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A utilização de recursos multimédia no 1º e 2º ciclos do Ensino Básico

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(1)

UNIVERSIDADE DE TRÁS-OS-MONTES E ALTO DOURO Escola de Ciências Humanas e Sociais

Departamento de Educação e Psicologia

Mestrado em Ensino do 1.º e 2.º Ciclos do Ensino Básico

A Utilização de Recursos Multimédia

no 1.º e 2.º Ciclos do Ensino Básico

Paulo Jorge Pimenta Borges

Orientadora: Professora Doutora Ana Paula Florêncio Aires

(2)

II

UNIVERSIDADE DE TRÁS-OS-MONTES E ALTO DOURO Escola de Ciências Humanas e Sociais

Departamento de Educação e Psicologia

Mestrado em Ensino do 1.º e 2.º Ciclos do Ensino Básico

A Utilização de Recursos Multimédia

no 1.º e 2.º Ciclos do Ensino Básico

Paulo Jorge Pimenta Borges

Orientadora: Professora Doutora Ana Paula Florêncio Aires

(3)

III

UNIVERSIDADE DE TRÁS-OS-MONTES E ALTO DOURO Escola de Ciências Humanas e Sociais

Departamento de Educação e Psicologia

A Utilização de Recursos Multimédia

no 1.º e 2.º Ciclos do Ensino Básico

Paulo Jorge Pimenta Borges

Orientadora: Professora Doutora Ana Paula Florêncio Aires

Composição do Júri:

Presidente: Professor Doutor Joaquim Escola

Arguente: Professora Doutora Ana Maria Bastos

Orientadora: Professora Doutora Ana Paula Aires

(4)

IV

Relatório Final, com feição dissertativa, elaborado para a obtenção do grau de mestre em Ensino do 1.º e 2.º Ciclos do Ensino Básico, de acordo com o Decreto-Lei n.º 79/2014 de 14 de maio, que define as condições necessárias à obtenção de habilitação profissional para a docência na Educação Pré-escolar e nos ensinos básico e secundário, bem como o Regulamento n.º 658/2016, de 13 de julho - Regulamento Geral dos Ciclos de Estudo Conducentes ao Grau de Mestre da UTAD.

(5)

V

“Tudo o que um sonho precisa para ser realizado é alguém que acredite que ele possa ser realizado.”

(6)

VI

Agradecimentos

Em primeiro lugar tenho o meu mais sincero agradecimento às pessoas que fizeram de mim o que hoje sou, proporcionando-me a oportunidade de chegar até aqui sabendo que isso os tornaria orgulhosos, obrigado Mãe e Pai.

O meu grande obrigado à Professora Doutora Ana Paula Aires por todas as oportunidades, pela paciência, por ter apostado em mim e confiado naquilo a que eu me propunha a realizar. Obrigado ainda pelas horas despendidas na orientação deste projeto enquanto trabalho e enquanto crescimento pessoal e profissional.

Agradeço à Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro pela instrução que me proporcionou e pela segunda casa que se veio a tornar, onde cresci e aprendi.

A todos os professores da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro com quem tive a oportunidade de trabalhar e a todos os professores cooperantes que nos receberam e nos proporcionaram uma experiência de estágio imprescindível com as “nossas” crianças, o meu obrigado.

Um obrigado muito especial àquela que se tornou uma companhia ao longo destes anos e que se revelou ser para mim como sendo a irmã que nunca tive, Carla. Obrigado pelo apoio, carinho, companhia e amizade que sei que perdurarão para sempre onde quer que a vida agora nos leve. Foram incontáveis horas de estudos, sorrisos e cumplicidades, nos quais não mudaria nada nem trocaria por nada, obrigado por tudo!

O tempo passa mas há amizades que uma pessoa pretende levar para a vida e que são para nós tão importantes como o ar que respiramos, portanto quero agradecer a algumas pessoas que me fazem erguer a cabeça quando a vida não me sorri, Ana Patrícia, Andreia, Bruno, Láu, Patrícia, Raquel, Tiago e Tó, porque passe o tempo que passar há coisas que nunca mudam, obrigado pela amizade verdadeira que em vós encontrei.

A todos os referidos e os demais envolvidos neste projeto, uma palavra de reconhecimento, bem-querer e um sincero OBRIGADO.

(7)

VII

Resumo

O progresso tecnológico, que disponibiliza novas soluções para o quotidiano, tem visto aumentar a frequência de utilização dos dispositivos nos mais diversificados contextos. Assim, nos dias de hoje a tecnologia tornou-se inevitável e absolutamente imprescindível para responder às necessidades da sociedade.

As crianças, desde a mais tenra idade, começam a interagir com os instrumentos tecnológicos, ganhando gosto e desenvolvendo competências. Com os alunos cada vez mais hábeis no que respeita ao uso da tecnologia, e com o avanço dos dispositivos disponíveis, cabe aos docentes adaptarem as suas práticas letivas com o intuito de conseguirem ir ao encontro das necessidades dos alunos, explorando as possibilidades que o progresso tecnocientífico lhes facultam.

No presente trabalho apresentamos um estudo acerca da utilização de recursos multimédia em contexto de sala de aula. Para o efeito, no âmbito da Prática de Ensino Supervisionada no 1.º e 2.º Ciclos do Ensino Básico, aplicamos estratégias que promoviam a utilização de recursos multimédia, nomeadamente da imagem, do vídeo, do exercício/jogo interativo e do blogue. A presente investigação tem por objetivo analisar a influência da utilização destes recursos na aprendizagem dos alunos.

Deste modo e de forma a complementar a experiência de ensino, aplicamos um inquérito por questionário aos alunos do 2.º Ciclo do Ensino Básico, no final da Prática de Ensino Supervisionada, contando assim com a participação de 32 alunos com idades compreendidas entre os 10 e os 13 anos de idade. A metodologia utilizada foi de natureza tendencialmente qualitativa, seguindo um design de estudo de caso e o instrumento de recolha de dados foi o inquérito por questionário. Para uma apreciação mais consistente considerámos também os resultados obtidos pelos alunos nas avaliações sumativas, antes e após o período de estágio.

Este estudo permitiu-nos concluir que o ensino quando estruturado a partir de uma adequada integração destes recursos torna-se mais apelativo para os alunos e, consequentemente, estes sentem-se mais motivados, refletindo-se de forma positiva nas suas aprendizagens.

Palavras-chave: Ensino do 1.º e 2.º Ciclos do Ensino Básico. Recursos

(8)

VIII

Abstract

.

Technological progress, which provides new solutions for everyday life, has seen increasing frequency of use of devices in the most diverse contexts. Thus, in nowadays technology has become inevitable and absolutely imperative to respond to the needs of society.

Children, from an early age, begin to interact with technological instruments, gaining taste and developing skills. With students becoming more adept at using technology, and with the advancement of available devices, it is up to teachers to adapt their teaching practices to meet the needs of students, exploring the possibilities that progress Technoscientific.

In this work, we present a study about the use of multimedia resources in classrooms. For this purpose, inserted in the practice of supervised teaching practice of the 1st and 2nd Portuguese Cycles of Basic Education, we applied teaching strategies that promoted the use of multimedia resources, such as images, videos, interactive exercises/games and blogs. The objective of this investigation is to analyze the influence of the use of these resources in the students learning process.

This way, and as a form of complementing the teaching experience, we presented an questionnaire survey to students of the 2nd Cycle of Basic Education in the end of the supervised teaching practice, counting with the participation of 32 students, with ages ranging from 10 to 13 years old. The nature of the methodology applied is essentially qualitative, following the guide lines of a case study, and the instrument for data collection was the questionnaire survey. For a more consistent assessment we also considered the results obtained by the students in the summative evaluations, before and after the internship period.

This study allowed us to conclude that teaching when structured through an adequate integration of these resources becomes more appealing to students and, consequently, these students feel more motivated, reflecting themselves in a positive way in their learning.

Keywords: Education of 1st and 2nd Portuguese Cycles of Basic Education.

(9)

IX

Índice

Agradecimentos ... VI Resumo ... VII Abstract ... VIII Índice Geral ... IX Índice de Tabelas ... XII Índice de Imagens ... XIII Índice de Gráficos ... XIV Lista de Siglas ... XVII

Introdução ... 1

Capítulo I - Enquadramento Teórico ... 3

1.1. Tecnologia no Ensino ... 4 1.2. Os Recursos Multimédia ... 7 1.2.1. A Imagem ... 9 1.2.2. O Vídeo ... 11 1.2.3. O Jogo ... 13 1.2.4. O Blogue ... 14

Capítulo II – Caracterização dos Contextos da Prática de Ensino Supervisionada ... 15

2.1. Caracterização da Cidade de Vila Real ... 16

2.2. Contexto do 1.º Ciclo do Ensino Básico ... 17

2.2.1. Caracterização do Meio Envolvente à Instituição ... 17

2.2.2. Caracterização da Instituição ... 18

2.2.3. Caracterização do Espaço e Materiais... 20

(10)

X

2.3. Contexto do 2.º Ciclo do Ensino Básico ... 26

2.3.1. Caracterização do Meio Envolvente à Instituição ... 26

2.3.2. Caracterização da Instituição ... 27

2.3.3. Caracterização do Espaço e Materiais... 30

2.3.4. Caracterização das Turmas ... 31

Capítulo III - Prática de Ensino Supervisionada ... 32

3.1. Desenvolvimento da Atividade Educativa no 1.º Ciclo do Ensino Básico ... 34

3.1.1. A Imagem ... 34

3.1.2. O Vídeo ... 36

3.1.3. O Jogo ... 37

3.1.4. O Blogue ... 38

3.2. Desenvolvimento da Atividade Educativa no 2.º Ciclo do Ensino Básico ... 40

3.2.1. A Imagem ... 40

3.2.2. O Vídeo ... 43

3.2.3. O Jogo ... 46

3.2.4. O Blogue ... 49

Capítulo IV - Metodologia de estudo, apresentação e análise de resultados ... 50

4.1. Opções Metodológicas ... 51

4.2. Apresentação e Análise de Resultados do Inquérito por questionário ... 52

Questão n.º 1 ... 52 Questão n.º 2 ... 53 Questão n.º 3 ... 54 Questão n.º 3.1 ... 54 Questão n.º 3.2 ... 55 Questão n.º 4 ... 56

(11)

XI

Questão n.º 4.1 ... 56

Questão n.º 4.2 ... 57

4.3. Resultados Globais das Quatro Áreas Curriculares ... 60

4.4. Resultados das Avaliações Sumativas Antes e Após Período de Estágio ... 64

4.5. Questão n.º 5 do Inquérito por questionário aos Alunos ... 66

Conclusões ... 69 Referências Bibliográficas ... 71 Webgrafia ... 74 Legislação ... 75 Documentos do Agrupamento ... 75 Apêndices ... 76 Apêndice n.º 1 ... 77 Apêndice n.º 2 ... 78 Apêndice n.º 3 ... 79 Apêndice n.º 4 ... 80 Apêndice n.º 5 ... 82 Apêndice n.º 6 ... 84 Apêndice n.º 7 ... 86 Apêndice n.º 8 ... 88 Apêndice n.º 9 ... 90

(12)

XII

Índice de Tabelas

Quadro 1. Percentagem de retenção mnemónica através dos sentidos, segundo

Ferreira (1975) ... 8

Quadro 2. Percentagem dos dados retidos pelos alunos, segundo Ferreira (1975) ... 8

Quadro 3. Retenção de informação, segundo Ferreira (1975) ... 8

Tabela 4. Horários praticados e rotinas na Escola EB1 N.º 2 de Vila Real ... 18

Tabela 5. Número de alunos em cada um dos anos de escolaridade na Escola EB1 N.º 2 de Vila Real ... 18

Tabela 6. Aspirações e Preferências Pessoais dos alunos ... 24

Tabela 7. Resultados das avaliações sumativas antes e após o período de estágio da turma de 5.º ano de escolaridade ... 64

Tabela 8. Resultados das avaliações sumativas antes e após o período de estágio da turma de 6.º ano de escolaridade ... 65

(13)

XIII

Índice de Imagens

Figura 1. Planta da sala de aula ... 21

Figura 2. Ilustração de diapositivo PowerPoint utilizado em contexto de Prática de Ensino Supervisionada ... 34

Figura 3. Ilustração de diapositivo PowerPoint utilizado em contexto de Prática de Ensino Supervisionada ... 36

Figura 4. Ilustração de diapositivo PowerPoint utilizado em contexto de Prática de Ensino Supervisionada ... 37

Figura 5. Ilustração da página Web onde é possível visitar o Blogue criado ... 38

Figura 6. Ilustração de diapositivo PowerPoint utilizado em contexto de Prática de Ensino Supervisionada ... 40

Figura 7. Ilustração de diapositivo PowerPoint utilizado em contexto de Prática de Ensino Supervisionada ... 41

Figura 8. Ilustração de diapositivo PowerPoint utilizado em contexto de Prática de Ensino Supervisionada ... 43

Figura 9. Ilustração de diapositivo PowerPoint utilizado em contexto de Prática de Ensino Supervisionada ... 44

Figura 10. Ilustração de diapositivo PowerPoint utilizado em contexto de Prática de Ensino Supervisionada ... 46

Figura 11. Ilustração de diapositivo PowerPoint utilizado em contexto de Prática de Ensino Supervisionada ... 47

Figura 12. Ilustração da página Web onde é possível visitar o Blogue criado ... 49

Figura 13. Resposta de aluno de Português à questão 5 ... 66

Figura 14. Resposta de aluno de Português à questão 5 ... 66

Figura 15. Resposta de aluno de Matemática à questão 5 ... 67

Figura 16. Resposta de aluno de Matemática à questão 5 ... 67

Figura 17. Resposta de aluno de Ciências da Natureza à questão 5 ... 67

(14)

XIV Figura 19. Resposta de aluno de História e Geografia de Portugal à questão 5 ... 68 Figura 20. Resposta de aluno de História e Geografia de Portugal à questão 5 ... 68

Índice de Gráficos

Gráfico 1. Análise das respostas dadas pelos alunos de Português à Questão n.º 1 do

questionário ... 52

Gráfico 2. Análise das respostas dadas pelos alunos de Matemática à Questão n.º 1

do questionário ... 52

Gráfico 3. Análise das respostas dadas pelos alunos de Ciências da Natureza à

Questão n.º 1 do questionário ... 52

Gráfico 4. Análise das respostas dadas pelos alunos de História e Geografia de

Portugal à Questão n.º 1 do questionário ... 52

Gráfico 5. Análise das respostas dadas pelos alunos de Português à Questão n.º 2 do

questionário ... 53

Gráfico 6. Análise das respostas dadas pelos alunos de Matemática à Questão n.º 2

do questionário ... 53

Gráfico 7. Análise das respostas dadas pelos alunos de Ciências da Natureza à

Questão n.º 2 do questionário ... 53

Gráfico 8. Análise das respostas dadas pelos alunos de História e Geografia de

Portugal à Questão n.º 2 do questionário ... 53

Gráfico 9. Análise das respostas dadas pelos alunos de Português à Questão n.º 3.1

do questionário ... 54

Gráfico 10. Análise das respostas dadas pelos alunos de Matemática à Questão n.º

3.1 do questionário ... 54

Gráfico 11. Análise das respostas dadas pelos alunos de Ciências da Natureza à

(15)

XV Gráfico 12. Análise das respostas dadas pelos alunos de História e Geografia de

Portugal à Questão n.º 3.1 do questionário ... 54

Gráfico 13. Análise das respostas dadas pelos alunos de Português à Questão n.º 3.2

do questionário ... 55

Gráfico 14. Análise das respostas dadas pelos alunos de Matemática à Questão n.º

3.2 do questionário ... 55

Gráfico 15. Análise das respostas dadas pelos alunos de Ciências da Natureza à

Questão n.º 3.2 do questionário ... 55

Gráfico 16. Análise das respostas dadas pelos alunos de História e Geografia de

Portugal à Questão n.º 3.2 do questionário ... 55

Gráfico 17. Análise das respostas dadas pelos alunos de Português à Questão n.º 4.1

do questionário ... 56

Gráfico 18. Análise das respostas dadas pelos alunos de Matemática à Questão n.º

4.1 do questionário ... 56

Gráfico 19. Análise das respostas dadas pelos alunos de Ciências da Natureza à

Questão n.º 4.1 do questionário ... 56

Gráfico 20. Análise das respostas dadas pelos alunos de História e Geografia de

Portugal à Questão n.º 4.1 do questionário ... 56

Gráfico 21. Análise das respostas dadas pelos alunos de Português à Questão n.º

4.2.1 do questionário ... 57

Gráfico 22. Análise das respostas dadas pelos alunos de Matemática à Questão n.º

4.2.1 do questionário ... 57

Gráfico 23. Análise das respostas dadas pelos alunos de Ciências da Natureza à

Questão n.º 4.2.1 do questionário ... 57

Gráfico 24. Análise das respostas dadas pelos alunos de História e Geografia de

Portugal à Questão n.º 4.2.1 do questionário ... 57

Gráfico 25. Análise das respostas dadas pelos alunos de Português à Questão n.º

4.2.2 do questionário ... 58

Gráfico 26. Análise das respostas dadas pelos alunos de Matemática à Questão n.º

(16)

XVI Gráfico 27. Análise das respostas dadas pelos alunos de Ciências da Natureza à

Questão n.º 4.2.2 do questionário ... 58

Gráfico 28. Análise das respostas dadas pelos alunos de História e Geografia de

Portugal à Questão n.º 4.2.2 do questionário ... 58

Gráfico 29. Análise das respostas dadas pelos alunos de Português à Questão n.º

4.2.3 do questionário ... 59

Gráfico 30. Análise das respostas dadas pelos alunos de Matemática à Questão n.º

4.2.3 do questionário ... 59

Gráfico 31. Análise das respostas dadas pelos alunos de Ciências da Natureza à

Questão n.º 4.2.3 do questionário ... 59

Gráfico 32. Análise das respostas dadas pelos alunos de História e Geografia de

Portugal à Questão n.º 4.2.3 do questionário ... 59

Gráfico 33. Análise das respostas dadas pelos alunos na sua globalidade à Questão

n.º 1 do questionário ... 60

Gráfico 34. Análise das respostas dadas pelos alunos na sua globalidade à Questão

n.º 2 do questionário ... 60

Gráfico 35. Análise das respostas dadas pelos alunos na sua globalidade à Questão

n.º 3.1 do questionário ... 61

Gráfico 36. Análise das respostas dadas pelos alunos na sua globalidade à Questão

n.º 3.2 do questionário ... 61

Gráfico 37. Análise das respostas dadas pelos alunos na sua globalidade à Questão

n.º 4.1 do questionário ... 62

Gráfico 38. Análise das respostas dadas pelos alunos na sua globalidade à Questão

n.º 4.2.1 do questionário ... 62

Gráfico 39. Análise das respostas dadas pelos alunos na sua globalidade à Questão

n.º 4.2.2 do questionário ... 63

Gráfico 40. Análise das respostas dadas pelos alunos na sua globalidade à Questão

(17)

XVII

Lista de Siglas

AEC Atividades de Enriquecimento Curricular ASE Ação Social Escolar

CEB Ciclo do Ensino Básico

CPA Centro de Pedagogia Audiovisual

IMAVE Instituto de Meios Audiovisuais no Ensino

PC Personal Computer

TIC Tecnologias de Informação e Comunicação UTAD Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro

(18)

1

Introdução

O trabalho que agora tornámos público responde ao cumprimento do requisito legal de apresentar um relatório onde sejam descritas de forma reflexiva e fundamentada as atividades realizadas na Prática de Ensino Supervisionada. Quisemos destacar a importância que os dispositivos tecnológicos de ensino podem ter nas práticas de ensino, respondendo aos grandes desafios de uma sociedade tecnologicamente avançada.

O presente trabalho contém informações recolhidas durante a Prática de Ensino Supervisionada (Estágio I e Estágio II), do Mestrado em Ensino do 1.º e 2.º Ciclos do Ensino Básico.

O Estágio I realizou-se na Escola EB1 n.º 2 de Vila Real com a Professora Cooperante Maria Agostinha Matos. O grupo contava com 25 alunos, sendo 16 do género masculino e 9 do género feminino, com idades compreendidas entre os 8 e os 9 anos de idade. Este estágio iniciou-se em fevereiro de 2014 e prolongou-se até junho de 2014, constituindo-se a nossa prática na escola durante três dias semanais.

Relativamente ao Estágio II, respeitante à prática de ensino no 2.º Ciclo do ensino Básico, foi realizado na Escola Monsenhor Jerónimo de Amaral, com quatro professores cooperantes, um em cada disciplina curricular: o Professor Paulo Pontes a Português, o Professor João Almeida a Matemática, a Professora Elsa Gonçalves a Ciências da Natureza e a Professora Luísa Costa a História e Geografia de Portugal. Ao longo deste estágio interagimos com duas turmas distintas, uma no 5.º ano de escolaridade, a Ciências da Natureza e a Português, e uma segunda do 6.º ano de escolaridade, a Matemática e História e Geografia de Portugal. Este estágio decorreu de novembro de 2014 a junho de 2015 e a nossa intervenção decorria em aulas com período de tempo de 45 a 90 minutos.

Visto que este trabalho apresenta uma feição dissertativa e investigativa, procurou-se organizar a informação da seguinte forma: No primeiro capítulo apresentamos um enquadramento teórico acerca dos recursos multimédia, sustentado por autores de referência. Aqui abordaremos a temática das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC), concretamente no ensino, e apresentamos alguns recursos multimédia como a imagem, o vídeo, o jogo e o blogue.

(19)

2

O segundo capítulo é inteiramente dedicado à caracterização dos contextos da Prática de Ensino Supervisionadada, onde se caraterizam, de forma breve, as instituições, o meio envolvente e os grupos de trabalho em que ocorreram os estágios.

No terceiro capítulo debruçamo-nos sobre a prática pedagógica desenvolvida nos dois estágios. Apresentamos alguns exemplos das atividades realizadas em contexto de sala de aula onde foram utilizados os recursos multimédia aqui explorados neste trabalho.

Por último, apresentamos um estudo de caso realizado no 2.º Ciclo do Ensino Básico que consistiu na análise de um inquérito por questionário implementado no 2.º Ciclo do Ensino Básico e na análise dos resultados que os alunos deste ciclo obtiveram nas avaliações sumativas antes do período de estágio e após o período de estágio.

Com esta investigação procuramos compreender de que forma a utilização de recursos multimédia na sala de aula poderá influenciar a aprendizagem dos alunos.

(20)

3

CAPÍTULO I

Enquadramento Teórico

(21)

4

1.1. Tecnologia no Ensino

É incontestável o uso generalizado das TIC entre as gerações mais novas: telemóvel, computador e televisão são os preferidos e mais utilizados. Assistimos a uma profunda mudança da forma de vida em sociedade em geral e na escola em particular, em consequência do uso das TIC (Silva, online).

Desde Tales de Mileto em 700 a.C. fazendo experiências com eletricidade até ao presente século XXI muitas foram as transformações por que as Tecnologias de Informação e Comunicação passaram.

A geração atual de computadores teve início em 1970, sendo que em 1981 a IBM lançou o chamado PC (Personal Computer1). Foi depois a empresa Apple em 1984, com o computador Macintosh, que surgiu todo o grafismo a que estamos habituados no dito PC dos dias de hoje, o suporte visual de janelas, menus, ícones, figuras, caixas de diálogo e mensagem, barra de ferramentas, botões e controles (Cury & Capobianco, 2011, p.3-10).

No final do século XIX o ensino em Portugal baseava-se em métodos expositivos, interrogativos e memorísticos, ou seja, os recursos orais imperavam nas salas de aula. Já no início do século XX denota-se uma evolução na pedagogia com o surgimento da Escola Nova, prevalecendo assim nas salas de aula a aprendizagem intuitivo-dedutiva (Silva, 2001, p.119).

Entre 1920 e 1930 as escolas secundárias em Portugal começaram a adquirir equipamentos de áudio e imagem, como por exemplo, máquina fotográfica, diapositivos e máquinas de escrever. Na década de 1960 surgia a necessidade de integração do cinema na escola, surgindo assim programas educativos de rádio e televisão, nomeadamente a Telescola. Através deste uso da tecnologia na educação surgiu uma nova área de saber: a Tecnologia Educativa.

Nas décadas de 80 e 90 do século XX apesar das tentativas de implementação de computadores e das TIC em sala de aula, a escassez de recursos aliado à falta de formação de professores, fizeram com que as expectativas não fossem a cabo (Silva, 2004, p.23-26).

Podemos verificar assim que o processo de integração das TIC na escola foi lento e apresentando dificuldades materiais e humanas.

(22)

5

Hoje em dia a integração das TIC é já algo presente na grande maioria das salas de aulas, com o uso de computadores, projetores ou até mesmo quadro interativos.

Tendo em conta os tempos atuais e a era tecnológica do presente é possível criar “oportunidades nunca antes vistas para tornar o ensino uma profissão apaixonante e motivadora, que faça diferença para a sociedade futura. Tais oportunidades relacionam-se a novos papéis, novos conteúdos de ensino e aprendizagem” (Veen & Vrakking; 2009, p.14).

Segundo Coutinho e Lisboa (2011, p.5) quanto ao aluno espera-se que este “seja capaz de desenvolver (…) competências para participar e interagir num mundo global, (…) ou seja, a capacidade de compreendermos que a aprendizagem não é um processo estático mas algo que deve acontecer ao longo de toda a vida”.

A utilização das TIC abre um leque de possibilidades de mudanças comportamentais e atitudinais no ser humano em relação aos processos educativos (Fernandes & Araújo, cit. por Coutinho & Lisboa, 2011, p.14).

É também de salientar o que nos transmite Silva (2004, p.10) que nos diz que a introdução das TIC no ensino não se deve basear no estatuto de substituição do ensino tradicional (quadro ou manual escolar) ou do professor, mas sim como um papel ativo em como se aprende e como se ensina.

Para a aquisição de conhecimentos todos os meios de ensino são necessários tendo-se em cada as particularidades de cada disciplina. Ao ensinar, “a tecnologia pode ser usada para facilitar a apresentação da informação para aumentar o acesso externo de informações explícitas e para aumentar o compartilhamento e a construção do conhecimento” (Leidner e Jervenpaa, 1995, cit. por Barbosa, 2001, p.4).

Alguns organismos como a Comissão Europeia e a UNESCO revelam interesse sobre a integração da Sociedade de Informação na Educação. Para a implementação da Sociedade de Informação já em 1999 a União Europeia lançou a iniciativa eEurope – Sociedade de Informação para todos, com o objetivo de implementar as tecnologias digitais em toda a Europa.

O relatório da Comissão Internacional sobre Educação para a UNESCO em 1996, Educação, um tesouro a descobrir, apresenta-nos as potencialidades das TIC: melhor difusão de saberes, aumento da igualdade de oportunidades, progressão dos alunos de acordo com o seu ritmo, interatividade, melhor organização das aprendizagens por parte dos professores em turmas heterogéneas e combate ao insucesso escolar. Considerando-se assim as TIC como um importante contributo para o sistema educativo.

(23)

6

Assim, a tecnologia educativa surge como sendo “uma maneira sistemática de planejar e avaliar o processo ensino-aprendizagem, baseada em pesquisas psicológicas da aprendizagem e da comunicação, empregando uma combinação de recursos humanos e não humanos para obter ensino mais efetivo” (Litwin, 1997, cit. por Barbosa, 2001, p.8).

(24)

7

1.2. Os Recursos Multimédia

Para Bartolomé (2002, p.168) multimédia não é falar apenas sobre computadores, é falar acima de tudo de meios de comunicação diferentes, como quando estamos numa aula de línguas e trabalhamos com áudios, vídeos, slides e textos.

Atualmente presenciamos de forma constante o desenvolvimento das TIC, o que se comprova pela informação em tempo real, pelo conhecimento, projetos e experiências inovadoras, com a multiplicação e diversidade de aparelhos eletrónicos. A educação vê-se igualmente envolvida por toda esta cultura através de programas disciplinares e atividades didáticas (Masetto, 2013, p.143).

Dada a constante mutação no que diz respeito às TIC importa apontar o facto de que “[a] principal mudança verificada é o facto de os utilizadores passarem a ser também produtores de informação” (Costa, 2009, p.5614), isto é, passamos a ser autores, a dispor do poder criar as nossas próprias mensagens e partilhá-las com aqueles que elegemos como nossos interlocutores. A profunda transformação da Web assinala a mudança da nossa condição de consumidores, receptores passivos, para produtores, criadores ativos de informação ou, de outra forma, construtores de mensagens mediáticas no ciberespaço e o que vulgarmente está consagrado na designação de Web 2.0.

A Web 2.0. permitiu ao utilizador criar os seus próprios conteúdos, gerar informação e divulgá-la, permitindo aumentar o fluxo de comunicação e informação e uma maior aproximação entre pessoas e culturas. Um dos dispositivos que mais mereceu a aceitação dos autores no ciberespaço é, indiscutivelmente, o blogue. Este, entrou com facilidade no contexto educativo, pela facilidade de construir informação atual, de gerar comunidades de interesse, permitindo um maior envolvimento de toda a comunidade educativa, uma maior aproximação dos familiares no que concerne ao trabalho realizado na sala de aula pelos alunos ou para os alunos.

Através da criação de conteúdos próprios como um documento PowerPoint ou Prezi, como meios auxiliares no processo de ensino e aprendizagem, surge-nos a possibilidade de utilização de recursos multimédia.

Professores e alunos deixaram então de ser apenas recetores passando a ser produtores. Segundo Bartolomé (2002, p.198) não se espera do professor produtos com as qualidades técnicas de um desenhador ou de um informático, mas que deve ser capaz de produzir pequenos materiais para partilhar com os seus alunos.

(25)

8

Estas produções visam a que “[o]s meios de ensino devem ser utilizados para facilitar, acelerar e intensificar a aprendizagem, auxiliando o professor no papel de facilitador no processo de aprendizagem” (Barbosa, 2001, p.15).

Para então facilitar a aprendizagem Ferreira (1975, p.16) aponta os sentidos como sendo a ligação entre o Homem e o mundo exterior. Segundo estudos científicos acerca dos sentidos, descobrimos que a visão é o sentido que apresenta maior possibilidade percentual de aprendizagem.

Quadro 1. Percentagem de retenção mnemónica através dos sentidos, segundo Ferreira (1975).

Percentagem de Retenção Mnemónica

Como se aprende Através do gosto 1,0% Através do tato 1,5% Através do Olfato 3,5% Através da audição 11,0% Através da visão 83,0%

Quadro 2. Percentagem dos dados retidos pelos alunos, segundo Ferreira (1975).

Percentagem de Dados Retidos por Alunos

Formas de retenção

Do que lêem 10%

Do que estudam 20%

Do que vêem 30%

Do que vêem e ouvem 50%

Do que dizem e ouvem 70%

Do que dizem e logo realizam 90%

Quadro 3. Retenção de informação, segundo Ferreira (1975).

Método de Ensino Dados retidos depois de 3 horas

Dados retidos depois de 3 dias

Somente oral 70% 10%

Somente visual 72% 20%

Oral e visual simultaneamente 85% 65%

Assim sendo, os recursos audiovisuais formam a combinação mais favorável à aprendizagem tendo em conta que estes sentidos estejam em “alerta”. Deste modo, cabe ao professor dinamizar as suas aulas e variar as suas técnicas de ensino.

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1.2.1. A Imagem

Em 1839, Louis Jacques-Mandé Daguerra, artista e pesquisador, conseguiu obter a primeira fotografia com a sua máquina (Cury, 2011, p.3).

A imagem pode ser definida como sendo uma representação, tornando assim presente algo que se encontra ausente. Embora pese o facto de que “o nosso cérebro produz constantemente imagens mentais” (Melot, 2015, p.16).

Fernando Buen Abad Rodriguez (2003, p.3) define-nos a imagem como “eso marvilloso que permite capturar, alojar y cargar sensorialmente el universo, un universo entero, la matéria en la cabeza, se llama Imagen.”

Desde as representações em cavernas, às pinturas religiosos, aos vários estilos de pintura, à imagem impressa e posteriormente a industrialização da imagem, às fotografias, até à engenharia que no século XIX se dedicou ao estudo da imagem em movimento, muitos foram os progressos que encontramos na evolução histórica desta representação. Em 1960 era possível reduzir as imagens a pixéis (picture’s elements) até vários milhões por polegada quadrada e assim a informática acabara por permitir dominar as imagens ponto por ponto. “A câmara, cada vez mais intrusiva, associada ao computador, permite o tratamento microscópico da imagem” (Melot, 2015, p.96).

A escola não se tem mostrado indiferente à utilização da imagem como meio para o ensino. Quando se verifica esta utilização temos em conta que são certas imagens e certos usos que lhes iremos atribuir tendo em vista um fim construtivo de modo a contextualizar e organizar práticas pedagógicas. Hoje em dia os alunos são tidos como espetadores, isto é, sujeitos cuja experiência social surge principalmente através dos sentidos, tendo assim os professores de se confrontar com uma situação de aprendizagem na qual os alunos adquiram uma visão ideológica da informação (Carvalho, 2014, p.18).

Vários são os autores a apontarem um poder didático na utilização de imagens na sala de aula. Vidal (2007, p.52) salienta a importância desta quanto a “atraer la atención del alumnado para una mejor asimilación de contenidos curriculares”. Mas além deste são vários os exemplos que encontramos acerca das vantagens da utilização da imagem no ensino, vejamos então algumas passagens de autores citados por Dussel (2010, p.6-49):

 Coménio: “Las imágenes sirven porque cautivan a los alumnos, despiertan su curiosidad y permiten que éstos no sufran con el aprendizaje”

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 Didi-Huberman (2003): “ ‘Para saber hay que imaginarse’, hay que poder representarse visualmente ideas y conceptos, experiencias, sensaciones, y que esa imaginación no es un acto de libre asociación sino, precisamente, un tiempo de trabajo con las imágenes”.

 Gruzinski (1995): “La imagen permite ‘la transmisión, la fijación, la visualización de un saber’. Hay un valor pedagógico en la imagen porque nos enseña cosas, nos transmite algo, fija una memoria y estructura una referencia común”.

 Samuels (2004): “La función de la imagen como un elemento decorativo, le permite interrumpir la progresión hacia adelante de la narrativa, proveer un espacio fuera de la cronología estricta para que se contemple un determinado momento simbólico y sentimental. La ilustración así permite niveles de discurso múltiples y simultáneos, en los cuales lo visual no es un espejo exacto del mundo, aunque guarde relación con él”.

 Trímboli (2006): “Las imágenes hacen posible explorar algunos de los sentidos desapercibidos que suelen ser aglutinados alrededor de las líneas mayúsculas de un acontecimiento y que, por lo tanto, permanecen relegados o desatendidos”.

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1.2.2. O Vídeo

“A imagem fixa bloqueia a narrativa, contém o tempo no seu espaço e não na sua duração” (Melot, 2015, p.52), ao contrário do vídeo. “A imagem animada, ligada ao som, já não é da mesma natureza que a imagem fixa. Inscreve-se na duração; tem um começo e um fim” (Melot, 2015, p.82).

“A pouco e pouco, o cinema integrou as imagens de síntese. (…) Há algoritmos que permitem alisar ou enrugar as superfícies, imitar as texturas das mais diversas matérias, variar os movimentos e as expressões com luzes e sombras projetadas, fazer rodopiar os objetos, colocá-los em profundidade ou em perspetiva dinâmica, para dar a perspetiva da terceira dimensão” (Melot, 2015, p.97).

Segundo a expressão “uma imagem vale mais que mil palavras” facilmente conseguimos qualificar o vídeo como uma fonte de transmissões, fonte essa como sendo “libertadora se a colocarmos nas mãos dos alunos” (Ferrés, 1997, p.65).

“A aposta no cinema com objectivos pedagógicos impulsionou a entrada de outros meios audiovisuais na escola e contribuiu para a definição de uma política nacional neste domínio. Em meados da década de sessenta a definição de uma política nacional de integração dos meios audiovisuais no ensino consubstanciou-se na criação do Centro de Pedagogia Audiovisual (CPA) com o intuito de se aplicar no ensino o cinema, a rádio, a televisão, entre outros e na criação do Instituto de Meios Audiovisuais no Ensino (IMAVE). Este instituto pretendia através das técnicas audiovisuais elevar o nível cultural da população e facilitar a atividade lectiva dos professores e era responsável pela emissão de programas educativos de rádio e televisão, designadamente a Telescola” (Silva, 2004, p.20).

Almenara (2007, p.130) chama a atenção para a distinção entre vídeo didático e utilização didática do vídeo. Assim sendo, por vídeo didático devemos entender como sendo um vídeo que foi produzido e desenhado a pensar na transmissão de conhecimentos proporcionando aprendizagens, e, quanto a utilização didática como sendo uma visão mais ampla das diversas formas de utilização que se pode desempenhar no ensino.

Várias são as vantagens que Almenara (2007, p.136) encontra na utilização deste recurso, como sendo um instrumento motivador, “las possibilidades de atraer y capturar la atención que despierta el linguaje audiovisual, y sus influencias directas en las emociones”, ou como instrumento produtor de conhecimento, “los alunos lo utilicen

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para analizar el mundo que los rodea y expresarse a través de él”, ou até mesmo como forma de avaliação, através da colocação de questões ou de propostas de trabalho. Aponta ainda que o vídeo contribui para um melhor ambiente e clima na sala de aula.

Em síntese, concluímos com a citação de M. Maurice citado por Ferrés (1997, p.34) acerca do vídeo, “como meio de produção favorece o fazer; como instrumento de gravação e difusão, favorece o ver e o ouvir; como instrumento de sentido, motiva a exposição e a expressão”.

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1.2.3. O Jogo

“A imagem, desde que a eletrónica lhe forneceu a interatividade, pode assemelhar-se a uma linguagem. (…) Os primeiros jogos de vídeo não foram concebidos como jogos mas sim como experiências de rectificação da calculadora.” E assim, “a realidade virtual substituiu o lançamento de bolas e o tiro ao alvo” (Melot, 2015, p.96).

O jogo é uma atividade livre, incerta e fictícia, livre pois entenda-se por jogo a atividade que é realizada com vontade própria e se assim o não fosse perderia a sua essência, incerta pois o resultado e o desenrolar deste não é obtido previamente, e é fictício pois parte-se do princípio que seja irreal em relação à vida normal. (Teixeira, 2011, p.5)

Devemos ainda atentar na distinção entre jogo e jogo educativo, entendamos então como jogo educativo, segundo Brougére (1998, p.122), cit. por Teixeira (2011, p.6), como sendo “o que responderá mais exatamente à ideia que dele se pode fazer após (…): agir, aprender, educar-se sem o saber através de exercícios que recreiam, preparando o esforço do trabalho propriamente dito”.

Autonomia, autoconfiança, espírito de equipa e cooperação são algumas das capacidades desenvolvidas através da aplicação de jogos na sala de aulas. Podendo ainda originar-se um espírito competitivo saudável (Lopes, 1991, p.23).

A prática do jogo poderá estar relacionada com habilidades físicas, intelectuais, de cumprimento de regras ou atitudes e saberes, desenvolvendo-se assim a comunicação, expressão oral e escrita, a imaginação, e o poder de sistematização da criança (Teixeira, 2011, p.12).

Torna-se assim, “um auxiliar educativo e uma forma de motivar os alunos na aprendizagem” (Pereira, 2013, p.21).

O jogo é portanto “de uma importância capital para a realização prática da escola ativa: qualquer que seja a tarefa que queiras que a criança realize, se encontrardes meios de lha apresentar de forma que se aperceba dela como um jogo, ele será suscetível de libertar em seu proveito tesouros de energia” (Chaves, 1994, p.38, cit. por Teixeira, 2011, p.12).

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1.2.4. O Blogue

Os blogues surgem no final da década de 90 como sendo um “diário” na Internet, tendo depois evoluído para um espaço de publicação de temáticas. Trata-se de um formato idêntico a uma página Web que é atualizado com mensagens, posts, seja em texto ou imagens. Tem a grande vantagem de ser de fácil criação e edição. Os blogues são normalmente organizados por ordem cronológica, da mensagem mais recente para a mais antiga e permite fazer comentários a cada um dos posts, podendo ou não estar aberto à comunidade (Carvalho, Moura, Pereira, 2006, p.635).

Em 1999 com a criação do Blogger, ferramenta da Google que permite a criação de blogues com facilidade e rapidez, ainda eram poucos os que utilizavam esta ferramenta, contudo nos dias de hoje existem já cerca de 70 milhões de blogues.

O portal schoolblogs.com e o grupo Education Bloggers Network, foram as primeiras redes de professores a utilizarem o Blogue como ferramenta para a educação. O blogue é uma ferramenta facilitadora de comunicação e interação.

Através da utilização do Blogue é possível aos pais acompanhar os processos de ensino/aprendizagem dos seus filhos e ainda indicar aos alunos propostas de trabalhos a realizar, ligações a materiais de consulta e de apoio às aulas ou de portefólio com as atividades realizadas em sala de aula com os alunos. Poderá assim, portanto, tornar-se uma forma de ensino à distância (Barbosa, Granado, 2004, p.47).

Com o Blogue os alunos têm oportunidade de expor aquilo que sabem (Gomes e Silva, 2006, p.289), desenvolvendo o seu pensamento crítico ao serem participantes na construção de conhecimento, mostrando ao professor e colegas o seu percurso escolar (Coutinho, 2005, p.5).

O Blogue é então um recurso facilitador de interação entre professor e aluno, constituindo um meio para partilhar ideias, sugestões, pensamentos entre outros (Eça, 1998, p.58).

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CAPÍTULO II

Caracterização dos Contextos

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2.1. Caracterização da Cidade de Vila Real

Vila Real, capital do Distrito de Vila Real, encontra-se na Região Norte e sub-região do Douro, com cerca de 30.000 habitantes. Foi capital da extinta província de Trás-os-Montes e Alto Douro. Situa-se a 450 metros de altitude num planalto rodeado pelo Marão e Alvão, e é atravessado pelo rio Corgo, afluente do rio Douro.

É sede de um município, com 378,80 km² de área e 51.850 habitantes sendo constituída por 20 freguesias: Abaças, Adoufe e Vilarinho de Samardã, Andrães, Arroios, Borbela e Lamas de Ôlo, Campeã, Constantim e Vale de Nogueiras, Folhadela, Guiães, Lordelo, Mateus, Mondrões, Mouçós e Lamares, Nogueira e Ermida, Parada de Cunhos, Pena Quintã e Vila Cova, São Tomé do Castelo e Justes, Torgueda, Vila Marim e a freguesia urbana de Vila Real.

Com mais de setecentos anos de existência, Vila Real foi outrora conhecida como a "Corte de Trás-os-Montes", devido ao elevado número de casas brasonadas que então tinha.

Ao nível de Ensino Superior, Vila Real possui uma Universidade (Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro). Ao nível do Ensino Secundário, existem três escolas: Escola Secundária Camilo Castelo Branco, Escola S/3 São Pedro e Escola Secundária Morgado de Mateus. Ao nível do 2.º e 3.º Ciclos do Ensino Básico existem duas escolas: Escola EB2/3 Diogo Cão e Escola E2/3 Monsenhor Jerónimo do Amaral.

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2.2. Ensino do 1.º Ciclo do Ensino Básico

2.2.1. Caracterização do Meio Envolvente à Instituição

A Escola EB1 N.º2 de Vila Real, localiza-se na freguesia urbana de Vila Real, antiga freguesia de Nossa Senhora da Conceição, fazendo parte do agrupamento de Escolas Diogo Cão.

A antiga freguesia de Nossa Senhora da Conceição possui uma área de 3,40Km² e 8.885 habitantes (dados de 2011), tornando-se território integrante da União das Freguesias de Vila Real. 2

O agrupamento em que está inserida esta Escola conta com 25 escolas de 1.º Ciclo, com cerca de 1.297 alunos, 23 jardins-de-infância, com cerca de 550 alunos, e uma escola de 2.º e 3.º ciclos, com cerca de 713 alunos. Tem como lema “Excelência (+), Cidadania (+)”, inscrito no Projeto Educativo elaborado no ano de 2009. 3

O agrupamento conta na direção com um diretor, um subdiretor e três adjuntos. O conselho geral do agrupamento conta com sete docentes, dois não docentes, cinco pais e encarregados de educação, um representante dos alunos, dois membros da autarquia, e um representante do Parque Natural do Alvão e um da UTAD. O conselho pedagógico é constituído pelos coordenadores do 2.º Ciclo e 3.º Ciclos, por um coordenador da biblioteca escolar, um do ensino especial, um para o plano anual de atividades, outro para as ofertas formativas, tal como para os clubes e projetos, fazem ainda parte deste conselho o representante do pessoal não docente e o representante dos pais e encarregados de educação, ainda dentro deste conselho inserem-se os coordenadores de departamento de Ciências Sociais e Humanas, de Expressões, de Línguas, da Educação Pré-Escolar, da Matemática e Ciências Experimentais. O conselho administrativo é constituído por três elementos: o presidente, o vice-presidente e a secretária.

2http:// http://pt.wikipedia.org/wiki/Nossa_Senhora_da_Concei%C3%A7%C3%A3o_(Vila_Real) 3http://www.diogocao.edu.pt/agrupamento/projectoeducativo0913.pdf

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2.2.2. Caracterização da Instituição

A Escola EB1 n.º 2 de Vila Real – Bairro S. Vicente de Paulo é constituída por um edifício onde decorrem as aulas do 1.º ciclo, edifício esse onde está o gabinete da professora coordenadora da escola, um edifício onde decorrem as aulas do pré-escolar, a biblioteca e ainda um pavilhão polivalente

O horário de funcionamento da Escola é das 9h às 17h30, contudo as atividades letivas do primeiro ciclo e do jardim-de-infância são lecionadas das 9h às 12h e das 14h às 16h15m. As Atividades de Enriquecimento Curricular (AEC) poderão alargar-se até às 17h30m. Em alguns casos as AEC poderão ser intercaladas com a componente letiva, fazendo com que esta perdure até às 17h30m.

Tabela 4. Horários praticados e rotinas na Escola EB1 N.º2 de Vila Real.

Horários Praticados Rotinas

7h45m às 9h00m Acolhimento 9h00m às 12h00m Aulas 12h00m às 14h00m Almoço 14h00m às 16h15m Aulas 16h30m às 17h30m AEC 17h30m às 19h00m Prolongamento

Tabela 5. Número de alunos em cada um dos anos de escolaridade na Escola EB1 N.º2 de Vila Real.

Ano de

escolaridade 1.º Ano 2.º Ano 3.º Ano 4.º Ano

Total Alunos N.º de

Alunos 78 70 54 52 254

Na escola, o corpo docente é constituído por 14 pessoas, sendo que 10 são professores titulares, 1 professor do apoio educativos, 1 professor de educação especial, 1 professor bibliotecário e 1 professor coordenador da escola. Quanto ao corpo não docente é constituído por 10 pessoas.

Esta escola é moderna e apresenta instalações com ótimas condições. No espaço exterior, podemos também incluir a biblioteca. Neste espaço, é possível encontrar material didático direcionado tanto para professores como para alunos. É de referir ainda que neste espaço encontramos um auditório, onde pode receber eventos como palestras, teatros, entre outros.

O edifício principal da escola, local onde decorrem as aulas do 1.º Ciclo do Ensino Básico é constituído por 2 andares. Neste edifício podemos encontrar 9 salas de

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aulas, um polivalente, a sala da Coordenadora da Escola, cantina, casas de banho, elevador, sala de arrumos e uma sala de trabalho para os professores (serve também para receber os encarregados de educação).

Quanto às salas de aulas, estas estão equipadas com quadro interativo, computador e um quadro branco.

É de referir que as crianças aguardam, pelo toque ou em dias de chuva, no polivalente.

Por fim, a cantina é onde a maioria das crianças almoça, no entanto, a comida não é confecionada no local.

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2.2.3. Caracterização do Espaço e Materiais

O cenário de trabalho numa sala de aula deverá proporcionar um envolvimento cultural estruturado para facilitar o ambiente de aprendizagem curricular deste ciclo de educação escolar. (Niza, 1998)

A sala de aula na qual realizámos o nosso trabalho de estágio situava-se no segundo piso do pavilhão central. Esta era bastante confortável, acolhedora e colorida. Devido ao número de alunos e ao espaço que é cedido à turma nesta sala não fora possível verificar “cantos” ou zonas de trabalho específicos em que as crianças pudessem trabalhar as diferentes áreas separadamente. Tal como nos é indicado por Morgado (1999, p.8), “[a] gestão dos espaços disponíveis deve contribuir para a qualidade global do ambiente de aprendizagem”. Em contrapartida, a organização das mesas foi feita por filas, neste caso em três filas à esquerda, três filas à direita e ainda mais duas à frente de cada um dos lados. Com isto, os alunos para saírem dos seus lugares ou para o professor conseguir ir até ao aluno, por vezes não se tornava possível uma boa acessibilidade.

A sala dispunha de exatamente 28 lugares para os alunos. Estes lugares eram apropriados e notavelmente concebidos para as crianças, dado o seu tamanho. Eram lugares fixos mas que poderiam sofrer alterações por motivos de melhor aproveitamento e menor distração entre os alunos.

A sala em que tivemos oportunidade de intervir possibilitava aos alunos condições favoráveis ao seu desenvolvimento e aprendizagem. Era um local com bastante luz solar, na estação mais fria, que é o inverno, possuía um aquecimento excelente que não permitia aos alunos ter frio e trabalhar com muita roupa, já nos dias mais quentes, era possível abrir todas as janelas de forma a tornar o ambiente mais fresco e agradável.

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1 Porta de Entrada 2 Janelas

3 Mesas de Trabalho do Professor 4 Mesas de Trabalho dos Alunos 5 Cadeiras 6 Armário 1 7 Armário 2 8 Bancada 9 Lavatório 10 Quadro Interativo 11 Projetor 12 Quadro de fibra

A sala de aula continha, assim, no seu espaço vertical:

 Dois armários, um armário onde eram colocadas os dossiês arquivadores dos alunos, resmas de folhas e alguns materiais de apoio ao professor (Armário 2). O Figura 1 Planta da sala de aula

2 3 5 8 9 4 1 2 6 7 10 11 12

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outro armário era destinado à professora, neste eram guardados documentos importantes relativos aos alunos e alguns materiais, como, agrafador, furador ou os pioneses (Armário 1).

 Um quadro interativo, situado num local onde todos os alunos pudessem ter acesso visual, era o quadro principal, pois quase toda a atividade educativa era realizada no mesmo;

 Um quadro de fibra era o quadro secundário, na medida em que era utilizado com pouca frequência, utilizado apenas quando o quadro interativo não funcionava ou para escrever informações rápidas, como por exemplo, os trabalhos de casa. Era ainda utilizado para apresentar materiais, como cartazes.  Banca com grande extensão, que possuía um lavatório, este era útil, quando se

realizavam atividades práticas em que o uso de água fosse necessário. Esta na fração inferior possuía armários onde se guardavam vários materiais, tais como: tesouras, colas, cartolinas, geoplanos, entre outro tipo de materiais.

 As paredes da sala de aula eram preenchidas com muitos trabalhos realizados ao longo do ano pelos alunos, tais como, a tabela do dobro, a tabela com sequências, as regras da sala de aula, o placar das alturas e dos pesos, o quadro dos comportamentos, entre outros.

O espaço vertical desta sala era estético, pois havia muita cor e variedade; era também um espaço dinâmico, porque para além de dar a ideia de trabalho era um espaço utilizado pelos alunos sempre que era necessário, não sendo, por isso, um espaço apagado que servisse apenas para fins decorativos.

Do espaço horizontal faziam parte as mesas de trabalho dos alunos, cuja organização já foi mencionada anteriormente. O espaço era ocupado por 14 mesas e 28 cadeiras em excelente estado de conservação.

A secretária da professora, também pertencente ao espaço horizontal, era um ponto onde estavam os manuais da docente, o livro de ponto, o material que facilitava o uso do quadro interativo, as canetas do quadro de fibra e alguns lápis e canetas que se encontravam disponíveis à utilização por parte dos alunos quando havia esquecimento deste tipo de material. Fazia também parte do espaço horizontal, uma mesa que suportava o computador necessário à utilização e funcionamento do quadro interativo, havendo na mesma um canto reservado à colocação de fichas distribuídas aos alunos durante o ano letivo. É importante referir que do espaço horizontal também faziam parte

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os três ecopontos e o caixote de lixo orgânico, através dos quais os alunos aprendiam algumas regras de cidadania, incutindo nos alunos hábitos de separação do lixo.

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2.2.4. Caracterização da Turma

Na Escola Básica n.º 2 de Vila Real, a turma do 2.º B, turma em que fora realizada a intervenção, era constituída por 25 alunos, sendo 16 alunos do género masculino e 9 alunos do género feminino. Todos eles com idades compreendidas entre os 8 e os 9 anos.

Muitos dos alunos têm já algumas ambições para com os seus estudos. Com isto, apresentamos também alguns dos gostos que os nossos alunos possuem, relativamente aos tempos livres e áreas com mais dificuldades, e as suas ambições, como a aspiração e habilitações profissionais desejadas.

Tabela 6. Aspirações e Preferências Pessoais dos alunos

Nome Aspiração Habilitações Tempo Livre

Áreas disciplinares Preferidas Com

dificuldade

Aluno 1 Futebolista Ens. Superior Desporto Mat. - Aluno 2 - Ens. Superior Televisão L. Por. - Aluno 3 Professora Ens. Superior Televisão Mat.; Ing. L. Por. Aluno 4 - - Televisão Est. Meio L. Por. Aluno 5 Estilista Ens. Superior - - - Aluno 6 Médica Ens. Superior Cinema Exp. Plás. L. Por. Aluno 7 Futebolista Ens. Superior Desporto Est. Meio L. Por. Aluno 8 - - Desporto Mat. L. Por. Aluno 9 - - Televisão Ing. - Aluno 10 PSP Ens. Superior Televisão - - Aluno 11 Cabeleireira Ens. Superior Brincar Mat. L. Por. Aluno 12 Médica Ens. Superior Televisão Mat. Est. Meio Aluno 13 - Ens. Superior Televisão Mat. -

Aluno 14 Veterinária Ens. Superior Televisão - - Aluno 15 - Ens. Superior Desporto Mat. L. Por. Aluno 16 Médica Ens. Superior Desporto AFD Exp. Plás. Aluno 17 Veterinária Ens. Superior Televisão AFD Exp. Plás. Aluno 18 Fotógrafo Ens. Superior Estudo Est. Meio L. Por. Aluno 19 Futebolista Ens. Superior Estudo Exp. Mus. Mat. Aluno 20 Dentista Ens. Superior Computador Mat. Exp. Plás. Aluno 21 PSP Ens. Superior Televisão - -

Aluno 22 Futebolista CEF Desporto Est. Meio L. Por. Aluno 23 - Ens. Superior Televisão - Exp. Plás. Aluno 24 Engenheiro CEF Computador Mat. Exp. Plás. Aluno 25 GNR - Brincar Est. Meio Mat.

Podemos então verificar que a maioria dos alunos tem como passatempo a televisão e o desporto, embora não registado como o tempo livre preferido deles, pudemos verificar que outro passatempo que os discentes possuíam era o computador, a dança e a leitura.

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Por ser uma turma do 2.º ano de escolaridade e de acordo com o Despacho nº 6/2010, de 19/02 art.55 que considera não ser aceite a reprovação de aluno no 1.º ano de escolaridade, salvo situações de excedência do limite de faltas, não há antecedentes de reprovação na turma alvo de estágio. Contudo, podemos encontrar na turma três alunos que entraram para o 1.º ciclo de ensino um ano mais tarde, por opção dos encarregados de educação, por uma questão de maturidade e desenvolvimento escolar.

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2.3. Ensino do 2.º Ciclo do Ensino Básico

2.3.1. Caracterização do Meio Envolvente à Instituição

A Escola Básica de 2.º e 3.º Ciclos de Monsenhor Jerónimo Amaral, do agrupamento Morgado Mateus, localiza-se na Rua D. Sebastião Ribeiro, freguesia de Mateus, concelho de Vila Real.

A freguesia de Mateus tem uma área de 4,14Km e 3.400 habitantes (dados de 2011), inclui-se nesta freguesia os seguintes lugares: Abambres, Bairro do Marrão, Boque, Mateus e Raia.4

O nome da escola deriva de uma figura local que dedicou parte da sua vida à caridade e pelo facto de os valores e ideais desta figura se inserirem no que a escola procura atingir na formação que proporciona. O agrupamento referido alberga escolas desde o pré-escolar ao ensino secundário que se localizam dispersas por 16 freguesias, é de referir ainda que 1/3 destas escolas se encontram a mais de 10 km de distância.

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2.3.2. Caracterização da Instituição

A Escola Monsenhor Jerónimo Amaral encontra-se par-a-par com a Escola Secundária Morgado Mateus, tendo em comum com esta um refeitório que alberga as refeições de ambas as escolas. Estas têm constituído um corpo docente de 296 professores que lecionam para a instrução de 2286 discentes, e ainda dispõem de um corpo não docente de 121 auxiliares, entre eles o Chefe de Serviços Administrativos, os Assistentes Administrativos, os Técnicos ASE, os Guardas-Noturnos, os Cozinheiros, os Auxiliares de Ação Educativa, entre outros, entre os quais 30 são tarefeiras que se encontram sempre a trabalhar na escola temporariamente por cerca de 1 mês a dispor do Centro de Emprego.

As aulas para os alunos desta instituição iniciam-se às 8h:15m e terminam às 18h:15m. Os horários são atribuídos a cada uma das turmas no início do ano-letivo e são aplicados esses horários durante os 3 períodos porque se subdivide o ano-letivo. A escola dispõe do turno da manhã que é composto por dois intervalos, das 9h:45m até às 10h:05m e um segundo das 11h:35m até às 11h:45m. O turno da manhã termina então às 13h:45m. O turno da tarde dispõe igualmente de dois intervalos, o primeiro entre as 14h:50m até às 15h:00m e o segundo entre as 16h:30m e as 16h:45m. Portanto a durabilidade das aulas é de 90 minutos, podendo no entanto haver aulas de 45 minutos.

Esta escola de 2.º e 3.º ciclos leciona para alunos de 5.º e 6.º anos de escolaridade e ainda dispõe de turmas de 7º ano para Cursos de Educação e Formação de Jovens (conhecidos como CEFS).

Todos os anos-letivos são desenvolvidas atividades rotineiras institucionais, como é exemplo o Halloween, o Magusto, a Festa de Natal, o Baile de Mascaras realizado na época de carnaval, um Desfile de Moda, onde são eleitos os mister e miss escola, e proporciona ainda visitas de estudo temporariamente, uma visita por exemplo agendada fora ao Jardim Botânico da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro.

A Escola EB2/3 Monsenhor Jerónimo Amaral encontra-se organizada em quatro pavilhões: A, B, C e D e dispõe ainda de um pavilhão gimnodesportivo, espaços verdes e espaços exteriores de recreio. Cada um dos quatro pavilhões dispõe de dois andares.

No pavilhão A pudemos encontrar grande parte dos recursos de que a escola dispõe, no primeiro piso encontramos os serviços administrativos, a reprografia, a sala dos docentes da escola e casas de banho masculinas e femininas; no segundo piso o

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auditório “Via Láctea”, a câmara escura, a biblioteca e casas de banho para ambos os géneros.

A reprografia está disponível das 8h:30m às 12h, seguindo-se um encerramento para hora de almoço, reabrindo das 14h às 17h:30m.

A biblioteca encontra-se dividida em duas partes, em que uma parte está destinada ao estudo e outra ao recreio; entre estas está o balcão de atendimento e a porta de entrada/saída. No balcão de atendimento encontramos sempre um funcionário ou colaboradores (professor/aluno) que têm como função o bom funcionamento da biblioteca, assim como a requisição de materiais multimédia e livros. Na parte de estudo podemos encontrar mesas para o efeito e ainda uma longa mesa com 10 computadores tendo como função a realização de trabalhos e pesquisas. O espaço vertical é ocupado por estantes repletas de livros a que os alunos podem aceder ou mesmo requisitar. Na outra parte desta biblioteca podemos encontrar um espaço aberto com vários placares em que são expostos trabalhos ou diversos panfletos informativos e regras de funcionamento da biblioteca, neste espaço costumam-se por vezes realizar também exposições. Neste espaço encontramos sete computadores com destino a que os alunos os possam usar para entretenimento. O espaço vertical é utilizado para exposição de trabalhos dos alunos e contém ainda um espaço para o armazenamento de revistas, onde a par com este os alunos dispõem de sofás.

O auditório Via Láctea é destinado a palestras, apresentação de peças de teatro, visualização de filmes ou afins e contém uma capacidade de 110 lugares sentados.

No pavilhão B no rés-do-chão podemos encontrar duas casas de banho, uma para cada um dos géneros, e uma terceira para pessoas com necessidades especiais, uma sala de Física e Química, uma sala de Música e uma sala de Educação Visual a par com a sala de Educação Tecnológica. No piso superior encontravam-se sete salas de aula tradicionais e ainda uma sala de Audiovisuais.

No pavilhão C num primeiro piso dispõe de casas de banho para ambos os géneros e ainda uma para deficientes, possui também dois laboratórios de ciências e duas salas para o ensino da Educação Visual e Tecnológica. No piso superior é possível encontrar uma sala de computadores, uma sala de audiovisuais e seis salas de aula tradicionais.

No pavilhão D era possível encontrar mais serviços, como o bar, o refeitório, a papelaria, um gabinete de apoio escolar e ainda a rádio escolar.

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O bar é um grande espaço destinado tanto a alunos como professores, em que o atendimento é feito por ordem de chegada e o pagamento por cartão eletrónico, possui algumas mesas e cadeiras e ainda ao longo da parede um balcão em que se pode desfrutar dos pedidos e ainda ligar o computador. Este espaço encontra-se aberto das 9h às 18h.

O refeitório tem uma capacidade para cerca de 100 pessoas. Para os alunos acederem a este serviço utilizam o seu cartão eletrónico de aluno para saber qual a refeição e para efetuar o pagamento da mesma, esta compra deve ser feita na semana precedente à semana em que se pretende fazer o almoço. O horário de funcionamento da cantina encontra-se estipulado entre as 12h e as 14h.

A papelaria encontra-se aberta das 8h às 16h45m, havendo um encerramento para almoço das 12h às 14h, era neste local que os alunos podiam comprar material de estudo e ainda carregar os seus cartões eletrónicos.

O Gabinete de Informação e Apoio é um gabinete de psicologia que funciona de forma a dar apoio aos alunos que dele necessitam.

No pavilhão gimnodesportivo decorriam as aulas de Educação Física. Ao lado deste pavilhão era possível encontrar um grande campo divido em dois, em que cada um deles era possível praticar basquetebol e futebol. A par com este tem ainda um pequeno campo de areia utilizado para o treino de saltos.

No que toca a espaços exteriores esta é uma escola com bastantes espaços verdes, locais de socialização onde existem bancos exteriores para as crianças, um pequeno labirinto de sebes onde as crianças nos intervalos costumam brincar, e encontram-se ainda espalhados pela escola alguns sítios em que é possível verificar a existência de mesas de ping-pong.

Todos os pavilhões têm à entrada uma pequena cabine com secretária onde se encontram sempre auxiliares de educação para controlar as entradas nos pavilhões e para ajudarem os professores que necessitem de algum material.

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2.3.3. Caracterização do Espaço e Materiais

Nas salas de aulas em que a intervenção de estágio fora presente tivemos apenas a oportunidade de lecionar nas ditas salas de aula tradicionais.

Como os alunos deste ciclo de ensino não têm uma sala fixa, não seria pertinente ter um espaço vertical preenchido, pelo que as salas de aula tradicionais já anteriormente referidas contam apenas com mesas e cadeiras para os alunos, um caixote para resíduos, uma secretária para o professor com um computador com ligação à internet, dois projetores, um tradicional e outro com ligação ao computador e o quadro para registo e lecionação das aulas.

Referências

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