IMPACTO AMBIENTAL EM ÁREAS IRRIGADAS: Alguns Indicadores de Qualidade Ambiental em Função dos Sistemas de Produção em Uso1
.
ADERALDO DE SOUZA SILVA2, DOMINGOS DE AZEVEDO OLIVEIRA·1, MARCOS CORREIA NEVES2, LOURIVAL COSTA PARAIBA?' e CLÁUDIO BUCHINELLI2
•
2
Projeto 11.0.94.222, Convênio EMBRAPA/BIRD 111. Trabalho apr:esentado no X CONGRESSO NACIONAL DE IRRIGAÇÃO E DRENAGEM, em Salvador, BA - 07 a 12 de agosto de 1994.
Pesquisadores do Centro Nacional de Pesquisa de Monitoramento e Avaliação de Impacto Ambiental (EMBRAPA-CNPMA), Caixa Postal 69, CEP 1~.820.000, Fone + (55)0192.67.1721, Fax + (55)192.67.2202. Jaguari6na, São Paulo.
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L)RESUMO
Considerando que o conceito de impacto ambiental implica em tres processos
consecutivos, sendo o primeiro de modificação das caracteristicas do meio,
seguido das modificações de seus valores ou méritos de conservação e
finalmente do significado destas modificações para a saúde ' e o bem estar
humano, o Projeto Guaira centralizou uma de suas ações de pesquisa na análise
dos Sistemas de Produção Irrigados (SIPs) e seus efeitos intrínsecos e
extrínsecos à unidade de produção, partindo-se da hipótese de que a
intensidade de uso de sistemas de cultivos, quando não compensada a capacidade
de uso agrário do solo, poderá ser uma das causas de impacto negativo, até
então, não estudada devidamente. A valoração dos fatores ambientais vem sendo
testada, inicialmente, através de cinco Indicadores de qualidade ambiental
(Iqa.) propostos neste trabalho: a) Capacidade agroecológica do solo (Ipotl , em
'1;; b) Fragilidade das Unidades Edafoambientais(Iamb ) , em '!;; d) Uso agrícola do
solo (Iu.o), em ~ i e) Desempenho dos sistemas de produção em uso (Isip ) , em %; e
f) Rede de drenage superficial(IRQ ) , em %. Os modelos matemáticos envolvendo a
análise detal hada destes cinco I~., associados a compreensão da estrutura de
funcionamento dos SIPs, estão sendo estudados, preliminarmente, na região de
Guaira(SP) e, poderão apresentar resultados de Avaliação de Impacto Ambiental
(A. I . A.) a curto prazo, com indicadores de estado ótimo e péssimo, e de
situações críticas, conforme alguns intervalos de valores encontrados, o que
poderá possibilitar a
agroecológicas similares.
1. INTRODUÇÃO
extrapolação de resultados para outras
..
regiõesNos últimos anos os estudos de impacto ambienotal passaram a dar enfases
às alterações das condições iniciais dos fatores ambientai s e de seu
monitoramento. Isto implica em medições criteriosas dos parametros e
indicadores selecionados para caracteri zar a qualidade dos fatores ambientais
Uma vez realizado o inventá.rio ambiental (Zoneamento Ambiental), que info.rma as caracteristicas do meio, convém conhecer o estado de conservação deste e a qualidade ambiental de cada unidade de produção. Denomina-se valor ambiental a medida dessa qualidade, expressa através de Indicadores de Qualidade Ambiental (IQA) . No Quadro 1, observar-se a maior parte dos fatores ambientais e de seus respectivos IQA .. , que podem ser quantificados nos estudos de Avaliação de Impacto Ambiental (A.I.A. ), citados pôr OREA, 1992.
Entende-se por qualidade ou grau de excelencia de um fator ou de um
ponto determinado do terri torio ou de uma unidade de produção (OREA, 1992), o mérito para que este seja sempre conservado. A conservação de um componente j.mplica a \ltiJ-i zClção d.q meêmQ ç:le
tQJ"ma
ÇJl-lê hqYê 9ãfãnUdg :3êY I?êrmªnênt~estado de produtividade (sustentabilidade).
Atualmente, os profissionais dedicados ao assunto e os organismos governamentais e não-governamentais de meio ambiente, reconhecem ser necessário utilizar, em qualquer estudo de impacto ambiental (Brasi l, 1991), métodos e técnicas consistentes e cientificamente válidos, para a previsão e quantificação dos impactos (SURE;HMA, 1993), sendo os ind;i.cadores de qtliüictacle, até o momento, uma das formas mais adequada de análise e apresentação de resultados.
Os indicadores estimam possíveis alterações no meio ambiente (OREA,
1992), intrínsecos ou extrínsecos as unidades de produção, cujas
caracteristicas permitem que se obtenha informações qualitativas e
quantitativas rápidas, extrapolação ou generalização dos resultados a serem
obtidos, interações com outros indicadores, tambem torna possível a detecção de alterações dos recursos naturais, além de possibilitar reprodutividade em
regiões agroecológicas similares no tempo e espaço.
O Centro Nacional de Pesquisa de Monitoramento e Avaliação de Impacto
Ambiental(CNPMA-EMBRAPA), através do Projeto de Impacto Ambiental em
Agricultura Irrigada (Projeto Guaira) , considera tambem como relevante nos
estudos de impacto ambiental, além da interdisciplinariedade da equipe de
pesquisa, um processo de trabalho interativo, com várias etapas de
\
aproximação ao problema, no qual a qualidade da informação
e
dos resultados2. METODOLOGIA
A metodologia proposta OREA(1992) , os quais estão irrigada nacional.
é uma adaptação dos estudos sendo adaptados as condições
2.1. Alguns Indicadores de Qualidade Ambiental
realizados por da agricultura
Ant s de efetuar trabalhos especj ficos sobre impactos ambientais na agrjcultura irrigada, consid ra-se imprescindivel realizar um Zonemaento Ambiental Semi-Detalhado para um adequado diagnóstico dos recursos naturais, o qual consiste em conhecer as circunstâncias de sua utilização atual, os fatores que normalmente restringem seu uso e a classificação dos solos,
associado ao conceito de unidades ambientais, de acordo com sua aptidão agrícola ou uso potencial. A diferenciação que se faz em relação as pesquisas convencionais de manejo de água e solo, é que a estas deverão ser associados estudos de monitoramento dos Sistemas Integrados de Produção em Uso (SIPs),
até então não contemplados. Nos Quadros 2 e 3 especifica-se alguns impactos ambientais e seus principais indicadores que estão sendo estudados e definidos para a agricultura irrigada.
2.1.1. Capacidade agroecológica do solo
Signi:ficado - Adaptação do solo para os usos agrícolas.
o
uso do solo representa-se em um plano denominado de uso atual, ondelocaliza-se e delimita-se as áreas de vegetação natural, riparianas, associações especiais de vegetação, áreas desprovidas de vegetação e seus
respectivos Sistemas Integrados de Produção em Uso - SIPs (áreas com sistemas de exploração agrícola irrigados e/ou de pecuária por unidade de produção). Os Indicadores de Qualidade Ambiental como propostos poderão permitir aos
irrigantes em particular e aos tomadores de decisão, sugestões técnicas de
como corrigir ou modificar aquelas ações impactantes negativas em direção a um
Quadro 1. Relações de alguns fatores e de Indicadores de Qualidade Ambiental (IQAs), com suas respectivas unidades de mensuração.
FATOR
Capacidade agroeco16gica do solo
Relevo e carácter topográfico
Drenagem superficial
Unidade de paisagem
Erosão
Erosão intrinseca as Unidades
de produção
Uso agricola
Uso pecuário
Fonte: OREA (1992).
INDICADORES UNIDADE
Suprficie de equivalência de Classe de solo I
Superficie com relevo alterado %
Alteração da rede superficial de drenagem %
Superficie equivalente de alta fragilidade
Erosão potencial média kq/m2/ano
Parcelas agricolas erosionadas %
Produção agricola %
Produção animal
Assim sendo, busca-se através de pesquisas de campo em unidades de
produção irrigadas, junto aos produtores rurais desenvolver e adaptar métodos
de Avaliação de Impacto Ambiental(A.I.A.), bem como Técnicas de Previsão de
Impacto(T.P.I.), com base em modelos preditivos (SHARPLEY e WILLIAMS, 1990)
destinadas à agricultura irrigada nacional.
Este trabalho tem como objetivo principal propor alguns Indicadores de
Qualidade Ambiental para estudos de A.I.A. em agricultura irrigada, os quais
Quadro 2
.
Alguns fatores de impactos ambientais intrínsecos e
extrínsecos
propostos para às Unidades de Produção
e
m
agricultura irrigada
,
OREA
,
1992
.
com
base nos
estudos de
IMPACTOS INTRI
N
SECOS
Classes de solo
Unidade Ambiental
UNIDADE DE Disponibilidade de água no solo
PRODUÇÃO (UnP) Erosão
(intrínsecos) Biodiversidade(Flora, Fauna e
microflora e microfauna)
Salinização
Drenagem
AGRICULTURA Saúde ambiental
IRRIGADA
IMPACTOS
EXTRINSECOS
UNIDADE DE Aguas superficiais
PRODUÇÃO (UnP) Aguas subterrâneas
(extrínsecos) Produtos agrícolas
Poluição química
Quadro
3.A
lg
u
ns i
nd
icadores de qualidade ambiental intrinsecos e
extrínsec
o
s
as
u
nidades de produção
em
agricul
tu
ra
irrigada
,
co
m
base nos estudos desenvolvidos pôr OR
E
A
,
1992.
Alguns indicadores intrínsecos às UnPs
Ial1\b
=
Capacidade agroecológica do solo(*)I )ot
=
potencial e fragilidade da Unidade Ambiental (*)ldt.a
=
Classes hídricas (*)lsie
=
Desempenho dos sistemas de produção em uso(*)luso
=
Sustentabil idade agrícolaIS.1 - Qualidade de água de irrigação
Idr'e - Drenagem superficial(*)
Isau - Risco de contaminação na água, solo,
planta e no homem
Alguns indicadores extrínsecos às UnPs
IslIP
=
Qualidade de água de drenagemIsub
=
Qualidade de água de per colação '.Iaqr
=
Resíduo em alimentos básicosPosteriormente determinam-se os fatores que afetam positivanmente ou
negativamente o adequado desenvolvimento dos cultivos, tais como: deficiencias
de umidade, excesso de água, erosão, topografia, profundidade do lençol
freático, pedregosidade superficial, salinidade e sodicidade, que permitem
agrupar os solos em classes.
Descritor Classes agroecológicas. O Serviço de Conservação de
Solos dos Estados Unidos estabelece oito Classes Agroecológicas(OEA, 1992):
a) Solos apropriados para os cultivos e outros usos - Classes I, 11, 111 e IV
b) Solos para uso limitado (pastagens e bosques) - Classes
V, VI
eVII.
c) Solos não apropriados para o cultivo - Classe VIII.
Uma vez os solos agrupados em Classes, é possivel diagnosticar uma série
de práticas agricolas impactantes. Umas positivamente de acordo com as normas
técnicas recomendadas e, outras, talvez, negativamente, estejam sendo
implementadas, no dia a dia dos produtores rurais em suas áreas irrigadas e de
sequeiro, já que na maioria de suas unidades de produção é possivel,
encontrar-se, explorações de culturas irrigadas e dependentes de chuva.
Indicador - Superficie equivalente de Classe Agroecológica I, em (%).
1:
Superf. Classes Agroecol. « i » x Coef. ponderado « i »Ium ------- x 100 (I)
1:
Superficie equivalente de Classe I no âmbito da microbaciaSubstituindo-se a fórmula (1) por variáveis tem-se que:
Iam!>
1:
S CA (i) x Cp (i)------- x 100 (2)
Inpaato Ambienta~ - Indicador de estado ót.imo, péssimo e de situações cri t icas. O estado ótimo é considerado como resultado dado pela manutenção da
capacidade agroecológica atual (produtiva) na totalidade da
~uperficie
damicrobacia hidrográfica considerada, sendo o estado péssimo a situação contrária. A perda irreversi vel de 25 a 30% da superficie equivalente de
Âmbíto de Referência - É determinado em cada m.icrobacia hidrográfica
diretamente afetada pela implantação de um determinado projeto de i rrigação.
Quando o projeto já encontra-se em operação, busca-se resgatar informações similares, anteriores à implantação do mesmo.
2.1.2. Potencial. e fragilidade da Unidade Ambiental
Signífícado - Unidade Ambiental é definida segundo RICHÉ, et alo
(1989), citado pôr SILVA, et alo 1993, como uma entidade espacj.alizada,
na
qual o material de origem do solo, a vegetação natural, o modelado e a natureza e distribuição dos solos em função da topografia, constituem um
conjunto de problemática homogenea, cuja variabilidade é minima, de acordo com
a escala cartográfica.
Descritor Unidades Ambientais. Espaço rural ou microbacia
hid.rográ fica homogênea. 1\ relaç~o de qualidade Çtmbiental entre as Unidélctes Ambientais são estabelecictas a partir de sua fragilidade e potencialidade à
exploração Çtgropecuária irrigada, empregando-se o valor determinado como
Coeficiente de ponderação ao efeito de equivalência (Coef. ponderado « i ~) .
Indicador - Exemp~o: Superficie equivalente de fragilidade 1, em (%).
E
Superf. Unid. Ambientais « i ~ x Coef. fragilidade « i ~Ipot - - - x 100 (3)
1:
Sup. Unido Ambient. x Coef. de frag. « i » no âmbito de referênciaSubstituindo-se a fórmula (1) por variáveis tem-se que:
--- x 100 (4 )
Impacto Ambienta~ - Indicador de estado ótimo, péssimo e de situações criticas. O estado ótimo é dado quando não é afetado negativamente para
nenhuma Unidade Ambiental, sendo o estado péssimo a situação. contrária. Pôr
exemplo a degradação paisajistica de 30% da superficie equivalente de
Âmbito de ReEerência - Deverá ser considerado cada caso, tendo-se como
unidade geográfica de referência a microbacia hidrográfica, e territorial o
municipio afetado.
2.1.3. Drenagem superficial
SigniEicado - Conjunto de elementos da rede de drenagem superficial
de uma determinada microbacia hidrográfica.
Descritor Conjunto de cursos de água super"ficiais. A importancia
dos cursos de água é estabelicida em função de suas vazões anuais de descarga
e temporariedade.
Rios (Cursos de águas permanentes, com vazões superiores a 150 m3/s) 1. O;
Ribeirões (Cursos de águas permanentes com vazões entre 5 e 150 m3/s) 0.6;
Pequenas correntes de águas temporarias(Vazão maior que 2.5 m3/s) 0.4;
Pequenas correntes de águas temporarias(Vazão menor que 2.5 m3/s) 0.2.
Indicador - Exemp~o: Alterações da rede de drenagerrl superficial, em (%).
E
(Longitude de cursos de água da redesuperficial desviados ou interrompidos x Coef. i.mportância)
I~o =(1 ---)xl00 (3)
E
(Longitude da rede superficial de drenagem consideradaponderada por sua importância)
Substituindo-se a fórmula (1) por variáveis tem-se que:
I~e
E
LCAS (i) x Ci (i)--- x 100
E
LRSDMbll(i.)(4 )
Içacto Ambienta~ - Indicador de estado ótimo, péssimo e de situações
criticas. O estado ótimo é dado em função da manutenção adequada da rede de drenagem natural. A alteração de 50% da rede superficial
fe
drenagem éconsiderada intoleravel,
ocasionadas na rede.
Âmbito de Referência - A ser determinada em cada caso. Como ponto de
partida poderá ser tomado um âmbito parcial de referência da microbacia
hidrográfica que inclua a longitude total dos cursos de água afetados.
2.1.4. Classes hídricas
Significado - Disponibilidade total de água no solo em
m3/ha/cm(segundo BERNARDO, 1986, citado pôr SILVA, et alo 1990 - Quadro 4a).
As classes hídricas para os solos de textura média e fina(Quadro 4b),
estabelecidas através de regressões múltiplas, consideram como variável
dependente a umidade do solo (% em peso) no ponto de murcha permanente (PMP) a
1,5 Mpa, e como variaveis independentes, as componentes lineares e quadraticas
e
a inte,açio entt
e
a
umida~~(~em
pe~ol"
ª
capa
c
idade
deca
mp
o
(
CÇ
)
a
0,03
Mpa
e a disponibilidade total de água no solo (DTA).
Quadro 4a. Limites de disponi.bilidade total de água, em mm d' água, por em de
solo, para diferentes texturas (DTA) .
TEXTURAS
Grossa
Média
Fina
Disponibilidade Total de Agua (DTA) mm/cm do solo 0,4 0,8 1,2 a a a 0,8 1,6 2,4 4 8 12
m3/ha por em do solo
a a a 8 16 24
F'r.n!,,: [l!':HNARno (1.986), ci,Lado pôr SlJ.VA, E!t '31.. (J<)<JO).
Quadro 4b. Classes hidricas de disponibilidade total de água, em m3 d' água,
por ha por em de solo, para diferentes texturas (DTA)
Classes' hidricas (m3/ha/cm de profundidade de solo)
TEXTURAS Classe 6 Classe 5 Classe 4 Classe 3 Classe 2 Classe 1
(jr()R~i9 1, ",1 4.0 ~ • O 4, <)f1 4. ')8 fi,rn !'l. <)', fi. '1:) G.()!)
'1
."
:
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7,<):1 8, 4 ~H"rti" -" '16 8.42 R,42 10,34 1.0.34 12.26 1?,26 14,19 14.1 <J 16.20 '.
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Classe/!! h.idr:i.cas . loirnitellJ de água disponiv 1. no $010
que podem ser estimados com base na textura do solo com significância superior
a 99,9% de probabilidade (p>O, 01), em função da umidade no ponto de PMP e a
umidade no ponto de CC, possibilitando comparações com resultados obtidos por
meio
de
outros m
é
todoS
91,.1extrapolqções,
sem q
neces:oid,'1de de recorrer
acalculas, bem como a realização de mapeamentos exploratorios, tanto em áreas
irrigaveis como em áreas de agricultura dependente de chuva (SILVA, et aI., 1990) .
Dados básicos - Analises dos parametros fisico-hidricos dos solos a
serem estudados, englobando-os em classes texturais. As amostras deverão ser
coletadas nos horizontes 11. e 8, até 60 em de prof\.tndiçlaçler a partir da
superficie natural do terreno.
Indicador - Exemplo: Superficie equivalente de Classe hidrica 1, em (~).
1:
Super f . equi v. de Classe hid. 1 « i » X Coef. ponderação « i »Id~ --- x 100 (5)
E
Sup. equi v. de Classe 1 x Coef. de pond. « i » no âmbito de referênciaSubstituindo-se a fórmula (1) por variáveis tem-se que:
1:
S ECh _1 (i) x Cp (i)- - - x 100 (6)
In:pacto Ambiental - Indicador de estado ótimo, péssi.mo e de situações
cri ticas. O estado ótimo é dado quando não é afetado negativamente para
nenhuma Classe hidrica, sendo o estado péssimo a situação contrária. A redução
da capacidade de armazenamento de água no solo em 30%, quando comparada a
condições naturais (Solos de vegetação natural), é considerada crítica.
Âmbito de Referência - Deverá ser considerado cada caso, tendo-se como
2.1.5. Desempenho dos sistemas de produção em uso (Uso agrícola do sole
Significado - Uso atual do solo com aproveitamento agrícola.
Descritor Unidades homogeneas cujo indice de equivalência ou c
sustentabilidade é estabelecido em função da produção e/ou da rentabilida(
por unidade de superficie.
Indicador - Ex~lo: Produtividade agrícola, em (%).
L
Superficie agricola « i » X Produtividade « i »I.ip - - - x 100 (3)
~ Produção agricola no âmbito de referência
L
S a P ~~lll ( i) X P r ( i )--- x 100 (4 )
L
Pa~ip(i)Impacto Ambiental - Indicador de estado ótimo, péssimo e de situaçõE
criticas. O estado ótimo é dado quando não é afetada a superficie agricola.
diminuição de 30%, tanto da superficie agricola como em produção, pode-sE
considerada crítica.
Âmbito de Referência - Deverá ser considerado cada caso, tendo-se con
parametro básico a superficie do limite da microbacia hidrográfica ou
municipio afetado.
3. CONSIDERAÇÕES GERAIS
Estudos estão sendo realizados com a finalidade de agregar, os demaj
Indicadores de Qualidade Ambiental (IQA.) citados no Quadro 3, obj eti vanc
contribuir com a importância da abordagem cientifica ao processo dos estude
de impacto ambiental. Isto implica medições criteriosas dos parametros
indicadores selecionados ao longo do tempo, no âmbito das microbacié
hidrográficas piloto, selecionadas para este objetivo kspecifico. Nest
sentido, ainda são preliminares os dados obtidos, os quais precisam SE
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