

O Núcleo de estágio foi composto por mim e pelo Diogo Zério, que foi um colega que me acompanhou durante estes dois anos de Mestrado, com o qual, tenho uma amizade. Dessa forma, foi muito fácil trabalhar com ele, pois acima de tudo sempre quisemos o melhor um para o outro.

Tudo o que foi necessário eu fazer para o ajudar, como ministrar algumas aulas em que ele tinha de faltar ou ajudar na montagem do material antes das aulas se iniciarem, até mesmo planeávamos as aulas em conjunto de modo a que se tornassem mais ricas de conteúdo.

Partilhávamos os momentos mais difíceis, apoiámo-nos e penso que esta amizade que já existia foi fundamental para que nunca me sentisse resignado ao que já era capaz de fazer e procurar sempre ser melhor, ouvindo as opiniões do colega e procurando encontrar uma solução que se ajustasse.

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Em suma, sempre nos ajudámos mutuamente, sempre procuramos ajudar o outro a evoluir à medida que evoluíamos em conjunto.

11. A Orientadora

A orientadora foi muito importante na minha evolução como professor de Educação Física. Desde o primeiro dia foi muito exigente comigo, algo que eu

precisava, para sentir que o tempo de estudante acabara e neste momento me estava a preparar para ser inserido num mercado de trabalho, muito exigente e que seria um constante desafio para as minhas capacidades.

Apesar de já ter experiencia na vertente de treino, senti imensas dificuldades no processo de Ensino-Aprendizagem, nas metodologias de ensino que estavam implementadas, com exercícios muito básicos, pouco desafiadores ao nível da capacidade de compreensão. Dessa forma e como no primeiro período estive com a modalidade de futsal na qual me sentia muito à vontade, implementei exercícios muito complexos para os alunos e baixar o nível de complexidade foi um desafio enorme, no qual a orientadora teve um papel preponderante.

Também ao nível da organização dos exercícios, nomeadamente na montagem do exercício seguinte, sem perder o controlo do que estava a decorrer ou sem ter de parar a actividade motora e perder muito tempo útil de aula, bem como organizar os alunos num espaço pequeno, foram dificuldades que só com a ajuda da orientadora fui capaz de superar.

Penso que no início a relação com a orientadora foi um pouco complicada, uma vez que tínhamos algumas divergências de opinião, divergências essas que foram sendo suprimidas com o decorrer do ano lectivo, pois fui capaz de me adaptar ao contexto de ensino, compreendendo, em termos práticos, as necessidades de

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No final do ano lectivo, a orientadora congratulou-me pela minha evolução como professor, evidenciando uma diferença muito grande entre o primeiro e o ultimo dia do ano lectivo de estágio.

Penso que foi a melhor orientadora que poderia ter tido ao longo deste

primeiro contacto com a realidade escolar, uma vez que sempre me apontou defeitos, sempre me deu a entender os caminhos que deveria tomar para que no final

conseguisse encontrar um equilíbrio entre a minha experiência passada, no que eu acreditava, defendo e as necessidades diferentes que o contexto ensino-aprendizagem na escola, exigem.

À professora Daniela Rocha devo, a experiencia fantástica que me foi

proporcionada, mas, sobretudo, a minha evolução tremenda neste contexto, do qual eu tinha uma imagem bastante diferente do que aquela que tenho hoje em dia.

12. Alunos

Escolhi a turma do 7ºB por alguns motivos, sendo que um deles prendeu-se ao facto de já conhecer alguns dos alunos que a compunham.

A minha relação com eles sempre foi próxima, nunca excedendo o limite imposto e nunca ultrapassando o valor mais importante, no caso, o respeito.

Tive alguns alunos que eram considerados problemáticos, para além das reprovações, apresentavam um comportamento fora do ideal para um contexto de aula. Com esses alunos, a minha tarefa sempre foi mais difícil, numa fase inicial, em que procurava ganhar o controlo da turma. No final do primeiro período, já todos os alunos estavam perfeitamente identificados com as regras das aulas de educação física, com o meu estilo de disciplina e eu próprio já sabia com o que contar de cada

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um deles, bem como as estratégias que havia de utilizar para os levar para o caminho que eu queria.

Apenas uma aluna, que tinha um reportório grande de problemas escolares, manteve ao longo de todo o ano uma conduta imprópria, ainda que nunca tenha sido suficientemente grave para que sejam tomadas medidas mais drásticas. Todos esses comportamentos foram reportados ao director de turma, tal como a pouca frequência com que ia às aulas e muito menos a frequência com que efectivamente participava na mesma de forma activa.

Ter de orientar e encontrar forma de motivar uma aluna com estas

características foi uma experiência muito positiva, ainda para mais, porque a certa altura esta aluna tornou-se mais participativa nas aulas e o seu comportamento melhorou, antes de se ter perdido de novo.

No caso dos outros alunos, criei com todos eles laços de amizade, sei que fui fundamental para os motivar para a prática desportiva, nomeadamente quando estava a leccionar a modalidade de basquetebol e os via a trazer bolas dessa modalidade, debaixo do braço, para poderem jogar durante o intervalo.

Ainda hoje, a grande maioria desses alunos com os quais me cruzo na rua, me cumprimentam, me chamam professor e têm uma pequena admiração e sobretudo muito respeito por mim.

Nunca vou esquecer a minha primeira turma, pode ser um “cliché”, mas sem dúvida que é pelos melhores motivos, pelo que me ajudaram a crescer, pelo que me puseram à prova, mesmo sem terem consciência disso.

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13. Desenvolvimento Profissional

Este estágio, deu-me a oportunidade fantástica de vivenciar todas as

experiências de trabalho em contexto escolar, tendo a possibilidade de crescer de uma forma sustentável, devido à experiência metodológica e capacidade de julgamento sobre o meu trabalho, que a minha orientadora me proporcionou. Todo o trabalho realizado, de planificação de Unidades Didáticas que serviram de matriz para os planos de aula e a sequencialização dos conteúdos a abordar em cada uma das Unidades Didáticas, contribuiu para o crescimento do meu conhecimento práticos e para o aumento da compreensão de como os conhecimentos devem ser fornecidos, respeitando o tempo de evolução de cada aluno.

Para além do trabalho inerente à condução da turma do 7ºB, participar na organização de actividades desportivas, no final de cada período, foi algo que ajudou a enriquecer o meu desenvolvimento profissional, contribuindo para a minha

capacidade de organizar eventos futuros, sem qualquer problema.

Participar nas reuniões da minha turma, no final de cada período, deu-me um conhecimento mais alargado de como são geridas as turmas, no plano macro, quando todos os professores dessa turma se juntam para falar de vários temas pertinentes, de forma a que seja criada uma imagem global para além de casos que são

individualizados, quando são tidos como preocupantes.

Em suma, até este ano de estágio, a minha visão sobre o que é ser professor era um pouco diminuta, sendo que hoje em dia, esta experiência, proporcionou-me alargar horizontes, perceber tudo o que envolve ser professor, bem como a

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14. Conclusão

Certamente que o ano lectivo de 2014/2015 ficará para sempre na minha memória. Recordar o primeiro impacto com a instituição escolar, com todas as suas regras, com todas as metodologias de ensino entranhadas, o primeiro contacto com uma turma da qual eu passei a ser o principal responsável, na sua orientação durante todo o ano, assente no planeamento, na realização, controlo e avaliação, os laços afectivos que foram criados, são vivências que nunca vou esquecer.

Se para um cantor a maior recompensa que podem ter são as palmas do público, para um professor não há nada que seja tão bom como observar a evolução da turma e principalmente daqueles alunos que têm mais dificuldades, que foram capazes de realizar acções motoras que até àquele momento nunca tinham conseguido.

Tenho a certeza que este foi o ano mais importante da minha formação

académica/profissional, uma vez que me proporcionou a possibilidade de transformar o meu conhecimento teórico, num conhecimento empírico.

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Referências Bibliográficas

Aranha, A. (2007). Observação de aulas de Educação Física: Sistematização da

observação: Sistemas de Observação e fichas de Registo. Publicações UTAD, Vila Real

Aranha, A. (2004). Organização, planeamento e avaliação em Educação Física. Publicações UTAD, Vila Real.

Santos, S. (2001). Processo de Ensino-Aprendizagem e a relação Professor-Aluno: Aplicação dos “sete princípios para a boa prática na Educação de Ensino Superior”. Caderno de Pesquisas em Administração, São Paulo.

Rodrigues, M. (2000). O Treino da Força nas condições de aula de Educação Física- Estudo em alunos de ambos os sexos do 8º ano de escolaridade. Dissertação de Mestrado. Faculdade de Ciências do Desporto e de Educação Física do Porto, Porto.

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PARTE II – DESENVOLVIMENTO DAS CAPACIDADES MOTORAS DOS ALUNOS DO 7º ANO

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1. Introdução

O estudo, que resultou no artigo científico que se segue, foi realizado, no âmbito do estágio pedagógico, na escola Secundária Dr. João de Araújo correia, inserido no programa de estudos do Mestrado em Ensino de Educação Física nos Ensinos Básico e Secundário.

Segundo Guedes e Barbanti, 1995, a avaliação do desempenho motor, proporciona a recolha de informações importantes para o desenvolvimento das capacidades motoras que estão envolvidas na prática das diversas modalidades desportivas, além de favorecer a prevenção, conservação e melhoria das mesmas capacidades.

A O objectivo do mesmo prendeu-se em:

-Perceber se as aulas de condição física resultavam numa melhoria nas capacidades físicas dos alunos.

A escolha deste tema, deveu-se a uma interrogação pessoal, acerca da

pertinência e efectividade que estas aulas de condição física podem ter para o aluno, na dimensão da sua capacidade física.

Borges e Barbanti, 2001, defendem que a aplicação de testes que envolvem apenas as habilidades motoras fundamentais tem sido recomendado em todas as faixas etárias e níveis de aprendizagem, visto que nessas mesmas habilidades estão incluídas as capacidades motoras básicas, tais como a força, a velocidade e a

resistência, pois são atributos fisiológicos manifestados em todas as tarefas específicas do movimento.

Procedeu-se à aplicação de uma bateria de testes que foi realizada no inicio do ano lectivo, funcionando como uma avaliação diagnóstica, na qual foram realizados diferentes exercícios, nos quais se pretendeu isolar ao máximo a capacidade física a observar, tal como: a força (superior, média e inferior), a agilidade, resistência e

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flexibilidade. Durante o mesmo período lectivo, foram ministradas aulas de 45 minutos, com o objectivo de exercitar as capacidades físicas que foram avaliadas, de modo a promover a sua melhoria, para que no final do período se procedesse à avaliação sumativa e à comparação resultados obtidos, com o objectivo de observar a existência de ganhos/perdas.

Deste modo, o presente artigo tem como base os resultados obtidos na primeira avaliação (diagnóstica) e do segundo momento, na avaliação sumativa, bem como a comparação dos resultados obtidos.

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2. Revisão da Bibliografia

2.1 Definições de capacidades motoras condicionais e coordenativas Segundo Barbanti (1996), Gundlach propôs uma classificação que divide as capacidades motoras em dois grupos: as capacidades motoras e as condicionais.

As capacidades motoras coordenativas são determinadas essencialmente por componentes onde predominam os processos de condução dos impulsos nervosos e aspectos de natureza sensorial e motora.

As capacidades motoras condicionais são capacidades que dependes de aspectos de natureza energética e funcional, onde são predominantes os processos metabólicos nos músculos e sistemas orgânicos. (Grosser, 183; Prata, 187; Marques, 189; Barbanti, 1996)

Segundo Travassos, B. (2010), As capacidades de Força (máxima, explosiva e resistência), bem como a capacidade de resistência (Aeróbica e anaeróbica), estão incluídas no grupo das capacidades motoras condicionais. Por outro lado, capacidades como a velocidade (deslocamento e execução) e a flexibilidade (activa e passiva, fazem parte, entre muitas outras, do grupo das capacidades coordenativas.

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2.2- Definição de Resistência

Travassos, B. (2010) define a resistência como sendo a capacidade do organismo resistir à fadiga em situação de actividade motora prolongada.

Cita Zintl (1991), como sendo a capacidade de manter um equilíbrio funcional perante uma carga que desencadeie perda de rendimento, assegurando,

simultaneamente, uma recuperação rápida após o esforço.

Ainda segundo o mesmo autor, a capacidade de resistência subdivide-se em dois grupos: a resistência aeróbia e a anaeróbia.

A resistência aeróbia, define-se como sendo a capacidade de manter um esforço de intensidade baixa ou média, durante o maior tempo possível, garantindo que o consumo de oxigénio pelo organismo é inferior à capacidade de transporte.

No que diz respeito à resistência anaeróbia, é definida como a capacidade de manter um esforço de intensidade máxima ou sub-máxima, durante o maior tempo possível. Esta capacidade pressupõe que o esforço seja realizado sem a presença de oxigénio, ou seja, sem que exista o processo de respiração.

No que diz respeito à bateria de testes que foram aplicadas para observar e avaliar os ganhos relativamente às capacidades motoras por parte dos alunos,

podemos encontrar a capacidade de resistência aeróbia nos testes de cooper e ruffier, enquanto que, a capacidade de resistência anaeróbia está presente no teste de

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2.3- Definição de Força

Segundo Hertohg, et al., 1994, sob o ponto de vista desportivo, a força traduz-se na capacidade da musculatura produzir tensão, ou traduz-seja, aquilo que vulgarmente traduz-se denomina por contracção muscular.

Segundo Vermeil e Helland (1997), a força traduz-se na capacidade de combater o adversário, na desaceleração e na mudança rápida de direção.

Segundo Travassos, B. (2010) a força é a capacidade de modificar o estado de repouso ou de movimentar um corpo. O mesmo autor, subdivide a força em três grupos: o valor mais elevado de força que o sistema neuromuscular é capaz de produzir, independentemente do factor tempo, contra uma resistência que não se pode mover, é definido como força máxima; a força de resistência é apresentada como sendo uma capacidade que combina força e resistência, a qual se manifesta na

possibilidade de realizar esforços de média e longa duração; Citando, Shmidtbleicher, 1992, a força rápida ou explosiva, traduz.se na capacidade de produzir o maior impulso que o sistema neuromuscular é capaz de produzir num determinado período de tempo

Ainda segundo Travassos, B. (2010), a diferença entre força explosiva e resistente, depende da duração do esforço a que o organismo está submetido, na medida em que esforços de duração mais curta traduzem numa força explosiva enquanto que esforços mais duradouros, traduzem-se em força de resistência. A velocidade de execução é outro dos factores diferenciadores, na medida em que, segundo o autor, se máxima, traduz-se em força explosiva enquanto que, se moderada, trata-se de força resistente.

Perante esta definição, pode-se considerar que os exercícios presentes na bateria de testes à qual os alunos foram submetidos, permitem avaliar a força

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explosiva, visto que os exercícios propostos são de curta duração e realizados à velocidade máxima.

2.4 Definição de Agilidade

Segundo Rigo (1977), a agilidade é a capacidade de que um corpo tem de se movimentar no espaço, que traduzam em movimentos que incuem trocas de sentido e direção.

Para Barbanti, 2003, trata-se da capacidade de executar movimentos rápidos e ligeiros que incluam mudanças de direção.

Bompa, 2002, refere-se à agilidade como sendo a capacidade de um atleta mudar de direção de forma rápida e eficaz, bem como ser capaz de realizar ações que enganem o adversário.

2.5 Definição de Flexibilidade

Pavel e Araujo, citado por Araújo, 1983, define a flexibilidade como sendo uma qualidade motriz que depende directamente da elasticidade muscular e da mobilidade articular, expressa pela máxima amplitude de movimentos necessária para a perfeita execução de qualquer actividade física sem que ocorram lesões anatómicas.

Segundo Travassos, B. (2010), a flexibilidade define-se pela facilidade em executar movimentos de grande amplitude.

Deste modo, podemos concluir que o aumento da capacidade de flexibilidade traduz-se na possibilidade de produzir ações motoras com maior amplitude e portanto, oferece ao individuo a possibilidade de realizar novos movimentos.

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3. Metodologia

3.1 Amostra

O presente estudo teve como população alvo os alunos do 7º B da Escola Secundária Dr. João de Araújo Correia.

A amostra refere-se ao número de alunos submetidos à bateria de testes aplicada, anteriormente mencionada e situa-se nos 26 alunos. 15 correspondem ao género feminino, enquanto que os restantes são do género masculino.

De modo a conhecer melhor amostra, numa primeira fase, foi pedido aos alunos que fornecessem dados fundamentais, como o peso e a altura com o intuito de compreender qual o seu IMC, ou seja, em que estado se encontravam, de uma forma geral, no que diz respeito à sua composição corporal.

Através desse cálculo e tendo em conta os valores de referencia que se podem encontrar na tabela do Fitnessgram, observou-se que 6 elementos da população alvo se encontravam acima do peso recomendado, enquanto que os restantes estavam dentro dos valores de referência.

De modo a classificar e agrupar os alunos, de acordo com a composição

corporal, calculou-se o seu IMC pela fórmula peso/altura2 e utilizaram-se os valores de referência que constam da tabela do fitnessgram, que pode ser consultada na página destinada aos anexos, tal como está retratado na tabela que se segue.

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Quadro1: Cálculo do IMC de cada um dos alunos pela fórmula: IMC=Peso/altura2

Legenda: Normal: Encontra-se dentro dos valores padrão; Ep: Excesso de Peso, segundo os valores

padrão

Índice de Massa Corporal (IMC)

Aluno Idade Sexo Peso (kg) Altura (m) IMC Classificação

1 12 Masculino 38,6 1,53 16,49 Normal 2 11 Feminino 42,5 1,49 19,14 Normal 3 13 Masculino 60 1,72 20,28 Normal 4 11 Feminino 45 1,50 20,00 EP 5 12 Feminino 36 1,48 16,44 Normal 6 12 Feminino 50 1,60 19,53 Normal 7 12 Feminino 50 1,65 18,37 Normal 8 14 Masculino 58 1,68 20,55 Normal 9 12 Masculino 49 1,53 20,93 EP 10 12 Masculino 59 1,62 22,48 EP 11 12 Masculino 43 1,54 18,13 Normal 13 12 Feminino 35 1,50 15,56 Normal 14 11 Feminino 43 1,65 15,79 Normal 15 12 Feminino 38 1,48 17,35 Normal 16 16 Feminino 62 1,69 21,71 Normal 17 11 Feminino 45 1,47 20,82 EP 18 12 Feminino 42 1,36 22,71 EP 19 12 Masculino 46 1,58 18,43 Normal 20 11 Feminino 43,4 1,61 16,74 Normal 21 11 Feminino 43,4 1,60 16,95 Normal 22 12 Masculino 36,4 1,52 15,75 Normal 23 12 Feminino 52 1,62 19,81 Normal 24 13 Masculino 58 1,65 21,30 Normal 25 12 Masculino 36 1,52 15,58 Normal 26 12 Masculino 44 1,53 18,80 Normal 27 12 Feminino 48 1,50 21,33 EP

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3.2 - Instrumentos e procedimentos de análise de dados

De modo a avaliar a evolução dos alunos, no que diz respeito às suas capacidades físicas, recorreu-se a uma bateria de testes, a qual foi aceite pelo

agrupamento de Educação Física da escola secundária Dr. João de Araújo Correia, que foi aplicado no início do ano lectivo e no final do primeiro período, como forma de avaliação diagnóstica e sumativa, respetivamente. De considerar que os resultados obtidos pelos alunos tiveram influencia na sua classificação no final do período.

A recolha dos dados foi realizada através do registo do resultado do

desempenho do aluno em cada um dos exercícios que compuseram a bateria de teses, numa grelha, que pode ser consultada nos anexos deste documento.

Para que os dados obtidos fossem o mais fidedignos possíveis, organizaram-se os alunos em pares, com o objetivo que cada um dos elementos contasse o número de repetições, voltas, ou centímetros alcançados, dependendo dos exercícios.

A contagem da frequência cardíaca, após esforço, ou após o tempo de

recuperação foi realizada pelos próprios alunos e transmitida, de modo a ser registada.

Após a recolha dos dados, estes foram registados recorrendo ao programa excell e tratados no mesmo, para que se pudessem realizar tabelas de registo e gráficos que facilmente pudessem demonstrar os dados já tratados.

De modo a proceder-se à análise dos dados obtidos, tendo em vista a retirada de conclusões, recorreu-se aos valores de referência, retirados das tabelas do

fitnessgram, no que se refere aos valores da zona saudável de aptidão física (ZSAF), em

algumas capacidades, visto que a bateria de testes aplicada tem algumas diferenças com a bateria de testes do fitnessgram, nomeadamente nos exercícios de força, visto que os mesmos estão limitados pelo tempo.

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4. Resultados

4.1 – Resultados Evolução das capacidades físicas 4.1.1 – Resultados Capacidade Resistência

A tabela 2, representa a frequência cardíaca dos alunos, recolhida nos dois momentos de avaliação (diagnóstica e sumativa) após um exercício de corrida continua com a duração de 11 minutos, no qual os alunos estiveram em situação de esforço máximo.

Quadro 2: Frequência cardíaca (número de batimentos por minuto) recolhida pelos alunos, após um

esforço contínuo de 12 minutos, em dois momentos: Avaliação Diagnóstica e na Avaliação Sumativa

Através da análise dos dados apresentados na tabela e assumindo que o esforço foi máximo em ambos os momentos de avaliação, devemos considerar que a

Idade Sexo Frequência cardiaca em esforço Freq. Cradiaca em esforço Evolução

1 12 Masculino 270 162 Sim 2 11 Feminino 228 156 Sim 3 13 Masculino 210 210 Manteve 4 11 Feminino 186 150 Sim 5 12 Feminino 198 240 Não 6 12 Feminino 180 180 Manteve 7 12 Feminino 240 210 Sim 8 14 Masculino 150 180 Não 9 12 Masculino 210 180 Sim 10 12 Masculino 174 186 Não 11 12 Masculino 180 180 Manteve 13 12 Feminino 150 162 Não 14 11 Feminino 240 SR 15 12 Feminino 222 144 Sim 16 16 Feminino 216 90 Sim 17 11 Feminino 210 216 Não 18 12 Feminino 240 180 Sim 19 12 Masculino 210 198 Sim 20 11 Feminino 240 186 Sim 21 11 Feminino 150 96 Sim 22 12 Masculino 240 168 Sim 23 12 Feminino 210 162 Sim 24 13 Masculino 180 162 Sim 25 12 Masculino 222 162 Sim 26 12 Masculino 192 192 Manteve 27 12 Feminino 192 144 Sim N.º Teste de Ruffier Avaliação Sumativa Avaliação Diagóstica

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diminuição da frequência cardíaca se constitui num aumento da capacidade de resistência.

Desta forma, consideramos que 16 dos 25 alunos, melhoraram nessa capacidade, enquanto que apenas 5 pioraram.

Os gráficos apresentados referem-se à comparação entre os momentos de avaliação da capacidade cardiorrespiratória e de resistência dos alunos.

Os gráficos 1 e 2, referem-se à diferença dos batimentos cardíacos por minuto dos alunos, do final do primeiro período em relação ao início do mesmo período. Ou seja: Freq. Cardíaca avaliação sumativa – Freq. Cardíaca avaliação diagnóstica

O gráfico 1 representa a diferença logo após o esforço, enquanto que o gráfico 2 representa a diferença após 6 minutos de recuperação.

O gráfico 3, refere-se à diferença de número de voltas à pista de atletismo, do final do 1º período em relação ao início do mesmo período. Ou seja: Nº de voltas avaliação sumativa – Nº de voltas na avaliação diagnóstica

Gráfico 1: Diferença entre o número de batimentos cardíacos após o esforço, no momento da avaliação

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cardíacos que os alunos tiveram a mais (no caso dos valores positivos) ou a menos (no caso dos valores negativos) em comparação entre o segundo e o primeiro momento de recolha de dados.

Quadro 3: Frequência cardíaca (número de batimentos por minuto) recolhida pelos alunos, depois de

um período de 6 minutos de recuperação, após o esforço contínuo de 12 minutos, em dois momentos: Avaliação Diagnóstica e na Avaliação Sumativa

Legenda: bpm- Batimentos por minuto; SR- Sem resultados

Idade Sexo Frequência cardiaca após rescuperação (bpm) Freq. Cradiaca após recuperação (bpm) Evolução

1 12 Masculino 96 90 Sim 2 11 Feminino 90 120 Não 3 13 Masculino 96 84 Sim 4 11 Feminino 114 108 Sim 5 12 Feminino 72 150 Não 6 12 Feminino 132 120 Sim 7 12 Feminino 102 120 Não 8 14 Masculino 72 96 Não 9 12 Masculino 84 126 Não 10 12 Masculino 108 108 Manteve 11 12 Masculino 114 114 Manteve 13 12 Feminino 102 72 Sim 14 11 Feminino 102 SR SR 15 12 Feminino 90 96 Não 16 16 Feminino 108 78 Sim 17 11 Feminino 90 120 Não 18 12 Feminino 72 114 Não 19 12 Masculino 120 114 Sim 20 11 Feminino 102 108 Não 21 11 Feminino 90 84 Sim 22 12 Masculino 138 108 Sim 23 12 Feminino 126 96 Sim 24 13 Masculino 90 90 Não 25 12 Masculino 150 132 Sim 26 12 Masculino 96 108 Não 27 12 Feminino 60 120 Não N.º

Avaliação Diagóstica Avaliação Sumativa Teste de Ruffier

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Gráfico 2: Diferença entre o número de batimentos cardíacos após 6 minutos do esforço realizado ou

seja, após o período de recuperação passiva, no momento da avaliação sumativa e no momento da avaliação diagnóstica. O eixo vertical corresponde ao número de batimentos cardíacos que os alunos tiveram a mais (no caso dos valores positivos) ou a menos (no caso dos valores negativos) em comparação entre o segundo e o primeiro momento de recolha de dados.

De acordo com os resultados apresentados em nos gráficos, podemos depreender que na maior parte dos casos, os alunos, sendo submetidos a um esforço semelhante,

apresentaram um numero de batimentos cardiacos, por minuto, mais reduzido. Quanto à frequência cardiaca após o tempo de recuperação, os resultados, demonstram que a frequência cardiaca, também diminuiu.

No que diz respeito ao numero de voltas dadas à pista de atletismo, podemos considerar que os resultados foram bastante fragmentados, uma vez que, apesar da maior parte dos alunos apresentar ganhos na capacidade de percorrer espaço, durante o mesmo perído de tempo, existem alguns casos onde foram apresentados retrocessos claros nessa capacidade, tal como demosntra o gráfico que se segue.

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Idade Sexo Nº de repetições Nº de Repetições Evolução 1 12 Masculino 16 23 sim 2 11 Feminino 10 15 sim 3 13 Masculino 28 20 Não 4 11 Feminino 13 11 Não 5 12 Feminino 13 18 sim 6 12 Feminino 11 19 sim 7 12 Feminino 14 19 sim 8 14 Masculino 16 21 sim 9 12 Masculino 18 23 sim 10 12 Masculino 18 22 sim 11 12 Masculino 17 19 sim 13 12 Feminino 22 15 Não 14 11 Feminino SR SR SR 15 12 Feminino 22 20 Não 16 16 Feminino SR SR SR 17 11 Feminino 9 12 sim 18 12 Feminino 17 16 Não 19 12 Masculino 16 17 sim 20 11 Feminino 13 14 sim 21 11 Feminino 11 17 sim 22 12 Masculino 13 22 sim 23 12 Feminino SR 18 SR 24 13 Masculino 22 21 Não 25 12 Masculino 20 19 sim N.º Avaliação Diagóstica

Força média (Abdominais)

Avaliação Sumativa

Gráfico 3: Diferença entre o número de voltas dadas à pista, durante o período de 12 minutos, no

momento da avaliação sumativa e no momento da avaliação diagnóstica.

4.1.2 Força média

O quadro 4, refere-se ao numero de abdominas que cada um dos alunos foi capaz de executar, de forma correta num período de 30 segundos, nos dois momentos de avaliação.

Quadro 4: Força média (número de repetições de abdominais) recolhida pelos alunos, no período de 30

segundos, em dois momentos: Avaliação Diagnóstica e na Avaliação Sumativa

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O gráfico que se segue (gráfico 4), refere-se à diferença no numero de abdominais que cada aluno foi capaz de realizar, correctamente durante o período de 30 segundos. Ou seja: Nº de abdominais realizados na avaliação sumativa – Nº de abdominais realizados na avaliação diagnóstica.

Gráfico 4: Diferença entre o número de repetições executadas (abdominais) durante o período de 30

segundos, no momento da avaliação sumativa e no momento da avaliação diagnóstica

Os resultados que se encontram retratados neste gráfico, demosntram que na globaidade da turma, existiram ganhos significativos nesta capacidade física.

Existem, no entato 2 casos nos quais a sua prestação ficou aquém do que seria expectável.

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4.1.3 Força Inferior

O quadro 5, refere-se ao numero de Agaichamentos que cada um dos alunos foi capaz de executar, de forma correta num período de 30 segundos, nos dois momentos de avaliação,

Quadro 5: Número de repetições executadas (Agaichaments) durante o período de 30 segundos, no momento da avaliação sumativa e no momento da avaliação diagnóstica

Legenda: SR- Sem

Resultados

O gráfico que se segue (gráfico 5), refere-se à diferença no numero de agaichamentos que cada aluno foi capaz de realizar, correctamente durante o período de 30 segundos. Ou seja: Nº de agaichamentos realizados na avaliação sumativa – Nº de agaixamentos realizados na avaliação

Idade Sexo Nº de repetições Nº de Repetições Evolução

1 12 Masculino 20 15 Não 2 11 Feminino 19 25 sim 3 13 Masculino 20 25 sim 4 11 Feminino 22 19 Não 5 12 Feminino 22 33 sim 6 12 Feminino 17 22 sim 7 12 Feminino 17 17 manteve 8 14 Masculino 14 22 sim 9 12 Masculino 25 36 sim 10 12 Masculino 26 30 sim 11 12 Masculino 26 15 Não 13 12 Feminino 22 27 sim 14 11 Feminino SR SR SR 15 12 Feminino 22 16 Não 16 16 Feminino SR 17 SR 17 11 Feminino 15 SR SR 18 12 Feminino 20 12 Não 19 12 Masculino 11 24 sim 20 11 Feminino 21 24 sim 21 11 Feminino 19 22 sim 22 12 Masculino 22 19 Não 23 12 Feminino SR 25 SR 24 13 Masculino 6 20 sim 25 12 Masculino 13 28 sim 26 12 Masculino 22 33 sim 27 12 Feminino SR 7 SR N.º

Avaliação Diagóstica Avaliação Sumativa Força inferior (Agaichamentos)

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Os resultados obtidos e representados neste gráfico demonstram que, na maior parte dos casos, os alunos obtiveram ganhos no que se refere à capacidade de força inferior.

Ainda assim, existem alguns casos, em que se observaram resultados negativos Ainda acerca da capacidade de força inferior, o presente gráfico representa a diferença (em centimetros) da distância percorrida, através de um salto horizontal, partindo de uma posição de semi-agaichamento, sem corrida preparatória.

Gráfico6: Refere-se à diferença, em centimetros, da distância alcançada pelos alunos, num salto horizontal, partindo de uma posição de semi-agaichamento.

Neste caso específico, os resultados obtidos são muito divergentes de caso para caso. Se no caso de alguns alunos, os ganhos são evidentes, outros demonstram

retrocesso na capacidade de produzir um salto horizontal, utilizando, principalmente os músculos inferiores.

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4.1.4 – Força superior

O quadro 6 que se segue, refere-se ao numero de Flexões de braços que cada um dos alunos foi capaz de executar, de forma correta num período de 30 segundos, nos dois momentos de avaliação.

Legenda: SR- Sem Resultados

O gráfico que se segue (gráfico 7), refere-se à diferença no numero de flexões que cada aluno foi capaz de realizar, correctamente durante o período de 30 segundos. Ou seja: Nº de flexões realizados na avaliação sumativa – Nº de flexões realizados na avaliação diagnóstica.

Idade Sexo Nº de repetições Nº de Repetições Evolução

1 12 Masculino 8 10 sim 2 11 Feminino 5 10 sim 3 13 Masculino 10 14 sim 4 11 Feminino 4 6 sim 5 12 Feminino 4 5 Não 6 12 Feminino 4 10 sim 7 12 Feminino 2 8 sim 8 14 Masculino 5 4 Não 9 12 Masculino 12 12 manteve 10 12 Masculino 10 10 manteve 11 12 Masculino 7 20 sim 13 12 Feminino 9 4 Não 14 11 Feminino SR SR SR 15 12 Feminino 12 3 Não 16 16 Feminino SR SR SR 17 11 Feminino 2 6 sim 18 12 Feminino SR 14 SR 19 12 Masculino 8 10 sim 20 11 Feminino 5 9 sim 21 11 Feminino 3 9 sim 22 12 Masculino 4 10 sim 23 12 Feminino SR 17 SR 24 13 Masculino 10 10 manteve 25 12 Masculino 12 17 sim 26 12 Masculino 14 14 manteve 27 12 Feminino SR 12 SR N.º

Avaliação Diagóstica Avaliação Sumativa Força Superiori (Flexões de braços)

(50)

De acordo com os resultados obtidos, podemos considerar que quase todos os alunos da turma, melhoraram no que diz respeito à força superior. Apenas 3 alunos apresentaram resultados negativos, sendo que desses, só 2 ficaram bastante abaixo do que eram capazes de realizar na avaliação diagnóstica.

4.1.5 – Flexibilidade

A tabela que se segue refere-se ao alcance (em centímetros) que os alunos atingiram nos dois momentos de avaliação. De considerar que a ponta dos pés é considerada como sendo o valor neutro (0), ou seja, caso o aluno a ultrapasse com a ponta dos dedos das mão, serão contabilizados valores positivos, caso não se verifique, os valores a considerar serão, negativos.

Quadro 7: Refere-se ao alcance dos alunos nos dois momentos de avaliação

Idade Sexo Alcance Alcance Evolução

1 12 Masculino 3 5 sim 2 11 Feminino -1 -5 Não 3 13 Masculino 8 12 sim 4 11 Feminino 11 13 sim 5 12 Feminino 2 2 manteve 6 12 Feminino -10 -10 manteve 7 12 Feminino 7 7 manteve 8 14 Masculino 7 5 Não 9 12 Masculino 0 -2 Não 10 12 Masculino 6 10 sim 11 12 Masculino 3 0 Não 13 12 Feminino 15 14 Não 14 11 Feminino SR SR SR 15 12 Feminino 0 -3 Não 16 16 Feminino SR -5 SR 17 11 Feminino 7 SR SR 18 12 Feminino 6 6 manteve 19 12 Masculino -6 -10 Não 20 11 Feminino 6 8 sim 21 11 Feminino 6 10 sim 22 12 Masculino -2 -2 manteve 23 12 Feminino SR 11 SR 24 13 Masculino -9 -10 Não 25 12 Masculino 5 10 sim 26 12 Masculino 1 0 Não 27 12 Feminino SR -1 SR Avaliação Sumativa Flexibilidade (Flexi-teste adaptado) - Sentar e alcançar N.º

(51)

O gráfico que se segue (gráfico 8) , diz respeito à diferença (em centímetros) da distância que os alunos atingiram na realização do flexi-teste (sentar e alcançar)

Os resultados apresentados, demonstram muita variabilidade de resultados. Se por um lado, em 7 dos casos, os alunos foram capazes de melhorar a sua flexibilidade, 9 outros alunos acabaram por obter perdas nesta mesma capacidade coordenativa. Registaram-se ainda 5 casos nos quais a flexibilidade não sofreu alterações, no teste realizado.

4.1.6 – Agilidade

A tabela…que se segue, refere-se ao tempo sispendido pelos alunos para completar um percurso de 4x9m, com mudanças de direção dispostas na forma de um “W”, nos dois momentos de avaliação.

(52)

Quadro 8: Tempo, em segundos, despendido para completar o percurso, nos dois momentos de

avaliação.

Legenda: SR- Sem Resultados; S- Segundos

O gráfico que se segue (gráfico 9), diz respeito à diferença (em segundos) do tempo utilizado para percorrer uma distância de 4x9metros, com mudanças de direção a cada 4 metros. Ou seja, o tempo utilizado na avaliação sumativa – o tempo utilizado na avaliação diagnóstica.

Através dos resultados obtidos, podemos observar que existem 4 casos, nos quais os alunos demoraram mais 1 segundo no ultimo teste, em relação ao primeiro. No

Idade Sexo tempo(s) tempo(s) Evolução

1 12 Masculino 11,13 10,7 sim 2 11 Feminino 12,44 13,8 Não 3 13 Masculino 10,06 9,91 sim 4 11 Feminino 11,53 SR SR 5 12 Feminino 10,84 11,58 Não 6 12 Feminino 12,63 13,64 Não 7 12 Feminino 13,65 12 sim 8 14 Masculino 11,63 11,38 sim 9 12 Masculino 10,22 10,71 Não 10 12 Masculino 10,81 11,2 sim 11 12 Masculino 12,04 12,33 Não 13 12 Feminino 12,28 SR SR 14 11 Feminino SR SR SR 15 12 Feminino 11,85 12,33 Não 16 16 Feminino SR SR SR 17 11 Feminino 12,71 14,3 Não 18 12 Feminino 12,38 12,7 Não 19 12 Masculino 11,66 13,38 Não 20 11 Feminino 12,25 12,53 Não 21 11 Feminino 12,19 12,78 Não 22 12 Masculino 10,97 11,3 Não 23 12 Feminino SR 13,26 SR 24 13 Masculino 9,75 10,51 Não 25 12 Masculino 11,94 SR SR 26 12 Masculino 10,97 11,16 Não 27 12 Feminino SR 13,96 SR N.º

Avaliação Diagóstica Avaliação Sumativa Agilidade (4x9m)

(53)

sentido oposto, encontra-se um aluno, que melhorou o seu tempo em mais de 1 segundo.

Desta forma, podemos concluir que a maior parte dos alunos, manteve-se muito próximo do resultado obtido aquando da primeira prestação, não existindo ganhos muito evidentes nesta capacidade física.

No que diz respeito aos resultados obtidos, nesta capacidade específica, ficaram aquém do que era esperado, uma vez que a maior parte dos alunos demorou mais tempo a percorrer o mesmo percurso.

4.2 – Resultados globais

Gráfico 10: Resultados globais - Demonstração gráfica entre o numero de alunos que apresentou

(54)

O gráfico a cima, demonstra a relação entre ganhos e perdas em todas as capacidades físicas que foram alvo deste estudo.

O mesmo gráfico demonstra, igualmente, o número de alunos, para os quais não foi possível obter resultados, nos diferentes testes efectuados.

5. Conclusões

O estudo realizado teve como principal motivação, perceber se a unidade didática de condição física, na qual eram realizados exercícios dedicados ao aumento das capacidades motoras condicionais e coordenativas dos alunos, iria resultar em ganhos visíveis por parte desses mesmos alunos nessas mesmas capacidades.

Através dos dados gerais apresentados, pode-se constatar que existiram capacidades motoras, nas quais se verificou que a maior parte dos alunos foi capaz de melhorar a sua prestação do momento de avaliação diagnóstica, que coincidiu com o primeiro momento no qual os alunos foram sujeitos à bateria de testes, para o segundo momento, no qual foi realizada a avaliação sumativa referente ao primeiro período.

Podemos também observar que as capacidades motoras nas quais maior número de alunos apresentaram melhorias significativas do primeiro para o segundo momento de avaliação são as que estão relacionadas com exercícios de força, ou seja: a força superior que foi avaliada através da realização de flexões de braços; a força média que foi avaliada através da execução de abdominais; e a força inferior que foi avaliada através da execução de agaixamentos.

De notar, igualmente, que no que diz respeito à capacidade de flexibilidade, o número de alunos que apresentou resultados inferiores ou manteve, no segundo momento de avaliação em comparação ao que tinha realizado no primeiro, foi o mais

Imagem

Gráfico 1: Diferença entre o número de batimentos cardíacos após o esforço, no momento da avaliação  sumativa e no momento da avaliação diagnóstica
Gráfico 2: Diferença entre o número de batimentos cardíacos após 6 minutos do esforço realizado ou  seja, após o período de recuperação passiva, no momento da avaliação sumativa e no momento da  avaliação diagnóstica
Gráfico 3: Diferença entre o número de voltas dadas à pista, durante o período de 12 minutos, no  momento da avaliação sumativa e no momento da avaliação diagnóstica
Gráfico 4: Diferença entre o número de repetições executadas (abdominais) durante o período de 30  segundos,  no momento da avaliação sumativa e no momento da avaliação diagnóstica
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