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Relação entre o nível de atividade física e o índice massa corporal

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Academic year: 2021

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Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro

2º CICLO EM ENSINO DE EDUCAÇÃO FÍSICA

NOS ENSINOS BÁSICO E SECUNDÁRIO

Relatório Final de Estágio

Relação entre o Nível de Atividade Física e

o Índice Massa Corporal

Mestrando: Filipe Oliveira

Orientadora: DRª Isabel Gomes

Coorientador: Pedro Cunha

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2º CICLO EM ENSINO DE EDUCAÇÃO FÍSICA

NOS ENSINOS BÁSICO E SECUNDÁRIO

Relatório Final de Estágio

Relação entre o Nível de Atividade Física e o

Índice Massa Corporal

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Dissertação apresentada à UTAD, no DEP

– ECHS,

como requisito para a obtenção do grau de Mestre em

Ensino de Educação Física dos Ensino Básico e

Secundário, cumprindo o estipulado na alínea b) do

artigo 6º do regulamento dos Cursos de 2ºs Ciclos de

Estudo em Ensino da UTAD, sob a orientação da

Professora Isabel Gomes.

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várias pessoas. Deixo neste espaço os meus maiores agradecimentos a todos aqueles que contribuíram para a sua realização.

- Ao professor Pedro Cunha, pela compreensão e paciência, por me transmitir novos conhecimentos, pelas sugestões, críticas, disponibilidade e por toda a ajuda fornecida que sem ele não seria possível.

- À Supervisora de Estágio Doutora Isabel Gomes, pela transmissão de conhecimentos, pensamentos, diretrizes e propostas enriquecedoras.

- Ao Carlos Ferreira e Rúben Rei, meus colegas de Estágio, por todas as situações que passámos, dificuldades encontradas e bons momentos este ano que nos proporcionou.

- A todos os professores e funcionários da Escola Secundária de Barcelos pela compreensão e ajuda prestadas.

- Aos alunos, que contribuíram para a minha formação, pois sem eles o estágio não era possível.

- À minha família, por todo o apoio prestado nos diversos momentos.

- Aos meus amigos, Fernando Ribeiro, Álvaro Silva, Paulo Machado, Mariana Freitas, Filipe Machado, Cátia Machado e Ângelo Macedo, um muito obrigado pelo apoio e amizade prestada nos momentos mais complicados durante este percurso.

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realizado como parte integrante e conclusiva do Mestrado em Ensino da Educação Física dos Ensinos Básico e Secundário pela Faculdade de Ciências do Desporto e Educação Física da Universidade Trás-os-Montes e Alto Douro.

O Estágio Pedagógico desenvolveu-se na Escola Secundária de Barcelos, no ano lectivo de 2012/2013 e tendo como objectivo favorecer a integração e consolidação, no contexto da prática, os conhecimentos teóricos adquiridos no 1ºe 2º semestre do Curso de Mestrado, através de uma prática docente supervisionada e orientada, com vista à profissionalização de professores de Educação Física competentes.

O presente relatório está estruturado em dois grandes capítulos, ao longo dos quais se apresenta as actividades desenvolvidas no Estágio Pedagógico, as actividades de ensino /Aprendizagem e as Dificuldades sentidas durante o Estágio. A intenção é descrever e reflectir sobre as actividades desenvolvidas ao longo do ano, pretendendo-se realizar uma avaliação de todo o trabalho desenvolvido e os conhecimentos dele derivado, ao descrever e analisar criticamente as duas dimensões.

As principais competências profissionais a desenvolver enquanto professores estagiários são: o Planeamento, Realização e Avaliação. O conhecimento adquirido, as dificuldades sentidas, o impacto do estágio na realidade escolar e a análise e perspectiva da formação inicial e contínua, foram também abordadas de uma forma crítica e reflexiva.

O perfil do professor aponta para alguém competente, que reflecte sobre a sua prática e que actua sobre ela, reajustando o ensino às necessidades dos alunos.

O Estágio Pedagógico está orientado nesse sentido, mostrando-se uma óptima oportunidade de aprendizagem e promotora da aquisição e desenvolvimento de competências profissionais e pessoais, de atitudes proactivas na identificação e resolução de problemas pedagógicos, por forma a constituir o ponto de partida para uma futura integração no mercado de trabalho na área da docência da Educação Física e necessário a um desempenho proficiente.

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developed as part and conclusion of Master’s Degree in Physical Education Teaching to Primary and Secondary School at the Faculty of Sports Sciences and Physical Education of the University of Trás os Montes e Alto Douro.

The Teaching Training took place at the Secondary School of Barcelos, in the school year of 2012-2013, having as main goal to promote the integration and strengthening, in a practice context, of the theoretical knowledge acquired during the 1st and 2nd semesters of the Master’s Degree through a supervised and guided teaching practice, aiming at the professionalization of competent Physical Education teachers.

This report is structured in two major chapters, which describe the activities carried out during the Teaching Training, the Teaching Activities - Learning and Ethical-Professional Attitude. The intention here is to describe and reflect on the year activities, in order to make an assessment of all the developed work and consequent knowledge, by describing and critically analyzing its two dimensions.

The main professional competences to develop as trainee teachers are: Planning, Execution and Evaluation. The acquired knowledge, the difficulties encountered, the impact of the training in the school context and the analysis and perspective of initial and continuous education were also approached in a critical and reflective way.

The teachers profile points to competent people who reflect on their practice and act accordingly, adjusting their intervention to students needs.

The Teaching Training is designed in that sense, proving to be an important learning opportunity, facilitating the acquisition and development of professional and personal skills, of proactive attitudes in the identification and resolution of educational issues, in order to be the starting point to a future integration in the job market in the physical education teaching field and necessary to a proficiency performance.

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Agradecimentos ... 1 Introdução ... 1 1. Expetativas Iniciais ... 3 2. Realidade encontrada ... 4 2.1. A escola (instalações) ... 4 2.2. A turma ... 4 2.3. Professor orientador ... 5 2.4. Núcleo de estágio ... 5

3. Descrição da atividade desenvolvida e justificação das ações tomadas ... 5

3.1. Planeamento ... 6 3.1.1. Plano Anual ... 7 3.1.2. Unidades Didáticas ... 8 3.1.3. Planos de aula... 9 3.2. Realização ... 10 3.2.1. Instrução ... 10 3.2.2. Gestão ... 11 3.2.3. Clima ... 13 3.2.4. Disciplina ... 14 3.3. Avaliação ... 14 3.3.1. Avaliação Diagnostica ... 15 3.3.2. Avaliação Formativa ... 16 3.3.3. Avaliação Sumativa... 16 3.4. Componente Ética-Profissional ... 17 4. Ensino Aprendizagem ... 18

4.1. Aprendizagens Realizadas como Estagiário ... 18

4.2. Compromisso com as aprendizagens dos alunos ... 20

4.3. Inovação nas práticas pedagógicas ... 21

5. Dificuldades e necessidades de formação ... 21

5.1. Dificuldades sentidas e formas de resolução ... 21

5.2. Dificuldades a resolver no futuro e formação contínua ... 23

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Relação entre o Índice Massa Corporal e o Nível de Atividade Física ... 28 Resumo – ... 28 1. Introdução ... 29 2. Metodologia ... 30 2.1. Caraterização da amostra... 30 2.2. Instrumentos ... 30 2.3. Procedimentos ... 31 3. Resultados ... 32 4. Discussão ... 34 5. Conclusão ... 35 Bibliografia ... 37

Índice de Ilustrações

Quadro 1 - Relação existente entre o IMC e o Nível de Atividade Física... 32

Quadro 2 - Comparação do IMC relativamente às idades e género………..……….30

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Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro - Filipe Oliveira

Introdução

O presente Relatório tem como objetivo de analisar o processo de Estágio Pedagógico desenvolvido no ano letivo 2012/2013, que está integrado no 2º ano do Mestrado em Ensino da Educação Física nos Ensinos Básico e Secundário da Universidade Trás-os-Montes e Alto Douro. O Estágio Pedagógico consistiu no culminar de uma formação que credencia profissionalmente para o desempenho de todas as atividades inerentes à função profissional de um Professor de Educação Física.

O estágio curricular foi realizado na Escola Secundaria de Barcelos e tivemos como Professor orientador o Professor Pedro Cunha, como professora cooperante a Drª Isabel Gomes e como colegas de estágio o Carlos Ferreira e o Rúben Rei.

O foco fundamental deste relatório consiste na descrição e análise das ocorrências marcantes e vividas ao longo do ano letivo, destacando a forma como as principais dificuldades sentidas foram reconhecidas e resolvidas. É ainda executado um enquadramento sobre as temáticas do processo ensino/aprendizagem segundo as diretrizes consideradas fundamentais. Dentro desta temática é dada enfase á importância do professor reflexivo e ao reconhecimento da heterogeneidade da turma.

No âmbito do trabalho realizado durante o estágio pedagógico, no atual relatório podemos referir que este pode estar planificado em duas partes, existindo a primeira de carácter fundamentalmente descritivo e a segunda de carácter reflexivo. No que diz respeito à primeira parte do relatório, o corpo de trabalho inclui elementos descritivos sucintos em relação aos seguintes itens:

 Expetativas Iniciais;  Realidade encontrada:  A escola;  A turma;  O professor Orientador;  Núcleo de estágio;

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 Descrição das atividades desenvolvidas e justificação das decisões tomadas:

 Planeamento;

 Realização;

 Avaliação;

 Componente Ético-Professional.

Relativamente à segunda parte, o corpo do trabalho centra-se na reflexão sobre os seguintes itens:

 Ensino Aprendizagem:

 Aprendizagens realizadas como estagiário;

 Compromisso com as aprendizagens doa alunos;

 Inovação das Praticas Pedagógicas  Dificuldades e necessidade de formação:

 Dificuldades sentidas e formas de resolução;

 Dificuldades a resolver no futuro e formação continua;  Pratica pedagógica Supervisionada.

A análise concretizada em cada área, e subáreas, assenta numa explicação das atividades do Estágio, sendo examinadas e fundamentadas as estratégias e decisões tomadas, com a intenção de superar as dificuldades perspetivadas ao longo do ano letivo e otimizar o processo ensino-aprendizagem. São abordados os aspetos positivos e os que ainda necessitam de mais trabalho, numa perspetiva projetiva para o futuro como docente.

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Capitulo I – Relatório de Estágio

1. Expetativas Iniciais

De forma a realizar uma sistematização de ideias mais coerente, e para que seja possível explanar com objetividade as minhas expectativas iniciais sobre o estágio, irei apresentá-las em função dos vários elementos existentes na Escola Secundária de Barcelos, nomeadamente a escola, a turma, Professor orientador, núcleo de estágio e eu.

No que toca ao assunto da escola, fiquei surpreendido ao deparar-me com suas as condições atuais. Apesar de já ter conhecimento que a escola estava a ser renovada, ainda que numa fase final, não se pode usufruir de todas as instalações, nomeadamente do campo exterior. Neste sentido, durante o primeiro período teremos que nos adaptar às instalações disponíveis, o pavilhão e as salas de aula. Perante este cenário, lecionar neste estabelecimento de ensino será um desafio interessante não só para os docentes bem como para os alunos.

Relativamente ao professor orientador de estágio, as minhas expetativas iniciais são as melhores, segundo as informações que recebi de alguns colegas, este era bastante exigente e rigoroso. Contudo sempre prestável e disposto a ajudar. Com estas informações pensei para mim mesmo que era assim que precisava de um orientador, de forma que nós estagiários aprendessem o máximo possível da sua experiência como professor.

No que se refere á turma, depois de saber que iria ficar com o 8º B e depois da reunião de turma, fiquei bastante reticente. Pois segundo a informação que tive oportunidade de recolher, a turma é um pouco problemática e com bastantes alunos repetentes, porém também tem excelentes alunos. Neste sentido, e sendo Educação Física uma disciplina de vertente mais prática, seria importante numa fase inicial criar algum distanciamento com os alunos, procurando desde logo marcar uma posição de liderança para não ser desrespeitado. No entanto irei encarar os alunos todos da mesma maneira, para não haver discriminação. Sei que vou ter dificuldades com vários alunos, e por isso irei encarar este estágio como um desafio.

As expetativas iniciais relativas ao núcleo de estágio são as melhores, uma vez que ambos os estagiários tinham sido meus colegas de turma no ano anterior. Deste modo,

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acreditei que seria bem-sucedido na conjugação e partilha de conhecimento e entreajuda durante as aulas.

Por último e não menos importante, no que se refere às minhas expetativas relativamente ao meu desempenho, antevi que o meu trabalho pudesse vir a ser o espelho das minhas potencialidades. Sei que tenho potencialidade para sair bem-sucedido no final de estágio, mas sei que vai ser preciso muito trabalho árduo e muito tempo extra fora da escola, tanto a fazer planos de aulas, como a realizar atividades para o ano inteiro ou a fazer balanços de cada aula, etc. Só espero ter tempo para realizar estas atividades todas, para no final ter uma nota como gostava de ter. Durante o ano letivo, espero melhorar bastante a todos os níveis e saber reconhecer os meus erros, pois este é um fator muito importante para evoluir.

2. Realidade encontrada

2.1. A escola (instalações)

Durante o ano letivo, as instalações da escola foram-se alterando para umas condições melhores. Inicialmente apenas tínhamos o pavilhão pra lecionar as aulas de educação física. Desde cedo tornou-se uma tarefa complicada a lecionação das aulas, pois muitas das vezes tínhamos 1/4 do pavilhão para uma aula de 90 minutos. Deste modo tivemos que ajustar as aulas consoante o espaço.

Como a escola ainda estava em obras, no final do 2º período até o final do ano as condições melhoraram, o espaço exterior já podia ser utilizado e também uma sala de dança. Deste modo, facilitou-nos a vida, podendo realizar outro tipos de exercícios nas diferentes modalidades desportivas.

Quanto ao equipamento desportivo que a escola dispõe para as diferentes modalidades, posso afirmar que tem boas condições.

2.2. A turma

A turma em que lecionei durante o ano letivo demonstrou ser uma turma como referi anteriormente, problemática. Inicialmente foi bastante complicado controlar a turma, não só

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pelo seu elevado número de alunos, mas também por serem bastante indisciplinados. Perante este problema, conversei várias vezes com eles, interrompi em diversas situações a aula para repreender vários alunos com o objetivo de melhorar ambiente e o funcionamento das aulas. Apesar de nem sempre os exercícios propostos serem cumpridos de forma correta por alguns alunos, observou-se ao longo do tempo uma mudança de atitude por parte dos alunos. Para além disso, após várias repreensões houve uma progressiva melhoria no comportamento dos alunos, garantindo assim um melhor ambiente e um normal funcionamento das aulas.

2.3. Professor orientador

Relativamente ao professor orientador, este foi um elemento fulcral durante todo o ano letivo. Com a sua larga experiência no ensino, posso afirmar que nos guiou ao sucesso, referindo sempre os erros que cometia-mos e por fim dando exemplos de como contornar esses mesmos erros. Acima de tudo foi um amigo durante todo este processo, onde esteve sempre disponível e preocupado, connosco estagiários. Importante referir que o professor foi sempre uma pessoa preocupada com as nossas opiniões e sempre muito flexível nas nossas decisões.

2.4. Núcleo de estágio

Sobre o núcleo de estágio, só tenho aspetos positivos apontar. Sempre nos entendemos bastante bem durante o ano todo, mostrando sempre muita solidariedade uns com os outros. Tal como perspetivei no início do ano, com uma boa dinâmica e dando conselhos e opiniões uns aos outros, o núcleo de estágio seria fundamental para a minha integração. Sempre que algum de nós sentia dificuldade em algum assunto, sabíamos que podíamos contar com os nossos colegas estagiários.

3. Descrição da atividade desenvolvida e justificação das ações tomadas

Antes e durante o Estágio Pedagógico foram desenvolvidas competências necessárias, para que durante o estágio o processo de ensino-aprendizagem fosse mais facilitado para o professor. É durante o ano letivo que o professor consegue adquirir essas

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competências, e melhora-las com os erros que vai cometendo. Este trabalho foi apenas orientado a uma só turma (8ºB) da Escola Secundária de Barcelos. Este processo foi desenvolvido com conhecimentos adquiridos anteriormente.

No âmbito da descrição das atividades desenvolvidas durante este ano letivo, a nossa análise segue em três grandes competências profissionais da prática docente:

- Planeamento do ensino;

- Realização

- Avaliação.

3.1. Planeamento

Segundo Bento (2003, p.15) planificar significa, planear as componentes do processo de ensino e aprendizagem nos diferentes níveis da sua realização; significa aprender, o mais concretamente possível, as estruturas e linhas básicas e essenciais das tarefas e processos pedagógicos. Deste modo, inicialmente comecei por investigar meticulosamente o Programa Nacional de Educação Física (PNEF) na vertente do 3º Ciclo, mais precisamente do 8º ano. Antes da sua conceção é necessário identificar a quem se dirige esse plano, então foi necessário realizar através da observação sistemática de cada aluno, a avaliação diagnóstica, para definir o nível de cada aluno ou da turma.

É no planeamento que constam as modalidades abordar em cada período em detrimento ao ano letivo. E tendo em conta as instalações da escola estarem obras, tivemos que trocar duas modalidades de período, pois não tinhamos o espaço pretendido para a lecionação de cada modalidade. Sobre estas alterações, Ribeiro, A. (1999) diz-nos que os modelos de organização curricular disponíveis não existem, na prática, sob formas “puras” e estão sujeitos a evolução ou adaptações, permanecendo sempre a hipótese de invenção de novos tipos de estrutura curricular, em função das realidades concretas do ensino.

De igual modo, também foi efetuado um planeamento do roulement das instalações desportivas em conjunto com os nossos colegas do grupo de estágio. Este documento tem a utilidade de apresentar a zona de aula disponível para cada professor, a cada dia da semana. A rotatividade dos espaços fez-se de semana após semana, pois havia o pavilhão

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disponível (dividido em três zonas), a bancada do pavilhão e por vezes o campo exterior que dá um total de cinco zonas disponíveis para as aulas de educação física. Sempre que necessitávamos de uma determinada zona dos espaços disponíveis, devido a uma aula específica, todos os professores mostraram-se muito afáveis disponibilizando o espaço que pretendíamos. Importante referir que o roulement era atualizado no início de cada período escolar.

Posto isto, o planeamento centra-se basicamente em três pontos específicos:

- Planeamento Anual;

- Unidades Didáticas;

- Planos de aula.

3.1.1. Plano Anual

O Plano Anual tem o propósito de perspetivar todo o trabalho realizado ao longo do Ano Letivo, concretamente o processo de ensino-aprendizagem, como também as atividades englobadas no Programa de Estágio, sendo um documento muito importante no planeamento das nossas ações durante o ano letivo.

Na fase de conceção do plano anual, tornou-se facilitada desde que soubemos que este já tinha sido realizado pelo Departamento de Educação Física da Escola antes do início do ano letivo. Deste modo, fomos informados que podíamos alterar este mesmo plano, definindo por nós próprios o número de blocos de cada Unidade Didática e ainda podíamos modificar as modalidades definidas para cada período, devido às construções existentes na escola.

Através das avaliações diagnóstica de cada modalidade, elucidámos e adaptámos um conjunto de objetivos e competências terminais a alcançar. E para alcançar esses mesmos objetivos, definimos estratégias ao longo do ano letivo, principalmente no que respeita às dimensões do processo ensino aprendizagem (organização, gestão, clima e disciplina) e de forma mais específica no que concerne à abordagem de cada modalidade.

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Este plano teve em ponderação os espaços disponíveis na escola e as modalidades a abordar em cada ciclo de ensino, regendo-se por um mapa de rotação de espaços (roulement) o que definiu a modalidade a abordar em função do espaço disponível.

3.1.2. Unidades Didáticas

As Unidades Didáticas são um documento essencial para o programa de uma disciplina, constituindo unidades fundamentais e integrais do processo pedagógico, apresentando aos professores e alunos etapas claras e bem distintas de ensino e aprendizagem (Bento 2003, p. 75). Estas foram construídas com base no programa presente no Programa Nacional de Educação Física (2003), e no documento de Agata Aranha intitulado como “Organização, Planeamento e Avaliação em Educação Física”.

A concretização das Unidades Didáticas foi um instrumento de trabalho fundamental à orientação da intervenção pedagógica pelo fato de constarem: a população alvo, os recursos materiais para cada modalidade, os objetivos a atingir, a estrutura (sequencialização) de conteúdos, os métodos de controlo de processo e as estratégias abordadas.

As Unidades Didáticas tiveram como ponto de partida nos resultados dos alunos nas avaliações diagnósticas de cada modalidade. Depois de observarmos as prestações dos alunos nas avaliações diagnósticas, definíamos o nível da turma e então era a partir daqui que escolhíamos os objetivos gerais para a turma. De referir que este documento foi várias vezes sujeito a alterações em função do desempenho dos alunos.

Ao longo do ano letivo, foram realizados quatro Unidades Didáticas, distribuídos pelos três períodos. No 1º período foi elaborado apenas uma Unidade Didática referente a uma modalidade de foro coletivo. (Basquetebol). Já no 2º período, foram realizadas duas Unidades Didáticas de foro individual (Ginástica de Solo e Atletismo – Velocidade). Por fim no 3º período foi executado a ultima Unidade Didática de uma modalidade coletiva (Badminton).

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3.1.3. Planos de aula

No planeamento, a última fase foi a elaboração dos planos de aula, porque estes constituem a unidade básica do planeamento. No início do ano letivo foi elaborado um modelo de plano de aula, pelo núcleo de estágio, estruturado em três partes: a primeira deve conter, todas as informações que permitem identificar a escola (núcleo de estágio), o professor (estagiário), a data e a hora da aula, o tempo horário, o ano e a turma a quem se dirige a aula, a unidade didática da qual se retiram os objetivos do plano, correspondente à U.E. a ser lecionada, o total de aulas já lecionadas, inclusive, bem como o número de aulas lecionadas naquela U.E. e também a instalação onde vai decorrer a aula. Ainda na primeira parte deve conter, os objetivos específicos daquela aula, a função didática e os conteúdos que fazem parte da aula e por último o material a ser utilizado na aula. Na segunda parte é onde estão descritos os objetivos operacionais, como a ação, o contexto e os critérios de êxito de cada exercício. Na terceira parte e última, é onde estão as estratégias de controlo/organização, a sequência das tarefas e o tempo parcial de cada momento da aula. O plano de aula foi sempre organizado em conformidade com a Unidade Didática e com a devida clareza e objetividade que este documento deve possuir.

Durante o primeiro período, quando reuníamos com a nossa orientadora de estágio, tivemos que ajustar o plano de aula consoante as ajudas que obtínhamos. Mesmo nos exercícios aplicados, fomos alertados e aconselhados a melhora-los.

No que consta ao planeamento das aulas, determinamos realizar exercícios analíticos para ajudar os alunos e superar dificuldades. No entanto, procuramos que as aulas culminassem sempre com o jogo de acordo com a Unidade Didática, motivando os discentes e aplicando regras de conduta através de regras das modalidades.

Depois de terminada cada aula, realizávamos o balanço da mesma. As reflexões daí resultantes contribuíram para pensar, analisar e fazer uma auto-observação acerca das nossas intervenções pedagógicas. Para ter uma opinião a não ser a minha, pedia aos meus colegas estagiários as suas opiniões e onde deveria melhorar. Deste modo obtinham outras opiniões sobre as minhas aulas a não ser a minha.

Por fim, importa salientar que o plano de aula procurou respeitar a sequência de conteúdos delineada na unidade didática, mas não se restringiu a esta orientação, tendo também em conta a progressão dos alunos em relação aos objetivos definidos.

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3.2. Realização

Depois de executarmos o planeamento do processo de ensino, seguiu-se o momento da realização, ou seja, da intervenção pedagógica na aula de Educação Física, onde é conduzido para a prática o que planeamos previamente.

Sobre este momento, a realização, Siedentop (1998), indica quatro dimensões: a intrusão, gestão, clima e disciplina. Todas elas estão sempre presentes simultaneamente em qualquer episódio de ensino. Segundo Aranha. A. (2004), as destrezas que compõem estas dimensões interrelacionam-se, não devendo, por isso, ser entendidas cada uma por si, mas sim como um conjunto sólido que quando corretamente dominado permite ao professor a prática de um ensino eficaz.

3.2.1. Instrução

Sobre a dimensão instrução, esta pode estar organizada com as técnicas de intervenção pedagógica relativamente à preleção (instrução), questionamento, feedback e demonstração. Esta dimensão apresentou-se bastante importante e difícil de aplicar durante o decorrer do ano letivo.

Relativamente á preleção inicial o aspeto da segurança, é um fator bastante importante de dar enfase. O professor deverá instruir sempre as regras de funcionamento, conduta, disciplina e também a manipulação do material durante as aulas, para evitar colocar em rico a integridade física dos alunos. Ainda na preleção inicial, explicavamos como se ia proceder a aula e como os alunos iriam estar organizados. Aqui a linguagem utilizada, foi sempre uma linguagem clara, objetiva e adequada aos alunos, sempre com um tom de voz audível. A posição em relação aos alunos em cada instrução para cada exercício foi sempre com os alunos á nossa frente (em meia-lua, ou em xadrez), de modo a conseguir observar toda a turma. Relativamente á informação dada aos alunos teve em atenção de não consumir muito tempo de aula.

No âmbito do questionamento aos alunos, este foi utilizado em quase todas as aulas, de forma que os alunos estivem sempre atentos à instrução de cada exercício ou gesto técnico novo. Esta dimensão era aplicada no final de cada instrução dos exercícios e

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também na instrução final, como forma de resumo da aula, com o propósito de verificar se os alunos absorveram os conteúdos transmitidos, e contribuir assim para a avaliação formativa dos alunos.

No que diz respeito ao feedback pedagógico, este foi um aspeto muito importante na qual nós demos determinada relevância. Apostamos continuamente em feedbacks positivos, de modo a motivar e informar o aluno com a função de influenciar a qualidade do desempenho motor a cada gesto técnico, de forma atingir os objetivos da aprendizagem. Utilizamos também ciclo de feedback´s, no entanto este inicialmente não foi emitido da melhor maneira. Deveríamos prestar mais atenção ao aluno em questão depois de emitir o primeiro feedback, mas como tínhamos também que controlar a turma, perdíamos um pouco ao projetar o segundo feedback. Mas ao longo do tempo, conseguimos aperfeiçoar este aspeto. Em relação ao nosso posicionamento e circulação durante a aula, para observar os alunos e emitir feedback´s, tentamos que fosse o mais adequado possível, não virando costas á turma e circulando sempre por fora do exercício.

No que respeita á demonstração, esta foi composta sempre antes de cada exercício, com o objetivo de a turma compreender melhor o gesto técnico e consequentemente o exercício em si. No início de cada Unidade Didática era o professor que realizava a demonstração com a melhor técnica, mas depois de conhecer os alunos em cada modalidade, passaram a ser os melhores alunos a demonstrarem o gesto técnico e exercício, fazendo deles agentes de ensino. Seguindo este critério de seleção, a escolha dos alunos era sempre alternada de aula para aula, escolhendo os alunos que executavam melhor o gesto técnico.

O nosso objetivo em todas as aulas foi criar aulas, com elevado tempo de empenhamento motor e de aprendizagem. Cativar alunos para a atividade física, reforçando regras e disciplina nos jovens e combatendo conflitos.

3.2.2. Gestão

Segundo Aranha A., (2004) a dimensão instrução refere-se aos “procedimentos relacionados com a promoção de estruturas de organização e também aos comportamentos do professor que visam produzir elevados índices de envolvimento dos alunos com a matéria de ensino, tais como a gestão das situações de aprendizagem, de organização, de

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transição e do comportamento dos alunos”. Por fim Aranha (2004) ainda nos diz que esta dimensão tem por âmbito “todos os comportamentos e destrezas técnicas de ensino que fazem parte do reportório do professor para rentabilizar o tempo útil da aula”.

Desde cedo procuramos criar regras nesta dimensão, buscando reduzir os períodos de transição e instrução entre exercícios, por um aumento de empenhamento motor. Outra regra bastante importante que impusemos na turma foi a pontualidade, onde quem chegasse atrasado era penalizado nessa mesma aula, por isso tive sempre em conta em avisar os alunos acerca desta situação.

Optamos por várias estratégias de organização da turma e também utilizamos várias vezes o processo de chamada rápida. As estratégias utilizadas para a organização da turma foram feitas em ou em meia-lua de frente para o professor ou em xadrez, organizados pelo campo. Estas técnicas foram utilizadas tanto no aquecimento (mobilidade articular) como nas instruções. Quando era necessário equipas para determinado exercício, estas eram preparadas não durante a aula, mas sim como trabalho de casa do professor. Realizamos equipas heterogéneas e homogéneas, dependo da modalidade em questão ou da qualidade dos alunos para a mesma. Para o processo de chamada rápida dos alunos, empregamos sempre o mesmo método ao longo do ano letivo que foi a contagem decrescente. Desde que a contagem decrescente acabava, quem chegasse depois desse instante era penalizado com um trabalho físico na hora enquanto a aula continuava.

Sobre as estratégias de trabalho, houve por vezes uma diferenciação dos alunos por níveis de aprendizagem (sem haver discriminação); trabalhos de grupo, a pares e/ou individual. O trabalho de pares misto também foi muito utilizado, pois como os rapazes eram mais habilitados ajudavam as raparigas no sentido de orientar, intencionalmente e corretamente a colocação de bola facilitando a sua receção por parte destas, dando oportunidade de continuar o jogo, sem haver perda de tempo com reposição de bola, verificando-se o aumento da motivação e empenho (este exemplo serve para a modalidade basquetebol).

Os alunos que não faziam a aula prática por motivos médicos ou outros, eram envolvidos em tarefas de organização de material, arbitragem, controlo de comportamentos e em relatório das aulas.

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No que respeita à gestão do tempo, este inicialmente nem sempre era rigorosa, não seguindo à risca os tempos delineados no plano de aula. Perdíamos um pouco na instrução inicial, onde faziamos a chamada dos alunos, passando sempre o tempo que tinha delineado. Deste modo o professor orientador deu-me uma sugestão, que seria não fazer a chamada na instrução inicial, mas sim no aquecimento, apenas observando os alunos. Com isto os tempos melhoraram bastante, não perdendo empenhamento motor nos exercícios aplicados.

3.2.3. Clima

A dimensão clima, tal como todas as outras, é bastante importância na aula de educação física, esta dimensão abrange as interações pessoais, as relações humanas e o ambiente que condiciona, visando o clima da aula positivo (Aranha A., 2004). É primordial realizar um conjunto de situações coerentes, harmónicos e eficazes para que os alunos se sintam bem dentro da mesma e que possa haver as melhores condições, em termos das interações pessoais, relações humanas e ambiente caloroso.

Desde cedo nos apercebemos que esta dimensão iria ser a mais difícil em conjunto com a dimensão disciplina, perante as informações que obtivemos na primeira reunião de turma e também no primeiro dia de aula, na apresentação. Na reunião foi-nos transmitida a informação que a turma era bastante complicada a nível disciplinar e com muitos problemas, tanto a níveis pessoas como a níveis académicos e para termos a noção, existiam nove repetentes numa turma de vinte e nove alunos (turma bastante grande). Perante isto, optamos por realizar um controlo á distância efetivo, sem dar muita confiança aos alunos para estes não abusarem e para que os alunos sentissem sempre a nossa presença, mas sempre com bastante entusiasmo, interesse, inovador e também encorajador. De modo a que os alunos estivessem motivamos e acima de tudo houvesse um clima positivo durante as aulas. Ao longo do ano letivo, fomos mudando a nossa postura perante os alunos, sendo menos ríspido com estes, de modo a garantir um pouco de mais confiança na relação com o professor. Contudo não facilitamos quando deveria castigar algum aluno, para este não voltar a fazer o mesmo.

Tentamos constantemente que as atividades envolvessem um forte clima de cooperação, entreajuda e espírito de grupo. Incutimos hábitos, rotinas e formas de estar nos

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alunos para que o funcionamento das aulas fosse conseguido. Como tal, e como já dissemos anteriormente o relacionamento entre alunos e professor foi gradual e benéfico.

3.2.4. Disciplina

No que respeita à dimensão disciplina, esta na nossa opinião está principalmente relacionada com a dimensão anterior (dimensão clima), não colocando de parte as restantes. Aranha A., (2004), diz-nos que a dimensão disciplina “refere-se a procedimentos relacionados com a promoção de comportamentos apropriados e os comportamentos do professor visam à modificação de condutas inapropriadas em condutas uteis e produtivas, tais como a diminuição/modificação e promoção de comportamentos apropriados”.

Como já referimos anteriormente, a turma a qual lesionávamos as aulas tinham bastantes problemas ao nível da disciplina e inicialmente uma das minhas principais preocupações debateu-se em contornar esse problema. Estes dificilmente cumpriam regras, chegando várias vezes atrasados, desrespeitavam os colegas e sempre muito barulhentos, porém respeitavam sempre as minhas indicações. Perante tal situação, aplicamos várias estratégias, como direcionar as aulas para situações lúdicas, propondo atividades que os atraíssem, promover competição de forma natural aumentando o empenho dos alunos e também a entreajuda entre eles. Apostamos na transmissão de feedbacks positivos, para que os alunos se sentissem premiados pelo seu esforço.

Com estas estratégias adotadas, proporcionou-nos um clima mais harmonioso e um maior tempo de empenhamento motor como também auxiliasse a nossa intervenção durante a mesma, possibilitando estar mais concentrado nos erros dos alunos e na sua correção.

3.3. Avaliação

“A avaliação refere-se á recolha de informações necessárias para um (mais) correto desempenho. É um regulador por excelência de todo o processo ensino-aprendizagem. É a consciência do próprio sistema educativo” (Aranha A., 2004).

É nesta etapa que é concretizada toda avaliação do processo ensino-aprendizagem e tem como objetivo readaptar todo este processo, de modo a aperfeiçoar no que respeita ao planeamento e á realização. Para isso foi constantemente analisado o processo

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desenvolvido durante o ano e avaliado o trabalho desenvolvido pelo professor e pelos alunos.

O processo de ensino-aprendizagem é controlado a partir de três momentos de avaliação, que decorrem ao longo da Unidade de Ensino: uma avaliação inicial, diagnóstica, uma avaliação intermédia, formativa, e uma avaliação final, sumativa (Aranha, 2004).

3.3.1. Avaliação Diagnostica

Esta avaliação foi efetuada na primeira aula de cada Unidade didática, que apresenta como objetivo identificar o nível e a capacidade, a nível motor, da turma, assim como as condições de ensino, tais como material, instalação, etc., para permitir um ajuste da unidade didática, previamente elaborada, com base na realidade encontrada. Com vista a realização desta avaliação, efetuamos uma ficha de observação e registo de comportamentos. Esta permite registar as informações que se entendam como necessárias.

Para a realização da avaliação diagnóstica, foi utilizada uma aula de noventa ou quarenta minutos, com propósito de avaliar as ações dos alunos. É de salientar que a avaliação dos gestos técnicos é fundamentalmente para posteriormente observar se houve evolução (ou não) dos mesmos, não sendo primordial este parâmetro, nem decisivo na avaliação final do aluno. A escolha dos critérios de avaliação foi efetuada em conjunto com o professor orientador, apoiadas no programa de Educação Física para o 3º ciclo.

O registo da avaliação era realizado de forma direta na ficha, através de situações de exercícios critério/sequências (técnica) e/ou situações de jogo reduzido (técnica e tática), consoante cada unidade didática. A cada critério correspondia um nível de desempenho de 0 a 3, sendo o 0) não executa (nenhum critério de êxito); 1) executa mal (um critério de êxito); 2) executa bem (dois critérios de êxito); 3) executa muito bem (três critérios de êxito). No final, a percentagem obtida na avaliação diagnóstica, é registada na ficha da avaliação formativa. Posteriormente era atribuído a cada aluno, com base na avaliação obtida em cada critério, a classificação de nível: não introdutório, introdutório, elementar ou avançado.

Através desta avaliação, foram concebidos os diferentes grupos de nível existentes na turma, bem como os conteúdos onde os alunos apresentaram maiores dificuldades. Foi

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possível planear as aulas em função destes pressupostos, o que possibilitou adequar as formas de trabalho para alcançar os objetivos a curto e longo prazo.

3.3.2. Avaliação Formativa

A avaliação formativa decorreu em todas as aulas da Unidade de Ensino, sendo que para esta avaliação também efetuei fichas de observação e registo de comportamentos a nível individual, que permitiu-nos alcançar o máximo de informações relacionadas com o processo de ensino-aprendizagem, para que seja possível ajustar as decisões tomadas em função das condições encontradas (Aranha, 2004). É esta avaliação que nos permite retirar as informações para proceder à classificação do aluno ao nível dos três domínios: domínio socio-afetivo, domínio cognitivo e domínio psicomotor. (Aranha, 2004). Como referido em cima, os alunos serão avaliados em todas as aulas, sendo avaliado cada um dos domínios. A observação direta dos comportamentos dos alunos durante as aulas foi a estratégia utilizada.

3.3.3. Avaliação Sumativa

Avaliação Sumativa ocorreu sempre na última ou nas últimas duas aulas de cada Unidade didática, sendo precisamente igual à diagnóstica, inclusive utilizamos a mesma ficha de observação e registo de comportamentos que foi utilizada na avaliação diagnóstica, para que se possa proceder à comparação dos resultados obtidos inicialmente e dos alcançados no fim da Unidade Didática, atribuindo-lhes uma classificação quantitativa. Esta avaliação permitiu-me medir o produto, de modo a analisar o grau de sucesso do processo de ensino-aprendizagem. Um ponto importante desta avaliação, foi avaliar o nosso próprio trabalho durante a unidade didática.

A anotação desta avaliação relativamente às competências do domínio psicomotor realizou-se de forma direta na ficha, através da observação dos elementos técnicos e táticos (ofensivos e defensivos), que constituíam os objetivos propostos a alcançar e que os alunos deveriam realizar com sucesso no final da Unidade Didática, em situação de exercício/sequência e/ou de situação de jogo reduzido, consoante as Unidades Didáticas. Os resultados obtidos foram registados na ficha de Avaliação Sumativa através da atribuição

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de um nível de desempenho, de acordo com uma escala de 0 a 3, sendo o 0) não executa (nenhum critério de êxito); 1) executa mal (um critério de êxito); 2) executa bem (dois critérios de êxito); 3) executa muito bem (três critérios de êxito).

Sobre os alunos que apresentavam atestado médico, estes alunos não foram avaliados no domínio psicomotor, pelo que a sua avaliação incidiu nos outros dois domínios, cognitivo e sócio afetivo. A classificação final destes alunos será o somatório dos dois domínios aos quais serão avaliados (Cognitivo e Sócio Afetivo).

3.4. Componente Ética-Profissional

O professor é um meio de transmissão de informações, conhecimentos e de modelo para os alunos. Neste sentido esta componente gira em torno de valores, regras de conduta e princípios.

Durante o ano letivo julgamos ter tido uma conduta adequada perante não só com os alunos (turma) mas também com todo o envolvente da escola desde funcionários, professores, etc., demonstrando pelas nossas ações de respeito para com todos. Tentamos interagir com todos os docentes, mas principalmente com o nosso departamento, onde tínhamos reuniões frequentemente. O principal objetivo desta interação era muitas vezes resolver problemas escolares dos alunos, ou então sobre atividades a realizar durante o ano. Esta ocupou-nos bastante tempo na concretização, pois realizamos e ajudamos em várias atividades durante o ano letivo.

Em termos do desenvolvimento profissional, a pesquisa autónoma esteve sempre presente de forma a potenciar as nossas aprendizagens. A preparação de todo o conteúdo escolar durante o ano letivo, as constantes revisões bibliográficas realizadas, as questões dispostas aos meus colegas estagiários e ao professor orientador, e os momentos da concretização dos balanços de cada aula e atividade, deu para comprovar que só através de uma aprendizagem contínua podemos progredir no sentido de nos tornarmos melhores profissionais. Fomos sempre muito responsáveis sobre os compromissos assumidos durante o ano letivo, com as exigências que a escola e o estágio proporcionam, com a assiduidade e pontualidade foram pontos em que nada facilitei. Sobre a atitude perante os alunos, propagamos valores positivos demonstrando sempre bom profissionalismo nas ações realizadas. Sobre a nossa disponibilidade para com os alunos e para com a escola,

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durante o ano letivo houve uma tremenda recetividade em estar na escola, tanto para atender a necessidades por parte dos alunos como de parte de qualquer atividade da escola, como já referi anteriormente. Tentamos empenhar ao máximo e entregamo-nos totalmente a esta questão.

4. Ensino Aprendizagem

4.1. Aprendizagens Realizadas como Estagiário

Foi durante o estágio onde adquirimos grandes aprendizagens e onde evoluimos bastante como professor, como profissional e também como pessoa. Assim neste ponto, exponhomos algumas aprendizagens alcançadas no âmbito do estágio pedagógico, através de uma análise reflexiva sobre experiencias vividas, sobre intervenção pedagógica e aprendizagens realizadas no que diz respeito às três grandes competências profissionais da prática docente: Planeamento, realização e Avaliação.

No que diz respeito ao planeamento, ao longo do ano letivo foram produzidos vários documentos com diferentes objetivos (plano anual, unidades didáticas e planos de aula), no sentido de podermos adapta-los. Podemos afirmar que evoluímos imenso neste processo com o feedback emitido pelo orientador e também pelo conhecimento adquirido durante o estágio, pois nos anos anteriores não tínhamos muita experiencia neste campo e também não tínhamos rotinas de planeamento o que levou a sermos autodidáticos, mas sempre com ajudo do orientador. Melhoramos significativamente nas planificações, na elaboração dos documentos e nos seus objetivos. Foi no plano de aula que sentimos uma maior evolução, realizando-os com inovação, rigor e com uma sequência logica adaptados aos diferentes níveis dos alunos.

Relativamente á realização mais precisamente á dimensão instrução, não tivemos grande problemas, mas fomos sempre evoluindo através da aplicação e treino. Recorremos a uma organização onde os alunos estavam sempre á minha frente em meia-lua (de pé ou sentados), de forma a controlar toda a turma. Nesta dimensão tentamos seguir á regra o plano de aula, para não perder tempo de empenhamento motor. Inicialmente ultrapassavam o tempo estipulado mas com a experiência que adquirimos, melhoramos progressivamente ao diminuir o tempo de instrução, aumentando o empenhamento motor dos alunos. Desde cedo aplicamos um discurso sucinto e completo para não haver duvida na turma e para isso

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ainda questionávamos os alunos no final da instrução de forma a averiguar se as aprendizagens cognitivas estavam a ser absorvidas.

No que concerne á dimensão gestão pedagógica, evoluímos bastante no que toca á organização dos exercícios e do espaço do mesmo. Em muitas das aulas possuíamos um espaço muito limitado para realizar os exercícios propostos, neste sentido, podemos afirmar que conseguimos adaptar ao longo do ano letivo de uma forma progressiva. Em relação á organização dos exercícios da aula, conseguimos entender que não alterando a organização de todos os exercícios (adicionando variantes), ganharíamos mais tempo de empenhamento motor, pois não perdíamos tempo na instrução do exercício e também na reestruturação do mesmo. Uma estratégia onde conseguíamos aumento o empenhamento motor dos alunos era montar os exercícios antes de a aula começar. Deste modo não perdíamos tempo durante a aula para montar todo o material necessário. Por ultimo e não menos importante no que diz respeito à gestão pedagógica, outra estratégia que pensamos ter alcançado com maior prontidão foi a capacidade de posicionamento e circulação pelo espaço de aula de forma a garantir o controlo total da turma. Desta forma conseguimos alcançar uma perceção global e o controlo eficaz das diversas situações, detetando e prevendo situações de risco.

No que diz respeito á dimensão clima e á dimensão disciplina, como já referimos anteriormente, estas inicialmente não conseguimos manter uma relação muito saudável com a turma devido á falta de disciplina destes e também devido ao meu distanciamento. Quando havia indisciplina durante as aulas, aprendemos que ao agir rapidamente com o aluno teríamos melhores resultados posteriormente. Ainda sobre a falta de disciplina e a falta de clima entre aluno/aluno e aluno/professor, percebemos que é essencial aumentar os níveis de motivação e empenhamentos dos alunos, definindo estratégias para estas, como por exemplo aumento o feedback positivo. Desta maneira conseguimos que os alunos ficassem mais recetivos aos exercícios aplicados, de modo a evitar quebras de aula e principalmente aumentar os níveis de disciplina e um melhor ambiente durante a aula. Outra estratégia adotada foi a necessidade de dialogar com a turma antes e depois de cada aula, de modo a aproximarmos do estado emocional dos alunos. Com estas estratégias utilizadas, posso afirmar que ao longo do ano a disciplina e o clima da turma progrediram bastante.

Relativamente ao parâmetro da avaliação, sentimos que evoluímos bastante no momento de realizar e executar um sistema de avaliação e obtemos diferentes

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competências resultantes da prática pedagógica. O fato de realizar os mesmos exercícios nas avaliações diagnósticas e sumativas beneficiou de certa forma os alunos e ao professor. Esta estratégia foi comunicada aos alunos logo na primeira aula de cada unidade didática, pois era o melhor processo a ser aplicado de modo a beneficiar ambos. Melhoramos bastante na execução de fichas de avaliação, sobretudo devido á ajuda do professor orientador que nos deu bastante dicas e alguns exemplos. Por fim podemos afirmar que melhoramos também na observação dos exercícios que os alunos executavam.

4.2. Compromisso com as aprendizagens dos alunos

O ano de estágio foi um ano em que apenas tivemos uma turma para a lecionação das aulas, deste modo tivemos que comprometer-nos com a turma 8ºB em relação às aprendizagens dos alunos. Assim toda a dedicação e empenho foram em prol à turma em questão.

Na apresentação da turma no início do ano letivo, tivemos uma conversa professor/turma onde consideramos que este processo deve estar sempre centrado no aluno, tendo em conta os seus interesses e necessidades, sendo que cada aluno deveria ser autónomo, com competência de análise e decisão.

Nas diferentes unidades didáticas, oferecemos tarefas, tempos e sequências de aprendizagem diferentes devido aos diferentes níveis dos alunos, assim, permitiu-nos orientar o processo de ensino mais individualizado no sentido de promover as aprendizagens de todos os alunos. Neste sentido, apesar da diferenciação pedagógica, procuramos sempre garantir a igualdade pratica, não discriminando nenhum aluno e conservando uma atitude imparcial em relação a todos os alunos e grupos de nível. Durante as aulas, tivemos o cuidado de estimular os alunos, através do reforço, feedbacks de qualidade e exercícios motivadores no sentido a propagar um clima favorável à aprendizagem

Por fim, importa salientar que nos responsabilizámos a refletir acerca a prática pedagógica, buscando cada vez mais facultar situações e momentos de aprendizagem promotores e enriquecedores das aprendizagens dos alunos.

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4.3. Inovação nas práticas pedagógicas

Dentro da inovação nas práticas pedagógicas, procurámos sempre apresentar imaginação e inovação nos exercícios aplicados. Sempre que possível foi aplicado um aquecimento com jogos lúdicos em vez do aquecimento “tradicional”, tendo em vista uma melhoria do processo de ensino-aprendizagem e um aumento da motivação dos alunos para as aulas de Educação Física, garantindo o seu empenhamento.

5. Dificuldades e necessidades de formação

5.1. Dificuldades sentidas e formas de resolução

Na apreciação de Veenman em 1984, citado por Ruas (2001), “para a maioria dos estudantes este é o primeiro ano de responsabilidade de docência de uma turma de Educação Física, feita por um processo intenso de aprendizagem quase sempre por ensaio-erro”.

No âmbito do estágio pedagógico e no decorrer do ano letivo as dificuldades foram surgindo, mas foi no início do 1º período onde sentimos mais dificuldades por falta de experiência. Com um maior número de aulas lecionadas, vários erros foram retificados e colmatados ao longo do tempo, com ajuda do professor orientador e também dos nossos colegas estagiários.

No que diz respeito às dimensões de intervenção pedagógica, como já referimos anteriormente, sentimos uma maior dificuldade em duas delas, na dimensão disciplina e na dimensão clima, devido ao comportamento que a turma tinha durantes as aulas. A disciplina dos alunos durante os exercícios foi um problema tremendo durante o 1º período. Estes problemas levaram a que não houvesse um clima tão favorável entre os alunos e professor. Perante isto e durante principalmente no primeiro período fomos obrigados a ser mais ríspidos com os alunos, não dando tanta confiança á turma de modo a que estes não abusassem, mas sempre com uma presença muito ativa durante as aulas. Sempre que havia um comportamento menos adequado, era aplicado uma sansão ao aluno no mesmo momento, avisando-o para não acontecer o mesmo.

Para contornar o mau comportamento dos alunos, um controlo maior da turma e para melhorar o clima entre todos, utilizamos várias estratégias, como realizar atividades que

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atraísse mais a turma, promover uma competição amigável amplificando o empenho dos alunos e também a entreajuda. Direcionamos as aulas para situações mais lúdicas, preferindo por uma transmissão de feedbacks positivos, de modo a que os alunos sentissem recompensados pelo seu esforço. Tentamos também que os exercícios envolvessem um forte clima de cooperação e espirito de grupo, para melhorar o clima entre os alunos. Incutimos hábitos, rotinas e formas de estar na turma para que o funcionamento das aulas fosse alcançado.

Com estas estratégias aplicadas, o clima entre alunos/professor e alunos/alunos melhorou consideravelmente, podendo-se ver um clima mais harmonioso. A disciplina dos alunos também progrediu para melhor, conseguindo um maior empenhamento motor durante as aulas. Perante isto, ao longo do ano letivo fomos alterando a nossa atitude com os alunos, sendo menos severo com a turma em geral. Com isto conquistamos a confiança da turma, de modo a que não houvesse incidentes ou maus comportamentos durante a aula.

Em relação á nossa colocação e movimentação no espaço da aula (onde obtive alguns erros) foi um problema que foi corrigido mais tardiamente. Isto porque inicialmente a nossa inquietação era controlar a disciplina dos alunos e observar a turma e gerindo a aula da melhor forma possível. Depois destes problemas serem corrigidos, começamos a ter mais atenção a forma como me dispunha na aula de forma a ter sob o meu campo de visão todos os alunos e de forma a fazer sentir a minha presença onde quer que estivesse. Sobre os deslocamentos, fomos alertados pelo professor orientador e apos isso começamos a deslocar sempre por fora do exercício em questão.

Outra das dificuldades demonstradas esteve relacionada com a capacidade de tomar decisões de ajustamento. Sugerimos seguir à risca o plano de aula de cada aula, para tudo se tornar mais fácil, pois estaria a garantir que estavam a ser promovidas as aprendizagens da forma mais apropriada. Todavia, entendemos que se ao invés de apenas modificarmos e reajustarmos o processo de ensino de uma aula para a outra depois da reflexão pós aula, seria muito mais benéfico em termos de tempo e eficácia na aprendizagem se conseguíssemos tomar decisões de ajustamento no momento. Assim, procuramos aula a aula ir melhorando a nossa capacidade de leitura no decorrer dos exercícios, percebendo se seria necessário modificar alguma tarefa, reajustá-la, ou mesmo dedicar um maior tempo de aprendizagem à mesma. Um dos aspetos que também levou a esta gestão da aula foi

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devido às equipas já previamente definidas. Pois muitas das vezes alguns alunos faltavam às aulas e assim tínhamos que refletir nas equipas novamente de modo que houvesse equidade entre elas.

5.2. Dificuldades a resolver no futuro e formação contínua

No que diz respeito às dificuldades a resolver no futuro, importa salientar algumas dificuldades que senti durante o ano letivo e onde progredimos imenso, nomeadamente no controlo da turma, a nível da disciplina da turma e clima entre aluno/aluno aluno/professor. Julgo pertinente aperfeiçoar estas e também as estratégias de castigo, pois inicialmente tivemos alguma apreensão de as aplicar, talvez por “medo” e falta de experiencia. Sendo assim, admitimos que no futuro será fundamental continuar a investir na nossa formação no que diz respeito ao controlo da turma e ao seu clima. Iremos trabalhar no sentido de atingir uma boa disciplina dentro da turma e também um clima harmonioso entre todos durante as aulas.

Seguindo o planeamento anual que o núcleo de Educação Física realizou antes de iniciarem as aulas, é evidente que apenas abordamos as modalidades que nelas continham para o 8º ano. Deste modo, não abordamos todas as matérias que teremos de lecionar no futuro, no que se pode tornar numa dificuldade nas modalidades onde o conhecimento é menor. Para contornar isso, durante o ano letivo observamos todas as aulas dos nossos colegas estagiários, estando mais atento nas modalidades que não abordei. Será importante investir na formação nestas modalidades onde usufruo menos conhecimentos de modo a ter uma maior segurança na transmissão de conteúdos.

Segundo Estrela M., e Freire I., (2009), “A educação escolar é, atualmente, um campo de ação em constante mutação. Mudanças organizacionais, curriculares, extra curriculares e outras, definidas no quadro de sucessivas reformas e políticas educativas, exigem dos professores novos papéis e novas competências”. Portanto percebemos que o professor carece de formação contínua para a sua evolução profissional, de forma alcançar o sucesso no desempenhar das suas funções. Perante isto, se um dia voltar a lecionar aulas de Educação Física, o meu objetivo será adquirir movas competências e aperfeiçoar as competências pedagógicas já adquiridas ao longo do estágio e aprofundar os seus

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conhecimentos profissionais da prática docente e específicas da Educação Física de uma forma sempre atualizada.

6. Prática Pedagógica Supervisionada

Ao longo do ano letivo, o supervisor (professor orientador), teve um papel fulcral na nossa intervenção pedagógica, acompanhando as nossas ações a nível das três grandes competências profissionais da prática docente: Planeamento, realização e Avaliação.

Apesar de o supervisor mostrar sempre disponível e bastante rigoroso, possibilitou-nos a promover a possibilitou-nossa autonomia, autoconhecimento, capacidade de reflexão e de desfazer os nossos próprios dilemas face á pratica do docente, isto levou a que fossemos produzindo uma identidade pessoal e profissional com o objetivo de para o futuro nos adaptarmos a diversos contextos de ensino. Mesmo tendo alguma autonomia, o supervisor tem como função facultar informação relevante atualizada, mostrar sentido crítico com os estagiários, facultar saberes experimentais e ainda deverá ser capaz de relatar, interpretar, informar e negociar, em função dos objetivos e necessidades de formação do aluno que orienta. Importa realçar que no início de cada semana de estágio, o grupo de estágio reunia-se com o supervisor de forma a realizar uma reflexão geral referente á pratica do docente da semana anterior, com os objetivos acima referidos.

Perante estes aspetos, julgamos que o supervisor foi uma importante ajuda nas aprendizagens ao longo do estágio, foi um supervisor sempre presente e empenhado nas nossas dificuldades, propondo sempre alternativas no processo de ensino da disciplina Educação física. Discutimos, negociamos e refletimos tudo o que se passou nas nossas aulas, ajudando sempre com novas aprendizagens, corrigindo as que utilizamos.

De evidenciar, a importância que os feedbacks dos colegas estagiários tiveram para o nosso desenvolvimento enquanto professor, pois despertaram a vontade em ultrapassar as dificuldades evidenciadas e melhorar tudo o que era suscetível de aperfeiçoamento.

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Conclusão

O estágio curricular foi o processo que assinalou o fim da minha formação inicial. Ao longo de todo o ano letivo que o estágio pedagógico abrange, foram vividos inúmeras situações que contribuíram de forma positiva para a minha formação enquanto docente de Educação Física.

Acredito, que após concluir esta etapa, os meus conhecimentos são mais extensos e mais sólidos, encontrando mais facilmente soluções para os problemas que se podem antevir. A formação é um caminho dinâmico e infindável, do qual o nosso percurso académico e estágio apenas correspondem ao início. É essencial perceber que o processo de formação não se conclua com o estágio. Podemos afirmar que tudo que está á nossa volta está em constante atualização e a disciplina da Educação Física não foge à regra. Novos métodos, novas modalidades, novas teorias, estão sempre a surgir, por isso devemos estar sempre numa constante atualização. Então, posto isto, o professor de Educação Física deve-se manter atualizado acerca estratégias pedagógicas e de intervenção para com os alunos para que todo o seu processo seja inovador.

O estágio pedagógico foi um importante agente formador pedagógico, cívico e emocional no sentido em que promoveu o desenvolvimento de diversas experiencias enriquecedoras quer para o meu trajeto pessoal quer como profissional. Considero que hoje sou uma pessoa mais segura a tomar decisões, mais confiante, mais conhecedora e mais observadora para a necessidade da atividade reflexiva constante como agente estimulador do crescimento individual e coletivo.

Ao longo deste ano, a persistente prática e reflexão pedagógica foram essenciais para o nosso processo de formação, tendo colaborado de forma evidente para o nosso desenvolvimento pessoal e profissional. Neste âmbito, as diferentes experiências formativas efeito de uma supervisão pedagógica constante colaboraram para o aumento do clima positivo do trabalho realizado, contemplando não só um apoio constante na identificação de dificuldades e suporte face aos dilemas que surgiram durante o processo de ensino aprendizagem, como também o estímulo à nossa autonomia, autoconhecimento e reflexão.

Por fim, consideramos que os objetivos delineados no início deste estágio foram conseguidos. Concluímos esta etapa da nossa formação pessoal e profissional com a sensibilidade que todas as experiências vivenciadas, aprendizagens concretizadas e

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conhecimentos adquiridos, permitem-nos hoje apresentar as competências necessárias para o desenvolvimento de uma prática docente na área da Educação Física, de forma eficaz e competente.

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Bibliografia

Aranha, A. (2004). Organização, Planeamento e Avaliação em Educação Física. Série Didática – Ciências Sociais Humanas, 47. Vila Real: UTAD.

Bento, O. (2003). Planeamento e Avaliação em Educação Física. 3.ª Edição, Livros Horizonte. Lisboa.

Estrela, M., & Freire. I., (2009) Revista de Ciência da Educação nº8 Janeiro/abril (2009) - Revista Sísifo

Ribeiro, L. (1999). Tipos de Avaliação. Avaliação da Aprendizagem. Lisboa: Texto Editora. (pp. 75-92).

Ruas, P. (2001). Um olhar reflexivo sobre a prática pedagógica/estágio. Dissertação de mestrado, Faculdade de Ciências do Desporto e Educação Física da Universidade de Coimbra, Coimbra, Portugal.

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Capitulo II – Artigo do Congresso

Relação entre o Índice Massa Corporal e o Nível de Atividade Física

Filipe Oliveira1,2 e Isabel Gomes2, 2013 1 Escola Secundária de Barcelos

2 Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro – UTAD, Vila Real

Resumo

O estudo que nos propomos a apresentar, tem como objetivo principal conhecer o Índice de Massa Corporal (IMC), o nível de Atividade Física (AF) e também tentar encontrar relações entre os mesmos, em função do género. A amostra é constituída por 45 alunos, sendo 23 do género feminino e 22 do género masculino, com idades compreendidas entre os 12 e 16 anos. Os dados recolhidos incidem: no IMC (este dividido em 3 grupos: “baixo peso”; “peso normal” e “excesso de peso”) e no Nível de AF, onde foi utilizado um questionário de Telama et al. (1997). Este último, já foi utilizado na população portuguesa por Ledent et al. (1997). A amostra foi dividida em 4 grupos: “Sedentário”, “Pouco ativo”, “Moderadamente Ativo” e “Muito Ativo”.

Os principais resultados revelam que no nível da AF, 44,40% dos indivíduos estão no nível “pouco Ativo”. Já relativamente ao IMC, 66,70% estão no grupo “normal. Os indivíduos com IMC em “Excesso de peso”, estão em maior número no grupo dos “Pouco Ativo”, comparativamente com os outros (17,80%). Os resultados mostram também que o género masculino é mais ativo do que o feminino, em contrapartida o género feminino é o que tem mais indivíduos em excesso de peso.

Em síntese verificamos que, ambos os géneros, os indivíduos com excesso de peso praticam menos atividade física do que os indivíduos com peso normal.

Palavras-chave: Atividade Física, Índice Massa Corporal, Obesidade; Adolescentes

Referências

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