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Academic year: 2021

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NOVA Medical School | Faculdade de Ciências Médicas

Mestrado Integrado em Medicina

Curso 2014-2020

Regente: Prof. Doutor Rui Maio

Orientador: Dr. António Mário Santos

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INTRODUÇÃO……….2

OBJETIVOS……….……….………….2

SÍNTESE DOS ESTÁGIOS PARCELARES Ginecologia e Obstetrícia………3

Saúde Mental……….….………3,4 Medicina Geral e Familiar……….……….………4,5 Pediatria……….……….…….……….5

Cirurgia Geral……….……….……6

Medicina Interna……….….6

ELEMENTOS VALORATIVOS……….……….7

REFLEXÃO CRÍTICA FINAL……….………….……….8,9 ANEXOS……….…….………….10

GLOSSÁRIO

AEFCM - Associação de Estudantes da Faculdade de Ciências Médicas BO - Bloco Operatório

CHPL - Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa

CNEM - Congresso Nacional de Estudantes de Medicina

ERASMUS - European Region Action Scheme for the Mobility of University Students HLL - Hospital da Luz Lisboa

HDE - Hospital Dona Estefânia

IFMSA - International Federation of Medical Students' Associations MI – Medicina Interna

MIM - Mestrado Integrado em Medicina

NMS|FCM - Nova Medical School | Faculdade de Ciências Médicas SU - Serviço de Urgência

TEAM - Trauma Evaluation And Management USF - Unidade de Saúde Familiar

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Segundo o projeto “O Licenciado Médico em Portugal” [1], “a função da educação médica pré-graduada é preparar licenciados médicos com atributos profissionais adequados e com um núcleo de conhecimentos e

competências que lhes permita aprender autonomamente ao longo da carreira médica” com a finalidade de

“ajudar o estudante médico a adquirir uma base de conhecimentos sólida e coerente, associada a um adequado conjunto de valores, atitudes e aptidões (...) de modo a promover a saúde e o bem-estar das comunidades que servem”.

O Mestrado Integrado em Medicina (MIM) da Nova Medical School | Faculdade de Ciências Médicas (NMS|FCM) da Universidade Nova de Lisboa assenta nesta filosofia e encontra-se organizado de forma a proporcionar aos seus alunos uma formação teórica de excelência aliada a um ensino prático diversificado, sem nunca descurar a componente humana e social. O Estágio Profissionalizante do 6º ano permite consolidar competências e adquirir a autonomia e a segurança necessárias ao exercício da formação pós-graduada, encontrando-se dividido em seis estágios parcelares - quatro com a duração de 4 semanas (Ginecologia e

Obstetrícia, Saúde Mental, Medicina Geral e Familiar e Pediatria) e dois com a duração de 8 semanas

(Cirurgia Geral e Medicina Interna) - detalhados nas tabelas 1 e 2 em anexo.

No presente relatório começo por enumerar os objetivos definidos para o presente ano letivo, seguindo-se a descrição sumária dos estágios parcelares e de atividades valorativas, terminando com uma reflexão

crítica acerca do cumprimento dos objetivos delineados e um balanço final deste percurso que agora termina.

A secção de anexos inclui a cronologia do ano letivo, trabalhos desenvolvidos ao longo do Estágio Profissionalizante e todos os certificados das atividades descritas ao longo do relatório.

Como objetivos para o presente ano letivo e transversais a todos os estágios parcelares destaco: (1) consolidar conhecimentos adquiridos previamente; (2) dominar a realização de uma história clínica estruturada e exame objetivo dirigido; (3) aperfeiçoar o raciocínio clínico na elaboração de hipóteses de diagnóstico, interpretação de exames complementares e implementação de planos terapêuticos adequados;

(4) reconhecer as minhas capacidades e limitações de forma a saber pedir ajuda sempre que necessário e

trabalhar no sentido de conseguir superar as dificuldades; (5) treinar e adquirir novas competências práticas com vista a uma autonomia clínica progressiva e constante procura de atualização e formação; (6) otimizar a minha capacidade de trabalho em equipa com os colegas e profissionais de saúde num ambiente multidisciplinar; (7) desenvolver técnicas de comunicação eficazes no estabelecimento de uma boa relação médico-doente, com base numa abordagem biopsicossocial; (8) assumir sempre uma conduta responsável, assente em sólidas bases éticas e morais.

[1] Victorino R, Jollie C, McKimm J; O Licenciado Médico em Portugal, 2005

INTRODUÇÃO

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Página 3 de 30 O estágio de Ginecologia e Obstetrícia, sob a regência da Prof.ª Doutora Teresinha Simões, decorreu na

Maternidade Alfredo da Costa sob a orientação da Dr.ª Celina Ferreira nas duas semanas de Ginecologia e da Dr.ª Patrícia Pinto nas duas semanas de Obstetrícia. Para este estágio estabeleci como objetivos específicos:

1. contactar com as diversas valências da especialidade e treinar procedimentos simples inerentes à mesma; 2. identificar as principais patologias ginecológicas; 3. compreender o seguimento da mulher grávida. No âmbito da Ginecologia, assisti à realização de 10 histeroscopias, 4 colposcopias e 12 ecografias ginecológicas, acompanhei o seguimento de doentes na enfermaria, observei 2 cirurgias no bloco operatório e frequentei as consultas de ginecologia geral (num total de 26), onde me foi dada a oportunidade de realizar toques vaginais, exames ao espéculo e colheita de citologias cervicais.

No âmbito da Obstetrícia frequentei a enfermaria do serviço de medicina materno-fetal e o puerpério onde tive oportunidade de participar no acompanhamento diário e vigilância das grávidas e puérperas; assisti a consultas, 10 de diabetes gestacional e 17 de gravidez de alto risco, durante as quais realizei alguns procedimentos como medição da altura uterina e auscultação do foco fetal. Durante uma manhã pude acompanhar a realização de 5 ecografias obstétricas no centro de diagnóstico pré natal, onde são seguidas gravidezes gemelares/trigemelares e situações com elevado risco de alterações cromossómicas e malformações fetais.

Paralelamente, participei no serviço de urgência num total de cerca de 12h semanais, onde pude observar patologia ginecológica em faixas etárias variadas e um grande número de grávidas, permitindo-me assim a prática de procedimentos e a oportunidade de assistir a 8 partos, maioritariamente cesarianas.

Em termos formativos assisti ao workshop “The Woman” e para efeitos de avaliação elaborei o relatório parcelar de estágio e apresentei um caso clínico sobre pré-eclâmpsia com respetiva revisão teórica do tema.

O estágio de Saúde Mental, sob a regência do Prof. Doutor Miguel Talina, decorreu no Centro Hospitalar

Psiquiátrico de Lisboa (CHPL) no serviço de internamento de agudos - Clínica 6, sob a orientação da Dr.ª Vânia Viveiros e teve a duração de 4 semanas. Para este estágio estabeleci como objetivos específicos: 1. identificar

sintomatologia do foro psiquiátrico e reconhecer elementos patológicos, diferenciando-os do normal funcionamento psicológico; 2. treinar as particularidades da entrevista psiquiátrica, bem como a posterior estruturação de hipóteses de diagnóstico e orientações terapêuticas; 3. potenciar a minha perceção dos diversos campos da especialidade e melhorar a sensibilização para os estigmas inerentes à doença mental. No decorrer do estágio acompanhei a minha tutora maioritariamente no internamento da clínica 6, onde tive a oportunidade de presenciar e participar em 9 entrevistas clínicas, procurando conhecer e aprofundar a

SÍNTESE DOS ESTÁGIOS PARCELARES

GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA | 9 de setembro a 4 de outubro de 2019

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Página 4 de 30 história individual dos doentes, os motivos que os levaram ao internamento e a sua evolução. Como complemento desta atividade, assisti às reuniões semanais da clínica 6 onde são apresentados e discutidos todos os doentes internados, num ambiente multidisciplinar. No centro integrado de tratamento e

reabilitação em ambulatório de Sintra, observei 17 consultas comunitárias onde foi notória a importância do

seguimento e tratamento adequados, bem como do apoio social e inserção na comunidade.

Na participação semanal no serviço urgência do Hospital de São José acompanhei a abordagem e orientação de 23 doentes psiquiátricos num contexto de apresentação aguda, tendo tido a oportunidade de contactar com uma maior diversidade de patologias e observar as particularidades inerentes a um contexto de urgência psiquiátrica, nomeadamente no que toca aos internamentos em regime compulsivo.

As patologias mais observadas ao longo de todo o estágio foram perturbação depressiva, perturbação afetiva bipolar e esquizofrenia.

Em termos formativos, para além dos seminários teórico-práticos na primeira semana de estágio, tive a oportunidade de assistir a duas sessões para alunos do 6º ano, lecionadas pelo Doutor Pedro Rodrigues, acerca de revisões e conceitos da Psiquiatria, bem como a sessões clínicas semanais do internato médico. Para efeitos de avaliação realizei uma história clínica de esquizofrenia e o relatório parcelar de estágio, alvos de posterior discussão presencial com o regente.

O estágio de Medicina Geral e Familiar, sob a regência da Prof.ª Doutora Isabel Santos, decorreu na

Unidade de Saúde Familiar (USF) Vale do Sorraia - Coruche, sob a orientação da Dr.ª Mileta Gomes. Para este

estágio estabeleci como objetivos específicos: 1. compreender a importância da medicina preventiva; 2. identificar e saber gerir os problemas de saúde mais frequentes na nossa população; 3. realizar de consultas de forma autónoma, familiarizando-me com o registo de problemas de acordo com o sistema SOAP - Subjetivo, Objetivo, Avaliação e Plano; 4. aproveitar na sua totalidade as vantagens que o contacto com os cuidados de saúde primários num meio rural como Coruche pode proporcionar.

Ao longo de quatro semanas pude acompanhar a atividade da Medicina Geral e Familiar nas suas diversas valências: planeamento familiar, saúde materna, saúde infantil e juvenil, saúde do adulto e apoio domiciliar. Na USF Vale do Sorraia existe ainda um serviço de atendimento permanente no qual participei semanalmente, permitindo-me contactar com diversos contextos de doença aguda.

Ao longo do estágio fui adquirindo uma autonomia e independência crescentes. Inicialmente nas consultas a minha principal função era observar a atividade da minha tutora e a ajudar na realização do exame objetivo, com posterior discussão conjunta das principais hipóteses de diagnóstico e plano terapêutico. Com o passar do tempo passei a realizar consultas com supervisão e posteriormente sozinha. Esta evolução gradual e

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Página 5 de 30 supervisionada permitiu-me saber gerir o tempo de consulta com base na hierarquização dos problemas de saúde e elaboração de uma anamnese e exame objetivo dirigidos.

Relativamente a atividades realizadas ao longo do estágio destaco a celebração do “Dia Mundial da

Diabetes” durante o qual realizei rastreios de medição de glicémia e tensão arterial e a minha participação na

gravação de 11 temas para o “Minuto Saúde” da rádio voz do Sorraia, um programa que começou há cerca de 10 anos e que tem como objetivo sensibilizar a comunidade para temas comuns da área da saúde, de forma a promover a educação da população e a correta utilização dos serviços de saúde. Por último, ao longo de todo o estágio, redigi o DEO - diário de exercício orientado, alvo de discussão e avaliação oral.

O estágio de Pediatria, sob a regência do Prof. Doutor Luís Varandas, decorreu no Hospital Dona Estefânia (HDE) na unidade de Infecciologia sob a orientação da Dr.ª Flora Candeias e teve a duração de 4 semanas. Para este estágio estabeleci como objetivos específicos: 1. reconhecer as patologias pediátricas mais prevalentes, respetiva marcha diagnóstica e abordagem terapêutica; 2. adotar um raciocínio clínico sistematizado e adequado às diferentes faixas etárias pediátricas; 3. procurar estratégias que permitam a colaboração das crianças e o estabelecimento de uma relação de confiança com os pais e cuidadores. O estágio desenvolveu-se, maioritariamente, na unidade de Infecciologia, onde acompanhei o seguimento e evolução de 47 crianças internadas. Contactei com uma ampla variedade de patologias, desde as mais frequentes como bronquiolite, pneumonia, osteomielite e gripe B até patologias mais raras como síndrome de Kawasaki e síndrome de Pearson. A minha participação na atividade da unidade passou ainda pela realização de diários clínicos, notas de entrada e notas de alta. Acompanhei a atividade da minha tutora nas

consultas de imunodeficiências (total de 15) e nas consultas de rastreio infecioso pré-tratamento imunossupressor - CRIPTO (total de 6). A frequência no serviço de urgência permitiu-me contactar com um

leque mais diversificado de patologias e confrontar-me com situações que requerem uma atuação mais imediata.

Durante o período de estágio tive a oportunidade de contactar com a especialidade de Imunoalergologia, através da observação de consultas (total de 8), realização de testes de Prick e testes de função respiratória. Neste contexto assisti ainda a uma aula teórica sobre anafilaxia.

Como elementos formativos destaco o workshop de urgências pediátricas para os alunos do 6º ano, as reuniões diárias do HDE onde são discutidos os casos das crianças internadas e as reuniões semanais onde são apresentados os mais variados temas da área de Pediatria. Para efeitos de avaliação elaborei uma história clínica de pneumonia adquirida na comunidade, o relatório parcelar de estágio e apresentei um caso clínico sobre sífilis congénita com respetiva revisão teórica do tema.

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Página 6 de 30 O estágio de Cirurgia Geral, sob a regência do Prof. Doutor Rui Maio, decorreu no Hospital da Luz Lisboa sob a orientação do Dr. César Resende. Para este estágio estabeleci como objetivos específicos: 1. compreender a abordagem global do doente cirúrgico em regime pré, intra e pós-operatório, familiarizando-me com as especificidades de cada fase; 2. praticar gestos cirúrgicos em contexto de pequena cirurgia; 3. participar em cirurgias e automatizar os procedimentos da técnica asséptica no bloco operatório.

O estágio desenvolveu-se maioritariamente no bloco operatório (BO) tendo observado a realização de 32 cirurgias das quais participei em 11 como 1ª ou 2ª ajudante. Os procedimentos cirúrgicos mais frequentes foram colecistectomia por via laparoscópica e hernioplastia inguinal. Ainda na vertente da Cirurgia Geral, acompanhei o meu tutor nas consultas externas (num total de 41) que incidiram em consultas de 1ª vez, avaliação da evolução clínica dos doentes no pós-operatório e seguimento subsequente.

Durante o estágio realizei duas semanas na unidade de cuidados intensivos onde participei na avaliação de 23 doentes internados e pude consolidar a abordagem do doente crítico.

Como elementos formativos destaco a semana de sessões teórico-práticas no Hospital Beatriz Ângelo, o

curso TEAM (Trauma Evaluation And Management), as reuniões multidisciplinares semanais de tumores

gastrointestinais e neuroendócrinos e as sessões hospitalares dos mais variados temas dos quais destaco melanoma metastático e carcinoma da mama. Foi ainda realizado, durante uma manhã de estágio, um curso de pequena cirurgia para os alunos do Hospital da Luz onde pude praticar algumas técnicas de sutura. Para efeitos de avaliação elaborei o relatório parcelar de estágio e um trabalho intitulado “De vestigial a personagem principal”, acerca de um caso clínico de lesão mucinosa apendicular de baixo grau com respetiva revisão teórica do tema. A apresentação no mini congresso foi forçosamente cancelada devido ao panorama nacional no contexto da pandemia Covid-19.

Na sequência da pandemia Covid-19, Portugal entrou em estado de emergência no dia 19 de março, situação que se prolongou até ao dia 2 de maio. Após um longo período de deliberação e apesar de todos os esforços feitos para que os alunos do 6º ano do MIM pudessem retomar o ensino prático hospitalar, todos os estágios foram permanentemente cancelados no ano letivo 2019/2020. Na sequência destes acontecimentos os alunos foram contactados no sentido de se proceder à elaboração de atividades alternativas.

Sob a regência do Prof. Dr. Fernando Nolasco e a orientação da Dr.ª Isabel Madruga do Hospital Egas

Moniz, realizei um artigo de revisão sobre a técnica da posição de pronação como terapêutica respiratória

em doentes com infeção Covid-19, dada a pertinência e atualidade do tema. Para efeitos de avaliação realizei

uma apresentação que foi discutida online através da plataforma Zoom, em conjunto com os tutores e os meus colegas.

CIRURGIA GERAL | 20 de janeiro a 13 de março de 2020

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Página 7 de 30 Desde muito cedo no meu percurso em Medicina soube que queria ir muito além daquilo que é exigido no plano curricular, apostar noutras vertentes e áreas de interesse, enriquecer o meu currículo e desenvolver a

minha componente humana e social.

O associativismo sempre me fascinou por me permitir ter um papel ativo nas causas em que acredito, transformar ideias em conquistas e desenvolver a minha capacidade de trabalho em equipa e as relações interpessoais. O gosto pela área da comunicação e pelo poder das palavras foi sempre algo que me acompanhou ao longo dos anos e por isso foi com muita satisfação que em 2016 aceitei o convite para integrar a direção da AEFCM no cargo de estratégia e relações públicas da equipa de comunicação. O conhecimento que adquiri do funcionamento da equipa foi essencial para dar continuidade ao trabalho desenvolvido quando assumi o cargo de diretora no mandato de 2017. Foram sem dúvida dois anos de aprendizagem e crescimento nos quais aperfeiçoei a minha capacidade de organização e gestão de tempo, consciencializando-me da responsabilidade e altruísmo necessários para pertencer a uma associação de estudantes.

Ao longo dos anos sempre participei ativamente em inúmeros congressos (iMed Conference 8.0 e 9.0,

CNEM 2016, 12º e 13º edições do Yes Meeting e VII in4Med), mas foi a minha contribuição como membro da iMed crew que mais me marcou ao fazer-me perceber que o meu lugar era do lado da organização. Nesse

sentido, em 2017 decidi candidatar-me à comissão organizadora do CNEM 2017 para a qual fui aceite, tendo ficado responsável pela área de workshops. Em 2018 surgiu o convite para assumir a vice-presidência do iMed

10.0. Fazer parte da direção de uma equipa tão grande e diversificada foi uma experiência complexa e

exigente, mas acima de tudo extremamente recompensadora. No presente ano voltei ao iMed 11.0 como participante e inscrevi-me nas jornadas de Cardiologia e outras palestras organizadas pela AEFCM que considerei pertinentes na fase em que me encontro.

Com o objetivo de enriquecer a minha formação, fui realizando vários estágios extracurriculares. O meu interesse por contactar com uma vertente de investigação levou-me à Lituânia em agosto de 2017 para um

intercâmbio científico no departamento de Genética Médica no Vilnius University Hospital Santaros Klinikos. No verão de 2018 fui contact person dos alunos que escolheram realizar o seu intercâmbio em

Portugal e optei por realizar um estágio no Hospital Pedro Hispano para contactar com uma área de interesse - a Pneumologia. No verão de 2019 queria fazer um novo intercâmbio mas desta vez clínico e sabia que precisava de sair da minha zona de conforto, por isso embarquei rumo à Tailândia, tendo sido aceite no

departamento de Medicina de Emergência do Hospital de Bangkok, o que me permitiu contactar durante um

mês com uma realidade completamente distinta e ter uma experiencia cultural sem precedentes.

Por último, salientar o meu semestre de ERASMUS no 5º ano em Itália, na Universidade de Bolonha, que me permitiu aliar uma formação médica de excelência numa das faculdades mais conceituadas do mundo a um país que pela sua beleza histórica, povo, língua e gastronomia me conquistou desde o primeiro momento.

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O programa curricular do Mestrado Integrado em Medicina da NMS|FCM permitiu-me um contacto

precoce com o ambiente hospitalar, uma formação mais completa pela quantidade e diversidade de afiliações da Faculdade e uma maior aprendizagem e oportunidades pelo reduzido rácio tutor: aluno, sendo exemplar no contributo positivo que a reforma curricular teve na formação médica.

O Estágio Profissionalizante estabelece um importante elo de ligação entre a formação pré e pós graduada, ao permitir a consolidação de conhecimentos teóricos e práticos e abrir o caminho para um exercício da Medicina de forma autónoma, confiante e experiente. Considero que cumpri globalmente os objetivos propostos e particularizando cada um dos estágios parcelares, surge a necessidade de fazer uma reflexão sobre o cumprimento dos objetivos específicos, aspetos positivos e, caso se justifique, alguns aspetos que poderiam ser melhorados.

Durante o estágio de Ginecologia e Obstetrícia considero ter cumprindo na totalidade os objetivos específicos a que me propus. O regime de rotatividade permitiu-me uma visão abrangente da especialidade, treinar procedimentos específicos, reforçar conhecimentos da abordagem das patologias mais frequentes da ginecologia e acompanhar o correto seguimento e vigilância da gravidez, atendendo às suas especificidades e possíveis complicações.

Relativamente ao estágio de Saúde Mental acredito que a experiência seria mais diversificada se existisse rotação dos alunos entre as diversas clinicas do CHPL, permitindo-me contactar com outras valências. Não obstante, os objetivos específicos foram cumpridos e considero que foi um estágio muito enriquecedor principalmente na componente humana e na perceção do ainda corrente estigma associado à doença mental. No que concerne ao estágio de Medicina Geral e Familiar, devo reconhecer que inicialmente não idealizei realizar o estágio num ambiente rural, uma vez que isso implicaria a minha deslocação de Lisboa. No entanto, a USF Vale do Sorraia acabou por se revelar uma agradável surpresa. A autonomia gradual que fui construindo e o contacto com um grupo vasto e heterogéneo de doentes permitiu-me compreender melhor o papel desta especialidade como pilar basilar da Medicina, sendo que todos os objetivos específicos foram cumpridos. O estágio de Pediatria permitiu-me treinar as especificidades da observação e comunicação com as crianças, ao inserir-me de forma proactiva na atividade da unidade de Infecciologia, tendo atingido quase na totalidade os meus objetivos. O facto do estágio no HDE se desenrolar maioritariamente numa área limitou a possibilidade de obter uma noção mais global da especialidade. Procurei colmatar essa falha através da participação no SU e ao assistir às aulas de casos clínicos de doenças exantemáticas, pneumologia e nefrologia que foram organizadas pela regência posteriormente ao cancelamento das atividades presenciais.

A organização do estágio de Cirurgia Geral constituiu uma oportunidade para sistematizar conhecimentos e procedimentos da área cirúrgica. Como pontos positivos destaco a abertura e interesse demonstrados na minha participação ativa no BO, a possibilidade de realizar duas semanas numa área opcional e o curso TEAM.

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Página 9 de 30 De salientar ainda a vertente de inovação e forte componente de formação presentes no HLL. Como fator menos positivo menciono o facto do SU do HLL funcionar em regime de chamada, o que me impossibilitou treinar técnicas cirúrgicas na pequena cirurgia de forma regular e sistemática.

Por último, a inexistência de um estágio prático de Medicina Interna revelou-se, inevitavelmente, uma lacuna importante na minha formação. Foi neste estágio que depositei mais expectativas este ano dado a sua abrangência e complexidade, sendo o contacto com esta especialidade fulcral na fase de aprendizagem em que me encontro. Foi nesta especialidade que me iniciei na prática clínica e sempre considerei que não existiria melhor forma de terminar este percurso que consolidar os meus conhecimentos e ganhar mais confiança e autonomia num serviço de MI. Uma vez que tal não foi possível, defino como objetivo conseguir colmatar esta falha no próximo ano, como interna de formação geral.

Termina assim o Mestrado Integrado em Medicina, um percurso longo e trabalhoso, mas muito gratificante que concluo graças ao meu esforço individual, ao apoio, supervisão e autonomia crescentes que me foram proporcionados e à disponibilidade de todos os professores e tutores para o esclarecimento de dúvidas e transmissão de conhecimentos.

O futuro prevê-se desafiador. Numa época em que a exigência cresce de forma exponencial é inevitável que os futuros médicos procurem competências que os diferenciem. Com isso em mente, ao longo destes anos assumi sempre uma postura proativa, criei as minhas próprias oportunidades e soube agarrá-las quando surgiram. Os projetos em que me envolvi permitiram explorar as minhas capacidades de liderança, gestão de equipas e de recursos, aspetos que tenho a certeza que vão marcar a diferença no meu percurso. As experiências internacionais que tive permitiram-me alargar horizontes, contactar com realidades diferentes e estimular a minha constante procura de novos desafios.

Consciente de que aquilo que sou hoje é consequência de todas as experiências que vivenciei e das pessoas com que me cruzei, gostaria de deixar alguns agradecimentos: um especial aos meus pais, pela educação que me incutiram e pelo apoio constante, alicerces sem os quais este percurso não seria possível. À minha família e amigos que sempre acreditaram em mim. A todos os professores, médicos e profissionais de saúde que contribuíram para a minha aprendizagem, por todos os ensinamentos, oportunidades e inspiração constantes. E claro, uma palavra especial de gratidão aos doentes, sem os quais nada disto faria sentido.

Chego assim ao final desta etapa com a certeza que dei sempre o meu melhor e consciente de que o meu futuro se irá pautar sempre por uma aprendizagem contínua e uma atualização constante dos conhecimentos. Tenho ainda um longo caminho a percorrer mas sei que vou enfrentar esta nova etapa com ambição, perseverança e entrega, na construção da pessoa e médica que sempre idealizei ser.

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ANEXOS

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ANEXO 1 - Cronograma do Estágio Profissionalizante

ANEXO 2 - Trabalhos realizados nos estágios parcelares

ANEXO 3 - Programa ERASMUS

ANEXO 4 - Estágios extracurriculares

4.1 - CEMEF

4.2 - Intercâmbio científico

4.3 - Intercâmbio clínico

ANEXO 5 - Funções associativas

5.1 - AEFCM mandato 2016

5.2 - Med Scoop 2016

5.3 - AEFCM mandato 2017

ANEXO 6 - Contact person season 2018/2019

ANEXO 7 - Organização de congressos

7.1 - iMed crew 7.0

7.2 - Comissão organizadora CNEM 2017

7.3 - Vice Presidente iMed Conference 10.0

ANEXO 8 - Participação em congressos, cursos, workshops e palestras

8.1 - No ano letivo 2019/2020

8.2 - Em anos letivos anteriores

ANEXO 9 - Colaboração com a NMS|FCM na divulgação do MIM

9.1 - Open day 2016 e 2017

9.2 - Futurália 2017

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ANEXO 1 - Cronograma do Estágio Profissionalizante

ESTÁGIO PARCELAR PERÍODO LOCAL REGENTE TUTOR

GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA 9/9/2019 - 4/10/2019 Maternidade Alfredo da Costa Prof.ª Doutora Teresinha Simões Dr.ª Celina Ferreira e Dr.ª Patrícia Pinto SAÚDE MENTAL 7/10/2019 - 31/10/2019 Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa – clínica 6 Prof. Doutor Miguel Talina Dr.ª Vânia Viveiros MEDICINA GERAL E FAMILIAR 4/11/2019 - 29/11/2019 USF Vale do Sorraia - Coruche Prof.ª Doutora Isabel Santos Dr.ª Mileta Gomes PEDIATRIA 2/12/2019 - 10/1/2020 Hospital Dona Estefânia – unidade de Infecciologia

Prof. Doutor Luís Varandas Dr.ª Flora Candeias CIRURGIA GERAL 20/1/2020 - 13/3/2020 Hospital da Luz Lisboa

Prof. Doutor Rui Maio

Dr. César Resende

MEDICINA INTERNA

Estágio presencial não realizado.

ANEXO 2 - Trabalhos realizados nos estágios parcelares

ESTÁGIO PARCELAR TRABALHO REALIZADO

GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA Caso clínico de pré-eclâmpsia com revisão teórica do tema.

PEDIATRIA Caso clínico de sífilis congénita com revisão teórica do tema.

CIRURGIA GERAL Caso clínico de lesão mucinosa apendicular de baixo grau com revisão teórica do tema.

MEDICINA INTERNA Artigo de revisão: “Prone position in covid-19 patients without invasive mechanical ventilation”

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ANEXO 3. ERASMUS 5º ano

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ANEXO 4. ESTÁGIOS EXTRACURRICULARES

4.1) CEMEF (curto estágio médico em férias): julho de 2018 | Hospital Pedro Hispano | Serviço de Pneumologia

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4.2) Intercâmbio Científico IFMSA | agosto 2017 | Vilnius, Lituânia | Clinical and Laboratory Genetic Testing for Hereditary Disorders | Center for Medical Genetics - Hospital Santaros Klinikos

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4.3) Intercâmbio Clínico IFMSA | agosto 2019 | Bangkok, Tailândia | Emergency Medicine Department - Ramathibodi Hospital

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ANEXO 5. FUNÇÕES ASSOCIATIVAS

5.1) AEFCM Mandato 2016 | Departamento de Estratégia e Relações Públicas

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ANEXO 7. ORGANIZAÇÃO DE CONGRESSOS

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ANEXO 8. PARTICIPAÇÃO EM CONGRESSOS, CURSOS, WORKSHOPS E PALESTRAS 8.1) NO ANO LETIVO 2019/20

Curso TEAM

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AEFCM: Radiologia na urgência | Medicina de catástrofe e emergência | Redação científica | Psicologia educacional

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AEFCM: O doente pediátrico no serviço de urgência | Infertilidade

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8.2) EM ANOS LETIVOS ANTERIORES iMed Conference 8.0 e 9.0

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Young European Scientist Meeting - 12th and 13th editions

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AEFCM: Eletrocardiografia | Exame neurológico | Médicos entre nações |II NMS JobShop

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ANEXO 9. COLABORAÇÃO COM A NMS|FCM

9.1) Open day 2016 e 2017

Referências

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