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Diagnóstico ambiental do Rio Itacaiúnas Município de Marabá, Estado do Pará Norte do Brasil

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Academic year: 2021

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(1)Universidade de Trás-os-Montes Alto Douro. Diagnóstico Ambiental do Rio Itacaiúnas Município de Marabá, Estado do Pará Norte do Brasil Dissertação de Mestrado em Engenharia do Ambiente. Paulo Sérgio da Silva Pantoja. Orientadores: Simone da Graça Pinto Varandas Paulo Jorge de Campos Favas. Vila Real, 2018.

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(3) 8QLYHUVLGDGHGH7UiVRV0RQWHV$OWR'RXUR. 'LDJQyVWLFR$PELHQWDOGR5LR,WDFDL~QDV 0XQLFtSLRGH0DUDEi(VWDGRGR3DUi1RUWHGR%UDVLO 'LVVHUWDomRGH0HVWUDGRHP(QJHQKDULDGR$PELHQWH. 3DXOR6pUJLRGD6LOYD3DQWRMD Composição do Júri: Edna Carla Janeiro Cabecinha da Câmara Sampaio Simone da Graça Pinto Varandas Amílcar António Teiga Teixeira 2ULHQWDGRUHV 6LPRQHGD*UDoD3LQWR9DUDQGDV 3DXOR-RUJHGH&DPSRV)DYDV. 9LOD5HDO.

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(5) AGRADECIMENTOS. Primeiramente à Deus, pela força e ter-me acompanhado por essa luta em prol da educação e da realização profissional, a minha esposa Marília Regina, minha filha Katherine, um ser especial que Deus me deu com Síndrome de Down, que está todos os dias da minha vida ao meu lado e representa tudo para mim e na verdade o legado deste mestrado deixo para elas. Agradeço do fundo da minha alma a todos os professores da UTAD que ministraram aulas neste mestrado e em especial, a 3 (três) professores que me acompanharam de longe na distância, mas perto no coração, me orientando, ajudando e me incentivando nas horas mais difíceis, que quase desisti deste mestrado, por inúmeros problemas que aconteceram na minha vida, para que eu pudesse chegar até aqui neste momento, os quais são 3 (três) seres humanos e profissionais da mais alta qualidade e altamente sábios, que são, a Professora Doutora Edna Carla Janeiro Cabecinha da Câmara Sampaio, a Professora Doutora Simone da Graça Pinto Varandas e o Professor Doutor Paulo Jorge de Campos Favas, sendo os dois últimos meus orientadores, aos quais meus sinceros agradecimentos pela paciência, dedicação e apoio em mais essa etapa em minha carreira profissional e aos incentivos deles recebidos. Apesar da distância da minha Pátria agradeço de coração ao povo Português, que me receberam de braços abertos, com muita solidariedade e que Deus, sempre seja o mentor de nossas vidas.. I.

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(7) “À constância se deve toda a glória.” Luís Vaz de Camões.. III.

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(9) RESUMO A Mata Ciliar, ou Área de Preservação Permanente (APP), é um tipo de vegetação localizada na beira dos corpos hídricos, que garante a estabilidade das margens contra a ação dos ventos, do sol e da água das chuvas. A Área de Preservação Permanente do Rio Itacaiúnas, situada em área urbana na cidade de Marabá-PA (Brasil), é uma peça importante na proteção desse valioso recurso hídrico, o qual sofre com a destruição da mata ciliar, erosão e uso inadequado do solo. Considerando as implicações legais e ambientais, o objetivo primordial deste estudo é diagnosticar e analisar os impactos decorrentes da ocupação urbana irregular na APP do Rio Itacaiúnas, e sinalizar o Poder Público Municipal sobre a atual situação de desorganização do território urbano em algumas áreas do município. Foram realizadas visitas técnicas in loco, com a elaboração de uma lista dos principais problemas identificados através do levantamento de imagens de satélite gratuitas do Google Earth, sendo essas imagens georreferenciadas e processadas, o que permitiu a delimitação da área de estudo e análise do avanço da degradação. Assim, os índices de degradação foram analisados numa primeira etapa, por geoprocessamento de imagens de satélites apoiados por pontos de apoio iniciais e finais georreferenciados e mapeados pelo Sistema Geodésico Brasileiro (SGB), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Após esta identificação e sinalização de degradação no trecho estudado, foi feita uma segunda etapa tendo por base a metodologia River Habitat Survey. Dentre os principais impactos observados, encontra-se a destruição da vegetação ciliar que, juntamente com outros impactos, é responsável pela degradação de 57,67% da APP no trecho estudado, causando a perturbação do ecossistema. O processo de concentração e massificação populacional urbana, detectado neste estudo, chega a ser de 100% em áreas urbanas, nomeadamente na margem direita do rio, em um percurso de 1500 m, onde a degradação da mata ciliar é visível, em decorrência da ausência de uma política de Ordenamento Territorial Urbano Ambiental Planejado, por parte do Poder Público Municipal, de modo a preservar as APP, e cuja obrigatoriedade é determinada pelo Código Florestal Brasileiro e pelas Zonas Especiais de Interesse Ambiental definidas pelo Plano Diretor Municipal. Propomos alguns métodos de preservação ambiental preventivos, tais como a implementação de programas habitacionais objetivando remanejar os ribeirinhos das áreas de mata ciliar degradadas, conjuntamente com regularização fundiária e infraestrutura pública, previstas no Macrozoneamento Urbano. Quanto às situações de degradação ambiental na mata ciliar referentes ao canal, barranco e margens, assim como as ações de conservação de espécies florestais nativas identificadas neste estudo (Castanheiras-do-Brasil ou Castanha-do-Pará), sugerimos a ação do Governo Federal, Estadual e Municipal, com a execução de procedimentos enérgicos de fiscalização ambiental, utilizando-se a. V.

(10) Guarnição da Guarda Municipal de Marabá-PA, e responsabilizando os executores diretos da degradação do meio ambiente com a aplicação da Lei de Crimes Ambientais da legislação brasileira. Palavras-Chave: mata ciliar, degradação, corpo hídrico, rio, populações, floresta.. VI.

(11) ABSTRACT The riparian forest (“Mata Ciliar”) or “Permanent Preservation Area” (PPA), is a type of vegetation that is located at the edge of the water bodies, which guarantees the stability of the margins against the effects of the winds, the sun and rainwater. The “Permanent Preservation Area” of the Rio Itacaiúnas, situated in urban area of the city of Marabá-PA (Brazil), is an important piece in the protection of this valuable hydric resource, which suffers with the destruction of the riparian forest, erosion and an inappropriate land use. Considering the legal and environmental implications, the main objective of this study is to diagnose and analyse the impacts of irregular urban occupation in the PPA of the Itacaiúnas River, and inform the Municipal Government about the current disorganization of the urban territory in some areas of the municipality. Technical on-site visits were carried out, with the elaboration of a list of the main problems identified through the survey of free satellite images of Google Earth. These processed and georeferenced images allowed the delimitation of the study area and the analysis of the environmental degradation. After this identification of the degradation in the studied section, a second stage was made based on the River Habitat Survey methodology. Among the main impacts observed, we highlight the destruction of riparian vegetation that, along with other impacts, is responsible for the degradation of 57.67% of the PPA in the studied section, causing the disturbance of the ecosystem. The process of urban population concentration, detected in this study, reaches 100% in urban areas, namely on the right bank of the river, in a course of 1500 m, where the degradation of the riparian forest is visible, due to the absence of an Urban Territorial Planning policy, by the Municipal Government, in order to preserve the PPA, and whose compulsion is determined by the “Brazilian Forest Code” and the “Special Zones of Environmental Interest” defined by the “Municipal Master Plan” We propose some preventive environmental preservation methods, such as the implementation of housing programs aiming to re-handle the degraded riparian forest areas, together with land regularization and public infrastructure, predicted in the “Urban Macrozoning” plan. Regarding the environmental degradation in the riparian forest related to the channel, ravine and banks, as well as the conservation actions of native forest species identified in this study (Castanheiras-do-Brasil or Castanha-do-Pará), we suggest the action of the Federal, State and Municipal Government, with the execution of energetic environmental inspection procedures, using the Municipal Police of Marabá-PA, punishing those directly responsible for environmental degradation through the application of the Environmental Crimes Law of the Brazilian legislation. Key words: riparian forest, degradation, water body, river, populations, forest. VII.

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(13) ÍNDICE. 1. INTRODUÇÃO .......................................................................................................................... 1. 2. OBJETIVOS ................................................................................................................................ 4. 2.1. Objetivo Geral ................................................................................................................. 4. 2.2. Objetivos Específicos ...................................................................................................... 4. 3. MATERIAL E MÉTODOS ........................................................................................................ 5. 3.1. Caracterização da Área de Estudo ................................................................................... 5. 3.2. Georreferenciamento e Geoprocessamento Aplicado ...................................................... 6. 3.2.1. Base Cartográfica de Apoio ao Plano Diretor Municipal ...................................... 8. 3.2.2. Mapa de Uso da Mata Ciliar (APPNCF/APPPDM) e Ocupações Urbanas ........... 16. 3.3. Caracterização do Habitat Aquático e Ribeirinho ........................................................... 17. 4. RESULTADOS ........................................................................................................................... 20. 4.1. Ordenamento Territorial Ambiental Urbano Planejado – Parte I .................................... 20. 4.1.1. Resultados da APPNCF ........................................................................................ 22. 4.1.2. Resultados da APPPDM/(ZEIA) .......................................................................... 25. 4.1.3. Resultados da junção da APPNCF com a APPPDM/(ZEIA) ............................... 26. 4.2. Caracterização do Habitat Aquático e Ribeirinho – Parte II ........................................... 28. 5. ANÁLISE DOS RESULTADOS ................................................................................................ 36. 6. RECOMENDAÇÕES TÉCNICAS ............................................................................................. 39. 7. CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................................... 41. 8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS ....................................................................................... 42. 8.1. Capítulo de Livros ........................................................................................................... 42. 8.2. Livros e artigos de revistas consultados online ................................................................ 43. 8.3. Leis e Normas Técnicas .................................................................................................... 43. 8.4. Sites ................................................................................................................................. 44. ANEXOS ......................................................................................................................................... 45. IX.

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(15) LISTA DOS QUADROS Quadro 1. Área de APPNCF da MD. .............................................................................................. 22. Quadro 2. Área de APPNCF da ME. ............................................................................................... 24. Quadro 3. Área de ZEIA (ha) Preservada e Não Preservada. .......................................................... 25. Quadro 4. Área de APPNCF/ZEIA preservada (ha) / foco de preservação (Und). ......................... 27. Quadro 5. Área de APPNCF/ZEIA degrad(Aada (ha) / foco de degradação (Und). ....................... 27. Quadro 6. Área Degradada APPNCF/ZEIA (ha)/Foco de Degradação(Und.). ................................ 28. Quadro 7. Caracterização geral do troço de 5.500 m do rio Itacaiúnas. .......................................... 29. Quadro 8. Resultados das Medições Horizontais (Banco Cheio) / Verticais (Altura do Barranco).. 34. Quadro 9. Recomendações técnicas relativamente à área estudada. ............................................... 40. LISTA DE FIGURAS Figura 1. Área de estudo (retângulo amarelo) com indicação do Rio Itacaiúnas, afluente da margem esquerda do Rio Tocantins. ............................................................................................... 6. Figura 2. Rio Itacaiúnas. Mata Ciliar preservada na margem direita (MD) e área não preservada na margem esquerdam (ME). .......................................................................................................... 7. Figura 3. Mapa de Uso da área de estudo junto à foz do Rio Itacaiúnas e as áreas urbanas presentes nas ME e MD. ............................................................................................................................ 8. Figura 4. Contexto regional de Marabá - PA (Fonte DENIT/IBGE/SEPLAN. ............................... 9. Figura 5. Macrozoneamento municipal de Marabá - PA (Fonte DENIT/IBGE/SEPLAN). ........... 10. Figura 6. Setores de uso do perímetro urbano de Marabá - PA (Fonte DENIT/IBGE/SEPLAN).. 11. Figura 7. Classificação do uso do solo, perímetro urbano de Marabá - PA (Fonte DENIT/IBGE/ SEPLAN). ....................................................................................................................................... 12. Figura 8. Zonas de interesse especial de perímetro urbano de Marabá - PA (Fonte DENIT/IBGE/ SEPLAN). ....................................................................................................................................... 13. Figura 9. ZEIAS II - zonas especiais de interesse ambiental do município de Marabá - PA (Fonte DENIT/IBGE/SEPLAN). ................................................................................................................ 14. Figura 10. Mapeamento da Faixa Marginal das Áreas de APPNCF/APPPDM. ............................. 15. Figura 11. Visão das margens do rio Itacaiúnas a desaguar no Rio Tocantins. .............................. 16. Figura 12. Vista Aérea da margem do Rio Itacaiúnas em área urbana no bairro Nova Marabá, Marabá-PA, Norte do Brasil. .......................................................................................................... 17. Figura 13. Representação esquemática da distribuição espacial para r ecolha de dados em cada secção de amostragem do RHS (adaptado de Environment Agency, 2003). ................................ 18. XI.

(16) Figura 14. Planta Topográfica do Levantamento da área caracterizada no presente estudo. .......... 19. Figura 15. Vista do Bairro Cabelo Seco, Rio Tocantins, Rio Itacaiúnas e a Pista de Pouso do Aeroporto de Marabá-PA, em área urbana. ..................................................................................... 21. Figura 16. Valores de área degradada (ha) de APPNCF de Mata Ciliar da MD. ............................ 22. Figura 17. Valores de área degradada (%) de APPNCF de Mata Ciliar da MD. ............................ 23. Figura 18. Posicionamento dos focos de degradação da área de mata ciliar na MD. ...................... 23. Figura 19. Valores de área degradada (ha) de APPNCF de Mata Ciliar da ME. ............................ 24. Figura 20. Valores de área degradada (%) de APPNCF de Mata Ciliar da ME. ............................. 24. Figura 21. Posicionamento dos focos de degradação da área de mata ciliar na ME. ...................... 25. Figura 22. Área (ha) de ZEIA Preservada e Não Preservada. ......................................................... 26. Figura 23. Mapeamento dos Focos de Preservação e Degradação da Mata Ciliar APPNCF e APPPDM (ZEIA) MD/ME – Rio Itacaiúnas. .................................................................................. 26. Figura 24. APPNCF/ ZEIA Preservada Área (ha)/Foco(Und). ....................................................... 27. Figura 25. APPNCF/ ZEIA área degradada Área (ha)/Foco(Und). ................................................ 28. Figura 26. Estrutura da mata ciliar (%) na margem direita do sector estudado do rio Itacaiúnas. .. 30. Figura 27. Estrutura da mata ciliar (%) na margem esquerda do sector estudado do rio Itacaiúnas.. 30. Figura 28. Uso do Solo da margem direita do sector estudado do rio Itacaiúnas. ........................... 31. Figura 29. Uso do Solo da margem esquerda do sector estudado do rio Itacaiúnas. ....................... 31. Figura 30. Massificação Populacional Urbana (%) da margem esquerda do sector estudado do rio Itacaiúnas. ........................................................................................................................................ 32. Figura 31. Massificação Populacional Urbana (%) da margem esquerda do sector estudado do rio Itacaiúnas. ........................................................................................................................................ 32. Figura 32. Características das margens: estabilidade do talude (%) da margem direita do sector estudado do rio Itacaiúnas. .............................................................................................................. 33. Figura 33. Características das margens: estabilidade do talude (%) da margem esquerda do sector estudado do rio Itacaiúnas. .............................................................................................................. 33. Figura 34. Profundidade do canal do sector estudado do rio Itacaiúnas. ........................................ 36. Figura 26. Bertholletia excelsa, espécie nativa com o estatuto de conservação “Vulnerável”. ....... XII.

(17) LISTA DAS SIGLAS ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas ARIE - Área de Relevante Interesse Ecológico APP - Área de Preservação Permanente APPNCF - Área de Preservação Permanente Novo Código Florestal APPPDM - Área de Preservação Permanente Plano Diretor Municipal DENIT - Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte. DWG - Extensão do Arquivo do Autocad Desk FG - Fuso Geográfico IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística LD - Lâmina d´Água M - Marco Materializado em Campo MC- Mata Ciliar MD - Margem Direita ME - Margem Esquerda NBR - Norma Brasileira P - Ponto Observado em Campo PDM - Pano Diretor Municipal PE - Projeto de Estudo RHS - River Habitat Survey SIG - Sistema de Informação Geográfica SIRGAS - Sistema de Referencia Geocêntrico da América do Sul SEPLAN - Secretaria Estadual de Planejamento SHP- Shapes Files UF - Unidade da Federação UTM - Universal Transversa de Mercator ZEIA - Zona Especiais de Interesse Ambiental ZEIS - Zonas Especiais de Interesse Social ZEPH - Zonas Especiais de Proteção do Patrimônio Histórico ZEI - Zonas Especiais Industriais. XIII.

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(19) 1. INTRODUÇÃO Em torno do mundo em que se vive, nos dias atuais, onde a tecnologia evolui cada vez mais e mais, e na sua evolução dinâmica e precisa, necessitamos desenvolver estudos com metodologias sólidas com suporte técnico suficientemente capaz de garantir uma sustentabilidade ecológica, a qual apresentará uma manutenção equilibrada dos recursos naturais renováveis existentes na superfície do Planeta Terra. O Brasil é um País extremamente rico no que concerne aos recursos naturais, apresentando uma diversidade biológica fascinante, e uma considerável quantidade de espécies da fauna e flora, além de possuir um enorme potencial no que diz respeito aos recursos hídricos. Infelizmente o desenvolvimento do País se baseou na expansão de atividades que exploraram exaustivamente esses recursos. “O processo de ocupação do Brasil caracterizou-se pela falta de planejamento a nível federal, estadual e municipal e consequente a destruição de boa parte dos recursos naturais, particularmente das florestas” (Martins, 2007). As florestas são exemplos de ecossistemas naturais que vêm sendo alvo de diversas atividades antrópicas, o que ocasiona uma série de impactos ambientais. Como exemplo de fatores que contribuem para a devastação das mesmas. Cita-se a ocupação desordenada do solo, o desenvolvimento de atividades agropecuárias, construções de hidroelétricas, atividades de mineração, abertura de estradas, entre outros. “Ao longo da história do País, a cobertura florestal nativa, representada pelos diferentes biomas, foi sendo fragmentada, cedendo espaço para as culturas agrícolas, as pastagens e as cidades” (Martins, 2007), sendo poucas “... as áreas onde é possível encontrar vegetação natural que não tenha recebido qualquer interferência da ação humana” (Moreira, 2002). Como formação florestal que vem sofrendo os mesmos problemas, destaca-se as matas ciliares, que constitui um tipo de vegetação que margeia os corpos hídricos em geral. A nomenclatura “ciliar” remete aos cílios dos olhos que garantem proteção aos olhos, assim como as matas ciliares protegem os corpos hídricos. Podem ser chamadas ainda de matas ripárias, florestas ribeirinhas, florestas de galeria, entre outras denominações (Botelho e Davide, 2002). As matas ciliares são extremamente importantes para garantir proteção e perenidade aos corpos de água. De acordo com Martins e Dias (2007): “as matas ciliares funcionam como filtros, retendo restos de agrotóxicos, poluentes e sedimentos que seriam transportados para os cursos d’água afetando diretamente a quantidade e a qualidade da água e consequentemente a fauna aquática e a população humana”. Felfili et al. (2000) ressalta que “essa vegetação protege as margens dos corpos d’água, evitando seu assoreamento, regularizando sua vazão e fornecendo abrigo e alimento para a fauna nativa”. A mineração é definida como a extração, elaboração e beneficiamento de minerais que estão em estado natural. São inclusos também a exploração das minas subterrâneas e a céu aberto, as pedreiras e os poços, com todas as atividades complementares para preparar e beneficiar minérios e outros minerais. 1.

(20) em bruto. Para Hentz (2012), a exploração dos recursos minerais implica diretamente em modificações ambientais na área de extração de argila, onde requer inicialmente a remoção dos horizontes superficiais do solo causando mudanças na estrutura e na atividade biológica do solo levando este ambiente à degradação. É uma atividade de extrema importância para a economia de muitos Países, porém, segundo (Farias, 2002), requer responsabilidade social, uma vez que deve levar em conta a questão do desenvolvimento sustentável. Devido à extração de argila e os depósitos de rejeitos oriundos da mesma, as formas de relevo locais são alteradas, resultando numa série de outras alterações indiretas como no caso dos processos morfológicos presentes, que envolvem mudanças de direção de fluxos das águas de escoamento superficial, fazendo com que as áreas que estão dominadas pelos efeitos erosivos se transformem em ambientes de deposição ou vice-versa (Colturato, 2007). De acordo com Tamdjian (2005) “sem essa vegetação, as margens dos rios ficam expostas à erosão pelas enxurradas, são destruídas e acarretam o assoreamento dos leitos, que constituía principal causa da diminuição do volume de águas dos rios”. Ainda segundo Guerra e Marçal (2006), a contribuição da Geomorfologia para avaliação e gestão dos recursos minerais pode destacar-se em quatro principais tópicos: solos, minerais, areia e cascalhos. Por conta da extração destes, diversas áreas apresentam uma série de impactos ambientais entre os quais estão os riscos geomorfológicos que essa atividade econômica pode causar. Vesentini e Vlach (2002) reiteram que as matas ciliares: “... impedem que a água das chuvas caía, diretamente sobre o solo. Antes de atingi-lo, a água encontra as folhas e os galhos das plantas, escorre pelo caule, chegando ao solo com pouco impacto. Além disso, as intricadas raízes das plantas impedem que o solo seja carregado em grande quantidade pelas enxurradas”. Além de todas essas vantagens elas são “importantes também como corredores ecológicos, ligando fragmentos florestais e, portanto, facilitando o deslocamento da fauna e o fluxo gênico entre as populações de espécies animais e vegetais”. (Martins, 2001) As matas ciliares são consideradas Áreas de Preservação Permanente - APP’s. A Lei 4.771 de15 de setembro de 1965 diz que APP é uma: “Área protegida nos termos dos Art. 2º e 3º desta Lei, coberta ou não por vegetação nativa, com a função ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica, a biodiversidade, o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem-estar das populações humanas; (Incluído pela Medida Provisória Nº 2166-67 de 2013)”. Apesar do relevante papel ambiental dessa vegetação, (Ferreira e Dias, 2004) destacam que: “... as matas ciliares não escaparam da destruição e foram alvo de todo tipo de degradação. Basta considerar que muitas cidades foram formadas às margens dos rios, eliminando todo tipo de vegetação ciliar, e muitas sofrem hoje com constantes inundações, poluição, doenças e modificação da paisagem, efeitos negativos desses atos depredatórios”. Outro aspecto que tem contribuído para a supressão de vegetações ciliares é o corte feito por populações ribeirinhas. Rios (2001) ressalta as consequências desta prática demonstrando a sequência 2. 2.

(21) que vai do desmatamento da vegetação ao plantio agrícola: “1) Retira-se a mata de galeria que foi invadida pelas águas das enchentes; 2) Plantas e verduras e leguminosas que apresentam um ciclo de vida bastante curto; 3) Após a colheita a plantação morre e o solo ribeirinho fica exposto a erosão nas próximas chuvas e enchentes; 4) Com a atividade erosiva, o material das margens é conduzido naturalmente para o leito dos rios, provocando o assoreamento...” Sendo, o geoprocessamento um conjunto de ferramentas necessárias para manejar informações espacialmente referenciadas (Barcellos e Ramalho, 2002) tem obtido considerável avanço na integração de dados geográficos incluindo o planejamento ambiental, principalmente quando aplicado a indicações de parâmetros técnicos aplicados a orientações do diagnóstico ambiental. Os Sistemas de Informações Geográficas (SIG), baseados em computadores apropriados para captura, modelagem, manipulação, recuperação, análise e apresentação de dados referenciados geograficamente (Barbosa, 1997), adquirem um papel essencial como ferramenta básica para o planejamento e gestão de recursos naturais (Felgueiras, 2001). Segundo estes mesmos autores com a ferramenta SIG pode-se realizar mapeamento temático, diagnóstico ambiental, avaliação de impacto ambiental e ordenação territorial para a caracterização de estudos ambientais. Existem softwares de SIG que garantem a agilidade e a precisão no manuseio de informações espaciais, sendo utilizado o Software ENVIE 4.5 demonstrado neste estudo. A aplicabilidade do geoprocessamento e o georreferenciamento, faz uso de ferramentas, recursos e dados em que os analistas conseguem reconhecer a evolução temporal e espacial de um determinado fenômeno geográfico e sua ligação com outros, sendo que para sinalizar determinados parâmetros técnicos utilizamos uma tecnologia que envolve todas as áreas de formação. Não exige requisito algum para ser aplicada, ou seja, qualquer especialista pode fazer uso de sua tecnologia para beneficiar-se em suas pesquisas ou trabalhos. No entanto para usar estas ferramentas é necessário que os conceitos das disciplinas sejam transformados em representações computacionais. Ao utilizarmos essas ferramentas computacionais, caracterizadas como Sistemas de Informações Geográficas, ou pela sigla SIG, como é mais conhecida, poderemos realizar análises mais complexas e extensas, ao envolver dados de diversas fontes e ao formar bancos de dados georreferenciados em campo, facilitando a possibilidade de automatizar a produção de documentos cartográficos. Segundo Silva (2003), ao considerar o planejamento ambiental como uma análise associada ao meio ambiente, o homem e a natureza são as peças mais importantes. O ser humano, quando faz uso de um ecossistema, altera seu funcionamento e estrutura, causando impactos ambientais, os quais podem ser evitados ou minimizados. Nessa linha, podemos citar os desequilíbrios gerados pela própria ação humana no trecho estudado, como o impacto ambiental no habitat do Rio Itacaiúnas, ocasionado pela expansão da ocupação urbana, agrícola e industrial.. 3.

(22) 2. OBJETIVOS 2.1. Objetivo Geral Este estudo, composto por 2 Partes, consistiu numa primeira Parte no diagnóstico ambiental dos níveis de preservação permanente e de degradação da mata ciliar em área de expansão urbana do Rio Itacaiúnas. Para o Diagnóstico Ambiental Urbano recorreu-se às Áreas de Preservação Permanente (APP) relativa à Mata Ciliar e da Zona Especial de Interesse Ambiental - ZEIA do Rio Itacaíunas. A Parte II, e final deste estudo, consistiu na caracterização do corredor aquático e ribeirinho (grau de naturalização/artificialização) num troço de 5 500 m, através de observações caracterizadas com base na metodologia River Habitat Survey - RHS (Raven et al, 2007). Pretendeu-se, desta forma, fornecer aos Órgãos Públicos Ambientais o percentual da densificação de ocupação populacional, resultados estes que serão alinhados às demais disposições legais e às dinâmicas demográficas, sociais, económicas e ambientais, as quais servirão como dados de orientação de futuras ações de gestão ambiental de adequação ao processo de uso e ocupação do solo na estrutura espacial urbana, no município de Marabá/PA. Assim, os Órgãos Públicos Ambientais ficarão na posse de informações que ajudarão a promover a gestão ambiental do rio e a adoção de diretrizes de ordenamento territorial urbano em área de mata ciliar. Este estudo, procura também avaliar as consequências de algumas ações antrópicas praticadas na mata ciliar nas margens do Rio Itacaiúnas no trecho estudado, para que num futuro próximo se possam fazer ações de recuperação/restauro dos ambientes degradados identificados.. 2.2. Objetivos Específicos Com base nos propósitos de execução do Diagnóstico Ambiental aplicado ao Ordenamento Territorial Urbano Ambiental Planejado e conforme os preceitos ambientais previstos pelo Plano Diretor Municipal, delineamos os seguintes objetivos específicos: x Diagnosticar, analisar e avaliar os problemas de área (ha) e percentuais (%) de degradação da Mata Ciliar. x Quantificar as áreas espaciais urbanas às margens do Rio Itacaiúnas, impactadas pelo processo de degradação ambiental da mata ciliar conforme o previsto na Lei 12.651/2012 (Código Florestal Brasileiro) e as áreas de ZEIA`s previstas no PDM do município de Marabá/PA de acordo com a Lei Nº 17.846, de 29 de março de 2018; x Mapear a área diagnosticada resultante dos estudos constantes da Parte I e Parte II, com perímetros definidos em bases cartográficas.. 4.

(23) x Identificar o estado da preservação da área de mata ciliar localizadas nas margens esquerda (ME) e direita (MD), sentido Montante/Jusante do Rio Itacaiúnas sob a questão do estado físico dos barrancos, do canal, da vegetação bem como o aspecto geomorfológico do recurso hídrico estudado. x Relatar aos Órgãos Públicos de Proteção Ambiental, vinculados diretamente ao Poder Público Federal, Estadual e Municipal sobre os resultados deste estudo.. 3. MATERIAL E MÉTODOS 3.1. Caracterização da Área de Estudo O presente estudo foi realizado, na Amazónia Brasileira especificamente na microbacia hidrográfica do Rio Itacaiúnas (Figura 1) a qual sofre a influência de 6 rios (Tocantins, Tauarizinho, Sororó, Tapirapé, Cinzento e Rio Preto), num trecho de 5.500 m, área urbana do município de Marabá, Estado do Pará, Norte do Brasil. A cidade de Marabá está inserida na Mesorregião Sudeste Paraense, apresentando as seguintes coordenadas geográficas: 05º 21' 54" Latitude Sul e 04º 07' 24” Longitude WGr sendo banhada pelos rios Tocantins e Itacaiúnas. O acesso à cidade pode ser feito por via aérea, rodoviária (rodovia estadual PA150) e ferroviária. A sua principal avenida de integração central é a rodovia Transamazónica que integra a cidade e seus principais bairros conhecidos como Cidade Nova, Marabá Pioneira e Nova Marabá (Almeida, 2007), apresentando uma área de 15.157,9 Km2, onde vivem aproximadamente 271.594,0 habitantes (IBGE, 2010). Apresenta clima dos tipos Am (tropical húmido e monção) e Aw (tropical húmido), segundo a classificação de Köppen, com base, principalmente, nas precipitações pluviométricas e nas temperaturas. O período chuvoso é notório de dezembro a maio e o mais seco, de junho a novembro, estando o índice pluviométrico em torno de 2.000 mm/ano. A humidade relativa do ar é elevada, oscilando entre as estações mais chuvosas (Inverno) e a mais seca (Verão). A cidade de Marabá é uma região de clima húmido e sub-húmido e apresenta uma temperatura média mínima, anual, de 10°C a 26°C e média máxima de 25°C a 35°C, com a umidade média anual de 85% (Almeida, 2000). O Rio Itacaiúnas (Figura 1) é um rio brasileiro que nasce no estado do Pará na Serra da Seringa, no município de Água Azul do Norte e é formado pela junção de 2 (dois) rios, o Rio da Água Preta e o Rio Azul. Este rio localiza-se totalmente no Estado do Pará, apresentando uma vegetação ciliar quase totalmente suprimida, oriunda da instalação de projetos de agricultura e pecuária, e atualmente para o crescimento de aglomerados urbanos e conjuntos habitacionais. Desemboca na margem esquerda do Rio. 5.

(24) Tocantins, na sede da cidade de Marabá/PA, com importância muito grande na formação econômica da região sudeste do Estado do Pará. Grandes reservas da Castanheira do Brasil (Castanha do Pará) e Caucho (estilo Seringueira), foram sustentáculos económicos locais e existiam ao longo das margens do rio, atualmente, com a intensa devastação da floresta e a prospeção mineral junto às cabeceiras dos afluentes do rio, na Serra dos Carajás, o Rio Itacaiúnas corre grande risco de secar e por fim morrer. Há ainda, um projeto de desvio do seu curso normal, para crescimento urbano da cidade de Marabá. A microbacia do Rio Itacaiúnas abrange 5 (cinco) bairros (Cabelo Seco, Marabá Pioneira, Amapá e Filadélfia e Nova Marabá) com aproximadamente 100.000 habitantes (IBGE, 2010).. N Rio Tocantins. Marabá. Figura 1. Área de estudo (retângulo amarelo) com indicação do Rio Itacaiúnas, afluente da margem esquerda do Rio Tocantins.. 3.2. Georreferenciamento e Geoprocessamento Aplicado Este estudo consistiu no diagnóstico ambiental através do geoprocessamento com pontos de apoio iniciais e finais georreferenciados com GPS Geodésicos de Dupla Frequência. Neste estudo, utilizamos também mecanismos e técnicas de apoio, como imagens de satélite, mapas, banco de dados e os softwares específicos a serem especificados durante este estudo. O Fator técnico importante que utilizamos é a precisão dos dados georreferenciado in loco na questão das alturas elipsoidais, determinadas principalmente em relação à altura do barranco, tomando-se como referência o Datum SIRGAS 2000.. 6.

(25) Procuramos fazer o uso de inovações tecnologias já consagradas cientificamente em nosso planeta, de modo a colocar em prática toda uma tecnológica de ponta de modo a sobrepor os antigos e tradicionais métodos de coleta, tratamento, desenvolvimento e uso de informações geoprocessadas e georreferenciadas em recursos hídricos, para os quais, necessitamos urgentemente à aplicação de um plano de ação, voltados ao diagnóstico e recuperação ambiental, o que por sua vez, com o uso dessa tecnologia determinaremos os níveis de preservação permanente e de degradação atual da cobertura florestal da mata ciliar bem como os aspectos físicos do Rio Itacaiúnas. Com a ajuda de um pequeno barco, fizemos o percurso de 5.500 m, partindo sentido Montante /Jusante margem esquerda e direita, nas confrontações do Bairro Filadélfia até à Foz com o Rio Tocantins, onde primeiramente avaliamos o resultado das áreas devastadas em faixa marginal (Figura 2) conforme Código Florestal (Lei 12651/2012) e a faixa da Zona Especial de Interesse Ambiental ZEIA do Município de Marabá-PA (Plano Diretor Municipal, Lei Nº 17.846 de 29 de março de 2018). Figura 2. Rio Itacaiúnas. Mata Ciliar preservada na margem direita (MD) e área não preservada na margem esquerdam (ME).. Inicialmente identificaremos tais níveis mensurando as área (ha) e focos de degradação em Áreas de Preservação Permanentes – APP, conforme faixa marginal definida pelo Novo Código Florestal Brasileiro (Lei Federal Nº12.651/2012) denominada de APPNCF e as Áreas de Preservação Permanente definidas pelo Plano Diretor Municipal do município de Marabá/Pa, denominadas de APPPDM - Zonas Especiais de Interesse Ambiental - ZEIA (Lei Municipal Nº 17.846/2018). Nesta etapa aplicamos o geoprocessamento de imagens de satélites com pontos digitalizados, nessas imagens georreferenciadas. Com o auxílio do georreferenciamento e geoprocessamento construímos o mapa de usos, conforme Figura 3.. 7.

(26) Figura 3. Mapa de Uso da área de estudo junto à foz do Rio Itacaiúnas e as áreas urbanas presentes nas ME e MD.. 3.2.1. Base Cartográfica de Apoio ao Plano Diretor Municipal A base cartográfica de apoio para a execução da diretrizes políticas e técnicas emanadas pelo Plano Diretor Municipal, foi delineada pela estruturação espacial prevista no macrozoneamento urbano traçados pelas diferentes ações de Ordenamento Territorial Urbano Ambiental Planejado. O espaço físico conforme a Estrutura Espacial da Zona Urbana denomina-se de Zonas Especiais de Interesse Social – ZEIS e Zonas Especiais de Interesse Ambiental ZEIA-II, sendo estes mapas, utilizados no apoio espacial das atividades impactantes ao meio ambiente os quais são: contexto regional de Marabá - PA (Figura 4), macrozoneamento municipal de Marabá - PA (Figura 5), setores de uso do perímetro urbano de Marabá - PA (Figura 6), classificação do uso do solo, perímetro urbano de Marabá - PA (Figura 7), zonas de interesse especial de perímetro urbano de Marabá - PA (Figura 8), e ZEIAS II - zonas especiais de interesse ambiental do município de Marabá - PA (Figura 9).. 8.

(27) Figura 4. Contexto regional de Marabá - PA (Fonte DENIT/IBGE/SEPLAN).. 9.

(28) Figura 5. Macrozoneamento municipal de Marabá - PA (Fonte DENIT/IBGE/SEPLAN).. 10.

(29) Figura 6. Setores de uso do perímetro urbano de Marabá - PA (Fonte DENIT/IBGE/SEPLAN).. 11.

(30) Figura 7. Classificação do uso do solo, perímetro urbano de Marabá - PA (Fonte DENIT/IBGE/SEPLAN).. 12.

(31) Figura 8. Zonas de interesse especial de perímetro urbano de Marabá - PA (Fonte DENIT/IBGE/SEPLAN).. 13.

(32) Figura 9. ZEIAS II - zonas especiais de interesse ambiental do município de Marabá - PA (Fonte DENIT/IBGE/SEPLAN).. 14.

(33) Sinalizamos os focos de áreas de matas ciliares degradadas, atrelando-as a função da massificação populacional e habitacional urbana adicionada à ação impactante oriunda das atividades industrial das olarias e das empresas de mineração localizadas às margens do rio, na vista das autoridades públicas federais, estaduais e municipais, focos esses, demonstrados com imagens e tabelas, conforme Anexos 8.1 a 8.7. Para referência de parâmetros técnicos, a obtenção de um Diagnóstico Ambiental, que represente a real aplicação de um Ordenamento Territorial Ambiental Urbano Planejado, em área de mata ciliar do Rio Itacaiúnas, realizamos um levantamento geodésico, com pontos de apoio precisos no início e no final dos trabalhos de campo, obtendo-se assim uma acurácia e uma geometria precisa da área total degradada estudada. Para a determinação dos focos e os percentuais de degradação da mata ciliar, efetuámos primeiramente a projeção da área referente ao eixo central do canal do rio (Linha Vermelha) e posteriormente, procuramos localizar e desenhar as linhas de referências em relação ao eixo central do rio, denominadas de linhas marginais (Verde e Azul), posteriormente prosseguimos o mapeamento da área de APP (Novo Código Florestal) denominada de APPNCF (Linha Verde) e a da Zona Especial de Interesse Ambiental – ZEIA (Linha Azul) referente ao Plano Diretor Municipal - PDM, delimitando-se assim a área de APP com Mata Ciliar preservada e APP com Mata Ciliar não preservada, por área, perímetro e distância conforme a figura geométrica georreferenciada e geoprocessada (Figura 10), definida no mapeamento pelas margens direita e esquerda do rio.. Figura 10. Mapeamento da Faixa Marginal das Áreas de APPNCF/APPPDM.. 15.

(34) Para determinação da área (ha) e percentual (%) da Mata Ciliar, utilizámos os softwares Autocad Desk 2011, Arcview V 3.1, Envie V 4.5 e o Autotopo V14. Na Figura 10 é possível visualizar as faixas marginais da área de preservação permanente referente ao Novo Código Florestal (Linha Verde) e a Zona Especial de Interesse Social - ZEIA (Linha Azul) disposta no Plano Diretor Municipal -PDM. A Figura 11mostra uma visão ampla das margens direita e esquerda do Rio Itacaiúnas na Foz com o Rio Tocantins.. Figura 11. Visão das margens do rio Itacaiúnas a desaguar no Rio Tocantins.. 3.2.2. Mapa de Uso da Mata Ciliar (APPNCF/APPPDM) e Ocupações Urbanas As ocupações populacionais urbanas das margens direita e esquerda do Rio Itacaiùnas e as áreas de APPNCF e APPPDM foram sinalizadas conforme consta na Figura 3. Os focos a azul são Áreas de Preservação Permanentes de acordo com a faixa marginal definida pelo Novo Código Florestal (APPNCF) e Área de Zona Especial de Interesse Ambiental - ZEIA, onde temos os trechos Preservados e Não Preservados (ver Quadros do Anexo 8.7). No trecho de 5.500 m estudado, utilizamos pontos georreferenciados de partida e de chegada para apoio geodésico numa poligonal aberta, objetivando a obtenção de uma precisão segura em campo para utilizarmos o geoprocessamento de imagens de satélites do Google Earth, para o procedimento de digitalização das imagens georreferenciadas e a obtenção dos focos de áreas com desmatamento da mata ciliar às margens do Rio Itacaiúnas. A faixa marginal definidas pelo Novo Código Florestal Brasileiro, Lei Federal 12.551/2012 é obrigatório a preservação de 30,00 metros em área urbana e pelo Plano Diretor Municipal-PDM, Lei Municipal N° 17846/2018 de 29/03/2018 em Áreas de ZEIAS II - Zonas Especiais de Interesse Ambiental do Município de Marabá-PA (Mapa 7-b), é obrigatório a preservação de 100,00 metros também em faixa marginal, com obediência dessas áreas estarem com uma altimetria abaixo ou igual a cota 82 m, com. 16.

(35) implicações diretas na Estruturação Espacial Urbana, assim como no Macrozoneamento da cidade de Marabá-PA, conforme mapas constantes da Base Cartográfica de Apoio ao Plano Diretor Municipal constante no Capítulo 3. 3.3. Caracterização do Habitat Aquático e Ribeirinho Após a sinalização das áreas degradadas fez-se a avaliação de alguns dos parâmetros descritos na metodologia River Habitat Survey – RHS (Raven et al., 2007), objetivando a realização de uma avaliação da qualidade do habitat (grau de naturalidade/artificialização) no trecho de rio estudado. Para tal, uma vez que a largura do rio dificultou a observação de todos os parâmetros selecionados recorrendo a apenas uma das margens, foi necessário percorrer ambas as margens, sentido Montante/Jusante conforme Figura 10, a fim de cabalmente todos os parâmetros serem avaliados. Assim, foi percorrida uma área de 110,4235 ha e uma extensão de 5.500,00 m, relativas às margens esquerda e direita, sentido Montante/Jusante, conforme Figura 12.. Figura 12. Vista Aérea da margem do Rio Itacaiúnas em área urbana no bairro Nova Marabá, Marabá-PA, Norte do Brasil.. A metodologia River Habitat Survey foi concebida para caracterizar e avaliar em termos de estrutura os córregos de água doce e rios que consiste no reconhecimento dos princípios geomorfológicos e dos tipos de vegetação no Barranco e no Canal do referido rio. O River Habitat Survey (RHS) é um método que permite inferir acerca da qualidade dos habitats fluviais, o qual tem sido desenvolvido por gestores ambientais desde 1994 para ajudar à conservação e restauração dos rios e zonas marginais no Reino Unido. O sistema utiliza uma metodologia de campo. 17.

(36) padrão, acreditada pela Environment Agency, uma base de dados informática para análise rápida e inclui resultados que expressam a qualidade do habitat e as modificações artificiais do canal. O sistema fornece um método padrão, para inferir sobre a totalidade das características físicas e da qualidade dos habitats complementando os métodos usados para avaliar a qualidade da água. Através da avaliação das características do habitat para especificar os tipos de gestão dos canais fluviais. O RHS pode ser usado para ajudar a quantificar os impactos adversos e positivos das alterações físicas dos canais dos rios. Isto pode ser usado em conjugação com um leque bastante variado de informação, para promover a boa gestão dos canais e para ajudar a planear e a monitorizar a reabilitação dos habitats ribeirinhos. O RHS assenta numa caracterização de variáveis hidromorfológicas e do corredor ribeirinho ao longo de 500 m de comprimento do rio, abrangendo uma faixa de 50 m de cada lado do rio, sendo os dados transferidos para ficheiros específicos (Figura 13). Estas observações são conduzidas em duas escalas distintas: em transeptos dispostos em intervalos de 50m, e de modo contínuo ao longo de todo o setor. No primeiro caso (conjunto de 10 transeptos), as variáveis dizem respeito ao substrato do canal, tipo de corrente, características de habitat, tipos de vegetação aquática, estrutura da vegetação da margem e estruturas artificiais. No segundo caso (faixa contínua de 500 m) são registados vários aspectos físicos e modificações distintas do caso anterior. Adicionalmente recolhem-se dados morfométricos numa secção representativa e ainda informação sobre espécies-alvo (com elevado valor conservacionista, ou invasores de grande potencial de disseminação). O RHS é assim, um método semi-objetivo, de fácil aplicação no campo para pessoas acreditadas, permitindo avaliar a qualidade e estado de conservação dos habitats fluviais a partir da sua hidromorfologia e estrutura da vegetação ribeirinha e aquática (Raven et al., 1997).. Figura 13. Representação esquemática da distribuição espacial para recolha de dados em cada secção de amostragem do RHS (adaptado de Environment Agency, 2003).. 18.

(37) No nosso caso de estudo o trecho avaliado possui 5500 m partindo do Bairro Filadélfia (Montante) até à foz do Rio Itacaiúnas com a confluência do Rio Tocantins (Jusante) o que equivale a 11 locais de amostragem com 500 m de comprimento cada. As seções de 500 m foram subdivididas em subseções de 50 m, todas com marcos, materializados em campo com uma faixa lateral de 10 metros sendo 5 m para cada lado (direito e esquerdo), tendo como eixo o marco central materializado em cada subseção conforme Figura 14 e Anexo 8.9.. Figura 14. Planta Topográfica do Levantamento da área caracterizada no presente estudo.. Aquando da observação dos diferentes parâmetros selecionados teve-se em atenção a componente obrigatória de avaliação dos riscos de saúde e de segurança. No trecho estudado realizamos o mapeamento gráfico georreferenciado (Figura 14) com GPS Geodésico de Dupla Frequência – L1/L2, com pontos processados e ajustado, pelo Sistema Geodésico Brasileiro – SGB, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística- IBGE, através do Software Autocad Desk na escala de 1:5000. Após a varredura realizada num trecho de 5500 m no Rio Itacaiúnas com a identificação de focos de desmatamento e degradação da área de MC pela margem direita e margem esquerda, partindo-se através do ponto inicial P-1500, integrante do PE-10001 e pela MD e PE-10002 pela ME, com Coordenadas Geográficas Georreferenciadas pelo Sistema Geodésico Brasileiro – SGB (IBGE-BR), conforme Anexos 8.9 e 8.10, localizado na confluência pela margem direita do bairro (Folha 33) e na confluência pela margem esquerda com o bairro Belo Horizonte, distrito núcleo Cidade Nova. Todas as estações neste estudo foram denominadas de Pontos (P) que entre eles possuem uma distância de 500 m, os quais foram subdivididos em subpontos cuja distância entre estes foi de 50 m, conforme base cartográfica.. 19.

(38) O Levantamento realizado foi com o uso da Sensoriamento Remoto, Topografia e da Geodésia Celeste, o qual me permitiu a obtenção de Coordenadas Geográficas e UTM com precisões de até 0,001 m na horizontal e 0,002 m na vertical. A altura apresentada neste estudo é a altura do elipsoide. O Sistema de Referência foi o SIRGAS 2000.4, o Elipsoide foi o GRS-80. Objetivando melhorar a precisão das coordenadas UTM, utilizámos o Plano Topográfico Local, através da Rede de Referência Cadastral Municipal – RRCM – MARCO-SAT-95013-IBGE (https://ww2.ibge.gov.br/home/geociencias/geodesia/bdgpesq_googlemaps.php?estacao= mara. ba&tipo_estacao=&uf=#tabela_dados). Relativamente à aplicação da metodologia RHS, temos a salientar que esta não foi aplicada na íntegra uma vez que não fiz formação que me permitisse ser um técnico acreditado nesta metodologia. Recorri a esta metodologia em função da formação que obtive durante a Unidade Curricular de Restauração de Ecossistemas (2º Ciclo de Estudos em Engenharia do Ambiente). Com base nessa formação, optei por aplicar algumas das características que mais evidenciassem perturbações de cariz antropogénico e que abaixo serão descritas. O inventário de campo incluiu informação sobre o tipo de substrato, frequência de ocorrência de características de erosão e de sedimentação, hidrodinamismo, estrutura da vegetação, morfologia das margens e uso de solo nas zonas adjacentes ao corredor ribeirinho. Foram ainda recolhidos dados morfométricos numa seção representativa e informação sobre espécies de elevado valor conservacionista ou invasores com grande potencial de disseminação. Como complemento fez-se, também, o levantamento de campo observando os grupos específicos de espécies de plantas frutíferas e florestais bem como os animais encontrados neste estudo. Face ao exposto, e tendo em consideração o acima mencionado, este estudo de um troço de rio de 5500 m, baseou-se nas seguintes características: forma predominante do vale, características artificiais, impacte de barragens/açudes no canal, modificação do canal nomeadamente se este foi realinhado e/ou aprofundado, uso do solo nas margens e no vale, perfil das margens, extensão da mata ciliar e características associadas, dimensões do canal, presença de espécies exóticas invasoras, presença de espécies de interesse conservacionista e características de grande impacto.. 4. RESULTADOS 4.1. Ordenamento Territorial Ambiental Urbano Planejado As áreas não preservadas e preservadas em relação à mata ciliar, levando-se em consideração a faixa marginal (Figura 10) determinada pelo Código Florestal (APPNCF) e pelo Plano Diretor Municipal (APPPDM) encontram-se sintetizadas nas Figuras e Quadros seguintes. A tabela de cálculo de área,. 20.

(39) distância e coordenadas geográficas e UTM, para as áreas de APPNCF e APPPDM com as suas respectivas áreas de focos, encontram-se no Anexo 8.7 do presente estudo. Quanto às áreas urbanas de salientar o bairro Cabelo Seco (Figura 15). Trata-se de um bairro pequeno, possuí somente 11quadras, onde se localizam poucos estabelecimentos comerciais e de prestação de serviços. Na escala de % de massificação da ocupação da população urbana e % de degradação em área marginal de mata ciliar á margem direita do Rio Itacaiúnas representa 30% do total da massificação e 25% da degradação. O bairro é mais antigo do município de Marabá/PA, mas seus índices de massificação ocupação populacional urbana e degradação, só são ultrapassados pelo Bairro Amapá que neste estudo apresenta um percentual de 40% de massificação e de 30% de degradação, conforme Anexo 8.11.1 e 8.11.2. Os moradores do bairro são de classe baixa, na sua maioria com vulnerabilidade social e quando precisam utilizar serviços como escolas, creches, supermercados, comércio em geral e prestação de serviços, recorrem ao bairro da Marabá Pioneira e/ou bairro Nova Marabá. Atualmente foi inaugurado um posto de Saúde no Bairro para atendimento da população local que soma cerca de 3.500 habitantes (IBGE, 2010).. Figura 15. Vista do Bairro Cabelo Seco, Rio Tocantins, Rio Itacaiúnas e a Pista de Pouso do Aeroporto de Marabá-PA, em área urbana.. Para ambas margens, sentido (Montante/Jusante) do Rio Itacaiúnas, os resultados foram obtidos através do georreferenciamento e geoprocessamento aplicado ao diagnóstico ambiental com ênfase ao Ordenamento Territorial Urbano Planejado, conforme os dados citados na Tabela de Cálculo de Área,. 21.

(40) Distância e Coordenadas UTM/Geográfica, conforme Anexo 8.7, e a seguir apresentamos as seguintes informações: 4.1.1. Resultados da APPNCF Conforme os dados investigados no presente estudo, apresentamos os resultados da APPNCF para ambas as margens (MD e ME) do Rio Itacaiúnas num trecho de 5.500 m. No Quadro 1 encontram-se os resultados obtidos para a margem direita. Quadro 1. Área de APPNCF da MD.. AREA ESTUDADA. AREA APPNCF NÃO. ÁREA APPNCF NÃO. (ha). PRESERVADA (ha). PRESERVADA (%). 19,8683. 9,5890. 51,73. Nas Figuras 16 e Figura 17 encontram-se os resultados obtidos para a margem direita (MD), relativas às áreas degradadas (ha e %, respetivamente) de Mata Ciliar.. Figura 16. Valores de área degradada (ha) de APPNCF de Mata Ciliar da MD.. 22.

(41) Figura 17. Valores de área degradada (%) de APPNCF de Mata Ciliar da MD.. Na Figura 18 encontra-se a imagem Georreferenciada e Geoprocessada com os Focos de Degradação da Mata Ciliar da MD.. Figura 18. Posicionamento dos focos de degradação da área de mata ciliar na MD.. No Quadro 2 encontram-se os resultados obtidos para a margem esquerda.. 23.

(42) Quadro 2. Área de APPNCF da ME.. Nas Figuras 19 e Figura 20 encontram-se os resultados obtidos para a margem esquerda (ME),. relativas às áreas degradadas (ha e %, respetivamente) de Mata Ciliar.. Figura 19. Valores de área degradada (ha) de APPNCF de Mata Ciliar da ME.. Figura 20. Valores de área degradada (%) de APPNCF de Mata Ciliar da ME.. Na Figura 21 encontra-se a imagem Georreferenciada e Geoprocessada com os Focos de Degradação da Mata Ciliar da ME.. 24.

(43) Figura 21. Posicionamento dos focos de degradação da área de mata ciliar na ME.. 4.1.2. Resultados da APPPDM/(ZEIA) A seguir apresentam-se os resultados dos dados georrefrenciados e geoprocessados da ZEIA pela margem direita e margem esquerda do Rio Itacaiúnas. A ZEIA são as áreas de interesse ambiental definidas pelo Poder Público Municipal prevista no Plano Diretor Municipal-PDM em uma faixa marginal de 100,00 metros dos rios em área urbana, sendo proibida qualquer utilização em área de ZEIA (Quadro 3). Quadro 3. Área de ZEIA (ha) Preservada e Não Preservada.. Conforme os dados investigados no presente estudo, apresentamos os resultados da APPPDM(ZEIA), de acordo com a tabela (Anexo 8.7), pela margem direita e esquerda do Rio Itacaiúnas em um trecho de 5.500 m (Figura 22).. 25.

(44) 59,27 34,00 , 30,2147. ÁREA(ha). 1573 ,. 7268 29,06. ÁREA(ha). 18,26. 0. 10 20 30 NÃO PRESERVADA. 40 50 PRESERVADA. 60. 70. Figura 22. Área (ha) de ZEIA Preservada e Não Preservada.. Na Figura 23 encontra-se a imagem Georreferenciada e Geoprocessada com os Focos de Degradação da Mata Ciliar da MD e ME.. Figura 23. Mapeamento dos Focos de Preservação e Degradação da Mata Ciliar APPNCF e APPPDM (ZEIA) MD/ME – Rio Itacaiúnas.. 4.1.3. Resultados da junção da APPNCF com a APPPDM/(ZEIA) A seguir apresentam-se os resultados dos dados georrefrenciados e geoprocessados das duas áreas de preservação (APPNCF/ZEIA) para as duas margens do Rio Itacaiúnas (Quadros 4 e 5 e Figuras 24 e 25).. 26.

(45) Quadro 4. Área de APPNCF/ZEIA preservada (ha) / foco de preservação (Und).. Quadro 5. Área de APPNCF/ZEIA degrad(Aada (ha) / foco de degradação (Und).. Figura 24. APPNCF/ ZEIA Preservada Área (ha)/Foco(Und).. 27.

(46) Figura 25. APPNCF/ ZEIA área degradada Área (ha)/Foco(Und).. Conforme as observações e os dados coletados neste trecho de 5.550 m de estudo, a degradação ocorrida na mata ciliar tanto na margem direita como na margem esquerda, ocorreu de forma antropizada. No Quadro 6 encontram-se os resultados das áreas de APPNCF e APPPDM (ZEIA) degradadas nas margens direita e esquerda do Rio Itacaiúnas. Quadro 6. Área Degradada APPNCF/ZEIA (ha)/Foco de Degradação(Und.).. Segundo o resultado acima consolidado, percebemos que as áreas degradadas das APPNCF E APPPDM (Tabela I) perfazem um total de 76,3666 ha, o correspondente a 763.666 metros quadrados correspondente a 763.666 campos de futebol com as medidas de 100 x 100 m, sendo a MD a mais degradada, com uma diferença de 0,9248 ha, a mais do que a ME.. 4.2. Caracterização do Habitat Aquático e Ribeirinho – Parte II No Quadro que se segue (Quadro 7) encontram-se os resultados da caracterização geral da avaliação feita pela margem direita e pela margem esquerda, dos seguintes parâmetros: forma 28. 28.

(47) predominante do vale, características artificiais, canal realinhado ou aprofundado, uso do solo, estrutura da vegetação das margens (Figura 26 e Figura 27), modificação do canal, uso do solo (%) (Figuras 2831), características das margens (Figura 32 e Figura 33), perfil das margens, presença de espécies exóticas e presença de espécies nativas de interesse conservacionista. Nos Anexos 8.11.1 e 8.11.2, encontramos a caracterização dos Riscos, nomeadamente a avaliação da Segurança e Saúde observada em cada uma das 11 Seções estudadas, em ambas as margens Quadro 7. Caracterização geral do troço de 5.500 m do rio Itacaiúnas. DESCRIÇÃO FORMA PREDOMINANTE DO VALE. CARACTERISTICAS ARTIFICIAIS. CANAL REALINHADO/APROFUNDADO. RESULTADOS APLANADO. 4. BUEIROS. 01. PONTE. 01. ENCANAÇÕES (PVC). 15 Em função das atividades de dragagem realizadas pelas empresas mineradoras houve um realinhamento na profundidade do canal. No trecho estudado este realinhamento foi de 2.000 metros a partir do Ponto 1507. A profundidade deste ponto até a Foz com o Rio Tocantins é de 7,2 m em época de águas cheias EROSÃO EM 20% Erosão em queda ocorre QUEDA em pela ação das águas dos rios sobre as EROSÃO COM 40% superfícies dos cursos ESTABILIDADE d'água e de encostas. ROCHOSO 0% Atuam também no PRESERVADAS 30% desgaste do solo durante enchentes periódicas ou EROSÃO EM 30% períodos de cheias. QUEDA É intensificada com a EROSÃO COM 40% retirada das matas ESTABILIDADE ciliares, ou seja, as ROCHOSO 10% vegetações localizadas nas margens do rio PRESERVADA 20%. CARACTERISTICAS DO TALUDE DAS MARGENS ESQUERDA. USO DO SOLO (%). PERFIL DAS MARGENS. OBS:01(um) Bueiro Diametro de 0,30m na margem direita mas não caracterizado pela metodologia do RHS 15 (Quinze) canos de água PVC mas não caracterizado pela metodologia do RHS. SIM PARCIALMENTE. DIREITA. MODIFICAÇÃO DO CANAL. OBSERVAÇÕES. NÃO HOUVE ZONAURBANA. 40%. ZONA DE PASTAGEM. 20%. FLORESTA. 10%. ZONA RIPÁRIA EM BOAS CONDIÇÕES. 30%. NATURAIS. Sem alterações Artificiais. PRESENÇA DE ESPÉCIES EXÓTICAS. A ocupação de zona urbana está em APP, tanto em faixa marginal do Novo Código Florestal e de ZEIA.. NÃO CASTANHEIRA DO BRASIL OU CASTANHA DO PARÁ. PRESENÇA DE ESPÉCIES NATIVAS DE INTERESSE CONSERVACIONISTA. 29. No trecho estudado de 5.500 metros identificamos apenas 6 espécies da castanheira do Brasil considerada uma espécie nativa em extinção, no Norte do Brasil..

(48) 100. 100. 70. 60. 60. 50 50. 60. 50 50. 70. 40. 50. 40. 40. 30. 20. 30. 20. 30. 2020 20 1010. 1500. 1501. 1502. 1503. 1504. 1505. MATA CILIAR (%) CONTINUA. 1506. 1507. 1508. 1509. 1510. CONTINUAMATA CILIAR (%) SEMI. MATA CILIAR (%) AUSENTEMATA CILIAR (%) BOSQUETES Figura 26. Estrutura da mata ciliar (%) na margem direita do sector estudado do rio Itacaiúnas.. Figura 27. Estrutura da mata ciliar (%) na margem esquerda do sector estudado do rio Itacaiúnas.. 30.

(49) GRÁFICO % DO USO DO SOLO MD. 100 90. 90 75. 80. 70. 70 50. 65. 45. 50. 40 30. 30 20. 25. 30. 15. 30 20. 20. 10 0 1500. 30. 10. 0 1501. 1502 URBANA. 1503. 0 1504. 0 1505. 0 1506. PASTO NÃO MELHORADO. 5. 0 1507. 1508. 1509. MATA CILIAR. Figura 28. Uso do Solo da margem direita do sector estudado do rio Itacaiúnas.. Figura 29. Uso do Solo da margem esquerda do sector estudado do rio Itacaiúnas.. 31. 00 1510.

(50) GRÁFICO DA MASSIFICAÇÃO POPULAÇÃO URBANA MD 100 90. 50 40 30 20 0 1500. 0 1501. 1502. 0. 0. 0. 1503 1504 1505 1506 1507 PONTOS DE OBSERVAÇÃO. 1508. 1509. 1510. Figura 30. Massificação Populacional Urbana (%) da margem esquerda do sector estudado do rio Itacaiúnas.. GRÁFICO DA MASSIFICAÇÃO POPULACIONAL URBANA ME 100. 60. 100. 100. 100. 60. 50 40. 1500. 1501. 40 30. 30. 1502. 1503. 1504. 1505. 1506. 1507. 1508. 1509. 1510. PONTOS DE OBSERVAÇÃO Figura 31. Massificação Populacional Urbana (%) da margem esquerda do sector estudado do rio Itacaiúnas.. 32.

(51) GRÁFICO % CARACTERISTICA DA MD. 100. 100. 100. 100. 100. 100. 100. 100. 90 80 70. 30 20 10 0. 0. 0. 0. 1500. 1501. 1502. 1503. 0. 1504. EROSÃO%. 1505. 0. 0. 1506. 1507. EROSÃO ESTÁVEIS. 0 1508. 1509. 1510. ROCHOSA. Figura 32. Características das margens: estabilidade do talude (%) da margem direita do sector estudado do rio Itacaiúnas.. GRÁFICO % CARACTERÍSTICA DA ME. 100. 100. 100. 100. 100. 90 80 60 50 40. 50. 40. 35 15. 10 00 1501. 0 1502. 20. 10 0. 1503. 0 1504. EROSÃO%. 1505. 0. 1506. EROSÃO ESTÁVEIS. 0. 0. 1507. 00 1508. 0 1509. 00 1510. ROCHOSA%. Figura 33. Características das margens: estabilidade do talude (%) da margem esquerda do sector estudado do rio Itacaiúnas.. 33.

(52) No Quadro 8 apresentam-se os resultados das medições horizontais (banco cheio) / verticais (altura do barranco), profundidade do canal (Figura 34), altura do barranco. Quadro 8. Resultados das Medições Horizontais (Banco Cheio) / Verticais (Altura do Barranco). Altura do. Ponto. barranco (m). MD. ME. 1500. 4,77. 4,69. 0,08. 1501. 5,96. 5,71. 1502. 4,91. 1503. A altura do barranco é igual a altura do barranco cheio (s/n). Largura do barranco/ barranco. Altura acima da água (m). Local das medições. (m). MD. ME. 198,92. N. N. Águas suaves. 0,25. 168,77. N. N. Águas suaves. 3,18. 0,27. 262,73. N. N. Águas suaves. 2,71. 3,23. 0,52. 256,95. N. N. Águas encrespadas. 1504. 3,31. 3,76. 0,45. 228,22. N. N. Águas encrespadas. 1505. 2,27. 3,37. 1,10. 239,34. N. N. Águas encrespadas. 1506. 2,34. 2,14. 0,20. 247,46. N. N. Águas encrespadas. 1507. 1,72. 2,43. 0,71. 224,22. N. N. Águas encrespadas. 1508. 3,29. 2,69. 0,60. 239,26. N. N. Águas suaves. 1509. 3,07. 2,40. 0,67. 217,18. N. N. Águas suaves. 1510. 3,43. 2,74. 0,60. 236,78. N. N. Águas suaves. GRÁFICO PROFUNDIDADE DO CANAL ( m). 6 ,2 4 ,2. 4 ,4. 1500. 1501. 4. 3 ,8. 1502. 1503. 4 ,5. 4,4. 1504. 1505. 6,5. 7 ,2. 5. 1506. 1507. 1508. PONTOS OBSERVADOS Figura 34. Profundidade do canal do sector estudado do rio Itacaiúnas.. 34. 6,8. 1509. 1510.

Imagem

Figura 1. Área de estudo (retângulo amarelo) com indicação do Rio Itacaiúnas, afluente da margem esquerda do  Rio Tocantins
Figura 2. Rio Itacaiúnas. Mata Ciliar preservada na margem direita (MD) e área não preservada na margem  esquerdam (ME)
Figura 3. Mapa de Uso da área de estudo junto à foz do Rio Itacaiúnas e as áreas urbanas presentes nas ME e  MD
Figura 4. Contexto regional de Marabá - PA (Fonte DENIT/IBGE/SEPLAN).
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Referências

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