Gí
.__í.íí-
G
.í_-í
G
.ia-
CENTRO
TECNOLÓGICO
v ... ~PROGRAMA
DE
POS-GRADUAÇAO EM
ENGENHARIA DE
PRODUÇAO
Francisco
VieiraAmado
RECOMENDAÇOES
PARA
UMA
GESTAO
PARTICIPATIVA
NO SETOR
METAL-MECÂNICO,
A PARTIR
DA
ABORDAGEM
ERGONÔMICA
:UM
ESTUDO
DE
CASO
04047703
Dissertação
apresentada
ao
Programa
de
Pós-Graduação
em
Engenharia de
Produção
da
Universidade
Federalde
Santa
Catarinacomo
requisito parcial paraobtenção
do
graude Mestre
em
Engenharia de Produção.
Orientadora:
Ana
Regina de
Aguiar
Dutra,
Dr.Florianópolis
-SC
RECOMENDAÇÕES
PARA
UMA GESTAO
PARTICIPATIVA
NO
SETOR
METAL-MECÂNICO, A
PARTIR
DA
ABORDAGEM
ERGONÔMICA
:UM
ESTUDO
DE
CASO
Esta dissertação
foijulgada
e
aprovada
para
a
obtenção
do
grau
de
Mestre
em
Engenharia
de Produção
no
Programa
de Pós-Graduação
em
Engenharia
de Produção da
Universidade Federal
de
Santa
Catarina
Florianópolis,
27 de
setembro
de 2002
Prof.
Edson P
eco Paladini, Dr.Coor n or do
Programa
BANCA EXAMINADORA
~Aã~e
Agar
Dutra , Dr.\
r' ntadora
`
~&\..§r`l"
/
*^ 74 tl(My
Ç
.U.ÕQUt. '\/87Prof. Neri dos Santos, Dr. Prof. Eliete de Medeiros Franco, Dr
Membro
Membro
agradecimentos,
A
DEUS,
meu
Senhor,que
me
amparou
nas adversidades plantadas pelo caminho; àminha
esposaCiomar
e ameus
filhos Fernando e Eduardo, pelo apoio;à Prof.
Ana
Regina, pela orientação;Lista
de
Anexos
_ _ _ _ p Listade
Figuras _ _ _ _ p Glossário _ _ _ _ pResumo.
_ _ _ p Abstract. _ _ _ p 1INTRODUÇÃO
_ _ _ _ _ _.p
1.1DEFINIÇAO
DO PROBLEMA
_ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ p1.2
OBJETIVO
GERAL
E
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
DO
TRABALHO.
_ p1.3
JUSTIFICATIVA
DO
TRABALHO
_ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ p 1.4LIMITAÇOES
DO
TRABALHO
_ _ _ _ p 1.5ESTRUTURA
DO
TRABALHO
_ _ _ _ p 1-: r2
FUNDAMENTAÇAO
TEORICA
. _ .p. 2.1ERGONOMIA
_ _.p
2.1.1 Evolução. _ _ .p. 2.1.2 Conceitos. _ _ _ _ _ _ _ _ _ .p.2.1.3 Diferentes Gerações da Ergonomia. _ _
.p
2.3
TEORIAS ORGANIZACIONAIS
DO
TRABALHO.
_ _ _ p2.3.1 Taylorismo. _ _ _ _ _ _ _ _ _ _
.p
2.3.2 Fordismo. _ _ _ _ _ _ _ _ _ p
2.3.3 Teoria das Relações
Humanas.
_ _ _ _ _ _ _ p2.3.4 Teoria Sistêmica: Sistema
FechadoeAberto.
_ _ _.p
2.3.5 Teoria Sócio-Técnica. _ _ _ _ _ _ _ _ _ p 2.3.6 Gestão Participativa _ _ _ p 2.4
SISTEMAS DE
PRODUÇÃO
_ _ _ p 2.4.1 Produção Departamenta|_ _ _ _ p 2.4.2 Produção Focalizada _ _ _ _ p 2.4.3 Células de Produção _ _ _ p2.5
IMPLANTAÇÃO DE
NOVOS
SISTEMAS
DE
PRODUÇÃO
_ _ _ _ p2.5.1
MudançasOrganizacionais_
_ _ _ _ _ _ _ _.p
3
PROCEDIMENTOS
METODOLÓGICOS.
_ _ p.3.1
NATUREZADAPESQUISA_
_ _ _ _ _ _ _ _.p
3.2
CARACTERIZAÇÃO DA
EMPRESA ESTUDADA
_ _ _ p3.2.1
A
Estrutura Física e Organizacional. _ _ _ _ p3.3
TÉCNICAS
DE
OOLETAS.
_ _ _ _ _ _ _ p 3.4POPULAÇÃO
E
AMOSTRA.
_ _ _ _ p 3.5ESTRUTURA DO
QUESTIONÁRIO.
_ _ _ p 3.6ANÁLISE
DA DEMANDA.
_ _ _ _ _ p 3.7ANÁLISE
DA
TAREFA.
_ _ _ _ p 3.8ANÁLISE DASATIVIDADES_
_ _.p
25 25 26 27 28 30 3340
40
41 4245
45
49
49
50 50 51 51 51 52 52 534
ESTUDO
DE
CASO.
. . . . p.54
4.1 ANÁ|_|sE
DADEMANDA.
. . .p. 544.2
ANÁUSEDATAREFA.
. . . .p. 541 .-
4.3
ANALISE
DAS
CONDIÇOES DE
TRABALHO.
. . . p.63
4.4
DIAGNÓSTICO.
. . . p. 664.4
RECOMENDAÇÕES
ERGONÔMICAS
PARAIMPLEMENTAR
UMA
GESTÃO
PARTICIPATIVA
. . . . p. 705
coNc|_usoEs
E
REco|v|ENDAçoEs
PARA
TRABALHOS
|=uTuRos.
p. 11Anexo
1 Questionário aplicado ... _. p p 89Anexo
Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura2
Resumo
das
respostasdo
questionário ... ._Lista
de
Quadros
I Leiautes Departamental e Celular ... ... _.
II ModeIo`Sistêmico para
se
administrarmudanças
... ..Ill
Processo de
Mudanças
... __IV Oito erros
comuns
ao Processo de
Mudanças
... ._V
Análiseda
Demanda:
dimensão,
definição e indicadores.Vl Análise
da
Tarefa:dimensão, definição
e indicadores ... _.VII Análise
das
Atividades:dimensão,
definição e indicadoresVIII
Resumo
das
Tarefas Realizadas ... _.IX
Procedimentos
paraexecução das
Tarefas ... ._X
Propostade
Fluxograma da
Participaçãodo
TrabalhadorXI Célula "U" Experimental ... ._
XII Leiaute
da
Empresa
... _.Glossário
Barracão - Área de estabelecimento comercial
em
lugar pouco habitado.Gargalo Limitaçoes do processo produtivo ; obstáculo ou impecilho.
Holística - derivado do holismo=Tendência
que
sesupõe
seja própria do universo,a sintetizar unidades
em
totalidades organizadasLeiaute - Esboço, projeto, planejamento ou
esquema
de
uma
obra, apresentadosgraficamente ou ainda distribuiçao física
de
elementosnum
determinado espaço.Mix- do
inglês,uma
mistura ,uma
combinação,uma
união.Retrabalho - reprocessamento de
uma
peça.Setup
- Troca de ferramentas ou preparação.Performance
- atuação,desempenho.
Células
de
trabalho - unidade estrutural básicade
produção.Competição
Predatória -que
provoca o extermínio do concorrente.Nexo-causal Vínculo, ligaçao
Engenharia
Simultânea - consisteem
desenvolver o projeto de novo produtocom
aparticipação
de
todos os interessados nesse projeto, inclusive o fornecedor.Deontológicos - refere-se à deontologia
que
é o estudo dos princípios,
Resumo
AMADO,
Francisco Vieira.Recomendações
parauma
Gestão
Participativano
setor Metal-Mecânico, a partir
da
abordagem
ergonômica
:um estudo de
caso. 2002. 92 f. Dissertação (Mestradoem
Engenhariade
Produção) -Programa de
Pós-Graduação
em
Engenhariade
Produção,UFSC,
Florianópolis.A
O
presente trabalho focalizauma
Empresa
do setor Metal-Mecânicoque
industrializa quadros de bicicletas, e
que
é administrada pormembros
da famíliaque
a constituiu.A
atual administração, implantada nomodelo
taylorista, éexclusiva, não permite a participação efetiva
do
trabalhador nas decisões relativasao processo produtivo,
comprometendo
a performance da Empresa,que
nãoconsegue
baixar seus custos e ser competitiva nomercado
globalizado.A
dissertação iniciacom
uma
fundamentação teórica sobre Ergonomia, Teorias Organizacionaisdo
Trabalho, a inter-relação entre Ergonomia e Gestão Participativa,Mudanças
Organizacionais e Célulasde
Produção.O
trabalho propõerecomendações
para implantaçãode
uma
gestão participativa a partir daabordagem
ergonômica, identificando aspectos
que
interferem na sua performance através delevantamentos das condiçoes organizacionais
de
trabalho.A
proposta enfatiza a participação do trabalhador nos diversos setores da Empresa.Palavras-chave:
Condições
Organizacionais,Gestão
Participativa,Ergonomia,
Abstract
AMADO,
Francisco Vieira.Recomendações
parauma
Gestão
Participativano
setor Metal-Mecânico, a partir
da
abordagem
ergonômica :um estudo de
caso. 2002. 92 f. Dissertação (Mestradoem
Engenhariade
Produção) -Programa de
Pós-Graduação
em
Engenhariade
Produção,UFSC,
Florianópolis.The
present study deals with a metal-mechaniccompany
that manufacturesbicycles,
managed
bymembers
of the family which established the company.The
present
management,
following the Taylorist model, excludes the workers from effective participation in decisions related to the manufacturing process. Thismanagement
modelcompromises
the performarice of the company, which has beenunable to reduce production costs and is not competitive in the global market.
The
dissertation begins with basic theory of Ergonomics, Labour Organization' Theory, theinterrelationship between Ergonomics and Participatory
Management,
OrganizationalChanges, and Production Units.
The
study generated recommendations forimplementing participatory
management
based on an ergonomic approach,identifying the main features which interfere with the company's performance through
analysis of the work organization. This study emphasises the importance of worker
participation in all sectors of the company.
Key-words: Organizational conditions, Shared
management,
Ergonomics,cAPíTuLo
1.|NTRoDuçÃo
1.1
Definição
do
problema
As
organizações encontram, atualmente, sérias dificuldades competitivas devidoaos custos elevados
de
produção, perdendo, assim,mercado
para seusconcorrentes.
A
globalizaçao está fazendo as organizaçoes reverem seus processosprodutivos a fim de melhorar a performance, e
com
isso produzirem mais, e a custoscada vez menores.
A
primeira reação à otimização da produção para diminuição dos custos é oaumento
da produtividade, a partir das condições físicas existentes, exigindodo
trabalhador maior participaçao e maisempenho
no trabalho.Segundo
Chanlat (apudVERAS,
2001), não é verdadeque
"para produzir maisseja necessário trabalhar mais,
nem
que
produzir mais conduza auma
vida melhor".O
elo entre mais e melhor está rompido, pois muitas das necessidades naosatisfeitas não serão atendidas se produzirmos mais , mas, se produzirmos
de
outraforma outro produto.
A
Organização do Trabalho Taylorista-Fordista, adotada na maioria dasempresas
do setor Metal-mecânico, é exclusiva, reduzindo a participaçãodo
trabalhador no processo produtivo e não permitindo a flexibilização na
tomada de
decisao.
As
Organizaçõesbuscam
permanentemente serem
competitivas, isto é, teremum
espaçoonde
seus produtos sejam aceitosem
quantidadesque
lhe permitammanter a situação atual ou
promoverem
um
crescimento (SILVA FILHO, 1995).Segundo
Silva Filho (1995):A
produtividade envolve todo o ambiente interno e externo da organização,ou seja, trata-se de uma visão eco-ergonômica da produção, onde a Ergonomia, Gestão Participativa e Produtividade formam
um
todo,estruturado sistematicamente
em
vista da obtenção de melhorias contínuasna produção de bens e serviços.
A
performanceda
Organizaçaopode
ser melhoradacom
um
aumento da
produtividade, a partir da implantação da Gestão Participativa
com
Enfoque Ergonômico.Os
processos participativos proporcionam resultadosque
representam melhor ocoletivo e
que
estão mais próximosdo
caráter multifaces da produtividade.As
Organizações, visando conquistarem maiores níveis
de
produtividade eserem
maiscompetitivas, implantam esses processos (SILVA FILHO, 1995).
O
presente trabalho propõeuma
formade
facilitar a implantaçãode
um
modelo
de
Gestão Participativa por meiodo
Enfoque Ergonômico, visando eliminar oproblema mais grave da
Empresa que
é ométodo de
trabalho adotado no processoprodutivo
que
seguem
o taylorismo-fordismo,que
exclui o trabalhadordo
processoprodutivo e
que
aliado à rigidezda
Organização , não flexibiliza o processo para aparticipação
do
trabalhador.O
aumento de
produção só é alcançadocom
horários extrasde
trabalho, e ,mesmo
assim, fica limitado aos postosde
trabalhos existentesnos equipamentos e máquinas da Empresa.
As
recomendações
parauma
Gestão
Participativapara
o setorMetal-mecânico
a partirda
abordagem
Ergonômica,
apresentadas neste trabalho, visam melhorarem a performance da Empresa, a qualidade de vida dos trabalhadores, a qualidade do ambiente de trabalho e, consequentemente,um
maiorganho
demercado
para os produtos fabricados, atravésda
reduçãode
custos.Fundamentada
numa
Gestão Participativa pode-se obteruma
interação globaldas partes
que atuam
no Sistemade
produção da Empresa, tais como: apoio da altaadministração; modernização da administração através de aplicação
de
conceitosatuais; melhoria da performance da produção; melhoria da qualidade
de
vida dostrabalhadores e do meio ambiente de trabalho
A
proposta deuma
Gestão Participativa poderá encontrar resistência senão
forapresentada
de
forma transparente aos trabalhadores. Issopode
ocorrer devido àscaracterísticas
de
gerentesque
teriam receiode
perderem o controleque exercem
sobre seus subordinados ou
serem
prejudicados poralguma
técnicade
melhoria.A
simples resistência às
mudanças
devido à naturezaque
algunstêm de serem
contraqualquer tipo
de
mudança
pode
também
dificultar a implantação deuma
GestãoParticipativa
Então, o primeiro grande desafio
do
Ergonomista para aplicação dosconceitos da Gestão Participativa é a própria resistência dos envolvidos no
Objetivos
Geral :
Propor
uma
Gestao Participativa paraum
processode
produçaoem
células, nosetor
E-aí'
metal-mecânico.Específicos:
1) Analisar as condições organizacionais da situação
de
trabalho;2) Elaborar
um
diagnóstico, a partir daabo@§g~a,
de
uma
empresa
do
setor metal-mecânico;3) Propor
recomendações
para a implantação deuma
Cíesgo-Participativa);1.2 Justificativa
do
Trabalho
As
Empresas
enfrentam atualmente, devido à globalizaçao,uma
competiçaode
mercado
até a poucotempo
desconhecida.Nesse
novo contextode
comercialização, ou a
Empresa
se atualiza administrativa e tecnologicamente, ou fica fora desse mercado, que na maioria das vezes, além denao
abrir ocaminho
para a
Empresa
exportar,promove
uma
concorrência até predatória,promovendo
a inviabilizaçãoda
mesma.
O
estudo ergonômico deum
postode
trabalho deve levarem
consideraçao oporquê da baixa produtividade, os fatores psicológicos e do meio ambiente
em
que
estão inseridos os trabalhadores, assim
como
o fator tecnológico,disponibilizado e otipo
de
gestao implantada, se participativa ou exclusiva.O
presente trabalho poderá servir para asEmpresas
se auto analisarem esensibilizarem quanto aos conceitos administrativos implantados. Isso possibilitaria
corrigir erros
que
estejam ocorrendo nos processos atuaisde
trabalho, levando àoptarem pela Gestão Participativa.
O
envolvimento dos diversos setores daEmpresa
propiciauma
maior abrangênciadas causas e fornece soluções mais condizentes
com
a realidadedo
trabalho.As
Empresas que
não se atualizam organizacionalmente, às vezes, lançammão
coordenação de seus trabalhos,
sem
envolver todos os setores. Esse procedimento propicia o surgimentode
problemas de diversas causas.Podem
surgir devido àcomplexidade
do
próprio trabalho a ser realizado, ou pela parte técnica a serutilizada, ou
mesmo
por fatores sócio-econômicos quepodem
exercer influência naexecução deste trabalho.
A
importânciado
trabalho estáno
fatode
,apresentarum
diagnóstico,possibilitando o estudo
de
problemasque surgem
no dia-a-dia das empresas,eliminando a tendência de solução localizada
do
problemaque
surgiu e que poderá ocorrer novamente, se o fato gerador dele se localizarem
outro setor.Por fim, propor
recomendações
de Gestão Participativa para asempresas do
setor metal-mecânico
que
adotam
a Gestão Tradicional.1.4
Limitaçoes
do
trabalho
1.
Como
o estudo do pontode
vista metodológicofoibaseado
em um
estudode
caso
de
uma
única Empresa, e os resultados obtidos nãopodem
ser generalizados, eles valem para essa única Empresa.São
específicosdo
trabalhorealizado.
2.
A
amostra não é representativado
conjunto da população. Ela éuma
amostraintencional, conforme será mostrado mais à frente nos procedimentos
metodológicos. '
V
3.
Do
pontode
vista ergonômicopodemos
abordaruma
determinada situação por três aspectos: o Físico-ambiental, o Cognitivo e o Organizacional.A
minha
dissertação' vai focalizar
apenas
os aspectos Organizacionais, os outros doisaspectos (técnico ambiental e o cognitivo) sao
também
importantesmas
nao1.5
Estrutura
do
Trabalho
O
trabalho écomposto de
cinco capítuloscom
o foco principal na Gestao Participativa.No
primeiro capítulo é introduzido o assunto objeto desta dissertação, através da definiçãodo
problema da pesquisa, os objetivos, justificativa, importância elimitaçoes
do
trabalho e sua estrutura.No segundo
capitulo é apresentadoum
histórico da Ergonomia, os conceitos, asdiferentes abordagens; Gestão Participativa; apresenta-se
também
um
breve estudosobre Ergonomia e Gestão Participativa; Teorias Organizacionais do Trabalho: Taylorismo, Fordismo, Relações
Humanas,
Teorias Sistêmica, Sócio-técnica;Mudanças
Organizacionais euma
comparaçao
entre a Produçao Departamental e aProdução Focalizada.
No
terceiro capítulo são apresentados os Procedimentos Metodológicos: natureza da pesquisa, caracterização daEmpresa
estudada, coleta de dados, população, amostra e a apresentação da estrutura do questionárioque
será aplicadono estudo de caso.
No
quarto capítulo é apresentado o Estudo deCaso de
uma
indústria do setormetal-mecânico, através da Análise Ergonômica do'TrabaIho: Análise da
Demanda,
Análise da Tarefa, Análise da Atividade e
um
Diagnóstico a partir deuma
abordagem
ergonômica, identificando as interferências interpessoais, as condiçõesorganizacionais e elaborando
recomendações
para implantaçao da gestaoparticipativa, focando a participação no processo produtivo.
No
quinto capítulo sao apresentadas as Conclusoes eRecomendaçoes
paraCAPÍTULO
2.FUNDAMENTAÇÃO
TEÓRICA
Neste capítulo, apresentaremos
uma
fundamentação teóricaque
nos permitaenquadrar o problema de pesquisa dentro
do
contexto teórico. Para melhorcompreensão
dostemas
abordados, subdividimos o capítulo em: Ergonomia;Ergonomia e Gestão Participativa; Teorias Organizacionais do Trabalho; Sistemas
de
Produção; Implantaçãode
Novos
Sistemas de Produção.2.1
ERGONOMIA
2.1.1Evolução
A
Ergonomia evoluiucom
os primeiros estudos sobre ohomem,
executandoatividades profissionais.
Os
estudos foram desenvolvidos por pesquisadores, engenheiros e médicosdo
trabalho.Os
pesquisadores desenvolviam estudosque
visavamcompreender
ofuncionamento
do
trabalhodo
homem
em
atividades de trabalho,sendo
Lavoisier,Da
Vinci, Coulomb, Chauveau, os primeiros a desenvolverem estes estudos.Os
engenheiros procuravam melhorar odesempenho
do
homem
no trabalho,através
de
melhorias nas suas condiçõesde
execução.Os
médicosdo
trabalhoatuavam
na proteção àsaúde
dos trabalhadores, por meiode
estudosdo
nexo-causal entre
doenças
e as atividades exercidas pelos trabalhadores.Ramazzini, Paracelse, Tissot entre outros, foram os pioneiros nos estudos
que
mais tarde dariam origem à Ergonomia. Entretanto, foiW.
JASTRZEBOWSKI
de
nacionalidade Polonesa,
que
utilizou o termo Ergonomia pela primeira vezem
1857,quando
publicouum
"ensaiode
ergonomia ou ciênciado
trabalhobaseada
nas leisobjetivas da ciência da natureza".
Durante a ll Guerra Mundial,
quase
90 anos após o ensaiode
JASTRZEBOWSKI,
a Ergonomia veio a se desenvolvercomo
uma
áreado
conhecimentohumano,
através da conjugação entre tecnologia e as ciênciashumanas
e biológicas, visando solucionar problemas causados por equipamentosmilitares complexos.
Os
resultados desse esforço interdisciplinar se mostraram tãoWEERDMEESTER,
1995).A
primeira sociedade nacional de Ergonomia, a Ergonomics Research Society, foicriada na Inglaterra
em
1949, porum
Engenheiro Inglêschamado
MURREL.
Em
1959, foi organizada a Associação Internacional
de
Ergonomia,em
Estocolmo.Em
1959, aOIT
- Organização Internacionaldo
Trabalho, por meio daRecomendação
n° 112, incluía o conceitode
Ergonomia: adaptaçãodo
trabalho aoser
humano, quando
conceituava os serviços médicos instaladosem um
localde
trabalho ou
em
suas proximidades.A
OIT,em
1960, define Ergonomiacomo
sendo
a "aplicação das ciências biológicas conjuntamentecom
as ciências da engenharia para lograr o ótimo ajustamentodo
serhumano
ao
seu trabalho, e assegurar, simultaneamente, eficiência e bem-estar"(MIRANDA,
1980).A
Ergonomiavem
sendo
pesquisada e estudadaem
vários países,com
maior dedicação na França, Estados Unidos, Inglaterra, Bélgica, Alemanha, Holanda entreoutros.
No
Brasil,com
a criação da Associação Brasileirade
Ergonomiaem
1983, aergonomia
vem
se desenvolvendo rapidamente, principalmente no meio acadêmico.O
primeiro mestrado na área de Ergonomia do país foi implantado na UniversidadeFederal
de
Santa Catarina, noPrograma
de Pós-Graduaçãoem
Engenharia deProdução.
Entretanto, o interesse pela Ergonomia só
começou
ganhar espaço junto aos empresários.Brasileiros, após a instituiçãoda
Norma
Regulamentadora N° 17, peloMinistério do Trabalho e Previdência Social,
em
23.11.90(SANTOS,
1999). "EstaNorma
visa estabelecer parâmetrosque
permitam a adaptação das condiçõesde
trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores,
de
modo
aproporcionar
um
máximo
de
conforto, segurança edesempenho
eficiente.Thibodeau (apud
SANTOS,
1999) consideraque
"a ergonomia contribui no projeto e modificação dos ambientes de trabalho, maximizando a produção,enquanto aponta as melhores condições
de saúde
ebem
estar para osque
atuam
nesses ambientes".2.1.2 Conceitos
(regras).
A
Associação Brasileira de Ergonomia define Ergonomia como: o estudo da adaptação do trabalho às caracteristicasfisiológicas e psicológicasdo
serhumano
Segundo
Laville (1977), a Ergonomia é definidacomo
"o conjunto deconhecimentos a respeito do
desempenho
do
serhumano
em
atividade, a fimde
aplicá-los à
concepção
de tarefas, dos instrumentos , das máquinas e dos sistemasde produção". '
O
autor distingue dois tipos de ergonomia: a ergonomia de correçaoque
procura melhorar as condiçõesde
trabalho existentes e é, freqüentemente , parcial ede
eficácia limitada, e a ergonomia
de concepçao que
tende a introduzir osconhecimentos sobre o ser
humano
desde
o projetodo
posto,do
instrumento, damáquina
ou dos sistemas de produção(SANTOS,
1999).Segundo
Santos e Zamberlan (1992), a "Ergonomiatem
como
finalidadeconceber e/ou transformar o trabalho de maneira a manter a integridade da
saúde
dos operadores e atingir objetivos econômicos.lida (1993) define a Ergonomia
como
"o estudo da adaptação do trabalho ao serhumano".
O
autor consideraque
não só o ambiente físico,composto de máquinas
e equipamentos utilizados para processar os materiais, deve ser considerado no
estudo ergonômico,
mas
também
toda a situaçãoque
ocorre no relacionamentoentre o ser
humano
e o seu trabalho, taiscomo
os aspectos organizacionaisde
como
o trabalho é programado e controlado para produzir os resultados desejados.Segundo
Hendrick (1994), a Ergonomia é definidacomo
"o desenvolvimento eaplicação da tecnologia de interface
do
sistemahomem-máquina".
Ao
nivel micro, issoiinclui a tecnologiade
interface serhomem-máquina,
ouergonomia
de
hardware; tecnologiade
interface ser homem-ambiente, ou ergonomiaambiental; e tecnologia de interface usuário-sistema, ou ergonomia
de
software(também
relatadacomo
ergonomia cognitiva, porque tratacomo
as pessoasconceitualizam e processam a informação).
Num
nível macro,temos
a tecnologiade
interface organização-máquina, ou macroergonomia,
que tem
sido definidacomo
uma
abordagem
top-dow do sistema sócio-técnico".Uma
ampla
definição édada
por Vidal et al. (1993),segundo
a qual a"ergonomia
tem
como
objeto teórico a atividade de trabalho,como
disciplinasdinâmica,
como
fundamento metodológico a análisedo
trabalho,como
programatecnológico a concepção dos
componentes
materiais, lógicos e organizacionaisde
situações
de
trabalhoadequadas
às pessoas e aos coletivosde
trabalho.Tem
aindacomo
meta de
base a discussão e interpretação sobre as interações entreergonomistas e os demais atores sociais envolvidos na produção e no processo
de
concepção, buscando entender o lugardo
ergonomista nestas ações, assimcomo
formar seus princípios deontológicos"
(SANTOS,
1999).Os
conceitos de Ergonomia apresentados permitiram a constatação da preocupaçãocom
os aspectoshumanos
do
trabalho, buscando melhores condiçõesde
trabalho e evitando postosde
trabalhos inadequados e perigosos, possibilitandouma
melhoria na qualidade de vida no trabalho e ,consequentemente,aumentando
a produtividade.
H
2.1.3 Diferentes
Gerações da
Ergonomia
o Ergonomia Física
O
o Ergonomia cognitiva
o Ergonomia Organizacional
Os
conhecimentos utilizados pela Ergonomia são emprestados de outrasdisciplinas, tais como, fisiologia e psicologia do trabalho.
A
organização e a utilizaçãodesses conhecimentos
em
uma
determinada situaçãode
trabalho ou seja, ametodologia, é própria da Ergonomia
(MARCELIN
E
FERREIRA,
1982).A
Análise Ergonômica do Trabalho -AET
é atualmenteuma
metodologia muitoutilizada, pois estuda o trabalho tanto na sua
dimensão
explicita (tarefa), quanto nasua
dimensão
implícita (atividades); característicasdo
conhecimento tácitodo
pessoal de nível operacional
(SANTOS,
1999).Segundo
Hendrick (1994), a Ergonomia está na sua terceira geração.A
primeirageração foi estabelecida a partir
da
ll Guerra Mundial,com
o projeto ergonômicode
estações
de
trabalho industriais na Europa e no Japão, e principalmente na indústria aeroespacial dos Estados Unidos.Nesse
primeiro estágio o foco principal era o projeto das interfaceshomem-
máquina, incluindo oscomandos
e controles, displays, arranjos físicos e perceptuaisdo
homem
e
a aplicaçao destes conhecimentos no projetode máquinas
eequipamentos. Devido a esse enfoque, o primeiro estágio da Ergonomia é
denominado
"tecnologia da interfacehomem-máquina". (HENDRICK,
1986;HENDRICK
1987b;BROWN
1991b).O
segundo
estágio da Ergonomia teve início nadécada de
60,promovendo
uma
mudança
no ênfase dos aspectos físicos e perceptuaisdo
trabalho para suanatureza cognitiva. Este estágio foi
denominado
estágio da tecnologia de interfaceusuário-sistema (Ergonomia
de
Software). Importantes contribuições na melhoria e no desenvolvimentode
produtos e sistemas foram alcançadoscom
este enfoque, e,como
o primeiro, continuacom
grande aplicação atualmente(DRAY,
1985;BROWN
1990 b;
HENDRICK,
1991a
).Segundo
Hendrick (1993 a) , os dois primeiros estágios da ergonomia centravamseu foco de atenção sobre estações
de
trabalho individuais ou sobre aspectosmicroergonômicos dos sistemas.
Devido aos enfoques da Ergonomia descritos e pelas dificuldades encontradas
em
incorporar a ergonomia dentro dos objetivos organizacionais e,também,
odesempenho
satisfatório de alguns postos de trabalho, motivou a buscade
uma
orientação ergonômica mais
ampla
(TAVEIRA
FILHO, 1993).É
inteiramente possivel projetar ergonomicamente oscomponentes
deum
sistema, módulos e sub-sistemas e ainda falhar
em
alcançar a eficiênciado
sistemaglobal por causa da desatenção ao projeto macroergonômico
do
mesmo
(HENDRICK,
1987 b). 'Dray (apud
SOUZA,
1994) considera que:Os enfoques dos dois primeiros estágios solucionavam problemas
em
nivelmicroergonômico do trabalho, que provocou o aparecimento do terceiro
estágio da Ergonomia focalizando no nível global Organização-homem-
máquina; ou Ergonomia Organizacional.
O
interesse está na aplicação doconhecimento e da informação que se tem a respeito das pessoas e das
organizações no projeto, implementação e uso de tecnologia.
Como
sepode
constatar, vários anos depois, progressivamente mais exemplos estavamsendo
vistosonde
sistemas organizacionaiscom
bons projetos micro-ergonômicos tradicionais, não estavam alcançando
metas
organizacionais globais,(HENDRICK,
1986).O
'terceiro estágio da Ergonomia é a tecnologiade
interfacehomem-sistema-de-produção-organização, Ergonomia Organizacional.
A
interfacedo
projeto organizacionalcomo
um
todo e do sistemade
trabalhocom
a tecnologiaempregada, ou a ser
empregada
no sistema é utilizada para otimizar ofuncionamento homem-sistema, ou seja, a antropotecnologia.
lida (1998), classifica a Ergonomia em: Ergonomia da Concepção, Ergonomia
Corretiva e Ergonomia de Conscientização.
A
primeira é o estudo ergonômicode
instrumentos e ambiente
de
trabalho antesde
sua construção.A
segunda
é aque
modifica sistemas já existentes, ou seja, o estudo ergonômico só é feito, após a
construção
do
instrumento e/ ou ambiente de trabalho.E
por fim, a Ergonomia deConscientização é feita selecionando-se o
homem
ideal e/ou a faixade
utilizadoresideal para
uma
máquina, atividade ou ambiente de trabalho já existente.A
Ergonomia, atualmente, éuma
ferramenta de Gestão Empresarial,sendo
avisão antropocêntrica,
como
preceitua a Ergonomia, a forma de compatibilizar os sistemas técnico e social.A
antropocentricidade da Ergonomia favorece asmudanças
organizacionais etambém
viabilizamudanças
no conceito de produtividade, a partir da qualidade devida no trabalho e outros parâmetros: a participação
do
trabalhador, a liberdadepara criação e a valorização do saber fazer: conhecimento tácito
(SANTOS,
2000).A
presente pesquisa desenvolveu estudos e propostas naabordagem
da Ergonomia Organizacional, visando a modificaçãode
sistemas já implantados naEmpresa, através
da
tecnologia de interface homem-sistema-de-produção-organização.
2.2
Ergonomia
e
Gestao
ParticipativaO
Sistema Participativo só alcançará resultados consistentes e permanentes sefor implantado
tomando
como
base os principiosde
ergonomia, tendo o trabalhadorcomo
centro das atenções e interesses, e adaptando a ele as caracteristicas dotrabalho e do sistema
de
gestão.antropocentricidade, pode-se afirmar
que
os ambientesque
tiveram alastrados oconhecimento dos princípios ergonômicos, junto aos trabalhadores, apresentaram melhores condições para
que
ali se processasseuma
gestãocom
melhor qualidadede
vida no trabalho , melhorando a produtividade (SILVA FILHO, 1995).Segundo
lida (1989), a Ergonomia não deve estabelecercomo
objetivo principala eficiência, pois o trabalhador
pode
ser submetido a sacrifício e sofrimento pararealização do seu trabalho, o
que
vai contra os conceitos da Ergonomiaque
visamalcançar o
bem
estar, a segurança e a satisfaçaodo
trabalhador.Segundo
Santos (1999) odesempenho
atual da Ergonomiapode
ser aplicadosegundo
quatro níveis de exigências:"exigências tecnológicas relacionadas ao aparecimento de novas
técnicas de produção que impõe novas formas de organização do trabalho;
as exigências organizacionais relativas a uma gestão mais participativa,
trabalho
em
times e produção enxutaem
células que impõe uma maiorcapacitação e polivalência profissional; as exigências econômicas,
relativas à qualidade e ao custo da produção que impõe condicionantes às
atividades de trabalho, como zero defeito, zero desperdício, zero estoque
e as exigências sociais , relativas às melhorias das condições de trabalho
e do meio ambiente".
Nos
estudos Ergonômicos, o serhumano
deve ser consideradocomo
parteativa e integrante de
um
processo organizacional,senão
em
poucotempo
começarão
aparecer nas organizações, o descontentamento , a insatisfação, a faltade
motivaçao ecom
isso a ineficiência e a ineficácia no trabalho.A
implantação deum
sistemade
Organizaçãodo
Trabalhocom
ênfasenuma
Gestão Participativa deve ser seguida
de
qualificação dos envolvidos e delegaçãode
responsabilidades, através de definição de papéis e funções.Deve
serdado
apoio às
tomadas de
decisões autônomas, assumindo,também,
as responsabilidades pelos resultados alcançados.Segundo
lida (1989), o enriquecimentodo
trabalho éuma
formade
se obter aparticipação
do
trabalhador epode
ser alcançado, através deum
aumento
daresponsabilidade, do desafio e
da
amplitudedo
trabalho, através da delegaçao daSegundo
Noro (1991), a Ergonomia Participativa é a nova tecnologia paradisseminação
da
Ergonomia.O
termo Ergonomia Participativa foi originalmenteproposto pelos pesquisadores
Kageyu
Noro eAndrew lmada
em
1994.A
Ergonomia constituiuma
excelente ferramenta da Gestão Empresarial, pois atravésde
sua visão antropocêntrica possibilita compatibilizar os sistemas técnico esocial. Esta antropocentricidade, centro das atenções no
homem,
favorece não sómudanças
organizacionais,como também
alavancamudanças
no conceitode
produtividade, este
sendo
visto a partir da qualidade de vida no trabalho, observando, dentre outros parâmetros: a participaçãodo
trabalhador, a liberdadepara criação e a valorização do saber fazer
(BEZERRA,
1998).Entretanto, isso só é possivel
onde
não houver alienaçao,mas
sim liberdade para exercer o controle sobre suas metas e atividades, dentrode
um
objetivopré estabelecido pela organizaçao. '
Segundo
Pinchot (apud FIATES, 1997), os modelos de organizaçãodo
trabalhoque
aumentam
a.margem
de escolha e participação dos funcionários são melhoressucedidas
que
os modelos burocráticos,uma
vezque
propiciam às pessoas maisoportunidades
de
se relacionarem e auto organizarem, exigemum
autogerenciamento mais responsável e
uma
maior carga cognitiva ede
conhecimento.A
Ergonomia e a Gestão Participativatêm
fortes ligações conceituais, e o êxitopermanente
de
um
sistema participativo certamente, só será alcançado, seconstruído sobre as bases dos princípios da Ergonomia, destacando-se o
trabalhador
como
centro dos interesses e adaptando-se as característicasdo
trabalho e do sistema
de
gestao a ele.V
A
prática ergonômica isolada,onde
o ergonomista realiza a análisedo
trabalho efaz
recomendações que
serão implantadas para solução dos problemasergonômicos levantados, geralmente não se concretizam, pois não
havendo
envolvimento do_trabalhador na fase
de
diagnóstico, torna-se muito difícil o envolvimento dele na fase de implantação (SILVA FlLHO,1995).Três razões
mostram que
a ergonomia contribui na Gestão Participativa.Segundo lmada
(1991): (1) "a ergonomia é por si sóuma
ciência intuitiva.Em
muitos casos ela simplesmente organiza o conhecimento
que
os trabalhadorestêm
acumulado
na realização de seu trabalho, valorizando a experiência destes"; (2) "aspessoas sentem-se 'mais
empenhadas
em
apoiar projetos pelos quais elas sesentem
responsáveis, e a longo prazo, istotem
implicações de produziruma
forçade
trabalho; (3) desenvolver e implementar tecnologia, capacita os trabalhadores amodificar e solucionar futuros problemas.
A
Ergonomia atuacomo
um
agente facilitador na implantação da GestãoParticipativa, pois os autores de projetos ergonômicos
têm
claro os motivosda
intervenção ergonômica realizada na execução
do
trabalho, e estende as soluções encontradas a outras situaçoes, através de intercâmbio participativo.Segundo lmada
&
Noro (apudSOUZA,
1994) "a ergonomia envolve ostrabalhadores e se transforma
em
estratégia para estimular a participação , pois oenvolvimento dos trabalhadores na solução de problemas ergonômicos
pode
gerar nestes maior experiência e confiança, levando-os a enxergar e resolver outrosproblemas no local de trabalho.
Segundo
Silva Filho (1995) "a Ergonomiapode
seruma
plataforma para se chegar aos sistemas participativos de formamenos
conflituosa, isto é,de
um
ladoreduzindo os conflitos reativos e
de
outro lado, estimulando os conflitos pró-ativos".Atualmente existe
uma
relação direta entre as questões ergonômicas e os processos participativos.As
Organizaçoesonde
a Ergonomia apresentam fortes aplicações alcançam estágios mais avançadosde
participação.A
Antropocentricidade da Ergonomia poderá colaborar, ajudando napassagem
para sistemas participativosde
maior eficiência.A
Ergonomia oferecerá osconhecimentos
que tem acumulado do
homem
no trabalho, à formulaçãode
ambientesonde
diferentes pontosde
vista e interessestenham
condiçõesde
serem
2.3
TEORIAS ORGANIZACIONAIS
DO TRABALHO
2.3.1
Taylorismo
O
movimento de
racionalizaçãodo
trabalho a partir de tratamento científico dosproblemas referentes à organização
do
trabalho foi denominado.TayIorismo, pois foio engenheiro americano Frederick
Winslow
Taylor (1856-1915),um
dos primeiros a adotar a organização científica do trabalho(TAYLOR,
1978).Taylor elaborou seus estudos e publicou na obra Princípios da Administração Científica (1911),
onde
abordava três linhas principais: a distribuiçãode
tarefas; o estudo dos movimentos e dostempos
para realizaçãode
tarefas e o terceiro, oleiaute dos maquinários.
A
distribuição das tarefas é feita, atravésde
comunicados internos, na forma"top-dow", isto é, dos chefes para os trabalhadores.
O
estudo dosmovimentos
e dostempos
para realização de tarefas foi feito, através dacronometragem
de cada fasedo trabalho,
onde
buscava obterum
método que
permitisse eliminaros movimentos
muito longos e inúteis. "lnfeIizmente, este
método
bastante lógicodo
pontode
vistatécnico, ignorou os fatores humanos, psicológicos e fisiológicos, assim
como
osefeitos da fadiga devido às condições
de
trabalho"(SANTOS,
1999).O
leiaute dos maquinários tinhacomo
objetivo obter o maior rendimentopossível a partir da correta distribuição das máquinas, e o estudo
de
qualmáquina
obteria melhor rendimento para aquele determinado processo.
A
Teoriade
Taylor mostrauma
separação entre as funçõesde
execução e|
. _ _
panejamento
e a direçao, predominando a Organizaçao sobre o serhumano,
eacentuando
como
fator motivacional único, o monetário, conforme o próprio Taylor afirmava: "É preciso dar ao trabalhador oque
ele mais deseja: altos salários"(TAYLOR,
1989). -Pelos estudos de Taylor as hipóteses operativas para organização do trabalho são: a) existe
uma
maneira ótimade
realizaruma
tarefa; b) é necessário separar otrabalhador para cada tarefa,
promovendo
o seu treinamento e o seudesenvolvimento, não permitindo a escolha do trabalho a ser realizado; d) todo
trabalhador procura maximizar seus
ganhos
monetários; e) deve evitar a formaçãode
gruposde
trabalho(FLEURY
&
VARGAS,
1983).Taylor reduziu a participação do ser
humano
no processo produtivo a gestos e movimentos,sem
a necessidadede
usar sua capacidadede
pensar,sendo
que,depois de treinado, iria trabalhar
como
uma
máquina. Para Taylor, o serhumano
podia ser programadosem
possibilidades de alteraçoesem
funçao da experiência,das condicionantes ambientais, técnicas e organizacionais (NOULIN, 1992).
As
fórmulasde
organização estabelecidas por Taylor tiveram êxito financeiroimediato para as
Empresas
e, após a primeira guerra mundial, contribuiram paraelevar consideravelmente a produçao geral do sistema.
Os
princípios de Taylor,apesar de criticados, ainda hoje servem
como
critérios gerais para o treinamento dasupen/isao
em
muitas Organizações(HEERDT,
2001).2.3.2
Fordismo
O
Fordismo: produçaoem
série, surgiucom
a buscade
intensificar o processo detrabalho. Henry Ford (1863-1947), norte americano, utilizando-se dos princípios da administração científica, transformou a produção
que
antes era desenvolvidade
modo
artesanalem
produçaoem
massa. -A
divisão detalhadado
trabalho fez emergir a necessidadede
maiorespecialização
da
mão
de
obra.As
decisões eram' centralizadas no topo dahierarquia.
O
controle era rígido e até coercitivo, as responsabilidades dosfuncionários
eram
restritas ebem
definidas, resultandonum
baixo grau deenvolvimento e responsabilidades dos trabalhadores
com
suas tarefas ecom
a organização(HEERDT,
2001).No
Fordismo asegmentação
dos gestosdo
taylorismo torna-se asegmentação
das tarefas, multiplicando onúmero de
postos de trabalhoque
passavam
a cobrir otrabalho,
que
se desenvolverá igualmente no setor administrativo(SANTOS,
1999).Ford implantou inicialmente a linha de
montagem
fixa, isto é, os trabalhadores semoviam
para executar suas tarefas. Para minimizar as perdas detempo
com
essamovimentação
foi instituída por Ford, a linha móvelde montagem,
operada portrabalhadores parados, fixos
em
seus postos (GUIMARÃES,
1999).No
Fordismo o serhumano
transformou-seem um
mero
executorde
tarefasprescritas, sob ritmos
marcados de
produção,sem
liberdade de pensar, decidir ou agir por sua própria vontade.Nas
linhas de produção o serhumano
eracomo
uma
extensao da máquina, valendo tanto ou
menos
que ela(SANTOS
E
FIATES, 1997).2.3.3
Teoria
das
Relações
Humanas
A
escola das relaçõeshumanas
de
Elton Mayo, australiano, estabeleceu o surgimento do Modelo Humanistade
Organização do trabalho. Essemodelo
questionava e reagia contra a organização taylorista do trabalho,que
considerava oser
humano como
uma
parte damáquina
onde
executava suas tarefas, ouum
simples ocupante de cargo no organograma da Empresa.A
teoria das relaçõeshumanas
tiveram suas origens na necessidade de se humanizar e democratizar a administração, libertando-a dos conceitos rígidos emecanicistas da Teoria Clássica; do desenvolvimento das ciências
humanas
(psicologia e sociologia);
das
idéias da filosofia pragmáticade
JohnDewez
eda
psicologia dinâmica
de
Kurt Lewin (idealizador da psicologia social) e das conclusões da experiênciade
Hawthorne (1927-1932) de EltonMayo
(CHIAVENATO,
1987)._
A
Teoria das RelaçõesHumanas
procurava transferir a ênfase nas tarefas ou naorganização para as pessoas.
O
serhumano
era consideradocomo
um
agentecom
sentimentos e objetivos próprios, oque
não corroboravacom
a massificação Taylorista, apesarde que
estaindividualidade freqüentemente poderia estar
em
conflitocom
os objetivosda
organização(SANTOS
E
FIATES, 1997).Segundo
Heerdt (2001), as contribuiçõesde
Mayo
e equipepodem
serresumidas em: a) o comportamento
do
trabalhador deve ser apreciado no contextodo
grupo aque
ele pertence e nãode
forma individual; b) existeuma
organização informal, redesde
amizade, liderança pessoal, etc..,que
afeta o funcionamentodo
grupo e
que
não era contemplada juntozcom a organização formal da escola clássica; c) há outras formas de motivaçao para o trabalho, além daquelasreconhecidas pela escola clássica.
A
Teoria das RelaçõesHumanas
no Trabalho apresentammudanças
maisde
aumento de
vantagens materiais, tais como: melhorias nas condiçoes físicasdo
trabalho,
aumento
donúmero de
pausas, direito de falar durante o trabalho, redução dos horários e a função de hierarquiacomo
estimuladora; consideradasmudanças
superficiais nao alterando o
modo
como
o trabalho é planejado na organizaçaotaylorista, o
que
não questionava então o taylorismo.2.3.4
Teoria Sistêmica:
Sistemas fechado
e
aberto
"Sistema é
um
conjunto de unidades reciprocamente relacionada" Bertalanffy (apudSANTOS,
1999).Segundo
Kwasnicka (1985)"um
sistema éumgrupo
de
elementos inter-relacionados e integrados
de
forma a obterum
dado
resultado".A
abordagem
integrativa da Teoria Sistêmica procura combinar elementos da ciênciacomportamental, da ciência administrativa e
abordagem
clássicade
forma coesa.Segundo
a Teoria Sistêmica, a Organização, os trabalhadores, as atividades e a administração são interligados.Quando
uma
das partes da organização sofreuma
mudança, todas as outras são afetadas.
O
pensamento
sistêmico utiliza-se de algumas premissas para pensar aorganização: a) existência
de
um
problema; b) está inseridoem
alguma
situação;c) precisa
de
uma
soluçao; d)os efeitos aserem
apresentados pela solução trarásolução
pode
ser verificada pela identificação e ponderação da misturade
efeitos aserem
atingidos e os imprevistos; g) a solução não será permanente , pois asituação é dinâmica
(HAMPTON,
1983).A
teoria sistêmica mostraque
a inten/enção nocampo
organizacional atinge nãosomente
uma
parte específica da Organização,mas
apresenta consequências nosdemais processos a ela relacionados.
As
organizaçõespodem
ser consideradascomo
sistemas fechados oucomo
sistemas abertos.
O
modelo de
organizaçõescomo
sistema fechado surgiram da necessidadede
controle rigoroso do trabalhador e da integração deste às tecnologias disponiveis na
época, para melhorar a organização dos trabalhos.
Os
projetos mal elaboradosgeravam
muitas insatisfações nos trabalhadoresque
reagiamcom
baixaprodutividade e, às vezes,
com
sabotagem.A
Administração científica de Taylor,um
dos modelos da Escola Clássica, e a Escola de RelaçõesHumanas
que
surgiu do trabalho de EltonMayo
no final dadécada de
20, apesar das diferenças dos aspectos organizacionais,ambos
sãosistemas fechados de Organizaçao
O
modelo de
Organizaçãocomo
sistema aberto, concebido por LudwigVon
Bertalanffy, biólogo alemão, é entendido
como
um
complexode
elementosem
interação e
em
intercâmbio contínuocom
o ambiente.Os
sistemas abertospodem
ser entendidoscomo
conjuntosde
partesem
constante interação (características de interdependência das partes), constituindo
um
todo sinérgico (o todo é maiorque
as partes), orientados para determinados fins (comportamento teleológico) eem
permanente relação de interdependênciacom
oambiente externo (influencia e é influenciado pelo meio ambiente externo)
(SANTOS,
1999).A
abordagem
das organizações,segundo
sistemas abertos, consideram estessistemas
em
constante interação dualcom
o meio ambiente, atuando aum
só tempo,como
variável independente ecomo
variável dependentedo
ambiente; tendocapacidade
de
crescimento,mudança,
adaptaçãoao
meio e até auto reprodução, proporcionando competirem ou nãocom
outros sistemas(SANTOS,
1999).As
características das organizações abertas apresentamcomportamento
partes
de
um
sistema maior e constituídade
partes menores;com
interdependênciadas partes; e apresentam a homeostase, etc.
(SANTOS,
1999).A
Teoriade
Sistemas apoia-se eganha
sustentação no fatode
a Organizaçãoestar inserida
em um
ambiente neutro instável.Devido a esta inserção,
uma
rápidaexpansão
da tecnologia, domercado
econômico
e dasmudanças
políticas e sociaisgeram
constantes pressões para aorganização
mudar
, adaptar e crescer para fazer frente aos desafiosdo
ambiente(KWASNICKA,
1985).2.3.5
Teoria
Sócio-Técnica
Frederic
W.
Taylor, paida
Administraçao Científica, e seus seguidoresacreditavam
que
o trabalhadorbem
remunerado teriauma
vida próspera e trabalharia com' prazer devido à eficiênciado
trabalho (TAYLOR,
1989),mas
nãolevava
em
conta os fatoreshumanos
na melhoriado
trabalho,dando
ênfase para oenfoque técnico e mecânico do trabalho, fornecendo ao trabalhador prescrição de suas funções,
não
permitindo a participação dele no processo criativo.A
abordagem
da Escolade
RelaçõesHumanas
era mais focada na satisfação notrabalho
que
oEmpregado
desenvolvia, através de fatores externosao
trabalho, isto é,não
no próprio trabalho desenvolvido,mas
na participaçãodo
trabalhadorem
Associações
de
funcionários, jornais , benefícios, etc., oumesmo,
nas relaçõesde
grupo e
em
lideranças exercidas; rAtualmente, as
Empresas
nãopodem
ser administradascom
basesomente
no enfoque da Administração Científica ou só nade
RelaçõesHumanas,
poisambas
são ultrapassadas.
'
A
necessidade deum
enfoque abrangendo as tecnologias disponíveis na execuçãodo
trabalho e os fatoreshumanos
envolvidos nesse trabalho,promovem
oaparecimento da Teoria de Sistemas Sociotécnicos.
O
Enfoque Sociotécnico permite visualizar as Organizações e os problemasOrganizacionais (relativos inclusive às relações
de
trabalho),como
a interação dasdispositivos e técnicas
de
o_peraçao (sistema técnico),sendo
estes fatoresinfluenciados pelas
mudanças que
ocorrem no Ambiente externo da organização(SOUZA,
1994). VO
Termo
Sistema
Sociotécnico, foi primeiramente introduzido nos anos 50 pelos pesquisadoresEmery
and Trist, para descrever a natureza complexado
grande Sistema Organizacional
Homem-máquina.
A
Teoriado
Sistema Sociotécnico é caracterizada por várias origens principais:associada à causa; associada à otimizaçao e associada ao projeto.
A
associação à causa refere-se à noção deque
os subsistemas sociais etécnicos são
ambos
afetados pelo ambiente. Vistoque
ambos
subsistemasrespondem
às causas do ambiente, otimizandoum
e subotimizando o outro, por isso a associação da otimização dos subsistemas é o objetivo.A
associação ao projeto éo
método
pelo qual a associaçao à otimizaçao é alcançada.(KLEINER,
1998).A
abordagem
sociotécnicada
organização teve sua origem naTeoria de
Sistemas
de
Bertalanffy, a partir dos trabalhos desenvolvidos no Instituto Tavistockde
Londres nos anos 50, sob a coordenaçãode
E. Trist ede
F. Emery.(NOULIN, 1992).
Com
o surgimento da teoria de Sistemasde
Bertalanffy, surge acorrente sociotécnica e
baseada
nesta teoria asempresas
são classificadascomo
Sistemas Abertos Sociotécnicos.
As
premissas básicasque
sustentam a Teoria Sociotécnica citaque
em
qualquer organização , lucrativa ou não , o resultadodesejado é atingido, através da ação
de
um
sistema social eum
sistema técnicoque
se inter-relacionam alcançando os objetivos traçados
(DAVIS
&
TRIST, 1972).Estrutura
de
modelo
de
organizaçãoconcebida
como
sistema sócio técnicosubsistema
social,que compreende
os trabalhadorescom
suas característicasfisiológicas e psicológicas, o seu nível de qualificação: formação e experiência, as
relações sociais dentro da organização e as condições organizacionais do trabalho.
subsistema
técnico,que
compreende
as tarefas aserem
realizadas e asinstalações , as máquinas, os equipamentos, as ferramentas e os procedimentos e
normas
operacionais, inclusive as condicionantes temporais para cada operação(SANTOS
et al, 1997).Abordagem
Sociotécnicada Organização
-Sistema
AbertoA
abordagem
sociotécnica fundamenta-se nos princípiosde
que
a organização éum
sistema abertoque
interagecom
o meio ambiente,buscando
uma
combinação
efetiva entre os sistemas técnico e social, a inter relaçao entre as
empresas
e o seuambiente, adaptando este às condicionantes da concorrência, etc., a organização
se auto-regula e
como
sistema aberto interagecom
o meio ambiente,podendo
alcançar
um mesmo
objetivo por diferentes caminhos e utilizando diferentes recursos.A
empresa
éum
sistema sócio técnico no qual toda modificaçaode
um
elemento reflete no sistema inteiro(SANTOS,
1999).Segundo
Garcia (1980) omodelo
daabordagem
sociotécnica envolve as seguintesetapas:
›
cn U n I cw av
avaliaçao inicial: nesta etapa os atributos basicos
do
sistemade
produçao saoidentificados e as principais características do meio ambiente sao determinadas;
identificação
das unidades de
operação: nesta etapa são identificadas asoperações fundamentais
que
caracterizam edescrevem
as transformações ocorridasno processo produtivo; ~
análise
do
sistema social: são analisadas as relações sociais na organização; análisedo
sistema técnico: nesta etapa são analisadas os aspectos técnicosdo
sistema
de
produçao,em
particular, as instalaçoes, as máquinas, as ferramentas, os procedimentos técnicosde
controle e os sistemasde
apoio à decisão;especificação
do
sistema clientelfornecedorz é especificada a redede
clientes-fornecedores, para a elaboração de políticas e estratégias
da
organização; avaliação: nesta etapa sao avaliados os impactos provocados por iniciativasespeciais;
recomendações:
nesta etapa são elaboradas as propostasde
mudança
2.3.6
Gestão
ParticipativaA
gestão participativa caracteriza-se por seruma
forma de organizaçãodo
trabalho
que
permite aos colaboradores, o controle dos resultadosdo
seu trabalho,assim como,
um
certo controle sobre o próprio trabalho.Uma
propostaque
oferece maior participaçao eum
ambiente cognitivamente mais saudável, resultando, assim,em
aumento de
produtividade na organização (SILVA, 1996).A
autonomia (controle dos resultados)pode
ser definidacomo
a liberdade deescolha
que
é exercida dentro dos limites determinados pela Empresa.A
autonomiaindividual é definida
como
os controlesdo
tempo,do método
e das fronteirasdo
trabalho (integração vertical, tarefas complementares à operação), e a autonomia
coletiva (do grupo)
com
os controles detempo
e dosmétodos do
grupo(WALL
et al,1990).
A
autonomiade
um
grupo de trabalho é limitada pelo atendimentodo
clienteinterno, ou seja, pela previsibilidade
do
resultado.O
grupotem
autonomia sobresuas questões internas,
desde
que o resultadodo
processo não seja alterado(OTTON,
2000).Grupo
Autônomo
é oque tem
suas atividades individuais ligadas ao grupo eque
assume
a responsabilidade pela tarefa e seu controle.As tomadas
de decisões são dependentesdo
nivel de delegação na equipe.A
autonomia é consideradaum
importante fator
de
motivação e crescimento do trabalhador.Segundo Souza
(2000),e "A Gestão Participativa mostra-se como uma eficaz alternativa adotada
em
varias empresas brasileiras. Dentre suas denominações encontramos: células,
grupos enriquecidos, grupos semi-autônomos, times integrados de
manufatura, entre outros. Entretanto, o objetivo central destes modelos de
organização do trabalho e sempre o de delegar o controle das tarefas
operacionais ao pessoal de nível operacional, antes responsabilidade
exclusiva do pessoal de nível gerencial".
Segundo
Toledo e Klueger (1999), iniciativas visando redução de níveishierárquicos, arranjos celulares da produção, programas