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APLICATIVO DIDÁTICO PARA NOMENCLATURA DOS COMPOSTOS INORGANICOS.

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Academic year: 2021

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APLICATIVO DIDÁTICO PARA NOMENCLATURA DOS

COMPOSTOS INORGANICOS.

H. SILVA1, T. R. LIMA2, E. F. S. AMARAL², M. A. TEOTÔNIO³, A. E. A. M. SOUZA² 1

Centro Universitário Maurício de Nassau, 2

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco, campus Recife, 3

Universidade Federal de Pernambuco, Departamento de Engenharia Química. E-mail para contato: helio.joses@outlook.com

RESUMO – A tecnologia vem ganhando espaço na área de ensino nos últimos anos, em especial com relação às aplicações de interação e aprendizagem para ensino das áreas de exatas. Considerando as dificuldades que alguns discentes possuem referentes à nomenclatura das funções inorgânicas, torna-se necessário o desenvolvimento de uma metodologia dinâmica de aprendizagem, um aplicativo funcional e interativo, denominado “QInorgânica”, em que, a partir de uma entrada, sob qualquer forma (nome ou fórmula estrutural ou empírica), pode-se obter a função inorgânica a que pertence. O aplicativo enfoca a prática de atividades lúdicas dentro e fora da sala de aula, facilitando a identificação das funções inorgânicas e evitando a predição equivocada das características da substância em questão.

1. INTRODUÇÃO

Uma das maneiras de identificação das funções que compõem a química inorgânica se dá por meio da grande variedade de nomes dados de maneira formal ou técnica, além de algumas variações.

A disposição dos elementos de cada estrutura é feita por métodos padronizados, de forma a se poder nomear as substância. Porém, como há uma grande quantidade de combinações entre os elementos que compõem uma determinada função, torna-se difícil identificar o nome ou até mesmo a função dada à estrutura apresentada de forma rápida e concisa.

A nova cultura digital tem desafiado bastante a sala de aula, pois sempre houve uma relação difícil entre a educação e a tecnologia, uma vez que esta sempre pareceu facilitar o aprendizado em vez de incentivar a curiosidade e consequentemente a busca às soluções das dúvidas geradas. Desta forma, a maneira utilizada de se passar um determinado conteúdo, e, sobretudo, fazer com que os alunos se interessem, foi ficando ultrapassada, necessitando-se reinventar a forma de chamar atenção para qualquer aprendizado em sala de aula. É urgente que cada utilizador disponha dessa cultura e faça um uso racional do dispositivo, aproveitando as potencialidades de que dispõe (Moura, 2012).

(2)

Pode-se dizer que vivemos agora a era dos aplicativos, seja para a comunicação, trabalho, localização ou para solicitar serviços. Eles já somam mais de 1,8 milhão existentes em todo o mundo, disponíveis para diversos tipos de usuários (Mendez, 2010).

Partindo das dificuldades que muitos possuem na identificação das funções inorgânicas, seja no que diz respeito aos nomes ou às fórmulas, e alinhando as tecnologias de elaboração de aplicações, criou-se o “QInorgânica”, um aplicativo com a função de identificar as funções cujas entradas são realizadas em uma tela de celular, em que, por meio de busca, é apresentado o nome oficial, o informal e a estrutura da fórmula. Uma vez que, pela digitação, tem-se a fórmula de maneira genérica, o aplicativo apresenta a formula de maneira correta, e, no caso de não possuir pré-cadastro no banco de dados do aplicativo, um relatório é aberto para que possa ser enviado aos analisadores, que poderão validar a função.

Na pesquisa de Bento e Cavalcante (2013), realizada com professores, sobre a indagação do uso do celular como recurso pedagógico, concluiu-se que a maioria reconheceu o celular como tal, deduzido das afirmativas “Necessidade de planejamento prévio”, “Alguns modelos possuem internet e podem facilitar as pesquisas e dúvidas em sala de aula”, “deve haver o uso consciente por parte do aluno”[...].

2. MATERIAIS E MÉTODOS

Para levantamento das funções foi utilizada o Livro de Química na Web (NIST, 2016). Exemplos de alguns ácidos, sais, bases e óxidos estão organizados na Tabela 1.

Tabela 1 – Descrição dos elementos e suas funções

Digitação Nome Nome Informal Fórmula

molecular Função

HCl Ácido Clorídrico Ácido muriático HCl Ácido

C2H4O2 Ácido Etanoico Vinagre / Ácido

acético C2H4O2 Ácido

CH2O2 Ácido metanoico Ácido fórmico CH2O2 Ácido

C4H6O6 Ácido tartárico Ácido butanedioico C4H6O6 Ácido

C4H6O5 Ácido

2,3-dihidroxido-hidroxidometilpropanoico Ácido málico C4H6O5 Ácido

C6H8O7 Ácido

2-hidroxi-1,2,3-propanotricarboxílico

Ácido Cítrico /

citrato de hidrogênio C4H8O7 Ácido

NAOH Hidróxido de sódio Soda caustica NaOH Base

Mg(OH)2 Hidróxido de magnésio Leite de magnésia Mg(OH)2 Base

Al(OH)3 Hidróxido de Alumínio - Al(OH)3 Base

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Digitação Nome Nome Informal Fórmula

molecular Função Na2CO3 Carbonato de Sódio Barrilha Na2CO3 Sal

CaCO3 Carbonato de cálcio Calcário CaCO3 Sal

H2O Óxido de hidrogênio Água H2O Óxido

H2O2 Peróxido de hidrogênio Água oxigenada H2O2 Óxido

O Android é um conjunto de software de código aberto criado para dispositivos móveis (smartphones e tablets), baseado no sistema operacional Linux e desenvolvido na linguagem de programação Java. A plataforma Android é mantida e desenvolvida pelo Open Handset Alliance (OHA), grupo atualmente liderado pelo Google. O Android objetiva tornar mais rápido e moderno o desenvolvimento de novos aplicativos, assim como personalizar as aplicações e componentes do seu próprio sistema operacional (Lecheta, 2009). O Android caracteriza-se por sua ampla utilização do hardware e software do dispositivo móvel a partir de seu framework (conjunto de classes que constitui um projeto abstrato para a solução de problemas) que permite reutilizar e substituir componentes (Moribe, 2012).

A consistência dos dados da Tabela 1 é obtida com o uso do SQLite, uma biblioteca escrita em linguagem C desenvolvida por D. Richard Hipp, em 2000, como parte de um contrato com a Marinha Americana, que foi implementada pela General Dynamics. O SQLite hoje possui 184.000 linhas de código de domínio público que pode ser usado por qualquer usuário (Feiler, 2015).

3. RESULTADOS

O aplicativo possui duas funcionalidades: pesquisar um elemento por nome ou fórmula, e cadastrar um novo elemento. Ao abrir o aplicativo, é apresentada ao usuário uma tela contendo um campo de texto, conforme a Figura 1, um botão pesquisar e outro botão para cadastrar um novo elemento. Para que o usuário realize uma pesquisa é necessário seguir os seguintes passos:

1. Clicar sobre a caixa de texto para selecioná-la.

2. Digitar o nome ou a fórmula do elemento que deseja pesquisar. 3. Clicar no botão pesquisar para realizar a pesquisa.

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Figura 1 – Tela inicial

Após seguir esses passos, o aplicativo busca em sua base de dados o elemento desejado pelo usuário. Caso o elemento esteja cadastrado, o mesmo é mostrado ao usuário com informações de nome, fórmula estrutural e tipo, conforme a Figura 2. Caso o elemento não esteja cadastrado, uma advertência é apresentada ao usuário e a opção de cadastrar o elemento é apresentada, como mostra a Figura 3. Para cadastrar um novo elemento, o usuário precisa realizar os seguintes passos:

1. Clicar na opção de cadastrar elemento.

2. Preencher os campos nome, fórmula e tipo apresentados pelo aplicativo, não sendo necessário colocar todas as informações.

3. Enviar a solicitação de cadastro, clicando no botão enviar do formulário.

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A solicitação de cadastro de novo elemento é enviada a equipe de desenvolvimento do aplicativo, para que as informações da base de dados continuem consistentes. Para finalizar o cadastro de novos elementos o usuário deve estar conectado a internet.

Assim o aplicativo, além de realizar uma função de pesquisa, incentiva continuamente os usuários a colaborar com o banco de dados, tornando-os, sobretudo, pesquisadores para o próprio aplicativo e garantindo que o banco sempre esteja atualizado.

4. CONCLUSÕES

Com a utilização do aplicativo, percebe-se a eficiência na pesquisa das funções inorgânicas, e a interação com os usuários possibilita um mecanismo continuado de pesquisa e melhoria do aplicativo.

Dentro da plataforma propõe-se futuramente um mecanismo de bonificação e interação com o usuário a partir da colaboração do mesmo e utilização do aplicativo: pode-se incluir uma tabela periódica para acesso, bem como extensões, que poderão ser desbloqueadas com a utilização do aplicativo.

Trabalhar com um aplicativo de educação propõe-se a ter em mente uma constante atualização dos recursos disponíveis, seguindo as necessidades buscadas pelos usuários. Dessa forma, o aplicativo traz a possibilidade de estudo da inorgânica em conjunto com os usuários, que passarão inclusive a contribuir para com o acervo, tornando-o uma ferramenta de ensino e pesquisa.

5. REFERÊNCIAS

BENTO, M. C. M.; CAVALCANTE, R. D. S. Tecnologias Móveis em Educação: o uso do celular na sala de aula. ECCOM. v.4, n.7, p. 117-118, 2013.

FEILER, J. Introducing SQLite for Mobile Developers. Berkeley, CA: Apress, 2015.

LECHETA, R. Aprenda a criar aplicações para dispositivos móveis com o Android SDK. São Paulo: NOVATEC, 2009.

MENDEZ, F. As regras de sobrevivência na era dos aplicativos. 2010. Disponível em: <http://computerworld.com.br/blog/opiniao/2014/10/27/geracao-app%E2%80%99s>. Acesso em: 10 mai. 2016.

MORIBE, V. A. Jogo para Android com Unity3D. Reverte-Revista de Estudos e Reflexões Tecnológicas da Faculdade de Indaiatuba, n. 10, 2012.

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“geração polegar”. VI conferência internacional de TIC na Educação, p. 52, 2012.

NIST. Livro de Química na Web. 2016. Disponível em: <http://webbook.nist.gov/chemistry/>. Acesso em: 05 Mai. 2016.

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