,ffi
lJniversidade
de
É*or*Gr
líonesto EsÉudo com Lofiga E4periência &{ist{rrodo
DEPARTAMENTo
DEcnstÃo
organização
eimplementação
de
um Balanced Scorecard
num
Serviço
Perifórico
da
Admtnlstração Directa
do
Estado - Condicionantes
epotencialidades
p*ra
uma
gesúãomais
eÍiciente:
O Caso da DSCST da
DRE-Alentejo
TRABALHO
DE PROJECTOMestrado em Gestâo - Especialização em sectorPúblico Administrativo
Por:
Nuno Manuel Figueira Corchado
Orientado por:
António Joâo Coelho de Sousa
M
universidade
de
Évora
Honesto Esludo com Longa Experiência Mislurado
DEPARTAMENTo
DE
cpsrÃo
Organização
eimplementação de um Balanced Scorecard
num
Serviço
Periférico
da
Administração Directa
do Estado - Condicionantes
epotencialidades
para
uma gestÍlo mais eÍiciente:
O Caso da DSCST da
DRE-Alentejo
TRABALHO
DE PROJECTOMestrado em Gestão - Especialização em Sector Público Administrativo
Por:
Nuno Manuel Figueira Corchado
2
,l7o
j
rL
Orientado por:
António João Coelho de Sousa
Organização e implementação de wn Balanced Scorecard num serviço periférico da adminisfação directa do Estado
-Condicionantes e potencialidades para uma gestÍlo maís eficiente: O Caso da DSCST da DRE-Alentejo
Dedicatória
Organização e rmplementação deunBalanced Scorecardntxtserviço periférico da administração directa do Estado
-Condicionantes e potenciahdades para uma gestâo mais eficiente: O Caso da DSCST da DRE-Alentejo
Agradecimentos
Ao
Professor DoutorAntónio
João Coelho de Sousa, orientador deste trabalho de projecto, pela permanente disponibilidade, confiança e incentivo manifestado e pela sua orientação, que foram fundamentais para o desenvolvimento do trabalho.Um agradecimento especial à
Ritiúa,
à Dulce e àmiúa
restante família pelo tempo que nãolhes dediquei.
Ao
Director Regional da Economia do Alentejo, pela disponibilidade para a realização destetrabalho, bem como aos Directores de Serviço pela colaboração prestada.
A
todos muito obrigado!f
-
ri
fOrganização e implementação de m Balanced Scorecard num serviço periférico da adminisração drecta do Estado
-Condicionantes e potencialidades para uma gestão mais eficiente: O Caso da DSCST da DRE-Alentelo
Resumo
Os
serviços públicos estão confrontados, cadavez
mais,com uma
envolvente externa e interna mais exigente, o que inevitavelmente obriga à introdução da abordagem estratégica.A
avaliação de desempenho na Administração Pública, obriga à integração de metodologiasde
gestão estratégica,que
podemser
monitorizadascom
o
Balanced Scorecard (BSC),funcionando este como núcleo para alimentar
os ciclos
anuaisde
gestÍioe
o
sistema deavaliação de desempenho, contribuindo assim para melhorar a gestilo dessas organizações.
Este trabalho consubstancia uma propostâ de projecto de organização e implementação de um BSC num serviço público específico, nomeadamente a Direcção de Serviços do Comércio e
Serviços
e
do
Turismo (DSCST) da Direcção Regional da Economiado Alentejo
(DRE-Alentejo).
A
abordagem estratégicana
DRE-Alentejoe
na
DSCST, apoiadano BSC,
constitui umainiciativa
queimplica
mudanças. Permitesimplificar
a
definição da estratégiae do
planoestratégico, apoiar
a
construção dos planos de actividades,o
mapa de pessoal,a
carta demissão,
facilitar
a comunicação da estratégia nointerior
e exteriorda
organização. Permite aindao
alinhamentoe
a articulação dos objectivos em todos os níveis hienárquicos com a estratégia, bem como a medição da eÍicácia da estratégia.Palavras-Chave: Gestiío Esüatégica, Balanced Scorecard, Serviços Públicos.
t-_.
]OrganizaçAo implementação de w Balanced Scorecard n;nn serviço periférico da admrnrstração directa do Estado
-Condicionantes e poüencialidades para uma gestÍlo mais eficiente: O Caso da DSCST da DRE-Alentejo
The
organization
and implementationof
a Balanced Scorecardin
acentral
governmentadministrative depaúment
at
the local level: limitations and the potential
for
more eÍIicientadministration:
the example of the DRE Alentejo DSCST.Abstract
Government departments increasingly operate
within
an ever more demanding environment in both internal and external terms, and there is therefore a requirement for the adoptionof
a strategic approach to public administration.Performance evaluation requires the use
of
strategic management methodologies monitoredby
meansof
a
Balanced Scorecord (BSC),which
provides datafor
annual management reviews and the performance evaluation system, thereby contributing towards the improved management of government departments.In
this paper a proposal is presentedfor
the organization and implementationof
a BSCin
aspecific public deparbnent, the @RE-Alentejo) Alentejo Regional Department
of
EconomicAffairs
(DSCST) Department of Commerce and Tourism.The strategic approach based on BSC adopted by the DRE-Alentejo involves changes
in
the management system.The
processof
setting strategy and drawingup
a
strategicplan
issimplified, and
úe
approach helpsin
the drawing upof activity
plans, theoflicial
staff plan and the mission statement;it
also enables the organization's strategyto
be better understood both internally and externally, while bringingit
into linewith
objectives, which can be morecoherently pursued
at
all
levels;finally,
it
allows
for
the
effectivenessof
strategyto
begauged.
Key-words:
strategic management, Bolance d Scorecard, public deparbnents.t.-
lvOrganização e implementação de w Balanced Scorecard rrlrr smiço periférico da adminisfação directa do Estado
-ÍNorco
cERÀL
Índice de Figurasuma mais eficiente: O Caso da DSCST da DRE-Alentejo
vtlt
Condrcionantes e
... I 1
Lista de Abreviaturas e Siglas
TNTRODUÇÃO...
Parte
I
Revisilo da
Literatura
CAPÍTIILO
I:
O Modelo de Gestão Estratégica nos Serviços Públicosl.l.
O calendrírio do planeamento e da prestação de contas nos serviços públicos ...71.2.
A
gestÍlo estratégica nos serviços públicos 8 1.3. Análise estratégica 1.3.1. Análise dos stakeholders ... 18 ... 19 22x
1 1.3.2. Anéiise SWOTl4
1 .4. Formul açáo e implementação estratégicas.. ... 151 . 5. Acompanhamento da estratégia ... ...
l6
1.6. Prestação de contas ...t7
CAPÍTI LO
II
-
O Balanced Scorecard como Ferramenta de Gestão e sua Adaptação aos Serviços Públicos 2.1. Conceitos fundamentais do Balqnced Scorecard 2.2. Ev oluçáo do B alanc e d Sc ore c ard ... 2.3. O Balanced Scorecardnos serviços públicos... 2.3.1 . Adaptações genéricas ...222.3.2. O BSC como sistema integrado de avaliação de desempeúo...24
2.3.3. O BSC como sistema integrado de gestão
estratégica.
...262.3.3.1. O acompanhamento estratégico nos serviços púbIicos...27
2.3.3.2.0
Report nosservigospúblicos..
...29CAPÍTULO
IfI -
Projecto
de
Implementação
do
Balanced
Scorecardem
Serviços públicos 3.1.A
planificagão e lançamento do projecto de implementação do BSC ... 303.1.1. Identificar os motivos paÍa a implementação
...
... 30i:)
Organiz*rrfu e implementação de nm Balanced Scorecard nrm *rviço periférico da admrnisfração drecta do Estado
-Condrcionantes e potencialidades para uma gestilo mais eficiente: O Caso da DSCST da DRE-Alen§o
3.1.3. Os beneÍícios da aplicação do Balanced Scorecardnos serviços públicos... 32
3.1.4. Por onde começar a implementação do Balanced
Scorecard
...323.1.5.
A
constituiçáo da equipa responsável 3.1.6. O plano de comunicação ... 3.1.7. Cronogftrma para implementação de um BSC em serviços púbIicos... 36Parte
II
P roiegto de OreaniTÃcão elmolementrção
dew
B alanced S corecard naDRE-Alenteio
e DSCSTCAPÍTIILO
IV-
PlaniÍicar,
Sensibitizar o Lançamento e Desenvolver oProjecto
4.1. Caracterização da Direcção Regional da Economia do Alentejo... 384. l.
l.
Organograma da DRE-Alentejo 4.1.2. Competências e atribuições da DRE-Alentejo ... 4.I.3. Á*ea geográrfica de actuação da DRE-Atentejo... 4.1.4. Os recursos humanos da DRE-Alentejo 4. 1.5. Regime financeiro da DRE-Alentejo... 4.2. Obter o apoio da gestão de topo... 4.3. Constituição da equipa Balanced 4.4. Treino da equipa e plano de comunicagão do Balanced Scorecard... 4.5. Cronograma do projecto: fases de planeamento e de desenvolvimento....CAPÍTULO
V - Análise Estratégica e Formulação da Estratégia 5. 1. Análise estratégica: stakeholders ... 5. 1 . 1 . Principais st akeholde rs ... 44 5.1.2. Tipificação dosstalrelnlders...
...455. I .3. Diagnóstico dos stake holders ... 46
5.2. Análise SWOT ...47
5.2.1. Anáiise
intema.
...485.2.2. Análise
externa
...495.3. Formulação da estratégia: missão, visão, valores e vectores estratégicos ... 51
5.3.1.
A
missão
...5l
5.3.2.A
visão...
...51 5.3.3. Os valorescorporativos...
...5l
... 34 35 39 40 40 404t
4t
4l
42 43 ... 44i.l
vr_i
l----//' 5.3.4. Os vectores estratégicos 53Organização e implementação de w Balanced Scorecard ntxn servrço perrférico da administração directa do Estado
-Condicionantes e potencialidades para uÍna gestão mars eficiente: O Caso da DSCST da DRE-Alentejo
CAPÍTIILO VI
-
Aplicação da MetodologiaBalanced ScoTecard naDRE-Alentejo
C DSCST
6.1.
A
metodologia Balanced Scorecard da DRE-Alentejo... 6.2. Perspectivas BSC e objectivos estratégicos.6.3. Mapa estratégico da DRE-Alentejo... 6.4. Mapa de indicadores da DRE-Alentej o..., 6.5. As iniciativas estratégicas da DRE-Alentejo
6.6. Mapa estratégico consolidado da DRE-Alentejo
6.7. O Balanced Scorecard na DSCST
6.7.l.Amissãoeavisão
6.7 .2. Os objectivos esbategicos... 6.7.3. Mapa estratégico da DSCST. 6.1.4. Mapa de indicadores da DSCST 6.7.5. As iniciativas estratégicas da DSCST... 6.7.6. Mapa estratégico consolidado da DSCST.CAPÍTIILO
VII
-O
Report na Metodologia Bolanced Scorecard daDRE-Alentejo
eDSCST
7.1. As Fichas de Report da DRE-Alentejo
7.2. Ãs Fichas de Report da DSCST. 54 56 57 59
6l
63 64 64 64 65 66 68 707l
75 CONCLUSÔES..BIBLIOGRAFIA
Anexos 79 86 92Anexo
I
-
Fichas dos Indicadores da DRE-Alentejo Anexotr
-
Fichas dos Indicadores da DSCSTAnexo
III -
Fichas das Iniciativas Estratégicas da DRE-Alentejo AnexoIV
-
Fichas das Iniciativas Estratégicas da DSCSTAnexo V
-
Questionários implementadosi- -.1
iOrganização e implementação de wn Balanced Scorecardnum serviço periférico da administração directa do Estado
-Condicionantes e potencialidades para uma gestáo mars eficiente: O Caso da DSCST da DRE-Âlentejo
Índice de Figuras
Figura
n.o 1: Metodologia de desenvolvimento doprojecto-piloto...
...4Figura
n.o 2: O Calendrário do planeamento, acompanhamento e prestagão de contas... 8Figura
n.o 3: Modelo de gestão estratégica nos serviçospúblicos
...l0
Figura
n.o 4: Classe de stakeholders por nível de relevânciaFigura
n.o 5: Factores de ameaça e cooperação dos stskeholders...Figura
n." 6: Diagnóstico dos stal@holdersFigura
n." 7: Gestilo das relações com os stakehohders...Figura
n." 8: Matriz SWOTFigura
n.o 9: Conceitos fundamentais do Balanced Scorecard...Figura
n." 10: Estrutura do Balanced Scorecard original...Figura
n.o 11: Estrutura do Balanced Scorecard como sistema de gestão estratégica...20Figura
n."12
Processos para gerir a estratégia2t
Figura
n.o 13: Balanced Scorecard original e sua adaptação aos serviços públicos ...23Figura
n.o 14: Modelo integrado de gestão estratégica nos serviços públicos ...26Figura
n.o 15: Desdobramento "cascading" do BSC corporativo integrado com o subsistema SIADAP.... ...27Figura
n.o 16: Nível de ambição do projecto Balanced Scorecardt2
l3
13t4
15 r8t9
31 34 36 36 39 42 44 45 47 48Figura
n." 17: Constituição da equipa responsáve1...Figura
n.o 18: Plano de comunicação...Figura
n.o 19: Plano de desenvolvimento do Balanced ScorecardFigura
n." 20: Organograma da DRE-AlentejoFigura
n.o 21: Constituição da equipa Balanced Scorecard-
Papéis e Responsabilidades...Figura
n." 222 Plano de comunicação a aplicar no projecto-piloto da DRE-Alentejo...43Figura
n.o 23: Cronograma para de planeamento e desenvolvimento do projecto-piloto.. 43Figura
n.o 242 Stakeholders identificados....Figura
n.o 25: Tipificação dos stakeholdersFigura
n." 262 Matriz de stakeholder.§...Figura
a."27:Matriz
SWOT da DRE-AlentejoFigura
n.o 28: Dez Princípios Éticos da AdministraçãoPública
...52Figura
n." 292 O Balonced Scorecard daDRE-AIentejo...
... 54Figura
n.o 30: Questões subjacentes a cadaperspectiva do Balanced Scorecard ... 55Figura
n." 31: Objectivos Eshatégicos da DRE-Alentejo na perspectiva stakeholders ...56OrganizaçÍlo e implementação de wt Balanced Scorecard nw servrço periférico da admimstração directa do Estado
-Condtcionantes e potencialidades para uma gestilo mais eficrente: O Caso da DSCST da DRE-Alentejo
Figura
n.o 32: Objectivos Estratégicos da DRE-Alentejo na perspectiva processos... 56Figura
n.o 33: Obje,ctivos Estratégicos da DRE-Alentejo na perspectiva inovagão eaprendizagem...
...57Figura
n.o 34: Objectivos Estratégicos da DRE-Alentejo na perspectiva financeira ... 57Figura
n.o 35: Mapa Estratégico da DRE-AlentejoFigura
n.o 36: Mapa de Indicadores da DRE-Alentejo (3anos)..
... 59Figura
n." 37: Mapa de lndicadores da DRE-Alentejo (AnoN
- Trimestral) 60Figura
n." 38: Mapa Estratégico Consolidado da DRE-Alentejo... ... 63Figura
n.o 39:A
Missão e a Visão da DSCST. 64Figura
n.o 40: MLafrz de alinhamento dos objectivos DSCST com os objectivos estratégicos da DRE-Alentej o 64Figura
n."4l:
Mapa Estratégico daDSCST.
... 65Figura n."
42: Mapa de Indicadores da DSCST (3 anos) ...66Figura
n.o 43: Mapa de Indicadores da DSCST (AnoN
- TrimestraD... ...67Figura
n." Mz Mapa Eshatégico Consolidado daDSCST...
... 70Figura
n.o 45: Ficha Report-Mapa
Estratégico daDRE-Alentejo
...71Figura
n.o 46: Ficha Report - Indicadores, Metas e Resultados-
DRE-Alentejo 72Figura
n." 47: Ficha Report-
Análise Gnáfica-
DRE-Alentejo 73Figura
n.o 4E: Ficha Report - Iniciativas Estratégicas-
DRE-Alentejo...
....74Figura n."
492 Ficha Repon - Mapa Estrategico daDSCST.
...75Figura
n." 50: Ficha Report - Indicadores, Metas e Resultados-
DSCST 76Figura
n.o 51: Ficha Report-Análise
GníÍica-DSCST..
...77Figura
n.o 52: Ficha Report - Iniciativas Estratégicas-
DSCST.. 78Índice de Tabelas Tabela n." 1: Cargos dirigentes... Tabela n." 2: Carreiras gerais.. Tabela n.o 3: Graduação dos potenciais de ameaça e cooperação dos stakeholders ...46
Tabela n.o 4: Mapa de Iniciativas Estratégicas da
DRE-4Ientejo...
... 61Tabela n.o 5: Mapa Resumo das Iniciativas Esfratégicas da DRE-A1en1ejo...62
Tabela n.o 6: Mapa de Iniciativas Esfratégicas da
DSCST.
...68Tabela n.o 7: Mapa Resumo das Iniciativas Estratégicas da
DSCST
... 694t
4l
t.
I rx-
IOrganização e implementação de vn Balanced Scorecard nrxrt servrço perrfénco da administração directa do Estado
-Condiclonantes e potencialidades para uma gestão mais eficiente: O Caso da DSCST daDRE-AIente.lo
Lista
deAbreviaturas
e Siglas!
BSC-
Balanced ScorecardI
DAD
-
Divisão de Apoio à Direcção!
DSCST-
Direcção de Serviços do Comércio e Serviços e do Turismo.
DSQ-
Direcção de Serviços da Qualidade.
DSIRG-
Direcção de Serviços da Indústria e dos Recursos Geológicost
DSE-
Direcção de Serviços de Energiar
DRE-Alentejo-
Direcção Regional da Economia do AlentejoI
FORGEP-
Formação em Gestâo PúblicaI
|
- Indicador do Objectivor
IA
-
Inovação e AprendizagemI
IF - Indicador do objectivo estratégico da perspectiva Financeirar
IIA
- Indicador do objectivo estratégico da perspectiva Inovação e Aprendizagemr
IS-
Indicador do objectivo estratégico da perspectiva Stql@holders.
IP - Indicador do objectivo estratégico da perspectiva Processosr
MEI-
Ministério da Economia e da Inovaçãor PIDDAC
Programa
de
Investimentos
e
Despesasde
Desenvolvimento
daAdminisfagão Central
I
PRACE-
Programa de Reestruturação da Administração Central do Estadot
QUAR-
Quadro de Avaliação e Responsabilizaçãor
R'-
Indicador de Resultadosr
§-
Stqkeholders'
SIADAP-
Sistema integrado gestão e avaliação do desempeúo na Administração Públicar
SIADAP 1-
Subsistema de Avaliação Desempenho dos Serviços da Administração Pública'
SIADAP 2-
Subsistema de Avaliação Desempenho de Dirigentes da Adminishação Públicat
SIADAP
3
-
Subsistema de Avaliação Desempenho de Trabalhadores da AdministraçãoPública
'
SWOT-
Forças (Strengths), Fraquezas (Weaknesses), Opoúunidades (Opponunities) e Ameaças (Threats)ix
Organzação e implementação de tn Balanced Scorecard num seryiço periférico da adminisúação directa do Estado
-Condicionantes e potencialidades para uma gestÍIo mars eficlente: O Caso da DSCST daDRE-Alentejo
INTRODUCÃO
A
administração pública está em pleno processo dereformq
os stakeholders são cada vez mais exigentes e a envolvente cada vez mais complexa.A
constante mudanga da sociedade actual é motivo suficiente paraobrigff
as organizações públicas a disporem de metodologiasde
acompanhamentoda
estratégiano curto
pÍazo, casocontftírio
essas mutações podeminviabilizar a execugão dos planos estratégicos.
E neste contexto que os dirigentes públicos têm que gerir estrategicamente os seus serviços, tarefa de grande complexidade devido, entre outros factores, aos ciclos políticos a que estão
sujeitos os servigos públicos, as lideranças dentro daorganização que podem não partilhar dos
mesmos
objectivos
estratégicos,à
existênciade
inúmeros stalceholderscom
poderes e interesses de diversas naturezasna
organização,e à
dificuldadede cumprir os
objectivos estratégicos tendo em conta os recursos humanos, financeiros e materiais disponíveis.Tema, Problemática e Objectivos
Foram motivos determinantes para proceder à elaboração deste projecto, o facto de o autor ser
técnico superior na DRE-Alentejo e pretender propor um modelo de organização e gestÍio de
mudança, uma vez que as norÍnas legais em vigor estÍio em sintonia com a implementação de
modelos de gestiio estratégica nos serviços públicos e, aind4 o interesse da gestão de topo por
esta temática.
No presente trabalho, após o enquadramento do tema e definição da problemática subjacente, assim como
do
referencial metodológico utilizado,é
feita
uma breve revisão da literatura sobre gesttÍo estratégica nos serviços públicos e adaptação do Balanced Scorecard @SC) a estes serviços. Posteriormente,é
explicitada uma propostade projecto
de
organização e implementação deum
BSC num serviço público específico, nomeadamente, a Direcção deServiços do Comércio e Serviços e do Turismo (DSCST) da Direcção Regional da Economia do Alentejo @RE-Alentejo).
Tendo em consideração que
o
Balanced Scorecard deve funcionarcomo
ferramentapivot
para alimentar os ciclos anuais de gesüio e
a
avaliação de desempenho, no projecto foram seleccionados objectivos estratégicos plurianuais e objectivos anuais, para efeitos de avaliaçãof r
iOrganização e rmplementação de m Balanced Scorecard nu.m servrço perrférico da administ-+ão drrecta do Estado
-Condrcionantes e potencralidades para uma gestão mais eficrente: O Caso da DSCST da DRE-Alentejo
de
desempeúo
no
âmbito
do
SIADAP
I
e
2.
É
proposto também
um
modelo
deacompanhamento estratégico através de fichas de Report.
A
importânciado
projectoque
se propõe, decorredo
seuforte
potencialem
termos deinteresse paÍa a gestiÍo da DRE-Alentejo. Desta forma, procura-se dar resposta às seguintes
questões, que consubstanciam a problemática do esfudo:
t Que modelo
de BSC propor
e
que ajustarnentos são necessários fazerao
Balanced Scorecard original para o adaptar aos serviços públicos?Que benefício específlrco pode proporcionar a implementação dum modelo integrado de
gestiío estratégica monitorizado
com
o
Balanced Scorecard, paraa
gestão daDRE-Alentejo?
Em
que
medida
o
noÍnativo legal
vigente
facilita
ou
dificulta
a
organização eimplementação de um BSC?
I
Assim, estabelece-se como objectivo geral deste trabalho
"identificar
os ajustamentos queimporta fazer ao nível do Balanced Scorecard
oiginal
par:a o adaptar a serviços públicos e osbeneficios que ele poderá proporcionaÍ
num
serviço específico periferico da administração directa do Estado". Este objectivo geral é desagregado nos seguintes objectivos especíÍicos:Planificar o lançamento do projecto;
Identificar a estratégia;
Estabelecer as perspectivas e os objectivos estratégicos da DRE-Alentejo;
Estabelecer os indicadores, as metas e tolerâncias;
Estabelecer
as
iniciativas
estratégicas,para fazer
a
ligação
entre
a
componente estratégica e a componente operacional através do orçamento estratégico;Elaborar o mapa estratégico consolidado da DRE-Alentejo;
Desdobrar o Balanced Scorecard da DRE-Alentejo pela DSCST;
Seleccionar os objectivos estratégicos plurianuais e os objectivos anuais para avaliação
de desempenho no SIADAP;
Propor um modelo de acompanhamento estratégico através de fichas de Report.
I t I I I 2 n I ! I
Organização e implementação de vm Balanced Scorecard nsm serr,iço Condicionantes e potencialidades para uma gest?lo mais
periférico da adminishação directa do Estado -eficiente: O Caso da DSCST da DRE-Alentejo
Referencial Meúodo ló gtco
Este trabalho
de
projecto ao poder fornecer uma propostade
solução paraum
problemaespecífico, assume-se
com
um
trabalhode forte
componenteprític4
com
o
necessário enquadramento teórico.A
metodologiade
investigação utilizadaé
baseada nos métodos de Estudo de Casoe
deInvestigação/Acção. Este
último,
também caractprizado pelo recurso à observação directa, à entrevista e à análise documental, diferencia-se de outros pelo facto do investigador aceder àsinformações na qualidade de interveniente na oÍgaÍLização. O intento da investigação-acção é resolver problemas de natureza práúica, sendo inexistente
o
objectivo de generalizagão dosresultados obtidos.
O
Estudode
Caso,por
suayez, é
uma investigação também empírica que investiga um fenómeno no contexto da vida real quando os limites entre esse fenómeno e o contexto não são bem definidos, e se baseia em várias fontes de evidências(Yin,
2005,pp.32-33). Assim, oEstudo
de
Caso "aplica-se
com
o
objectivo
de
apreendera
realidadedas
estruturasorganizacionais, o estilo de gestão e as alterações que se desenvolvem (...) e as análises têm
como objectivo principal
a
compreensãodos
comportamentosnum
contexto específico"(Wacheux, 1996).
As
críticas normalmente dirigidas ao método referem-se à sua falta derigor
e de controlo sobrea
situaçãoem
estudo, podendolevar
a
enviesamentospela
impossibilidadede
segeneralizar a partir de um só caso.
No
entanto, a visão estereotipada do caracter qualitativo destetipo de
estudos, baseados essencialmentena
observação participante,vem
sendocontrariada pois, nos estudos de caso, não só é possível quantiflrcar variáveis, como criar dispositivos
de
investigação rigorosos, recorrendoa
técnicasde
recolhae
tratamento deinformação diversificadas (Reto e Nunes, 1999). Talvez por isso, os Estudos de Caso sejam
cada vez mais aceites em teses de mestrado
e
de doutoramento, constituindo mesmo uma estratégia privilegiada de investigação, principalmente nos trabalhos de diagnóstico e análise organizacional."A
grande vantagem destemétodo
consisteno
facto de permitir
ao
investigador apossibilidade de se concentrar num caso específico
ou
situaçãoe
de identificar, ou tentaridentificar, os diversos processos interactivos em curso. Estes processos poderão ficar ocultos
num
estudo demaior
dimensão, mas poderão ser essenciais parao
êxito
ou
fracasso deI t-t
L----1r-Organização e implementação de um Balanced Scorecard num serviço periférico da admrnistração directa do Estado
-Condicionantes e potencialidades para uma gestão mais eÍiciente: O Caso da DSCST da DRE-Alentejo
sistemas ou organizações"
(Bell,
1997).O
trabalho
específicoa
rcalizar
consubstanciaa
elaboraçãode um
projecto-piloto
deorganizaçáo e implementação de um Bolanced Scorecard na DRE-Alentejo, de acordo com a abordagem de intervenção top-down, em que é feito o desdobramento em "cascata" do mapa estratégico da DRE-Alentejo para construção do mapa estratégico da Direcção de Serviços do Comércio e Serviços e do Turismo (DSCST).
Tendo
em
consideraçãoque
o
projecto
se
destinaa
construir
o
Balanced Scorecardcorporativo
e,
emborao
desdobramento sejafeito
apenaspor
uma unidade orgânica,foi
necessário
dirigir
questionários a todos os directores de serviço da DRE-Alentejo.O desenvolvimento do projecto-piloto terá as seguintes etapas:
tr'igura n.' 1: Metodologia de desenvolümento do projecto.piloto
J
D
),
+
-.
)
PlãEfcu o LaúçMrrúo do ProjRto Identificar a esírÀtéPia CorsÍrüs o Eâpa est'étégiro da DRE-Neatejo Conrmú o aapa e§Íátégi.E dã DSC§T Estabeleceros indicador§ E§àbelftsôs iadicàdores Eslabdeceras nretâ§.tolsâncúse as misetías efrtégicls Construir rupa estraGgico coroolidgdo Construir mpa es;tratégiço couÉd:do Criú modelo de âcompeDheEnto estBtégjco CÍie @delo de ocoepeú!ãmtrto emãtégjcoFonte: Elaboração própria
4 ) I
Í-r
-+
,-.
.,t-m
ftHm.
$
? I\
í-I
Organização e implementação de um Balanced Scorecod num serviço periférico da admurrsúação diÍecta do Estado
-Condicionantes e potencialidades para uma gestão mais eficiente: O Caso da DSCST da DRE-Alentejo
A
recolha de dados teve como fontes principaisA
observaçãodirecta
-
procedimento importante, em virtude do autor do projectodesempeúar funções na DSCST,
o
quefacilitou
o
acessoa
pnâticas consideradas relevantes paraa
planificaçãodo
lançamento do projectoe
paraa
identificação daestratégia, disponível na intrqnet da DRE-Alentej o;
A
análise documental-
livros, artigos científicos e outros documentos institucionais de interesse paraa
realizaçáo do projecto, nomeadamente,foi
consultada legislaçãorelativa
à
orgânicada DRE-Alentejo
e ao
SIADAP,
a
carlade
missãoda
DRE-Alentejo, o mapa de pessoal, os planos de actividade, os relatórios de actividade e de
auto-avaliação;
Que.stionários - fonte importante de informação por parte dos dirigentes das unidades orgânicas nucleares, para efeitos de estudo esfiatégico da DRE-Alentejo. Para efeitos de formulação estratégica da DSCST, devidamente alinhada com a DRE-Alentejo,
foi
pedido ao dirigente dessa unidade orgfutica a resposta a um questionrário.
!
i-r5
Orgamzação e implementação de utBalanced Scorecard nrum*wrço periférico da administração directa do Estado
-Condicionantes e potencialidades para uma gestão mais eficiente: O Caso da DSCST da DRE-Alentejo
PARTE
I
REVISÃO DA
LITERATT]RA
t;l
Lrr
Organtzaçb e implementação de tm Balanced Scorecardrumsewrço perrférico da administragão directa do Estado
-Canítulo
I
O
Modelo
de Gestão
Estratégica
nos Serviços Públicos
1.1. O calendário do planeamento e da prestação de contas nos serviços públicos
Constituem peças
do
planeamentoe
da
prestaçãode
contasno
Estado,os
seguintes documentos:Plano Estratégico
-
Documento em que a gestão de topo procura definir a esüatégia, normalmente num período de tempo de 3 anos;Plano de Actividades
-
Reflecte o planeamento das operações, traduzindo a estrategiade
curto
prazo (anual).É
um
documento previsional que deve evidenciaro
que sepretende fazer no ano em causa e aquilo que se pretende atingir, através da fixação dos
objectivos
estratégicoscorporativos
e
das
unidades orgânicas,dos
projectos
eactiüdades que contribuem para
a
concretização desses objectivos e das necessidades de formagão de acordo com os requisitos estratégicos;Orçamento
-
Específica, com detalhe os projectos no plano de actividades que estãovinculados a objectivos de unidades orgânicas, através da estimativa do investimento
financeiro
necessário,o
que constitui
o
principal
input
paÍa
a
elaboração doorçamento;
Relatório
de Actividades-
Evidencia os resultados de carácter anual e integra aauto-avaliação.
Em complemento existem ainda os seguintes documentos:
Carta de Missão;
Quadro de Avaliaçâo e Responsabilizaçâo
(QUAR);
Relatório
de Auto-Avaliação.A
sequência temporal destes documentos previsionaise
demonstracionais seguea
seguinte calendarização:I
.
;-l
ir/
Organização e implementação d e um Balanced Scorecard rr'xo sewiço periférico da adminisfiação directa do Estado
-Figura n.o 2: O Calendário do planeamento, acompanhamento e prestação de contas
Fonte: Caldeira(2009, p. 15)
O
acompanhamentode
actividadesé
consideradocomo
processode
monitorização daorganização para garantir a boa execução dos planos estratégico e de actividades.
1.2. Agestão estratégica nos serviços públicos
No
actual contexto
de
mudança pernanente,os
serviçospúblicos
têm que definir
eacompanhar a estratégia de forma a lidarem com esta realidade. O contexto de mudança nos
serviços públicos é consubstanciado pelos seguintes factores:
r
Reforma da administração pública, desencadeada pelo poder político;.
Stakeholders cadavez mais exigentes em termos de qualidade do serviço prestado;'
Necessidade de contínua melhoria do desempenho interno das organizações;.
Complexidade da mutação da envolvente externa.Assim, a gestão dos serviços públicos para dar resposta aos desafios emergentes, no sentido de ultrapassar as ameaças e aproveitar as oportunidades latentes, tem que, inevitavelmente,
evoluir no sentido de uma gestão estratégica adequada.
"Por vezes é referido que a gestão estratégica constitui um tema relativamente novo para os
gestores dos serviços públicos. Todavia, as razões para se
utilizar
a gestão estratégica nesteAcompanhmenÍo de Acthidads de N-'2 N N+l Orçemento Pbaoda Á.lividdâ5 N+1 N+2
fn.1-1.i:
t esEâtescd ,L
*it
"ít+121
Pkoo de Aalir'ídrdée N?3 ?lano estrâtéEico I*l-1 alrFi3 Àcompanhamerfo de Actíidades de N r;-I Éstlaleqco ILr-:
"i-,
Acomparüamerto de ÀctividadedeN+lf*r-r""*
[ Ánividades I \-N/ 8Organização e implementação de um Balanced Scorecard num serviço p€riferico da adminisúação directa do Estado
-Condicionantes e potencialidades para uma gestilo mais eficiente: O Caso da DSCST da DRE-Alentejo
sector
é
óbvia-
atravésda
estratégiaos
responsáveis políticose
gestoresde topo
criam condições paru a melhoria da performance organizacional e parao
sucessono
longo pÍazo" (Pinto, 2A07,p.l l8).
A
estratégiaé, por
isso,
um
elemento fundamentalpara dotar
os
serviçospúblicos
de capacidade para alcançarem os resultados desejados e melhorarem a perfoÍmance,revelando-se uma necessidade premente no seio da Administração Pública.
Neste sentido, "potenciar
o
valor
estratégico dos colaboradorese
desenvolverum
climaorganizacional propiciador dos melhores resultados, passou, assim,
a
servisto
como uminvestimento
em
que
vale
a
pena
apostarnão
apenaspor
razões éticas,mas
tambémeconómicas"
§eves,
2002b,
p.
3).
A
acçãodos
serviçospúblicos,
face
à
crescentecomplexidade dos problemas com que se depara tem,
por
isso, que ser exercida, cada vez mais, por lideranças fortes, com visão estratégica e em articulação com os stakeholders.De
facto,
os
dirigentesde topo
devem pensar estrategicamentee
desenvolver modelosintegrados
de
gestão estratégica, tendode
melhorara
cultura
organizacional para obter oenvolvimento de todos os colaboradores em todos os níveis hierárquicos, alinhar os objectivos estratégicos de toda
a
organização com os objectivos estratégicos das unidades orgânicas ealinhar os objectivos individuais desses colaboradores.
"Sem
liderançasque
inspirem
comportamentos colectivos,dificilmente
as
organizações conseguem bons resultados. Nos serviços públicos, esta questão assume particular acuidade, tendo em conta a fragilidade de outros meios de incentivo a um bom desempenho. É por isso que as boas práticas têm sempre à frente lideranças fortes"§eves,
2002a,p.13a).Os
servigos públicos estão,no
entanto, sujeitos aos ciclospolíticos
e por
essemotivo
aliderança
apresenta especificidadesque
importa
ter
em
consideração.Uma
dessasespecificidades,
de
acordocom Pinto
(2007,
p.
122),"tem
a
ver com
o
processo deformulação da visão
e o tipo
de relacionamento que se pode estabelecer entre gestores eresponsáveis políticos".
A
formulação da visão por parte de quem lidera esüá associada ao longo prazo, no entanto, essa formulação,por
vezes, pode não serda
exclusiva responsabilidade dos dirigentes detopo, na medida em que alguns responsáveis políticos sentem que é a eles que lhes compete essa responsabilidade na definigão da visão.
9
Organização e implementação de um Balanced Scorecardnum serviço periférico da adminisüação directa do Estado -Condicionantes e potencial idades para uma gestilo mais eficiente: O Caso da DSCST da DRE-Alentejo
Os
dirigentes máximos
dos
serviços
públicos
no
início
das
comissõesde
serviço,comprometem-se, norrnalmente, perante a tutela, com uma o'CaÍta de Missão" (de acordo, por
exemplo,
com
o
previsto
no
noÍTnativolegal
específicodo
SIADAP),
sendo avaliados anualmentedentro
do
ciclo
anual
de
gestãodos
serviçosque
gerem.Desta
forma,
aformulação
da
missão, bem como as orientações estratégicase
os
objectivos estratégicosdefinidos terão subjacente
um
adequado relacionamento entre os políticose
os
dirigentes máximos dos serviços.A
figura seguinte ilustra as cinco fases de desenvolvimento da gestão estratégica nos serviços públicos:f igura n.o 3: Modelo de gestão estratógica nos serviços públicos
Fonte: Caldeira (2009, p. l6)
1.3. Análise estratégica
O
estudo estratégico, nonnalmente designadopor
análise estratégica, tempor
objectivo aanálise da envolvente externa e interna
da
organização. Nesta fase, é necessário conhecer a organizaçáo ao nível dos seus recursos, capacidades e competências, bem como do meio ondeela se
insere.É
fundamentalter
uma
perspectiva acerçada
evoluçãoda
envolvente eperspectivar a evolução desse meio, a
fim
de antecipar as ameaças e as oportunidades.10 Estudo Estratêgico 1 ? Implemu!âgão Âcomparüamerro 4 )L/
fi
5 -hestação de ContasOrganização e implementação de tm Balanced Scorecard num serviço periférico da administração directa do Estado
-Duas ferramentas que podem ser utilizadas na análise estratégica dos serviços públicos são a análise dos stakeholders e a análise SWOT.
1.3.1. Análise dos stakeholders
Segundo Freeman e Reed (1983,
p.9l
apudMitchell
[et
al.]
1997,p.856), o
conceito de stalçeholder é qualquer grupo ou indivíduo identificável, que pode afectar a prossecução dosobjectivos de
uma
organizaçáo,ou
queé
aÍ'ectadopor
ela.Ou
seja, podemos entender osstokeholders como os "grupos de interesse" que se podem
vir
a constituir como grupos de pressão capazesde
afectar
a
performance estratégicada
organização,pois,
o
sucessoestratégico de qualquer organização também depende da satisfação de quem tem interesses
nela.
Por
isso, torna-se necessiírio que as expectativase
as necessidades dos stakeholderssejam asseguradas e conhecidas por parte dos gestores públicos.
Cada stalreholder com interesses na organizaçáo é motivado por um conjunto de objectivos
diversos.
Por
vezes,
essesobjectivos podem
ser
conflituantescom
os
objectivos
daorganizaçáo, pelo que deve ser encontrada uma posição de equilíbrio que optimize a relação entre a organização e o stakeholder, maximizando a performance estratégica da organizaçáo.
Assim, os serviços públicos que pretendam
ter
uma existência estiívele
duradoura devem atenderà
necessidades dos seus stakeholders. De facto, qualquer processo de mudança num serviço público para ter sucesso deverá ter o apoio interno e externo das partes interessadas, em particular, as que exercem maior influência sobre a organização.De acordo com Pinto (2007,
p.
162), "o trabalho de identificação dos stakeholders, análise dassuas necessidades e preferências
e
caracterizaçáo das interacções que estabelecem com os serviços públicos é dos mais críticos e complexos no processo de implementação de um BSC num serviço público".Tipifi c aç ão do s s t ake hol ders
Segundo
Mitchell
et
al. (1997,pp.
865-867) a selecção dos stakeholders deve ser feita em função dos atributos das relações "organização/stakeholders" que a seguir se indicam:Poder
-
Probabilidade de,no
âmbito de uma certa relação social,um
dado actor estar em posição de levar por diante a sua própria vontade, independentemente de qualquer resistência;L-
1lOrganização e implementação de tm Balanced Scorecard nm sewiço perifórico da administração directa do Estado
-Condicionantes e potencialidades para uma gestão mais eficiente: O Caso da DSCST da DRE-Alentejo
Legiíimidade
-
Assunção ou percepção gefieralizada de que as acções de uma dada entidade são desejáveisou
apropriadas, dentrode
algum sistemade
normas, valorese
definições, socialmente construído;Urgência
-
Atributo
de uma
ligação que, além
de
sensívelao
tempo
de
resposta, éconsiderada crítica e de importância extraordinária.
Estes atributos permitem classificar os stakeholders das seguintes formas:
Figura n.o 4: Classe de stakeholderc por nível de relevância
Fonte: Adaptado de Mitchell etal. (1997,pp.872-878)
Diognóstico dos stakeholders e gestão das relações com eles
Tendo identificado os stakeholders que interagem com
a
organização, torna-se necessáriofazer o seu diagnóstico em relação ao potencial de ameaça e cooperação. Segundo Savage, et
al. (1991,
p.64),
a capacidade, a oportunidade e a vontade de ameaçar ou de cooperar com a organizaçáo, devem-se a diversos factores a considerar, nomeadamente:12
F
1. Adormecido 2. Discricionário 3. Reclamante Poder Legitimidade Urgência Latente Baixa 4. Dominante 5. Perigoso 6. Dependente Poder e Legitimidade Poder e Urgência Legitimidade e Urgência Expectante Moderada7. DeÍinitivo Poder + Legitimidade + Urgência Definitivo Alta
8. Potencial Neúum atributo Residual Nula
Organização e implementação de um Balanced Scorecard num serviço periférico da administração directa do Estado
-Condicionantes e potencialidades pâra uma gestão mais eficiente: O Caso da DSCST da DRE-Alentejo
figura n." 5: Factores de ameaça e cooperação dos stakeholderc
Slskeholder (faaores) Potencial para âmeaçsr Potencial pars cooperar
Controla recursos-chave Não controla recursos chave
Aumenta
Diminui
Aumenta (?) E mais poderoso que a organização
É tâo poderoso como a organização É menos poderoso que a organização
Aumenta (?) Diminui (?) (?) Aumenta Tende a agir no sentido da organização
Tende a agir para prejudicar a organização Tende a não agir
Diminui Aumenta Diminui Aumenta Diminui Diminui
Tende a coligar-se com outros Stql@holders Tende a coligar-se com a organização Tende a não estabelecer quaisquer alianças
Aumenta Diminui Diminui (?) Aumenta Diminui
Fonte: Adaptado de Savage et al. (1991, p. 64)
A
partir
dos potenciais de ameaçae
de cooperaçáo,é
possível classificar quatrotipos
destakeholders, bem como especificar as estratégias para gerir as relações com esses mesmos stakeholders.
Figura n.'6: Diegnóstico dos sÍakcholderc
Fonte: Adaptado de Savage et al. (1991, p. 65)
Assim,
tendoem
consideraçãoo
diagnóstico dos stakeholders quanto aos potenciais deameaça e de cooperação, torna-se fundamental desenvolver estratégias para gerir as relações
com
esses gruposque
interagemcom
a
organização.A
figura
seguinte apresenta quatroestratégias:
(r) Poteacial para ameaçar a orgui:a$o (-) StakeholderTryo 4 Misto Estratégia: Colaborar
,
StaEeholdtTrp 1 Apoiante Estratégia: Eovolvcr §tulahoHel.Ttgo 3 Não.dpoiaatc Estratégia: Defender SnkeholderTryo ? Ní{ginatEstrat égia : Monitorizar
É 6 'õ À l3 ü
Organização e implementação de um Balanced Scorecard num serviço periférico da administração directa do Estado -Condicionantes e potencial idades para uma gestão mais eficiente: O Caso da DSCST da DRE-Atentejo
Figura n.o 7: Gestão das relações com os stakeholderc
Tioo I
-
Stakeholder ApoianteStakeholder apoiante é aquele que apoia as metas e acções da organização. Os gestores desejam que todos os seus stakeholders sejam deste tipo. Trata-se de um stakeholder que tem um potencial de
ameaça baixo
e ur
potencialde
elevada cooperação.Estratégia
-
EnvolverEnvolver
os
stakeholdersque
interagemcom
a organização aumenta o potencial de cooperação.T ioo 2
-
Sta keh older }darginalOs stakeholders marginais não são altamente ameaçadores nem especialmente cooperantes.
f,strategia
-
!@!@!ry
A estatégia paxa est€ tipo de stakeholder, cujo potencial de ameaça e cooperação é baixa, é a monitorização. Os
gestores de topo, ao tomarem decisões estratégicas,
devern monitorizar
o
interesse destes stalreholders tipicamente marginais.Tioo3
-
SíakeholderNão ApoianteOs staleholders não apoiantes são de potencial ameaça e de baixa em cooperação. Estes tipos de
stakeholders
são
preocupantespara
asorganizações.
Estratégia
-
DefenderA
estratégia de defesa é a de diminuir a dependência para com este tipo de stakeholders.Tioo 4 - StakeholderWisto
Sãio stakeholders cujos potenciais para.rmeaçar ou cooperar são igualmente altos.
Estratégia
-
ColaborarA estrategia a seguir para este tipo de stakeholders é a
colaboração.
Fonte : Elaboração própria
1.3.2. Análise SWOT
A
análise SWOTimplica um
diagnósticodo
ambiente interno (Forçase
Fraquezas)e
doambiente externo (Oportunidades e Ameaças). As forças e as fraquezas são determinadas pela
actual posição
da
organizaçãoe,
estão relacionadascom
factores internos, dependendoexclusivamente
das
suas
característicase
do
seu
desempenho.Por
outro
lado,
as oportunidades e as ameaças são antecipações do futuro e relacionam-se com factores extemos à organização.Organização e implementação de um Balanced Scorecard num serviço periférico da administração directa do Estado -Condicionantes e uma mais eficiente: O Caso da DSCST da DRE-Atentejo
O
cruzamento dos pontos fortese
fracos com as ameaças e oportunidades faz-se namatÍiz
SWOT (figura seguinte), que suporta uma síntese da análise SWOT.
Figura n.o 8: Matriz SWOT
S (Forças) W (Fraquezas)
O (Oportunidades) Sugestões Estratégicas Sugestões Estratégicas
T (Ameaças) Sugestôes Estratégicas Sugestôes Estratégicas
Fonte: Elaboração própria
Existem quatro tipos de combinaçõesnamatriz SWOT:
.
S-O:A
organização deve esforçar-se para maximizar as suas forças,a
fim
decapitalizat novas oportunidades,
ou
seja, deve aproveitar as oportunidades queencaixam no perfil da organizaçáo;
I
S-T:
A
organização deve aproveitare
usaras
suasforças
para fazer face ouminimizar as ameaças externas;
'
W-O: É preciso ultrapassar as fraquezas para enfrentar novas oportunidades;'
W-T: Esta combinação é a mais defensiva da estratégia,a
oÍganização deve evitarque as suas fraquezas se exponham em demasia às ameaças externas.
Os resultados desta análise deverão servir de base à delineação das estratégias da organização,
ou
seja, as grandes linhas de orientação estratégica devem ser extraídas das conclusões daanálise SWOT.
1.4. Formulação e implementação estratégicas
A
fase de formulação da estratégia segue-se à do estudo estratégico, ou seja, é neste momento que se define a estratégia da organização. Segundo Caldeira (2008a,p.
16), "esta fase deverá dar resposta às seguintes questões:r
Quem somos? O que fazemos?r
Para onde vamos? Como queremos ser reconhecidos?'
Que cultura respeitamos? O que é importante para nós?//
Organização e rmplementação de um Babnced Scorecard num serviço periférico da administaçíto direstâ do Estado
-C-aU".*rcr
" p.rc*t"l
Quais as nossas grandes linhas de acção? Qual o
camiúo
a seguir? Que objectivos pretendemos alcançaflQual a nossa ambição?
Que projectos críticos teremos que executar para concretizar aestratégia?".
Uma boa formulação da estratégia tem, normalmente, por base uma boa análise estratégica. Só assim se conseguirá construir um plano estratégico que reflicta um futuro de médio-longo pÍazo, com os seguintes elementos:
r
A
Missão;'
A
Visão;r
Os Valores Corporativos;r
As Grandes linhas de Orientação Estratégica;I
Os Objectivos estratégicos;r
Os indicadores com as metas e as tolerâncias;r
As Iniciativas Estratégicas.São as iniciativas estratégicas que fazem
a
ligação entre a vertente esfiatégica e a vertente operacional, consubstanciando asliúas
gerais paraa
construçãodo
planode
actividades respeitante a cada ciclo anual de gestão dos serviços.A
implementação estratégica é a fase que operacionaliza a estratégia. E uma fase crítica que envolve a passagem da teoria à prâtica. Consubstancia a aplicação dos planos de actividade e orçamentos, definidos internamente pela organização, tendo semprepor
referênciao
plano estratégico e a ciltà de missão da oryanizaçào.1.5. Acompanhamento da estratégia
O processo de monitorização deve ser contínuo ao longo do ano, a
fim
de ser possível fazer oacompanhamento
e
controlo
dos
objectivos
estratégicos,bem como
das
iniciativasestratégicas.
O
controlo
é
fundamental,pois
é
um meio
privilegiado
de
avaliação dodesempeúo da organização (Caldeira, 2009,
p.
l7).
De forma a garantir o sucesso da implementação do plano estratégico, torna-se imprescindível o acompanhamento, no curto prazo, da implementação e execução da estratégia.
Organizaçb e rmplementação de tm Balanced Scorecard nvrn serviço penférico da administração directa do Estado
-Condicionantes e potencialidades para uma gestiio mais eficiente O Caso da DSCST da DRE Alentejo
A
complexidade da envolvente,a
rapidez com que esta se altera eo
nível de exigência quecaractenza
a
sociedade actual, obrigama
que as organizaçõesdispoúam
de instrumentos capazÊs de acompanhar a estratégia no curto prazo, sob pena das alterações externas e internas inviabilizarem a boa execução do plano estratégico.1.6. Prestação de contas
"Nesta fase, a organização apresenta o nível de performance dos seus resultados, explica os
desvios, comenta as medidas tomadas na resolução dos constrangimentos.
A
prestação decontas tem como objectivo apresentar aos stakeholders
da
organizaçãoa
forma como esüaconseguiu, ou não, dar cumprimento ao
"soúo"
estratégico da organização na concretizaçãodo
seu Planode
Actividadese
Orçamento.É
nesta fase queos
organismos entregam oRelatorio
de
Actividadese
Contas.Hoje
em
dia
enquadradospelo
SIADAP,
apresentam tambémo
Quadro de Avaliação e Responsabilização(QUAR),
bem comoo
documento deAuto-Avaliação
interna. Estes,bem
geridos, podem constituir-secomo
instrumentos deprojecção e distingão da organização" (Caldeira" 2009,
p.
l7).
[ ,r
]1>-Organização e implementação de tm Balanced Scorecard nLrm serviço periférico da administração directa do Estado -Condicionantes e potencialidades para uma gestão mais eficiente; O Caso da DSCST da DRE-Alentejo
Capítulo
II
O Balanced Scorecard como
Ferramenta
de Gestão
esua
Adaptação
aosServiços
Públicos
2.1.
Conceitos fundamentais do Balanced ScorecardA
implementação de um Balanced Scorecard, obriga à definição prévia de um conjunto de conceitos fu ndamentais de natureza estratégica, nomeadamente :Figura n.o 9: Conceitos fundamentais do Balanced Scorecard
.\ missão é a raào de ser de ma orqaüação.
-à, risão é a imagm daquilo que as pessoas qu" trabalhú na orqaüaçào gostaim que .la
fosse no frrtro.
Os valces corpontivos nma Orgaizaçào rism «ia ma crÍtra orgaizacional m todos os nir-eis hi«árquicos. a §ar de cuprií o cstabelecido no plano estratêgico.
-{ imprcialidadc. a integÍidade, a tmnspaància a efrciêociâ" a üiÉntaçào pe os rêsultados,
motivaçào- a inovaçào, a qualidade, satisfaçào do cümtê do smiço público. tÍ-abalho m
equipa são o exmplo de algms valoÍcs corÍ,ontivos.
Os vectores €strâtégicos são as gmdes lirúas odatadms dâ oÍgüizaÉo drJmte o
horüonte tmporal do seu plao esratégico, a §a de consetiã a
lisão--{ adaptâçào do BSC aos smiços púbücos obÍigou a akmçôes ao modelo digiíal prcposto
pr Kaplan e Norton.
Os otrjectivos estrâtéEicos são o &n desejado pcla cqüiação, paa a cm«edzaçào da
risào-pelo que o seu cuprimmto é frmdammtal paa ler-a a cabo a cstratégia de§Írida pela
orgaüação.
O BSC apresmta dois tipos dê indicadoÍls do dêsmpeÍrho que medm o aivel de
con6etização dos objêctivos :
- Ildiodores de Rcsultldo3 - Os Íelaqomdos com os Íesultados (rrspecüva §nec(ic e dos cümtes) medenr, m cmcreto: a perfmace do o§ectivo esúatégico;
- hdicadorcs de Acçio - Os que deteminm os resultados (pmpcctiva dos lxocessos
iatmos. e de agmdizagem e crescimato)- têm pr fimção cxpüca cmo foi alaçado o
resultado (valu do indicadoÍ de resrdtadôs).
Às metas quatificam o nivel de desmpmtro a atingir pârâ o cmpdmeÍrto do objecdvo esúatégico.
-{ toltrância tm poÍ otiectiço consünei-se como M "aleÍta" face a u evmtual
incwlximento do desmpenl.o ideal do objectivo esrratêqico. -à. toláância indica a maga
"aceitâvel" de desrio do Íesútado face à meta.
Quado a actiçidade cormte nào é su:Eciate pm a orgaüação cuprü os otrjectivos ProPostos no mapa estratêgico- desem idmtificr-se as iniciaüvas estÍatêgicas a desavolver
pe que a oreaizaçào fique mais próxima de adngiÍ os otrjectivos estratêgicos estabelecidos.
Valors
Iadicadorc
Fonte: Adaptado de Marques (2008c)
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Organização e implementação de Condicionantes e
tm Balanced Scorecard num serviço periférico da administração directa do Estado -uma mais eficiente: O Caso da DSCST da DRE-Alentejo
2.2.
Evolução do Balanced ScorecardA
metodologia BSCfoi
proposta por Kaplan e Norton no artigo The Balanced Scorecard-Meqsures
that
Drive
Pedormance, publicadona
Harvard BusinessReview,
em
1992. Omodelo
BSC
surge como
objectivo de respondera um codunto
de problemas comuns àsorganizações,
um dos
quais
se
refere
à
gestão exclusivamente assenteem
indicadores financeiros.De acordo com Caldeira (2005b,
p.2)
na primeira versão o BSC surge como um sistema queequilibra
indicadoresde
performancefinanceira
com
indicadoresde
performance nãofinanceira, dando
origem às
perspectivas:Clientes;
Processos Internose
Aprendizagem Organizacional,a
somar àjá
existente perspectiva financeira. Procura ainda, balancear as perspectivas externas (Financeirae
Clientes)
com as
perspectivas internas @rocesso eAprendizagem), os indicadores de médio longo prazo com os indicadores de curto prazo e os
indicadores de resultado com os indicadores de acção. Daqui, surge o nome "Balanced".
O
desempeúo
das organizações passou, assim,a
ser avaliado tendopor
basea
seguinteestrutura do BSC original:
Figura n.o 10: Estrutura do Bulanced Scorecatd original
Como dewnos servislos pebs nossos clbntes? Po&xns continuar a rulhorar e a cris vdo? Perspecüva Financcira iíetas Indicrdores Perspecüvt Processos InteÍnos Itletas lndicadores Corrn ollwnos Irôr3 o§ stakholded Perspectiva Cüentes
IrÍ etss indicadorer
Porspaclivalnovaçâo e
Apendizagem Ivletrs Inúcadotes
Fonte: Adaptado de Kaplan e Norton (1992, p.72)
19 O que temos de rrelhor pa:s salisfazer os no§so§ slakehol&rc ?
Organização e implementação de um Balanced Scorecard ntm serviço periférico da administração direck do Estado
-Condicionantes e potencialidades para uma gestão mais eficiente: O Caso da DSCST da DRE-Alentejo
Mais
tarde,em
1996,com a
publicação naHavard
Business Review, deum outro
artigointitulado Using the Balanced Scorecard as a Strotegíc Monagement System, os criadores do
BSC
fizeramevoluir
o
modelooriginal de
sistemade
medição da performance para um sistema de gestão estratégica.O BSC passou, então, a ser usado para gerir estrategicamente as organizações, traduzindo a
visão
e
a
estratégia em quatro perspectivas,definindo
para cada uma delas os respectivosobjectivos, indicadores, metas
e
iniciativas
estratégicas,que
devemfuncionar
de
forma interligada através de relações de causa-efeito.Figura n.o 11: Estrutura do Balanced Scorecard camo sistema de gestão estratégica
Putumrüd ôi*li- IdiúqExôrÍurnr
Idõ hiitit vlh$cw iEüÉ? D,-'".#,** d&repiror itmÀurm catib&üdarr miouo?
6!ütiü Í!di&B lleia hiüiÊ
Fonte: Adaptado de Kaplan e Norton (1997, p. 10)
Assim, o BSC passa a ser considerado como algo mais do que um mero sistema de medidas tácticas
ou
operacionais.As
empresas passama
utilizar
o
scorecard comoum
sistema de gestão estratégica apoiado em quatro novos processos (cf. figura n."l2),
consubstanciando, deacordo
com
Jordan
et
al.
(2002,
p.
260),
um
conjunto
de
características próprias,nomeadamente:
.
A
ligação dos indicadores de desempenho à estratégia;I
O proporcionar duma visão alargada e integrada do desempenho;.
A
ligação do controlo operacional à estratégia;.
A
clarificação das relações de causa-efeito;I
A
focalizaçáo dos gestores nos aspectos mais críticos.Par&r4uam
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20
Organização e implementação de um Balanced Scorecard nsm serviço periferico da administração directa do Estado
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Figura n.o 12: Processos para gerir â estratégia
Fonte: Adaptado de Kaplan e Norton (1997b,p. 12)
O
BSC
passa, assim,a
ser encarado como uma ferramenta que permite alinhara
gestãocorrente com a gestão estratégica. Não sendo uma ferramenta para definir a estratégia de uma oÍganização é, no entanto, uma metodologia que facilita a sua implementação e, com isso, a
perfonnance
global
da
organização.Por
isso,
é
consideradocomo
um
instrumento quepotencia beneficios que derivam da estratégia,
de
entreos
quais podemos destacar:(i)
oestímulo do pensamento estratégico e respectiva acção;
(ii)
a melhoria da tomada de decisão;(iii)
a melhoria da performance.Em suma,
"a
ligação entre a prática e a estratégia faz do BSC um instrumento de melhoria e aprendizagem contínua, porque permite obter uma avaliação contínua das acçõese do
seucontributo para
a
realização dos objectivos estratégicos" (Russo, 2006,pp.
6l-
62).E
combase
nesta nova
vocação
que
o
BSC
deixa
de
ser
um
instrumento
direccionadoexclusivamente para
as
empresase
passaa
ampliar
o
seu campode
aplicaçãoa
outras organizações, com ou sem fins lucrativos, de naturezaprivada ou pública.,4 é tndrEiÍ a lisão e r atratégia
Êstabdmerisâo; Ertúdmcm. Balanced Scorecard Cmricrc foruaç EstrbêIffi ortas: Ligro 3btüd"rtocpa*à -{ulirdo da dcscopato-ê {ticulü lfsio FÍtilh.dq Fccdbrck etrat{ico;
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